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23/05/2013
Semana passada, expomos que o titulo de crédito remete a um direito de crédito, de receber alguma coisa, normalmente um valor em dinheiro. Podemos ter o título chamado de impróprio que dá direito a receber uma prestação de serviço, ou participar efetivamente da fiscalização/administração de alguma coisa que veremos adiante. Nos títulos à ordem, alguém outro vai executar, tenho a figura de emitente ou sacador que emite o título contra um sacado que vai ter que efetuar um pagamento a um beneficiário ou tomador, tendo então três pessoas envolvidas, implica em uma terceira pessoa envolvida para cumprir o que está previsto. Nos títulos não à ordem, títulos de promessa, só envolvem duas pessoas, o emitente/sacador e o beneficiário/tomador. Um exemplo de título à ordem é o cheque que você emite, você que é o correntista, contra o banco que é o sacado que vai pagar para o beneficiário que é o credor. O exemplo do título não à ordem é a nota promissória, quando se assina uma nota promissória é afirmar que deve a alguém. Podemos então, classificar os títulos de crédito em dois grandes grupos: quanto à sua forma, podendo ser título à ordem ou não à ordem (promessa de pagamento) e quanto à modalidade de circulação.
4- Quanto à modalidade de circulação: sendo a circulação o principal objetivo de um título de crédito. Podendo o título circular facilmente, ou seja, se ele vai mudar de mãos facilmente ou se ele não poderá mudar de mãos. Antigamente não se tinha a necessidade de indicar o beneficiário, indicava apenas “ao portador”. De acordo com essa facilidade ou não dele circular, eu vou identificar as classificações desse título de crédito:
Nominativo: primeira classificação dos títulos de crédito. Significa dizer que estou nominando, colocando o nome de quem é o beneficiário. O emitente colocará no título o seu beneficiário que será uma pessoa determinada. 
Nominativo à ordem: O fato de ser nominativo (determinado) não impede que o beneficiário transfira o título para outra pessoa. Posso incluir o nome do beneficiário e a expressão “ou à sua ordem”. Essa expressão permite ao beneficiário a transferência desse crédito para outra pessoa através de um ato cambial chamado de endosso (transferência). Na primeira linha do cheque se escreve a quantia, na segunda o beneficiário e no final tem a expressão “ou à sua ordem”, porque o cheque permite endosso. Essa transferência para outro beneficiário implica no endosso feito pelo primeiro beneficiário, quando isso acontece ele vai permitir que o segundo beneficiário (novo portador do titulo) possa receber. Isso não significa que você possa emitir ou endossar o cheque sem identificar para quem está sendo passado. Há uma vedação legal desde 1992 de que se faça cheque ao portador. Isso dava abertura para a lavagem de dinheiro e vantagem ao tráfico de drogas. A partir de 92 vetou no sistema brasileiro de câmbio a emissão de cheque ao portador. O fato dele poder ser endossado não implica que é obrigado aceitar cheque de terceiro. Mas se por acaso, o beneficiário endossar o cheque para outra pessoa essa pessoa endossa para uma terceira pessoa e o cheque voltar sem fundos, quem responde é quem endossou primeiro, pois esse ato faz com que o primeiro que endossou se torne garantidor. Existe o prazo para caso do inicio de processo judicial do título de crédito em geral que é de até 360 dias no caso das letras de câmbio e notas promissórias, e 6 meses no caso de cheque contado a partir da data em que ele está negado. (DÚVIDA NA PARTE EM NEGRITO)
Títulos ao portador: a transferência se dá pela simples entrega (vedação para o cheque). É um exemplo de título ao portador, impróprio, o bilhete de show ou jogo comprado por outra pessoa para você, não possuindo dados pessoais, sendo um título de crédito de prestação de serviço. 
Títulos não à ordem: trem uma clausula que impede a circulação. Um exemplo disso é o cheque cruzado que inviabiliza o endosso, a transferência para terceiros. Cruza-se o cheque para não ter problemas posteriores (exemplo do artista que deu o cheque sem o nome do beneficiário e esse cheque acabou na mão de um bandido). Se você quiser fazer uma transferência, terá que ser feita nos moldes do direito civil, não é a livre circulação do direito empresarial, terá que fazer uma cessão de crédito (matéria de obrigações – art. 290 a 298). Se aparecesse uma questão de prova perguntando se é verdadeira a afirmação de que o título não à ordem pode ser transferido, a resposta seria: sim, desde que por cessão de crédito civil. Então, não é que ele não possa ser transferido, ele apenas não tem a circulação livre que tem os títulos de crédito normalmente, não basta o simples endosso. Isso acontece porque quem cede (o cedente) que vai transferir o direito ao cessionário, se obriga apenas com esse primeiro cessionário e não com outros demais coobrigados que apareçam, como um sacado ou um avalista. Assim como acontece o endossante no título nominativo à ordem que só se obriga com o primeiro endossatário. (DÚVIDA SOBRE O QUE ESTÁ EM NEGRITO). Um exemplo de títulos não à ordem pode ser a nota promissória que normalmente vem com uma observação no final escrito “não à sua ordem”, ao contrário do que tem no cheque, para dizer que não pode circular livremente.
5- Categorias dos títulos de crédito:
Quanto à categoria, temos inicialmente duas classificações:
Próprios: é aquilo que é realmente título de crédito, já nasce configurando uma relação de crédito que é independente de uma relação original, não é preciso ter uma obrigação civil envolvida, ou seja, possui abstração. Exemplos: letra de câmbio, notas promissórias.
Impróprios: além de serem chamados assim por não terem a característica da abstração, eles também podem ter outro aspecto a ser pensado em termos de requisitos para eles serem cumpridos, no caso do cheque. Porque se o banco verificar que a assinatura está diferente, ele não pagará o cheque, ou se reparar que até tem dinheiro na conta, mas o valor do cheque vai extrapolar um pouco do total da conta, também não paga. Então o cheque é um título de crédito impróprio porque tem alguns requisitos além para serem explorados. Tem também a história do máximo, se você passar um cheque com valor acima de 5 mil reais, o banco antes de efetuar o pagamento vai pedir a sua autorização. Outros exemplos de impróprios são: duplicata (?) e debêntures. O cheque é impróprio por seus requisitos de impossibilidade de pagamento, mas existem outros títulos que são impróprios por excelência, como os seguintes.
Títulos de participação: impróprio por excelência, são de outra categoria. É o direito de receber prestação de serviço, podendo ser um bilhete para um jogo, para um show, uma passagem. Você não receberá um pagamento, mas sim uma prestação de serviço. não é uma operação de crédito.
Títulos de participação: não implicam somente numa operação de crédito, mas também em um direito de participação. Participação nos dividendos da empresa (caso das ações), na fiscalização de como está operando uma empresa, as debêntures que dão direito a um saque prévio dos dividendos da empresa. Esses são títulos impróprios (b,c e d).
6- Natureza dos títulos de crédito:
Pensando em relação em o que os originou, voltando a classificação:
Títulos abstratos: não tenho que ligar a nada, não precisa ter uma origem definida, uma relação obrigacional anterior, relação ente credor e devedor.
 Títulos causais: necessariamente precisam ter uma relação jurídica original para que possa ter plena eficácia, origem definida. Exemplo: duplicata, debênture, ações. Eles têm sempre uma origem que os vincula.

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