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CDSDCDSDCDSD Universidade do Vale do Itajaí - Univali Campus Balneário Camboriú Escola Politécnica Arquitetura e Urbanismo Ateliê de Arquitetura - Projeto de Alta Complexidade - 9° período Docente: Luciano Pereira Alves e Marcelo Galafassi Acadêmica: Camila Claudino vitalidade biofilia acupuntura 01/15 CENTRO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DESPORTIVO INTRODUÇÃO O presente trabalho busca apresentar o processo da concepção e composição do partido acerca de um anteprojeto de um Centro de Desenvolvimento Sociocultural e Desportivo (CDSD). Esse projeto sucede-se da disciplina de Ateliê de Arquitetura - Projeto de Alta Complexidade, orientada pelos docentes: Luciano Pereira Alves e Marcelo Galafassi. O CDSD é um equipamento privado de uso coletivo cujo objetivo é de proporcionar bem-estar e qualidade de vida, sendo considerado um complemento escolar e, dessa forma, esse equipamento passa a proporcionar a democratização do acesso a cultura, lazer e esporte. Ressalta-se ainda que o uso desse não se restringe apenas ao uso escolar, já que esse é caracterizado pelo uso coletivo, estando disponível e acessível a comunidade. A elaboração deste trabalho e projeto resultará, além da concepção do partido, a aplicação de conhecimentos referentes a conforto ambiental e acústico, estrutural, tecnológico e, principalmente, resolução de fluxos. A proposta inicial a ser apresentada é reflexo também da leitura de condicionantes físicos do entorno do terreno em que o equipamento será proposto. 02/15 LOCALIZAÇÃO A área de estudo, bem como o terreno no qual será proposto o CDSD, encontra-se na cidade de Itajaí, Santa Catarina, Brasil. Itajaí, por sua vez, é uma cidade litorânea, localizada a aproximadamente 100km da capital Florianópolis. Desde seus primórdios possui uma forte ligação com a navegação, abrigando hoje em dia um dos maiores complexos portuários do país. Porém, sua economia é fomentada por outros serviços e indústrias. 03/15 LOCALIZAÇÃO BRASIL SANTA CATARINA ITAJAÍ TE RR EN O ÁREA DO TERRENO: Aproximadamente 13300 m² Segue-se nessa proposta a Lei Nª 2763 de 26 de outubro de 1992 que institui o Código de Obras do município de Itajaí e a Lei Complementar Nº 94, de 22 de dezembro de 2006, que institui o plano diretor de gestão e desenvolvimento de Itajaí. Ademais, serão seguidas as normas de acessibilidade da NBR, bem como as Instruções Normativas dos bombeiros. Rua Silva Av . C el . M ar co s K on de r Av. Cel. Eugênio Muller 04/15 CONDICIONANTES DO ENTORNO EN TO RN O 05/15 INSOLAÇÃO E VENTILAÇÃO O terreno está paralelo ao norte, tendo sua maior testada voltada para o leste e, essa mesma fachada, acomoda uma das vias de maiores fluxos, sendo promissa para a fachada principal. Dessa maneira, a insolação nessa área acaba sendo benéfica e favorável. Os ventos que incidem na área são o nordeste e norte, sendo que o os ventos sul (dominantes) são minimizados pelas barreiras naturais. DIRETRIZES A análise da insolação e ventilação auxilia no posicionamento de alguns usos, a fim de evitar que se tenha a existência demasiada de áreas sombreadas no terreno. DEMAIS CONSIDERAÇÕES Outras considerações acerca do entorno da edificação estão relacionadas a poluição sonora e visual. Sonora, uma vez que o entorno encontra-se contornado por 03 principais vias de grande fluxo da região, além de estar próximo ao complexo portuário. Quanto a parte visual, há uma quantidade considerada de paredões que negligenciam a vitalidade. Sol nascente Sol poente Inverno Verão N USOS Quanto aos usos, esses se caracterizam pela sua diversidade, possuindo residências, usos mistos, comerciais, industriais e institucionais. Alguns usos comerciais e o institucional são polos geradores de fluxos na região, contudo, por outro lado, os demais usos, como os industriais, geram áreas "escuras", sem vitalidade, compostos por paredes cegas, sem os "olhos para a rua", como menciona Jane Jacobs. O porto nas proximidades é cercado por paredões, se fechando para a cidade. DIRETRIZES Deficiências: Áreas no entorno imediato do terreno caracterizadas por serem áreas mortas, sem vitalidade, principalmente próximas as indústrias e ao porto. Potencialidades: Usos que geram grandes fluxos, fazendo com que o projeto do equipamento seja visível e perceptível. Fazendo com que o terreno esteja em um ponto estratégico. Vento Norte Vento Nordeste Vento Sul av enidas movim entadas = ruídos paredões que cercam o porto = sem vitalidade e poluição visual uso industrial uso institucional uso residencial uso misto colégio são josé fort atacadista porto de ita jaí Av. Cel. Eugênio Muller Av. Cel. M arcos Konder Rua S ilva CO NC EI TO 06/20 acupuntura O termo 'biofilia' é traduzido como 'amor às coisas vivas'. Com a finalidade de propor um equipamento que melhore o bem-estar da comunidade, optou-se por conectar humanos com a natureza, através de espaços verdes distribuídos em áreas estratégicas, além de terraços verdes. A vegetação auxiliará no conforto térmico e acústico, sendo uma barreira para os ruídos causados pelo entorno, além de proporcionar ambientes mais agradáveis e ventilados, auxiliando na temperatura do local. Como mencionado, na parte noroeste e, de maneira menos intensa, na parte leste, há usos que não geram vitalidade, além dos equipamentos que são cercados por grandes paredões. Para auxiliar na geração de vitalidade, a proposta busca diluir os usos do CDSD ao longo do terreno, tendo as fachadas voltadas para a rua, assim como os "olhos para a rua" de Jane Jacobs. pe rfi l d o u su ár io O CDSD é aberto ao público, seus usos são voltados para atender toda a comunidade, independente da faixa etária ou de outras características. O espaço oferece ambientes para recreação, prática desportivas, estudo e lazer em um todo. O equipamento está nas proximidades de uma escola, espera-se, dessa forma, atrair os estudantes, bem como os professores e responsáveis. A ideia de propor um equipamento que gere o bem-estar do usuário foi considerada também a partir da premissa de que Itajaí é uma cidade em que os cidadãos passam longas horas dentro de salas fechadas trabalhando ou/e parados em engarrafamentos, dessa maneiras, esses indivíduos passariam a ter um espaço para descasarem e esquecerem dessas adversidades, podendo relaxar sem terem que ir para fora da cidade. vitalidade b io fil ia CONCEITO A acupuntura urbana são intervenções estratégicas e locais, seriam como agulhas que produzem um efeito transformador e curativo para as enfermidades do corpo por meio da acupuntura. As intervenções da acupuntura urbana, rápidas, reversíveis e de baixo custo, são capazes de requalificar um espaço, atraindo as pessoas, gerando vitalidade. Na proposta do projeto, a acupuntura acompanha esse conceito, dessa forma, foram propostos pontos estratégicos verdes, isto é, de áreas com vegetação, a fim de incentivar áreas de convivência e socialização, além de agregar no conforto ambiental térmico e acústico. Os pontos estratégicos acompanham a diluição do equipamento no terreno. FLUXOGRAMA controle 3° pav. 2° pav. 3° pav. área para funcionários área para funcionários ginásio poliesportivo interno 07/15 FLUXOGRAMA área de convivênciabiblioteca /midiateca acesso externo saguão e central de atendimento uso múltiplo / exposições bicicletário estacionamento subsolo térreo banheiros / circulação vertical 3° pav. oficinas culturaiseducativoflexível área infantil Interna desembarque / embarque apoio para pais e bebês acesso externo controle LEGENDA controle compreende-se controle como um conjunto de mecanismos que servem para gerir o acesso dos usuários, como por exemplo, cartões de acessos, sendo necessários para saída e entrada. café palco foyer do teatro depósito salas de ensaios docascamarinsacesso do elenco camarins 2° pav. salas de ensaios depósito plateia banheiros estacionamento subsolo fluxo sem passar pelocontrole fluxo que passam pelo controle fluxo restrito a administração café banheiros / circulação vertical docas depósito gerência / administração acesso externo depósito 3° pav. 4° pav. salas de apoio e segurança manutenção / paisagismo representação da conexão entre os núcleos de circulação vertical / banheiros restaurante acesso externo acesso externo bicicletário 3° pav. depósito 3° pav. cozinha térreo térreo câmaras / almoxarifados 3° pav. conjunto aquático interno *observação: para usos que possuem acesso externo e acesso pós controle, haverá um gerenciamento ao que se refere as entradas à esses usos, no qual será feito por cartões de acesso + digital entregues aos usuários na entrada do CDSD. os usuários deverão retornar ao interior do equipamento através da entrada destinada ao acesso controlado portando os cartões. conjunto aquático externo parque infantil externo banheiros públicos 4° pav. ginástica multifuncional 6° pav. ginásio poliesportivoexterno atividades físicas 6° pav. técnicos esportivos 6° pav. setor social / cultural setor educacionalsetor de atividades físico desportivas setor administrativo e de apoio operacional acesso externo térreo e programa de necessidades 1º PARTIDO 08/15 Iniciou-se o partido levando em consideração as diretrizes e o conceito, dessa forma, foi locado primeiramente o teatro. Sendo um dos usos de maior impacto, sua altura poderia interferir na insolação do terreno, diante disso, optou-se por colocá-lo ao sul no limite do recuo de trás. Ademais, a circulação de veículos de serviços (caminhões) foi posta de maneira a seguir com a ideia de diluição do equipamento do terreno, em virtude disso, essa circulação encontra-se na parte de trás do equipamento, com dois acessos, um de entrada e outro de saída, de uma ponta a outra do terreno. PA RT ID O 2ºLocou-se o acesso principal, sendo esse osaguão. Esse encontra-se na fachada lesteque, após a análise dos condicionante,mostrou-se a mais promissora. 3ºDistribuiu-se alguns blocos a partir daconfiguração do saguão e de forma linear. Entre osblocos foram deixados vazios, sinalizados pelassetas laranjas, que servirão para os "pontos deacupuntura", onde ficarão as áreas verdes térreas.Essas áreas verdes são como praças. 4º Foram adicionados os blocos do andares superiores de forma intercalada, com o intuito de fazer com que existissem terraços verdes e que não fossem cobrir as áreas verdes no térreo. Alguns ambientes possuem elevadores para facilitar a circulação entre os acessos, mas mesmo assim, foram adicionados 03 blocos de circulação vertical + banheiros. Dois desses com controle e um sem para que se tivesse acesso ao subsolo e ao restaurante. DI AG RA M A 01 09/15 setor social / cultural (biblioteca / midiateca) setor social / cultural (teatro) setor de atividades físico desportivas setor de atividades físico desportivas setor educacional setor educacional setor de atividades físico desportivas (ginásio coberto) setor de atividades físico desportivas setor de atividades físico desportivas (ginásio descoberto) docas e depósitos setor social / cultural (restaurante) setor administrativo e de apoio operacional setor de atividades físico desportivas (piscina coberto) setor social / cultural (exposições) setor social / cultural (saguão, atendimento, controle) setor social / cultural (bicicletário) setor social / cultural (bicicletário, café e circ. vertical subsolo) acesso externo para o teatro acesso de veículo p/ subsolo acesso principal ao saguão acesso de veículo p/ subsolo acess o as d ocas 02 03 01 02 03 e Circulações principais verticais (não são as únicas), pós controle. Núcleos com instalações hidrossanitárias Circulação vertical com acesso externo ao restaurante e ao subsolo VO LU M ET RI A 10/15 PL AN TA S exposições biciletário 11/15 setor social / cultural setor educacionalsetor de atividades físico desportivas setor administrativo e de apoio operacional 1º PAVIMENTO TÉRREO NÍVEL +1.50m 2º PAVIMENTO TÉRREO NÍVEL +5,38m biblioteca / midiateca área de convivência bicicletário depósito café teatro área de apoio do teatro (camarins e salas) foyer gerência e administração depósito, doca e manutenção / paisagismo piscina coberta piscina descoberta área externa crianças LEGENDA núcleos principais de circulação vertical hall de entrada e atendimento controle e saguão acesso externo para o teatro doca e depósito café acesso as docas acesso de veículo p/ subsolo acesso principal acesso externo ao subsolo, restaurante administração acesso de veículo p/ subsolo A A B B A A B B área de apoio do teatro (camarins e salas) depósito depósito PL AN TA S 12/153º PAVIMENTO TÉRREONÍVEL +9,26m 4º PAVIMENTO TÉRREONÍVEL +13,14m setor social / cultural setor de atividades físico desportivas setor administrativo e de apoio operacional LEGENDA núcleos principais de circulação vertical setor educacional A A B B ginásio coberto ginásio coberto área para funcionários PL AN TA S setor educacional restaurante área administrativa e de apoio depósito terraço terraçosetor educacional hall ginásio descoberto A A B B CORTES 13/15 CHAPAS ACM Material: ACM Trabalhar na fachada com placas sobrepostas a fim de criar movimento na volumetria CORTE AA' CORTE BB' PELE DE VIDRO Material: Vidro com proteção solar A fim de integrar o interior com exterior, usou-se diversas aberturas, projetando peles de vidro. Com essa é possível aproveitar a iluminação natural, fazendo também com que a ventilação se torne cruzada. Os vidros com proteção solar são capazes de barrar até 70% do calor e 99,6% dos raios ultravioleta, proporcionando uma considerável economia de energia elétrica para resfriar o imóvel. FACHADAS DINÂMICAS Material: WoodBrise Composto por paletes de madeira, que podem ser fixas ou móveis, em caixilharia deslizante (persianas deslizantes), dobráveis (rebatíveis) ou fixas. Alto rendimento no que diz respeito ao controle solar externo, oferecendo a possibilidade de proteção solar para utilização exterior ou interior. LAJE VERDE Material: Grama Reduz ruídos urbanos e diminuir a temperatura do ambiente. Este benefício, além de manter o local mais agradável, ainda economiza energia, pois diminui o uso de climatizadores e ar condicionado. ventilação cruzada RE FE RÊ NC IA S ES PA ÇO S B IO FÍ LIC OS M EM OR IA L obrigado!