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Instituição do
Direito Público e Privado
Prof. Walter Júnior.
Discentes: Diego, Edson, João
Pedro, Mike e Ronaldo.
Curso: Administração.
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DIREITO PÚBLICO
Introdução
Em suma, o Direito Público, a partir de um critério formal é o conjunto de normas jurídicas responsável por regular as relações do Estado, como ente soberano com os cidadãos e com outros Estados e que se referem às atividades públicas, ou seja, disciplinam os interesses do Estado e o exercício das atividades públicas (ou das funções públicas).
O Direito Público, é também compreendido como aquele em que um dos sujeitos da relação jurídica é o próprio Estado.
O Direito Público tem a principal tarefa da defesa de sua integridade e da sociedade, a quem se destinam os seus serviços e cuidados, mostrando-se incompatível tal vinculação.
De maneira geral, ele regulamenta as ações dos cidadãos dentro da esfera pública da sociedade. Ou seja, é responsável por tratar do relacionamento entre Estado e particulares, ou seja, entre o público e o privado, e defende o interesse público, que é soberano ao interesse privado.
Os Ramos do Direito Público
As demandas que envolvem conflitos de interesses entre o poder público e os indivíduos (ou outros Estados) estão relacionadas a uma série de situações diferentes. Por isso, as principais áreas de atuação do profissional, ou seja, os ramos que esse profissional vão atuar são:
O Direito Constitucional; 
O Direito Administrativo; 
O Direito Financeiro;
O Direito Eleitoral;
O Direito Urbanístico 
O Direito Tributário; 
O Direito Processual;
O Direito Penal; e 
O Direito Internacional Público.
O Direito Constitucional
É o ramo encarregado das normas jurídicas que constituem um Estado, definem a sua estrutura e sua forma de organização, além de versar sobre os direitos e as garantias das pessoas, regulando a atividade do Estado, com todos os serviços públicos dispostos para a sociedade, que tem como finalidade o bem social comum. O direito constitucional é a área mais importante para qualquer jurista, por ser a base do nosso ordenamento jurídico. O conhecimento de direito constitucional deve ser o norte de qualquer profissional do Direito, seja atuante ou não no direito público.
O Direito Administrativo
É compreendido como aquele ramo do Direito que se ocupa das normas jurídicas, dos princípios que regem as atividades administrativas do Estado e também da sua organização administrativa. É dele que são obtidos, por exemplo, os limites dos gestores da coisa pública, as prerrogativas e as sujeições da administração e a forma pela qual os interesses sociais serão geridos pelos nossos representantes, mediante a ação das atividades administrativas. É uma esfera extremamente importante para a conclusão do nosso curso, já que trata da expressão jurídica dos limites e das prerrogativas da Administração Pública.
O Direito Financeiro
O Direito Financeiro cuida da União, estados, municípios e Distrito Federal. É um ramo autônomo, que estuda a atividade financeira do Estado sob o ponto de vista jurídico. Ou seja, ele atua com receita e despesa pública. Seu campo de atuação é mais restrito à Advocacia Pública, sendo primordial aos assessores jurídicos e procuradores legislativos dominarem essa disciplina.
O Direito Eleitoral
O Direito Eleitoral é um ramo do Direito Público que tem como objeto de estudo os institutos, as normas e os procedimentos que regulam o exercício do direito ao sufrágio com a finalidade de concretizar a soberania popular, dar validade à ocupação de cargos políticos e legitimar o exercício do poder estatal.
 O Direito Urbanístico
O Direito Urbanístico trata do ramo do Direito que estuda o conjunto de legislações reguladoras da atividade urbanística. Ou seja, aquelas destinadas a ordenar os espaços habitáveis. As demandas de Direito Urbanístico podem envolver o plano diretor, edificações, IPTU, desapropriações, proteção ao patrimônio cultural, dentre outros.
O Direito Tributário
Ele cuida dos critérios pelos quais o Estado arrecadará os valores necessários (tributos) para bem administrar os interesses sociais. É nesse campo que o cidadão poderá conhecer os limites da capacidade de o Estado coletar impostos, taxas e contribuições. É também nessa seara que os representantes do Estado compreenderão os procedimentos a serem adotados na aplicação das receitas públicas para a concretização das atividades estatais de interesse público.
O Direito Processual
Ele consiste em um ramo específico do Direito que congrega as normas que orientam as pessoas (físicas e jurídicas – incluindo a própria figura estatal) sobre o modo pelo qual podem obter uma solução do Estado em relação aos conflitos específicos. Quando uma pessoa fere o direito de outra, dá também a ela o direito de exigir a reparação de seus danos. São as normas de natureza processual que regem a maneira pela qual essa cobrança será realizada: qual a ação judicial a ser apresentada, quais os prazos processuais, as hipóteses em que se admitirão recursos etc.
O Direito Penal
Ele também apresenta as normas jurídicas de natureza pública. Essa afirmação decorre do fato de caber ao Estado a titularidade pela punição àqueles que cometem crimes. Houve um tempo em que as coisas eram diferentes: os homens faziam justiça com as próprias mãos. Esse tempo era chamado de justiça privada. Nos dias de hoje, a sociedade e o Direito entendem que somente o Estado tem a prerrogativa de aplicar uma pena ao indivíduo que resolve cometer um crime, ou seja, transgredir uma norma de natureza penal. Por possuir princípios e métodos próprios, o Direito Penal é também considerado como ramo autônomo do Direito Público.
O Direito Internacional Público
As suas normas jurídicas são bastante peculiares. Partem de princípios e de pressupostos específicos. A sua alocação entre os ramos do Direito Público se deve ao fato de as suas normas versarem sobre o relacionamento entre o Estado e outras pessoas jurídicas de Direito Internacional (como os outros Estados e os organismos internacionais).
Os Princípios do Direito Público
Toda doutrina, de qualquer ramo do direito, começa abordando os princípios inerentes aquele ramo. E o Direito Público também têm alguns princípios consagrados pela doutrina e jurisprudência.
Não obstante, cada ramo falado acima ter seus próprios princípios também temos estão consolidados os 9 seguintes princípios do Direito Público: Princípio da Autoridade Pública, Princípio da Legalidade, Princípio da Submissão do Estado à Ordem Jurídica, Princípio da Isonomia, Princípio do Devido Processo, Princípio da Publicidade, Princípio da Responsabilidade Objetiva, Princípio das Igualdades Políticas e Princípio da Função.
Princípio da Autoridade Pública
O Estado ocupa posição de supremacia quanto aos seus interesses em face do particular. Ele possui a faculdade de exigir dos administrados um dever como consequência de sua autoridade, sendo que tais exigências não dependem da vontade do destinatário. Essa faculdade não decorre de um vínculo obrigacional, mas sim da autoridade estatal.
Princípio da Legalidade
O princípio da legalidade, no viés do direito público, está previsto no artigo 37 da Constituição Federal. Segundo ele, a Administração Pública só é autorizado fazer aquilo que a lei prevê, caso contrário não tem validade. Conclui-se que o Princípio da Legalidade decorre da observância rigorosa da legislação, traço que caracteriza o estado democrático de Direito.
Princípio da Submissão do Estado à Ordem Jurídica
O Estado é vinculado à legislação, ou seja, decorre da vontade popular expressa na construção legislativa, sendo o Estado um fim da vontade popular. Cabe ao Estado obedecer a legislação e a ordem jurídica, posto que essa é a finalidade do ente estatal.
Princípio da Isonomia
Também com previsão constitucional, o princípio da isonomia, ou igualdade, é o que garante que o Estado trate todos os cidadãos de forma igual.
Mas esse princípio não significa que o tratamento igual deve ser absoluto.Pelo contrário: ele deve garantir, também, que os desiguais sejam tratados de forma diferenciada, no limite de suas desigualdades. 
Isso é o que chamamos de igualdade material, que é tratar os desiguais na proporção de suas desigualdades. Um exemplo clássico são as cotas raciais e também para pessoas com deficiência em vestibulares e concursos públicos.
Princípio do Devido Processo Legal
Com previsão Constitucional a partir da nossa última Carta (CF/88), o Princípio do Devido Processo Legal é a garantia de liberdade, sendo um direito fundamental do homem consagrado na Declaração Universal dos Direitos Humanos:
Art. 8º “Todo o homem tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.”
O Princípio do Devido Processo Legal é o garantidor de que todos têm o direito a um processo com todas as etapas previstas em lei, dotadas de todas as garantias constitucionais. 
É graças a este princípio que ninguém é privado de sua liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal. Ele põe “rédeas” na atuação do Estado, quando estamos falando de privar a liberdade do homem e de seu patrimônio.
Princípio da Publicidade
Também com previsão expressa na Constituição, o princípio da publicidade é ínsito ao Estado Democrático de Direito e está intimamente ligado à perspectiva de transparência, dever da Administração Pública e Direito da Sociedade.
Princípio da Responsabilidade Objetiva
Com previsão constitucional, o art. 37, §6, da CF/88 diz que: 
As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.”
Isso porque o agente público, quando no exercício das atribuições, está atuando como Administração Pública, e não como particular. Por isso, em seus atos a Administração Pública responde objetivamente, e o agente, subjetivamente, somente em caso de dolo ou culpa.
Princípio da Igualdade das Políticas
Esse princípio impede que o Poder Legislativo e o Poder Executivo quando na edição de leis, atos normativos e medidas provisórias, criem tratamentos abusivamente diferenciados a pessoas que se encontram em situações idênticas. 
Em outro viés, a autoridade pública deverá aplicar a lei e os atos normativos de maneira igualitária, sem estabelecer diferenças em razão de sexo, religião, convicções filosóficas ou políticas, raça e classe social.
Princípio da Função e Finalidade
A finalidade está diretamente relacionada com a impessoalidade da Administração Pública. A orientação é que a Administração Pública aja sempre com foco no interesse público.
Diferença entre Direito Público e Privado
Direito Público — é o conjunto de normas jurídicas responsável por regular as as relações do Estado, como ente soberano com os cidadãos e com outros Estados.
Direito Privado — é o conjunto de disposições jurídicas responsável por regular as relações dos particulares entre si e do Estado quando este atua no plano de igualdade com os particulares.
Diferença entre Direito Público e Privado
A diferença entre Direito Público e Direito Privado remete às regras jurídicas romanas, e um critério utilizado por teóricos para diferenciá-los é a natureza dos interesses.
O Direito Público é o que lida com questões relacionadas a pessoas que atuam no poder público, ou seja, com os interesses da sociedade como um todo, envolvendo as relações entre entidades e órgãos estatais, servindo somente aos interesses públicos, enquanto o Direito Privado serve aos interesses particulares (pessoas ou empresas), ou seja, rege as relações dos interesses entre as pessoas.
O Direito Público fala das normas do Estado com a sociedade, além de estabelecer leis para as atividades estatais. Ele vem de cima para baixo, ou seja, o Estado é mais importante do que o indivíduo, porque ele trata do coletivo, e que devemos segui-la. Não é algo que escolhemos ou não fazer. Assim, se você é obrigado a pagar impostos, vai ter de pagar impostos, querendo ou não. Somos obrigados por lei a pagá-los. Caso contrário, pagamos uma multa, o valor do tributo com juros e podemos até sofrer sanções. Outra questão que deve ser vista no Direito Público é organizar o papel do Estado. Ele também se submete às leis e não está acima delas. Nem autoridades ou nossos representantes políticos. As repartições públicas são regidas pelo Direito Público, que determina quais são suas áreas de atuação e o que elas podem fazer.
O Direito Privado acontece entre pessoas e empresas, que podem estabelecer alguns acordos entre si. Onde as relações são iguais entre as partes privadas, e as leis, dispositivas, atuam quando não há acordo pré-estabelecido entre os agentes. As relações existentes entre
os particulares relativas à vida privada, e as relações patrimoniais ou extra patrimoniais são consideradas. Os ramos do direito privado incluem no direito civil e no direito comercial.
Resumindo
Enquanto o Direito Privado abrange interesses entre particulares e permite a liberdade de fazer tudo que não é proibido na lei, já o Direito Público, em suas subdivisões, estabelece normas estruturais para a sociedade, regula a atividade do Estado, disciplina condutas, dentre outros e só permite fazer o que está escrito na lei,.
Por que existe essa diferença?
Parece normal que haja essa diferença entre Direito Privado e Público, mas nem sempre foi assim. Ainda na época do Império Romano, havia somente o que se conhece hoje por Direito Público. Mas eram leis que regulavam a sociedade da época, então eram normas que diziam algo sobre quem poderia votar nas eleições, o que era considerado crime, entre outros.
Não havia um Direito Privado propriamente dito. Os acordos entre pessoas eram mais feitos na base do que já se fazia antes, nas tradições e costumes. Então venda de bens em geral não havia uma regulamentação expressa e formalizada.
Só na época da Revolução Francesa, no século 18, que houve essa separação. Mas, ainda assim, não é um consenso entre os países do que é exatamente Direito Privado e Público. O que se convenciona é como funciona a relação de igualdade entre as partes envolvidas da história. 
Considerações Finais
Nessa perspectiva, considerando os diversos posicionamentos elencados ao longo dessa reflexão, funda-se nosso entendimento na ressalva de um Direito Público representante de uma sociedade político-juridicamente organizada no Estado, não sendo, portanto, qualquer espécie de pessoa jurídica pertencente a seus governantes, defendendo os interesses sociais da comunidade a que serve, salvaguardando os bens e os valores essenciais à prevalência da cidadania e do estado de direito.
Encarrega-se, dentre outras atribuições, de fazer com que os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, no uso de suas atribuições, respeitem os direitos que a lei maior assegurou, exigindo uma completa e absoluta independência e autonomia para funcionar, sendo que nesse Estado Republicano de Direito, representativo e democrático, cabe ao Direito Público a principal tarefa da defesa de sua integridade, e, sobretudo, da sociedade a quem se destinam os seus serviços e cuidados, mostrando-se incompatível tal vinculação.
Conclusão
O Direito Público conseguiu romper barreiras que a prendiam junto ao Estado, tornando visível a processo de judicialização do país. Tal ascensão paradoxal, realizada num contexto marcado por revoltas populares, só se deu porque, no curso de redemocratização do país, o Direito Público lutou para se desvincular do Estado e construir uma imagem de agente da sociedade na fiscalização dos poderes políticos. 
O Direito Público é um ramo que tem como objetivo principal a regulação dos interesses da sociedade como um todo, a disciplina das relações entre esta e o Estado, e das relaçõesdas entidades e órgãos estatais entre si. Tutela o interesse público, alcançando as condutas individuais de forma indireta.
O Direito Público viu sacramentado o seu perfil institucional no corpo da Lei Maior do país, em capítulo próprio, e de total autonomia, independente dos clássicos poderes da República, judicializando os conflitos que antes ficavam à mercê de um tratamento exclusivamente político ou administrativo, exercendo parcela de soberania, imprescindível à própria sobrevivência da sociedade, dada a sua tamanha importância no atual paradigma.
Referências
Sites:
https://www.aurum.com.br/blog/direitopublico/#:~:text=O%20direito%20p%C3%BAblico%20tem%20como,de%20forma%20indireta%20ou%20reflexa.
https://blog.sajadv.com.br/direito-publico/
https://domalberto.edu.br/direito-publico-o-que-e-e-quais-sao-as-principais-areas-de-atuacao/
https://www.projuris.com.br/direito-publico/amp/#DIREITO_FINANCEIRO
https://horadafacul.vestibulares.com.br/vestibular/direito-privado-x-direito-publico diferencas/amp/
Referências
https://blog.uniavan.edu.br/voce-sabe-qual-a-diferenca-entre-direito-publico-e privado/#:~:text=A%20diferen%C3%A7a%20entre%20direito%20p%C3%BAblico%20e%20privado%20%C3%A9%20que%20o,particulares%20(pessoas%20ou%20empresas).
https://blog.mackenzie.br/mercado-carreira/mercado-de-trabalho/entenda-adiferenca-entre-direito-publico-e-direito-privado/amp/
https://areadny.jusbrasil.com.br/artigos/599864886/resumo-sobre-direito-publico-e-direito-privado/amp
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/401390/1/PNAP%20-%20Bacharelado%20-%20Modulo%203%20-%20Direito%20Publico%20e%20Privado%20-%203ed%20-%20GRAF.pdf

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