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27/06/2013
Nota promissória 
Diferentemente da letra de câmbio, é uma promessa de pagamento a vista uma quantia de direito. Não tem apenas duas pessoas envolvidas: aquele que emite a nota promissória, o sacador, e aquele que será o beneficiário (tomador). É sempre uma ordem de pagamento em dinheiro, não podendo ser por serviços nem por meio de bens. Qualquer pessoa física ou jurídica capaz pode emitir uma nota promissória. O que não pode acontecer na nota promissória é a confusão entre o emitente e o beneficiário. Pois se isso ocorrer a nota será nulificada. O emitente é o brigado principal, ele tem que fazer o pagamento e o beneficiário será quem receberá a nota promissória que em data “x” será pago. 
Se fossemos comparar nota promissória e letra de câmbio, veremos que a nota promissória é uma promessa e a letra é uma ordem de pagamento; na nota temos dois personagens e na letra três; o emitente é o único obrigado na nota promissória exceto ocorrer a figura do aval, e o sacado é na letra de câmbio o obrigado principal, uma vez ocorrendo o aceite ou protestado por falta de aceite, o sacado é responsável; na letra de cambio pode ter datas diferenciadas de pagamento, mas na nota não; não há aceite na nota promissória já que apenas possui duas figuras envolvidas, diferentemente da letra de câmbio.
A nota promissória assim como a letra de câmbio é um titulo formal, que necessita sob pena de nulidade, respeitar os requisitos de apresentação. É preciso estar escrito na nota promissória para ela ser adequada:
Denominação, que ela é uma nota promissória e não outro titulo de crédito qualquer.
Promessa pura, que uma pessoa promete pagar é uma promessa de pagar uma quantia em dinheiro. 
Data do vencimento do pagamento. Que pode ser contada a partir de tantos dias após a data da apresentação.
Nome do beneficiário, o tomador, ou assim como a letra de cambio, permite que se faça endosso (transferência) contendo a expressão “ou à sua ordem”.
Lugar do pagamento, que é muito importante para definir o prazo prescricional para poder exigir, pois se for a mesma praça é até o segundo dia útil após a apresentação ou data de vencimento.
Data de emissão, para poder trabalhar com o fato de poder exigir ou não, pois assim como a letra de câmbio, tem o prazo máximo de 36 meses para exigir.
Assinatura do emitente, também chamado subscritor, que na letra de câmbio seria chamado sacador. Para o protesto é preciso que a assinatura esteja com a firma reconhecida.
- Endosso protesto e execução: segue a regra da letra de câmbio. O endosso, que é a possibilidade de transferência de crédito para outra pessoa, o beneficiário se torna um coobrigado em relação a nota promissória envolvida, o endossante responde ao endossatário e o endossante que pagar tem ação regressiva sobre o emitente. 
- Aval: é uma garantia autônoma, diferente da fiança, o avalista é quem vai garantir. Na nota promissória o avalisado é o emitente e na letra de câmbio será o sacado ou o emitente. Essa garantia apresenta uma responsabilidade solidária, então o emitente pode não ser cobrado, e sim o avalista, então o beneficiário pode cobrar direto do avalista, pois ele se responsabiliza solidariamente. Diferente de fiança, pois nesse caso se cobra primeiramente do obrigado principal. Então não há fiança, mas sim aval e em letra de câmbio os dois.
- Vencimento: tenho vencimento em data certa e tenho a tantos de vista (o vencimento tantos dias após a apresentação). 
- Protesto: apenas uma modalidade de protesto possível. Na letra de câmbio se tem por falta de aceite e por falta de pagamento, logo na nota promissória só tem por falta de pagamento.
-Execução: ação cambial, entra direto com o pedido de execução. Pedindo ao juiz para penhorar dinheiro em contas bancarias daquela pessoa, qualquer coisa que seja extra salário (mas há possibilidade atualmente de penhorar parte do salário – 30%). 
O processo comum se divide em procedimentos, mas o titulo de crédito vai logo para a execução, pois é certo, exigível (já se venceu e não foi pago) e é liquido, pois tem um valor expresso, então não é preciso fazer uma ação de conhecimento, vou direto para a execução.
Para títulos de crédito podem se valer então do processo de execução e também do cautelar, por conta do “perigo na demora” e “fumaça do bom direito”, pois o credor pode saber que o devedor soube que iria entrar com o processo e começou a dilapidar seus bens. Então nesse caso, se entra com a cautelar de arresto (bens) ou sequestro (dinheiro). Não cabem para os títulos de crédito os processos de conhecimento e procedimento de jurisdição especial. O titulo não pode ser protestado no juizado especial, é preciso ser feito em vara cível comum.

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