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INTRODUÇÃO A doença é dividida em dois aspectos, o enfisematoso e o Bronquítico. O principal fator de risco a DPOC é a exposição ao tabaco, que gera um processo inflamatório que acomete um pulmão e tem fim como um remodelamento. O enfisema é melhor visto por meio da TC e do RX, já para o padrão bronquítico, os exames de imagem não são tão favoráveis. O diagnóstico de bronquite crônica vem mais pela avaliação clínica, onde o paciente tem tosse durante pelo menos 3 meses por ano durante um período mínimo de 2 anos. Clínica do paciente com DPOC → Padrão enfisematoso: • Emagrecido • Aumento de insuflação pulmonar • Pletora facial Padrão bronquítico: • Cianose • Baqueteamento digital Apesar da divisão, muitos pacientes apresentam os dois padrões. RADIOGRAFIA Há certa limitação no diagnostico do enfisematoso através do Raio-x, e ainda mais limitações no diagnóstico do bronquítico. No paciente enfisematoso, as alterações radiográficas são mais visíveis em casos avançados. Características que podem ser identificadas no enfisematoso através do Raio-X: • Sinais de hiperinsuflação – pacientes acima do 6-8 espaço intercostal anterior. • Aumento da transparência pulmonar – o aumento de volume pulmonar diminui a densidade dos vasos em toda a área de parênquima pulmonar • Bolhas enfisematosas em ápices. A imagem demonstra um enfisema paraceptal e a formação de bolhas aéreas que demonstram destruição de parênquima pulmonar, além disso, sinais de hiperinsuflação, que pode ser visto pela retificação da cúpula diafragmática. CRITÉRIOS PARA CONFIRMAÇÃO DE HIPERINSUFLAÇÃO PULMONAR • Diafragma rebaixado ou retificado. • Aumento do espação claro (aéreo) – retroesternal (maior que 3cm) → (visto em perfil). • Coração fica alongado e verticalizado. Esses achados estão em estágios mais finais da DPOC. Tendo em vista que não pode diagnosticar DPOC, o Raio-x irá servir para excluir outros diagnósticos, como pneumonia, IC e pneumotórax. RAIO-X TÍPICO DO PACIENTE ENFISEMATOSO Nas imagens notamos sinais de hiperinsuflação pulmonar → pelo aumento do tamanho craniocaudal do pulmão do paciente, pela retificação da cúpula diafragmática, retificação do coração, aumento dos espaços intercostais. Na segunda imagem (de perfil), nota-se um maior espaço retroesternal (>3cm) (onde está a seta azul), e as bases pulmonares ficam mais escuras. RADIOLOGIA DA DPOC RADIOGRAFIA DO PACIENTE BRONQUÍTICO É descrito como paciente de “pulmão sujo” • São encontradas opacidades heterogêneas bilaterais, devido à sobreposição de espessamento de paredes brônquicas. • Espessamento das paredes brônquicas → melhor demonstrado em RC. • A traqueia que tem um aspecto mais ovalado irá apresentar-se mais verticalizada, por conta do paciente com tosse crônica. Esses achados são mais difíceis de ser identificados e até de aparecerem em Raio-X. Outros achados são: Hiperinsuflação pulmonar, oligoemia → também achados no enfisema. HISTOLOGIA Foco no paciente enfisematoso Na região de parênquima pulmonar há certo tipo de destruição que guia o entendimento de que enfisema está acometendo o paciente. Os tipos são: • Centroacinar (centrolobular) • Parasseptal • Panacinar (panlobular) ENFISEMA CENTROACINAR Imagine cada lobo pulmonar como um cacho de uva, e cada uva nesse cacho como um ácino (também chamado de lóbulo pulmonar secundário). Imagine que a área de enfisema é no centro da uva → no centro do ácino. Na área central do ácino, há uma colonização de artérias e bronquíolo. Há destruição dos alvéolos adjacentes ao bronquíolo. A imagem desse tipo de enfisema → uma imagem com área escurecida, sendo visível a artéria no seu centro, não tendo parede. Esse enfisema é mais relacionado ao tabagismo e acomete mais terços superiores do pulmão. A imagem acima é uma representação esquemática do enfisema centrolobular, onde a área preta é o centro de enfisema. As áreas de enfisema são equidistantes uma da outra. Observando as setas da imagem, vemos uma área centrolobular destruída e um foco branco dentro. E essas áreas de enfisema não se misturam pois são dentro dos ácinos. Nessa outra representação nós confirmamos a presença de um enfisema SEM parede. ENFISEMA PARASSEPTAL Há uma doença na “casca da uva”, na periferia. Esse enfisema gera uma parede falsa, por uma modificação de epitélios. Está nas periferias de lobos pulmonares e ocorre mais em lobos superiores. Nas imagens vemos inúmeras bolhas aéreas de distribuição periférica. ENFISEMA PANACINAR O enfisema acomete todo o ácino. Está muito relacionado à deficiência de alfa-1-antitripsina. Geralmente acomete ápices e bases pulmonares, estando bem difuso, porém, tem predomínio em lobos inferiores. Há uma simplificação difusa da arquitetura pulmonar. observamos um paciente bem hiperinsuflado, com verticalização do coração, retificação diafragmática, aumento de espaços intercostais, entre outros aspectos enfisematosos. A imagem acima (A) representa uma TC de corte coronal, de um paciente com deficiência de alfa- 1-antitripsina. O pulmão da direita do paciente foi transplantado e o pulmão da esquerda é um pulmão doente. A imagem acima demonstra o mesmo paciente transplantado, mas em corte axial. Percebe-se a rarefação dos vasos pulmonares em relação aos alvéolos, além de ser um área bem mais escura. Enfisema predominante de base e em pacientes jovens sem exposição chama atenção para deficiência de alfa-1-antitripsina. ENFISEMA PARACICATRICIAL Ocorre fibrose maciça em área de parênquima pulmonar, gerando distorção da arquitetura e “repuxando” a área adjacente por conta da fibrose, causando enfisema adjacente a fibrose. A imagem acima demonstra um paciente com pneumoconiose, observamos uma placa fibrótica no parênquima pulmonar (círculo vermelho) → essa destruição gerou hiperinsuflação focal (círculo amarelo). ENFISEMA BOLHOSO É um tipo de enfisema mais específico → essas bolhas podem gerar um pneumotórax importante, principalmente em pacientes de tosse crônica (bronquíticos).
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