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Direito econômico 20-06

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20/06/2013
Metodologia do Direito Econômico
Escola -> década de 70 -> contexto utilitarismo e keynesiano
O direito econômico tem como ciência, conjunto de regras que vão regulamentar a intervenção do Estado na economia, e ele parte de um pressuposto que são duas correntes de pensamento que surgiram na década de 70, década que foi marcada pela crise do petróleo, época em que o Estado estava intervindo em tudo e pouca iniciativa privada. Com a crise, todos os países do mundo tiveram que repensar essa teoria do utilitarismo e do keynesianismo. Esse contexto foi confrontado pelos economistas que estavam vivendo o momento pós-crise. Isso surgiu nos EUA através da universidade de Chicago e de Yale. 
A universidade de Chicago sempre teve uma tradição de economia livre, já Yale sempre se preocupou mais com o Estado, como estruturar o Estado para que o mesmo seja um fomentador da economia. 
Universidade de Chicago: Law and economics -> análise econômica do direito (Richard Posner)
Lá em Chicago, uns pensadores passaram a ter idéias para modificar o entendimento da economia tradicional (keiynesiana), retornar ao modelo liberal (a. Smith e Stuart Mill), para isso era preciso afastar o Estado, privatizando as empresas. Para dar suporte teórico a essas privatizações, que seria a ideia do neoliberalismo, precisava mudar a forma como se pensava o direito em relação à economia. Nessa época, direito e economia eram vistos como ciências independentes. Esse grupo de Chicago de autodenominou como um grupo que queria estudar ao mesmo tempo direito e economia (Law and economics). Esse grupo chega ao Brasil, no RS e MG, com uma dimensão nova chamada analise economia do direito (AED). As ideias trazidas foram dos doutrinadores: Richard Posner e um italiano. Lendo o que essas pessoas escreveram, eles trazem para o Brasil essa ideia de análise econômica do direito para mudar a forma como as leis eram feitas, ou seja, as leis deveriam pensar a economia antes de serem feitas. Haveria a relação custo-benefício, se a lei iria alavancar a economia ou se poderia trazer problemas. Se o Estado deveria ou não intervir, e seu tamanho. 
Universidade de Yale: Critical legal -> escola crítica do direito (Paul Ricour)
Criaram uma escola que queria fazer uma analise critica do direito, que criticava a forma como o direito era pensado, como uma ciência independente (crítica à ideia kelseniana/positivista). 
Essas escolas se juntaram para modificar a forma como o direito deve ser visto. Criam então uma escola de análise política, chamada de institucionalista. A NEI (Nova Economia Institucional) faz uma análise das instituições do Estado, pensando sobre um viés econômico e portanto isso vem a favorecer para que esse Estado adote alguns princípios que são da empresa. Como aconteceu em 98, quando acrescentou ao art. 37 (dos princípios informativos da administração pública) o principio da eficiência. A palavra eficiência era um conceito da empresa, esse princípio foi aderido no Brasil por uma emenda na década de 90, mesmo sendo um movimento da década de 70. No Brasil houve exageros, esse princípio ao invés de dar uma melhor atuação do Estado, pregou exclusivamente uma das vertentes desse movimento que seria a diminuição do tamanho do Estado. Com isso tivemos muitas privatizações, sendo algumas acertadas e outras desastrosas trazendo prejuízos econômicos para o país. 
Essa escola de análise política institucionalista vai trazer de fundo a ideia de que o Estado deve se preocupar com a dinamização dos direitos sociais fundamentais em termos de economia. Por exemplo, tratar da questão dos direitos de empregados e empregadores, verificar a questão da concorrência, ou seja, o Estado deve se centrar na formalização, na implantação dos direitos sociais fundamentais e não atuar diretamente como empresário.
 Isso pautado nas doutrinas do Rawls, Nozick e Dworkin (ideias de justiça distributiva, de que o Estado deve buscar o bem da sociedade e não do individuo e teorias da moderna concepção de Estado, através da constituição como carta garantia de direitos fundamentais, temos a ideia do mínimo ético existencial como garantia do Estado). 
Características comuns entre a AED e a CLS:
Misturando essas duas teorias no campo político e no campo economia, houve uma modificação na forma como o direito, a economia, administração e as ciências contábeis eram vistas. Por exemplo, houve a finalização daquele conceito de que o direito é uma ciência autônoma, mas sim uma ciência inserida num contexto das ciências sociais. Diferentemente da ideia positivista. 
Interdisciplinaridade: admitindo que o direito sofre influência de outras ciências, como a administração, a economia, sociologia, antropologia, etc. (mudança da grade curricular das faculdades de direito) para formar uma sociedade mais justa, mais completa. 
Rejeição a ideia de metodologia exata e autônoma para a implantação dos direitos fundamentais. Ou seja, não podemos olha a implantação desses direitos de um só ângulo, temos que analisar o todo. As normas são fatos sociais e da economia. Desenvolvendo a ideia de Luhmann, da teoria dos sistemas (jurídico, político e econômico), não funcionando separadamente.
Crítica à doutrina clássica que trata do direito como uma ciência autônoma (década de 60 para trás). Resultado disso é o legislativo fazer a norma para corresponder à teoria tridimensional do direito (norma-fato-valor).
Diferenças entre AED e CLS:
A AED, por ser mais voltada para o campo do neoliberalismo, é muito mais racional. Ou seja, se precisar excluir qualquer característica filosófica/sociológica, ele vai excluir. A escola crítica tem uma visão ideológica das relações econômicas, então se eu quero o socialismo, tenho que ter uma política econômica voltada para o social. A AED diz que o administrador tem que ser racional, não podendo se prender ao viés ideológico, levando a tomar decisão contrariando a lógica econômica. Buscando uma distribuição maior de renda, não vai ser muito bom para a economia. As duas escolas se complementam.

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