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Comunicação Jurídica I 2022 1

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comunicAÇÃO JURÍDICA
PROFA. DRA. EDNA TARABORI CALOBREZI
1
o ser humano 
 é um ser social natura sua, em decorrência de sua natureza.
 sente necessidade de:
se agrupar em sociedade, para atingir seus objetivos; 
E de comunicar-se com o outro para o entendimento entre ambos
2
 a comunicação é uma prática social básica em que se assentam as raízes do Direito: 
 conjunto de normas reguladoras da vida social. 
3
A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO
comunicAÇÃO JURÍDICA
Preliminares:
“Comunicação” vem do latim “comunicare”
A ideia de participação, cooperação está implícita no sentido de comunicação
A alteridade (o “outro”) é o pressuposto básico da comunicação
ATO COMUNICATIVO: Emissor  receptor  mensagem
O entendimento do ato comunicativo que torna o homem um ser político
Ser político é estar implicado com a polis: exercer a cidadania
Que significa; ponderar, julgar, formar juízos de valor.
Quem não é cidadão, não é homem 
 “Si non est civis, non est homo” - diziam os antigos
O objetivo dos seres humanos na construção da sociedade é a harmonização da:
 a) identidade na diversidade b) da unidade na pluralidade
Tal objetivo exige um conjunto de normas reguladoras do convívio humano: o Direito
 
 A comunicação é um ato de partilha, o que implica, no mínimo, bilateralidade. 
O ato comunicatório não pode ser ato solitário; 
Antes, é um ato solidário entre indivíduos interrelacionados na sociedade, 
o texto jurídico é uma forma de comunicação, nele ocorrem os elementos envolvidos no ato comunicatório; 
Deve haver, então, um objeto de comunicação (mensagem) 
Com conteúdo (referente), 
Transmitido ao receptor por um emissor, 
por meio de um canal, com seu código próprio.
COMUNICAÇÃO – MODUS OPERANDI
COMUNICAÇÃO – MODUS OPERANDI
1) Emissor (locutor, falante) aquele que emite a mensagem, 
 estabelece o contato com o outro: ego (eu) e alter (tu)
 A Retórica usa o termo orador
2) RECEPTOR (destinatário, ouvinte) aquele a quem se destina a mensagem
 transmitida pelo Emissor.
 A Retórica usas o termo auditório
3) MENSAGEM: é o assunto, o objeto da comunicação
4) CANAL: meio (o suporte) pelo qual se estabelece a comunicação:
 telefone, rádio, e-mail, papel, redes sociais, internet
5) REFERENTE: é o contexto em que se insere a mensagem
6) CÓDIGO: são sinais, símbolos, gestos, sons, imagens, letras, idiomas... 
 cujos significados são conhecidos do emissor e do receptor
Ruído  Quando há falhas em qualquer elemento do ato comunicativo
 e a Mensagem não é transmitida perfeitamente.
Se a vítima de um crime, ao prestar depoimento sob forte emoção, não conseguir relatar os fatos, ou se o fizer de forma incompreensível, entre soluços e gaguejos, haverá ruído quanto ao EMISSOR.
Se o juiz ler a sentença em voz alta para um réu com deficiência auditiva, haverá ruído quanto ao RECEPTOR.
Se uma testemunha falar apenas a língua francesa, sendo o idioma desconhecido do juiz, haverá ruído quanto ao CÓDIGO.
Se houver interferências na linha telefônica, ou má sintonia de uma estação de rádio, haverá ruído quanto ao CANAL.
Se o juiz interroga uma das partes falando em termos latinos ou arcaicos, 
 haverá ruído quanto ao CÓDIGO.
Se o assunto for complexo e de difícil entendimento, haverá ruído quanto MENSAGEM.
Se o contexto não for conhecido por um dos interlocutores, pode haver ruído em relação ao REFERENTE. 
Para que se estabeleça interação comunicativa, um juiz pode recorrer a peritos ou intérpretes em casos específicos, como no interrogatório dos surdos-mudos, mudos, analfabetos e estrangeiros.
 Numa sessão de júri: 
Se o juiz não conhecer o código (língua) do acusado e o intérprete estiver ausente, suspender-se-á a sessão, pois há ruído impedindo a comunicação. 
O mesmo ocorrerá se houver quebra de sigilo entre os jurados. 
Há interferência negativa no sistema de comunicação.
	Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito de...
	
	Carlos Ribeiro, brasileiro, solteiro, R.G. nº.........,decorador, residente na rua B, nº16, Jardim das Rosas, vem requerer seja expedida ordem de habeas corpus a favor de Rui da Silva pelas razões seguintes:
	Rui da Silva foi preso no dia 10 do fluente mês, na rua B, nº 17 (Jardim das Rosas), por agentes policiais, constando ter sido conduzido para a delegacia do 38º Distrito Policial.
 1. A prisão é ilegal, pois não ocorreu em flagrante delito e não houve mandado de prisão.
 2. O auto de prisão em flagrante, além de indevido, é nulo, pois o detido é menor de vinte e um anos e não lhe foi nomeado curador no momento do auto.
 3. Os casos em que alguém pode ser preso estão disciplinados na lei e na Constituição. Qualquer prisão fora dos casos legais permite a impetração de habeas corpus.
 4. Em face desta ilegalidade requer digne-se Vossa Excelência conceder-lhe a ordem pedida e determinar o relaxamento da prisão do paciente.
 
 São Paulo, 21 de março de 2019.
 A. Carlos Ribeiro 
Elementos da comunicação em relação ao texto:
 
Emissor - O autor do requerimento; o produtor da mensagem: Carlos ribeiro
Receptor - o Juiz de Direito; Ele é o destinatário da mensagem.
Mensagem – coação ilegal.
Canal - a folha, o papel em que se faz o requerimento. 
 O Habeas Corpus pode ser impetrado por telefone ou telegrama; então o canal poderá ser o telefone ou telegrama.
Código: a linguagem verbal: escrita em língua portuguesa.
Referente: ato prisional.
1. EMOTIVA  ENFATIZA O EMISSOR
Um acusado, ou testemunha em seu depoimento usa uma linguagem subjetiva, carregada de pronomes eu, me, mim, minha. Exemplo:
“Era pesado o serviço. A gente ficava nomeio do capinzal mesmo.
O barracão era muito perto do pasto, tinha muita cobra. E os capatazes falavam:
Ê moçada, aqui é onde o filho chora e a mãe não vê.”
2. referencial:
LINGUAGEM objetiva, precisa, denotativa: informação jurídica
 
3. POÉTICA: um texto jurídico pode valer-se da sonoridade e ritmo das palavras, valorizando a forma da comunicação
A função poética ocorre quando se enfatiza a mensagem ou o texto, quando é trabalhada a própria forma da linguagem.
 
A ênfase recai sobre a construção do texto, a seleção e a distribuição das palavras.
Juiz gaúcho escreve sentença em forma de poesia
Um juiz da turma recursal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul decidiu variar e elaborou um Acórdão (decisão sobre recursos judiciais) em forma de verso.
Coube ao juiz Afif Jorge Simões Neto, 49, analisar um pedido de recurso de uma ação indenizatória por danos morais. 
Um homem de Santana do Livramento, no interior do Estado, moveu a ação por ter se sentido ofendido com um pronunciamento feito na Câmara do município. O réu da ação teria dito no pronunciamento que o autor do pedido não teria feito uma prestação de contas à prefeitura.
Em primeira instância, o autor venceu a causa, mas o réu recorreu. O juiz Simões acatou o recurso e julgou o pedido improcedente.
Este é mais um processo
Daqueles de dano moral
O autor se diz ofendido
Na Câmara e no jornal.
 
Tem até CD nos autos
Que ouvi bem devagar
E não encontrei a calúnia
Nas palavras do Wilmar.
Numa festa sem fronteiras
Teve início a brigantina
Tudo porque não dançou
O Rincão da Carolina.
Já tinha visto falar
Do Grupo da Pitangueira
Dançam chula com a lança
Ou até cobra cruzeira.
Houve ato de repúdio
E o réu falou sem rabisco
Criticando da tribuna
O jeitão do Rui Francisco
 
Que o autor não presta conta
Nunca disse o demandado
Errou feio o jornalista
Ao inventar o fraseado.
Julgar briga de patrão
É coisa que não me apraza
O que me preocupa, isso sim
São as bombas lá em Gaza.Ausente a prova do fato
Reformo a sentença guerreada
Rogando aos nobres colegas
Que me acompanhem na estrada
Sem culpa no proceder
Não condeno um inocente
Pois todo o mal que se faz
Um dia volta pra gente
 
E fica aqui um pedido
Lançado nos estertores
Que a paz volte ao seu trilho
Na terra do velho Flores."
Edna Tarabori (ET) - 
FUNÇÃO POÉTICA
4. METALINGUÍSTICA: função centrada no código, ou seja, linguagem dos dicionários e vocabulários jurídicos
5. CONATIVA ou APELATIVA: 
 do latim conari –promover, suscitar, provocar estímulos. 
O texto jurídico é persuasório, dirige-se ao receptor, dele se aproxima para convencê-lo a mudar de comportamento, para alterar condutas já estabelecidas. 
A função conativa pode ser exortativa ou autoritária (imperativa).
 Os textos jurídicos utilizam-se da vertente autoritária, como nas expressões: 
“intime-se”, “afixe-se e cumpra-se”, “arquive-se” e muitas outras.
 
 Os textos publicitários utilizam mais a vertente exortativa e, para maior efeito, apelam para a linguagem poética. 
6. FÁTICA: serve para estabelecer o contato: 
Ora, Sr. Juiz...

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