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História Africana Teste 95

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Exercício: CEL0511_EX_A10_202001102663_V8 05/12/2022 
Aluno(a): ADEMIR ANTÔNIO FERNANDES 2022.3 EAD 
Disciplina: CEL0511 - HISTÓRIA DA ÁFRICA PRÉ-COLONIZAÇÃO 202001102663 
 
 
1 
 Questão 
 
 
Sobre escravidão africana observe os enunciados abaixo: 
I. Inicialmente, a comercialização ocorreu na Europa, onde a demanda não era grande, e o negro foi utili-zado nas plantações do sul de 
Portugal, nas Minas da Espanha e nos serviços domésticos em geral, inclusive na França e na Inglaterra. 
II. Os escravos de ganho trabalhavam com relativa autonomia em relação ao seu proprietário, isto é traba-lhavam em diversas funções 
remuneradas: transportes de cargas e de pessoas, vendedores ambulantes, dentre outras funções. Assim procediam escravos que já 
traziam esta formação do território africano. 
III. Não há registro de resistência no território africano a implementação do sistema europeu. 
Marque a opção correta: 
 
 
I e II 
 I 
 
II e III 
 
III 
 
I, II e III 
Respondido em 05/12/2022 18:56:01 
 
 
Explicação: 
Os escravos de ganho configuravam um fenômeno exclusivamente da escravidão Atlântica, enquanto pressupor a inexistência de resistência à escravidão seria um grave equívoco. 
 
 
2 
 Questão 
 
 
Várias foram as justificativas pelos europeus para o comércio transatlântico de pessoas para as Américas na situação de cativos - o tráfico negreiro. Escolha, dentre as opções a seguir, o 
argumento real que era usado para associar a escravidão como algo positivo para os negros. 
 
 A idolatria dos africanos a vários deuses ou elementos da natureza poderia ser resolvida com a escravidão, pois os escravos eram batizados, cristianizados e encontravam a 
verdadeira fé para salvar sua alma. 
 
A indolência dos africanos seria melhor resolvida a partir de um sistema de trabalhos forçados, aonde o negro aprenderia a usar técnicas como forjar metais, adquirindo uma 
experiência que não tinham, pois eram coletores e caçadores, somente. 
 
A escravidão traria de forma inconsciente a moderna concepção de monogamia e planejamento familiar, pois com uma população majoritariamente masculina, os cativos 
escolheriam nas Américas apenas uma esposa e teriam poucos filhos para que esses não virassem cativos como os pais. 
 
A retirada de africanos do continente era uma forma de garantir sobrevida diante da penetração islâmica que implantaria uma escravidão muito mais dura baseada no Corão. 
 
A escravidão civilizaria os africanos nas Américas porque conheceriam a religião verdadeira e teriam acesso ao comércio monetário e à noção de propriedade privada, algo 
inexistente na África. 
Respondido em 05/12/2022 18:56:07 
 
 
Explicação: 
Assim como, entre os islamitas, se tinha por uma misericórdia a escravização ¿ pois só por meio dela poderia ser salvo quem não se convertera ao primeiro chamado ¿, assim também, 
entre os cristãos, passou-se a considerá-la o método mais eficaz de conduzir os negros à verdadeira fé. O padre Antônio Vieira chegou a considerar ¿o maior e mais universal milagre¿ da 
misericórdia de Nossa Senhora ¿a transmigração imensa de gentes e nações etíopes¿ da África para a América, porque os nela envolvidos tinham passado, no cativeiro, a ter acesso à 
verdade de Cristo e à salvação eterna. 
 
 
3 
 Questão 
 
 
A Igreja Católica teve um papel de destaque para a legitimação da escravidão nas Américas. Aponte a alternativa que apresente um dos argumentos usados por essa intituição que 
justificava o cativeiros de milhares de pessoas. 
 
 
Os negros tinham uma habilidade singular no uso e manejo do ferro, o que era importante para a lavoura das fazendas dos jesuítas - as missões. 
 
O índio era indolente, o negro tinham maior disciplina para o trabalho. 
 Era uma perspectiva inscrita na Bíblia, pois os negros seriam descendentes de Cam, filho amaldiçoado de Noé, assim, uma escolha divina. 
 
Os negros tinham tido contato com a experiência islâmica, portanto, era necessário mudar sua religião para garantir uma América de maioria católica. 
 
Os negros tinham uma experiência maior com o sedentarismo do que os povos astecas e incas. 
Respondido em 05/12/2022 18:56:10 
 
 
Explicação: 
A Igreja Católica resgatou a tradição islâmica conhecida como versão camita, onde atribuía aos negros a descendência de Cam, filho de Noé que foi amaldiçoado por ter rido do pai quando 
esse se embriagara de vinho. Porém, esse argumento não faz sentido com a narrativa bíblica, pois os descendentes de Cam teriam fundado Canaã, e não comunidades na África. O peota 
Castro Alves fez referência "Á maldição dos filhos de Cam" no seu poema "Navio Negreiro", no século XIX, o que mostra a longa duração dessa justificativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 Questão 
 
 
A travessia de negros para a escravidão transatlântica era muito dura e com altos índices de mortalidade antes da chegada aos entrepostos comerciais nas feitorias da costa africana. 
Muitas caravanas carregavam prisioneiros com grilhões no pescoço ligando uns aos outros no meio do deserto. Assinale a opção que NÃO descreve o alto índice de mortalidade até os 
navios negreiros. 
 
 
Fome e sede 
 
Vários escravos morreram por se rebelarem contra seus captores 
 
O afogamento voluntário na travessia até o navio negreiro. 
 
Insolação e diarreias 
 A organização de jihads pelos escravos capturados na África Subsaariana por católicos. 
Respondido em 05/12/2022 18:56:16 
 
 
Explicação: 
Jihad é uma guerra justa na perspectiva islâmica, não uma rebelião contra a escravidão, mas contra não muçulmanos, porém, os captores não eram católicos, em sua maioria, mas 
islamizados ou com uma cosmovisão politeísta, na maioria, líderes de outras etnias ou sociedades mais organizadas contra outras mais simples. 
 
5 
 Questão 
 
 
Sobre o tráfico de escravos é correto afirmar: 
 
 
Era praticado entre portugueses e muçulmanos apenas, ampliando-se posteriormente para o Atlântico, Mediterrâneo e Índico. 
 
Embora não fosse muito lucrativo, foi uma forma de compensar a falta de acesso dos europeus às minas de ouro e às riquezas naturais do continente. 
 
Tinha, entre as suas condições, a guerra santa, ou seja, o africano que resistisse à conversão ao catolicismo, tornava-se escravo e era comercializado. 
 
Foi iniciado pelos europeus após chegada ao continente africano, no século XV. 
 Envolvia uma rede de agentes, entre os quais, mercadores e membros das elites africanas que muito lucravam com o comércio de cativos. 
espondido em 05/12/2022 18:56:22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 Questão 
 
 
No século XVIII, o conhecimento sobre a África aumentava à medida que aumentavam os contatos com o continente, e nisso as obras das etapas anteriores muito ajudaram. Contudo, 
com o advento do Iluminismo e do Renascimento os povos não europeus não se tornavam dignos de serem estudados. Uma névoa eurocentrica encobre o restante do mundo, agora o 
outro não mais se qualificava como objeto de estudo, teorias de superioridade racial, ou afirmações de que os negros constituíam uma raça avessa à cultura e inteligência, ou afirmações 
de que a África não tinha um passado a ser estudado antes da chegada dos europeus, ou discussões sobre o tráfico negreiro, fizeram com que a imagem do continente se negativasse, 
tais perspectivas elevavam barreiras dicotômicas irreparáveis. Para tal imagem Hegel em muito contribuiu indiretamente, como nos mostra Fage: "A África não é um continente 
histórico, ela não demonstra nem mudança nem desenvolvimento". 
A ideia proposta expõe uma linha que discute muito a relação de África e História durante os século XVIII e XIX. Este movimento foi conhecido como a criação de um modelo chamado: 
 
 
África o continente perdido. 
 
África Sub-saariana 
 África Eterna 
 
África do atraso 
 
África negra 
Respondido em 05/12/2022 18:56:29 
 
 
Explicação: 
Conceito que mitificava aÁfrica e seus povos, colocando-os à parte da história. 
 
 
7 
 Questão 
 
 
"Nós conquistamos a África pelas armas¿temos direito de nos glorificarmos, pois após ter destruído a pirataria no Mediterrâneo, cuja existência no século XIX é uma vergonha para a 
Europa inteira, agora temos outra missão não menos meritória, de fazer penetrar a civilização num continente que ficou para trás." 
(Da influência civilizadora das ciências aplicadas às artes e às indústrias. Revue Scientifique, 1889) 
 
A partir da citação acima e de seus conhecimentos acerca do tema, examine as afirmativas abaixo. 
 
I. A idéia de levar a civilização aos povos considerados bárbaros estava presente no discurso dos que defendiam a política imperialista. 
II. Aquela não era a primeira vez que o continente africano era alvo dos interesses europeus. 
III. Uma das preocupações dos países, como a França, que participavam da expansão imperialista, era justificar a ocupação dos territórios apresentando os melhoramentos materiais 
que beneficiariam as populações nativas. 
IV. Para os editores da Revue Scientifique (Revista Científica), civilizar consistia em retirar o continente africano da condição de atraso em relação à Europa. 
 
 
Somente as afirmativas II e IV estão corretas. 
 
Somente a afirmativa IV está correta. 
 
Somente as afirmativas I, II e III estão corretas. 
 Todas as afirmativas estão corretas. 
 
Somente as afirmativas I e III estão corretas. 
Respondido em 05/12/2022 18:56:35 
 
 
Gabarito 
Comentado 
 
 
 
https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio_preview.asp?cod_prova=5985476637&cod_hist_prova=301477884&pag_voltar=otacka
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8 
 Questão 
 
 
"Nada mais temos a dizer da Ásia e Europa. Passemos então à África. Quase só podemos falar de suas costas, porque o interior nos é desconhecido. As costas da Barbária, onde está 
implantada a religião maometana, já não são povoadas quanto no tempo dos romanos, pelas razões que acima te expus. Quanto às da Guiné, devem ter sido terrivelmente dizimadas 
nestes duzentos anos em que seus régulos ou chefes de aldeia têm vendido seus súditos aos príncipes da Europa para que os transportem a suas colônias da América. O curioso é que 
essa mesma América, que todos os anos recebe novos habitantes, também está deserta ao retirar proveito algum da contínua sangria da África. Os escravos, deportados para um clima 
distinto do seu, morrem aos milhares. Os trabalhos nas minas, onde estão constantemente ocupados tanto os nativos da América quanto os estrangeiros, as exalações malignas que dali 
saem, o azougue que continuamente se utiliza, tudo isso os extermina de maneira implacável. Nada pode ser tão extravagante quanto impor a morte a um número incontável de 
homens a fim, de retirar ouro e prata das entranhas da terra: dos metais absolutamente inúteis e que, se constituem riqueza, é apenas porque foram escolhidos para representá-la." 
(Montesquieu. Cartas Persas. São Paulo: Editora Paulicéia, 1991. p.193) 
 
Montesquieu, importante pensador iluminista, em sua obra "As Cartas Persas", publicada em 1721, faz uma contundente crítica das práticas escravistas nas colônias européias na 
América. Com base no documento, assinale a opção que melhor traduz o contexto histórico descrito pelo autor: 
 
 
a colonização européia na América se encontrava em colapso à medida que se aprofundava a exploração de ouro e prata no continente latino-americano; 
 
houve uma crise do sistema colonial europeu, uma vez que o tráfico negreiro declinou no século XVIII em razão da acentuada queda demográfica no continente africano. 
 
o colapso do tráfico negreiro no Atlântico implicou em um avanço das redes mercantis negreiras no Mar Mediterrâneo, abastecidas por traficantes árabes que monopolizavam 
o comércio na região; 
 
iniciou-se a utilização da mão-de-obra indígena na América à medida que ocorre um decréscimo demográfico na África após um longo período de escravidão no continente; 
 a escravidão negra foi um dos pilares da colonização européia na América, sendo viabilizada pela ação de mercadores europeus, associados aos reinos africanos 
comprometidos com o tráfico negreiro;

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