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Apostila Mundo do Trabalho Oficial

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1 
INTRODUÇÃO AO MUNDO DO TRABALHO 
 
ORGANIZADOR 
Conteúdo organizado por Saulo Fernando Pereira, licenciado e bacharel em 
Educação Física, especialista em Fisiologia do Exercício, Personal Trainer, Treinamento 
Desportivo e Atividades Físicas e Esportivas Para Pessoas com Deficiência. 
CONTATOS 
 
(33) 9 9990-0514 
 
saulo.pereira@educacao.mg.gov.br 
 
saulofernandop 
 
youtube.com/educacaofisicaemtopicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/channel/UCLtSXwwQ6Bq8ZZkNbBt1m9w
 
2 
INTRODUÇÃO AO MUNDO DO TRABALHO 
O QUE VAMOS ESTUDAR? 
 
 
 
Seção I – Aspectos Iniciais 
INTRODUÇÃO 
QUEM SOU EU? 
 
Responda as perguntas abaixo: 
 
1. Nome. 
 
2. Idade. 
 
3. Marca registrada (uma virtude). 
 
4. Merece minha admiração e por quê (pode ser pessoa pública). 
 
5. Profissão com as quais me identifico. 
 
6. Por que me identifico com essas profissões. 
 
 
 
3 
BORA COMEÇAR 
 
O trabalho é uma das portas de entrada para a vida adulta, por meio dele, o jovem 
vislumbra a possibilidade de concretizar sonhos, participar mais ativamente da vida social e 
conquistar autonomia financeira e pessoal. 
O trabalho é, ainda, fundamental para a formação da identidade social. Como 
adultos, reconhecemo-nos uns aos outros, entre vários aspectos, a partir das profissões 
que exercemos. É comum nos apresentarmos dizendo: “Meu nome é..., sou professora”; 
“Sou... e trabalho com vendas”, etc. 
Por outro lado, a expectativa de entrada no mundo do trabalho é assunto que 
desperta diversas dúvidas no jovem como: 
 
“Qual a minha vocação profissional?” 
 
“O que é preciso fazer para começar a trabalhar?” 
 
“Como ter sucesso na profissão que eu escolher?” 
 
FONTES: 
https://www.passeidireto.com/arquivo/88002855/profissoes-a-escolha-certa 
https://sites.google.com/site/eeeisebastiaodeoliveirarocha/mundo-do-trabalho 
 
QUAL A REALIDADE HOJE? 
 
Por falta de orientação, perspectiva de futuro e, em alguns casos, por necessidade, 
vários jovens abandonam a formação escolar básica, ingressando precocemente no 
mundo do trabalho, quase sempre em condições de subemprego, com prejuízos para o 
seu desenvolvimento e o do Brasil. 
Daí a importância de introduzir a preparação profissional no contexto pedagógico da 
escola de Ensino Médio, para a inserção do jovem acontecer de forma mais qualificada e 
menos improvisada. 
FONTES: 
https://www.passeidireto.com/arquivo/88002855/profissoes-a-escolha-certa 
https://sites.google.com/site/eeeisebastiaodeoliveirarocha/mundo-do-trabalho 
 
 
https://www.passeidireto.com/arquivo/88002855/profissoes-a-escolha-certa
https://sites.google.com/site/eeeisebastiaodeoliveirarocha/mundo-do-trabalho
https://www.passeidireto.com/arquivo/88002855/profissoes-a-escolha-certa
https://sites.google.com/site/eeeisebastiaodeoliveirarocha/mundo-do-trabalho
 
4 
Seção II – Conceitos estruturais 
CONCEITOS INICIAIS 
AFINAL, O QUE É TRABALHO? 
 
Você sabe definir o trabalho? O que é essa atividade humana que ao mesmo tempo 
liberta e explora o ser humano? 
O trabalho é atividade humana desenvolvida pelo ser humano, seja ela física ou 
intelectual, da qual resultam bens e serviços. Isto significa que é trabalho tanto a atividade 
de um operário de uma indústria como a do arquiteto que projeta os bens a serem 
produzidos por essa indústria. Assim, tanto a atividade manual como a atividade intelectual 
são trabalhos, desde que tenham como resultado a obtenção de bens e serviços. 
Mas você deve estar ser perguntando: o que são bens e serviços? Bom, 
satisfazemos nossas necessidades e desejos através do consumo de bens e serviços. Os 
bens são itens que podemos ver e tocar, tais como um livro, uma caneta, sal, uns sapatos, 
um chapéu, uma pasta, etc. Os serviços são prestados por outras pessoas a quem os 
utiliza, como por exemplo, um ato médico, cortar o gramado, cortar o cabelo ou servir 
comida num restaurante. 
É pelo trabalho que o homem desenvolve sua criatividade e realiza suas 
potencialidades. Trabalhando, o homem pode modificar o mundo e a si mesmo, produzindo 
cultura e se autoproduzindo. 
FONTES: 
https://www.passeidireto.com/arquivo/88002855/profissoes-a-escolha-certa 
https://www.significados.com.br/trabalho/ 
https://sites.google.com/site/eeeisebastiaodeoliveirarocha/mundo-do-trabalho 
 
 
TRABALHO E EMPREGO: SÃO SINÔNIMOS? 
 
Um trabalho é um conjunto de atividades para, geralmente, alcançar um objetivo e 
pode ser remunerado ou não. Um emprego é uma atividade que se realiza com o intuito de 
se obter renda. 
Apesar de serem palavras com significados diferentes, a maioria das pessoas utiliza 
“trabalho” e “emprego” como sinônimos. No entanto, erroneamente, pois não designam 
apenas o “ofício” de alguém. 
 
 
https://www.passeidireto.com/arquivo/88002855/profissoes-a-escolha-certa
https://www.significados.com.br/trabalho/
https://sites.google.com/site/eeeisebastiaodeoliveirarocha/mundo-do-trabalho
 
5 
O QUE É UM TRABALHO? 
O trabalho é o conjunto de atividades ligado a objetivos e reconhecimento pessoal. 
Neste sentido, não está relacionado apenas diretamente a ganhos financeiros, mas 
realizações pessoais que o indivíduo alcança ao atingir metas e objetivos. 
O trabalho está estritamente relacionado ao crescimento do indivíduo. Pode até ser 
acompanhado pela vontade de contribuir com algo para o mundo. É também uma forma de 
adquirir habilidades e aprimorá-las, além de ter oportunidade de tomar iniciativas, decisões 
e fazer parte de grupos com objetivos em comum. 
O ser humano é preparado para o trabalho desde a infância, com os primeiros 
trabalhos escolares. Estes já incitavam que fazer um trabalho traz recompensas para além 
daquelas ligadas ao dinheiro. 
Um exemplo de trabalho não remunerado é o trabalho voluntário. Nele, o indivíduo 
oferece serviços e completa atividades por altruísmo, com o simples desejo de melhorar o 
mundo de alguma forma. 
 
O QUE É UM EMPREGO? 
O emprego é um cargo que o indivíduo tem em uma empresa que oferece 
pagamento para que cumpra devidas funções. Neste sentido, é uma forma de conseguir 
renda através das atividades desenvolvidas. 
Por ser, geralmente, vinculado a uma empresa, o indivíduo empregado oferece 
trabalho em troca de dinheiro. No entanto, a mesma pessoa pode não se sentir 
completamente feliz com o que faz, sendo a função meramente um emprego. Ou seja, uma 
maneira de se conseguir renda. Em algum momento da vida, quase todas as pessoas 
terão um emprego. 
Pode ser aquele no trabalho que realmente ama, ou apenas para pagar despesas 
e/ou utilizar o dinheiro para investir em cursos e outras formas de aperfeiçoamento. Isto 
para, enfim, conseguir um trabalho. 
Vale citar que um trabalho também pode ser um emprego. Por exemplo, uma 
pessoa que ama cozinhar conseguir um emprego como chef em um restaurante muito 
apreciado tem um trabalho. Isto porque desenvolve atividades de acordo com o que busca 
de seu crescimento pessoal e profissional. E ainda recebe remuneração por isso. 
FONTE: 
https://www.diferenca.com/trabalho-e-emprego/ 
 
https://www.diferenca.com/trabalho-e-emprego/
 
6 
O QUE É RENDA? 
 
Renda, do ponto de vista das finanças pessoais, é todo tipo de receita que um 
indivíduo tem acesso. Automaticamente, você pensou no salário, não é mesmo? E não 
está errado. A remuneração profissional, de fato, é uma espécie de renda. Mas ela não é a 
única, conforme veremos a seguir. 
Investimentos, ganhos de capital e valores referentes a aluguéis, para dar alguns 
exemplos, também são receitas e podem ser encarados como tipos de renda. Por isso, é 
interessante ter atenção às classificações descritas abaixo para compreender melhor o seu 
dinheiro. Confira! 
RENDA PASSIVA 
Renda passiva, como o próprio nome sugere, é toda e qualquer receita em que o 
dinheiro trabalha sozinho. 
Ou seja, você só precisa fazer um movimento inicial, como aplicar o seu capital em 
um fundo de investimentos,por exemplo, e esperar a quantia se valorizar ao longo do 
período. Todas as aplicações financeiras entram nesta categoria. 
 
GANHO DE CAPITAL 
Outro tipo de renda é o chamado ganho de capital, que ocorre quando você faz uma 
aquisição e, tempos depois, se desfaz dela por um valor mais elevado. 
É o caso, por exemplo, da compra de um imóvel na planta (que tende a ter um preço 
mais acessível) e a sua posterior venda (com o apartamento já acabado e valorizado) por 
uma quantia maior. 
 
RENDA ATIVA 
É aqui que aparece o salário e as demais gratificações ou remunerações por um 
serviço realizado. Na renda ativa, você precisa trabalhar para ser recompensado. 
 
FONTE: 
https://www.onze.com.br/blog/renda-o-que-e/ 
 
 
 
https://www.onze.com.br/blog/renda-o-que-e/
 
7 
PARA FIXAR O APRENDIZADO 
Qual diferença entre trabalho e emprego? 
 
 
 
 
https://youtu.be/uHAODVbfv-4 
 
Trabalho e emprego: visão de um filósofo. 
 
 
 
 
 
https://youtu.be/HXV8BjEGaQI 
 
 
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO 
 
1. Com suas palavras conceitue: trabalho, emprego e renda. 
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
 
2. No futuro, você pretende ter um emprego ou um trabalho? Por quê? 
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________ 
 
3. Na sua opinião, existe algum problema se uma pessoa optar por um emprego ao invés 
de um trabalho? Justifique a resposta. 
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://youtu.be/uHAODVbfv-4
https://youtu.be/HXV8BjEGaQI
https://youtu.be/uHAODVbfv-4
https://youtu.be/uHAODVbfv-4
 
8 
Seção III – Classificando o trabalho 
FORMAS E TIPOS DE TRABALHO 
FORMAS DE TRABALHO 
 
No Brasil, os diferentes tipos de trabalho são classificados de acordo com seus 
contratos, legalidade (ou não) e formalidade. Inicialmente eles podem ser classificados em 
dois grupos: trabalho formal e trabalho informal. 
 
TRABALHO FORMAL 
O trabalho formal, que também é o mais popular, consiste no emprego que garante 
ao empregado assinatura na carteira de trabalho de acordo com a CLT (Consolidação das 
Leis de Trabalho) e benefícios, como licenças, férias, aposentadoria, seguro-desemprego, 
FGTS e outros. 
Geralmente esse tipo de veículo empregatício é realizado por profissionais que 
priorizam a estabilidade financeira e de horários, uma vez que conta com jornadas 
determinadas de trabalho em períodos fixos, garantindo uma rotina regular e, em algumas 
vezes, mais tranquila. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VANTAGENS DO TRABALHO FORMAL 
 Poder contar com a proteção das leis trabalhistas como auxílio doença, salário 
maternidade, FGTS, férias, 13° salário, aposentadoria, seguro desemprego, entre 
outros. 
 
9 
 Algumas empresas costumam garantir aos seus empregados benefícios importantes 
como auxílio alimentação e transporte, plano de saúde, plano odontológico, entre 
outros. 
 Estabilidade financeira. Quando você é empregado de uma empresa pode contar 
com seu salário todos os meses. 
 Horário fixo de trabalho. 
 
TRABALHO INFORMAL 
O trabalho informal é aquele que ocorre quando o empregado não possui registro na 
carteira de trabalho e, consequentemente, também não recebe os benefícios determinados 
pela CLT (Consolidação das Leis de Trabalho), como licenças, férias, aposentadoria, 
seguro-desemprego, FGTS e outros. 
O trabalho informal é interessante para profissionais que gostam de trabalhar à sua 
maneira, impondo seu próprio ritmo. Em geral, quem busca esta modalidade de trabalho 
não gosta de rotina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VANTAGENS DO TRABALHO FORMAL 
 No trabalho informal, o profissional não tem descontos em seu salário. Ou seja, ele 
recebe integralmente o valor combinado pelo serviço. Não tem desconto de Imposto 
de Renda e nem de INSS, por exemplo. 
 O trabalhador informal costuma ter mais liberdade de horários e flexibilidade. 
 
 
 
10 
EMFIM, QUAL A DIFERENÇA? 
A diferença básica entre trabalho formal e informal é que o trabalho formal tem 
contrato de trabalho e registro na Carteira Profissional. Ele segue determinadas regras de 
acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O trabalho informal, por outro 
lado, como o próprio nome indica, não tem formalidades, ou seja, não tem registro em 
carteira e também não tem contrato. 
FONTE: https://www.guiatrabalho.com.br/tipos-de-trabalho.html 
https://www.vagas.com.br/profissoes/trabalho-formal-
informal/#:~:text=Qual%20%C3%A9%20a%20diferen%C3%A7a%20entre,Leis%20do%20Trabalho
%20(CLT). 
 
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO 
 
1. Quais formas de trabalhos se encaixam mais com seu perfil: trabalho formal ou trabalho 
informal? Justifique sua resposta. 
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
 
2. Pesquise alguma reportagem ou matéria jornalística que traga a temática: aumento do 
trabalho informal no Brasil. 
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________ 
 
TIPOS DE TRABALHO 
 
Independentemente de ser formal ou informal, há algumas classificações ou tipos, 
alguns deles são assalariados com registro em carteira, mas outros não. Vejamos alguns 
exemplos: 
o Trabalho empregado. 
o Trabalho autônomo. 
o Profissional liberal. 
o Empresário / Empreendedor. 
o Trabalho voluntário. 
https://www.guiatrabalho.com.br/tipos-de-trabalho.html
https://www.vagas.com.br/profissoes/trabalho-formal-informal/#:~:text=Qual%20%C3%A9%20a%20diferen%C3%A7a%20entre,Leis%20do%20Trabalho%20(CLT)
https://www.vagas.com.br/profissoes/trabalho-formal-informal/#:~:text=Qual%20%C3%A9%20a%20diferen%C3%A7a%20entre,Leis%20do%20Trabalho%20(CLT)
https://www.vagas.com.br/profissoes/trabalho-formal-informal/#:~:text=Qual%20%C3%A9%20a%20diferen%C3%A7a%20entre,Leis%20do%20Trabalho%20(CLT)
 
11 
o Trabalho doméstico. 
o Trabalho escravo. 
TRABALHO EMPREGRADO 
É a principal atividade de trabalho no país, onde uma pessoa presta seus serviços a 
uma empresa ou a outra pessoa, com a finalidade de receber remuneração pelo trabalho 
prestado. Este tipo de atividade está regulamentada pela CLT que é a Consolidação das 
Leis Trabalhistas no Brasil. O empregado tem direito ao registro na carteira profissional e a 
todos os direitos e garantias que a lei estabelece. 
Pelo seu trabalho a pessoa recebe um salário que é uma remuneração em dinheiro, 
cujo pagamento normalmente é mensal, embora, o cálculo as vezes é por hora trabalhada. 
Nas empresas que assim trabalham, o funcionário recebe valores diferentes de um mês 
para outro, dependendo da quantidade de horas trabalhadas. 
 
 
 
 
 
 
 
AUTÔNOMO 
O trabalhador autônomo, por sua vez, é aquele que presta serviços por conta 
própria e garante a sua renda mesmo sem qualquer tipo de vínculo empregatício (seja ele 
formal ou informal). 
O profissional autônomo geralmente é especializado em algum segmento do 
mercado e atua por conta própria. 
 
 
 
12 
 
 
 
 
 
 
 
PROFISSIONAL LIBERAL 
Profissionalliberal é parecido com autônomo, mas são diferentes. O profissional 
liberal é aquele que tem nível técnico ou superior e que exerce sua profissão, geralmente 
regulamentada, como prestador de serviços ou constituindo empresa. Neste grupo estão 
os médicos, engenheiros, dentistas, advogados, entre outros. Não é uma atividade informal 
e geralmente sua forma de trabalho está de alguma forma definida pelo conselho da sua 
profissão, como a OAB para os advogados, CRM para os médicos, CRO para os dentistas 
e assim por diante. 
 
 
 
 
 
 
 
EMPRESÁRIO / EMPREENDEDOR 
Muita gente pode até achar estranho, mas ser empresário é também uma forma de 
trabalho, afinal, ele presta seus serviços à sua própria empresa e como tal também é 
remunerado por isso. No caso do empresário o seu salário é conhecido como pro-labore e 
funciona como um salário comum, inclusive com recolhimento de INSS para fins de 
 
13 
aposentadoria. Além do pro-labore, ele ainda goza dos lucros e dividendos proveniente do 
desempenho da empresa. 
A atividade empresarial precisa ser liderada e pessoas precisam colocar seus 
recursos, reputação e toda a sua capacidade para o desenvolvimento de uma atividade, 
seja ela, comercial, industrial ou de serviços. 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO VOLUNTÁRIO 
O trabalho voluntário é aquele em que a pessoa presta os seus serviços (em tempo 
integral ou parcial) livremente, sem receber dinheiro ou outra forma de remuneração em 
troca. Geralmente esse tipo de trabalho é prestado para instituições sem fins lucrativos, 
igrejas, ONGs ou organizações que apoiam alguma causa social. 
Resumidamente, esse tipo de trabalho mobiliza pessoas e não é remunerado. É 
uma atividade muito grande em vários países e no Brasil tem muito a crescer. 
 
 
 
 
 
 
 
14 
TRABALHO DOMÉSTICO 
Trabalho doméstico é aquele realizado em casa nas atividades cotidianas no dia-a-
dia, seja nas tarefas de limpeza, preparo das refeições, organização da casa, cuidado com 
os filhos, dentre outras atividades tão comuns e tão necessárias na vida de todas as 
famílias. Este tipo de trabalho, embora importantíssimo, nem sempre é muito reconhecido, 
aliás, em muitos cenários ele nem é lembrado. 
Mesmo não havendo uma remuneração formal, esse trabalho deve ser muito 
reconhecido e valorizado por todas as pessoas, independentemente de quem o realiza. No 
Brasil, como sabemos este é um trabalho exercido em sua maioria pelas mulheres, 
especialmente as mães. Mas ele pode e deve ser compartilhado com outros membros da 
família com o marido e filhos também. 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO ESCRAVO 
O trabalho forçado é aquele em que o indivíduo é obrigado a fazer algo contra a sua 
vontade.Esse tipo de trabalho é ilegal e geralmente reflete em tráfego de pessoas, órgãos 
ou outros modos de ‘escravidão moderna’.Teoricamente não era para ele existir, mas de 
alguma forma ele existe. Contudo, quando identificado ele é combatido, e os responsáveis 
podem ser processados por prática de trabalho escravo. 
FONTE: https://www.guiatrabalho.com.br/tipos-de-trabalho.html 
 
 
https://www.guiatrabalho.com.br/tipos-de-trabalho.html
 
15 
PARA FIXAR O APRENDIZADO 
O trabalho no Brasil 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=KndJwK5RaDk&feature=youtu.be 
 
SETOR PÚLICO E PRIVADO 
 
O setor privado é o conjunto da atividade econômica que não está controlada pelo 
estado. Enquanto no setor público o protagonismo está nas mãos do estado, no setor 
privado a empresa é o elemento fundamental. 
Quando pensamos em nossa vida profissional, buscamos investir em uma boa 
faculdade e dedicamos algumas horas dos nossos dias para os estudos. Então, chega o 
dia em que temos que decidir: seguir a carreira pública ou privada? 
Independentemente de qual graduação você fez ou ainda está cursando, as vagas 
públicas — conquistadas por meio de concursos — são concorridas, não diferente, o setor 
privado também costuma ser disputado. Por isso, na maioria das vezes, essa decisão está 
mais ligada ao que você almeja para ter uma carreira de sucesso. 
Não estamos falando de uma decisão que pode ser tomada da noite para o dia. 
Alguns benefícios se destacam e precisam ser colocados em uma balança na hora da 
escolha. 
Você provavelmente já ouviu dizer que a carreira pública é mais estável e que o 
setor privado é flexível, entre outras comparações. Enfim, em qual perfil você se encaixa? 
Prefere garantia ou a mudança? 
Antes de qualquer coisa é necessário avaliar os seus objetivos e metas, 
considerando que a busca final deve ser a satisfação pessoal e a qualidade de vida. Para 
colaborar com a sua decisão, separamos as principais diferenças e vantagens dessas 
carreiras. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=KndJwK5RaDk&feature=youtu.be
https://youtu.be/KndJwK5RaDk
 
16 
AS DIFERENTES FORMAS DE INGRESSO 
 Uma diferença pontual é o modo como o colaborador é selecionado para as vagas. 
No setor privado, entrevistas, processos seletivos, dinâmicas de grupos e indicações 
regem as contratações. Ao passo que, na carreira pública, a Constituição de 88 
aponta que os cargos devem ser preenchidos por meio de concurso. 
A QUALIFICAÇÃO NA CARREIRA PÚBLICA E PRIVADA 
 Existem concursos públicos específicos para pessoas com ensino médio e também 
para quem tem curso superior completo. Nesses casos, quanto maior a qualificação, 
maior o salário inicial. Há também a possibilidade de fazer especializações e ganhar 
abonos em relação a elas, porém, cada caso tem suas peculiaridades. 
 Em relação ao setor privado a qualificação nem sempre pode significar um abono, 
porém, você pode mudar de área a partir delas. De qualquer maneira, vagas com 
altos salários em grandes organizações exigem, na maioria das vezes, alta 
qualificação. 
VANTAGENS DO SETOR PÚBLICO 
1. ESTABILIDADE: A principal vantagem do setor público é, sem dúvida alguma, a 
estabilidade desse trabalho, garantida pela Constituição Federal. Após três anos 
estando concursado, a sua vaga é garantida. No funcionalismo público o trabalhador 
só pode ser demitido caso cometa uma falta grave. Essa possibilidade está 
estabelecida no próprio Estatuto ou Regimento correspondente ao seu cargo. Em 
caso de demissão, isso só acontecerá após uma sentença judicial, resguardado o 
direito ao contraditório e à ampla defesa. 
2. SALÁRIO: Geralmente os concursos públicos atraem muitos candidatos com a 
divulgação de altos salários. Um exemplo de salários acima da média do mercado 
foi dado pelo último concurso da Receita Federal, que aconteceu em 2015, quando 
o cargo de auditor fiscal – que exigia nível superior em qualquer área de formação – 
oferecia remuneração de R$ 14.965,44, além de benefícios próprios para a carreira. 
3. NÃO PRECISA TER EXPERIÊNCIA: Independentemente da idade ou da 
experiência profissional prévia, qualquer pessoa pode se candidatar a uma vaga nos 
órgãos públicos. 
 
17 
4. DIVERSIDADE DE CARGOS: Como comentamos antes, muitos concursos públicos 
exigem apenas ensino médio ou ensino superior. Isso é uma vantagem, já que, não 
importa qual seja a sua área de formação, se você se preparar para um concurso 
público específico, você estará habilitado a acessar aquela vaga. 
VANTAGENS DO SETOR PRIVADO 
1. POSSIBILIDADE DE CRESCER: Na iniciativa privada, geralmente as empresas 
exigem experiência. Caso você esteja iniciando a sua carreira, possivelmente você 
terá que ganhar pouco até conquistar o seu espaço e ter um salário melhor. Mas 
uma vantagem do setor privado é que isso só depende de você. 
2. TRABALHO EXTRA RENDERÁ VERBA EXTRA: No setor privado, você ganha por 
hora trabalhada, logo, quando houver horas extras – e terá –, você receberá a mais 
por isso. 
3. ROTINA DINÂMICA: Se você gosta de uma vida agitada e de desafios diários, o 
setor privado é a sua melhor escolha. Isso porque, nele, os seus resultados é que 
vão determinar a sua rotina. 
4. SALÁRIO: Como citado anteriormente,os salários no setor privado dependem 
muito do rendimento de cada profissional. Entretanto, diferentemente do setor 
público, a renda no setor privado pode dar um salto rapidamente. Além disso, na 
hora de se candidatar a uma vaga, o empregado pode optar por empresas que 
garantam benefícios que mais se adequem às suas necessidades. Existem locais 
que oferecem bolsas de estudos, planos de saúde, planos odontológicos, entre 
outras vantagens. 
FONTE: https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/especial-publicitario/ampesc/admiravel-mundo-
novo/noticia/2018/11/20/setor-publico-ou-privado-qual-e-o-melhor-para-o-seu-perfil-profissional.ghtml 
DEBATENDO COM OS ALUNOS 
 
Quais os prós e contras do setor público e privado? 
 
 
 
 
https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/especial-publicitario/ampesc/admiravel-mundo-novo/noticia/2018/11/20/setor-publico-ou-privado-qual-e-o-melhor-para-o-seu-perfil-profissional.ghtml
https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/especial-publicitario/ampesc/admiravel-mundo-novo/noticia/2018/11/20/setor-publico-ou-privado-qual-e-o-melhor-para-o-seu-perfil-profissional.ghtml
 
18 
Seção IV – Economia e ecologia 
ECONOMIA E ECOLOGIA E SUA RELAÇÃO COM O MERCADO PRODUTIVO 
 
O sistema econômico está intrinsecamente relacionado ao sistema ecológico, uma 
vez que a natureza é a provedora primária dos materiais e energia necessários para serem 
transformados no sistema econômico e é também onde são dispostos e dissipados os 
resíduos gerados, cuja capacidade é limitada. 
Tradicionalmente, a teoria econômica não se ocupava com questões ambientais. 
Nessa perspectiva, a natureza importava apenas como provedora de recursos ou como 
depósito para os despojos gerados pelo setor produtivo, com capacidade infinita. Porém, 
com o crescimento da economia global e com o aparecimento de impactos ambientais, 
surge uma nova reflexão sobre as relações entre economia e ecologia, colocando na 
ordem do dia a necessidade de ações economicamente sustentáveis. 
Com o avanço da tecnologia e da globalização o mundo tem vivenciado anos de 
desenvolvimento humano e econômico. As indústrias globais estão cada vez mais em 
busca de levar inovação e praticidade para os novos produtos do mercado. Podemos 
considerar que em todos os ramos da indústria são utilizados materiais das mais variadas 
classes e aplicações. Esses estão presentes em praticamente tudo que consumimos. 
Podemos encontrá-los desde em componentes minúsculos dentro de computadores ou 
celulares até em construções civis de proporções monumentais. Contudo, os recursos 
presentes na terra são finitos e estão ficando cada vez mais escassos. É questão de tempo 
para que a humanidade atinja o ápice da utilização dos bens naturais disponíveis no 
planeta, gerando consigo dejetos que não podem ser substituídos e/ou reutilizados, 
causando estragos catastróficos para as próximas gerações e está aí a importância da 
economia circular. 
É de extrema urgência que a humanidade busque meios para mudar seu modelo de 
negócios e de consumo. Atualmente, a maior parcela do mundo ainda utiliza a economia 
linear para fabricação de seus produtos. Na economia linear os produtos são fabricados, 
vendidos e descartados após a vida útil ou trocados por produtos substitutos, muito desses 
produtos tem sua vida útil muito curta e não podem ser reutilizados ou reciclados para 
serem colocados novamente nas “prateleiras”, acabando na maioria das vezes em lixões 
ou aterros sanitários. Para evitar que o modelo econômico atual ocasione danos 
 
19 
catastróficos para as próximas gerações, é preciso pensar em práticas e em alternativas 
que preservem o meio ambiente e visam a melhoria e a duração desses produtos. 
Pensando nisso, a comunidade científica vem buscando alternativas para mudar o 
paradigma econômico atual, visando um mercado mais sustentável e preocupado com o 
ecossistema, a partir disso, surgiu o conceito de economia circular. 
 
 
 
 
 
 
FONTE: https://www.researchgate.net/publication/326859925_Economia_e_ecologia 
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO 
 
1. (UEA 2014)- A questão colocada em debate pela charge é: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) o desenvolvimento que não pode ser alcançado com a presença de áreas verdes. 
b) a falta de materiais de proteção individual para as pessoas próximas às caçambas. 
c) o caráter efêmero das construções civis que um dia serão destruídas. 
d) a situação precária dos trabalhadores ligados ao transporte de carga no Brasil. 
https://www.researchgate.net/publication/326859925_Economia_e_ecologia
 
20 
e) o descarte irregular de lixo e os impactos ambientais e sociais implicados. 
2. É possível ter desenvolvimento econômico e preservar o meio ambiente? Como? 
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________ 
3. Como a economia se relaciona com o meio ambiente? 
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________ 
4. (UEFS) Em Salvador e na região metropolitana, são descartados, por ano, cerca de dois 
milhões de toneladas de resíduos sólidos. Se não forem tomadas providências, em pouco 
tempo, os aterros sanitários não serão suficientes para manter tanto lixo. Considerando-se 
a problemática do lixo das grandes regiões metropolitanas do país, entre as soluções 
corretas para reduzir o acúmulo desse material nos aterros sanitários, pode-se incluir 
a) a incineração de resíduos sólidos descartados nos aterros sanitários. 
b) o incentivo às cooperativas de catadores e aos artesões para transformar os resíduos 
sólidos em material reciclado. 
c) o reaproveitamento de resíduos com objetivo de requalificá-los e introduzi-los na 
economia. 
d) a ampliação de aterros sanitários para aproveitar a energia gerada na biodecomposição 
de resíduos sólidos. 
e) a modernização da frota de caminhões, que utilize óleo diesel isento de enxofre, para 
manter os grandes centros urbanos limpos. 
 
 
 
 
21 
ECONOMIA CIRCULAR 
 
A economia circular é definida como um conceito estratégico que tem por finalidade 
garantir a redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energias, criando 
um ciclo econômico de menor descarte e desperdício possível. O conceito desta economia 
baseia-se em mecanismos de ecossistemas naturais, que gerem os recursos em longo 
prazo num processo contínuo de reabsorção e reciclagem. A economia circular promove 
um modelo económico reorganizado, através da coordenação dos sistemas de produção e 
consumo em circuitos fechados. No modelo econômico circular, o gerenciamento de 
materiais é um fator determinante. A substituição de materiais que possam afetar o meio 
ambiente por materiais sustentáveis que possam ser reinseridos no ciclo econômico é um 
fator importante. A busca de materiais que tenham uma vida útil mais duradoura é outro 
ponto chave deste conceito econômico. 
O foco da economia circular ultrapassa as ações de gestão de resíduos e de 
reciclagem, visando desde o desenvolvimento de novos processos, produtos e novos 
modelos de negócio e vai até o gerenciamento de recursos e otimização da utilização dos 
recursos. 
 
 
 
 
 
 
 
POR QUE ADOTAR? 
O mundo vem evoluindo com o crescimento populacional, aumento da procura e 
consequente pressão e preocupação do gerenciamento de recursos, sublinhando a 
necessidade de ações e modelos sustentáveis, uma economia preocupada com o 
 
22 
ecossistema e que ainda assegure o desenvolvimento econômico, melhoria da condição 
de vida, emprego e preservação de áreasverdes. 
O modelo econômico vigente que se baseia em uma cadeia linear confronta-se com 
questões relativas à disponibilidade de recursos naturais. Além disso, esse tipo de 
economia expõe os países e as empresas a riscos relacionados à volatilidade de preços e 
disponibilidade de recursos, como também na interrupção do fornecimento por escassez. 
Uma nova forma de se fazer negócio, através de uma economia “mais circular”, catalisada 
pela inovação ao longo de toda a cadeia de valor, é defendida como uma solução 
alternativa para minimizar consumos de materiais e perdas de energia. 
BENEFÍCIOS E IMPACTOS 
A economia circular, como citado anteriormente, pode trazer uma série de benefícios para 
sociedade. A base dessa economia distingue-se em um modelo econômico que foca na 
sustentabilidade e na manutenção de produtos, garantindo que os materiais durem mais e 
possam retornar para o ciclo econômico. 
Este modelo econômico fornece benefícios de curto prazo e oportunidades estratégicas de 
longo prazo. Abaixo estão destacados alguns dos principais benefícios e potenciais 
impactos de se adotar a economia circular: 
 Novos modelos de negócios, com foco na reutilização, reciclagem, redução e 
recuperação de produtos. 
 Maior volatilidade no preço das matérias-primas e limitação dos riscos de 
fornecimento; 
 Novas relações com o cliente, programas de retoma, novos modelos de negócio; 
 Melhorar a competitividade da economia; 
 Contribuir para a conservação do capital natural, redução das emissões e resíduos e 
 combate às alterações climáticas. 
FONTE: https://www.portaldaindustria.com.br/industria-de-a-z/economia-circular/ 
 
 
https://www.portaldaindustria.com.br/industria-de-a-z/economia-circular/
 
23 
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO 
 
1. O que é a economia circular? 
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________ 
 
2. A dinâmica da produção e descarte de resíduos passa pela economia circular, no 
sentido de que os resíduos sejam descartados somente após todos os processos de reuso 
e transformação. Qual o papel dos catadores de recicláveis para a economia circular? 
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________ 
3. Leia o texto e reflita sobre as seguintes perguntas: 
“Nos últimos anos vários termos estão sendo utilizados, e até mesmo substituídos, 
buscando chamar a atenção da população e dar um novo sentido a algumas problemáticas 
socioambientais por exemplo, desenvolvimento sustentável, Objetivos de Desenvolvimento 
Sustentáveis (ODS), entre outros.” 
Afinal, o que é economia verde? 
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________ 
Como já apresentado, a expressão “economia verde” substituiu o conceito de 
“ecodesenvolvimento”, mas afinal, qual a relação da economia verde com a economia 
circular? 
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________ 
 
24 
Seção IV – Conquistas trabalhistas no Brasil 
INTRODUÇÃO 
 
Ao longo da vida, talvez você já tenha ouvido parentes ou amigos dizerem que 
conseguiram um emprego “com carteira assinada”. Isso significa, entre outras coisas, ter 
direito a férias remuneradas acrescidas de um terço do salário, fundo de garantia, licença-
maternidade ou licença-paternidade, seguro desemprego etc. Esses são exemplos de 
direitos trabalhistas, conquistados pelos brasileiros ao longo do século XX e assegurados 
aos trabalhadores com registro em carteira de trabalho. 
Nos últimos anos, no entanto, alguns setores da sociedade, principalmente aqueles 
ligados a grupos empresariais, passaram a defender mudanças nessas leis, argumentando 
que o Estado não deveria intervir nas relações entre empregadores e empregados e que a 
legislação trabalhista encarecia demasiadamente o custo da mão de obra. Para os 
defensores dessas ideias, quanto menos direitos os trabalhadores tiverem, menores os 
custos para os patrões, o que permitiria aumentar o número de ofertas de emprego. 
A pressão desses setores deu resultado e, em 2017, foi aprovada uma reforma 
legislativa que promoveu mudanças importantes na vida dos trabalhadores. Neste capítulo, 
conheceremos aspectos dessa reforma, as críticas feitas a ela, além de diversos aspectos 
das relações trabalhistas no Brasil desde que foi introduzida a mão de obra assalariada no 
país, no século XIX. 
 
 
 
 
 
 
Charge do artista Edu Oliveira que critica a perda de direitos pelos trabalhadores. Porto 
Alegre (RS), 2020. 
 
25 
TRABALHO LIVRE 
 
O padre [...] contou-nos que [...] possuía um negro, e o único capital de que dispunha para prosseguir 
com a empreitada eram sete ou oito libras por ano que recebia de sua profissão religiosa, e dispendia nos 
pagamentos aos trabalhadores. 
MAWE, J. Viagens ao interior do Brasil. São Paulo: Edusp, 1978. p. 102. 
A escravidão perdurou no Brasil por mais de 300 anos. Ao longo desse período, o 
trabalho escravo coexistiu com o trabalho livre, como nos mostra o trecho acima, escrito 
pelo inglês John Mawe, que circulou pelo interior do Brasil em 1820. Nos engenhos de 
cana-de-açúcar – cujo auge ocorreu entre meados do século XVI e meados do século XVII 
–, algumas tarefas eram desempenhadas por trabalhadores brancos ou ex-escravizados 
libertos, que trabalhavam mediante pagamento. Era o caso do mestre de açúcar, 
responsável pela qualidade final do produto. Profissionais como ferreiros, carpinteiros e 
alfaiates também podiam trabalhar de forma autônoma e remunerada. 
No século XIX, não era incomum que pequenos proprietários vendessem sua força 
de trabalho como forma de complementar renda, mas as secas nordestinas expulsaram 
milhares de pessoas de suas terras, levando-as a trabalhar em regime de parceria. Nesse 
regime, o proprietário e o “parceiro” dividem os lucros e as perdas da lavoura ou da 
pecuária. 
O regime de parceria também foi posto em prática com alguns dos primeiros 
imigrantes que chegaram ao Brasil para trabalhar nas fazendas de café. A experiência 
mais significativa ocorreu no interior paulista, na fazenda Ibicaba, do então senador 
Nicolau Vergueiro, que, em 1847, arregimentou 68 famílias alemãs para trabalhar na 
lavoura. 
Cabia ao senador pagar a passagem e o transporte dos imigrantes até a fazenda, 
bem como disponibilizar moradia a todos. Em contrapartida, os imigrantes deveriam 
fornecer as ferramentas de trabalho e encarregar-se do plantio (cultivo, cuidados e 
colheita) de um número predeterminado de pés de café. O pagamento anual dos 
trabalhadores correspondia a uma determinada porcentagem da venda do café pela 
fazenda. 
 
 
 
26 
 
 
 
 
 
 
 
Vista de galpão que era utilizado para armazenar os grãos de café na Fazenda Ibicaba em 
Cordeirópolis (SP), 2006. 
A SUBSTITUIÇÃO DA MÃO DE OBRA 
ESCRAVIZADA PELA ASSALARIADA 
 
Substituição da mão de obra escravizada pela mão de obra livre e assalariada 
começou a se intensificar a partir da década de 1870. Nessa época, o café era o principal 
produto de exportação do país, e o oeste de São Paulo, o mais importante centro produtor. 
Percebendo que a escravidão tinha seus dias contados porcausa da pressão inglesa e 
pela própria luta abolicionista, os cafeicultores da região decidiram promover a vinda de 
europeus para trabalhar nas lavouras. 
A opção pelos europeus foi estimulada por teorias raciais vigentes na época, que 
ficaram conhecidas genericamente como darwinismo social. Essas teorias racistas 
defendiam a ideia de inferioridade de negros, mestiços, indígenas e asiáticos em relação 
aos europeus. Assim, aproveitando-se da crise que diversos países da Europa 
atravessavam, o governo brasileiro começou a incentivar a vinda de europeus. A partir de 
1871, o governo paulista passou, inclusive, a subsidiar a viagem desses trabalhadores. Os 
fazendeiros, por sua vez, arcavam com as despesas dos colonos em seu primeiro ano no 
Brasil. 
A realidade que esses estrangeiros encontraram, no entanto, era bem diferente da 
propaganda que o governo fazia no exterior. Sem nenhum direito trabalhista, à mercê das 
determinações dos patrões, muitos desses trabalhadores ficavam “presos” à fazenda 
 
27 
durante anos, até pagar as dívidas contraídas. Essa situação levava famílias a se revoltar 
e fugir em direção à cidade, para trabalhar na incipiente indústria. Outras preferiam 
regressar: entre 1891 e 1900, cerca de 40% do 1,2 milhão de imigrantes que chegaram ao 
Brasil retornaram a seus países de origem. 
Darwinismo social 
Termo usado em referência a teorias surgidas na 
Europa e nos Estados Unidos, na década de 1870, que 
pretendiam explicar os processos sociais por meio da 
aplicação indevida de conceitos biológicos 
desenvolvidos por Charles Darwin. Essas ideias deram 
força teórica para o racismo, o imperialismo e, 
posteriormente, o fascismo. 
 
Já os negros, por sua vez, com a Abolição da Escravatura (1888), foram excluídos 
das mudanças ocorridas no país. Sem acesso à educação, às vagas mais qualificadas e à 
terra para plantar, restaram poucas opções de trabalho. 
O OPERARIADO NA 
INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA 
 
Na virada do século XIX para o século XX, a economia brasileira se apoiava, 
primordialmente, na exportação do café. Com a riqueza acumulada, muitos fazendeiros 
utilizaram parte de seus lucros em outras atividades, entre elas a implantação de fábricas 
nos centros urbanos. Além desses fazendeiros, diversos imigrantes chegaram ao Brasil e 
abriram fábricas no país. 
Nos primeiros anos da República, a maioria dessas fábricas era de pequeno e 
médio porte e produzia principalmente tecidos, calçados, chapéus, massas alimentícias. 
Em 1907, o Brasil contava 3120 estabelecimentos industriais. Nessa época, o Rio de 
Janeiro concentrava o maior número de indústrias. Em 1920, quando já havia mais de 13 
mil indústrias instaladas no país, São Paulo era o principal polo industrial brasileiro. O setor 
têxtil era o mais dinâmico. 
O operariado era composto basicamente de imigrantes – italianos, espanhóis, 
portugueses –, que, em geral, haviam abandonado a vida nas lavouras. Eles recebiam 
salários baixos e trabalhavam sem proteção legal. Os donos das fábricas estabeleciam as 
próprias regras. As jornadas diárias de trabalho duravam, em média, de 10 a 14 horas. 
 
28 
Garantias conquistadas posteriormente, como descanso semanal remunerado, férias ou 
aposentadoria, eram então inexistentes, tampouco havia indenização aos operários 
quando sofriam acidentes, o que era constante. O ambiente de trabalho era quase sempre 
insalubre, mal ventilado e precariamente iluminado, o que facilitava a propagação de 
doenças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Interior de fábrica de tecidos em Viçosa (MG), 1922. 
MEUS ARGUMENTOS 
 
Um estudo divulgado pelo governo federal em 2019 apontou que, entre 2010 e 2018, foram 
registrados mais de 700 mil imigrantes no Brasil. Porém, um levantamento divulgado em 
2018 pela Secretaria Especial de Direitos Humanos revelou que, entre 2014 e 2015, houve 
um aumento de 633% nas denúncias de xenofobia, motivada, principalmente, por questões 
étnicas ou religiosas. Em sua opinião, como combater esse tipo de preconceito? As 
religiões, em geral, defendem e incentivam o amor, o respeito ao próximo, a empatia. 
Ainda assim, algumas pessoas utilizam crenças religiosas como justificativa para ataques a 
terceiros. Você já soube ou presenciou alguma manifestação desse tipo? Em caso positivo, 
relate o ocorrido para os colegas e conte como reagiu. 
 
 
 
 
29 
AS PRIMEIRAS GREVES 
No início da industrialização no Brasil, as relações entre os donos das fábricas e os 
trabalhadores eram marcadas por diversos problemas. Em geral, os primeiros preferiam 
contratar crianças (algumas com apenas 5 anos de idade) e mulheres, oferecendo-lhes 
salários inferiores aos dos homens. Crianças que cometessem pequenas faltas podiam 
sofrer castigos físicos e as mulheres eram vítimas de assédio sexual por parte de patrões e 
capatazes. Como os salários eram muito baixos, os trabalhadores residiam em cortiços, 
porões e pensões em condições extremamente precárias. 
No começo do século XX, circulavam diversos jornais operários que tinham por 
objetivo defender os trabalhadores. A classe operária brasileira tomava consciência de que 
seus interesses eram diferentes dos interesses dos patrões. Influenciados pelo 
anarquismo e pelo socialismo europeus, os operários intensificaram as reivindicações 
por melhores salários e condições de trabalho, redução da jornada, direito a férias 
remuneradas e assistência médica. Como forma de pressão, passaram a organizar greves. 
Em 1906, ocorreu uma greve de grandes proporções em Porto Alegre e, em 1907, as 
indústrias de São Paulo praticamente pararam em sua totalidade. 
Anarquismo 
Segundo essa teoria social, a sociedade existe 
independentemente do Estado, sendo o poder dele 
dispensável e mesmo não desejado na construção de uma 
comunidade igualitária. 
Socialismo 
Doutrina política e econômica que estabelece a coletivização 
dos meios de produção e de distribuição e o fim da 
propriedade privada e das classes sociais. 
 
O governo brasileiro respondia com violência, prendendo ou até mesmo assassinando 
trabalhadores envolvidos em manifestações. Em 1907, foi aprovada uma lei que 
possibilitou expulsar os imigrantes anarquistas e socialistas que tentavam organizar os 
movimentos operários. Ainda assim, as pressões surtiram efeito e, nos anos seguintes, os 
trabalhadores conseguiram a aprovação de algumas leis que os beneficiavam, como a que 
previa obrigações resultantes de acidentes de trabalho (1919) e a Lei Eloy Chaves (1923), 
que criou um sistema de pensão e aposentadoria para funcionários das estradas de ferro e 
é considerada o embrião da 
 
30 
Previdência Social. Em 1926, foi aprovada uma lei que garantia a determinadas categorias 
profissionais o direito a 15 dias de férias remuneradas. 
LINGUAGENS E LEITURAS 
 
A imprensa desempenhou importante papel na luta dos operários por melhores salários e 
pela melhoria das condições de vida da população. A seguir, são transcritos dois 
exemplos. O primeiro trecho foi extraído de um artigo publicado no jornal operário Ceará 
Socialista, em 1919. O segundo é parte de dois artigos publicados no Getulino, jornal da 
comunidade negra de Campinas (SP), sobre a ação da polícia nos cortiços da cidade, em 
1923. Após a leitura, responda ao que se pede. 
 
[...] Os exploradores da desgraça alheia cada vez mais apertam a sacola do pobre, 
aumentando criminosamente, desumanamente, os preços dos gêneros de primeira 
necessidade. [...] E quando nessas injunções o operário se levanta e exige o aumento de 
salário, dizem eles que pregamos a desordem e atacamos a religião! Então eles têm direito 
de aumentar 100% nas mercadorias e nós não temos o direito de protestar e de pedir 
aumento de 20% [...] Não há um só operário que já não tenha sentido a dor desta revolta e 
o clamor desta injustiça e não custará muito que ele, como o povo francês, venha para a 
rua, a bradar enérgico e viril: basta de explorações; queremosigualdade na ordem 
econômica, política e social! 
GONÇALVES, A. (org.). Ceará Socialista: anno 1919. Edição fac-similar. Florianópolis: Insular, 2001. p. 
2-3. 
Cremos que a intenção da autoridade não é melhorar quem quer que seja quando se trata 
de estabelecer a ordem...Mas...segundo o noticiario dos jornaes, parece que, unicamente 
por ellas ser pretas, morar em cortiço e não ter occupação (o que não é verdade) é que 
lhes movem guerra. 
[...] 
O bonito em tudo isso, é em affirmar-se que o resultado da campanha policial, “será de 
benefício para as donas de casa, que luctam com falta de empregadas”, esquecendo-se de 
 
31 
passar uma olhadela para os pequenos annuncios dos jornaes, onde, não raro 
encontramos: “Precisa-se de emprego à rua tal, número tanto. Prefere-se branca”. 
GETULINO, 1923 apud CARVALHO, G. L. d e. A imprensa negra paulista entre 1915 e 1937: 
características, mudanças e 
permanências. 2009. Dissertação (Mestrado em História Econômica) – Universidade de São Paulo, 
São Paulo, 2009. p. 
120. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-05022010-
145521/publico/GILMAR_LUIZ_DE_ 
CARVALHO.pdf. Acesso em: 29 maio 2020. 
 
1. O que se pode concluir a respeito das condições de vida dos operários no Ceará 
durante o ano de 1919 e suas formas de reivindicação por melhorias? 
 
2. Em sua opinião, a qu em os trabalhadores se referem quando citam os “exploradores 
da desgraça alheia”? 
 
3. O primeiro artigo afirma: “queremos igualdade na ordem econômica, política e social”. 
Em sua opinião, essa igualdade reivindicada pelos operários cearenses se transformou 
em realidade na sociedade brasileira? Você acha que no futuro próximo a sociedade 
brasileira terá maior igualdade e justiça social que no presente? Justifique sua resposta. 
 
4. Qual é o objetivo dos textos do jornal Getulino? O que eles deixam subentendido a 
respeito da ação da polícia? 
 
5. Com base nos dois documentos, que inferência é possível fazer sobre a classe 
trabalhadora do Brasil por volta da década de 1920? 
 
CONSOLIDAÇÃO 
DAS LEIS DO TRABALHO 
 
Foi durante o governo do presidente Getúlio Vargas (1930-1945) que os 
trabalhadores conquistaram alguns dos mais importantes direitos trabalhistas. Vargas 
procurou criar fortes elos com o operariado e executou um conjunto de medidas que 
atendia aos interesses da classe trabalhadora, ao mesmo tempo em que a mantinha sob 
controle. Com Getúlio Vargas, o Estado passou a interferir nas instituições de trabalho. Em 
seu governo, foram construídos hospitais e conjuntos residenciais para os trabalhadores e 
criados institutos previdenciários. As greves, porém, foram proibidas por lei em 1937, e o 
governo não hesitava em fazer uso da força policial para reprimir tais manifestações. 
 
32 
O governo de Getúlio Vargas pôs em prática uma política trabalhista iniciada com a 
criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, em novembro de 1930. As leis de 
proteção ao trabalhador implantadas em seu governo regulamentaram o trabalho de 
mulheres e crianças, estabeleceram jornada máxima de oito horas diárias, criaram o 
descanso semanal remunerado e garantiram o direito a férias e aposentadoria, entre 
outras medidas. 
Uma das conquistas dos trabalhadores foi a criação do salário mínimo. A 
determinação de seu valor deveria levar em conta as despesas básicas com alimentação, 
vestuário, moradia, higiene e transporte. O conjunto das leis trabalhistas foi unificado em 
1943, com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ao estabelecer os direitos e 
deveres do empregado e do empregador, a CLT se propunha a coibir as relações abusivas 
de trabalho. Sua aprovação, contudo, desagradou a classe patronal. 
Getúlio Vargas participou ativamente das comemorações do Dia do Trabalho, tanto 
em seu primeiro governo (1930-1945) quanto no segundo (1951-1954). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Getúlio Vargas (acenando dentro do carro) chega à comemoração do Dia do 
Trabalho no estádio do Vasco da Gama, no Rio de Janeiro (RJ), em 1º de maio de 1951. 
 
O SINDICALISMO NA ERA VARGAS (1930-1945) 
Ao mesmo tempo em que assegurou diversas garantias à classe trabalhadora, 
Vargas procurou restringir as ações da categoria. Em 1931, o governo aprovou a Lei 
Sindicalização, que provocou revolta entre os grupos sindicais. Essa lei determinava o 
 
33 
controle do Ministério do Trabalho sobre a ação sindical e só permitia o funcionamento dos 
sindicatos que obtivessem autorização do ministério. 
A legislação trabalhista, apresentada pelo governo como um presente aos 
trabalhadores, e a atuação do Ministério do Trabalho junto aos sindicatos faziam parte de 
um estilo de política que posteriormente foi caracterizado por alguns grupos da sociedade 
como populista. Segundo essa interpretação, ao conceder benefícios materiais e sociais, 
Vargas conquistou a submissão e a obediência política da classe trabalhadora, que 
abandonou sua tradição de luta pela conquista de direitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalhadores no Rio de Janeiro (RJ), 1940. 
Ao longo do tempo, as análises sobre o período e as narrativas sobre a relação de 
Getúlio Vargas com os trabalhadores continuaram a gerar polêmica. Para alguns, Vargas 
foi o criador magnânimo das leis trabalhistas, “pai dos pobres” e protetor da classe 
trabalhadora; para outros, Getúlio fez uso de uma política populista, aproveitando-se das 
demandas dos pobres e trabalhadores para construir uma base de apoio popular. 
 
MEUS ARGUMENTOS 
 
Observe a imagem desta página. Em sua opinião, as pessoas presentes na cena 
registrada são favoráveis ou contrárias ao governo de Getúlio Vargas? Que elementos da 
foto ajudam a embasar sua resposta? 
 
 
34 
TRABALHADORES RURAIS 
Se os trabalhadores urbanos tiveram direitos trabalhistas assegurados pela CLT em 
1943, os trabalhadores rurais precisaram esperar mais três décadas para conquistar seus 
direitos. Uma das experiências mais bem-sucedidas na luta dos trabalhadores rurais pela 
conquista de direitos e pelo acesso à terra foi a que deu origem às ligas camponesas, em 
meados dos anos de 1950. Trabalhadores rurais e camponeses expulsos de suas terras 
começaram a se organizar em diversas partes do Brasil. A primeira dessas ligas foi criada 
em Pernambuco, em 1955. Posteriormente, muitas outras se formaram na Paraíba, no Rio 
de Janeiro, em Minas Gerais, em Goiás e em outras regiões do Brasil. Essas associações 
exerceram intensa atividade entre 1955 e 1964. 
Apesar da forte resistência que enfrentavam por parte de fazendeiros e da polícia, as ligas 
realizaram, em 1961, em Belo Horizonte, o Primeiro Congresso dos Lavradores e 
Camponeses Sem Terra, cujo principal objetivo era reivindicar a reforma agrária, além da 
extensão das leis trabalhistas ao campo. Apenas a partir de 1962, os sindicatos rurais 
começaram a ser reconhecidos e, com a ditadura civil-militar, implantada em 1964, as ligas 
foram proibidas. Em 1973, os trabalhadores rurais brasileiros conseguiram obter parte dos 
direitos anteriormente conquistados pelos trabalhadores urbanos, mas foi só com a 
Constituição de 1988 que tiveram seus direitos equiparados. 
As trabalhadoras domésticas, outro grupo que sofre com a invisibilidade e a 
desvalorização, também ficaram de fora da CLT. Somente em 2015 passaram a ter direito 
a adicional noturno, intervalo para descanso, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço 
(FGTS) e seguro-desemprego. Ainda assim, é grande o número de domésticas que 
trabalham sem registro em carteira e não têm acesso a esses benefícios. 
 
PAPEL DOS SINDICATOS ENTRE 1975 E 1980 
A década de 1970 representou para os trabalhadores brasileiros um período de 
muitas dificuldades econômicas, sociais e políticas. A ditadura civil-militar, em vigor desde 
1964, suprimiu liberdades individuais, perseguiu opositores, censurou jornais e cassou o 
mandato de muitos políticos, intelectuais e sindicalistas.Além disso, os trabalhadores 
tiveram grande perda de poder aquisitivo. O poder de compra do salário mínimo 
apresentou uma queda de quase 50% em relação à época em que foi criado, em 1940. O 
número de acidentes de trabalho – principalmente no setor da construção civil, onde eram 
 
35 
frequentes as quedas de operários do alto de andaimes – atingiu níveis elevadíssimos. Só 
em 1975, por exemplo, foram registrados 6,3 mil acidentes por dia. Nesse contexto, 
tornaram-se cada vez mais frequentes os protestos de rua espontâneos contra a situação 
enfrentada pela população no dia a dia. 
Em 1978, na região do ABC (sigla que designa os municípios de Santo André, São 
Bernardo do Campo e São Caetano do Sul), na Grande São Paulo, metalúrgicos entraram 
em greve, reivindicando reposição salarial de 20% e autonomia sindical, ou seja, 
negociação direta entre trabalhadores e empresários, sem a tutela do Estado. Os operários 
também exigiam que seus representantes nas fábricas, conhecidos como delegados 
sindicais, fossem reconhecidos legalmente pelo governo. 
No ano seguinte, a onda grevista se alastrou para outras cidades paulistas com 
grande concentração industrial, como Osasco e Guarulhos. Posteriormente, atingiu todo o 
país e abrangeu outras categorias profissionais, como professores, funcionários públicos, 
bancários, jornalistas, operários da construção civil, médicos etc. Até 1980, cerca de 2 
milhões de trabalhadores haviam participado de paralisações. O movimento grevista 
contribuiu significativamente para o enfraquecimento da ditadura civil-militar, que chegou 
ao fim em 1985. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Greve dos metalúrgicos, na cidade de São Bernardo do Campo (SP), 1978. 
 
 
 
 
36 
VAMOS CONHECER MELHOR A CLT? 
 
A Consolidação das Leis do Trabalho, popularmente chamada de CLT, regulamenta as 
relações trabalhistas, tanto do trabalho urbano quanto do rural, de relações individuais ou 
coletivas. Ela foi decretada no Estado Novo – período autoritário da Era Vargas – em 1º de 
maio de 1943. Essa legislação visa a proteger o trabalhador, a regular as relações de 
trabalho e criar o direito processual do trabalho. 
Sua importância está na maneira com que se propôs a coibir relações abusivas de 
trabalho, que antes eram comuns: não havia leis que regulassem horários, condições de 
trabalho nem de benefícios. Ou seja, ela foi uma conquista dos trabalhadores, pois 
garantiu condições mínimas de trabalho. 
Houve a necessidade de consolidar as leis relativas a atividades trabalhistas porque, 
antes da CLT, a legislação regulava apenas algumas categorias profissionais específicas 
ou diziam respeito a determinadas questões do direito processual do trabalho. Além disso, 
por não ser completamente regulado, um processo trabalhista demorava muito para ser 
julgado. A CLT, por outro lado, criou o que se chama de “celeridade processual”, que é a 
aceleração desse rito. 
O QUE A LEGISLAÇÃO TRABALHISTA PREVÊ? 
A Consolidação das Leis de Trabalho impõe regras, determina os direitos e deveres 
do empregado e do empregador e define conceitos importantes para a interpretação das 
relações de trabalho. Por exemplo, considera empregado toda pessoa que preste serviços 
regularmente a uma pessoa ou empresa e receba salário. Além disso, deve haver uma 
dependência na relação do empregador e do empregado. A legislação também prevê a 
igualdade de salários para pessoas que prestam os mesmos serviços, independente de 
gênero (ou sexo). 
 
CARTEIRA DE TRABALHO 
Já a Carteira de Trabalho e a Previdência Social se tornaram obrigatórias a qualquer 
pessoa empregada – considerando “emprego” qualquer prestação de serviço regular a 
uma empresa ou indivíduo. Nela, devem ser registradas todas as informações da vida 
profissional daquela pessoa, pois são essas informações que permitirão ela ter acesso aos 
direitos previstos pela CLT, como seguro-desemprego, FGTS e benefícios previdenciários, 
entre outros. 
 
37 
 
O empregador pode reter a Carteira de Trabalho do funcionário para registrá-lo por no 
máximo 48 horas, contando a partir do primeiro dia de trabalho. Ela deve ser devolvida 
com os dados do empregador, valor do salário definido na contratação, data de admissão e 
cargo ocupado. 
 
SALÁRIO MÍNIMO 
Como o próprio nome já diz, o salário mínimo é a remuneração mais básica que uma 
pessoa pode receber, de acordo com a CLT. Ele deve: 
 Ser pago diretamente pelo empregador a todos os funcionários – sem distinção de 
gênero. 
 Ser pago por dia normal de serviço prestado. 
 Ser flexível – e sujeito a mudanças pelo Ministério da Fazenda. 
 Ser capaz de satisfazer, em determinada época e região do país, as suas 
necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte. 
Logo, o salário mínimo deve ser calculado por uma fórmula que leva em conta o valor das 
despesas diárias de uma pessoa adulta mensalmente. Por isso, deve considerar: 
alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte. É expressamente proibido pela 
CLT que qualquer contrato ou convenção preveja um salário inferior ao salário mínimo 
estabelecido no país ou na região. 
Hoje, o salário mínimo é de R$ 1212,00, muito longe do necessário para sustentar uma 
pessoa ou uma família brasileira. Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e 
Estudos Socioeconômicos (DIEESE), em setembro de 2016, o salário mínimo ideal para 
sustentar uma família de quatro pessoas seria de R$ 4.013,08. Portanto, um salário 
mínimo no Brasil hoje não proporciona uma vida confortável aos trabalhadores. 
 
DIREITO À GREVE 
Por conta da Lei nº 7.783, os trabalhadores conquistaram o direito a fazer greve. Eles 
mesmos podem decidir sobre a oportunidade de exercer esse direito e sobre o que estarão 
defendendo a partir da ação de greve – se é contra a perda de direitos, ajustes salariais ou 
condições de trabalho, por exemplo. 
 
 
38 
Para que seu direito à greve seja exercido corretamente, os empregados devem avisar 
seus empregadores sobre a iminência de greve com, no mínimo, 48 horas de 
antecedência. A lei ainda prevê que o sindicato da categoria será o responsável por coletar 
os motivos da greve, documentar e levar aos empregadores do setor todas as 
reivindicações. 
 
JORNADA DE TRABALHO 
O regime de trabalho é o tempo em que o trabalhador deve prestar o serviço pelo qual foi 
contratado ou estar à disposição de seu empregador. A jornada prevista pela CLT é de, no 
máximo, 8 horas diárias, o equivalente a 40 horas semanais. São permitidas até 44 horas 
semanais. 
Essa é a regra mais conhecida quando se comenta sobre esse conjunto de leis, porque 
antes de a CLT existir não era estabelecido um limite de horas de trabalho e, por isso, 
empregados chegavam a trabalhar 12 horas por dia no Brasil. Os trabalhadores têm direito 
a uma hora de descanso ou para refeição em todos os dias de trabalho; e, se não for 
concedido esse tempo, o valor da hora de trabalho deverá ser no mínimo 50% mais caro 
do que o valor da hora normal. 
Outros detalhes foram regulados também, como, por exemplo, a possibilidade de o 
trabalhador não ter desconto no salário caso bata ponto com até 5 minutos de atraso, 
sendo tolerados 10 minutos de atraso em um dia. 
 
Trabalho noturno 
É considerado um trabalho noturno aquele que for realizado entre as 22 horas de um dia e 
as 5 horas da manhã de outro. A remuneração de quem trabalha durante a noite deve ser 
20% mais alta do que a pessoa que faz o mesmo serviço, durante o dia. Porém, essa regra 
não vale caso os empregados revezem esse turno semanalmente ou quinzenalmente. 
 
Horas extras 
Também de acordo com a CLT, o trabalhador pode firmar um contrato individual ou 
coletivo pelo cumprimento de horas extras, mas não pode ultrapassar duas horas diárias. 
Fora isso, o valor da hora extra precisa ser ao menos 20% mais caro que o valor das horas 
normais que ele cumpre.39 
Descanso semanal 
É direito de todo trabalhador o descanso semanal de, no mínimo, 24 horas consecutivas – 
inclusive com a preferência de que seja num domingo. E, quando se tratar de serviços 
também prestados no domingo, deve haver revezamento mensal entre os funcionários. 
 
FÉRIAS 
Para cada período de um ano trabalhado, o trabalhador tem direito a 30 dias de férias 
remuneradas. Ou seja, é proibido qualquer desconto de salário relativo a esse período de 
descanso. Se a pessoa tiver menos de um ano de contrato, o tempo será calculado 
proporcionalmente aos dias trabalhados e uma nova contagem será iniciada no retorno das 
férias. Quando a pessoa tiver faltas não justificadas, ela terá direito a menos dias de férias, 
calculados proporcionalmente aos dias em que faltou. 
As férias podem ser divididas em dois períodos, nunca inferior a dez dias corridos. A 
empresa também pode conceder férias coletivas a todos os trabalhadores ou a 
determinados setores dela, cuja decisão deve ser comunicada ao Ministério do Trabalho e 
ao sindicato da categoria em questão. 
 
FALTAS JUSTIFICADAS 
A CLT regulou um assunto muito importante para qualquer trabalhador: as faltas. Ela prevê 
o número de dias que um funcionário pode faltar de acordo com o motivo pelo qual precisa 
fazê-lo. Esses são os casos especificados por lei: 
 
 Por falecimento de cônjuge, parentes ascendentes (pais e avós), parentes 
descendentes (filhos e netos, por exemplo), irmãos ou dependentes: falta por 2 dias. 
 Depois do casamento: falta por 3 dias. 
 Após nascimento de filho, no caso dos pais (licença-paternidade): originalmente, a 
CLT determinava a possibilidade de falta por 5 dias, porém a ex-presidente decretou 
uma lei que permite ao pai uma licença de 20 dias. 
 Por doação voluntária de sangue (uma vez a cada doze meses de trabalho): falta 
por 1 dia. 
 Para cumprir exigências do serviço militar. 
 Para realizar provas de exame vestibular para cursos de ensino superior. 
 
40 
 Quando precisar comparecer a juízo – pode ser participação num júri, numa 
audiência ou qualquer compromisso em que o funcionário seja obrigado a 
comparecer. 
 
LICENÇA-MATERNIDADE 
A licença-maternidade é uma licença remunerada de 120 dias (4 meses) às mulheres após 
o parto – por opção, em algumas empresas e órgãos são concedidos 180 dias (6 meses) 
de licença-maternidade. Também é assegurado à mulher a estabilidade no emprego desde 
o momento da confirmação da gravidez até 5 meses depois do parto. O benefício pode ser 
estendido para pais viúvos ou no caso de adoção. 
 
FGTS E APOSENTADORIA 
O empregador deve recolher 8% do salário bruto do funcionário para o Fundo de Garantia 
por Tempo de Serviço (FGTS). Esse dinheiro é depositado em uma conta com o nome do 
funcionário na Caixa Econômica Federal. O objetivo do FGTS é garantir uma reserva 
financeira em momentos de necessidade. Por isso, o trabalhador pode sacar o valor 
depositado por todo o tempo em que trabalhou nos casos de: 
 Demissão (sem justa causa). 
 Aquisição de casa própria. 
 Diagnóstico de câncer. 
 Diagnóstico de AIDS. 
 Aposentadoria. 
Além disso, um percentual do salário do empregado é destinado à Previdência Social – ou 
seja, para que ele tenha acesso a aposentadoria e outros benefícios previdenciários. 
 
13º SALÁRIO 
O pagamento do 13º salário é feito com base na remuneração mensal e pode ser 
parcelado em até duas vezes. A primeira, até 30 de novembro e a segunda, até 20 de 
dezembro do mesmo ano. 
Sua origem remonta à Lei 4.090/62, assinada durante o governo João Goulart. Conforme 
trazido pela revista Superinteressante, entende-se que a razão de o benefício não ter 
surgido junto com a CLT, em 1943, foi por pressões empresariais. Não era a intenção de 
os empresários que o benefício fosse obrigatório. Apesar disso, eram comuns as 
 
41 
chamadas “bonificações de Natal” aos empregados, sobretudo em anos de sucesso para 
às empresas. 
Em meio às crises e disputas políticas pelas quais o país passava na década de 1960, o 
governo Jango cedeu à pressões de grupos trabalhistas e estabeleceu o 13º em lei. Desde 
então, este tem sido um benefício pago aos empregados. 
No ano de 1965, início da Ditadura Militar, foi lançada a Lei 4.749 que previu o 
adiantamento de uma parcela do salário mínimo entre janeiro e novembro. 
Por fim, na Constituição Cidadã, de 1988, o benefício foi consolidado, no Artigo 7º, Inciso 
VIII. 
 
QUEM NÃO ESTÁ INCLUSO NAS REGRAS DA CLT? 
Como já foi dito, a Consolidação das Leis de Trabalho trata do trabalho na esfera privada, 
em áreas urbanas e rurais. Porém, alguns setores não têm suas normas trabalhistas 
reguladas pela CLT. Essa legislação não se aplica a: 
 
1. Trabalhadores rurais – as pessoas que trabalham diretamente com a agricultura e a 
pecuária e cujas atividades não sejam consideradas “industriais ou comerciais”, por conta 
da forma como é executado o trabalho e também da sua finalidade. 
 
2. Funcionários públicos – da União, dos Estados e dos Municípios. 
 
3. Servidores de autarquias públicas – são entidades criadas por lei, com patrimônio 
público ou misto, que realiza obras, serviços e atividades de interesse público e coletivo, 
de acordo com o jurista Hely Lopes Meirelles. Apesar de obedecerem às regras do Estado, 
respondem pelas suas finanças, exercem direitos e obrigações. Por isso, são consideradas 
autônomas. Os servidores dessas autarquias podem ser considerados funcionários 
públicos, também. 
FONTE: 
https://www.politize.com.br/clt/?https://www.politize.com.br/&gclid=CjwKCAiApfeQBhAUEiwA7K_UHwU4nxep
_n__1GKmRh4nFT257bFmPmYV2jhQ5gqL3R13mj0IYT_BfRoCn28QAvD_BwE 
 
 
 
 
https://www.politize.com.br/clt/?https://www.politize.com.br/&gclid=CjwKCAiApfeQBhAUEiwA7K_UHwU4nxep_n__1GKmRh4nFT257bFmPmYV2jhQ5gqL3R13mj0IYT_BfRoCn28QAvD_BwE
https://www.politize.com.br/clt/?https://www.politize.com.br/&gclid=CjwKCAiApfeQBhAUEiwA7K_UHwU4nxep_n__1GKmRh4nFT257bFmPmYV2jhQ5gqL3R13mj0IYT_BfRoCn28QAvD_BwE
 
42 
REFORMA TRABALHISTA DE 2017 
 
As leis trabalhistas consolidadas em 1943 com a CLT sofreram alterações ao longo 
dos anos. Algumas das mais significativas ocorreram em 1967. Naquele ano, o governo 
criou o FGTS, que é constituído por descontos mensais na folha de pagamento do 
trabalhador, depositados em uma conta bancária em seu nome. O valor acumulado ao 
longo do tempo de contribuição pode ser resgatado pelo trabalhador somente em certas 
ocasiões, como quando é demitido sem justa causa, quando vai adquirir a casa própria ou 
em caso de doenças graves. Os recursos do FGTS financiam a construção de habitações 
populares e investimentos em saneamento básico. Para criar esse fundo, o governo aboliu 
dois artigos da CLT: o que previa a indenização de um mês de salário por ano trabalhado, 
em caso de demissão sem justa causa, e o que garantia estabilidade no emprego ao 
trabalhador do setor privado que completasse dez anos na mesma empresa. 
Em 2017, ocorreram mudanças mais profundas na CLT. Naquele ano, após grandes 
debates na sociedade, o Congresso Nacional aprovou a Reforma Trabalhista, que 
provocou transformações nas relações de trabalho e emprego. 
Os defensores dessa reforma argumentavam que a legislação trabalhista era ultrapassada, 
feita para a realidade brasileira de oito décadas atrás e que, por causa das mudanças 
observadas no mundo ao longo desse período, as leis precisavam ser modernizadas. Os 
argumentos eram baseados, em boa parte, nos princípios do neoliberalismo. 
Essas pessoas defendem, entre outras coisas, a redução dos gastos do Estado, a 
privatização de empresas estatais e a redução da participação estatal nos serviços de 
educação, saúde e assistência social, transferindo essas atribuições à iniciativa privada. 
Assim, de acordo com esses princípios, os Estados nacionais deveriam promover uma 
desregulamentação dos direitos trabalhistas, deixando patrões e empregados negociaremlivremente. Esse conjunto de propostas foi aplicado em vários países do mundo nas 
décadas finais do século XX, inclusive no Brasil, a partir do governo de Fernando Collor de 
Mello (1990-1992). 
Os opositores da Reforma Trabalhista de 2017, por sua vez, alegavam que as 
medidas beneficiariam principalmente os patrões e trariam grandes prejuízos à classe 
trabalhadora. Para essas pessoas, a aprovação da lei promoveria a precarização do 
trabalho, provocaria achatamento salarial, aumentaria a desigualdade social e 
enfraqueceria os sindicatos, que perderiam sua principal fonte de renda (o imposto 
sindical), resultando na perda de uma série de conquistas trabalhistas. Além disso, os 
 
43 
trabalhadores teriam o acesso à Justiça do Trabalho dificultado, pois a reforma 
estabeleceu que, no caso de perda da ação movida contra a empresa, além de pagar as 
custas dos processos, o trabalhador poderia ser obrigado pelo juiz a indenizar o patrão. 
 
Imposto sindical 
Também conhecido como contribuição sindical, é um tributo 
anual pago pelo trabalhador para subsidiar as atividades do 
sindicato de sua categoria. 
 
 
DE MÃOS DADAS 
 
No Brasil, havia, em 2019, 6,4 milhões de trabalhadoras e trabalhadores domésticos, 
segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a 
Organização Internacional do Trabalho (OIT), essa é uma das categorias profissionais mais 
vulneráveis, desvalorizadas e mal remuneradas e que sofrem com as piores condições de 
trabalho. 
 
a) Em grupo, entrevistem um (a) empregado (a) doméstico(a) e procurem descobrir se ele 
ou ela conhece as leis que regulamentam o trabalho doméstico no Brasil e como obtém 
informações a esse respeito. Procurem também descobrir suas condições de trabalho: se 
dorme no emprego; de quantas horas é sua jornada diária de trabalho; se tem pausa para 
refeição. 
 
b) Com base nas respostas, busquem verificar se os direitos trabalhistas do entrevistado 
ou da entrevistada estão sendo respeitados. Em seguida, comparem as informações 
coletadas com as dos demais grupos e, ao final, sintetizem suas observações em um texto 
de, no máximo, quatro parágrafos. 
 
 
OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA DE 2017 
 
Os efeitos da nova lei puderam ser sentidos logo nos dois primeiros anos de sua 
vigência. O número de reclamações trabalhistas na Justiça caiu drasticamente, pelo medo 
dos trabalhadores de perder uma ação judicial e ter de arcar com as despesas do processo 
e uma eventual indenização à empresa. A promessa de que a reforma promoveria um 
aumento significativo no número de empregos formais não se concretizou. O que 
aumentou foi o número de trabalhadores na modalidade de trabalho intermitente. 
Essa modalidade, criada pela Reforma de 2017, consiste na prestação de serviços em 
períodos alternados e prevê remuneração proporcional, de acordo com o período 
 
44 
trabalhado. O infográfico abaixo mostra algumas das mudanças trazidas pela nova 
legislação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
 
 
 
 
MEUS ARGUMENTOS 
 
Vimos neste capítulo que surgiram narrativas antagônicas sobre o papel do governo de 
Getúlio Vargas na implantação da CLT, em 1943. Enquanto alguns defendiam que as 
conquistas trabalhistas eram resultado da benevolência do ex-presidente, outros 
afirmavam que eram fruto das lutas históricas dos trabalhadores. Com base nas 
informações do capítulo, é possível dizer que também houve um embate sobre as 
mudanças advindas da Reforma Trabalhista de 2017? Justifique sua resposta. 
 
 
 
 
46 
DESIGUALDADE ENTREHOMENS E MULHERES 
 
O mercado de trabalho também revela desigualdades de gênero. Estudos mostram 
que as mulheres não contam com as mesmas condições que os homens em variados 
aspectos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A média salarial das mulheres é menor do que a dos homens, apesar de terem 
estudado, em média, mais anos do que eles, e de haver mais mulheres do que homens 
com formação de nível superior. Além disso, quanto mais alto o cargo dentro da empresa, 
menor a participação feminina. De acordo com o IBGE, em 2017, apenas 37% das vagas 
de direção e gerência eram ocupadas por mulheres; já nos comitês executivos das 
grandes empresas, a presença feminina era de 10%. 
Alguns fatores explicam essa situação: 
 A mulher ainda é a principal responsável pelos afazeres domésticos e pela criação 
dos filhos, mesmo quando trabalha fora de casa, configurando a chamada dupla 
jornada. No Brasil, não há a possibilidade de uma licença parental compartilhada, 
em que o casal escolhe quem fica em casa, ou se reveza, conforme sua realidade. 
 Tanto em relação à empregabilidade quanto aos salários, as negociações são mais 
favoráveis aos homens, pois as empresas levam em conta a possibilidade de as 
mulheres ficarem grávidas e se afastarem do trabalho durante a licença-
maternidade, bem como faltarem ao trabalho para cuidar de filhos doentes. 
 Algumas pessoas e grupos ainda veem a mulher como inferior ao homem, como 
incapaz de exercer certas atividades ou de tomar decisões. Isso é fruto de uma 
sociedade patriarcal e machista. 
 
47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A jogadora Marta, à esquerda, mostra sua chuteira sem patrocínio para evidenciar a falta 
de interesse das empresas do mercado esportivo pelo futebol feminino. Montpellier 
(França), 2019. 
 
AÇÕES AFIRMATIVAS 
Ao longo das últimas décadas, algumas ações vêm sendo postas em prática, tanto 
pelos governos municipais, estaduais e federal quanto pela iniciativa privada, com o 
objetivo de corrigir as desigualdades sociais. Essas medidas, conhecidas como ações 
afirmativas, visam promover a igualdade de oportunidades entre grupos desprivilegiados 
da sociedade, bem como combater as discriminações que recaem sobre eles. 
Um exemplo de ação afirmativa foi a aprovação, em 2012, da lei no 12711, 
conhecida como Lei de Cotas, que modificou o acesso dos estudantes às universidades 
federais e institutos federais de educação. Essa lei era uma antiga reivindicação do 
movimento negro brasileiro do país. De modo geral, a lei garante a reserva de 50% das 
matrículas por curso e por turno a estudantes oriundos das escolas públicas de Ensino 
Médio. 
A Lei de Cotas contempla pessoas de baixa renda, pretos, pardos, indígenas e, 
desde 2017, pessoas com deficiência. Em 2001, apenas 2% dos estudantes universitários 
eram negros. Em 2018, dados do IBGE revelaram que, pela primeira vez na história do 
 
48 
Brasil, os negros eram maioria nos cursos das universidades públicas, totalizando 50,3% 
dos estudantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
 https://www.passeidireto.com/arquivo/88002855/profissoes-a-escolha-certa 
 https://sites.google.com/site/eeeisebastiaodeoliveirarocha/mundo-do-trabalho 
 https://www.passeidireto.com/arquivo/88002855/profissoes-a-escolha-certa 
 https://sites.google.com/site/eeeisebastiaodeoliveirarocha/mundo-do-trabalho 
 https://www.passeidireto.com/arquivo/88002855/profissoes-a-escolha-certa 
 https://www.significados.com.br/trabalho/ 
 https://sites.google.com/site/eeeisebastiaodeoliveirarocha/mundo-do-trabalho 
 https://www.onze.com.br/blog/renda-o-que-e/ 
 https://www.guiatrabalho.com.br/tipos-de-trabalho.html 
 https://www.vagas.com.br/profissoes/trabalho-formal-
informal/#:~:text=Qual%20%C3%A9%20a%20diferen%C3%A7a%20entre,Leis%20d
o%20Trabalho%20(CLT). 
 https://www.guiatrabalho.com.br/tipos-de-trabalho.html 
 https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/especial-publicitario/ampesc/admiravel-
mundo-novo/noticia/2018/11/20/setor-publico-ou-privado-qual-e-o-melhor-para-o-
seu-perfil-profissional.ghtml 
 https://www.portaldaindustria.com.br/industria-de-a-z/economia-circular/ 
 https://www.politize.com.br/clt/?https://www.politize.com.br/&gclid=CjwKCAiApfeQBh

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