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RAIVA - ZOONOSES

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ZOONOSES 
Raiva 
- Caracterizada como encefalite viral aguda 
- 50 a 60 mil mortes por ano 
- 100% letal e 100% prevenível 
- As mortes ocorrem em países como África, América do Sul, Ásia 
- Geralmente ocorre no ambiente rural 
- Vulnerabilidade social/sem acesso 
- Acidentes com cães e gatos infectados 
- Acidentes com animais silvestres 
- Há lugares considerados como área livre/controlada 
- Alto custo 
 - Morte de pessoas e animais 
 - Queda da produção animal 
 - Custo com tratamento para humanos – vacinas, soro antirrábico (imunoglobulina heteróloga) e imunoglobulina 
antirrábica humana (imunoglobulina homóloga) 
 - Custo com prevenção (vacinação animal, campanhas, diagnóstico) 
 
VARIANTES VIRAIS 
- São 7 perfis antigênicos 
 Variantes 1 e 2 → cão 
 Variante 3 → morcego hematófago Desmodus rotundus 
 Variantes 4 e 6 → morcegos insetívoros Tadarida brasiliensis e Lasiurus cinereus 
 Outras duas variantes: Cerdocyon thous (cachorro do mato) e Callithrix jacchus (sagui de tufos brancos) 
 
RAIVA HUMANA NO BRASIL 
- Endêmica (de acordo com a região) 
- Sul (PR, SC e RS): há controle para raiva urbana 
- Casos humanos na região Norte (Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste) 
 
 Rio Grande do Sul 
- Último caso de raiva humana nos anos 80 
- É controlada no meio urbano (variante 2 – canina) 
- Variante 3 (morcego) em cães e gatos 
- No meio rural é endêmica (morcego hematófago) – animais de produção 
 
 
MUDANÇA NO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO 
- Raiva variante 2 – campanhas de vacinação em massa para controle da raiva urbana 
- Raiva variante 3 – morcego hematófago e morcego não hematófago 
 - Em 2004 houve um surto em Maranhão 
- Variante 3 em cães e gatos infectando humanos – mudança dos sinais clínicos (ainda não há sinais descritos) 
 
Porque o morcego não hematófago é o principal causador da raiva em humanos? 
- Por estar mais próximo das pessoas no meio urbano 
- Ligar para órgãos responsáveis para recolhimento e diagnóstico de morcegos encontrados 
 
 
 
- Ciclo silvestre: proximidade dos animais no meio urbano em condomínios 
 
 
 
PATOGENIA 
- Vírus neurotrópico (SNC) 
- Multiplicação no ponto de inoculação (lenta → período de incubação longo) 
- Terminações nervosas (SN periférico) 
- Replicação extraneural (ainda tem tratamento até esse ponto) – não houve multiplicação no SNC 
- Ligar aos receptores de acetilcolina dos nervos periféricos (centrípeto) até SNC (não tem mais tratamento) 
- Bainha de mielina protege contra a resposta imune do organismo (humoral e celular) 
- SNC – replica → SN periférico se espalha aos órgãos 
- Glândulas salivares → alta multiplicação 
 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO 
- Distância entre local de inoculação e SNC 
- Inervação da área (+ inervado, + rápido) 
- Múltiplas mordeduras e profundidade das mesmas 
- Quantidade de vírus inoculado e sua patogenicidade 
- Ausência de tratamento imediato das feridas (remoção viral) 
 
 SINAIS CLÍNICOS EM HUMANOS 
- Irritabilidade, angústia, ansiedade 
- Febre, náusea, anorexia, dor de garganta 
- Coceira, dor 
- Hiperexcitabilidade, alucinações, convulsões (sedação) 
- Espasmos musculares em faringe e laringe, hidrofobia, aerofobia 
- Paralisia progressiva ascendente 
- Coma 
- Morte de 4 a 10 dias 
- Tratamento paliativo – hidratação, sedação, protocolo de Milwaukee (EUA) 
 
 
 RAIVA EM CÃES 
- Período de incubação em média 60 dias 
- Inquietação, ataques, desorientação, anorexia, paralisia 
- Morte em até 5 dias após sinais clínicos 
- Variante 2 – raiva furiosa 
- Variante 3 – raiva paralítica 
 
 RAIVA EM BOVINOS 
- Raiva paralítica 
- Engasgo, sialorreia, paralisia progressiva dos posteriores, movimentos de pedalagem 
- Excitação > paralisia 
- Morte de 3 a 5 dias 
 
DIAGNÓSTICO 
- 3 diagnósticos 
 Sinais clínicos 
 Epidemiológico 
 Laboratorial: imunofluorescência direta, prova biológica (camundongo lactente), PCR – RT 
 
 
 
CONTROLE DA RAIVA PELA SAÚDE PÚBLICA 
- Programas estaduais/municipais, secretarias de saúde (raiva urbana), secretarias de agricultura (raiva rural) 
- Orientação à população com a secretaria da saúde 
- Trabalho multiprofissional para controle da doença 
 
PROGRAMAS DE CONTROLE E PROFILAXIA 
 Federal – ministério da saúde 
- recebe notificações – verba 
- produção de vacinas 
- apoio 
 
 Estadual – secretarias de saúde e agricultura 
- normas técnicas (nos municípios) 
- executa ações/dá apoio 
- notifica para federação 
 
 Municipal – secretaria da saúde 
- executar 
- notifica para o Estado 
 
 
Acidente...? 
- Tentar identificar o animal agressor 
- Tem tutor? Não domiciliado? 
- Onde mora? 
- Agressão espontânea? Provocado? 
- Na hora – lavar com água e sabão, fazer primeiros socorros e procurar atendimento médico 
 
NORMAS TÉCNICAS 
- Protocolo de antitetânica e das sintomatologias 
- Ficha para atendimento antirrábico 
- Notificação caso suspeito/confirmado 
- Encaminhamento para CCZ 
- Observação do animal agressor > óbito > coleta do encéfalo > diagnóstico 
- Bloqueio vacinal (depende da situação epidemiológica) 
- Ações de vigilância (animais suspeitos – morcegos – urbana) 
- Educação em saúde 
 
Analisar informações: enfermeiro + veterinário 
- Paciente (agredida) 
- Local da mordida (próximo ao SNC) 
- Quantas mordidas 
- Profundidade 
- Vacina pré-exposição? 
- Limpeza imediata da ferida 
- Animal agressor suspeito ou positivo para raiva 
- Todo caso humano suspeito de raiva é de notificação individual, compulsória e imediata aos níveis municipal, estadual e 
federal 
- Investigado pelos serviços de saúde por meio da ficha de investigação, padronizada pelo Sistema de Informação de 
Agravos de Notificação (SINAN) – site do ministério da saúde 
 
 NOTA TÉCNICA Nº 8/2022 – CGZV/DEIDT/SVS/MS 
- Informa sobre atualizações no protocolo de profilaxia pré, pós e reexposição da raiva humana no Brasil 
- Desde 2015, os imunobiológicos antirrábicos humanos (vacina da raiva inativada (VR), soro antirrábico (SAR) e 
imunoglobulina humana antirrábica (IGHAR)), tem sido ofertados parcialmente ao Ministério da Saúde – MS, em função da 
queda mundial da produção desses insumos, bem como das adequações da indústria farmacêutica para atendimento às 
BPF, exigidas pela ANVISA, o que gera reprogramação das entregas e consequentes atrasos na distribuição às Unidades 
Federadas 
- Adicionado a este fator, considera-se a mudança do perfil epidemiológico da raiva no Brasil na última década, na medida 
em que se observa o maior registro de casos de raiva humana causada por animais silvestres, em detrimento da 
transmissão por cães 
 
 AGRESSÃO POR ANIMAIS SILVESTRES 
- Morcegos e outros mamíferos silvestres (inclusive domiciliados) 
- Acidente GRAVE 
- A conduta adequada é lavar o local com água e sabão e iniciar imediatamente o esquema profilático com soro 
antirrábico (SAR) e imunoglobulina humana antirrábica (IGHAR) 
- Administração de quatro doses de vacina antirrábica nos dias 0, 3, 7 e 14 pela via intramuscular ou quatro doses nos 
dias 0, 3, 7 e 14 pela via intradérmica. 
 Mamíferos silvestres: animais como morcegos de qualquer espécie, micos (sagui ou soim), macacos, raposas, 
guaxinins, quatis, gambás, capivaras, cachorros do mato, felídeos selvagens, javalis, entre outros (animais de 
risco) 
 
 AGRESSÃO POR ANIMAIS DE PRODUÇÃO/INTERESSE ECONÔMICO 
- Bovinos, bubalinos, equídeos, caprinos, ovinos, suínos, também são considerados animais de risco para transmissão da 
raiva 
- Conhecer o tipo, frequência e grau d o contato ou exposição que os tratadores e outros profissionais tem com esses 
animais e deve-se levar em consideração o risco epidemiológico da doença na localidade 
- Forma de contato direto ou indireto 
- Será indicado principalmente para trabalhadores rurais em contato com animais positivos, contato com a mucosa da 
boca do animal (desengasgar) 
- Trabalhadores rurais comumente são portadores de lesões de pele = via de transmissão 
 
 AGRESSÕES GRAVES POR CÃES OU GATOS 
- Caso o cão ou gato tenha sinais sugestivos de raivano momento da agressão, indicar a profilaxia 
- Se o cão ou gato agressor não apresenta sinais sugestivos de raiva, indicar a observação do animal por 10 dias e não 
iniciar a profilaxia pós-exposição 
- Não sendo possível a observação, realizar o protocolo de lavagem com água e sabão, iniciar a profilaxia com vacina nos 
dias 0, 3, 7 e 14 e soro SAR ou IGHAR 
 
 
 
 
 
NORMAS TÉCNICAS 
- Olhar além do paciente agredido, olhar para a população animal e humana 
 Bloqueio vacinal (depende da situação epidemiológica) 
 Ações de vigilância (animais suspeitos – morcego – urbana) 
 Educação em saúde 
 
o Vigilância da raiva em caninos e felinos domésticos 
- Em local onde foi coletado material biológico (encéfalo) de um mamífero, com resultado positivo (IFD) 
- Vacinação em animais → bloqueio vacinal → área de foco 
- MS fornece vacinas antirrábicas para cães e gatos 
 
BLOQUEIO DE FOCO VACINAL – VARIANTE 1 E 2 
- População felina e canina doméstica não possuem memória imunológica 
- Divulgação do processo do bloqueio 
- Sistema casa-casa: todos os cães e gatos domiciliados e não domiciliados vacinados 
- Vacina de cultivo celular inativada (vírus morto) – aplicação SC ou IM 
- Idade ≥ 3 meses, mesmo com histórico recente de vacinação antirrábica (> 90 dias) ou outra vacina 
- Vacinadores e imobilizadores devem receber profilaxia pré-exposição 
 
 
 
NOTA TÉCNICA 19/2012 SVS-MS 
 CONTACTANTE 
- Encaminhar morcego suspeito (inteiro) para diagnostico laboratorial e identificação da espécie 
- (+) morcego: não faz bloqueio vacinal em cães e gatos, não faz busca ativa de outros morcegos (colônia) para 
diagnóstico 
 
 NÃO VACINADO 
1) Isolamento – 180 dias em ambiente domiciliar, acompanhamento médico veterinário (termo de responsabilidade 
ou em serviço municipal de zoonose) 
2) Aplicar três doses de vacina antirrábica canina nos dias 0, 7 e 30 
3) Em caso de resultado negativo do morcego para raiva, na prova biológica, suspender as medidas adotadas e 
encerrar o caso 
4) Em caso de resultado positivo ou na impossibilidade de realizar o diagnóstico laboratorial do morcego, orientar que 
o animal seja submetido à eutanásia 
 
 VACINADO 
1) Isolamento – 180 dias em ambiente domiciliar, acompanhamento médico veterinário (termo de responsabilidade 
ou em serviço municipal de zoonoses) 
2) Aplicar duas doses de vacina antirrábica canina nos dias 0 e 30 
3) Em caso de resultado negativo do morcego para raiva, na prova biológica, suspender as medidas adotadas e 
encerrar o caso 
4) Em caso de resultado positivo ou na impossibilidade de realizar o diagnóstico laboratorial do morcego, manter as 
medidas recomendadas nos itens 1 e 2 
 
 
PROFILAXIA EM HUMANOS 
 
 PRÉ-EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL 
- Veterinário, biólogo, técnico agrícola, zoológicos, laboratórios, fauna silvestre 
- Aplicação de vacina antirrábica inativada 
- Duas doses nos dias 0 e 7 – via intramuscular ou intradérmica 
- Após 14 dias, realizar sorologia (anticorpos) – a cada 6 meses 
- Protege contra infecção inaparente 
- Efeito Booster 
- Simplifica tratamento no caso de agressão 
- Diminui número de doses 
 
PREVENÇÃO E CONTROLE 
> Rural 
- Notifica: DSA 
- Controle de morcegos 
- Leitura de mordeduras 
- Colheita de material 
> Urbana 
- Notifica: SMS 
- Vacinação SMS e particular 
- Colheita de material

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