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22/01/2013 ALIENAÇÃO DE ESTABELECIMENTOS É exatamente a venda deste estabelecimento, ela vai estar presente especificada em diversos artigos do código e de forma esparsa inclusive. Começando pelo art. 1144: Alienação – venda própria do estabelecimento (a empresa no seu sentido objetivo, a reunião dos seus bens materiais e imateriais necessários a concepção do objetivo). Usufruto – quando uma pessoa transfere a posse para que aquela pessoa (usufrutuário) possa se valer desse bem. Obs.: via de regra pode-se ter usufruto de bem estático (bem que não produz riqueza), isso se faz para evitar depois todo o transtorno em relação a inventário, por exemplo, os mais velhos doam suas casas para seus filhos, deixando o usufruto para eles próprios, de forma que até o momento em que eles falecerem, eles tenha a possibilidade de continuar como usufrutuário daquele bem. E você pode se valer enquanto usufrutuário de um bem estático (bem imóvel, residencial) ou de um bem que é apto a geração de riqueza, por exemplo, uma empresa, propriedade rural. Arrendamento – termo técnico para locação, aluguel. Usado normalmente para propriedade rural ou também da propriedade empresa. Relembrando: De acordo com a possibilidade dada pelo parágrafo único do 966, uma empresa pode ser registrada enquanto “empresa” ou enquanto “sociedade simples”. Há determinadas empresas (no sentido subjetivo de pessoa jurídica) que podem ser registradas tanto no cartório de registros públicos (de pessoas jurídicas), quanto ser registradas tanto no cartório de registro de empresas mercantis, isso vai depender da conotação, da forma que o empresário quiser dar a ela. Porque as atividades intelectuais, artísticas, cientifica e literária, são passíveis de serem registradas tanto perante a um órgão quanto ao outro e a depender desse tipo de registro. Continuando: Caso seja registrado no RPEM, caso seja efetivamente uma empresa, o que vai acontecer é que a alienação, o usufruto e o arrendamento só vai valer em relação a terceiros, depois de averbado (retificado) a inscrição, dizendo que agora não pertence mais a determinado sujeito e agora pertence a outro(s), porque na verdade uma empresa enquanto feixe de contratos (plexo de contratos), ela vai responder com relação a seus fornecedores, aos seus consumidores, imaginando que existam muitos fornecedores e muitos consumidores. “O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicação na imprensa oficial.” 22/01/2013 E especialmente os fornecedores, vão ser credores dessa empresa. Enquanto credores dessa empresa, eles tem de poder executar o bem caso a empresa não pague. Se a empresa não pagar, se a pessoa jurídica não pagar, ficar inadimplente, eles vão ter que vir e buscar seus bens. E vamos supor que essa empresa aqui, essa PJ tenha sido alienada para um outro sujeito, como é que vai ficar essa questão em relação a esses fornecedores? Que é credor dessa empresa e ainda não recebeu, já entregou o bem para que a empresa manufature e crie um outro bem, mas ainda não recebeu. Ele vai ter que se voltar contra um terceiro? Ele vai ter que ir buscar desse terceiro para quem a PJ foi alienada, esse terceiro adquirente? Não pode ser! O código põe a salvo esse terceiro adquirente e esse fornecedor, que é credor. Ele vai dizer o seguinte, que além das obrigações dessa empresa, elas continuarem solidariamente responsáveis, o terceiro adquirente e esse alienante durante um período de 1 ano. Vai acontecer também o seguinte, só vai valer perante a terceiro depois de averbado (retificação perante ao RPEM). O 1145 diz o seguinte: Isso significa que caso esse alienante não tenha mais bens para solver o seu passivo (a quantidade de débitos ainda por vencer ou já vencidos), não vai adiantar nada ter havido averbação na junta comercial e ter havido publicação referente a essa mudança na imprensa oficial. Porque se não houver bens suficientes, esse credor continuar sem poder reclamar. Se não houver bens, esse credor vai ter que consentir expressamente ou tacitamente, é o clássico “quem cala consente”. Se depois de 30 dias desde a sua notificação, depois de avisado dessa alienação, ele não se manifestar dizendo que não concorda, é como se ele tivesse dado um ok para essa alienação. Isso significa que esse credor vai ter de onde buscar, ou que ele sabe de onde buscar, a quem reclamar o valor que lhe é devido. O 1146 diz: Obs.: o estabelecimento tem relação com seus fornecedores, seus trabalhadores, a fazenda, etc. Por isso o texto da Raquel diz que uma empresa existe enquanto sujeito econômico, porque ela é um plexo de contratos, ela não existe se não tiver contratos. Contrato com trabalhadores, por exemplo. Ainda que seja verbal, contrato com seus consumidores. Contrato com a Fazenda. Esse 3º sujeito entrou na relação depois dos contratos, mas ele vai ser responsável sim pelos débitos, o adquirente se responsabiliza pelo pagamento dos débitos antes da transferência. Desde que devidamente contabilizados. “Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação.” “O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.” 22/01/2013 Uma obrigação solidaria é uma na qual eu posso acessar um sujeito para pagamento da totalidade dos débitos ou outro. Vamos supor que 2 pessoas devem a uma outra solidariamente, essa pessoa pode acionar a um ou a outro para receber pelos débitos. Já se a relação for de subsidiariedade, como ocorre com o fiador, a pessoa deveria primeiro recorrer ao contratante e caso esse continue inadimplente, ai sim, recorre-se ao segundo (o fiador). Como se percebe a relação de solidariedade é muito melhor que a relação de subsidiariedade para o credor. É um ano da data da transferência, para os já vencidos, e 1 ano partir dos próximos vencimento, para que a primeira pessoa jurídica, a que está alienando o bem, ainda responda por esses débitos. Obs.: débitos vencidos – já vencidos / débitos vincendos – há vencer. Quando uma PJ aliena seu estabelecimento, ela vende todos os seus contratos para o adquirente, seja com consumidores, fornecedores, trabalhadores. Essa outra PJ vai assumir todas esses contratos. E a partir de 1 ano após passado o vencimento desses contratos, ou dos já vencidos, depois de 1 ano da alienação, essa segunda PJ é quem assume todas as responsabilidades. Relembrando: O 1147 trata da não concorrência, estipulando um prazo de 5 anos via de regra, pode até ser que esse prazo seja reduzido se comprovar que a finalidade, a clientela do adquirente já esta fixada, mas via de regra, em caso do silencio do contrato, a gente vai ter a lei dando amparo ao adquirente, impedindo que o alienante faça concorrência por esse prazo, e obviamente aqui não tem delimitação geográfica, vai depender de cada caso. Continuando: O art. 448 da CLT (obrigações trabalhistas) diz que: Se houver uma mudança no controle da sociedade, ou se essa sociedade muda de estrutura de limitada para S/A (via de regra é maior que a limitada), os contratos de trabalhos permanecem os mesmos, eles ficam protegidos. Protegendo assim o trabalhador em relação a essas mudanças. “A mudança na propriedade ou naestrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.” 22/01/2013 O art. 133 do CTN (obrigações tributárias) diz que: Pessoa natural ou jurídica – empresário individual ou sociedade; Qualquer título – alienação, usufruto, arrendamento; Fundo de comércio – estabelecimento empresarial/comercial, ou azienda. Este artigo diz a respeito da responsabilidade subsidiaria ou integral pelas obrigações fiscais do alienante. Caso esse alienante continue a explorar o mesmo ramo de atividade e sob o mesmo nome da pessoa jurídica, as obrigações tributárias continuam. Tudo que compete ao adquirente do fundo de comércio: obrigações vencidas ou vincendas pelo prazo até de um ano, continuando durante esse prazo de um ano, o alienante responsável também de forma solidária. Esse sujeito adquirente também vai ser responsável pelas obrigações trabalhistas, pelas obrigações tributárias, conforme os artigos da CLT e do CTN. Existe uma exceção, quando houver uma aquisição de determinado fundo de comércio mediante lance dado (leilão judicial promovido em processo de falência), não vai se considerar esse sucessor, como sucessor legitimo do estabelecimento. Porque você está comprando aquilo para saldar créditos basicamente dos trabalhadores. “A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade; II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão. § 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial: I - em processo de falência; II - de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial. § 2º Não se aplica o disposto no § 1o deste artigo quando o adquirente for: I - sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperação judicial; II - parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou III - identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária. § 3o Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade produtiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1 (um) ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.” 22/01/2013 Relembrando: Processo de falência é um processo concursal, que é um concurso de credores, várias pessoas concorrendo ali para ver quem consegue tirar uma bocadinha daquela massa falida, essa sim uma universalidade de direito. Por isso que dentro da lei 11.101/2005, existe um processo preferencial de alienação do fundo de comércio, primeiro alienando todos os bens juntos, porque assim eles têm um valor agregado, o aviamento está ali embutido e depois alienando os bens em separado, porque via de regra vão ter um valor menos. Assim apurando o maior valor. O síndico (administrador da falência) deve tentar apurar o maior valor. Caso esse adquirente (o que dá o lance) tivesse que arcar com as obrigações tributárias, a partida teria um valor muito menor. O fisco lhe isenta dessa obrigação, pois assim se consegue apurar um valor maior e distribuir entre aqueles sujeitos que são efetivamente aqueles que devem receber, por exemplo, os bancos (no topo), mas basicamente os trabalhadores. O crédito abre mão desse crédito e cobra dá antiga empresa e não dessa nova empresa. Porque se nova empresa tivesse que arcar, a partida também seria reduzida e se tornaria mais difícil achar possíveis compradores e começar o leilão. LOCAÇÃO DO PONTO EMPRESARIAL A lei que define a locação do ponto que pode ou não fazer parte do fundo de comércio, não necessariamente, é a 8.245/1991 que foi reformada em 2009. Ela vai dizer tanto da locação de imóvel residencial e não residencial. O art. 51 diz que: “Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário terá direito a renovação do contrato, por igual prazo, desde que, cumulativamente: I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado; II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos; III - o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos. § 1º O direito assegurado neste artigo poderá ser exercido pelos cessionários ou sucessores da locação; no caso de sublocação total do imóvel, o direito a renovação somente poderá ser exercido pelo sublocatário. § 2º Quando o contrato autorizar que o locatário utilize o imóvel para as atividades de sociedade de que faça parte e que a esta passe a pertencer o fundo de comércio, o direito a renovação poderá ser exercido pelo locatário ou pela sociedade. § 3º Dissolvida a sociedade comercial por morte de um dos sócios, o sócio sobrevivente fica sub - rogado no direito a renovação, desde que continue no mesmo ramo. § 4º O direito a renovação do contrato estende - se às locações celebradas por indústrias e sociedades civis com fim lucrativo, regularmente constituídas, desde que ocorrentes os pressupostos previstos neste artigo. § 5º Do direito a renovação decai aquele que não propuser a ação no interregno de um ano, no máximo, até seis meses, no mínimo, anteriores à data da finalização do prazo do contrato em vigor.” 22/01/2013 Ela fala da preferencia do locatário de ponto comercial, porque este sujeito tem preferencia em função da clientela, em função da freguesia, por aquele ponto fazer parte do seu fundo de comércio, aquilo representa maior lucratividade para ele. Assim ele tem direito de peticionar uma ação renovatória desde que todos os requisitos do art. 51 sejam cumpridos: I. Contrato a renovar seja celebrado por escrito e com prazo determinado. (Porque o contrato de renovação é um contrato não solene, ou seja, ele não necessariamente tem que ser celebrado por escrito); II. Direito a renovação de 5 anos; III. Locatário está explorando a mesma atividade ininterruptamente já há 3 anos. CONSTITUIÇÃO DAS SOCIEDADES Art. 967: Respectiva sede, via de regra, é do determinado estado. Art. 967: “É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início da atividade.” “A inscrição do empresário far-se-á mediante requerimento que contenha: I - o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime de bens; II - a firma, com a respectiva assinatura autografa; III - o capital; IV - o objeto e a sede da empresa. § 1º Com as indicações estabelecidas neste artigo, a inscrição será tomada por termo do livro próprio do Registro Público de Empresas Mercantis, e obedecerá a número de ordem contínuo para todos os empresários inscritos. § 2º À margem da inscrição, e com as mesmas formalidades, serão averbadas quaisquer modificações nela ocorrentes. § 3º Caso venha a admitir sócios, o empresário individual poderá solicitar ao Registro Público de Empresas Mercantisa transformação de seu registro de empresário para registro de sociedade empresária, observado, no que couber, o disposto nos arts. 1.113 a 1.115 deste Código. § 4º O processo de abertura, registro, alteração e baixa do microempreendedor individual de que trata o art. 18-A da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, bem como qualquer exigência para o início de seu funcionamento deverão ter trâmite especial e simplificado, preferentemente eletrônico, opcional para o empreendedor, na forma a ser disciplinada pelo Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios - CGSIM, de que trata o inciso III do art. 2o da mesma Lei. § 5º Para fins do disposto no § 4o, poderão ser dispensados o uso da firma, com a respectiva assinatura autógrafa, o capital, requerimentos, demais assinaturas, informações relativas à nacionalidade, estado civil e regime de bens, bem como remessa de documentos, na forma estabelecida pelo CGSIM.” 22/01/2013 III - Considerando que é uma limitada (97% das empresas do Brasil), ela tem um capital próprio, chamado de patrimônio de afetação ou patrimônio de destinação, ou seja, um patrimônio que se desprende do patrimônio desses sócios. E exatamente por isso que caso uma empresa venha a falir, é desse patrimônio que vai ser usado para repor os seus credores. É esse patrimônio que compõe o estabelecimento que vai ser transferido. IV - Ex.: presta serviço, vende um bem. Categorias já existentes no registro de pessoas jurídicas. § 2º Ex.: mudança de capital social, de saída ou entrada de sócios, de mudança de atividade. Art. 969: Essa inscrição é por estado, caso se abra uma sucursal, uma filial ou uma agência (figuras distintas), em outro estado, deve-se proceder a inscrição na Junta Comercial daquele estado. Art. 970: Art. 971: O empresário rural pode se registrar na Junta Comercial, no Registro Público de Empresas Mercantis e não que ele deve. CAPACIDADES Art. 972: “O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito à jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis, neste deverá também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária. Parágrafo único. Em qualquer caso, a constituição do estabelecimento secundário deverá ser averbada no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede.” “A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes.” “O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro.” “Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.” 22/01/2013 E se por venturar houver algum impedimento superveniente? O sujeito é empresário e por alguma questão se torna incapaz, por conta de um acidente, de alguma enfermidade, porque é bipolar. Ele deixa de ser empresário? Ele fica suspenso e durante esse período ele recebe uma assistência, uma representação, uma tutela. Art. 973: Cláusula chamada tu quoque, ninguém pode se beneficiar da sua própria torpeza, se você pratica atos como se empresário fosse, depois não pode dizer que afinal de contas você nem era empresário. Art. 974: Art. 975: É responsabilidade do representante todos as atividades do gerente. “A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas.” “Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. § 1º Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros. § 2º Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização. § 3º O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes pressupostos: I - o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; II - o capital social deve ser totalmente integralizado; III - o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes legais.” “975. Se o representante ou assistente do incapaz for pessoa que, por disposição de lei, não puder exercer atividade de empresário, nomeará, com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes. § 1º Do mesmo modo será nomeado gerente em todos os casos em que o juiz entender ser conveniente. § 2º A aprovação do juiz não exime o representante ou assistente do menor ou do interdito da responsabilidade pelos atos dos gerentes nomeados. 22/01/2013 Art. 976: O relativamente incapaz, pródigo, por exemplo, pode responder por determinados atos. Eventualmente ele não responde por atos de alienação patrimonial, ou atos relativos a disposição patrimonial. Ele pode eventualmente assinar por aquele empresa, dependendo do tipo de incapacidade que ele tenha, ele só não vai estar apto a fazer outros atos. Art. 977: Se eles já estão em comunhão universal de bens, o patrimônio já é dos dois. Na separação obrigatória, você não pode juntar bens que já são separados por obrigação, seria uma forma de fraudar a separação obrigatória. Art. 978: Porque a empresa foi constituída por ele, ou por ele com a pessoa que possui com ele o regime de comunhão parcial de bens, ou por ele com uma terceira pessoa que não faz parte da sua relação conjugal. Portanto a partir daí ele pode alienar sem precisar de outorga conjugal. Art. 979: Além de gravar no Registro Civil, também deve-se gravar no Registro Público de Empresas Mercantis, porque afinal de contas vai repercutir sobre o patrimônio daquele sujeito ou daquela sociedade conjugal. Art. 980: “A prova da emancipação e da autorização do incapaz, nos casos do art. 974, e a de eventual revogação desta, serão inscritas ou averbadas no Registro Público de Empresas Mercantis. Parágrafo único. O uso da nova firma caberá, conforme o caso, ao gerente; ou ao representante do incapaz; ou a este, quando puder ser autorizado.” “Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória.” “O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá- los de ônus real.” “Além de no Registro Civil, serão arquivados e averbados, no Registro Público de Empresas Mercantis, os pactos e declarações antenupciais do empresário, o título de doação, herança, ou legado, de bens clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade.” “A sentença que decretar ou homologar a separação judicial do empresário e o ato de reconciliação não podem ser opostos a terceiros, antes de arquivados e averbados no Registro Público de Empresas Mercantis.” 22/01/2013
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