UNIDADE 3 - A ESTATÍSTICA COMO APORTE

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PERSPECTIVAS EM ESTATÍSTICA
UNIDADE 3 - A ESTATÍSTICA COMO APORTE 
A TODOS OS MECANIMOS EXPERIMENTAIS
Rafaella Cuzzuol Nunes
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Introdução
A Estatística é a ciência que utilizamos para coletar, organizar, analisar e interpretar um conjunto de dados para
tomadas de decisão. Podemos observar que constantemente estamos expostos à Estatística, sendo o seu
aprendizado muito importante, principalmente para sabermos guiar com mais embasamento as nossas escolhas
no dia a dia.
A Estatística é mais do que trabalhar com números, pois mesmo com toda a praticidade que os programas
estatísticos apresentam por meio de suas ferramentas, fornecendo resultados rápidos na organização de dados,
construção de gráficos e aplicação de testes, é essencial que os analistas saibam os resultados.interpretar
Na prática, o que isso significa? Mesmo com as melhores ferramentas disponíveis, se a análise dos dados
estatísticos não for correta, de nada vai adiantar todos os recursos. Por conta disso, devemos ser prudentes ao
utilizá-las, não agindo de forma mecanizada, mas, sim, sabendo interpretar os resultados obtidos.
Na unidade que estamos iniciando, vamos estudar principalmente sobre a importância da Estatística nas mais
diversas áreas. Ela será dividida em três assuntos principais: por que estudar Estatística; qual a importância e o
papel da Estatística nas ciências experimentais; e como se dá a relação entre Estatística e as tomadas de decisões.
Você poderia questionar: o que é a Estatística? Por que devemos estudá-la? Ou como o estudo da Estatística pode
ajudar profissionalmente? São perguntas que também vamos responder ao longo da unidade. Bons estudos!
3.1 Por que saber Estatística?
Embora seja relativamente recente na área da pesquisa, a Estatístic já era observada de forma rudimentar desde
a antiguidade. As primeiras aplicações eram na forma de registros de dados que atendiam a necessidades dos
governantes da época. Na atualidade, a Estatística se tornou uma ciência moderna imprescindível para entender
aspectos e problemas em todas as áreas do conhecimento.
De acordo com Castanheira (2010), a Estatística é a ciência que coleta, organiza, analisa e interpreta dados. Já os
dados consistem em informações que vêm de observações, contagens, medições ou respostas.
VOCÊ O CONHECE?
A palavra “estatística” é derivada da palavra latina (que significa “estado”). As primeirasstatus
utilizações da Estatística envolviam a compilação de dados e gráficos que descreviam vários
aspectos de um estado ou país. De acordo com Triola (2017), em 1662, John Graunt publicou
informação estatística acerca de nascimentos e mortes. O trabalho de Graunt foi seguido por
estudos sobre taxas de mortalidade e de doenças, tamanhos de populações, renda e taxas de
desemprego.
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Figura 1 - A Estatística perpassa diferentes áreas do conhecimento.
Fonte: Leone V, Shutterstock, 2019.
Em sua obra, Tiboni (2010) também descreve que a Estatística fornece métodos para a coleta, organização,
descrição, análise e interpretação de dados. Seus resultados, depois, podem ser utilizados em planejamentos,
tomadas de decisões ou formulações de soluções.
3.1.1 O que é a Estatística?
De acordo com Castanheira (2010), é muito difícil definir a Estatística. Por ser uma ciência bastante ampla, há
muitas definições que podemos encontrar em diversas bibliografias. No dicionário Michaelis, a estatística é
definida como o “ramo da matemática que tem por objetivo a coleção, análise e interpretação de dados
numéricos a respeito de fenômenos coletivos ou de massa”. É, ainda, a “representação numérica e comparativa,
em tabelas ou gráficos, dos resultados da análise desses fenômenos”. (MICHAELIS, s. d., )on-line
E por que saber a Estatística? A todo o momento somos desafiados a tomar decisões, sejam elas positivas ou
negativas, simples ou difíceis, tranquilas ou sob pressão. Vivenciamos a era da informação – e se faz cada vez
mais necessário aprender a processar os dados e transformá-los em informações que vão contribuir para
tomadas de decisão confiáveis.
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Nos últimos quinze anos, testemunhamos grandes investimentos em infraestrutura de negócios para melhorar a
capacidade de coleta de dados nas empresas. Devido à facilidade de acesso às informações e à abrangente
quantidade de dados disponíveis, as empresas passaram a se empenhar na exploração de seus dados e
informações no sentido de conseguirem realizar um melhor planejamento e, com isso, estar mais bem
preparadas para enfrentar as mudanças que inevitavelmente vão acontecer. (PROVOST; FAWCETT, 2016)
3.2 Importância da estatística nas Ciências Experimentais
A Estatística é uma ciência que tem sido muito utilizada para pesquisas científicas em diversas áreas do
conhecimento, como engenharia, economia, matemática, medicina e muitas outras, com o objetivo de otimizar
recursos econômicos e aumentar qualidade e produtividade, principalmente nas áreas jurídicas, médicas, de
agricultura e outras situações.
Figura 2 - A Estatística está intimamente relacionada às pesquisas científicas de diversas áreas do conhecimento.
VOCÊ QUER LER?
A análise correta dos dados estatísticos é muito importante nas tomadas de decisão, pois o uso
de uma informação incorreta ou imprecisa vai fazer com que o gestor decida a partir de um
fato que não é real – o que irá comprometer todo planejamento e execução das atividades
cotidianas. Neste sentido, um bom livro no qual podemos aprender mais sobre conceitos
básicos da área é “Estatística aplicada”, dos autores Ron Larson e Betsy Farber.
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Figura 2 - A Estatística está intimamente relacionada às pesquisas científicas de diversas áreas do conhecimento.
Fonte: GomannaSie Icon Studio, Shutterstock, 2019.
Vamos aprender, agora, um pouco sobre a Estatística nas demais áreas do conhecimento e veremos que, a partir
dos dados por ela obtidos através de pesquisas e disponibilizados nas mais diversas fontes, o campo é útil para
um sem número de análises.
3.2.1 A Estatística nas áreas do conhecimento
Clique na interação a seguir para ler sobre a estatística nas áreas do conhecimento.
Os dados que obtemos através de pesquisas e técnicas estatísticas devem ser devidamente organizados, tratados
e disponibilizados nos mais diversos sistemas de informações, amplamente acessíveis a públicos como
pesquisadores, gestores, cidadãos e sociedades organizadas que fazem uso delas para desenvolver suas políticas
e atividades.
A todo o momento recebemos, pela mídia, o resultado de estudos estatísticos, como crescimento populacional,
índices de emprego e desemprego, inflação, desenvolvimento humano, alfabetização, envelhecimento da
população e tantas outras medidas que só podem ser alcançadas a partir dos métodos oriundos da Estatística.
Nas pesquisas científicas, podemos identificar a Estatística desde o planejamento até a conclusão. Ela está
presente na escolha do tipo de experimento a ser realizado, na obtenção da amostra dos dados estudados, de
forma que garanta a representatividade da população alvo, nos testes de hipóteses, nos cálculos das estimativas,
na interpretação e apresentação dos resultados obtidos – enfim, é de suma importância para as ciências
experimentais.
A estatística também fornece métodos que ajudam pesquisadores a lidar com as situações de incertezas, pois ela
é reconhecida como uma ciência experimental e observacional pela qual, por definição, podemos estudar e
avaliar as incertezas a partir de planejamentos e observações de fenômenos da natureza e da sociedade.
3.2.2 A utilização da estatística nas áreas do conhecimento
Podemos descrever a utilização da Estatística nas diversas áreas do conhecimento, órgãos governamentais e
empresas em geral. Nas instituições bancárias, por exemplo, a Estatística é utilizada para que os gestores
avaliem o comportamento das ações realizadas, sejam elas operações de crédito, inadimplência ou taxas de
juros, e assim traçar planos e estabelecer estratégias visando o lucro.
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Poderíamos relatar muitas outras situaçõesnas quais utilizamos a Estatística como forma de análise e controle.
São inúmeras as empresas que fazem uso da Estatística. Podemos citar algumas: empresas de pesquisa de
mercado e opinião, indústrias farmacêuticas, estudos arqueológicos, financeiras, bancos, fóruns, seguradoras,
organizações não governamentais, governos. Em resumo, a Estatística está presente em praticamente todas as
situações.
Figura 3 - A Estatística fornece meios de análise e controle em empresas de todos os setores.
CASO
As pesquisas estatísticas são formas que os estudiosos encontram para comprovar alguma
suspeita, realizar descobertas ou responder especificamente aos problemas de pesquisa.
Algumas vezes, podemos coletar dados que a princípio podem não parecer úteis, porém, ao
verificá-los posteriormente, tornam-se fonte de grandes descobertas, como neste caso,
envolvendo um fato ocorrido desde 1917, no Alasca, no qual as pessoas faziam apostas em
dinheiro tentando acertar a hora exata em que o gelo quebraria. Os dados são às vezes
coletados de maneira muito inteligente – e de fontes improváveis. Um exemplo interessante é
exatamente o que envolve pesquisadores investigando mudanças climáticas. Assim, no caso
em questão, descobriu-se que a cada primavera, desde 1917, a pequena cidade de Nenama, no
Alasca, fazia a loteria em que as pessoas apostavam a hora exata em que o rio quebraria. Sobre
o rio congelado, colocavam um tripé conectado a um relógio. Com isso, os pesquisadores,
décadas mais tarde, obtiveram os tempos exatos de quebra para cada ano – dados bastante
úteis para o estudo de tendências e transformações do clima local.
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Figura 3 - A Estatística fornece meios de análise e controle em empresas de todos os setores.
Fonte: phitatbig, Shutterstock, 2019.
Vários institutos brasileiros fazem uso da Estatística para apresentar seus resultados. Podemos citar, entre eles,
o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária) e o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Destacaremos, na unidade, o IBGE, que realiza o levantamento de informações sociais, demográficas e
econômicas do Brasil. Elas envolvem, por exemplo, estatísticas sociais e demográficas, estatísticas da
agropecuária, estatísticas econômicas e índices de preços.
A seguir, vamos iniciar mais um tópico da nossa unidade de estudos. Nele, vamos aprender sobre o papel da
Estatística nas ciências experimentais.
3.3 O papel da Estatística nas Ciências Experimentais
A Estatística é frequentemente utilizada na interpretação dos mais diversos acontecimentos por meio de suas
técnicas. E qual o da Estatística nesse sentido? Ela fornece meios para que os pesquisadores, através depapel
suas ferramentas e metodologias, estudem fenômenos e encontrem respostas para os seus problemas de
pesquisa.
Os métodos estatísticos podem ser entendidos como um conjunto de meios conduzidos e dispostos de forma a
possibilitar que o usuário encontre respostas para seus problemas e incertezas e, com isso, atinjam os objetivos
científicos planejados.
3.3.1 Evidenciando o papel da Estatística
Outra vantagem da Estatística são os meios tecnológicos, pois através da riqueza dos recursos disponíveis,
especialmente a internet, é possível disseminar a informação de forma que elas alcancem os mais variados
públicos de interesse. Nesse sentido, o processo de ensino e aprendizagem tem importância fundamental, uma
vez que a escola desempenha papel fundamental de repassar aos estudantes conhecimentos estatísticos,
estimulando a capacidade de leitura e a interpretação dos fatos sociais e formando cidadãos críticos.
O papel da Estatística é tão importante que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) prevê o ensino das
primeiras noções da Estatística já na Educação Infantil. Como consequência, o ensino de pressupostos da ciência
estatística deve ser abordado em todos os níveis de ensino, procurando levar aos indivíduos uma compreensão
mais completa de suas realidades e criando oportunidades. (BRASIL, 2017)
VOCÊ SABIA?
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística é um importante órgão que mensalmente
apresenta aos gestores e à toda população indicadores sociais e econômicos para que possam
ser traçadas estratégias e políticas públicas. Além disso, a cada dez anos, o IBGE realiza o
Censo Demográfico, no qual a população é amplamente entrevistada e o banco de dados e
indicadores pode ser atualizado de modo a permitir políticas públicas mais eficazes.
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Fazer com que os alunos compreendam e apreciem o papel da Estatística na sociedade é essencial para formar o
cidadão.
3.3.2 O estudo estatístico
Vale ressaltar que é preciso seguir uma metodologia para a utilização da Estatística: a definição dos objetivos; o
planejamento e a elaboração da coleta de dados; a classificação dos dados e apresentação de valores numéricos;
a análise de resultados; e, por fim, a elaboração de relatório com as conclusões.
O estudo estatístico tem início com o planejamento da pesquisa, que representa a organização do plano geral do
trabalho e estabelece os objetivos e a forma de utilização dos meios estatísticos.
Figura 4 - A Estatística deve seguir metodologia rigorosa para ter qualidade e credibilidade.
Fonte: Shutterstock, 2019.
VAMOS PRATICAR?
O papel da Estatística é essencial na realização de pesquisas. Sabemos também que as
unidades de ensino já podem abordar desde bem cedo os conceitos estatísticos em sala de
aula, para que as primeiras noções dessa ciência possam ser desenvolvidas no começo da
formação escolar. Como você avalia essa metodologia que vem sendo proposta? Pensando
nisso, suponha que você tenha um banco de dados contendo as notas planificadas dos alunos
de determinada disciplina. Sabendo que a sala de aula é composta por 30 alunos, qual medida
estatística você utilizaria para calcular a nota que irá representar toda a turma?
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Figura 4 - A Estatística deve seguir metodologia rigorosa para ter qualidade e credibilidade.
Fonte: Shutterstock, 2019.
Através da coleta de dados será possível obter informações sobre a realidade a ser estudada, sendo que, em
algumas áreas, utiliza-se com maior frequência os questionários e as entrevistas. Após toda a coleta de dados, faz-
se então o tratamento dos dados, classificando-os.
A estatística pode ser englobada em descritiva e inferencial. O levantamento da informação e a sua apresentação
em tabelas e gráficos estatísticos estão relacionados à estatística descritiva, na qual a informação deve ser
organizada para posterior análise e interpretação, permitindo encontrar valores de tendência central,
variabilidade e relação entre as variáveis aplicadas no estudo.
3.3.3 Definições básicas da Estatística
Conforme já vimos, a Estatística pode ser aplicada em todas as áreas do conhecimento, passando pelo
planejamento, estimativas, previsões e simulações que darão suporte para tomadas de decisão. O estudo e o
desenvolvimento estatístico têm a sua origem em uma pesquisa e, desta forma, convêm relembrarmos as
definições básicas da área.
A população são todos os indivíduos em estudo que apresentam uma característica em comum. Pode ser
classificada em finita ou infinita. A amostra é definida como o subconjunto dessa população, selecionada através
de métodos que garantam a sua representatividade. Utiliza-se a amostra quando a população é muito grande e se
torna inviável alcançar todos os seus elementos por diversos motivos, como, por exemplo, recursos financeiros
escassos e tempo de coleta limitado.
Algumas definições básicas são importantes na distribuição de frequências: os dados brutos ou primitivos –
aqueles coletados durante uma pesquisa e que ainda não foram organizados – e as variáveis – características que
podem ser observadas ou medidas em cada um dos elementos da população, sendo classificadas em qualitativas
ou quantitativas. As quantitativas podem ser discretas ou contínuas e as qualitativas nominais ou ordinais.
(TIBONI, 2010)
De acordo com Martins (2017), outro conceitoimportante é o rol de dados, pois, após realizarmos o trabalho de
levantamento e pesquisa, os dados normalmente ficam apresentados de forma não organizada. Precisamos,
então, organizá-los. Ou seja, o rol de dados é definido como a ordenação dos valores brutos, que pode ser
realizada em ordem crescente ou decrescente, levando em consideração se a grandeza é numérica ou qualitativa.
Tiboni (2010) afirma que as medidas de tendência central podem ser utilizadas para descrever um conjunto de
dados (populacionais ou amostrais). A análise dos dados coletados pode ser feita sob diferentes aspectos, pois é
possível sintetizá-los por meio de tabelas, gráficos, distribuição de frequências e medidas de tendência central,
valores em torno dos quais tendem a se concentrar os dados.
Ainda de acordo com Tiboni (2010), a média aritmética é uma das informações mais importantes da análise
estatística, pois se trata de uma medida de tendência central que corresponde a uma das posições de equilíbrio
entre os dados coletados.
Para representar os dados de uma pesquisa, podemos utilizar ferramentas como os gráficos e as tabelas. Os
gráficos apresentam as mesmas informações contidas em uma tabela, porém expõem os dados de forma visual,
permitindo melhor compreensão das principais características do conjunto de informações coletadas. Além
disso, os gráficos estatísticos são representações dos dados estatísticos e fazem correspondências entre
elementos de uma série estatística e uma figura geométrica. Ao considerarmos os objetivos e finalidades dos
gráficos, podemos classificá-los em dois tipos: gráfico de informações e gráfico de análise.
Os gráficos de informações se destinam a fornecer uma visualização rápida e clara dos fenômenos observados. Já
os gráficos de análise têm como objetivo auxiliar o pesquisador na análise dos dados. Geralmente, são
acompanhados de tabelas e, em alguns casos, apresentam textos explicativos. Alguns dos principais gráficos
utilizados em Estatística são: os gráficos de linhas ou curvas, os gráficos de colunas ou barras, os gráficos de
barras múltiplas e os gráficos de setores e histogramas. (TIBONI, 2010)
Segundo Martins (2017), para a construção das tabelas, devemos seguir regulamentações com normas rígidas. O
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Segundo Martins (2017), para a construção das tabelas, devemos seguir regulamentações com normas rígidas. O
principal objetivo da apresentação dos dados por meio de tabelas é demonstrar de forma objetiva o
comportamento das variáveis em estudo. Sua apresentação deve ser simples, justamente para facilitar a
compreensão e trazer clareza quanto aos resultados de uma pesquisa.
Em resumo, as tabelas são geralmente utilizadas para apresentar dados quantitativos e servem sobretudo para
representar os itens apresentados a seguir. Clique nas abas.
• Uma série temporal
É assim chamada por ser uma série estatística na qual os dados são observados segundo a época de
ocorrência; por exemplo: consumo mensal de energia em uma escola.
• Uma série geográfica
Nesse tipo de série, os dados são observados segundo a localidade da ocorrência; por exemplo: número
de escolas por estado.
• Uma série específica
Nessa série, os dados são agrupados segundo a modalidade de ocorrência; por exemplo: número de
matrículas de acordo com a área de ensino.
• A distribuição de frequências
São as séries estatísticas nas quais os dados são agrupados (com ou sem intervalo de classes) com suas
respectivas frequências absolutas. Também se pode apresentar as frequências relativas e as acumuladas;
por exemplo: altura dos alunos de uma sala de aula em maio de 2019.
Agora, vamos falar um pouco sobre os ou programas estatísticos, compostos por ferramentas criadassoftwares
para pessoas que já possuem conhecimento na área da Estatística. Esses funcionam em computadoressoftwares
comuns, porém são capazes de operar também em computadores e servidores de alta performance, ampliando
sua capacidade de manipulação de dados para literalmente milhões de registros de informações.
Alguns dos principais programas estatísticos estão listados e descritos a seguir. Clique nas abas.
Statdisk
Este programa desempenha várias funções e testes estatísticos e serve para gerar histogramas e diagramas de
dispersão.
Minitab
Programa amplamente conhecido e quepossui um ambiente completo para diversos tipos de análise de dados,
como, por exemplo, estatística descritiva, análise de séries temporais, correlação, regressão, controle estatístico
de processo, planejamento de experimentos, análise de sobrevivência, entre outros. O Minitab apresenta boa
parte dos principais métodos estatísticos.
Excel
É o software de planilha eletrônica mais conhecido e utilizado. Possui ferramentas que possibilitam muitas
análises estatísticas, como cálculo de estatísticas descritivas, testes estatísticos, ajuste de regressão linear,
correlações, distribuições de probabilidade, entre outros. Pode gerar histogramas, polígonos de frequência,
gráficos de colunas, linhas, setores ou tipo pizza e diagramas de dispersão. Não é um software livre, mas,
financeiramente falando, é mais acessível se comparado a outros softwares pagos mencionados na unidade.
Como alternativa gratuita ao Excel, temos o Libre Office, que traz uma planilha de cálculos similar. Esse software
dispõe de várias funções úteis para o manuseio e a análise de dados: planilhas, tabelas, gráficos e ferramentas
estatísticas de análise exploratória.
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SPSS
Um dos softwares mais utilizados na área acadêmica e por pesquisadores das ciências sociais, é bastante
completo para a análise de dados. Não é um software livre.
BioEstat
Utilizado em diversas áreas de conhecimento por estudantes e pesquisadores, mas com maior frequência na área
das ciências biológicas. É prático e de fácil manuseio, além de ter licença gratuita para utilização.
Para finalizarmos os estudos sobre os principais conceitos e ferramentas da Estática, vamos passar e apresentar,
agora, algumas técnicas de amostragem.
De acordo com Tiboni (2010), existem técnicas adequadas para recolher amostras de uma população. Nem
sempre é possível fazer a pesquisa envolvendo toda a população, como já mencionamos. Portanto, utiliza-se a
amostragem. Ela traz uma série de vantagens, como economia de tempo e de recursos financeiros, confiabilidade
dos dados (os erros diminuem com um número menor de elementos) e operacionalidade (os dados se
apresentam em menor quantidade).
A amostragem aleatória simples é um dos métodos de amostragem mais utilizados e mais conhecidos, uma vez
que, por meio dela, todos os elementos da população estão disponíveis para seleção com a mesma probabilidade
na amostra. A seleção ocorre através de sorteio.
A amostragem proporcional estratificada é aquela na qual a população pode ser subdividida em estratos, sendo
cada um desses estratos subconjuntos que reúnem características comuns entre seus elementos. Quando temos
uma população heterogênea, podemos distinguir subpopulações mais ou menos homogêneas por meio de
estratos específicos. Como resultado, a variável em estudo apresentará comportamento diferente em cada
estrato. Por exemplo: se a característica em estudo for o sexo, a população será dividida em dois grupos ou
estratos: masculino e feminino.
A amostragem sistemática é uma variação da amostragem aleatória simples. O método que utilizamos para
selecionar os elementos da amostra é o seguinte: considere uma população com N elementos, da qual se deseja
extrair uma amostra sistemática de n elementos. Primeiro, temos que definir o intervalo (I) de seleção para a
extração dos elementos da população que vão compor a amostra:
Em que N = tamanho da população, n = o tamanho da amostra e n < N.
O intervalo de seleção corresponde ao número de vezes que a amostra cabe na população. Para encontrarmos o
primeiro elemento em uma amostra sistemática (m), a posição do primeiro elemento da amostra é obtida por
sorteio e deve pertencer aos “I” elementos iniciais da lista. Vamos utilizar “m” para designar a posição doprimeiro elemento da amostra que é, como vimos, obtido por sorteio. (TIBONI, 2010)
Em alguns tipos de população, torna-se muito difícil a identificação de seus elementos. Nesses casos, é possível
que a população seja identificada a partir de subgrupos. Assim, Larson e Farber (2016) dizem que, quando a
população recai em subgrupos que ocorrem naturalmente, cada um tendo características similares, uma
VAMOS PRATICAR?
Se temos uma população com 1000 elementos, ou seja, N = 1000, podemos numerá-los de 000
a 999 e escolher uma posição de qualquer linha da tabela de números aleatórios para fazer o
sorteio, ou seja, retiram-se conjuntos de três algarismos para se escolher os elementos que vão
compor a amostra. Para desenvolvermos a questão, devemos ter acesso a uma tabela de
números aleatórios, disponíveis em livros de Estatística. Vamos praticar neste sentido?
Pesquise bibliografias que contenham a tabela de números aleatórios e faça, a partir dela, a
seleção de uma amostra.
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população recai em subgrupos que ocorrem naturalmente, cada um tendo características similares, uma
amostragem por conglomerados pode ser a mais apropriada. Podemos considerar como conglomerados típicos
os quarteirões, organizações, famílias, agências, edifícios etc.
A seguir, começaremos o último tópico da nossa unidade. Nele, vamos aprender como a Estatística pode ser
utilizada nas tomadas de decisão.
3.4 A Estatística e as tomadas de decisões
Ao nos depararmos com a necessidade de aprofundamento sobre determinado assunto ou da busca por
objetivos previamente estabelecidos, o pesquisador ou gestor se vê obrigado a se debruçar sobre os dados e
informações que possui para tomar decisões. Nesse sentido, mais uma vez a Estatística tem papel fundamental.
Já aprendemos que através dos métodos quantitativos é possível coletar, simplificar, analisar e modelar os
dados. Esta ciência ainda possui outro aspecto relevante, que é o de fornecer ferramentas para realizar previsões
e projeções que certamente contribuirão nas tomadas de decisão a partir dos dados relativos ao estudo.
A Estatística tem como principal característica fornecer meios de trabalhar com grande quantidade de
informações, independentemente da situação estudada, seja na administração de empresas, na medicina, na
engenharia, na ecologia ou em qualquer outra atividade de pesquisa.
VOCÊ QUER VER?
Já sabemos que a Estatística é muito importante e, por meio dela e de suas ferramentas, é
possível apresentar um conjunto de dados de forma organizada e de maneira que tenhamos
informações para tomarmos decisões. Para que seja possível a apresentação desses dados, é
necessário aprendermos um pouco mais sobre os métodos qualitativos e quantitativos. O link a
seguir trata, de forma didática e objetiva, sobre os métodos quantitativos, qualitativos e coleta
de dados. Você pode assistir ao vídeo completo em: <https://www.youtube.com/watch?
> .v=tR7DE1utCo4
https://www.youtube.com/watch?v=tR7DE1utCo4
https://www.youtube.com/watch?v=tR7DE1utCo4
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Figura 5 - Uma decisão certamente será mais bem embasada se baseada em dados e informações estatísticas.
Fonte: Shutterstock, 2019.
Ainda que a estatística descritiva possibilite chegar a conclusões e interpretações sobre o tema em questão,
normalmente cabe à estatística inferencial um estudo mais completo, ou seja, o primeiro tipo fornece as
ferramentas para organizar dados que servirão de base para análises, previsões e projeções futuras sobre o
fenômeno estudado.
3.4.1 As tomadas de decisão
O conceito fundamental para a tomada de decisão é a informação. Considerando o processo crítico da escolha, é
elementar que o responsável, a partir da decisão tomada, possa realizar ações de segurança, evitando ao máximo
que erros cometidos ou mesmo fatores externos influenciem ou prejudiquem de forma significativa a empresa, a
pesquisa e outras situações. Portanto, a partir da identificação de ameaças em potencial, é essencial que uma
equipe envolvida e dedicada na resolução dos problemas saiba contornar o problema.
Devemos evidenciar que, para que nossas decisões sejam baseadas em estatísticas confiáveis, a transparência é
fundamental, pois as ferramentas de análises estatísticas serão os meios que vão auxiliar nas tomadas de
decisão, contribuindo para que os envolvidos possam solucionar os problemas encontrados e, assim, além de
resolvê-los, melhorar cada vez mais os processos.
É claro que apenas as ferramentas de análises estatísticas não são suficientes para as tomadas de decisão, apesar
de contribuírem muito neste sentido. No final das contas, é o responsável que terá a palavra final e, por conta
disso, sobre ele recai boa parte da responsabilidade no processo. Mas a Estatística pode se mostrar essencial, não
apenas pelo desenvolvimento científico que promove em geral, através da sua aplicabilidade em diversas áreas,
e sim também no embasamento mais seguro que oferece às escolhas tomadas.
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Síntese
Concluímos, aqui, os nossos estudos sobre a Estatística como aporte a todos os mecanismos e ciências
experimentais. Através dos conteúdos abordados, esperamos que os objetivos propostos à unidade tenham sido
atingidos e lhe ajudaram a compreender a importância da Estatística para a tomada de decisões.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• saber um pouco mais sobre a importância da Estatística nas ciências experimentais, passando por 
diversas áreas do conhecimento.
• entender as relações e a aplicabilidade da Estatística em variadas áreas do conhecimento.
• aprofundar algumas definições básicas da Estatística como suporte ao entendimento de como se dá uma 
pesquisa estatística.
• perceber as formas como a Estatística serve de suporte para as tomadas de decisão, sobretudo no meio 
empresarial.
Bibliografia
BRASIL. Ministério da Educação. . Brasília: MEC, 2017. Disponível em: .Base Nacional Comum Curricular
Acesso em: 27/09/2019.
CASTANHEIRA, N. P. . Curitiba: Ibpex, 2010.Estatística aplicada a todos os níveis
LARSON, R; FARBER, B. . 6. ed. São Paulo: Pearson, 2016.Estatística aplicada
MARTINS, G. A. . 6. ed. São Paulo: Atlas, 2017.Estatística geral e aplicada
MÉTODOS QUANTITATIVOS, qualitativos e coleta de dados. Nery Tapares Rodrigues. Duração: 28:03 min.
Disponível em: . Acesso em: 27/09/2019.
MICHAELIS. . [s. d.]. Disponível em: . Acesso em: 27/09/2019.Estatística
PROVOST, F.; FAWCETT, T. . Rio de Janeiro: Alta Books, 2016.Data Science para negócios
TIBONI, C. G. R. Estatística Básica para Cursos de Administração, Ciências Contábeis, Tecnológicos e de
. São Paulo: Atlas, 2010.Gestão
TRIOLA, M. F : atualização da tecnologia. 12. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2017.. Introdução à Estatística
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	Introdução
	3.1 Por que saber Estatística?
	3.1.1 O que é a Estatística?
	3.2 Importância da estatística nas Ciências Experimentais
	3.2.1 A Estatística nas áreas do conhecimento
	3.2.2 A utilização da estatística nas áreas do conhecimento
	3.3 O papel da Estatística nas Ciências Experimentais
	3.3.1 Evidenciando o papel da Estatística
	3.3.2 O estudo estatístico
	3.3.3 Definições básicas da Estatística
	Uma série temporal
	Uma série geográfica
	Uma série específica
	A distribuição de frequências
	3.4 A Estatística e as tomadas de decisões
	3.4.1 As tomadas de decisão
	Síntese
	Bibliografia