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Trabalho 1-Materiais ceramicos Rev.2

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INTRODUÇÃO:
A cerâmica mistura de argila e outras matérias-primas inorgânicas, queimadas em altas temperaturas vem sendo produzida a séculos, destinadas às mais variadas aplicações, como para fins utilitários (louças, tijolos cerâmicos) e fins estéticos(esculturas). Sua aplicação à arquitetura, com o uso dos revestimentos cerâmicos.
Os revestimentos cerâmicos em fachadas cumprem um papel importante no desempenho global dos edifícios, não só no que diz respeito à estética proporcionada, como também pelo aspecto de durabilidade, valorização do imóvel e eficiência destes. As placas cerâmicas são materiais, de formas e tamanhos variados usados na construção civil para revestimento de paredes, pisos, bancadas e piscinas de ambientes internos e externos.
QUANTO À ORIGEM DAS PATOLOGIAS:
As patologias dos revestimentos cerâmicos apresentam-se de diversas formas, todas elas resultando na impossibilidade de cumprimento das finalidades para as quais foram concebidos, notadamente nos aspectos estéticos, de proteção e de isolamento. Um efeito imediato é a desvalorização do imóvel. São elas:
Congênitas: São aquelas originárias da fase de projeto, em função da não observância das normas técnicas, ou de erros e omissões dos profissionais;
Construtivas: Sua origem está relacionada à fase de execução da obra, resultante do emprego de mão de obra despreparada, produtos não certificados e ausência de metodologia para assentamento das peças, o que, segundo pesquisas mundiais, são responsáveis por 25% das anomalias em edificações. O treinamento das equipes de mão de obra, a padronização de procedimentos e a verificação de conformidade podem minimizar as patologias.
Adquiridas: Ocorrem durante a vida útil dos revestimentos, sendo resultado da exposição ao meio em que se inserem, podendo ser naturais, decorrentes de agressividade do meio, ou decorrentes da ação humana, em função de manutenção inadequada ou realização de interferência incorreta nos revestimentos, danificando as camadas e desencadeando um processo patológico. 
Acidentais: São caracterizadas pela ocorrência de algum fenômeno atípico, resultado de uma solicitação incomum, como a ação da chuva com ventos de intensidade anormal, recalques estruturais e incêndios, dentre outros.
PROJETOS E NORMAS:
Um projeto adequado, que preveja as diferentes juntas de assentamento e de movimentação, as características da estrutura e dos materiais a serem usados, complementado por uma execução criteriosa, são indispensáveis para evitar problemas de destacamento e outras patologias inerentes à má aplicação da cerâmica.
No entanto, a compatibilização de todos os componentes do sistema de revestimento de fachada, tais como chapisco, emboço, telas de reforço, argamassa colante e de rejunte, materiais de juntas e a própria cerâmica em condições reais, sobre estruturas mais ou menos deformáveis e alvenarias convencionais é, segundo especialistas, o ponto mais crítico de qualquer projeto. A paginação adotada pelo arquiteto também deve ser compatível com o projeto do revestimento. 
A falta de normas que contemplem requisitos de projeto é uma das maiores queixas dos especialistas. É muito comum que os construtores e especificadores recorram à norma de produto, imaginando que elas tenham a consistência técnica que teria uma norma de projeto.
A única norma – a NBR 13755/96 – Revestimento de Paredes Externas com Placas Cerâmicas e com Utilização de Argamassa Colante – Procedimento ,estabelece os requisitos para a execução, fiscalização e recebimento de revestimento de paredes externas com placas cerâmicas assentadas com argamassas colantes específicas para fachadas.
Mesmo assim, esta norma se aplica a revestimentos constituídos por placas cerâmicas com as dimensões máximas: área superficial: = 400 cm2 e espessura total = 15 mm.
Na prática, qualquer dimensão de placas cerâmicas tem sido utilizada em fachadas, desde que o projeto da obra leve em conta o tipo ou características do revestimento. Isso significa que grande parte dos assentamentos executados no Brasil não possui norma base. Especialistas também se queixam que é raro encontrar em obra engenheiros que conheçam a NBR 13755.
TIPOS DE PATOLOGIAS
Destacamentos ou descolamentos: são caracterizados pela perda de aderência das placas cerâmicas do substrato, ou da argamassa colante, quando as tensões surgidas no revestimento cerâmico ultrapassam a capacidade de aderência das ligações entre a placa cerâmica e argamassa colante e/ou emboço.
As situações mais comuns de descolamento costumam ocorrer por volta de cinco anos após a conclusão da obra. O primeiro sinal desta patologia é a ocorrência de um som cavo (oco) nas placas cerâmicas (quando percutidas), ou ainda nas áreas em que se observa o estufamento da camada de acabamento (placas cerâmicas e rejuntes), seguido do destacamento destas áreas, que pode ser imediato ou não. 
Algumas das causas destes problemas são:
• Instabilidade do suporte, devido a acomodação do edifício como um todo;
• Deformação lenta (fluência) da estrutura de concreto armado;
• Oxidação da armadura de pilares e vigas;
• Excessiva dilatação higroscópica do revestimento cerâmico;
• Assentamento sobre superfície contaminada;
• Especificação incorreta de revestimento cerâmico;
Eflorescências: se caracteriza pelo aparecimento de formações salinas sobre algumas superfícies, podendo ter caráter pulverulento ou ter forma de crostas duras e insolúveis em água. Na grande maioria dos casos, o fenômeno é visível e de aspecto desagradável, mas em alguns casos específicos pode ocorrer no interior dos corpos, imediatamente abaixo da superfície. 
O fenômeno resulta da dissolução dos sais presentes na argamassa, ou nos componentes cerâmicos ou provenientes de contaminações externas e seu posterior transporte pela água através dos materiais porosos. Se, durante esse transporte, a concentração dos sais na solução aumentar (por perda de água ou aumento da quantidade de sais), eles poderão entrar em processo de cristalização e dar origem ao fenômeno. Ocorrendo superficialmente, essa cristalização dá origem à eflorescência mais amplamente encontrada e visível; se ocorrer internamente ao material, dá origem à cripto-eflorescência, muitas vezes de difícil identificação.
Para que a eflorescência se manifeste, os seguintes fatores são necessários e suficientes:
– água: atua como um solvente que possibilita a dissolução dos sais que dão origem ao fenômeno. Ela pode ter origem em vários pontos, a saber:
– água de chuva: tem grande chance de penetrar através das juntas, em particular se forem mal executadas;
– água de condensação: resulta das trocas de vapor de água entre o interior e o exterior através de meios porosos;
– água proveniente da etapa de construção: a água de amassamento, o uso de proteções deficientes contra a chuva ou qualquer outro fato que possibilite a concentração de umidade podem ocasionar problemas em obras recém entregues. Paredes saturadas de água podem demandar semanas ou meses para que a secagem ocorra; blocos em contato com o solo, além de absorver umidade, podem ser contaminados por sais ou elementos estranhos;
– sais: se movimentam dissolvidos na água e efetivamente dão origem ao fenômeno;
– gradiente hidráulico: possibilita a movimentação da água e o transporte dos sais do interior para a superfície dos corpos afetados.
Segundo Uemoto (1988), alguns cuidados gerais podem ser tomados para minimizar a ocorrência do fenômeno:
– não utilizar materiais e/ou componentes com alto teor de sais solúveis;
– evitar tijolos com altos teores de sulfatos;
– molhar os componentes cerâmicos demasiadamente secos, minimizando a
absorção da água de amassamento e a reação com o cimento;
– sempre proteger da chuva a alvenaria recém acabada;
– evitar entrada de umidade com a ajuda de boa impermeabilização e vedação;
– usar argamassa mista (cimento:cal:areia) para minimizar a reação com os
componentes cerâmicos;
Manchas e bolor: é entendido como a colonização por diversas populações de fungos filamentosos sobre vários tiposde substrato, citando-se, inclusive, as argamassas inorgânicas. (SHIRAKAWA, 1995).
O desenvolvimento de fungos em revestimentos internos ou de fachadas causa alteração estética de tetos e paredes, formando manchas escuras indesejáveis em tonalidades preta, marrom e verde, ou ocasionalmente, manchas claras esbranquiçadas ou amareladas. (SHIRAKAWA, 1995).
Normalmente são provocadas por infiltrações de água e freqüentemente estão associados aos descolamentos e desagregação dos revestimentos.
Trincas e fissuras: Estas patologias aparecem por causa da perda de integridade da superfície da placa cerâmica, que pode ficar limitada a um defeito estético (no caso de gretamento), ou pode evoluir para um destacamento (no caso de trincas).
As trincas são rupturas no corpo da placa cerâmica provocadas por esforços mecânicos (ex.: tração axial, compressão axial ou excêntrica, flexão, cisalhamento ou torção), que causam a separação das placas em partes, com aberturas superiores a 1 mm.
 As fissuras são rompimentos nas placas cerâmicas, com aberturas inferiores a 1 mm e que não causam a ruptura total das placas.Variações de temperatura também podem provocar o aparecimento de fissuras nos revestimentos, devidas às movimentações diferenciais que ocorrem entre esses e as bases.
Fissuras e trincas também podem estar relacionadas ao cobrimento insuficiente da estrutura de concreto. As fissuras podem aparecer, também, entre o rejunte e a placa cerâmica. Os principais fatores que desencadeiam esta ocorrência são: cura debilitada por condições ambientais agressivas, retração excessiva da argamassa, aplicação do rejunte em juntas com restos de argamassa e/ou sujidades e poeira, utilização de rejunte para junta fina em junta larga e vice-versa, excesso de água de amassamento, movimentação excessiva do substrato, fadiga do rejunte por ciclos higrotérmicos.
Gretamento: constitui-se de uma série de aberturas inferiores a 1 mm e que ocorrem na superfície esmaltada das placas, dando a ela uma aparência de teia de aranha.
Deterioração das juntas: Este problema, apesar de afetar diretamente as argamassas de preenchimento das juntas de assentamento (rejuntes) e de movimentação, compromete o desempenho dos revestimentos cerâmicos como um todo, já que estes componentes são responsáveis pela estanqueidade do revestimento cerâmico e pela capacidade de absorver deformações. 
Os sinais de que está ocorrendo uma deterioração das juntas são: perda de estanqueidade da junta e envelhecimento do material de preenchimento. A perda da estanqueidade pode iniciar-se logo após a sua execução, através de procedimentos de limpeza inadequados. Estes procedimentos de limpeza podem causar deterioração de parte do material aplicado (uso de ácidos e bases concentrados), que, somados a ataques de agentes atmosféricos agressivos e/ou solicitações mecânicas por movimentações estruturais, podem causar fissuração (ou mesmo trincas), bem como infiltração de água, levando o revestimento ao colapso (desplacamento/descolamento).
Fungo e alga no rejuntamento: Presença de fungos e algas que se proliferaram na argamassa de rejunte, causados pelo uso de argamassa de rejunte com porosidade elevada e sem adição de agentes resistentes a esses microorganismos. Em pouco tempo, a fachada, mesmo se bem-executada, pode ficar com a estética comprometida, necessitando de manutenção periódica.
PROVIDÊNCIAS 
Como se pode ver, quase todas as patologias apresentadas neste trabalho estão presentes em nesta construção que foi apresentada como exemplo. Os principais fatores que levam ao colapso do revestimento de fachada são: a mão de obra deficiente, despreparada, falhas na especificação de materiais e deficiências de projeto.
Os transtornos causados aos moradores são muito grandes. A obra é demorada, provocando sujeira, barulho, falta de privacidade, interdição das áreas de lazer, etc. O prejuízo financeiro é muito grande. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÃO
Um ponto importante é a existência de normas que especificam de maneira clara as características técnicas dos componentes do revestimento cerâmico, pois só assim pode haver uma uniformização de conceitos que auxilia na execução de um projeto suficientemente detalhado e embasado em aspectos técnicos coerentes. Esse fato é um ponto necessário para o bom desempenho do revestimento cerâmico, embora não seja suficiente. 
Assim, torna-se equivocado o uso de componentes individuais de alta qualidade técnica se sua aplicação é feita de forma incorreta, ou seja, se não há coerência e compatibilidade de comportamento entre componentes que se inter-relacionam. Cabe ao projetista do revestimento conhecer e entender os produtos com que trabalha e especificá-los de forma correta.
As condições de exposição climática de um edifício refletem diretamente na vida útil e manutenção dos revestimentos utilizados. O sistema da fachada é muito crítico, pois tem que ser considerado a grande variedade de fenômenos naturais que o afetam (ventos, temperatura, chuvas, radiação solar, maresia, etc.).
A rapidez de execução, o uso de grandes vãos e a esbeltez dos elementos estruturais são fatores que contribuem para o surgimento de novos esforços de difícil mensuração e que propiciam o aparecimento de patologias. 
BIBLIOGRAFIA
Patologias em revestimento cerâmico de fachada - Autor: Márcia taveira roscoe - universidade federal de minas gerais;
Levantamento quantitativo das patologias em revestimentos cerâmicos em fachadas de edificações verticais na cidade de João Pessoa – PB;
Revista Téchne – Patologias cerâmicas -Ggisele Cichinelli;
Universidade Federal de Santa Catarina – Revestimentos cerâmicos - Professora Ana Maria Maliska

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