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Linha de Cuidado Integral no SUS

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Universidade Federal Fluminense
Disciplina: Políticas de Saúde no Brasil
Professora: Claudia March
Aluna: Nicolle de Souza Venturi
Data de entrega: 17/07/13
Estudo dirigido II
Atos assistenciais: 
Unidades de produção:
A linha de cuidado é uma imagem que foi desenvolvida para expressar os fluxos assistenciais seguros e garantidos ao usuário, tendo como finalidade atender as necessidades de saúde do indivíduo que utiliza as redes de saúde. A linha de cuidado desenha o caminho que o usuário deve percorrer na rede de saúde, abrangendo outros segmentos que podem não estar inseridos neste sistema, mas participam de alguma forma da rede de saúde. A linha de cuidado é uma ferramenta que auxilia na organização da rede de saúde. Ela deve ser integral, pois sozinha não faz a rede funcionar, necessita de sistema de governança e logística combinados com o objetivo das equipes de profissionais. De modo a integrar harmonicamente diferentes estruturas. A linha de cuidado é chamada de Linha de Cuidado Integral uma vez que leva em conta diversos princípios básicos do SUS, como a unificação da promoção à saúde, prevenção e reabilitação. De forma a proporcionar seu acesso ao maior número de indivíduos possíveis.
A linha de cuidado é baseada no ato acolhedor do profissional de saúde, no estabelecimento de vínculo e na responsabilização diante do problema de saúde trazido pelo usuário. Possuindo então três diretrizes: acolhimento, vinculo e responsabilização.
O acolhimento ocorre quando o usuário procura a rede e é bem atendido pelos profissionais que o escutam falar sobre o seu problema de saúde, o ajudam a resolver seu problema e, se necessário, fazem encaminhamento para outra unidade.
O vínculo entre usuários e profissionais é estabelecido quando os profissionais acompanham o usuário pelo caminho que percorre na rede de saúde.
A responsabilização do profissional consiste no fato de auxiliar o usuário a conseguir o atendimento necessário de acordo com o problema relatado, procurando facilitar seu percurso pela rede de saúde.
Projeto terapêutico é o conjunto de atos assistenciais pensados para resolver determinado problema de saúde do usuário, com base em uma avaliação de risco. Sendo o risco clínico, social, econômico, ambiental e afetivo. Com base nesse risco o projeto é determinado e a partir dele o profissional orienta o usuário a buscar os recursos necessários que estão disponíveis na rede de saúde para atender o problema que foi relatado. O projeto terapêutico serve para acionar ou disparar a Linha de Cuidado Integral.
Para construir as Linhas do cuidado integral são utilizados quatro passos: 
Identificar qual a rede de serviços em saúde presente
Analisar e definir quais linhas de cuidado serão implementadas, de acordo com as características epidemiológicas e socioeconômicas da população a ser atingida.
Realizar diversas oficinas de trabalho com os indivíduos relacionados com determinado segmento de cuidado e nesta oficina produzir os pactos, e definir os fluxos de cuidado aos usuários. Apenas um esforço coletivo é capaz de levar ao funcionamento integral da unidade a ser implementada.
O importante nas oficinas é mapear todas as possibilidades de acesso aos serviços, e usar a criatividade para garantir que o sistema trabalhe com base nas necessidades dos usuários, desobstruindo entraves burocráticos de acesso aos serviços.
Inicialmente é necessária a escolha de um gestor para garantir o bom funcionamento dos fluxos e impedir a sua burocratização. Tal função é fundamental para o funcionamento íntegro das linhas de cuidado integral. Esse cargo deve ser ocupado por um ou mais indivíduos que tenham pleno conhecimento dos fluxos e que tenha trânsito entre todos os serviços. É importante ressaltar que o gestor deve estar sempre atento a possíveis mudanças, a novos fluxos que surgem a inovações e traçar perspectivas a médio e longo prazo.
A falta de investimentos do governo federal. Qualquer indivíduo que tenha contato com a realidade do SUS, seja ele como empregador, empregado ou usuário, chega a conclusão que o sistema em sua maior parte não possui condições dignas. Sejam de infraestrutura, ou problemas puramente estruturais. A realidade hoje é de horas de espera em unidades de ‘’pronto’’ atendimento, é de cidades do interior com escassez de unidades básicas, pacientes sendo atendidos no chão de hospitais, e outros morrendo diariamente pela falta de condições. Acredito que para melhorar esse quadro o ideal seria investir mais na atenção básica, diminuindo, assim, a demanda de tecnologias mais complexas que estão presente em hospitais e policlínicas, em contrapartida é necessário melhorar a qualidade dos médicos e investir mais nas tecnologias presentes nas unidades de alta complexidade, pois muitos acabam não tendo acesso a tais tecnologias pois estão em falta na rede pública.

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