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Ergonomia 2023pdf0054

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1 
 
NOME DA UNIVERSIDADE 
 
 
GERENCIAMENTO EM SEGURANÇA DO TRABALHO: Benefícios da 
ergonomia no ambiente de trabalho 
 
 
Nome do aluno: Crystiano 
Cassagrande Cassemiro 
 
Nome do orientador: Lourival Zamuner 
 
 
RESUMO 
 
O objetivo da ergonomia é adaptar a tarefa ao indivíduo e não o indivíduo, à tarefa. Praticando bem a 
ergonomia deve-se alcançar maior produtividade, melhor saúde e segurança dos trabalhadores, além 
de maior satisfação e melhor cumprimento das regulamentações governamentais. Os princípios gerais 
de ergonomia que devem ser aplicados ao local de trabalho incluem o objetivo de trabalho dinâmico 
versus trabalho estático, a otimizar as alturas da superfície de trabalho, evitando a sobrecarga dos 
músculos, evitando posturas não naturais e treinando os indivíduos para usar o local de trabalho, 
instalação e equipamento Este trabalho discute vários componentes importantes da ergonomia, 
incluindo antropometria, design de assento, manuseio de materiais manual e foco na maioria distúrbios 
musculoesqueléticos comuns (MSDs), como distúrbios cumulativos do trauma e lesões lombares. 
 
Palavras-chaves: Ergonomia; Ergonomia Participativa; Trabalho; Saúde. 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Para tratar de um assunto tão vasto como a ergonomia é preciso abranger 
temas que favoreçam o ambiente de trabalho tanto para o colaborador quanto para as 
empresas. É imprescindível que eles possam adquirir o conhecimento e compreender 
algumas questões que devem ser levadas em consideração quando se busca 
melhorias significativas no ambiente de trabalho. 
No Brasil, com objetivo de alcançar a produtividade, as empresas buscam cada 
vez mais a adaptação da ergonomia às suas condições de trabalho, pois isso melhora 
o ambiente empresarial e facilita a relação entre o trabalho e o homem, além de evitar 
2 
 
com que o colaborador sofra algum tipo de acidente de trabalho ou adquira alguma 
doença ocupacional. 
A norma regulamentadora 17 trata da ergonomia. É de extrema importância 
nos postos de trabalho. Tem o objetivo de aperfeiçoar a relação entre o homem e o 
trabalho. Apresenta os benefícios ergonômicos dentro do ambiente laboral, tanto 
empregado quanto empregador ficam cientes de que isso ajuda a melhorar a saúde 
do colaborador. Evita os riscos do trabalhador adquirir algum tipo de doença 
ocupacional ou sofrer algum tipo acidente de trabalho. E isso é de interesse de ambas 
as partes. 
É notório que o desempenho da produtividade de uma organização depende 
das condições ergonômicas que são disponibilizadas, seja reduzir um estresse, o risco 
de adquirir LER/DORT, acidentes e erros. Logo, isso implica à saúde e segurança do 
trabalhador, pois quando uma atividade é realizada com total dispor e sem nenhum 
tipo de risco, o esforço em produzir será maior. 
Diante disso, as boas condições de trabalho têm sido reconhecidas aos poucos, 
uma importância essencial para que as organizações cumpram com as metas 
estabelecidas pela Norma Regulamentadora 17. 
Deste modo, surge o presente tema: benefícios da ergonomia no ambiente de 
trabalho. A presente pesquisa tem por finalidade responder o seguinte 
questionamento: Quais os benefícios ergonômicos necessários para que haja um 
ambiente de trabalho mais proveitoso nas empresas? 
Este estudo tem como objetivo geral, apresentar princípios ergonômicos e seus 
conceitos básicos, a potencializar seus benefícios, a fim de comprovar a a importância 
no dia a dia em um ambiente de trabalho, a prevenir os riscos de o colaborador adquirir 
doenças ocupacionais, ou sofrer algum tipo de acidente de trabalho. Os objetivos 
específicos estão aprofundados em três princípios: Conceituar a ergonomia; 
demonstrar os benefícios da ergonomia no ambiente de trabalho; correlacionar o 
ambiente físico de trabalho com a circunstância antropométrica das pessoas. 
A metodologia aplicada consistiu em uma pesquisa exploratória bibliográfica. 
Uma revisão de literatura de obras de autores renomados na área da ergonomia. 
Apresenta uma introdução à ergonomia e demonstra os seus benefícios juntamente 
com a relação antropométrica das pessoas. Com isso, a presente pesquisa buscou 
demonstrar, de modo geral, os benefícios da ergonomia dentro do ambiente de 
trabalho, a fim de evidenciar a sua importância em uma organização. 
3 
 
 
REFERENCIAL TEÓRICO 
Ergonomia 
 
A ergonomia é composta pelas palavras gregas ergon que significa trabalho e 
nomos que tem como significado leis e regras. Esse termo foi adotado pela primeira 
vez em 1857, na época da revolução industrial por um cientista polonês, Wojciech 
Jarstembowsky, em um trabalho titulado como “Ensaios de Ergonomia, baseada nas 
leis objetivas da ciência sobre a natureza”. 
Desde os primórdios, o homem sempre buscou por melhora em suas 
ferramentas, instrumentos e utensílios necessários para sua vida cotidiana. 
Ferramentas essas que datadas de séculos já se pode perceber a preocupação que 
existia em adaptar a forma às características da mão humana. 
Segundo Moraes e Mont’Alvão (2010) depois de contínuos avanços em 
engenharia, em que o homem se adaptou, mal ou bem, às condições impostas pelos 
maquinismos, evidenciou-se que os fatores humanos são primordiais. 
A história da ergonomia é bem antiga, mas foi apenas na Segunda Guerra 
Mundial, em 1949, que ela foi realmente aplicada. A partir da Grande Guerra foram 
desenvolvidas novas armas, aviões, submarinos em um curto espaço de tempo, sem 
preocupação alguma com a adequação dos soldados a essa novidade, por isso 
ocorreram muitas mortes sem necessidades. 
Diante dessas condições, foram realizados diversos estudos em áreas 
diferentes da medicina, ciência e engenharia, visando uma melhor adequação dos 
soldados a essas novas experiências. Sendo assim, a ergonomia surgiu com objetivos 
práticos, sobretudo, com relação à segurança dos trabalhadores nos sistemas de 
produção. 
Durante a Segunda Guerra Mundial, o abalo rápido das inovações tecnológicas 
– aviões cada vez mais rápidos, radares eficazes na identificação de aviões inimigos, 
submarinos e sonares – colocou o homem em extrema situação de risco, ambiental 
física e psicológica. 
De acordo com NIOSH (1997), As doenças LER/DORT foram detectadas no 
início do Século XVIII, porém, somente a partir de 1970 essas doenças foram 
relacionadas ao ambiente de trabalho e passaram a ser mais discutidas na literatura 
científica internacional. 
4 
 
 
A ergonomia no Brasil 
 
A ergonomia no Brasil surgiu vinculada as áreas de Engenharia de Produção e 
Desenho Industrial, o seu âmbito de atuação foi voltado à aplicação dos 
conhecimentos produzidos sobre as medias humanas e a produção de normas e 
padrões para a população brasileira (SILVINO et al., 2009). Logo, a ergonomia é 
ensinada e aplicada nas diferentes universidades brasileiras, que se situa em 
diferentes unidades dentro de cada universidade e cada vez mais têm atuações 
especializadas dentro da área. 
Outro ponto de extrema importância na história da ergonomia no Brasil é a 
fundação da ABERGO – Associação Brasileira de Ergonomia, em 1983. Ela é 
responsável pelo trabalho de certificação dos profissionais e núcleos de pesquisas, 
que são voltados para ergonomia. 
 
Conceito 
 
Em ergonomia, o conceito de “homem médio” não existe. Considera-se o 
“homem estatístico” (LLANEZA ALVAREZ, 2005, p.160), resultante dos valores 
extremos, considerando-se a distribuição normal de 90% da população. 
A disciplina nada mais é do que um estudo que visa estabelecer a relação entre 
homem e máquina. Busca oferecer a total integridade daqueles que realiza atividades 
consideradas de risco. A ergonomia se trata de uma disciplina orientada para uma 
abordagem sistêmica de aspectos da atividade humana. 
Frequentemente as ações ergonômicas são voltadas para setores particulares 
da economia ou para setores de aplicação específicos (ABRAHÃO et al., 2009). 
Ao comentaresta definição acima, Falzon (2007) aponta como evolução 
conceitual a divisão entre áreas de especialização e de aplicação; define o fazer dos 
ergonomistas, atribuindo a ergonomia um status de profissão, confirmada pela 
consolidação das sociedades cientificas, as formações especializadas, os 
procedimentos de certificação. 
Segundo IIDA (2005) a ergonomia inicia-se com o estudo das características 
do trabalhador para, depois, projetar o trabalho que ele consegue executar, 
preservando a sua saúde. Assim, a ergonomia parte do conhecimento do homem para 
5 
 
fazer o projeto do trabalho, ajustando-o às suas capacidades e limitações. Logo, a 
ergonomia pode ser definida como a ciência que estuda a adaptação do trabalho ao 
homem, buscando uma interação perfeita no ambiente de trabalho. 
Para a Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO) entende-se por 
ergonomia o estudo das interações das pessoas com a tecnologia, a organização e o 
ambiente. Logo tem o objetivo de realizar intervenções e projetos que visem a 
melhoria contínua, além da eficácia, trazendo mais conforto, segurança e bem-estar 
para o homem realizar as suas atividades. 
 Segundo Vieira (2012) a norma regulamentadora que trata da ergonomia é a 
NR-17. Ela visa estabelecer parâmetros que permitam à adaptação das condições de 
trabalho as características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a 
proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. É 
importante lembrar que é de responsabilidade do empregador fazer uma avaliação 
ergonômica do trabalho que é definido pela NR-17. 
Segundo IIDA (2005), a ergonomia é dividida em três domínios de 
especialização: a ergonomia física, cognitiva e organizacional. A ergonomia física está 
relacionada às características humanas como, antropometria, fisiologia e 
biomecânica. Os estudos relevantes são o tipo de postura se está adequada ou não, 
o manuseio de materiais, movimentos repetitivos, posto do trabalho, se é ou não 
adequado a determinado tipo de pessoa. 
Segundo Vieira (2012) a Norma Regulamentadora 17 serve para avaliar a 
adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos 
trabalhadores. O empregador tem a responsabilidade de realizar analises 
ergonômicas no ambiente de trabalho a fim de oferecer toda a segurança ao 
trabalhador, para que ele não seja exposto a nenhum tipo de risco. A empresa deve 
relacionar as condições de trabalho com o que está estabelecido na Norma 
Regulamentadora. 
De acordo com Barbosa Filho (2010), a ergonomia tem como objetivo fazer a 
adaptação ao homem à suas condições de trabalho, para que sejam totalmente 
favoráveis ao indivíduo, tornando assim o ambiente de trabalho mais produtivo, 
saudável e seguro. 
 A ergonomia veio para ajudar na relação entre trabalhador e empresa, para 
que ambas as partes estejam satisfeitas com os trabalhos desenvolvidos, evitando 
qualquer tipo de acidente de trabalho ou a possibilidade do trabalhador adquirir 
6 
 
alguma doença ocupacional. Dessa forma, pode ser entendida como uma disciplina 
que tem o objetivo de adaptar o trabalho as diferentes características do ser humano. 
Segundo Moraes (2010) cabe ao homem avalizar a informação, decidir e agir. 
A falha humana propicia perdas para o sistema. Ou seja, o colaborador dentro de uma 
organização deve avaliar os ricos no qual pode estar exposto, riscos físicos, químicos, 
biológicos e/ou ergonômicos, pois dependendo a falha, a perda pode ser 
extravagante. 
De acordo com a ABERGO (Associação Brasileira de Ergonomia) A ergonomia, 
ou fatores humanos, é uma disciplina cientifica relacionada ao entendimento das 
interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas. E a aplicada de 
teorias, princípios, a fim de aperfeiçoar o bem-estar humano e o desempenho global 
do sistema. 
Pode-se notar que a ergonomia surgiu como uma disciplina que tem como foco 
a adaptação das atividades de trabalho humana as condições do ambiente de 
trabalho, ou seja, todo o manejo de produtos/serviços dentro de uma empresa. 
A ergonomia integra o conhecimento proveniente das ciências humanas para 
adaptar tarefas, sistemas, produtos e ambientes as habilidades e limitações físicas e 
mentais das pessoas (Karwowski, 1996). Ela é uma disciplina que estuda todo um 
contexto das habilidades humanas, a fim de oferecer a soluções para problemas, 
como posturas, habilidades físicas e mentais dentro de um ambiente de trabalho. Essa 
afirmação do autor condiz com o objetivo principal da ergonomia, que é adaptar as 
condições de trabalho ao homem, logo, isso vai envolver a segurança, contentamento 
e o bem-estar do colaborador dentro de um ambiente empresarial. 
Para Meister (1998) o aspecto singular que particulariza a Ergonomia - e que 
faz dela uma disciplina especifica – é a interseção do domínio comportamental com a 
tecnologia física, principalmente o disign de equipamentos. Pode-se entender que o 
autor trata da disciplina como um desenvolvimento de sistemas, com o objetivo de 
melhorar a integração de produtos e seus usuários. 
Segundo Vidal (2002) a ação ergonômica deve ser entendida como um 
conjunto de princípios e conceitos eficazes para viabilizar as mudanças necessárias 
para a adequação do trabalho às características, habilidades e limitações dos agentes 
no processo de produção. Ou seja, dentro de uma empresa é necessário que a 
ergonomia tenha uma autonomia para realizar as mudanças que são consideradas 
indispensáveis para o bem-estar físico e cognitivo de um colaborador. 
7 
 
 
Por se tratar de um assunto vasto, como é o da ergonomia, ela pode ser 
classificada com a necessidade que vai ser utilizada, ou seja, de acordo com cada 
momento. 
Abaixo serão apresentados os tipos de áreas da especialização da ergonomia: 
Ergonomia física – no que concernem as características da anatomia 
humana, antropometria, fisiologia e biomecânica em sua relação à atividade 
física. Os tópicos relevantes incluem a postura no trabalho, manuseio de 
materiais, movimentos repetitivos, distúrbio musculoesqueléticos 
relacionados ao trabalho, projetos de postos de trabalho, segurança em 
saúde. 
Ergonomia cognitiva - no que concerne aos processos mentais, tais como 
percepção, memória, raciocínio, e resposta motora, conforme afetam 
interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema. Os 
tópicos relevantes incluem carga mental de trabalho, tomada de decisão 
desempenho especializado, interação homem-computador, stress e 
treinamento conforme estes se relacionam aos projetos envolvendo seres 
humanos e sistemas. 
 Ergonomia organizacional – no que concerne à otimização dos sistemas 
sócios técnicos, incluindo suas estruturas organizacionais, políticas e 
processos. Os tópicos relevantes incluem comunicações, gerenciamento de 
recursos de tripulações, projeto de trabalho, organização temporal do 
trabalho, trabalho em grupo, projeto participativo, cultura organizacional e 
gestão da qualidade (VIDAL 2002, p.43). 
Diante do que foi supracitado pelo autor pode-se concluir que a Ergonomia 
Física pode ser relacionada às características físicas das pessoas, no que diz respeito 
à anatomia humana, antropometria. A Ergonomia Cognitiva está ligada ao trabalho 
mental, como por exemplo, memória, raciocínio e resposta motora. Já a Ergonomia 
Organizacional está relacionada à otimização dos sistemas sócios técnicos, o que 
inclui as estruturas organizacionais, políticas e de processos. 
 
 
Os benefícios da Ergonomia 
 
As organizações buscam cada vez mais se inovar no mercado competitivo. 
Quando se trata de ergonomia as empresas têm se preocupado com o bem-estar do 
seu quadro de colaboradores, pois a segurança de um trabalhador dentro de um 
ambiente de trabalho é de inteira responsabilidade do empregador. 
Para evitar que aconteça algum tipo de acidente de trabalho, ou o risco de o 
colaborador adquirir algum tipo de doença ocupacional,as empresas buscam 
implantar métodos ergonômicos a fim de diminuir o risco de acontecer algo 
8 
 
inesperado, além dos benefícios que isso irá trazer, tanto para empregado como 
empregador. 
Segundo Dul e Weerdmeester (2012) a ergonomia pode contribuir para 
solucionar um grande número de problemas sociais relacionados com saúde, 
segurança, conforto e eficiência. Muitos acidentes podem ser causados por erros 
humanos. 
Dessa forma, pode-se chegar à conclusão de que são causados pela maneira 
inadequada que o operador conduz o seu instrumento de trabalho para realizar a 
tarefa que lhe é devida. Por outro lado, é de obrigação da empresa fornecer todo o 
apoio necessário para que o seu funcionário realize tal atividade de forma segura. A 
proporcionar um ambiente de trabalho, totalmente favorável às condições do 
trabalhador, ou seja, adaptando o trabalho ao homem, que é o principal objetivo da 
ergonomia. 
Segundo Laville et al (2001) a ação ergonômica leva em consideração os 
trabalhadores, individual e coletivamente, como atores de seu trabalho, da construção 
de sua saúde e de suas competências. Logo, o autor tem a ideia de que a prática de 
uma ação ergonômica irá beneficiar o trabalhador, seja individual ou coletivamente. 
Transformar o trabalho é necessário para evitar desperdícios de energia e 
inteligência, para responder as exigências de qualidade, flexibilidade e redução de 
custos que a sociedade de competição demanda. Duraffourg et al (2001). 
O autor supracitado defende a ideia de que o desperdício de trabalho pode 
gerar prejuízos tanto para o colaborador, quanto para empregador. Transformando o 
trabalho, deixando-o de uma maneira em que ambas as partes saiam satisfeitas. E 
isso levará a uma diminuição de custos com gastos desnecessários, além de gerar 
benefícios que irão favorecer todos os interessados. 
Uma empresa visa à qualidade de vida do colaborador, não somente por 
questões que podem se tornar judiciais (já que a NR – 17 está presente em vários 
setores de uma organização), mas pela real preocupação de exposição de riscos. A 
ergonomia em uma organização traz benefícios a si mesma e ao seu quadro de 
funcionários, ela pode evitar acidentes de trabalho dentro de um determinado setor, 
além de evitar possíveis gastos hospitalares e certamente processos na justiça por 
parte de um trabalhador. 
Segundo Másculo e Vidal (2011), o campo da qualidade de vida no trabalho 
atesta diversidade de abordagens desde as bases, as definições. Algumas delas 
9 
 
evidenciam as características das tarefas, outras valorizam a percepção humana, e 
muitas dão ênfase aos benefícios, sistemas de promoção, e fatores organizacionais 
estratégicos. 
A ação ergonômica leva em consideração os trabalhadores, individual e 
coletivamente, da construção de saúde e de competências, a partir de regras de 
metodologia procura colocar em evidencia o trabalho ideal ao trabalho prescrito. 
(LAVILLE et al. 2001). 
Ou seja, o autor tem a conclusão de que para o bem-estar do trabalhador dentro 
do ambiente de trabalho é necessário que ele esteja realizando determinada atividade 
da maneira correta em relação ao trabalho deve executar. 
Segundo Kerguelen (2001), essa transformação do trabalho é necessária para 
evitar desperdícios de energia e inteligência, para responder as exigências de 
qualidade, flexibilidade e redução de custos que a sociedade de competição 
econômica demanda. O autor compreende que com a transformação do trabalho é 
possível gerar benefícios para trabalhador quanto para empresa, pois reduzindo 
coisas desnecessárias dentro de um ambiente de trabalho se reduz custos para a 
empresa. Dessa forma, o colaborador irá ter mais disposição para realizar as suas 
atividades. 
Segundo Iida (2005) a ergonomia, assim como qualquer outra atividade 
relacionada com o setor produtivo, só será aceita se for capaz de comprovar que é 
economicamente viável, ou seja, se apresentar uma relação custo/benefício favorável. 
Diante disso é importante que cada empresa tenha um projeto que possa verificar se 
realmente há economia comprovada, de mão de obra, energia, acidentes, 
produtividade e aumento de qualidade de vida. Ainda segundo o autor supracitado, a 
ergonomia só será aceita se os benefícios forem maiores do que os custos. 
Ainda Segundo Iida (2005) a análise do custo/benefício indica de um lado 
investimento usado para implantar um projeto ou uma recomendação ergonômica, 
representando os custos de elaboração do projeto, aquisição de máquinas, materiais 
e equipamentos, treinamento de pessoal e queda de produtividade durante o período 
de implantação. Por outro lado, computam-se os benefícios como: economia de 
material, mão de obra e energia, redução de acidentes, absenteísmo e aumento da 
quantidade e produtividade. 
A Ergonomia objetiva modificar os sistemas de trabalho para adequar à 
atividade nele existente, às características, habilidades e limitações das pessoas com 
10 
 
vistas ao seu desempenho eficiente, confortável e seguro (ABERGO, 2000). Diante 
disso, pode-se perceber a importância da ergonomia dentro de um ambiente de 
produção, pois segundo Assunção (1995) é crescente o número de trabalhadores com 
doenças ocupacionais, principalmente LER (Lesões por Esforços Repetitivos) e DORT 
(Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho). 
Para Slack et al. (1999), o ambiente imediato no qual o trabalho acontece pode 
influenciar a forma como ele é executado. As condições de trabalho que são muito 
quentes ou frias, insuficientemente iluminadas ou excessivamente claras, barulhentas 
ou irritantemente silenciosas. 
Levando em consideração o que foi dito pelos autores supracitados, todas as 
formas em que o trabalho é executado, faz-se necessário se ter uma visão ergonômica 
para melhorar o bem estar do colaborador e a relação que ele possui com a empresa 
em prol de adquirir benefícios para ambas às partes, no caso do colaborador com um 
ambiente totalmente agradável, ele irá realizar as tarefas com disposição e agilidade, 
gerando assim uma excelente produção em favor da empresa, além do conforto e bem 
estar físico que podem ser adquiridos. 
Dentro do ambiente de trabalho existem riscos no qual o trabalhador pode estar 
exposto, dentre esses riscos estão o de periculosidade e insalubridade. 
Periculosidade segundo Nascimento (1989), são consideradas atividades ou 
operações perigosas àquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, 
impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos. É definida como 
qualquer atividade perigosa que pode gerar prejuízo a saúde do colaborador dentro 
de uma empresa e para que possa ser beneficiado de alguma maneira ele recebe 
30% adicional do valor do seu salário. É uma regulamentação dos direitos trabalhistas 
que foi aprovada pelo ministério do trabalho para aquele trabalhador que exerce algum 
tipo de atividade perigosa, que coloca em risco a sua saúde. 
Insalubridade de acordo com Nascimento (1989) são consideradas atividades 
ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condição ou método de 
trabalho, expõem os empregados a agentes nocivos a saúde acima dos limites de 
tolerância fixados. Logo, os agentes físicos, químicos e biológicos que podem trazer 
riscos à saúde do colaborador estão acima dos limites que uma pessoa pode estar 
exposta, diante disso o trabalhador recebe um adicional de até 40% do salário. 
Esses riscos expõem totalmente a saúde do colaborados e podem trazer algum 
tipo de prejuízo, mas como existem ambientes de trabalho no qual não se pode evitar, 
11 
 
como um posto de gasolina, por exemplo, para isso o benefício que é oferecido a 
trabalhadores com esse tipo de trabalho é o direito de um acréscimo salarial. 
Silveira e Salustiano (2012) declaram que, com base na Previdência Social 
(2010), as estatísticas de acidentes e doenças nos ambientes laborais retratam a 
necessidadeda intensificação no conhecimento da ergonomia como fator de extrema 
importância para as organizações. 
Quando a ergonomia é aproveitada nas empresas, adapta-se um ambiente 
favorável à rotina de trabalho do colaborador, diminui o cansaço, o estresse, os riscos 
de adquirir algum tipo de doença ocupacional e de acidentes de trabalho. Assim, é 
possível evitar custos com afastamentos. 
Com isso pode-se levar o entendimento de que os benefícios da ergonomia 
contribuem tanto para as empresas quanto para os colaboradores. 
Os benefícios que a ergonomia oferece para o colaborador estão ligados 
diretamente com a qualidade de vida no trabalho, na melhoria da produtividade 
(PRATES, 2007). Ou seja, o autor afirma que, quando o colaborador trabalha em um 
ambiente no qual esteja adequado para a sua função e totalmente seguro, ele irá 
realizar as atividades com satisfação, logo, isso gera um crescimento produtivo para 
a empresa. 
Segundo Hendrick (2003) argumenta que o ergonomista profissional precisa 
colocar suas propostas ergonômicas em termos ergonômicos. É necessário que se 
fale na mesma linguagem quando se trata de ergonomia, já que a tomada de decisão 
se baseia nos benefícios em prol do colaborador e da empresa. 
Um bom ergonomista irá medir as ações necessárias a serem tomadas para a 
produtividade de uma organização, como por exemplo, identificar o real problema 
dentro de um setor empresarial para poupar gastos desnecessários e sempre procurar 
aumentar a produtividade. 
De certa forma a ergonomia só será aplicada dentro de uma empresa se o custo 
benefício de fato ficar comprovado, ou seja, se o retorno financeiro para a organização 
for de extrema relevância. Toda empresa tem como objetivo alcançar uma redução de 
custos. Dessa forma, a ergonomia não seria deixada de lado durante uma realização 
de análise de custos, fatores que podem causar um risco de investimento. 
 Aqueles que geram incerteza quanto aos resultados podem eliminar cargos ou 
funções que são atribuídas a um colaborador dentro de uma empresa, porém se o 
custo investido trouxer um retorno dentro do prazo esperado, o benefício, certamente, 
12 
 
será alcançado. Dentre eles, economia de matérias, mão de obra, aumento da 
produtividade, diminuição de riscos com acidentes de trabalho, além de aumentar a 
eficiência, produtividade e a qualidade dos serviços que são oferecidos. 
As ferramentas que o trabalhador utiliza para realizar as suas tarefas devem 
estar em uma distância necessária para que consiga, facilmente, alcança-las, seja na 
posição em pé ou sentado. Ainda segundo Dul, Weerdmeester (2012) as operações 
mais importantes devem situar-se dentro de um raio aproximado de 50 cm a partir da 
articulação entre os braços e ombros. 
Segundo Vieira (1996) é necessário que o posto de trabalho permita que o 
funcionário adote outras posições. Ou seja, ele deve alternar as posições durante a 
sua jornada de trabalho diária, a fim de evitar o cansaço e riscos de adquirir doenças 
ocupacionais e de acidentes de trabalho. 
Os equipamentos para execução das atividades laborais devem estar 
adequados à dimensão do trabalhador, visto que postos de trabalhos e posições que 
não estejam adequados podem gerar prejuízos à saúde do colaborador, às vezes 
trazendo lesões que podem ser consideradas irreversíveis. 
Para evitar esse tipo de caso pode-se melhorar os postos de trabalho e os 
equipamentos que são usados durante o manuseio das atividades, logo, eles devem 
ser adequados ao tamanho físico do colaborador. Um exemplo claro seria a altura de 
uma bancada, onde uma pessoa considerada alta pode realizar atividades facilmente 
e essa bancada não estaria adaptada para alguém de menor estatura, ou vice-versa. 
O equipamento pode estar adaptado para uma pessoa baixa e não para uma 
alta, a adequação deve ser feita através das medidas que forem coletadas dentro de 
um setor da empresa, pois o melhor modo de trabalhar, independentemente da 
posição, é totalmente confortável. 
As empresas buscam a integridade física e psicofisiológica do trabalhador, por 
isso devem fornecer um ambiente adaptado para as condições físicas de cada 
colaborador. Relacionar as medidas necessárias dos equipamentos de proteção 
individual (EPI) e objetos que são utilizados também para execução de atividades, tais 
como, cadeira, mesa, computador e teclado, ou seja, todo e qualquer tipo de material 
que venha a ser usado para atividades de trabalho em função de uma empresa. 
Segundo Dul, Weerdmeester (2012), as posições do trabalhador são 
caracterizadas pelas tarefas no qual ele exerce, logo, a melhor posição (em pé ou 
sentada) para a execução de tais atividades é definida pelo seu tipo de tarefa. Cada 
13 
 
posto de trabalho possui uma medida padrão, uma cadeira, uma mesa, sempre terá 
uma medida necessária para que atividades sejam realizadas. 
A mesma situação acontece em uma grande indústria, mas as medidas devem 
ser estudadas a fim de levantar os dados de valores necessários para a adaptação de 
cada funcionário. 
 
Antropometria 
Conceito 
 
A antropometria é a ciência que estuda as medidas e dimensões do corpo 
humano. Pode utilizar de diversas técnicas para realizar as medidas. É de 
extraordinária importância um estudo sobre as características físicas humanas que 
podem ser medidas. Segundo Panero e Zelnik (1991), antropometria é o conjunto de 
técnicas utilizadas para medir o corpo humano ou suas partes. 
 
Figura 1 - Medidas corporais 
 
 
Fonte: https://raperalta.wordpress.com/2009/01/11/antropometria/ acesso em: 
21/10/2018. 
 
 
A palavra antropometria se origina do grego anthropos que significa Homem e 
metrikos que significa proporção justa. A figura acima ilustra as pastes físicas do corpo 
humano que podem ser mensuradas para relacionar com as atividades laborais. Para 
https://raperalta.wordpress.com/2009/01/11/antropometria/
14 
 
realizar essa coleta de dados o indivíduo deve estar totalmente confortável para a 
medição ser realizada de maneira adequada. 
A antropometria foi definida como a ciência de medida do tamanho corporal 
(NASA, 1978). Ou seja, a relação de medidas físicas do corpo humano tem total 
ligação com o ambiente de trabalho em que um colaborador está envolvido. Desde o 
setor administrativo, que no caso funciona um escritório, até o chão de fábrica, a parte 
operacional em que os colaboradores realizam atividades consideradas pesadas. A 
antropometria ocupa-se das dimensões e proporções do corpo humano (Dul e 
Weerdmeester, 2004). 
Conforme Guedes e Guedes (2003), o entendimento da antropometria se dá 
pela coleta de dados referentes às medidas externas corporais. Diante da afirmação 
do autor é necessário realizar coletas de dados para se basear na real necessidade 
da adaptação de objetos indispensáveis para realizar determinada atividade em algum 
setor. No caso de um escritório, por exemplo, a cadeira deve ser devidamente 
ajustada para o tamanho da pessoa que irá ocupá-la, os pés devem ter um apoio que 
se ajuste ao tamanho do corpo, o computador deve estar em uma altura que a visão 
possa alcançar totalmente sem gerar prejuízos ao tentar forçar para enxergar. 
Para Sobral (1985) a antropometria baseia-se na mensuração sistemática e na 
análise quantitativa das variações dimensionais do corpo humano. Ou seja, é 
necessário realizar medidas corporais para que haja uma análise mais aprofundada 
da relação do corpo com o ambiente de trabalho. 
Um estudo antropométrico abrange os métodos e técnicas que nos possibilitam 
obter um conjunto satisfatório de medidas e conformações do corpo ou parte do corpo 
humano (Masculo et al. 2011). Ainda segundo os mesmos autores o estudo 
antropométrico é uma etapa necessária para a definição do projeto, sua correção 
dimensional mediante verificação estática e, contrariamente, ao que muitos pensam é 
responsável direto por parte importante da dinâmicados movimentos. 
Os autores definem a ergonomia como uma busca em decidir as características 
físicas de cada indivíduo, e que deve ser usada como entendimento de materiais, 
equipamentos e máquinas que as pessoas utilizam, seja em um ambiente fabril, de 
escritório, ou até mesmo no lar. 
 
Relação da antropometria com os postos de trabalho 
 
15 
 
O posto de trabalho é definido por todos os instrumentos que o trabalhador irá 
utilizar no seu cotidiano, seja mesa, computador, cadeira, máquinas, ferramentas e/ou 
todos os equipamentos utilizados na realização de uma determinada atividade. 
Dentro de um ambiente de trabalho, seja ele operacional ou administrativo é 
necessário que cada pessoa se encaixe (quando se trata de medidas) devidamente 
no setor em questão para realizar as suas atividades com conforto e segurança, já 
que a antropometria é utilizada dentro da ergonomia e visa estabelecer conforto e 
segurança a aqueles que estão exercendo funções em uma empresa. 
A antropometria tem a necessidade de conhecer as medidas do quadro de 
funcionários de uma empresa a fim de prover dados aos projetistas nos postos de 
trabalho. Tem o objetivo de estabelecer as dimensões necessárias para cada posto 
em relação à pessoa que esteja à frente dele, o colaborador não deve forçar as suas 
articulações, pois há um grande risco de ocorrerem lesões ocupacionais e isso não é 
de interesse do empregador. 
Por isso, em muitos casos, contrata-se um ergonomista que é o responsável 
por todo esse trabalho de medidas. Geralmente isso acontece quando a empresa 
busca algum tipo de certificação ou não quer ter problemas com o ministério do 
trabalho quando ocorrem auditorias. 
O ambiente de trabalho é um fator determinante dentro de uma empresa; É 
nele que o trabalhador irá realizar todas as suas atividades, produzir tudo aquilo que 
lhe é atribuído. Implica no crescimento da empresa e isso é de interesse e dever do 
empregador, adaptar as condições do trabalho ao respectivo colaborador a fim de 
proporcionar um ambiente totalmente seguro. 
As relações antropométricas estão ligadas a esse fator, pois para a realização 
de determinadas atividades, as medidas de objetos e equipamentos devem possuir 
tamanho e forma adequada para cada pessoa que esteja executando tal atividade. 
 
O ambiente imediato no qual o trabalho acontece pode influenciar a forma 
como ele é executado. As condições de trabalho que são muito quentes ou 
frias, insuficientemente iluminadas, ou excessivamente claras, barulhentas 
ou irritantemente silenciosas. Todas vão influenciar a forma como o trabalho 
é levado avante (SLACK ET AL. 1999, p. 218). 
 
16 
 
O autor supracitado segue a ideia de que o ambiente de trabalho pode 
influenciar as condições do trabalhador, positivamente ou negativamente. 
Dependendo do ambiente no qual o colaborador realiza as atividades, pode adquirir 
algum tipo de doença ocupacional ou ter risco de acidente de trabalho e isso é de total 
interesse de uma empresa, saber se está tudo dentro das normas estabelecidas pela 
NR - 17 para execução das atividades. 
As manipulações fora de alcance dos braços exigem movimentos do tronco 
(Dul, Weerdmeester, 2012). Diante da afirmação do autor segue abaixo uma figura 
que melhor exemplifica essa situação. 
 
Figura 2 - Alcances máximos das mãos para trabalho sentado ou em pé 
 
Fonte: Adaptado de Dul, Weerdmeester (2012, pág. 31) 
 
As ferramentas que o trabalhador utiliza para realizar as suas tarefas devem 
estar em uma distância necessária para que consiga facilmente alcança-las, seja na 
posição em pé ou sentado. Ainda segundo Dul, Weerdmeester (2012), as operações 
mais importantes devem situar-se dentro de um raio aproximado de 50 cm, a partir da 
articulação entre os braços e ombros. 
Segundo Vieira (1996) é necessário que o posto de trabalho permita que o 
funcionário adote outras posições. Ou seja, ele deve alternar as posições durante a 
sua jornada de trabalho diária, a fim de evitar o cansaço e riscos de adquirir doenças 
ocupacionais e de acidentes de trabalho. 
17 
 
As empresas buscam a integridade física e psicofisiológica do trabalhador, por 
isso elas devem fornecer todo um ambiente adaptado para as condições físicas de 
cada colaborador, relacionar as medidas necessárias dos equipamentos de proteção 
individual (EPI) e objetos que são utilizados também para execução de atividades, tais 
como, cadeira, mesa, computador e teclado, ou seja, todo e qualquer tipo de material 
que venha a ser usado para atividades de trabalho em função de uma empresa. 
 
RESULTADO E DISCUSSÃO 
 
A revolução industrial trouxe um processo acelerado no que diz respeito a 
produção. Isso ocasionou um sistema que, na verdade, serviu de modelo para as 
décadas seguintes. Houve, desde aquela época, uma preocupação com processos 
preventivos. 
Segundo Guérin (2001), os mais atuais — e comprovados — se resumem nos 
custos benefícios para a empresa/produto e no cuidado com a vida do colaborador. 
Desses processos, a Ergonomia Participativa e a Ginastica Laboral são os principais. 
 
Ergonomia Participativa 
 
A ergonomia participativa, segundo Figueiredo (2005), envolve os 
colaboradores no processo de planejamento e controle do trabalho. Trata-se de uma 
maneira eficaz de reduzir a ocorrência de problemas músculo-esqueléticos em 
trabalhadores. Essas perturbações costumam ser de caráter ocupacional, atingindo 
músculos, articulações, tendões e nervos. A causa frequente são os movimentos 
repetitivos, automatizados e por vezes estressantes realizados diariamente. 
Figueiredo (2005) afirma que a ergonomia participativa fundamenta-se em um 
conselho ou equipe formada por trabalhadores, ergonomistas e profissionais do ramo 
da saúde e segurança. Depois da equipe ter sido composta, esses representantes 
identificam os desafios e problemas existentes na rotina de trabalho. Na sequência, 
são elaboradas propostas para soluções eficientes, dado o panorama observado no 
local. 
O impacto da ergonomia participativa em uma empresa proporciona segurança 
e confiança. A motivação do processo consiste na forma de aplicabilidade. A 
proximidade de atuação e interação dos colaboradores. O projeto de trabalho também 
18 
 
dá um grande impacto com fatores como trabalho por turnos, pausas e horários de 
refeições. 
Ergonomia participativa e o ambiente de trabalho 
 
Segundo Mendes e Leite (2004), dentre os benefícios garantidos pela 
ergonomia participativa está a preservação da atuação e do ambiente de trabalho. Os 
locais de trabalho foram formalmente revolucionários para promover a mobilidade de 
seus produtos ou gerar máquinas de maneira eficiente. As pessoas que se encontram 
como integrantes da equipe de suporte têm menos atenção. O número crescente de 
lesões causadas por movimentos repetitivos, força excessiva e posturas inadequadas, 
 
Ginastica laboral 
 
A Ginástica Laboral atua de forma preventiva e terapêutica, nos casos de 
Lesões por Esforços Repetitivos (LER), sem levar o colaborador ao cansaço. 
Segundo Figueiredo (2005), ela pode ser feita durante a jornada de trabalho. 
Pode ser de curta duração, a trabalhar alongamento e relaxamento dos músculos que 
permanecem contraídos durante as atividades laborais diárias. 
Para Pierre (2007), a Ginastica Laboral contribui e muito para a prevenção dos 
problemas relacionados ao trabalho. Dispõe-se em três tipos de Ginástica Laboral a 
serem aplicadas com frequência, a se classificar como preparatória/aquecimento; 
compensatória ou de pausa e a de relaxamento.. 
Benefícios da Ginástica Laboral 
 
Para Pierre (2007), os benefícios para os colaboradores se dividem em 
aspectos fisiológicos, psicológicos e sociais 
Dos benefícios fisiológicos podemos destacar o aumento da circulação 
sanguínea ao nível da estrutura muscular, isso por conta do aumento da frequência 
cardíaca que, consequentemente, melhora aoxigenação dos músculos e tendões, 
diminuindo o acúmulo do ácido lático. Melhora a mobilidade e flexibilidade — músculo-
articular aplicados diminuição das inflamações e traumas, devido aos exercícios 
específicos relacionados aos traumas acumulativos. Melhora a postura e a 
coordenação motora; diminui a tensão na execução de tarefas facilita a adaptação ao 
posto de trabalho. Diminui a fadiga muscular. 
19 
 
Pierre (2007) afirma que nos conceitos psicológicos, a Ginástica Laboral eleva 
a autoestima do colaborador. Conscientização acerca da importância do trabalho e o 
coloca como membro articulador da empresa. Abrange uma visão ampla da condição 
do colaborador o que ocasiona mudanças em sua rotina; melhora a capacidade de 
concentração no trabalho e reduz os níveis de estresse mental e tensão geral. 
Sobre os benefícios sociais, segundo Pierre (2007), podemos destacar o 
favorecimento do relacionamento interpessoal, a integração social, favorecimento do 
sentido de grupo e desenvolvimento do espírito de equipe. A abrangência no conceito 
da formação do líder e da liderança, constituindo o colaborador como parte de um 
todo. 
 
METODOLOGIA 
 
O estudo apresenta análise qualitativa. A amostra será composta por artigos 
encontrados em livros, no Google acadêmico, artigos disponibilizados gratuitamente 
em texto completo, que apresentem os estudos realizados. 
O instrumento para a coleta de dados é um formulário com as seguintes 
informações: título do artigo, data de publicação, informações relevantes. O banco de 
dados será composto a partir de analises e pesquisas. 
Coleta de informações a diversas fontes, com o objetivo de enriquecer a 
pesquisa acerca do assunto. 
 
Tipo de pesquisa 
 
Pesquisa exploratória, descritiva — descrição e exploração das variáveis — e análise 
qualitativa. 
 
Fontes 
 
As fontes foram primárias e secundárias, livros e artigos. 
 
Resultados 
 
Os resultados são qualitativos. Os resultados da pesquisa são traduzidos em 
conceitos e ideias. 
20 
 
 
Aplicação 
O método de pesquisa se deu por meio de livros — pesquisa em bibliotecas e livros 
pessoais —, artigos e manuscritos pesquisados na internet. 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Ergonomia é o processo de projetar ou organizar locais de trabalho, produtos e 
sistemas para que eles se ajustem às pessoas que os utilizam. A maioria das pessoas 
já ouviu falar de ergonomia e acha que é algo a ver com assentos ou com o design de 
controles de carros e instrumentos, mas na verdade ela envolve muito mais. 
A ergonomia aplica-se ao design de qualquer coisa que envolva pessoas — 
espaços de trabalho, esportes e lazer, saúde e segurança. Ergonomia (ou "fatores 
humanos", como é referido na América do Norte) é um ramo da ciência que visa 
aprender sobre as habilidades e limitações humanas, e depois aplicar esse 
aprendizado para melhorar a interação das pessoas com produtos, sistemas e 
ambientes. 
Visa melhorar espaços de trabalho e ambientes para minimizar o risco de 
ferimentos ou danos. Assim, à medida que as tecnologias mudam, a necessidade de 
garantir que as ferramentas que acessamos para o trabalho, o descanso e o 
entretenimento sejam projetadas para os requisitos do nosso corpo. 
Os programas de treinamento percorrem um longo caminho e aumentam a 
consciência de segurança entre gerentes e supervisores, designers, compradores, 
mecânicos e trabalhadores que executam os empregos. Treinamento e educação 
asseguram que os empregadores e empregados recebam informações suficientes 
sobre ergonomia, fatores de risco em seus locais de trabalho para que participem 
ativamente em suas próprias proteções. 
Um bom programa de treinamento em ergonomia ensina aos funcionários como 
usar corretamente o equipamento, ferramentas e controles de máquina, bem como a 
maneira correta de executar tarefas do trabalho. Preocupa-se com o bem-estar do 
colaborador. O valor da vida humana está acima de tudo, preservando a vida, com 
ética — na prática d cuidado — o resto é consequência. 
21 
 
É necessária atenção quando o assunto é ergonomia. Deve-se abranger temas 
que favoreçam o ambiente de trabalho tanto para o colaborador quanto para as 
empresas. É imprescindível que eles possam adquirir o conhecimento e compreender 
questões que devem ser levadas em consideração quando se busca melhorias 
significativas no ambiente de trabalho. 
No Brasil as empresas têm buscado cada vez mais a adaptação da ergonomia 
às suas rotinas de trabalho. A fim de que haja uma melhora no ambiente de trabalho 
e que haja uma facilitação na relação entre o trabalho e o homem, além de evitar com 
que o colaborador sofra algum tipo de acidente de trabalho ou adquira alguma doença 
ocupacional. 
 
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