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RESUMOS DE GINECOLOGIA RODÍZIO DE GINECOLOGIA DO INTERNATO- BASEADO EM AULAS DO MEDCURSO 2022 E WHITEBOOK Hadazza Vitoria Siqueira de Almeida 2022 1 Hadazza Vitoria Almeida Sumário Ciclo Menstrual e Anticoncepção ................................................................................................................................... 2 Ciclo menstrual....................................................................................................................................................................... 2 Anticoncepcionais ................................................................................................................................................................ 4 Hemorragia, Mioma e Endometriose .......................................................................................................................... 11 Mioma .......................................................................................................................................................................................... 12 Adenomiose ............................................................................................................................................................................. 14 Endometriose...............................................................................................................................................................................15 Infertilidade...................................................................................................................................................................................17 Climatério, Distopia e Incontinência Urinária ................................................................................................... 19 Incontinência Urinária ................................................................................................................................................. 19 Distopia Genital (Prolapso) ........................................................................................................................................ 23 Doença das Mamas e Ovários ........................................................................................................................................ 32 Doenças Benignas das Mamas ............................................................................................................................... 32 Câncer de Mama ................................................................................................................................................................ 34 Neoplasia do Ovário ........................................................................................................................................................36 Lesões precursoras, câncer de colo uterino e endométrio .......................................................................39 HPV ...............................................................................................................................................................................................39 Colpocitologia ..................................................................................................................................................................... 40 Câncer de Endométrio ................................................................................................................................................... 42 ISTs e Violência Sexual ........................................................................................................................................................ 43 Vulvovaginte ......................................................................................................................................................................... 43 Cervicite .................................................................................................................................................................................... 43 Úlceras Genitais ................................................................................................................................................................. 44 Sífilis ............................................................................................................................................................................................ 45 Linfogranuloma ................................................................................................................................................................. 46 Donovanose .......................................................................................................................................................................... 46 Violência Sexual ................................................................................................................................................................ 46 2 Hadazza Vitoria Almeida CICLO MENSTRUAL: FISIOLOGIA: • Folículos ⎯ Primordiais: Desde a vida IU (o pico da quantidade de folículos é na 20 ª semana, depois começa a decair). ⎯ O processo de desenvolvimento e atresia folicular é CONSTANTE desde da vida IU até a menopausa (não importa se usa AC ou está grávida!). HIPOTÁLAMO → HIPÓFISE → OVÁRIO → ÚTERO → • Como o GnRH atua no ciclo? De forma PULSÁTIL, que variam em frequência e amplitude. 1º FASE folicular: GnRH freq. e amplitude = estimula FSH 2ª FASE lútea: GnRH frequência e amplitude = estimula LH CICLO OVARIANO: FASE FOLICULAR: 1- ↑FSH (começa a aumentar no FINAL do ciclo anterior) e Recrutamento folicular 2- Seleção do folículo dominante (tem + receptores FSH) 3- Caracterisitca: ↑Estrogênio e inibina B 4- Elevação do estrogênio e inibina INIBEM o FSH COMO É FORMADO O ESTROGÊNIO? = TERORIA 2 CÉLULAS E 2 GONADOTROFINAS: O LH estimula as células da TECA (externa) do folículo a converter COLESTEROL em ANDROGÊNIOS (androstenediona e testosterona) O FSH estimula a enzima aromatase das células da GRAULOSA à converter a ANDROSTENEDIONA e TESTOSTERONA Ciclo Menstrual e Anticoncepção GnRH Gonadotrofinas (FSH e LH) Desenvolvimento folicular e esteroidogênese ovariana Preparo endometrial 3 Hadazza Vitoria Almeida em ESTROGÊNIO (ESTRONA e ESTRADIOL) – processo denominado de AROMATIZAÇÃO Estradiol = mais potente do que a estrona. Obs: a fase folicular é variável e é a que determina a quantidade de dias do ciclo. FASE OVULATÓRIA: • O pico de Estradiol ESTIMULA O LH. • Quanto tempo depois do pico de LH acontece a ovulação? 24/32-36h após o aumento de LH. 10-12 após seu PICO máximo. FASE LÚTEA: • Folículo roto = Corpo Lúteo • Característica: ↑ Progesterona e INIBINA A • Duração +/- FIXA de 14 DIAS. • Elevação da PROGESTERONA (melhora a vascularização do endométrio) INIBE LH. • Regressão do corpo lúteo → ↓E, P e INIBINA A → Novo recrutamento c/ ↑FSH. • Se houver gravidez, o HCG sustenta corpo lúteo CICLO UTERINO: • Camadas do Endométrio: Camadas Funcionais: Compacta (superficial) Esponjosa (média) Basal (profunda): Sofre POUCA alteração • FASES : PROLIFERATIVA: ação do ESTROGÊNIO Inicial/pós-menstrual: Glândulas curtas e pequenas. Tardia: Aspecto TRILAMINAR no USGTV. FASE PROLIFERATIVA NO USG: SECRETORA: Depois da ovulação. PROGESTERONA → melhora a citoarquitetura e a vascularização. Glândulas + longas, tortuosas, dilatadas. Endométrio fica HIPERecogênico na USGTV. FASE SECRETORA NO USG: 4 HadazzaVitoria Almeida COLO UTERINO: MUCO CERVICAL: FASE FOLICULAR – (predomínio da ação estrogênica) muco com filância FASE LÚTEA – predomina progesterona = SEM filância e o muco fica espesso + SEM cristalização O muco espesso no colo dificulta ascensão de microrganismo e inclusive dificulta a ascensão dos espermatozoides. CRITÉRIOS DE NORMALIDADE DO CICLO MENSTRUAL – FIGO (2018): Duração do ciclo de 24 a 38 dias Duração do fluxo de até 8 dias, variações de até 7 a 9 dias entre os ciclos e volume normal. ANTICONCEPÇÃO: CONSULTA DE PLANEJAMENTO FAMILIAR: 1ª) escolha do método – discutir com a paciente e pensar na característica dela: • Facilidade de uso • Reversibilidade • Índice de Pearl (segurança) ÍNDICE DE PEARL: Taxa de gravidez para cada 100 mulheres/ano Ex: acaso (sem proteção) – Pearl = 85 (das 100 mulheres – 85 irão engravidar até o final do ano 2º) Mecanismo de ação 3º) Contraindicações: Critérios de elegibilidade OMS: • Categoria 1 = pode usar • Categoria 2 = usar com cautela (os benefícios são maiores que os malefícios ) • Categoria 3 = contraindicação relativa (os possíveis malefícios são maiores que os benefícios) • Categoria 4 = contraindicação absoluta MÉTODOS COMPORTAMENTAIS: • Tabelinha, curva térmica, muco cervical • Tabelinha – cálculo feito com registro das últimas 6 menstruações – precisa ter ciclo regular • Curva térmica: na ovulação a temperatura corporal aumenta em 0,4ºC – devido a ação da progesterona no hipotálamo – a mulher precisaria medir todos os dias • Muco cervical (Billings): muco muito filante + muita lumbrificação vaginal = pico de estrógenio = perto de ovular – abstinência desde o aparecimento do muco até o 4ºdia após observada a filância máxima • Tentam prever ovulação • BAIXA eficácia MÉTODOS DE BARREIRAS: • Ganham mais valor como proteção para ISTs, pois como contraceptivo ainda é um pouco falho. • Condom (preservativo) • DIAFRAGMA: uso associado a espermicida • Pearl (uso típico): 18 (masc) e 21 (fem) • O preservativo femino promove maior proteção contra ISTs pois protege a vulva AMENORREIA DA LACTAÇÃO: Aumento de prolactina = inbição do eixo hipotálamo-hipófise-gonada TODAS AS CONDIÇÕES: 1. Amamentação exclusiva 5 Hadazza Vitoria Almeida 2. Amenorreia 3. Até 6 meses MÉTODOS HORMONAIS SISTÊMICOS: Só progesterona: • Minipílula • Injetável trimestral • Implante subdérmico Estrogênio + progesterona: • Oral (ACO) • Anel vaginal • Adesivo • Injeção mensal MINIPÍLULA • Altera o muco cervical e causa atrofia endometrial • Não possui alta eficácia – usar em situações específicas: • IDEAL: amamentando ou peri-menopausa Alta chance de sangramento irregular, especialmente nos 3 meses iniciais; PÍLULA DE DESOGESTREL PÍLULA DE DESOGESTREL 75 mcg (cerazette) = foge do conceito de minipílula porque ela pode causar ANOVLAÇÃO em até 97% dos casos Uso continuo sem pausa Consegue inibir a ovulação mesmo se houver 12 horas de atraso até a tomada Rápido retorno a fertilidade após a suspensão INJETÁVEL TRIMESTRAL E IMPLANTE SUBDÉRMICO; • MECANISMO DE AÇÃO: causa anovulação, altera muco e endométrio Inibe a ovulação processo é resultante do bloqueio da liberação cíclica das gonadotrofinas pela hipófise, impedindo o pico pré ovulatório de LH; CONTRAINDICAÇÕES para MÉTODOS SÓ DE PROGESTERONA (minipílula, injetável e implante): Categoria 3 (contraindicação relativa): • Gravidez • Tumor hepático • HAS grave • AVE • TVP • TEP aguda Categoria 4 (contraindicação absoluta): • CA de mama atual 1. INJETÁVEL TRIMESTRAL: • ESQUEMA: acetado de medroxiprogesterona IM cada 85-90 dias, iniciando nos primeiros 5 dias do ciclo menstrual; • Bloqueio do pico de LH • Acarreta em amenorreia na maioria • Melhora menorragia, anemia, dismenorreia, SPM, e sintomas de endometriose • Ganho de peso (1kg por ano); • ao longo prazo pode diminuir a densidade óssea (é reversível) – hipoestrogenismo OBS: paciente pode apresentar atraso no retorno da fertilidade por um período de ate 9 meses. Dificuldade de retorno da fertilidade principalmente em nulíparas 6 Hadazza Vitoria Almeida 2. IMPANTE SUBDÉRMICO (LARC) • implante de etonogestrel • único disponível no brasil • aplicado no tecido subcutâneo do braço • necessária aplicação de anestesia local = pode ser realizado em consultório; • validade de 3 anos • fármacos indutores da enzima CYP450 podem interferir na eficácia- exemplos: Rifampicina ARV Carbamazepina Fenitoína Topiramato (porem continua mais eficaz do que as outras opções de anticoncepção) • Sangramento desfavoravelem 20 – 25% das usuárias - É mais comum após 6-12meses da implantação • 405 das pacientes apresentam quadro de amenorreia após 1 ano; HORMONAIS COMBINADOS: Via de administração: Oral, adesivo, anel vaginal e injeção mensal. MECANISMO DE AÇÃO: Alteram muco cervical, endométrio, motilidade tubaria e ANOVLUAÇÃO. ESTROGÊNIO → inibe FSH PROGESTERONA → inibe LH A progesterona protege o endométrio de câncer. BENEFÍCIOS DO MÉTODO COMBINADO: • diminui o risco de câncer de ovário e endométrio e intestino; • o fluxo menstrual • dismenorreia • SPM (síndrome pré-menstrual) • Redução/remissão de cistos ovarianos simples; EFEITOS ADVERSOS: • Estrogênio: Náuseas e vômitos; Mastalgia; Cefaleia Irritabilidade Elevação da pressão arterial = secundaria ao aumento de aldosterona; Resistência insulínica Aumento do risco de trombose em 2 a 6x – devido ao dos fatores de coagulação e da resistência a proteína C ativada – efeito dose -dependente • Progestagênicos: Fadiga; Aumento do apetite – porem não cursa com ganho de peso; Acne Sangramento uterino anormal. Categoria 3: • Até 6 meses após o parto • Mais de 35 anos e fumante .... CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS - categoria 4 • Amamentação < 6 semanas pós-parto • Puérpera não lactante – até 21 dias PP se não tiver fatores de risco – se tiver fatores de risco para TVP. • CA de mama atual • Fuma 15 ou mais cigarros após os 35 anos • Enxaqueca com áurea. • Antecedente trombolico ou trombofilia • Cirurgia de grande porte ou imobilização prolongada • doença hepática descompensada 7 Hadazza Vitoria Almeida Riscos cardiovascular (atual ou prévios): • DM com vasculopatia • HAS grave • IAM • TVP • TEP • AVE Interações medicamentosa: anticonvulsivantes e rifampicina (reduz a eficácia do método) Exceção: ácido valpróico pode 1. ORAL COMBINADO: • Uso contínuo ou com pausa; • Apresentações Etinilestradiol (15 a 35 • mcg) ou valerato de estradiol; • Progestágenos apresentam maior variedade causam diferentes efeitos; Levonorgestrel, desogestrel, medroxiprogesterona tem efeito androgênico; Ciproterona tem efeito antiandrogênico; Drospirenona tem efeito antimineralocorticóide e antiandrogênico. OBS.: À título de conhecimento, quanto maior o efeito androgênico, menor o efeito trombogênico!!! ESQUECIMENTO DA PÍLULA: • Até 24h = tomar o comprimido assim que lembrar • Mais de 24 h= tomar 2 comprimidos no horário habitual • Mais que 2 comprimidos = usar método de barreira por 7 dias e tomar o restante dos comprimidos conforme a cartela Se restam menos que 7 comprimidos: emendar uma nova cartela sem pausa Se teve relação deprotegida nos 5 dias anteriores – anticoncepção de emergência 2. INJETÁVEL: • Aplicação a cada 30 dias (mais ou menos 3 dias), nas nádegas; • Evita primeira passagem hepática e contém estrogênio natural; • Apresenta menos efeitos colaterais. 3. ANEL VAGINAL: • Manter por 3 semanas após a inserção retirare dar pausa de 1 semana; • Evita primeira passagem hepática; • Pode acarretar aumento de secreção vaginal e vulvovaginites. 4. ADESIVO TRANSDÉRMICO: • Aplicar nos braços, costas, região abdomino-pélvica anterior ou posterior; • Uso por 3 semanas com pausa de 1 semana; • Não se deve utilizar em pacientes com massa corporal > 90kg; • Dificuldade de absorção; DIU: DIU de COBRE: • MECANISMO DE AÇÃO: duração 10 anos ação irritativa + inflamatória (reação de corpo estranho) + espermicida pela reação inflamatória pode causar mais dismenorreia e aumenta o fluxo intenso. • Não inibe a ovulação 8 Hadazza Vitoria Almeida • Falha = deslocamento do dispositivo; • Benefícios: reduz risco de câncer endometrial • Efeitos colaterais: sangramento irregular aumento do volume ou da duração do fluxo menstrual; piora da dismenorreia (atentar para possível mal posicionamento) • CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS: Gravidez; DIP; Infecção puerperal ou aborto infectado; Distorção da cavidade uterina; SUA sem diagnóstico; Neoplasia cervical ou endometrial; Neoplasia trofoblástica gestacional - NTG; Alergia ao cobre. • CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS: Fator de risco para IST ou HIV; Imunodeficiência; Período de 48 horas a 4 semanas pós parto (risco de perfuração uterina); Câncer de ovário; Doença trofoblástica gestacional benigna. OBS.: Não aumenta risco de infecção! ATENÇÃO: o DIU de cobre pode ser utilizado como método de contracepção de emergência se inserido até 5 dias pós-coito (desde que não haja mais de 5 dias da ovlação) DIU DE PROGESTERONA: • MECANISMO DE AÇÃO duração de 5 anos atrofia o endométrio e torna o muco espesso Levonogestrel 52 mg ou 19,5 mg (dimensões menores e insersor menos calibroso) Tem ação local mas cerca de 5% é absorvido a nível sistêmico. - DIU não é um método anovulatório apesar de até 50% das mulheres poderem ficar em amenorreia após 1 ano de uso do DIU de • Núliparae adolescente têm maior chances de expulsão BENFÍCIOS: • Mantém produção estrogênica = não interfere na lumbrificação vaginal • Controle de SUA • Proteção endometrial com uso de tamoxifeno CONTRAINDICAÇÕES: • Neoplasias de colo uterino e de endométrio; • Mioma submucoso; • Malformação mulleriana; • Estenose cervical; • DIP; • Neoplasia de mama. • Episódio atual de trombose ou trombose prévia em intervalo de 6 meses (categoria 3) ; • Câncer de mama atual (categoria 4) ou mais de 5 anos, com tratamento, sem recidiva (categoria 3); • Tumor hepático benigno ou maligno (categoria 3); • Cirrose (categoria 3); • Uso de medicações com interação (categoria 3). Entre 48 h e 4 semanas pós-parto (pode até 48 horas após parto porém depois disso tem que esperar 4 semanas) 9 Hadazza Vitoria Almeida • EFEITOS ADVERSOS: Sangramento irregular pela atrofia endometrial; Manchas na pele; Cefaleia; Tontura; Alterações de humor; Ganho de peso; Mastalgia; Acne. • BENEFÍCIOS: Redução do sangramento menstrual ou amenorreia; Melhora da dismenorreia e cefaleia; Melhora da sintomatologia de endometriose; Redução da incidência de neoplasia ovariana e de endométrio; • Não eleva o risco de doenças cardiovasculares AVE, IAM ou trombose. DIU COBRE + PRATA: Formato em “Y” que facilita inserção e remoção em comparação ao de cobre A adição de prata ajuda a não precisar de tato cobre Dura 5 anos OBS: DIU + mulher gravida = pensar em gravidez ectópica - O útero é inóspito para o embrião, mas ela ainda ovula e o espermatozoide pode passar e a gravidez implantar em uma trompa doente DIU + gravidez uterina = risco de abortamento por conta do corpo estranho na cavidade uterina - Usuária de DIU com gravidez intrauterina = se a corda do DIU estiver visível em colo uterino, temos que tirá-lo imediatamente durante o primeiro trimestre (diminuir as chances de abortamento) Se a cordinha do DIU não for visível em uma gestante não tem como retirar infelizmente – em não-gestante podemos fazer a histeroscopia para retirar, mas jamais poderíamos fazer isso na gravidez. LARC- long-acting reversible contraception: DIU de cobre + progesterona + implante Menor taxa de gestação e aborto provocado Métodos mais custo-efetivos Adolescentes, nulíparas e mulheres vulneráveis. LAQUEADURA TUBÁRIA ou VASECTOMIA: INDICAÇÕES: Ter ≥ 21 anos OU ter ≥ 2 filhos vivos • Fora do parto / aborto / até 42 dias • Prazo mínimo de 60 dias entre a vontade e a cirurgia (na qual será realizado orientações sobre o planejamento familiar) • É indicado também quando há risco à vida da mulher caso ela engravide novamente testemunhado em relatório e assinado por 2 médicos. • deve-se excluir a possibilidade de gravidez – dosagem serica ou urinaria de BhCG • Informar a paciente quanto aos riscos de falha do método (<2%) e arrependimento do procedimento. • Caso seja um casal com união ESTÁVEL, a opinião do parceiro importa e ele deve assinar também. • SOMENTE É PERMITIDO O PROCEDIMENTO NO INTRAPARTO SE: A paciente já possui duas cesarianas anteriores; 10 Hadazza Vitoria Almeida Em caso de risco de ameaça à saúde da mulher. Existe contraceptivo mais seguro? O COM MENOR ÍNDICE DE FALHA = implante subdérmico. (eficácia maior que 99% - índice de pearl de 0,5) CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA: MECANISMO DE AÇÃO: 5. De acordo com a fase do ciclo o mecanismo muda: 1ª fase ciclo: impede/posterga a ovulação 2ª fase ciclo: altera muco tornando ele mais espesso e hostil LEVONOGESTREL → 1 cp 1,5 mg dose única – mais eficaz e menos efeitos colaterais MÉTODO YUZPE → 100 mcg estradiol + 0,5 mg levonogestrel 12/12h – não é mais usado 11 Hadazza Vitoria Almeida Sangramento Uterino Anormal (SUA): SUA → é um sintoma referido pela paciente que quando você avalia vira um sinal CLASSIFICAÇÃO PALM - COEIN - CAUSAS: ESTRUTURAIS NÃO ESTRUTURAIS: P ólipos A denomiose L eiomioma Maligna C oagulopatia O vulatória E ndometriais I atrogênicas N ão classificadas PERGUNTAS CHAVES: 1ª ORIGEM ? → 1º exame que vou fazer = ESPECULAR 2º IDADE ?→ as causas variam com a faixa etária ⎯ Exemplo causas mais comuns por idade: NEONATAL → privação estrogênio materno (primeiros dias de vida) INFÂNCIA → corpo estranho/ infecção inespecífica Obs: criança com SUA = excluir trauma/abuso sexual lembrar de neoplasias → vagina (sarcoma de brotoide) e ovário (puberdade precoce) ADOLESCÊNCIA → causas disfuncionais (anovulatório) Até 2 anos da menarca → imaturidade do eixo hipotálamo hipófise ovariana Outras: gestação/ infecção/ coagulopatia ADULTAS → disfuncional (anovulatório) e anormalidade de gestação (aborto, MOLA, gravidez ectópica...) Outras → infecção/neoplasia. PÓS-MENOPAUSA: maior causa (estatística) = atrofia (30%) e terapia hormonal (30%) 3º lugar → CA de endométrio 3º SEXUALMENTE ATIVA ? → gestação, DST 4º MOMENTO DO SANGRAMENTO? Pós-coito = pensar em trauma, DST, CA de colo (veremos no exame especular) 5ª DOENÇA SISTÊMICA → doenças da tireoide, hepatopatia. EXAMES COMPLEMENTARES PRINCIPAIS: ⎯ Beta-HCG → no menacme s/ contracepção ⎯ USGTV → avaliação inicial uterina (Se vem da cavidade uterina) ⎯ HISTEROSCOPIA → padrão-ouro para avaliar cavidade uterina ⎯ HEMOGRAMA E COAGULOGRAMA → dependendo da clínica CAUSAS MALIGNAS DE SUA: ⎯ CA de endométrio, sarcoma ⎯ Atenção para pacientes acima de 45 anos e fatores de risco para neoplasias deendométrio ⎯ Considerar investigação com histeroscopia CAUSAS IATROGÊNICAS DE SUA: ⎯ DIU de levonogestrel, ACHO, progestágenos ⎯ Anticoagulantes, tamoxifeno Hemorragia, Mioma e Endometriose 12 Hadazza Vitoria Almeida NÃO CLASSIFICADAS: ⎯ malformações arteriovenosas ⎯ hiperplasia miometrial MIOMA: • Útero aumentado → primeira coisa que passa na nossa cabeça é mioma • Tumor da musculatura lisa do miométrio que pode abaular as outras estruturas. • Corresponde a 95% dos tumores benignos do trato genital • MAIORIA SÃO ASSINTOMÁTICOS • Raros antes dos 20 anos • Tumor hormônio dependente = quanto mais passa os anos (exposição ao estrogenio) maior a chance FISIOPATOLOGIA: mutação, estrogênio, HLP, GH e progesterona, receptores de estrogênio e influencia genética. FATORES DE RISCO: Nulíparas Obesidade Etnia – mulheres negras tem maior risco História familiar Inférteis Idade entre 30 a 40 anos ACO Menarca precoce e menopausa tardia SUBSEROSO: Geralmente é assintomático. NÃO causa sangramento INTRAMURAL: Sangra SUBMUCOSO: sangra Miomas que causam infertilidade → aqueles que abaúlam a cavidade Exames complementares de imagem: Histerossonografia RNM HISTEROSCOPIA CLASSIFICAÇÃO DE FIGO: Classificação HISTEROSCOPICA p/ mioma SUBMUCOSO: 1º passo: EXAME DE IMAGEM – ultrassom ou ressonância magnética. 2º passo- se for mioma submucoso - histeroscopia 13 Hadazza Vitoria Almeida TRATAMENTO: ASSINTOMÁTICO → não tratar - seguimento anual com exames de imagem SINTOMÁTICO → primeiro verificar se realmente esse mioma é causa do sintoma se for = tratar CONSIDERAR TTO CIRÚRGICO acima de 300cc • Leve/moderado/pequeno → conduta expectante e tratamento clínico (O tto clinico não vai resolver o problema pois o anticoncepcional p.ex estimula o crescimento do mioma, porém é útil para evitar cirurgia e ganhar tempo pois geralmente são mulheres que irão entrar na menopausa em pouco tempo) • Intenso e nulípara → miomectomia (preservar a matriz uterina – orientar a paciente a não demorar a engravidar se for o desejo dela pois as chances de recidiva é grande) • Intenso e multípara → histerectomia Mas se for só submucoso = fazer miomectomia histeroscopia (Útero acima de 300 tem 1 a 3% de chances de degeneração hialina.) DROGA NO PREPARO CIRÚRGICO: ⎯ Análogo GnRH: tumor / anemia Obs: mesma dose de GnRH constante = para de estimular o ciclo – ajuda no controle do sangramento para conseguir operar sem precisar transfundir e diminuir risco de anemia. So serve para o preparo da cirurgia não deve ser usado por muito tempo já que causa osteoporose e se parar de usar o mioma volta a crescer OUTRAS DROGAS: ⎯ ACO→ reduzem a perda sanguínea menstrual em 35% a 72% Progestogênios→pílula, injetável, SIU SIU-LNG é contra indicado em úteros volume > 300c, distorção da cavidade uterina Não visam a redução do mioma e sim controle de sangramento ⎯ Controle de sangramento agudo = Anti- fibrinolíticos (ác. Tranexâmico) Contra indicação: TEV ativo e cuidado com IRC ⎯ AINEs → Contra indicação: úlcera prévia ou atual, IRC, alergias, etc. EMBOLIZAÇÃO ARTÉRIAS UTERINAS ⎯ Técnica minimamente invasiva ⎯ Cateterizarão e embolização das artérias que irrigam o mioma ⎯ Reduzem o tamanho dos miomas ⎯ Boa opção para pacientes com alto risco cirúrgico refratária a tratamento clínico ⎯ Conduta conservadora. DEGENERAÇÃO DO MIOMA: ⎯ Hialina → + comum (fica amolecido e mais eosinofilico) ⎯ Rubra ou necrose asséptica → mioma cresce rápido causando obstrução venosa → congestão → hemólise – pode curasar com dor, hipertermia, hemorragia, sequesto sanguíneo, rotura tumoral e choque – é mais comum na gravides e nos 14 Hadazza Vitoria Almeida miomas intramurais (até Abdome agudo na gravidez) ⎯ Sarcomatosa → rara (<5% se torna câncer) Suspeito quando ele não deveria estar crescendo. Ex: mioma que cresce após a menopausa (não há hormônio neste momento para sustentar esse mioma) Nesses casos de suspeita opera-se mesmo se paciente assintomática. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE MIOMA NA PROVA: ADENOMIOSE = Sangramento + dismenorreia secundaria (surgiu ao longo do tempo) + miométrio heterogenio ADENOMIOSE: DEFINIÇÃO: glândulas (endométrio) entre o miométrio (– pode relacionar com historia de cesárea pois durante o fechamento o médico pode suturar a camada endometrial com o miométrio, explicaria a migração de células glandulares para o miométrio ?) CLÍNICA: sangramento + dismenorreia secundária EXAMES → USG/ressonância na maioria das vezes o USG pode vir normal, no máximo ele evidenciara miométrio heterogênio que é apenas um indício (não é uma diagnóstico) (fonte: Adenomyosis and Ultrasound: The Role of Ultrasound and Its Impact on Understanding the Disease | Obgyn Key) Nas setas vemos áreas heterogêneas. RNM → veremos a zona juncional mioendometrial - se for > 12 mm = muito sugestivo Fonte: Resumo de USG transvaginal: indicações, vantagens e muito mais! (estrategia.com) DIAGNÓSTICO DEFINITIVO → Histopatológico TRATAMENTO: ⎯ Definitivo = HISTERCTOMIA (momento em que veremos o diagnostico definitivo, enviando a peça para o histopatológico) ⎯ Opções = DIU progesterona, ablação endométrio. Obs: não respondeu ao tto clínico =fazer histerectomia e verificar se o diagnóstico realmente era esse. https://obgynkey.com/adenomyosis-and-ultrasound-the-role-of-ultrasound-and-its-impact-on-understanding-the-disease/ https://obgynkey.com/adenomyosis-and-ultrasound-the-role-of-ultrasound-and-its-impact-on-understanding-the-disease/ https://med.estrategia.com/portal/conteudos-gratis/doencas/resumo-de-usg-transvaginal-indicacoes-vantagens-e-muito-mais/ https://med.estrategia.com/portal/conteudos-gratis/doencas/resumo-de-usg-transvaginal-indicacoes-vantagens-e-muito-mais/ 15 Hadazza Vitoria Almeida ENDOMETRIOSE: DEFINIÇÃO: endométrio (glândula e estroma) fora do útero CLÍNICA: 1- Dismenorreia 2- Infertilidade alterações tubo-peritoneais (obstrução) Ambiente inflamatório → perda da qualidade dos oócitos 3- Dispareunia de profundidade. 4- Dor pélvica acíclica, sem relação com a menstruação) 5- alterações intestinais: alteração do hábito intestinal – a progesterona proveniente da 2ª metade do ciclo já leva aumento do transito intestinal dor ao evacuar sangramentos (é incomum, precisaria invadir ate a mucosa para isso) – local mais comum de acometimento é o retosigmóide. 6- Alterações urinárias: Disúria, hematúria, polaciúria, urgência Podem ser relacionados ao perioso menstrual ETIOLOGIA → existem várias teorias: Menstruação retrógada: dissemina pelas trompas. (isolada ela não é capaz de explicar porque 90% das mulheres apresentam menstruação retrógada mas a maioria não possui endometriose) Imunológica: endométrio ectópico “escapa” do sistema imune. (mulheres com endometriose possui falha no sistema imune comprovada) Metaplásica: células totipotentes viram endométrio (epitélio celômico) (Essa teoria explica por que podemos encontrar endometriose em árvore brônquica, reto...) Por fim podemos pensar que cada caso pode originar de uma forma. CLASSIFICADA EM: Peritoneal Ovariana Profuna (tecido de endometriose penetra > 5 mm) Locais mais comuns: retro cervical, útero- sacro, retossigmóide LOCALIZAÇÃO MAIS COMUM→ ovariana Ovário cheio de endométrio (tumor) = endometriona FATORES DE RISCO 1- História familiar 2- Branca 3- Nulíparas* 4- Gestação tardia 5- Excesso de café e de álcool 6- Estenose cervical ** 7- Fluxo aumentado** *a endometriose traz problemas de infertilidade **aumenta chance de menstruação retrógada EXAMES: 16 Hadazza Vitoria Almeida EXAME FÍSICO: útero retrovertido, espessamento e nodulações fundo de saco, dor a mobilização do colo uterino. USG. → ajuda na endometriose ovariana – aspecto em vidro fosco (no endometrioma) USG pélvico e transvaginal com preparo intestinal RESSONANCIA de pelve→ se for um implante pequeno, a ressonância ajuda a ver porque não conseguimos enxergar no USG (fonte: Lima CMA de O, Coutinho EPD, Ribeiro ÉB, Domingues MNA, Junqueira FP, Coutinho Junior AC. Ressonância magnética na endometriose do trato urinário baixo: ensaio iconográfico. Radiol Bras [Internet]. 2009May;42(Radiol Bras, 2009 42(3)):193–7. Available from: https://doi.org/10.1590/S0100-39842009000300013) Mas se o implante for muito pequeno nem a ressonância irá mostrar Obs: não é porque o implante é muito pequeno que ele não pode causar dor assim como não é porque não há queixa de dismenorreia que a mulher não tem endometriose (pensar sempre em casais inférteis) Não há correlação direta entre EXTENSÃO DAS LESÕES X INTENSIDADE DA DOR LAPAROSCOPIA = PADRÃO-OURO: Permite biopsia das áreas suspeitas = diagnostico definitivo (fonte: ¿Cuál es el papel de la Laparoscopía en la Endometriosis? | Mujer Bien) Ca125: Marcador tumoral inespecífico → Se ele for encontrado não significa que é certeza de endometriose e se ele não for encontrado ele não exclui diagnóstico (baixa sensibilidade e especificidade) → Pra que ele serve? → serve para caso ele seja positivo podemos usá-lo como parâmetro de resposta a tratamento nessa mulher com endometriose → Atualmente não é tão usado. TRATAMENTO: → Tto clínico é o de escolha na ausência de indicações absolutas para cirurgia → Após exames de imagem: Se for endometriose ovariana > 6cm, ou lesão em ureter, íleo, apêndice ou retossigmoide (com sinais de suboclusão) = cirurgia Se não = tto clínico https://mujerbien.com/4-cual-es-el-papel-de-la-laparoscopia-como-diagnostico-en-la-endometriosis/ https://mujerbien.com/4-cual-es-el-papel-de-la-laparoscopia-como-diagnostico-en-la-endometriosis/ 17 Hadazza Vitoria Almeida DOR → inicialmente clínico: ⎯ Pílula combinada (ACO) ⎯ Progesterona ⎯ Análogos GnRH (complementar com pequenas doses de estrogênio para diminuir o risco de menopausa química) – usar principalmente na perimenopausa ⎯ Inibidores da aromatase ENDOMETRIOMA: → melhor é cistectomia (retirada da capsula) Endometriose ovarina: drenagem e coagulação, ooforoplastia, ooforectomia, se paciente com desejo reprodutivo deve-se tentar minimizar o risco de diminuição de reserva folicular INFERTILIDADE → clínico não resolve → Se endometriose mínima/leve: laparoscopia → Endometriose severa: FIV TRATAMENTO CIRÚRGICO: Dor pélvica refrataria ao tto clinico Dor score > 7 Infertilidade (após falha de técnicas de reprodução assistida) Indicações cirúrgicas obrigatórias: Íleo (risco de oclusao) Ureter (risco de oclusao) Endometrioma> 6 cm Apêndice cecal (diferencial com tumor neuroendócrino) Objetiva: remover todos os focos, a via laparoscópica é a de preferencia Endometriose intestinal Shaving Ressecção discóide Ressecção segmentar Lesões > 3cm, >40% da circunferência acometida, lesões multifocais, acometimento mais profundo que submucosa INFERTILIDADE: Ausência de gravidez após 1 ano... Principais causas: Tuboperitoneal: 35% Masculino35% Anovulatório: 15% INVESTIGAÇÃO DO CASAL INFÉRTIL: Idade da mulher X Frequência de Relações: <35 Anos: aguardar até 1 ano >35 anos: imediato ou após 36 meses AVALIAÇÃO BÁSICA: Hôrmonios (FSH, progesterona, TSH, prolactina) USGTV Histerossalpingografia Espermograma AVALIAÇÃO AVANÇADA: Vídeo (laparoscopia/histeroscopia) INFERTILIDADE MASCULINA: Espermograma: NORMAL: não repetir ANORMAL: repetir em 3 meses (12 semanas) INFERTILIDADE FEMININA: 18 Hadazza Vitoria Almeida FATOR OVARIANO: Dosagem de progesterona na FASE LÚTEA (21-24º dia) >3 ng/mL. Dosagem FSH (2º-5º dia): Bom prognóstico < 10. **pode dosar o anti-muleriano tb (em qualquer fase do ciclo). USG-TB Seriada: Documenta ovulação (para coito/captação) e contagem de folículos (valor prognóstico). FATOR TUBOPERITONEAL: Histerossalpingografia – exame inicial para trompa Trompa prévia = prova de Cotte positiva → cotte negativo → videolaparoscopia FATOR UTERINO: USGTV e Histerossalpingografia → alteração → HISTEROSCOPIA (padrão- ouro p/ cavidade endometrial) TRATAMENTO: MASCULINO: maioria FIV FIV convencional: oócito e SPTZ na placa FIV com ICSI: SPTZ é injetado no oócito Fator tuboperitoneal: LAPAROSCOPIA → retirar adereência, foco endometriose, salpingoplastia → FIV, se não der certo. FATOR UTERINO: cirurgia – retirada de pólipos, septos... FATOR OVARIANO: indução da ovulação → clomifeno, letrozol, FIV Sem causa aparente: INSEMINAÇÃO INTRAUTERINA – pré-requesitos: Ovulação Útero normal Trompas prévias Espermograma normal ou POUCO alterado 19 Hadazza Vitoria Almeida INCONTINÊNCIA URINÁRIA: Incontinência urinária = falha na continência COMO FUNCIONA A CONTINÊNCIA URINÁRIA? Controle autonômico → receptores vesicais adrenérgico (alfa e beta) e colinérgicos (muscarinicos) ECHIMENTO DA BEXIGA: 1. Simpatico ativo: Alfa → contração esfincteriana Beta → relaxa o detrusor 2. Parassimpatico inativo FASE DE ESVAZIAMENTO: 1. Parassimpatico ATIVO: M2/M3 → contração do detrusor 2. Simpatico inativo FATORES DE RISCO PARA INCONTINÊNCIA: ✓ Obesidade ✓ Redução do estrogenio ✓ Parto vaginal ✓ Multiparidade CLÍNICA: BEXIGA HIPERATIVA: FIOPATOLOGIA: Cortez cerebral, traumas medulares córtex → ação inibitoria sobre a micção • Traumas medulares suprassacrais: bexiga arreflexa → retenção → incontinência por transbordamento. • Alterações na atividade aferente: fibras lentas tipo C • Neurotransmissores e receptores: aumento da substancia P e redução do VIP • Teoria miogenica e neurogenica • Defeitos anatomicos • Alterações no microbioma SINTOMAS: Desejo incontrolável Polaciúria Noctúria DIAGNÓSTICO: • Urgência miccional - Sintoma obrigatório • Aumento de frequência urinária e noctúria (> ou = a 2 micções noturnas) • Urge-incontinência (perda normalmente volumosa) • Idiopática ou neurogênica (hiperreflexia do detrusor) MANEJO: • Sempre descartar infecção urinária com urocultura Climatério, Distopia e Incontinência Urinária 20 Hadazza Vitoria Almeida • Realizar cistoscopia se suspeita de corpo estranho – fio de sutura, tumor, cálculos • Estudo urodinâmico: Indicado se sintomas mistos, refratariedade ao tratamento, pós correção cirúrgica de IUE ou dificuldade de esvaziamento vesica INCONTINÊNCIA AOS ESFORÇOS: FATORES DE RISCO: • Números de gestações • Via de parto • Envelhecimento tecidual • Obesidade • Tosse crônica • Uso de diuréticos QUADRO CLÍNICO: Perda de urina ao realizar algum esforço, como pular, correr, tossir ou espirrar, relacionada a hipermobilidade de colo vesical ou deficiência do esfíncter uretral Tosse Espirro Ao levantar PERDA INSENSÍVEL (incontinência extrauretral): Pensar em fístula Cirurgia prévia + perda contínua para a vagina Historia de radioterapia pélvica Cistoscopia (bexiga) / urografia (ureter) Obs: Fístula ureterovesical = cistoscopia viránormal so a urografia poderá ver Fístula vesicovaginal = cistoscopia verá O uso prolongado de sonda pode ajudar na cicatrização de uma fistula vesicuvaginal. ETIOLOGIA: • Perda de trofismo da mucosa uretral • Diminuição do tônus da musculatura lisa uretral, tônus do esfíncter uretral • hipermobilidade da uretra (determinada pelo trofismo e contração da musculatura perineal) DIAGNÓSTICO - ESTUDO URODINÂMICO: NÃO É SEMPRE NECESSARIO FAZER QUANDO: ✓ Proposta de tto clínico ou pré-op em IUE não complicada ✓ pacientes com resíduo pós- miccional menor que 150mL ✓ teste de esforço positivo ✓ ausência de cirurgia prévia ou doença neurológica ✓ prolapso discreto DIAGNÓSTICO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA EXAME FÍSICO: Avaliar IMC Avaliar prolapsos Fazer teste de esforço: – Paciente de bexiga cheia, pedir para a paciente tossir, se só perder quando tossir e eu vejo isso durante o exame, já é suficiente para eu diagnosticar e tratar incontinência de esforço EXAMES COMPLEMENTARES: 1º exame que devo solicitar: EAS e urocultura 21 Hadazza Vitoria Almeida (principalmente se for historia recente = infecção de urina) (obs- Hematúria + tabagismo + >50 anos = pensar em neoplasia de bexiga ) 2ºexame: mobilidade do colo vesical USG Teste do cotonete (não mais usado) 3º se a clínica não foi suficiente para delimitar o diagnostico = URODINÂMICA É um exame que incomoda, portanto é melhor indicado quando há prolapsos, necessidade de cirurgia, ou incontinência refratária ao tratamento.... URODINÂMICA: FLUXOMETRIA = fluxo livre Paciente se senta na cadeira que é levemente inclinada e urina, o transdutor do funil possui um transdutor que medirá o fluxo livre CISTOMETRIA = fase de enchimento Depois passamos uma sonda com água morna para encher a bexiga e uma segunda sonda que possui um transdutor – à medida que a bexiga vai enchendo nós avaliamos a pressão dentro da bexiga, pedimos de tempo em tempo para a paciente realizar força. Além disso nesse momento avaliamos também a pressão intrabdominal com uma sonda retal. NA FASE DE ENCHIMENTO NÃO PODE HAVER: ✓ Atividade do detrusor ✓ Perda de urina ✓ Dor * *dor durante o enchimento pode ser síndrome da bexiga dolorosa (cistite intersticial) ESTUDO MICCIONAL= fase de esvaziamento INCONTINÊNCIA DE ESFORÇO: Há aumento do fluxo no gráfico no mesmo momento que haverá aumento, aumento de pressão abdominal e vesical De acordo com a pressão de perda ao esforço (PPE) nos diferenciamos se há uma hipermobilidade vesical ou defeito esfincteriano: ✓ Hipermobilidade vesical: PPE > 90 cm H2O ✓ Defeito esfincteriano: PPE < 60 cm H2O (sugere defeito esfincteriano intriseco 22 Hadazza Vitoria Almeida onde ocorre perda com a menor das solicitações) Valores entre 60 e 100 não possuem definição clínica situando-se em um “limbo” urodinâmico. PARÂMETROS URODINÂMICOS CLASSIFICAÇÃO DA IUE: Pressão de perda de esforço Grau de distopia genital PP > de 60 cm H2O com grau de distopia genital até 2 cm = IUE tipo 1 de Blaivas PP > de 60 cm H2O com grau de distopia genital > de 2 cm – IUE tipo 2 Blaivas. PP < de 60 cm H2O com grau de distopia genital variável – IUE tipo 3 de Blaivas. TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA DE ESFORÇO: CLÍNICO: Perda de peso Fisioterapia (kegel, biofeedback) Duloxetina (aumento de suicídio) Agonistas alfa-adrenergico (não muito bom porque aumenta AVE) CIRÚRGICO: HIPERMOBILIDADE→padrão-ouro atual SLING padrão já foi cirurgia de Burch (prender a bexiga no ligamento de cooper) DEFEITO ESFINCTERIANO → padrão-ouro SLING → TVT/TOT a ideia do sling é promover a fibrose suburetral dando suporte à uretra TVT: fita transvaginal – entra pela vagina → sai pelo espaço retrovesical → sobe a bexiga e a fibrose ajuda a subir a bexiga, mas as agulhas passam muito próximas à bexiga, é preciso fazer cistoscopia intraoperatória para descartar a ocorrência de fistula. TOT: passa pelo forame transobturatório. Não precisa de cistoscopia SÍNDROME DA BEXIGA HIPERATIVA: Pressão vesical aumentou porque houve contração do musculo 23 Hadazza Vitoria Almeida detrusor, nota-se que a pressão abdominal não aumentou significativamente Além dessa atividade a paciente também perder urina = urge incontinência Bexiga hiperativa (sintomas) X Hiperatividade do detrusor (contrações involuntárias do detrusor na fase de enchimento vesical no estudo urodinâmico) *Síndrome da bexiga hiperativa – sintomas de urgência, com ou sem urgeincontinência, aumento de frequência urinária e noctúria. TRATAMENTO DA BEXIGA HIPERATIVA: O tratamento de 1ª linha da urgeincontinência consiste em terapia comportamental, mudanças no estilo de vida, fisioterapia do assoalho; 2ªlinha: medicamentoso 3ª linha: inclui neuromodulação sacral e injeção intravesical de toxina botulínica. GERAIS: Perda de peso Reduzir consumo de cafeína Parar de fumar FISIOTERAPIA: cinesioterapia e eletroestimulação MEDICAMENTOS → anticolinérgicos (oxibutina / tolterodina / darifenacina = seletivos) ou Imipramina (droga de 2ª escolha principalmente se a pessoa for depressiva). Contraindicações para anticolinérgicos: arrtmias, glaucoma de angulo fechado, gestação / lactação. Usar agonista beta3 adrenérgico = Mirabegrona – eficácia igual e menos efeitos colaterais (boca seca) DISTOPIA GENITAL (PROLAPSO): ANATOMIA: APARELHOS DE SUSPENSÃO: 1. Ligamentos anteriores → pubovesicouterinos 2. Ligamentos laterais → cardinais ou paramétrios 3. Ligamentos posteriores → uterossacros APARELHOS DE SUSTENTAÇÃO = 1. DIAFRAGMA PÉLVICO: Músculo elevador do ânus (parte puborretal, ileococcígea e pubococcígea) e músculo coccígeo. 24 Hadazza Vitoria Almeida 2. DIAFRAGMA UROGENITAL Plano mais profundo: músculo transverso profundo do períneo e esfincter uretral externo Plano mais superficial: músculos transversos superficiais do períneo, bulboesponjosos, isquicavernosos e esfíncter anal. 3. FÁSCIA ENDOPÉLVICA PROLAPSOS: ✓ Uterino ✓ Cúpula ✓ Vaginal anterior ✓ Vaginal posterior PROLAPSO UTERINO + DE CÚPULA = prolapsos apicais. PROLAPSO UTERINO: TRATAMENTO: Assintomáticas: não precisam operar Sintomáticas: Histerectomia vaginal (é a 1ª escolha) OU Manchester (ex: nuligesta – evitar histerectomia “empurrando” o útero para dentro, refazer a sua sustentação e retirar um pouco do colo para ele não ficar para fora) Sintomáticas, mas com alto risco cirúrgico = usar pressários/kegel ou fisioterapia. (fonte: Pessários Vaginais | Pessários Vaginais (pessarios.com.br) PORLAPSO DE CÚPULA: Uma das complicações pós- histerectomia.(se tiver útero não é prolapso de cúpula e sim de útero) TRATAMENTO: https://www.pessarios.com.br/pessarios-vaginais?page=pessarios-vaginais https://www.pessarios.com.br/pessarios-vaginais?page=pessarios-vaginais 25 Hadazza Vitoria Almeida fixar cúpula vaginal ao promontório (promontofixação ou sacrocopexia) (sacro) OU fazer colpocleise (cirurgia de Le Fort) - termo de consentimento precisa esclarecer que essa cirurgia impede atividade sexual vaginal pois haverá fechamento da parede vaginal – Existe a possibilidade também de tela cirúrgica PROLAPSO VAGINAL ANTERIOR: Usando metade do especulo, empurramos a parede anterior da vagina e observamos que o prolapso irá sumir – constatamos então que era um um prolapso da parede anterior Prolapso da parede anterior = CISTOCELE = “desceu a bexiga” TRATAMENTO: Colporrafia (colpoperineoplastia) anterior corrigindoa fáscia pubovesical. PROLAPSO VAGINAL POSTERIOR: = RETOCELE = “descida do reto” TRATAMENTO: colporrafia posterior corrigindo fáscia retovaginal. CLASSIFICAÇÃO DE POP-Q: Registra a descida das paredes vaginais em centímetros, adotando como parâmetro o hímen remanescente ou carúnculas himenais. Ele é negativo quando cranial à carúncula himenal e positivo quando caudal. Sete medidas do POP-Q são realizadas durante a manobra de esforço, com o símbolo (-) significando que a medida se encontra acima do hímen e o símbolo (+) representando que o prolapso ultrapassou a carúncula himenal • Os pontos Aa e Ba se referem à parede Anterior. • Os pontos Ap e Bp se referem à parede Posterior. • O ponto C se refere ao Colo. • O ponto D se refere ao fundo de saco de Douglas. • Os pontos acompanhados de sinal negativo encontram-se no interior da vagina. 26 Hadazza Vitoria Almeida • Os pontos acompanhados de sinal positivo encontram-se além do hímen vaginal remanescente. PONTOS DE REFERÊNCIA DE PROLAPSOS VAGINAIS Carúncula himenal = ponto zero (ponto fixo) ● Acima da carúncula: -1, -2, -3 cm. ● Abaixo da carúncula: +1, +2, +3 cm. Pontos vaginais: Aa, Ba, C, D, Ap e Bp ● Pontos da Parede Vaginal Anterior: Ponto Aa: corresponde aproximadamente à junção uretrovesical. Está na linha média da parede anterior a 3 cm do meato uretral. Varia de -3 a +3 durante o esforço, em relação à carúncula himenal; Ponto Ba: é o ponto de maior prolapso da parede anterior, situado entre o ponto Aa e o limite do fundo de saco anterior da vagina. Ele varia de -3 (ausência de prolapso) a +3. Apresenta medidas maiores do que +3 cm em caso de prolapso de cúpula vaginal após histerectomia em que o ponto Ba pode ser semelhante ao C. Pontos do Ápice Vaginal: Ponto C: é o ponto mais distal do ápice da vagina como o colo uterino ou a cúpula vaginal (nas pacientes histerectomizadas). - Nos casos de alongamento hipertrófico do colo, o ponto C é pelo menos 4 cm mais positivo ou distal que o ponto D (distância maior que 4 cm); Ponto D: é o ponto mais profundo do fundo de saco posterior. Quando não há útero, não é descrito. - Corresponde aproximadamente ao ponto onde os ligamentos uterossacros estão conectados ao fundo de saco posterior; Gh: Hiato genital, medida de valor absoluto, valor encontrado tomando-se como referência o ponto central do meato uretral estendendo-se até a porção posterior do anel himenal ou início do corpo perineal, quando aquele não pode ser identificado. ● Pontos da Parede Vaginal Posterior: Ponto Ap: na linha média da parede vaginal posterior. Análogo ao ponto Aa; Ponto Bp: análogo ao ponto Ba; Pb: perineal body ou corpo perineal. É a medida do hímen até a abertura medial do esfíncter anal.- medida também de valor absoluto Outros Pontos: CTV ou CVT ou TVL: comprimento total da vagina ou total vaginal length, que é medido após redução dos pontos C e D, desde o fundo de saco posterior até o hímen. Varia de paciente para paciente, podendo chegar a 8-10 cm (comprimento total da vagina, é a medida da maior profundidade da vagina em centímetros, após a redução do prolapso.) 27 Hadazza Vitoria Almeida ESTADIAMENTO: Após avaliação dos pontos de referência, classifica-se o prolapso em cinco estágios, ESTÁGIO ZERO = ausência de prolapso ESTÁGIO I: quando a medida está 1 cm ou mais acima do anel himenal (-1) ESTÁGIO II: quando a medida está entre 1 cm acima e 1 cm abaixo do anel himenal (entre - 1 e +1) ESTÁGIO III: quando a medida está 1 cm abaixo do anel himenal, porém menor que 2 cm do comprimento total da vagina (entre + 1 e + 2) ESTÁGIO IV: quando a medida está entre 2 cm do comprimento total da vagina e sua eversão completa. (total > que + 2) CLÍMATERIO: Período que compreende desde os primeiros indícios de falha ovariana até os 65 anos (onde passa a ser senectude) Sintoma + frequente é irregularidade menstrual (oligomenorreia, polimenorreia ...) A queixa mais frequente são os fogachos. FISIOLOGIA: folículos e envelhecidos = inibina = FSH = esgotamento do ovário = menopausa Porém os ovários ainda continuam produzindo androgênios. Ovário não produz E e P O estrogênio circulante passa a ser aquele proveniente da aromatização periférica = ESTRONA SINAIS E SINTOMAS: Sintomas vasomotores → caracterizados como fogachos Ondas de calor com duração de 1-3 minutos São acentuados se associado à tabagismo, sedentarismo e em pacientes magras São mais relacionados ao déficit de estrogênio pacientes obesas, pela produção de estrona (estrogênio produzido pelas células adiposas) pelos tecidos periféricos, há compensação relativa do déficit causado - logo elas podem apresentar menos sintomas vasomotores. Irregularidade menstrual; folículos e envelhecidos inibinaFSH 28 Hadazza Vitoria Almeida Caracterizada pela transição menopáusica: ciclos infrequentes que evoluem para amenorreia Processo pode durar de 5 a 20 anos. Nos 2-3 anos que antecedem a menopausa, pode ocorrer um aumento do fluxo menstrual; Aumento da produção de vasotropina; Elevação da produção de estrogênio; Atrofia vaginal. Síndrome geniturinária: Apresenta-se como Secura vaginal; Dispareunia; Prurido; Urgência miccional; Infecção recorrente do trato urinária Disfunção sexual → relacionada com a diminuição de libido, irritabilidade, insônia. – também pe intimamente relacionada ao déficit de androgênio. Outros sintomas: depressão/irritabilidade, insônia. DIAGNÓSTICO DE MENOPAUSA: CLÍNICO: > 1 ano última menstruação LABORATORIAL: dosagem de FSH > 35 – 40 UI/ L – fazer em casos que estamos na dúvida ou com suspeita de falência ovariana prematura INDICAÇÕES DE TERAPIA HORMONAL: Fogachos = indicação + comum Pelo conceito de janela de oportunidade, o ideal é iniciar a terapia hormonal no período entre 5-10 anos após o início da menopausa; QUAL TERAPIA ESCOLHER? COM ÚTERO → sempre E + P (progesterona para proteger endométrio de hiperplasia) SEM ÚTERO → apenas E QUAL VIA ESCOLHER? Importa mais para o estrogênio – oral OU parenteral? PARENTERAL (via transdérmica) preferir se: ✓ DM ✓ HAS ✓ Fumo ✓ Risco de trombose ✓ Hipertrigliceridemia ✓ Doenças hepáticas Ou seja, Patologias em geral = fazer Parenteral EXCESSÃO: Colesterol (LDL) alto é melhor comprimido pois o estrogênio oral diminui o LDL e reduz o HDL Progesterona podemos fazer ORAL ou com DIU de levonogestrel. OBS: Atrofia = se for única queixa importante fazer ESTROGENIO só local Osteoporose = se for a única queixa importante = primeiro pensar em outras opções: bifosfonatos. (* T-score é uma escala que compara com as mulheres mais jovens) DENSITOMETRIA ÓSSEA: Normal T – score > -1 OSTEOPENIA T – score entre -1 e -2,5 OSTEOPOROSE T – score ≤ -2,5 29 Hadazza Vitoria Almeida CONTRAINDICAÇÕES DE TH ABSOLUTAS: ✓ CA de mama (ou precursoras) ou endométrio ✓ Sangramento vaginal de causa indeterminada ✓ AVE e IAM ✓ TVP e TEP (avaliar via de administração) ✓ Doença hepática descompensada ✓ Meningioma (para uso de progesterona) ✓ Porfiria ✓ LES com elevado risco tromboembólico. Preferir administrar a menor dose efetiva, pelo tempo que for necessário; RISCOS E BENEFÍCIOS: Benefícios (em adequação com a janela de oportunidade – até 10 anos pós- menopausa) Redução do risco cardiovascular (aumenta HDL e diminui LDL) – PORÉM Após o período de 10 anos, gera aumento do risco cardiovascular. Melhora dos sintomas vasomotorese da síndrome genitourinária Prevenção de osteoporose e fraturas; Redução do risco de DM2 e melhor controle em pacientes já diagnosticadas; Melhora dos sintomas depressivos e insônia; Redução do risco CA colorretal. Reduzir a mortalidade total em mulheres com mais de 60 anos de idade Riscos: Aumento risco CA mama (menos de 1% ao ano); Pequeno aumento risco para TEV; Sem aumento no risco de hiperplasia/ neoplasia endometrial (Se PG).(obs: lembrando que em pacientes na menopausa a espessura do endométrio deve ser menor que 4 mm sem uso de TH) Doença hepátoca descompensada Sangramento vaginal de causa desconhecida Porfiria Doença coronariana Doença cerebrovascular LES Meningioma (se apenas progestágeno) ESQUEMAS TERAPÊUTICO: Para escolher o esquema terapêutico é importante avaliar as queicas e comorbidades da paciente: Esquema cíclico: Estrogênio diário + Progesterona nos últimos 10 dias de cada ciclo. Esquema contínuo: Estrogênio + Progesterona diário. Estrogênio: Oral: Estrogênio equino conjugado (EEC) 0,625-1,25 mg/dia; 30 Hadazza Vitoria Almeida 17-β-estradiol (E2) 1-2 mg/dia; Valerato de estradiol (VE) 1-2 mg/dia Adesivo transdérmico: Estradiol transdérmico 25-50-100 microgramas/dia, a cada 3-5 dias. Percutâneo: 17-ß-estradiol gel (E2) 0,5-1,5 mg/dia. Vaginal: EEC 0,625 mg/dia; Estriol (E3) 1 mg/dia; Promestrieno (cápsula ou creme) 10 mg/dia. Observação! : O 17-β-estradiol (E2) transdérmico deve ser a primeira opção em pacientes com história de hipertrigliceridemia ou fatores de risco para TEV, uma vez que apresenta menor risco de TEV quando comparado com VO. TIBOLONA: É derivado da 19-nortestosterona → apresenta propriedades progestagênica, estrogênca e androgênica. Benefícios do uso: Alívio dos sintomas climatéricos e síndromes geniturinária; Prevenção da perda de massa óssea; Efeitos positivos sobre a sexualidade e humor. Uso pode ser positivo para pacientes com endometriose sintomática; Pode piorar o quadro de dislipidemia todavia aumenta o risco de recorrência em mulheres com histórico de câncer de mama, e pode aumentar o risco de AVC em mulheres ≥ 60 anos de idade. Progesterona (P4): Oral Adesivo transdérmico: Acetato de noretisterona 140-170-250 microgramas/dia, a cada 3-5 dias; Vaginal: Progesterona micronizada 100- 200 mg/dia; Intrauterina: Levonorgestrel 20 microgramas/dia (DIU Mirena®). Combinado: Esquema contínuo-cíclico oral: Estrogênio conjugado 0,625 mg + AMP 2,5 mg: Esquema contínuo-combinado oral Esquema intermitente-combinado oral: Esquema contínuo-combinado transdérmico Lembre-se! Mulher histerectomizada: só Estrogênio, porém, se tiver história prévia de endometriose, deve fazer Estrogênio + Progesterona. Atenção! Uso de Estrogênio via oral deve ser contraindicado em mulheres com hipertrigliceridemia, doença biliar ativa, trombofilias (ex.: mutação do fator V de Leiden – com ou sem história prévia de trombose) e com história de enxaqueca com aura. TRATAMENTO NÃO HORMONAL: Os inibidores seletivos da receptação de serotonina, como a paroxetina e o escitalopram, por sua vez, são medicamentos eficazes e constituem a base do tratamento não hormonal para sintomas vasomotores. 31 Hadazza Vitoria Almeida A bupropiona é um antidepressivo atípico com estrutura química semelhante à feniletilamina, tendo como principal ação a recepção neuronal da norepinefrina e dopamina com mínima interferência serotoninérgica – pode ser adicionado À terapia hormonal da paciente para melhora da libido. 32 Hadazza Vitoria Almeida DOENÇAS DA MAMAS: ANATOMIA DAS MAMAS: (fonte: https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia- da-mama-feminina) OBSERVAÇÃO: a disseminação do câncer de mama se da por via de linfática Portanto 99% drenam para a axila (fonte: https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia- da-mama-feminina) MASTALGIA: CÍCLICA? → mais na fase lútea e bilateral = Alteração funcional benigna da mama Fruto da influência hormonal. ACÍCLICA? → sem relação com o ciclo menstrual e é mais unilateral Afastar dor muscular, por exemplo apertar a junção costocondral e perceber dor osteomuscular Caracterizar melhor a dor e a localização para ter certeza que é mastalgia e não outra algia como angina p.ex. Dor acíclica = pensar em mastite, abscesso, esteatonecrose .... ALTERAÇÃO FUNCIONAL BENIGNA DA MAMA: → Mastalgia cíclica, adensamentos e cistos → USG = cistos mamários: ✓ Imagens anecoicas ✓ Redondas ✓ Com reforço acústico posterior CONDUTA: → NÃO vira e NÃO tem risco de câncer → Melhorar sustentação mamas → Evitar medicação → vitamina E na prática é muito prescrita e até funciona, mas não é tto padrão → SE DOR GRAVE = TAMOXIFENO (risco de câncer de endométrio – usar em situações de muita exceção ) MASTITE PUERPERAL: → Agente etiológico: Staphylococcus aureus → Causa: pega incorreta e fissura mamária. → Diagnóstico: sinais flogísticos + febre → TRATAMENTO: GO – Doença das Mamas e Ovários Fonte: https://www.msdmanuals.co m/pt- br/profissional/multimedia/i mage/v34454288_pt https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-da-mama-feminina https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-da-mama-feminina https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-da-mama-feminina https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-da-mama-feminina 33 Hadazza Vitoria Almeida melhorar sustentação da mama, (porque a mama pendente causa empedramento do leite e obstrução dos ductos) orientar massagear os seios antes das mamadas corrigir a pega incorretar manter amamentação ATB (cefalexina) ABSCESSO MAMÁRIO → Pode continuar amamaentando ! EXCETO: descarga purulenta ou incisão cirúrgica próxima ao mamilo → TRATAMENTO: drenagem, esvaziar a mama e ATB ECZEMA: ECZEMA AVEOLAR VS Descamação bilateral Pruriginosa Não destrói papila Melhora com corticoide tópico DOENÇA DE PAGET Descamação unilateral Pouco prurido * Destrói papila Não reponde ao corticoide *(paciente até demora procurar atendimento) BIÓPSIA: deve incluir a pele na ressecção DERRAME PAPILAR: LÁCTEO: Hiperprolactinemia: Avaliar beta-HCG e TSH Medicamentosa? Prolactinoma? MULTICOLOR (verde/amarelo/marrom): alteração funcional benigna (ou alterações fibrocisticas de mama) ectasia ductal (dilatação dos ductos com estagnação de secreção intraductal. Acomete pacientes entre a quinta e a oitava década de vida) SANGUÍNEO /SEROSANGUÍNEO: Maior causa de descarga papilar sanguinolenta é papiloma intraductal Mas pode ser câncer – QUANDO INVESTIGAR? espontâneo uniductal unilateral “água de rocha” Ou sanguinolento O QUE FAZER? = RESSECAR O DUCTO* *Na cirurgia os ductos são pressionados para ver qual que provoca a descarga e qual devera ser ressecado Citologia NEGATIVA NÃO exclui diagnóstico NÓDULO: Paciente que chega referindo nódulo palpável = fazer o exame clínico. EXAME CLÍNICO: ➢ Móvel X Aderido ➢ Regular x irregular ➢ Fibroelástico X Pétreo PAAF (punção por agulha fina): imediatamente após palpar o nódulo tem a vantagem de saber na hora se é um nódulo cístico ou sólido – pode ser feita em qualquer consultório saberemos as características no momento. Amarelo esverdeado? Sem lesão residual? USG/MMG Porém se há mais de 2 recidivas (continua saindo secreção ao realizar a PAAF) ou é sanguinolento ou o nódulo é solidoou possui massa residual = Fazer USG / MMG / Bx USG – SUGERE MALIGNIDADE: Misto Mal delimitado Sombra acústica 34 Hadazza Vitoria Almeida ⎯ De 35 a 40 anos ou mamas densas geralmente preferimos a USG , se a paciente possui mais de 40 anos e lipossubstituição das mamas, preferimos a mamografia. CÂNCER DE MAMA: FATORES DE RISCO: ✓ Idade> 40 anos ✓ História família (1º) ✓ Nuliparidade ✓ Menacme longo ✓ Mutação BRCA1 e 2 ✓ Hiperplasias atípicas ✓ CA in situ: ductal e lobular ✓ Sexo feminino OBS – BRCA1 e BRCA2: Histórico de parente de primeiro grau com neoplasia de ovário é considerada de alto risco para câncer de mama e ovário A mutação do BRCA1 ocorre no braço longo do cromossomo 17 que codifica uma proteína que age como supressora tumoral A mutação do BRCA2 ocorre no coromossomo 13 e esse cromossomo fica inativo durante o processo de oncogene Essa mutação é de herança autossômica dominante. RASTREIO DO CA DE MAMA: ⎯ MINISTÉRIO DA SAÚDE: Mamografia bienal de 50 aos 69 anos. Atualmente não se recomenda o autoexame das mamas como técnica a ser ensinada as mulheres como rastreamento , assim como a partir de 2015 o MS considerou o exame clinico como benefício incerto para rastreamento ⎯ FEBRASGO / SBM: Mamografia e exame clinico anualmente dos 40 aos 69 anos. MAMOGRAFIA: ⎯ BI-RADS 0 → MMG inconclusiva (ex: densa) Conduta: USG ou RNM ⎯ BI-RADS 1: nenhuma alteração Repetir de acordo com a idade ⎯ BI-RADS 2: alterações benignas conduta: repetir de acordo com a idade ⎯ BIR-RADS 3: duvidosa (provável benigna) Conduta: repetir 6 meses ⎯ BI-RADS 4-5: suspeita/ altamente suspeita Conduta: biópsia NÓDULO SUSPEITO A MAMOGRAFIA: Nódulo maligno Fonte: Casos Clínicos (vitalimagem.com.br) Nódulo espiculado Fonte: Nódulo denso espiculado en cuadrante superior externo de mama derecha... | Download Scientific Diagram (researchgate.net) Nódulo benigno Fonte: https://www.msdmanuals.com http://www.vitalimagem.com.br/index.php/noticias-2 http://www.vitalimagem.com.br/index.php/noticias-2 https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Nodulo-denso-espiculado-en-cuadrante-superior-externo-de-mama-derecha-BIRADS-5_fig1_286571116 https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Nodulo-denso-espiculado-en-cuadrante-superior-externo-de-mama-derecha-BIRADS-5_fig1_286571116 https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Nodulo-denso-espiculado-en-cuadrante-superior-externo-de-mama-derecha-BIRADS-5_fig1_286571116 35 Hadazza Vitoria Almeida OBS: o principal achado do carcinoma ductal in situ na mamografia são microcalcificações pleomorficas numerosas e agrupadas HISTOPATOLÓGICO: BIÓPSIA AMBULATORIAL: Core biopsy (punção por agulha grossa): Mais barata, de fácil manuseio, pode ser guiada ou não, mas precisa de vários “disparos para retirar o tecido certo) Mamotomia: Mais cara e de manuseio mais difícil, porém pega uma amostra maior de uma vez só. Obs:Essas biopsias ambulatoriais podem dar falso negativo por não conseguir retirar o local correto. BIÓPSIA CIRÚRGICA: padrão-ouro!!! Biopsia incisional: retirar parte do tumor, serve para lesões grandes Biopsia excisional: retira todo o tumor. Quando as lesões são menores, e cisticocomplexas Se nódulo impalpável pode usar a estereotaxia no momento da biopsia. LESÕES BENIGNAS MAIS COMUNS: Fibroadenoma: sólida + comum – típica de mulher jovem Retirar se ele for grande ou estiver crescendo ou se for após os 35 anos. Conduta: acompanhar Tumor filoides: inicialmente ele parece o fibroadenoma porém ele tem o crescimento muito rápido. Nos tumores filoides as células estromais são monoclonais Acomete pacientes da 3ª e 4ª década de vida. Conduta: ressecção com margens de segurança para diminuir recidiva. Esteatonecrose: história de nódulo após trauma. Alteração funcional benigna da mama: mastalgia cíclica e bilateral LESÕES MALIGNAS: Ductal infiltrante: tipo invasor + comum Lobular infiltrante: tendencia a bilateralidade e multicentricidade CA inflamatório: é localmente avançado – invade pele, linfáticos, parece uma mastite em pacientes que não estão amamentando. Conduta: biosiar e incluir a pele TRATAMENTO DAS LESÕES MALIGNAS: TIPOS DE CIRURGIA: ⎯ CONSERVADORA: Precisa avaliar a relação tumor/mama: até 3,5 cm e < 20% da mama. Tem que ser uma lesão unifocal. Segmentectomia /quadrantectomia Fonte: Microcalcifications in Breast Cancer (news-medical.net) Microcalcificações pleomórficas agrupadas https://www.news-medical.net/health/Microcalcifications-in-Breast-Cancer.aspx 36 Hadazza Vitoria Almeida Obs: sempre que fizer cirurgia conservadora = fazer radioterapia pós- operatória ⎯ RADICAL – MASTECTOMIA: Hasteld = tira os 2 peitorais (quase não é feita mais) Patey = tira o peitoral menor Madden = não tira. QUANDO AVALIAR LINFONODO? = SEMPRE QUE FOR TUMOR INFILTRANTE Esvaziamento completo X linfonodo sentinela* *linfonodo sentinela = primeiro linfonodo a drenar a região tumoral Se o linfonodo for negativo evita dissecção axilar radical. axila é clinicamente positiva – nesse caso já pode fazer já o esvaziamento completo. QUIMIOTERAPIA ADJUVANTE: ✓ Tumores> 1 cm ✓ Linfonodo positivo ✓ Expressão de HER2 ✓ Receptor hormonal negativo QUIMIOTERAPIA NEOADJUVANTE: É aquela realizada antes da cirurgia para reduzir o tumor Usado para tumor localmente avançado RADIOTERAPIA ADJUVANTE: Após Cirurgia conservadora Tumores > 4 cm INDICAÇÕES DE HORMONIOTERAPIA: Receptor estrogênio positivos usar tamoxifeno ou inibidores de aromatase por 5 anos TERAPIA ALVO-DIRIGIDA: Possui menor efeito adverso do que a quimio TRASTUZMABE → tratar pacientes que superexpressam HER2 (relação com pior prognóstico e agressividade) NEOPLASIAS DO OVÁRIO ANATOMIA: Fonte:https://www.bing.com/newtabredir?url=http%3A%2F%2Fjulianaga briel.com.br%2Fespecial-diabetes-disfuncoes-sexuais%2F FATORES DE RISCO: 1. História familiar 2. Idade avançada 3. Mutação BRCA 4. Tabagismo 5. Menacme longo 6. Nuligesta 7. Indutores de ovulação (Obs: “mais atividade no ovário” = mais risco) O PRINCIPAL fator de risco IDENTIFICÁVEL é o familiar, porém 90% dos canceres de ovário não possui fator genético. FATORES DE PROTEÇÃO 1. Amamentação 2. Uso de anovulatórios 3. Laqueadura tubária/ fimbriectomia 4. multiparidade RASTREIO CA DE OVÁRIO: Sem rastreio para baixo risco. https://www.bing.com/newtabredir?url=http%3A%2F%2Fjulianagabriel.com.br%2Fespecial-diabetes-disfuncoes-sexuais%2F https://www.bing.com/newtabredir?url=http%3A%2F%2Fjulianagabriel.com.br%2Fespecial-diabetes-disfuncoes-sexuais%2F 37 Hadazza Vitoria Almeida DIAGNÓSTICO: Avaliação clínica e USG Porem é um tumor silencioso com poucos sintomas, geralmente quando os sintomas aparecem, o tumor já está avançado e são inespecíficos. CISTOS DE OVÁRIO NA USG BENIGNO X MALIGNO: ⎯ Massa ovariana em pré- púbere = 50% de chance de ser maligno ⎯ Em menacme = a maior parte é funcional ⎯ Após a menopausa = maligno Principais características de CISTO MALIGNO: S – Sólida X anecoico (benigno) U – USG doppler com resistência = fluxo = neovascularização S – Septada (espesso) P – Papilas (projeção papilar) E – Espessamento da parede I – Irregular T – Tamanho > 8 cm A – Antes / Após menacme] Tem SUSPEITA? = cirurgia. Sem suspeita = acompanhamento. OBS: cisto hemorrágico = corpo luteo hemorrágico – conduta expectante e controle dos sintomas se a paciente estiver estável. MARCADORES TUMORAIS: So servem como COMPLEMENTO e acompanhamento de tto. Se tiverem negativos não exclui diagnóstico. Possuem baixa sensibilidade e baixa especificidade. CA 125: indica tumores epiteliais (os + comuns) Desidrogenase (LDH): Disgerminoma Alfafetoproteina e HCG: Embrionário. DIAGNÓSTICO É CIRURGICO Teve suspeita na USG e na clinca = cirurgia = definir realmente se era benigno ou maligno TUMORES BENIGNOS: Adenoma Teratoma benigno (cisto dermoide) Pico aos 30 anos Pode torcer Geralmente possuem crescimento lento medindo entre 5 a 10 cm Maioria são unilaterais (90%) Os teratomas do tipo cístico maduro são não funcionantes. O risco de malignização é de 1 % e maior na menopausa. Struma ovarii (tumor de células germinativas possui muito tecido tireoidiano e pode causar crise tireotóxica) Fibromas (tumor de cordão sexual, que apresenta aspecto firme e geralmente se associa à ascite e hidrotórax) SÍNDROME DE MEIGS: 1. Tumor de ovário (fibroma)+ 2. Ascite + 3. Derrame pleural TUMORES MALIGNOS: EPITELIAL: Adenocarcinoma seroso = mais comum Adenocarcinoma mucinoso = pseudomixoma. Tumor de células claras GERMINATIVO: Germinativo maligno + comum na infância Disgermininoma: mais comum dos germinativos mas não apresenta marcadores tumorais (crescimento rápido e corresponde de 1 a 3% de todos os canceres de ovário) Tumor do seio endodérmico (TSE) = eleva alfa-fetoproteina (comum na primeira infância – porem raro) Carcinoma embrionário = elevação de alfafetoproteína e do b-HCG 38 Hadazza Vitoria Almeida Coriocarcinoma: tip d eneoplasia troflobastica gestacional que ocupa a cavidade uterina gonadoblastoma TUMOR DE KRUKENBERG: 1º geralmente é gástrico metastático para o ovário (verificamos célula em anel de sinete do ovário, porém vem de outro lugar) TRATAMENTO PARA TUMOR BENIGNO: Cirurgia conservadora = tirar apenas o cisto/tumor TRATAMENTO PARA MALIGNO: LAPAROTOMIA → diagnóstica, p/ estadiamento e p/ tratamento. ✓ Lavado + ✓ Biopsias peritoneais + ✓ Histerectomia total + ✓ Adenectomia bilateral + ✓ Omentectomia infracólica + ✓ Ressecar implantes e linfonodos pélvicos e para-aórticos. ✓ Avaliar salpingooforectomia unilateral (Se Idade fértil IA=Apenas 1 ovário/ e G1 =bem diferenciado) ✓ QT ADJUVANTE (para todos, Exceto se IA e IB -só ovários Bilateral- e não sendo indiferenciado. 39 Hadazza Vitoria Almeida INTRODUÇÃO – RELEMBRANDO ANATOMIA/HISTOLOGIA: ENDOCERVICE = epitélio colunar ECTOCÉRVICE = epitélio escamoso Obs: Câncer de vulva, vagina e de colo mais comum é do epitélio escamoso. JEC = junção escamo-colunar METAPLASIA ESCAMOSA = Entre a JEC antiga e a JEC nova (pós epitélio escamoso avançar p/ o colunar com o passar do tempo) Pode conter CISTOS DE NABOTH: Aspecto perolácio. É um marco da metaplasia Fatores de Risco: HPV (principal) e exposição sexual. Anamnese + Exame Físico Casos Avançados: Dor, corrimento, sangue... ATENÇÃO: Demora MUITO tempo p/ evoluir! HPV: Mais oncogênicos: 16 e 18 Condiloma acuminado: 6 e 11. VACINAS: São produzidas de VLP: partículas semelhantes ao vírus. Não tem chance de desenvolver a doença Tipos: Bivalente: 16 e 18 Quadrivalente: 6, 11, 16, 18 Nonavalente (SUS NÃO cobra): 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 Esquema do MS: Quadrivalente em 2 doses: 0 – 6 meses Meninas: 9 a 14 anos Meninos: 11 a 14 anos Quadrivalente em 3 doses (0-2-6 meses) situações de HIV/Aids, transplante de MO e órgãos sólidos e pacientes oncológicos Meninas: 9 a 45 anos; Meninos 9 a 26 anos; CONDILOMA ACUMINADO: TRATAMENTO: Cautério/laser: lesões EXTENSAS Ác. Tricloracético: ideal p/ lesões PEQUENAS – Pode usar em gestantes Podofilina: tto clinico PROSCRITO em gestantes Imunomoduladores: eficácia não tão boa e custo mais elevado – uso domiciliar COLPOCITOLOGIA/ RASTREIO: QUANDO COLHER O PREVENTIVO: 1x por ano → após 2 resultados negativos → a cada 3 anos Entre 25 a 64 anos, APÓS a sexarca. SITUAÇÕES ESPECIAIS: Gestante = igual HIV + : após a sexarca, de 6/6m no 1º anos, se negativo → colher anualmente Se CD4<200: manter 6/6m Virgem: NÃO COLHE PARAR APÓS HISTERECTOMIA TOTAL por doença benigna SEM história de lesão de alto grau COMO COLHER: coleta DUPLA → ectocervice e endocervice. Lesões precursoras, câncer de colo uterino e endométrio: 40 Hadazza Vitoria Almeida CONDUÇÃO DOS RESULTADOS DO PREVENTIVO: LIE-GB (LSIL): lesão intraepitelial escamosa de baixo grau Repetir em 6 meses se ≥ 25 anos Repetir em 3 anos se < 25 anos ASC-US: atipia escamoso celular de significado indeterminado Repetir em 3 anos se < 25 anos Repetir em 12 meses se 25 a 29 anos Repetir em 6 meses se > 30 anos ASC-H: atipia escamoso celular que não pode afastar alto grau COLPOSCOPIA AGC (AGUS) atipia glandular cervical COLPOSCOPIA + avaliação do canal LIE-AG (HSIL): Lesão intraepitelial de alto grau COLPOSCOPIA HIV + com LIE-BG ou ASC-US: COLPOSCOPIA Persistência de LIE-BG ou ASC-US no 2º preventivo = encaminhar para a COLPOSCOPIA OBS: se parece câncer ao exame físico = pedir direto a biopsia. DIAGNÓSTICO: DIAGNÓSTICO = COLPOSCOPIA COM BIOPSIA TESTES: Ác. Acético: as áreas que ficam acetobrancas indicam atividade proteica aumentada = BIOPSIA Teste de Schiller (lugol): cora o glicogênio as células escamosas NORMAIS coram com lugol ficando escuras = TESTE DE SCHILLER NEGATIVO as células alteradas possuem baixo teor de glicogênio logo não se coram – TESTE DE SCHILLER POSITIVO OBS: a biopsia em gestantes só é feita se suspeita de IVANSÃO ACHADOS COLPOSCOPICOS ANORMAIS ACHADOS COLPOSCOPICOS SUGESTIVOS DE CÂNCER Epitélio acetobranco tênue Epitélio acetobranco denso* Mosaico fino Mosaico grosseiro* Pontilhado fino Pontilhado grosseiro* Iodo parcialmente positivo Iodo negativo* Vasos atípicos* *alterações maiores Superfície irregular, erosão ou ulceração Epitélio acetobranco denso Pontilhado e mosaico amplos e irregulares Vasos atípicos Achado mais suspeito à colposcopia = VASOS ATÍPICOS COLPOSCOPIA INSATISFATORIA Sem visualização de JEC: Abrir mais o especulo/ usar especulo endocervical/ aplicar estrogênio. Inflamação ou atrofias intensas Colo uterino não visível AVALIAÇÃO DO CANAL: É feito com o ESCOVADO endocervical Curetagem cervical 41 Hadazza Vitoria Almeida TRATAMENTO – LESÕES INTRAEPITELIAIS (NIC): NIC I: Após acompanhar por 2 anos = persistiu → DESTRUIR a lesão: Crioterapia Cauterização NIC II ou acima na biópsia= EXÉRESE Exérese da zona de transformação (EZT tipo I, II ou III – quanto de tecido tem que tirar Quando fazer CONE (EZT 3): Suspeita de invasão Não vê limite da lesão JEC não visível VER E TRATAR: Paciente maior de 25 anos, mulheres com diagnóstico citológico de lesão de alto grau (HSIL), colposcopia adequada evidenciando achados anormais maiores, JEC visível e no máximo até o primeiro centímetro do canal endocervical (zona de transformação tipo 1 ou 2), lesão restrita ao colo e ausência de suspeita de invasão ou doença glandular têm reduzido o risco de histologia negativa. Podemos fazer EZT direto sem a biopsia, ou seja ver a lesão e já tratar. HISTOLOGIA: LESÕES INTRAEPITELIAIS: Câncer cervical: tipo hist. mais comum é o EPIDERMOIDE (= Escamoso = espinocelular) – Também é o câncer de vulva e vagina mais comum ESTADIAMENTO 2018 Obs: o ca de colo invade as estruturas do lado e abaixo primeiro em ordem sequencial
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