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15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 1/41 Avaliação �sioterapêutica na dor Prof. Thiago dos Anjos Ferreira Descrição Aspectos e conceitos básicos para a avaliação em dor e seus instrumentos, métodos e técnicas para exame físico. Propósito Identificar, entender e avaliar os diversos mecanismos de dor é essencial para o fisioterapeuta, pois a dor é um dos sintomas mais frequentes em pacientes que procuram a Fisioterapia, e o profissional deve ser qualificado para avaliar a origem ou causa do estímulo nociceptivo. Preparação Para este material você irá precisar baixar dois questionários. São eles: Questionário de Roland-Morris de Incapacidade Questionário da Escala Tampa de Cinesiofobia https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/download/Questionario_Roland_Morris.pdf https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/download/Questionario_da_Escala_Tampa_de_Cinesiofobia.pdf 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 2/41 Objetivos Módulo 1 Conceitos básicos para avaliação em dor Reconhecer aspectos básicos para a avaliação em dor. Módulo 2 Escalas e questionários de autorrelato Identificar as escalas e questionários autorrelatados usados para avaliação em dor. Módulo 3 Exame físico Reconhecer métodos e técnicas para exame físico em dor. Introdução Quando o assunto é dor, os primeiros questionamentos são: “De onde vem?”, “Qual estrutura está lesionada?”, ou “Como surgiu?”. Essas e outras perguntas são e serão sempre rotineiras em nossa pesquisa 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 3/41 diária com pacientes sintomáticos, sendo este um grande desafio em consultórios, clínicas ou ambulatórios que tratam e pesquisam dor. As dores musculoesqueléticas são cada vez mais prevalentes na população, estando comumente associadas a algum nível de incapacidade e podendo provocar um impacto socioeconômico importante. Por se tratar de uma condição complexa, que envolve fatores multidimensionais, é importante que os profissionais da saúde identifiquem os fatores envolvidos no quadro clínico, facilitando o manejo da condição de dor e repensando uma abordagem terapêutica centrada no indivíduo. Muitas vezes nos deparamos com dor referida que não necessariamente é o local de origem, por isso, o conhecimento clínico básico é indispensável. E quando falamos de abordagem ou manejo de dor, devemos ampliar nossa pesquisa em dor com uma anamnese detalhada buscando o entendimento do “paciente como um todo”. Bons estudos! 1 - Conceitos básicos para avaliação em dor Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer aspectos básicos para a avaliação em dor. 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 4/41 Neuro�siologia da dor De forma geral, os profissionais de saúde entendem a dor como uma resposta de que algo não está funcionando bem no corpo. Por isso, frequentemente, a dor é associada a um dano real de tecidos do corpo (lesão tecidual) e a uma doença ou patologia, considerando-se que tratar essas condições controlará a dor. Esse modelo é chamado de biomédico, em que se encaixa bem a dor aguda (sintomas de dor presentes em até três meses). Com sua persistência (queixas acima de três meses), seja qual for o motivo ou causa, entende-se a dor como um problema crônico de saúde (alguns até chamam de doença crônica), com menor probabilidade de existir uma relação entre “causa e efeito”, ou seja, entre lesão tecidual e dor. A neurociência moderna entende a dor como uma resposta do cérebro a alguma ameaça à integridade do sistema. Ela deixa o sistema nervoso em “alerta vermelho” (sensibilização do sistema nervoso – um alarme contra ameaças) para poder “dar conta” do que possa acontecer. Sendo removida a ameaça, o alarme do sistema nervoso tende a diminuir, e, portanto, a dor é reduzida. O cérebro, frente a uma ameaça, reage produzindo não apenas dor, mas também ativando, de forma protetora, os sistemas motor, neurovegetativo, endócrino, metabólico e imunológico, com o objetivo de decidir o que fazer. Reações comportamentais comuns frente a uma ameaça são: proteção, fuga, luta, isolamento e medo. Como já descrito, entende-se que a persistência da dor de um a três meses a caracteriza como aguda, e a persistência superior, entre três e seis meses, como crônica. Atualmente, tem se valorizado pouco essa separação entre dor aguda e crônica de acordo com o seu tempo de duração. A ocorrência de limitações funcionais e/ou prejuízos, o impacto na vida do indivíduo, o sofrimento provocado pela dor e a presença de fatores psicossociais recebem maior importância. Atenção! O ponto mais relevante associado à neurofisiologia é que, na dor aguda, um estímulo periférico potencialmente perigoso provoca respostas do sistema nervoso. Já na dor crônica, um estímulo periférico não é necessário para que o sistema nervoso entre em alerta e o cérebro produza dor, o que explica muitas vezes que não necessariamente precisa haver lesão ou aumento de uma possível lesão para haver dor. Muitos são os fatores que causam ou perpetuam a dor, envolvendo diversos sistemas, fatores biopsicossociais, experiências prévias, cultura e religião. A dor é uma experiência sensorial e emocional considerada desagradável para a maioria das pessoas, associada a uma lesão real ou potencial, ou descrita em termos de tal lesão, de acordo com a Associação 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 5/41 Internacional para o Estudo da Dor. Portanto, a dor sempre será uma experiência subjetiva e individual (MERSKEY; BOGDUK, 1994). Alguns autores concordam que o manejo inadequado, inicialmente, por um diagnóstico equivocado, pode contribuir para o processo de cronicidade da dor. Ainda é discutível a causa exata na formação do estímulo doloroso, porém, a maioria dos estudos coloca o modelo biomédico e o biopsicossocial como diretrizes primárias para o diagnóstico da dor. É importante entender o mecanismo de dor, pois dor aguda e dor crônica são diferentes na neuro�siologia, nas características dos pacientes e, consequentemente, no tratamento. Diversos estímulos podem ativar os sensores para os estímulos potencialmente perigosos ao corpo. Esses sensores se chamam “nociceptores” e são capazes de identificar estímulos térmicos, táteis e/ou químicos e estão presentes nos tecidos musculoesqueléticos, na pele, nos vasos sanguíneos e nas vísceras. A estimulação dos nociceptores provoca o fenômeno da nocicepção, definida como a ativação, a transmissão e o processamento de estímulos perigosos que podem ser lesivos aos tecidos. Os nociceptores de cada tecido periférico possuem maneiras diferentes de serem ativados. Veja: Nociceptores da pele Os estímulos que os ativam são mecânicos, como o calor, o frio e as substâncias químicas. Nociceptores articulares Os estímulos que os ativam são mecânicos de pressão e estiramento capsular no final da amplitude de movimento. Nociceptores musculares Os estímulos que os ativam são isquemia e pressão. 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 6/41 Nociceptores viscerais Os estímulos que os fazem responder são as distensões e as alterações químicas. Portanto, nocicepção não é dor, e sim todo esse mecanismo de estímulo e resposta. A dor neuropática se diferencia da dor nociceptiva por estar associada a um funcionamento anormal do sistema nervoso. Mesmo nesses quadros em que há uma lesão compressiva de natureza mecânica, com o passar do tempo, haverá desmielinização das fibras nervosas que passam pelo local da compressão, com alterações secundárias na medula espinal e em níveissupraespinais. esmielinização Perda da bainha de mielina. Exemplo Temos as doenças metabólicas como diabetes, neuralgia pós-herpética, radiculopatias ou síndromes compressivas. Os sintomas, que são manifestados como dor em choque, queimação, agulhadas, picadas, dor fria, entre outras, mostram que as sensações são processadas de forma anormal. A dor neuropática é amplamente reconhecida como uma das síndromes dolorosas mais difíceis de gerenciar, e os resultados muitas vezes são insatisfatórios. Atenção! A dor nociceptiva está relacionada a mecanismos de lesão térmicos, mecânicos ou químicos quando o sistema nervoso está íntegro do ponto de vista estrutural ou funcional. Já a dor neuropática está associada a uma lesão ou disfunção do sistema somatossensitivo. Nesse caso, um dano em alguma estrutura desse sistema ou simplesmente seu mau funcionamento pode levar à sensação de dor. A dor musculoesquelética é motivo predominante na procura por assistência médica, apresentando prevalência de 55,7% da população em geral. Causa impactos negativos na população especialmente na dor crônica, que afeta negativamente o sono, atividades diárias, capacidade para o trabalho, vida social, qualidade de vida, e assim por diante. Além disso, pacientes com dor crônica têm altos custos socioeconômicos, representando 40% e 50% de visitas médicas na Europa e nos Estados Unidos, respectivamente. A dor custa à sociedade valores maiores do que os gastos com doenças cardíacas, câncer e diabetes juntos (BÜLOW et al., 2021). 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 7/41 Durante a investigação em dor, é extremamente importante ouvir o paciente com atenção, questionando o motivo de sua queixa, história de uma possível patologia pregressa (histórico de patologias passadas), histórico familiar de alguma patologia ou características semelhantes ao que apresenta, histórico social, ou seja, uso de drogas lícitas ou ilícitas, consumo de bebidas alcoólicas e até mesmo tabagismo. A partir dessas informações iniciais, começamos a detalhar nossa pesquisa por manifestações clínicas, físicas e comportamentais, que estejam ligadas ou envolvidas na queixa principal do paciente, por meio da inspeção, palpação, testes clínicos especiais e funcionais. Após as coletas dessas informações, o profissional solicitará os exames complementares pertinentes ao caso. A dor tem um impacto profundo na qualidade de vida e pode ter consequências físicas, psicológicas e sociais, podendo levar à redução da mobilidade e consequente perda de força, comprometer o sistema imunológico e interferir na capacidade de uma pessoa comer, se concentrar, dormir ou interagir com outras pessoas. Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) descobriu que pessoas que vivem com dor crônica têm quatro vezes mais chances de sofrer de depressão ou ansiedade. Portanto, devemos entender que os efeitos físicos e psicológicos da dor crônica influenciam no curso da doença (BRENNAN; LOHMAN; GWYTHER, 2010). Anamnese A entrevista inicial – anamnese Uma das primeiras etapas da pesquisa de um possível acometimento patológico de um paciente é seu histórico. Nesse momento, o profissional colherá informações pertinentes à queixa do paciente, dando ênfase à parte com maior relevância clínica. Muitas vezes, o examinador poderá ser capaz de identificar a causa, simplesmente ouvindo o paciente. Mas a grande questão que envolve a investigação é sobre como iniciar o processo investigativo, selecionando perguntas que direcionem ou correlacionem com as possíveis causas e, posteriormente, 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 8/41 como cruzar essas informações. Por muitas vezes, o excesso de informação pode atrapalhar a conclusão de todo o processo de investigação. É importante que o terapeuta conduza firmemente as perguntas, que devem ser de fácil entendimento e não induzir determinada resposta do paciente. Além disso, as perguntas devem fornecer informações práticas a respeito do problema. Exemplo Quando perguntamos “Isto aumenta a sua dor?”, induzimos a responder que “sim”! A melhor forma de perguntar seria “Isto altera sua dor de alguma forma?” As perguntas devem ser organizadas em sequência, começando pela identificação do paciente: nome, idade, gênero, profissão/ocupação, etnia e endereço. Existem algumas causas de dor que poderão ser correlacionadas com a idade. Em determinadas faixas etárias, existe prevalência de alguma patologia ou acometimento que justificam a percepção dolorosa, ou a predominância de patologias ou lesões que geram informações dolorosas específicas ao gênero feminino e masculino (por exemplo, algumas doenças reumatológicas). Informações quanto à sua profissão devem ser analisadas de forma criteriosa, analisando biomecanicamente seu gestual de movimento, buscando entender se determinado movimento realizado repetitivamente de maneira antiergonômica possa estar envolvido na etiologia da dor. Quando se pergunta sobre etnia, o examinador busca entender fatores socioculturais, crenças, religião, meio em que vive, tribo, até mesmo tipo de linguagem que é utilizada para se comunicar. É importante ser entendido pelo examinador que esses fatores podem interferir na percepção dolorosa, manifestação e desfecho clínico. E, por fim, na identificação do paciente, anotamos seu endereço com a finalidade de checar ou correlacionar fatores endêmicos que possam estar envolvidos na causologia da dor do paciente naquela localidade específica ou em sua proximidade. Queixa principal É o momento em que o paciente descreve os motivos que o levaram a procurar auxílio. O investigador 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 9/41 direciona a pergunta base e deixa o paciente descrever com suas próprias palavras o que está acontecendo, ou seja, qual o motivo da consulta. História da doença atual Na sequência, o investigador procura entender um pouco mais sobre sua dor, direcionando as perguntas sobre uma possível causa e os sinais e sintomas. É preciso entender o que aconteceu, se houve alguma situação traumática como mecanismo (acidentes, quedas, trauma direto) ou atraumática (sem a existência de trauma); se o surgimento da dor foi de forma lenta e gradual ou súbita (“de uma hora para outra”). Além disso, é preciso questionar qual parte do corpo apresenta a referência de dor e quais os momentos em que há o surgimento da dor (durante algum movimento ou em repouso) ou até mesmo postura de proteção e/ou movimento compensatório. Por fim, investigar a respeito da duração, frequência e intensidade da dor, se é uma condição nova ou se já havia ocorrido antes. Atenção! É importante que o terapeuta direcione as perguntas de forma clara e objetiva para que o paciente consiga expressar como é sua manifestação dolorosa, ou seja, se a dor é em pontadas, em queimação, em choque, ardente, em cãibras ou do tipo formigamento. O investigador deve verificar se o paciente manifesta os sintomas de um lado apenas, ou de um segmento somente, ou se o acometimento é bilateral, se há alterações na cor do segmento (cianótico, eritemas, hematomas) e, por fim, se o paciente está passando ou passou recentemente por algum problema psicossocial (estresse, emprego, família). História patológica pregressa Durante o processo de investigação, é importante que o investigador transcorra pelo histórico de doenças, lesões, fraturas e cirurgias passadas, mesmo que fuja do foco central da queixa principal. Todas essas informações podem contribuir para o fechamento do diagnóstico clínico e cinesiológico, principalmente se a queixa for dor crônica. 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 10/41 Normal e Osteoporose. Na investigaçãode doenças pregressas, devemos atentar para o relato de tumores, doenças crônicas e metabólicas (cardiopatias, diabetes, alterações hormonais, reumatológicas, osteometabólicas – como osteoporose e osteoartrose), haja vista que a causa da dor crônica está intimamente ligada às neuropatias periféricas, sendo classificadas como dor neuropática. História familiar Questiona-se, nesse momento, a presença de patologias, e até mesmo queixas semelhantes às apresentadas pelo paciente, por familiares, principalmente os mais próximos (pais, avós, irmãos, tios). É comum observar nesse momento a possibilidade de doenças genéticas e hereditárias que possam ter relação direta com a investigação da causa da queixa do paciente. O surgimento de muitas doenças crônicas e metabólicas, por muitas vezes, tem relação direta com familiares. Exemplo As doenças reumatológicas, diabetes, tumores, neuropatias periféricas e osteoporose. História social A história social está relacionada aos hábitos de vida do paciente, como etilismo (consumo excessivo de álcool), com qual frequência e quantidade, tabagismo (fumante), com qual frequência e quantidade (unidade diária), uso de drogas (lícitas e/ou ilícitas), tal como medicamentos em uso (tipo e classificação dos medicamentos) e até mesmo se faz uso de alguma droga ou substâncias proibidas (maconha, cocaína, sintéticas, entre outras). A interação com medicamentos pode in�uenciar no desfecho clínico e percepção dolorosa do paciente em questão. 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 11/41 Vale ressaltar também a importância de investigar se a rotina de sono é reparadora, ou seja, suficiente para descansar. A qualidade do sono e sua interferência na dor pode ser conceituada por meio de um quadro biopsicossocial, com prováveis mecanismos interconectados interferindo no sistema nervoso autônomo, respostas inflamatórias, cognições, humor e comportamentos. O pós-anamnese: inspeção, palpação, testes especiais e funcionais Após a coleta de informações, formalizada e organizada pelo questionário investigativo, direcionamos mais o olhar ou associamos com comportamentos já observados desde a recepção até a entrada do paciente na sala de avaliação. Veja: Tem a finalidade de obter informações sobre alterações visíveis, como déficits funcionais (marcha típica ou atípica), anomalias morfológicas e alinhamento postural. O grande detalhe da inspeção é determinar se esses achados estão relacionados com a queixa do paciente. É feita durante a avaliação, quando o investigador seleciona as áreas específicas de queixa referida para realizar o exame de palpação, que consiste no toque/pressão aplicada sobre a área para observar se reproduz os sintomas relatados pelo paciente. Nesse momento, poderá ser utilizada também a algometria para quantificar a resposta dolorosa, por meio de um instrumento chamado algômetro. Avaliam a integridade de determinada estrutura ou sistema, geralmente identificam uma patologia, lesão e possibilidade de fraturas (antes dos exames complementares – de imagem, no caso de Inspeção Palpação Testes clínicos ou especiais 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 12/41 fraturas). São importantes para verificarmos tanto qualitativamente quanto quantitativamente a capacidade do avaliado de exercer suas habilidades funcionais. Esses testes são bem aplicados para identificar o prejuízo funcional trazido pela alteração estrutural. Durante a anamnese, existe uma grande facilidade em contar com detalhes a história da dor. Os exames de imagem e complementares frequentemente falham em identificar uma causa concreta para a dor, sendo normais ou incompatíveis com as queixas. Esse é um grande fator que leva o profissional de saúde a desistir do tratamento por não identificar o problema, baseando-se no modelo biomédico. Modelos de abordagem à dor A avaliação em dor é algo complexo, por muitas vezes não assertivo, pois o ser humano não é uma ciência exata, e sim uma criatura com grande complexidade em suas individualidades biológica, psíquica e social. Hoje, a dor ainda é vista apenas como resultado de doenças e patologias, para as quais é utilizado o modelo biomédico de avaliação e tratamento, que se aracteriza por ser individualista, curativo, centralizado na figura do médico, especialista, fragmentado e hospitalocêntrico. De acordo com o modelo biomédico, a saúde constitui a ausência de doença, dor ou defeito, o que torna a condição humana normal "saudável". O enfoque biopsicossocial quebra o paradigma de que o ser humano é segmentado em estruturas corporais. Diz que o corpo e o desempenho reagem sobre os diversos aspectos psicoemocionais, e isso tem influência em performance e desempenho, como também na incidência de lesões. A abordagem biopsicossocial veio para entendermos como funciona o ser humano, dentro de suas influências: Biológica Estrutura morfológica, capacidade neuropsicomotora, condição física e habilidades. Testes funcionais 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 13/41 Psicológica Habilidade emocional, como lida com conquistas e frustrações e com ambiente de competição e pressão em alto rendimento. Social Fatores culturais, socioeconômicos, influências do ambiente de trabalho, familiar e meio onde vive. Devemos entender que os fatores psicológicos também influenciam na percepção dolorosa, afetam o desenvolvimento emocional, a saúde e o bem-estar (MEZIAT-FILHO et al., 2017). Veja o quadro: Biológicos Psicológicos Sociais Dor, sofrimento e incapacidade limitam as habilidades funcionais Ansiedade: mantém o corpo em hiperatividade muscular, impedindo o repouso Crenças e expectativas irreais: o que o paciente acredita terá resultado direto na escolha do tratamento Incapacidade, dor, disfunção, lesão ou iatrogenias Depressão: pouca motivação para atividades e orientações Enfrentamento ineficaz: dificulta o autocuidado e o próprio controle da dor Descondicionamento, imobilismo segmentar ou grandes períodos de repouso dificultam as atividades funcionais Catastrofização: foco na dor e em futuros resultados pessimistas, não enxerga melhora ou ganho de função Ganhos secundários: manter-se doente impede o ganho de função e o controle da dor 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 14/41 Biológicos Psicológicos Sociais Alterações neuromusculoesqueléticas, comprimento, controle, ativação, atrofismo, sensibilização Medo e evitação: dificultam o exame físico e favorecem a diminuição da condição física e mental Fatores socioculturais: impedem o paciente de ser ativo, como mitos e equívocos, relação social e familiar, informações na Internet, orientações desnecessárias dos profissionais, dificuldade no acesso ao tratamento, condição econômica limitada Hiperatividade muscular, dor sustentada, proteção corporal, estado de alerta Cinesiofobia: incapacita para a realização de atividade pelo medo excessivo de sentir dor ou lesão no movimento Patologia limita movimentos e afeta o controle motor Baixa autoeficácia: sensação de incapacidade para ser ativo nas tarefas e atividades diárias Quadro: Enfoque biopsicossocial na abordagem à dor. Thiago dos Anjos Ferreira. Conceitos básicos sobre a dor e a anamnese Veja os aspectos fisiológicos e clínicos da dor, assim como a importância de uma adequada anamnese na avaliação do paciente. 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 15/41 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 16/41 Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamospraticar alguns conceitos? Questão 1 Pela definição cronológica da dor, quando um paciente relata que apresenta dor por até três meses, isso caracteriza Parabéns! A alternativa A está correta. Por definição cronológica, apresentar dor com até três meses de duração encaixa os pacientes no perfil de dor aguda. As queixas podem ser intensas e constantes, causando limitação das funções diárias. Reações de retirada e de proteção da região dolorida são esperadas. A dor crônica é aquela com mais de três meses de duração. Dor psicossomática não tem a ver com definição cronológica da dor. A dor aguda. B dor crônica. C dor intensa. D dor moderada. E dor psicossomática. 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 17/41 Questão 2 Qual modelo explica melhor os diversos fatores envolvidos na dor, principalmente na crônica? Parabéns! A alternativa B está correta. O modelo biopsicossocial valoriza a integração entre o terapeuta e o paciente, bem como o estado geral de saúde. Os fatores biológicos, psicológicos e sociais se relacionam direta ou indiretamente aos quadros de dor. O fisioterapeuta não atuará em todos os fatores, mas necessita identificá-los. Com isso, poderá saber os seus limites de trabalho e quando encaminhar corretamente o paciente para outros profissionais. A Modelo biomédico B Modelo biopsicossocial C Modelo de incapacidade D Modelo de cinesiofobia E Modelo tradicional 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 18/41 2 - Escalas e questionários de autorrelato Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car as escalas e questionários autorrelatados usados para avaliação em dor. Escala analógica visual A dor de zero a dez: Escala Visual Analógica (EVA) Complementando todo o processo de avaliação, é importante qualificar e quantificar a dor. Sabemos que qualificar é traduzido em bom ou ruim, muito ou pouco, rápido ou devagar, e quantificar é quando mensuramos em valores numéricos, ou seja, porcentagens, centímetros ou metros, graus, entre outros. Contudo, temos linhas importantes a serem seguidas. Exemplo O quanto de dor esse paciente relata, o que a dor está trazendo de prejuízo funcional e se há impacto na qualidade de sono. Existem poucos instrumentos validados para o português do Brasil, o que dificulta o acesso de profissionais 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 19/41 brasileiros a novas medidas de avaliação clínica e para pesquisas. As dimensões relacionadas à capacidade funcional, aos aspectos afetivos e comportamentais, e à qualidade de vida podem ser avaliadas clinicamente ou por meio de instrumentos. O que veremos neste módulo são os principais questionários utilizados para auxiliar o fisioterapeuta na elaboração do plano terapêutico, acompanhamento evolutivo e parâmetro para alta. Quantificar o “quanto dói” não se torna possível por meio de exames laboratoriais ou de imagem (raios X, ressonância magnética), ou até da medição fisiológica objetiva. isiológica objetiva Frequência cardíaca, pressão arterial, resposta hormonal ou outras informações empíricas. A expressão mais assertiva da dor vem por meio do autorrelato de cada paciente, usando seu vocabulário único (próprio relato) de dor. Quando cognitiva e fisicamente capaz, o paciente é a melhor fonte para comunicar com precisão até que ponto a dor se modera, piora ou varia ao longo do tempo. Saiba mais São chamados de questionários de autorrelato os instrumentos de avaliação os quais o paciente preenche algum tipo de questionário, com ou sem a ajuda do profissional. São muito utilizados em saúde, para diversos fins: quantificar nível de dor, qualidade de vida, depressão, ansiedade, acometimento musculoesquelético ou neurológico, entre outros. Uma das escalas que podem ser usadas para a avaliação de dor é a Escala Visual Analógica (EVA), tipicamente apresentada como uma linha horizontal, ancorada com dois descritores verbais nos extremos (marcação de zero a dez, na qual zero é ausência de dor e dez dor insuportável). O paciente indica seu status percebido colocando uma marca ao longo da linha horizontal no ponto mais apropriado. A EVA é fácil de entender, administrar e pontuar. Esse tipo de escala fornece medições em nível de intervalo que são elegíveis para mais operações estatísticas, ou seja, tem fiabilidade científica. 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 20/41 Escala Visual Analógica – Numérica. De acordo com Reed e Nostran (2014), pesquisadores consideram a escala de 0 a 10 fidedignamente sensível, ao se comparar com outras métricas que limitam as respostas de dor questionada ao paciente. Contudo, esses pesquisadores não conseguem chegar a um consenso sobre qual marca precisa na escala de 0 – 10 corresponde à “dor moderada” clinicamente relevante. Estudos divergem sobre o que é considerado um limiar de dor moderada, começando com >3, até >6 e até >7,5. Da mesma forma, pesquisadores questionam se uma diferença de 1 representa uma mudança significativa no índice de dor. Questionário de McGill Questionário de dor de McGill A dor é uma experiência multidimensional e subjetiva. O desenvolvimento de instrumentos para avaliação dos múltiplos componentes da dor é necessário para a compreensão do sofrimento, delineamento de programas terapêuticos e avaliação de sua eficácia. O questionário de dor McGill tem sido considerado o melhor instrumento para avaliar as dimensões sensitivo-discriminativas, afetivo-motivacionais e cognitivo- avaliativas da dor. Esse questionário considera a dor do ponto de vista tridimensional (sensorial-discriminativa, afetiva- motivacional e avaliativa-cognitiva) e é organizado nas categorias sensorial, afetiva, avaliativa e mista, com 20 subcategorias e 78 palavras descritoras da dor. Cada descritor possui índices que são específicos, cujos valores podem variar em ordem crescente de 1 a 5. Pede-se para o paciente escolher uma palavra de cada subcategoria, havendo a opção de o sujeito não escolher nenhuma. O índice de avaliação da dor é a soma total dos valores agregados de cada palavra escolhida, enquanto o escore de cada categoria é a soma dos valores das palavras 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 21/41 das subcategorias que a compõem. As pontuações máximas são: sensorial = 42; afetiva = 14; avaliativa = 5; mista = 17; Total = 78. O Questionário McGill quantifica a dor de três formas: intensidade da dor nesse momento (valor máximo: 5); número de palavras escolhidas (número máximo: 78); análise qualitativa da dor, por meio da análise e da frequência das palavras escolhidas para descrevê-la (PIMENTA e TEIXEIRA, 1996). Observe: Questionário McGill de dor. Interpretamos o questionário da seguinte forma: Sensorial Do item 1 ao 10, somando 42 pontos. Afetiva Do item 11 ao 15, somando 14 pontos. Avaliativa Item 16, somando 5 pontos. Mista Do item 17 ao 20, somando 17 pontos. Ao final da avaliação temos a pontuação máxima de 78 pontos. 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 22/41 Questionário de Roland-Morris Questionário de Incapacidade Roland-Morris para dor O Questionário de Incapacidade Roland-Morris foi inicialmente desenvolvido com itens para medir incapacidade física em forma de autorrelato para pacientes com dor na coluna. Tem 24 itens com pontuações de zero ou 1 (sim ou não), e o total varia de zero (sugerindo nenhuma incapacidade) a 24 (incapacidade grave). O questionário é uma medida simples, geralmente leva 5 minutos e é fácil de calcular e analisar. Tem sido amplamente utilizado na prática clínica em diferentescontextos (cuidados primários, trabalhadores acidentados e centro de reabilitação multidisciplinar) para monitorar o progresso em pacientes com dor lombar aguda, subaguda e crônica e ciática. É mais recomendado para uma população de baixa desabilidade funcional. As pontuações do questionário relatam uma ampla variedade de configurações. Em geral, os escores têm pouca ou nenhuma relação com a idade ou sexo dos entrevistados. O questionário se concentra em uma gama limitada de funções físicas, que incluem andar, curvar-se, sentar-se, deitar-se para baixo, vestir-se, dormir e realizar atividades de vida diárias. Essas foram escolhidas como funções que seriam relevantes para todos os pacientes com dor nas costas. O sistema de pontuação, portanto, não permite ou exige uma resposta “não aplicável”. As declarações no questionário concentram-se quase exclusivamente na função física, com apenas uma pergunta. Alguns aspectos da função física não estão explicitamente incluídos, por exemplo, levantar e torcer ou girar (ROLAND; FAIRBANK, 2000). Comentário Confira o Questionário de Roland-Morris de Incapacidade disponibilizado no item Preparação. Escala de cinesiofobia 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 23/41 Avaliando a cinesiofobia: a Escala Tampa A cinesiofobia é um dos mais importantes fatores psicossociais que contribuem para a incapacidade funcional e prognóstico desfavorável da evolução clínica de pacientes com queixa de dor musculoesquelética crônica. Psicólogos descreveram a cinesiofobia clinicamente na década de 1990, devido ao seu impacto negativo nas dimensões cognitivo-afetivas. A cinesiofobia foi definida, inicialmente, como medo excessivo, irracional e debilitante do movimento e da atividade física, que resulta em sentimentos de vulnerabilidade a uma lesão dolorosa ou da reincidência de uma lesão. Anos depois, alguns pesquisadores definiram como medo específico do movimento ou atividade física. Um dos instrumentos mais utilizados atualmente para avaliar a cinesiofobia, segundo Siqueira et al. (2007), é a Tampa Scale for Kinesiophobia (Escala Tampa de Cinesiofobia – TSK). Essa escala consiste em um questionário autoaplicável, composto de 17 questões que abordam a dor e intensidade dos sintomas. Os escores variam de um a quatro pontos, sendo que a resposta "discordo totalmente" equivale a um ponto, "discordo parcialmente", a dois pontos, "concordo parcialmente", a três pontos e "concordo totalmente", a quatro pontos. Para obtenção do escore total final, é necessária a inversão dos escores das questões 4, 8, 12 e 16. O escore final pode ser de, no mínimo, 17 e, no máximo, 68 pontos, sendo que, quanto maior a pontuação, maior o grau de cinesiofobia. Comentário Confira o Questionário da Escala Tampa de Cinesiofobia disponibilizado no item Preparação. Qualidade de vida Quanti�cando a qualidade de vida: o SF-36 A qualidade de vida pode estar diretamente associada à ausência de enfermidades, em especial à ausência de sintomas ou disfunções. Alguns autores, contudo, consideram esse conceito reducionista, uma vez que aspectos não relacionados ao estado de saúde são considerados na avaliação da qualidade de vida. 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 24/41 O SF-36 (SF vem do inglês, short form – formulário curto) é um questionário que avalia os componentes físicos e mentais da doença na qualidade de vida do paciente, com uma escala de pontuação de 0 (pior nível de saúde e qualidade de vida) a 100 (melhor qualidade de saúde e de vida) e possui oito escalas: capacidade funcional, aspectos físicos, estado geral da saúde, dor, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental. Re�exão Afirma-se que a qualidade de vida pode sim estar associada à ausência de enfermidades, sintomas ou alguma disfunção. No entanto, se pararmos para pensar, seria um conceito muito reducionista: existem vários aspectos que não estão relacionados ao estado de saúde, mas são considerados na avaliação da qualidade de vida. Instrumentos e escalas de autorrelato para dor Veja os principais instrumentos de autorrelato para avaliação da dor, no contexto da avaliação fisioterapêutica. 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 25/41 Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Sobre a avaliação e a mensuração da dor, assinale a alternativa correta. A A avaliação e a mensuração da dor são processos contínuos de raciocínio clínico, com mudanças frequentes, que necessitam de medidas quantitativas e qualitativas. B Frequentemente os exames de imagem são eficazes na avaliação da dor crônica 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 26/41 Parabéns! A alternativa A está correta. A abordagem para avaliar e mensurar a dor se caracteriza em um processo contínuo de raciocínio clínico, em que se tornam necessárias mudanças frequentes com medidas qualitativas e quantitativas. Os exames de imagem e o exame físico, com frequência, são úteis na dor aguda, mas falhos na dor crônica. Um dos pontos mais importantes da avaliação e do tratamento de pacientes com dor é estabelecer uma relação eficaz. A maioria dos problemas trazidos pelo paciente com dor crônica não serão resolvidos com modalidades físicas. Questão 2 É comum que pacientes com quadro doloroso apresentem medo de realizar algumas tarefas simples do dia a dia. Assinale a alternativa que corresponde ao exame para avaliar esse medo de se movimentar. B Frequentemente os exames de imagem são eficazes na avaliação da dor crônica. C O ponto mais importante da avaliação e do tratamento de pacientes com dor é estabelecer uma relação eficaz. D A maioria dos problemas trazidos pelo paciente com dor crônica serão resolvidos com modalidades físicas. E O paciente sempre vai valorizar a percepção dolorosa. A Escala visual analógica B Goniometria C Escala de Tampa 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 27/41 Parabéns! A alternativa C está correta. A Escala de Tampa é o questionário mais usado para cinesiofobia, que consiste em 17 questões autoaplicáveis que abordam a dor e intensidade dos sintomas. Escala visual analógica quantifica a dor do paciente; goniometria avalia a amplitude de movimento; o questionário Roland-Morris avalia a incapacidade provocada pela dor; e a escala visual de percepção de esforço avalia a sensação de fadiga relatada pelo paciente. 3 - Exame físico Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer métodos e técnicas para exame físico em dor. D Questionário Roland-Morris E Escala visual de percepção de esforço 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 28/41 Princípios do exame físico Um dos principais obstáculos no manejo da dor está relacionado com sua complexidade, visto que é possível observar uma variação dos padrões (por exemplo: agudo, crônico e subagudo), diferentes fontes de manifestação (somática, visceral e neuropática), e que a percepção e a tolerância são extremamente subjetivas e variáveis em cada indivíduo. Portanto, a dor está relacionada com a memória e experiência sensorial, fato que pode tornar sua avaliação e seu manejo ainda mais complexo. Atenção! A dor apresenta tanta importância, que muitos autores a consideram o quinto sinal vital, acompanhada da frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR), pressão arterial (PA) e temperatura. Muitas vezes, a dor é responsável pela alteração dos outros sinais. A identificação do perfil de pacientes com dor é baseada na história clínica, e depende da habilidade do fisioterapeutade observar, escutar e interpretar com atenção. O exame físico e os exames complementares tendem a ser mais compatíveis na relação entre causa e efeito, justificando a dor pela lesão tecidual. O exame físico deve contemplar principalmente a função neuromusculoesquelética relacionada a outros sistemas, como o cardiopulmonar e metabólico. Ao seu final, o fisioterapeuta deve estabelecer uma relação entre a interpretação das qualidades sensoriais e dos testes com os componentes afetivos, cognitivos e comportamentais da dor. Muitas vezes, um intenso quadro álgico atrapalha a interpretação dos dados no exame físico. Alguns testes clássicos podem ser normais ou ter resultados inconclusivos, como amplitude de movimento, força, mobilização passiva articular, neurodinâmica e flexibilidade em pacientes com dor crônica, sofrendo também influência do estado psicológico do paciente. Exame físico. O exame físico de pacientes com dor não é diferente do exame tradicional neuromusculoesquelético e funcional. Entretanto, os fatores responsáveis pelas anormalidades do processamento da dor no sistema nervoso podem ser identificados durante o exame físico. O fisioterapeuta deve, portanto, utilizar os instrumentos certos, conhecer as possíveis barreiras da avaliação, examinar o paciente para testar as suas hipóteses, prever a evolução do paciente (quando possível), estabelecer metas realistas, realizar o 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 29/41 diagnóstico cinético funcional e utilizar os mecanismos clínicos para escolher as abordagens de tratamento. Quando partimos para a inspeção do paciente queixoso, voltamos o nosso olhar para as posturas de compensação, proteção, alteração da marcha, face sindrômica, área referida de dor, para assim então começarmos nossa investigação. O modelo “causa e consequência” nos levará para os testes clínicos ou especiais e aos testes funcionais. Cada região referida tem o seu teste específico, como no caso dos ombros, cotovelo, punho, mão, todo o eixo da coluna vertebral, quadril, joelho, tornozelo e pé. Ao final do teste especial, realizaremos o teste funcional para observar qual a alteração que aquela determinada estrutura lesionada está me trazendo de prejuízo funcional. Atenção! O exame físico visa observar as alterações existentes no paciente, como alterações posturais, alterações osteoarticulares, miofasciais, fatores morfológicos, alterações viscerais, alterações na pisada e desequilíbrios musculares. Mas será que tudo isso está relacionado com a dor? Essa é uma grande questão quando avaliamos dor. Portanto, não se trata de cercar todas as variáveis possíveis, e sim de ver quais variáveis estão relacionadas com a queixa do paciente. Podemos organizar nossa avaliação física na dor da seguinte forma: postura, mobilidade, força e capacidade funcional. Vamos falar sobre cada um desses itens a seguir. Confira! Postura O paciente deverá ser examinado na postura relaxada, habitual, do dia a dia, que adota normalmente, na qual o examinador analisará a presença das curvaturas fisiológicas da coluna vertebral, em que deverá ser observada a lordose lombar, cifose torácica e lordose cervical. Observar a projeção da cabeça em todos os planos e eixos, procurando reti�cações, retrações, inclinações ou rotações exageradas ou compensatórias. Nos membros superiores, observar o posicionamento dos ombros (protusos ou assimétricos), cotovelos (flexo, valgo ou varo excessivos), posturas protetivas de punhos e mãos. Nos membros inferiores, devemos 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 30/41 verificar o posicionamento pélvico (anteriorizados, posteriorizados, assimétricos), joelhos (valgo, varo, flexo ou recurvato), tipos de pé e pisada (posição dos calcâneos, arco longitudinal medial, lateral e transverso). Pacientes com queixas álgicas compensarão sua postura de maneira a achar um conforto ou minimizar a informação dolorosa (o chamamos de postura antálgica), com isso, devemos nos concentrar na queixa principal do paciente para direcionarmos especificamente nosso olhar durante a investigação. Como na clássica frase “o corpo fala”, devemos prestar atenção na postura adotada pós-lesão ou queixa dolorosa. De acordo com Lundberg (2006), existem algumas reações emocionais que valorizam ou supervalorizam a percepção dolorosa, trazendo reações protetivas e antálgicas. Veja: Medo É uma sensação desagradável causada por um estado de alerta a algo ameaçador real ou potencial, sendo a maior resposta psicológica a uma ameaça percebida, ou seja, a fonte da ameaça é conhecida. Ansiedade É uma emoção similar ao medo, porém não existe uma ameaça ou um perigo identificado. Fobia É a sensação exagerada de medo ou aversão a algo, sendo desproporcional e incontrolável. Essas emoções interferem diretamente no comportamento postural, principalmente em pacientes com dor crônica. Mobilidade Alterações de movimento articular são muito encontradas na avaliação do paciente com dor. A dificuldade é 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 31/41 classificar o que é primário, secundário e terciário. Fato é que, para o bom funcionamento do aparelho locomotor, existem articulações que apresentam mais mobilidade e articulações que apresentam mais estabilidade, termos estes que devem ser diferenciados de hipermobilidade e hipomobilidade. Ao avaliar a mobilidade articular, orienta-se que, ao iniciar os testes articulares em geral, devemos buscar qualquer assimetria, utilizando sempre a comparação com o outro lado. Essa avaliação deverá ser feita tanto passiva quanto ativamente e de preferência dentro do contexto funcional. As hipomobilidades podem ser avaliadas de duas maneiras: por inspeção e comparação direita/esquerda ou por testes manuais, avaliando o end-feel (sensação final) articular. Esses testes são de extrema importância, pois os pacientes que sentem dor utilizando amplitudes máximas, provavelmente, apresentam alguma outra disfunção oculta (COOK et al., 2006). O conceito de hipermobilidade segue os padrões de COOK, que detecta as hipomobilidades em primeiro lugar para, a seguir, analisar o funcionamento das articulações adjacentes. Por exemplo, em um tornozelo bloqueado (região hipomóvel), o complexo do joelho pode trabalhar em hipermobilidade. A avaliação da mobilidade articular poderá ser avaliada por meio da goniometria isolada ou testes funcionais com movimentos multiarticulares. Goniômetro usado para verificar amplitude articular em joelho. A goniometria é parte importante de uma avaliação das articulações e dos tecidos moles que as envolvem. Os valores obtidos com a goniometria podem fornecer informações importantes para determinar ou não a presença de uma disfunção, estabelecer um diagnóstico, estabelecer os objetivos de um tratamento, avaliar o procedimento de melhora ou recuperação funcional, modificar o tratamento, realizar pesquisas que envolvam a recuperação de limitações articulares e acompanhamento e construções de órteses articulares. Força e capacidade funcional 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 32/41 Durante a avaliação física do paciente com dor, é importante que quantifiquemos essa perda de força, para que possamos identificar, intervir e acompanhar seu progresso, pois é comum que haja déficit de força e/ou desequilíbrio muscular. Os desequilíbrios musculares são alterações no recrutamento de um ou mais músculos dentro de determinado movimento, o que pode gerar disfunções e contribuir para o surgimento de patologias muitas vezes incapacitantes do ponto de vista funcional. A força muscular é um importante componente da aptidão física relacionada à saúde, além de exercer papel relevante parao desempenho das atividades funcionais do dia a dia e atividades esportivas. Nesse sentido, a perda significativa nos níveis de força muscular em pacientes com queixa de dor pode ser observada mediante a aplicação de testes específicos já na primeira avaliação, em pessoas de ambos os sexos, de diferentes faixas etárias e níveis de aptidão física variados. De acordo com a literatura, o teste de uma repetição máxima (1-RM) vem sendo o mais frequentemente utilizado para avaliação da força dinâmica, sobretudo por pesquisadores e profissionais das áreas do exercício físico e do esporte, uma vez que é um método prático, de baixo custo operacional e aparentemente seguro para a maioria das populações. Saiba mais Em pesquisas laboratoriais, segundo Kilmer et al. (1997), medidas de força podem ser realizadas por meio de dinamômetros isométricos ou células de carga, sendo métodos válidos e confiáveis. Esses métodos mostraram-se eficazes à utilização clínica, por serem rápidos e facilmente oferecerem uma avaliação quantitativa da força de sujeitos com alterações musculoesqueléticas com queixas de dor. O teste muscular é fundamental no exame físico a fim de contribuir para o diagnóstico diferencial, no prognóstico e tratamento de distúrbios musculoesqueléticos. As provas de função muscular têm a finalidade de avaliar o grau de força muscular, sua exploração cuidadosa e o registro correto auxiliam na detecção precoce das lesões, útil para o diagnóstico e para indicar um programa adequado de exercícios. Na clínica, é muito comum se utilizar testes manuais de força muscular, por serem de simples e rápida aplicação. 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 33/41 Dinamômetro. Sabemos que a dor é um limitante das nossas habilidades motoras e funcionais. Com isso, torna-se extremamente importante a avaliação dessas capacidades. Existem testes específicos e protocolos de habilidade funcional para aplicarmos em nossos pacientes. Os testes funcionais são importantes para verificarmos, qualitativa e quantitativamente, a capacidade do avaliado de exercer suas habilidades funcionais. Esses testes são bem aplicados para prevenir lesões, para analisar o que a lesão estrutural (avaliada no teste clínico) trouxe de prejuízo funcional e para acompanhar as intervenções durante o processo de reabilitação. Os testes funcionais são aplicados com o objetivo de avaliar a função do indivíduo em tarefas específicas, identificar lesões (ou possível risco), obter parâmetros para a evolução do tratamento e para a alta fisioterapêutica. O fisioterapeuta terá um indicativo da funcionalidade do indivíduo na execução de tarefas específicas que sejam próximas de sua função rotineira. Instrumentos para avaliação da dor Vimos que existem vários instrumentos de avaliação em dor, seja aguda ou crônica, por meio de questionários validados e escalas numéricas de percepção dolorosa. Como sabemos que a dor é subjetiva, cada indivíduo manifesta de alguma forma sua dor, por meio de um comportamento doloroso, postura antálgica, movimentos atípicos e ou alterados. Normalmente, essas avaliações são qualitativas. Já na avaliação quantitativa, o fisioterapeuta precisa compreender e dominar os instrumentos e cercar qual instrumento será mais apropriado para o caso. Quando falamos de avaliar dor, muitas vezes ficamos presos à Escala Visual Analógica (EVA) ou somente ao relato subjetivo do próprio paciente, que com frequência vem carregado de suas emoções e suas experiências, tanto positivas quanto negativas, expectativas e frustrações. O paciente tem dificuldades em identificar características relevantes da dor, mas apresenta grande facilidade em falar sobre a sua dor e sobre as incapacidades, uma peculiaridade de pacientes com perfil de dor crônica. Porém, muitas vezes insistimos em avaliar o local de relato ou queixa dolorosa, sendo que há grande possibilidade de ser somente a dor referida, e não o local do problema ou lesão. 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 34/41 Atenção! A dor referida é uma ocorrência comum associada ao sistema musculoesquelético. A dor, muitas vezes, é sentida em pontos distantes do local da lesão, caracterizando-se, então, como dor irradiada, indicada pelo segmento radicular responsável por aquela região. Uma ocorrência, seja ela um bloqueio ou estenose de uma raiz nervosa, vai gerar algum comprometimento sensório-motor na sua área responsável, relatando dor ou alteração funcional como perda de força e mobilidade. Precisamos nos atentar à avaliação do paciente quanto às manifestações clínicas e funcionais. A seguir, falaremos de instrumentos para quantificar pontos dolorosos referidos e avaliação física em sua essência, buscando quantificar e qualificar a dor e suas manifestações. As dores miofasciais são causas muito comuns de queixas agudas e crônicas, afetando boa parte da população geral e da atlética. A dor de origem miofascial, ainda que seja cercada por indefinições quanto à sua fisiopatologia e seus diagnósticos, participa de forma marcante de inúmeras condições clínicas relacionadas à dor crônica musculoesquelética. A definição mais clássica para pontos-gatilhos miofasciais é classificada como ponto hiperirritável, palpável na musculatura esquelética associado a um nódulo hipersensível contido em uma banda tensa. O ponto é doloroso na compressão e pode originar as características de dor referida, sensibilidade referida, disfunção motora e fenômenos autonômicos. Pontos-gatilho miofasciais. Conceitualmente, assume-se que pontos gatilhos miofasciais consistem em nódulos musculares contráteis e palpáveis. A característica palpável é marcante no exame físico para determinar sua presença. Esse nódulo ou ponto muscular costuma se localizar no interior de um conjunto de fibras musculares tensas, geralmente descrito sob o termo “banda muscular tensa”. Essa banda apresenta-se rígida à palpação quando comparada a regiões musculares não acometidas, que caracterizam-se por um padrão hiperálgico à palpação, à compressão ou digitopressão, podendo ser avaliada quantitativamente (sua percepção dolorosa) por meio de instrumentos como algômetro (TAYLOR; GERWIN, 2015), também conhecido como dolorímetro. 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 35/41 Um algômetro de pressão digital. O algômetro de pressão é uma ferramenta de avaliação clínica digitalmente adaptável, de fácil leitura e baixo custo, que permitirá medições quantitativas generalizadas de limiares de dor por pressão na rotina das avaliações e follow-up. Um algômetro de pressão portátil adaptado de uma escala suspensa é uma alternativa econômica para garantir avaliações precisas. Assim, a algometria de pressão é um auxílio diagnóstico utilizado para avaliar alguns problemas musculoesqueléticos. Esse equipamento possui uma ponteira, que é pressionada no local onde o profissional deseja avaliar o limiar de dor. Uma pressão é aplicada de forma gradativa, crescente, até que o paciente relate a sensação de dor. Nesse momento, o profissional anota o valor da pressão exercida no ponto. Aquele será o limiar de dor do paciente, naquele ponto específico. Segundo Jerez-Mayorga et al. (2020), o limiar de dor à pressão tem sido usado para auxiliar no diagnóstico da dor, fornecendo um valor de força quantificado da sensibilidade do tecido e ocorre no ponto de transição mínimo quando a pressão aplicada é sentida como dor. Portanto, esse instrumento é utilizado para avaliar o limiar de dor à pressão para dor musculoesquelética regional e generalizada, geralmente quantificada em quilogramas. Um dos principais objetivos da avaliação clínica, segundo Sterling (2011), é direcionar estratégias de intervenção apropriadas. Em termos de avaliação sensorial, a detecção de distúrbiosindividuais no processamento da dor pode permitir o desenvolvimento de intervenções terapêuticas baseadas na queixa e em sua fisiopatologia. O algômetro de pressão não pode nos dizer se o aumento da percepção da dor é o resultado de mudanças na excitabilidade neuronal e/ou decorre da percepção exagerada da dor nos centros cerebrais superiores (não diz exatamente a origem da dor). Portanto, é necessário cautela tanto na interpretação quanto no relato de achados clínicos ao usar esse dispositivo. 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 36/41 Exame físico na dor Veja as técnicas usadas no exame físico em pacientes com dor: avaliação da postura, mobilidade, força e capacidade funcional, e como podemos usar o dolorímetro ou algômetro na avaliação da dor. 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 37/41 Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Um paciente, quando chega ao consultório com quadro de dor, geralmente adota posturas protetivas para minimizar a percepção dolorosa. Déficits de amplitude de movimentos tanto passivos quanto ativos estão presentes. Assinale a alternativa que corresponde ao equipamento que avalia a amplitude de movimento. A Goniômetro B Termômetro C Dinamômetro D Paquímetro E Adipômetro 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 38/41 Parabéns! A alternativa A está correta. O goniômetro é o instrumento mais adequado para avaliar a amplitude de movimento. O termômetro avalia a temperatura corporal, o dinamômetro avalia força, o paquímetro é um instrumento para medir precisamente pequenas distâncias e espessuras, e o adipômetro avalia percentual de gordura. Questão 2 O teste muscular é fundamental no exame físico a fim de contribuir para o diagnóstico diferencial, no prognóstico e tratamento de distúrbios musculoesqueléticos, principalmente quando o utilizamos para avaliar e reavaliar paciente que teve perda de força por ter dor. Assinale a alternativa que corresponde ao instrumento que avalia força muscular. Parabéns! A alternativa B está correta. O dinamômetro é o equipamento que avalia força muscular. O estesiômetro avalia a sensibilidade da pele, o algômetro avalia a dor por dígito pressão, a balança analógica avalia peso em quilogramas, e o baropodômetro avalia a disposição de pressão sobre os pés. A Estesiômetro B Dinamômetro C Algômetro D Balança analógica E Baropodômetro 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 39/41 Considerações �nais Vimos o quão complexa é a avaliação e intervenção em dor. Toda a atenção durante o processo de avaliação é muito importante. Ouvir toda a história colhida na anamnese e correlacionar com os sinais e sintomas do paciente são ações imprescindíveis. Não se deve ignorar nenhuma informação, que seja atual, pregressa ou familiar: toda manifestação poderá ter correlação com a queixa principal. Múltiplos mecanismos estão envolvidos, causam ou perpetuam a dor, fazendo com que as apresentações clínicas dos pacientes necessitem de abordagens individuais e diferenciadas. Entendemos que existem ferramentas validadas cientificamente para qualificar e quantificar a dor, questionários, instrumentos e testes funcionais. Na prática baseada em evidências, não existe receita ou supervalorização de um dos pilares (ciências, expertise e paciente), e sim uma integração como um todo. O fator biopsicossocial é de extrema importância na abordagem à dor, pois diversos fatores contribuem para a percepção dolorosa e comportamento do paciente. Não é simples avaliar e intervir em dor, portanto, vamos utilizar a ciência para nos dar suporte. O manejo da dor, principalmente de dores persistentes, depende da integração do fisioterapeuta com outros profissionais de saúde. Podcast Para encerrar, ouça os principais aspectos na avaliação fisioterapêutica da dor, desde a importância de uma boa anamnese até os exames físicos e instrumentos de autorrelato mais usados na prática clínica do fisioterapeuta. 15/11/2022 15:48 Avaliação fisioterapêutica na dor https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03797/index.html# 40/41 Referências BRENNAN, F.; LOHMAN, D.; GWYTHER, L. Access to pain management as a human right. American Journal of Public Health, 109(1), pp. 61–65, 2010. BÜLOW, K. et al. Effectiveness of Pain Neurophysiology Education on Musculoskeletal Pain: A Systematic Review and Meta-Analysis. Pain medicine (Malden, Mass.), 22(4), pp. 891–904, 2021. COOK, et al. Pre-Participation Screening: The Use of Fundamental Movements as Anassessment of Function – part 1. N. Am. J. Sports Phys. Ther, 2006 may;1(2):62-72. JEREZ-MAYORGA, D. et al. Instrumental validity and intra/inter-rater reliability of a novel low-cost digital pressure algometer. 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