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PIM VI CONCEITOS MICROBIOLÓGICOS APLICADOS A MAQUIAGENS

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CURSO DE TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA
Aline Silva Ferreira – RA: 0403392 / Santo André II
Daniela Cristina Gonçalves Ribeiro – RA: 2140033 / Santo André II
Priscila Santos Souza Costa – RA: 0431549 / São Caetano
Rita de Cássia Madruga – RA: 0421316 / São Caetano
CONCEITOS MICROBIOLÓGICOS APLICADOS A MAQUIAGENS
SÃO PAULO
2022
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CURSO DE TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA
Aline Silva Ferreira – RA: 0403392 / Santo André II
Daniela Cristina Gonçalves Ribeiro – RA: 2140033 / Santo André II
Priscila Santos Souza Costa – RA: 0431549 / São Caetano
Rita de Cássia Madruga – RA: 0421316 / São Caetano
CONCEITOS MICROBIOLÓGICOS APLICADOS A MAQUIAGENS
Trabalho apresentado no curso superior de
Estética e Cosmética da Universidade
Paulista - UNIP, para o Projeto Integrado
Multidisciplinar VI.
SÃO PAULO
2022
RESUMO
As maquiagens e seus utensílios podem ser um meio adequado para o
crescimento de microrganismos patogênicos que podem ser disseminados pelo
compartilhamento desses produtos, principalmente em estabelecimentos de beleza.
Ao final deste estudo, será discutida a importância dos cuidados diários de
segurança nas áreas de parasitologia, imunologia e conceitos microbiológicos
aplicados às máquinas, pois a máquina e seus componentes podem servir como
plataforma para o desenvolvimento de microrganismos, que podem então ser
disseminados através da sua partilha. Neste trabalho, você terá uma melhor
compreensão do tema Conceitos Microbiológicos em Maquiagem, que está ligado à
indústria da beleza e é extremamente importante para a saúde e bem-estar de
clientes e pacientes. Iremos abordar também sobre a imagem pessoal e as técnicas
de drenagem Linfática. 
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO …................................................................................................05
2 – IMAGEM PESSOAL …........................................................................................06
2.1 – IMAGEM PROFISSIONAL ….................................................................06
2.2 – AUTO IMAGEM …..................................................................................08
2.3 – A RELAÇÃO DA ESTÉTICA COM A AUTOESTIMA E 
AUTOIMAGEM ….................................................................................09
3 – DRENAGEM LINFÁTICA …................................................................................10
3.1 – SISTEMA LINFÁTICO.............................................................................11
3.2 – DIFERENÇA ENTRE DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL E MASSAGEM
CORPORAL ….....................................................................................14
3.3 – MÉTODOS DE DRENAGEM LINFÁTICA …..........................................14
3.3.1 – Método Godoy & Godoy ….................................................................14
3.3.2 – Método de Vodder …........................................................................16
3.3.3 – Método de Leduc …............................................................................19
3.4 – INDICAÇÕES DA DLM …......................................................................21
3.5 – CONTRA INDICAÇÕES DA DLM ….....................................................22
4 – MICROBIOLOGIA …...........................................................................................23
4.1 – MICROBIOMA HUMANO …...................................................................24
5 – IMUNOLOGIA …..................................................................................................27
5.1 – IMUNIDADE INATA …............................................................................27
5.2 – IMUNIDADE ESPECIFICA ....................................................................28
6 – PARASITOLOGIA …...........................................................................................29
6.1 – PARASITISMO E SUAS DEFINIÇÕES .................................................29
6.2 – O PARASITO E SEU HOSPEDEIRO ….................................................31
6.2.1 – Ciclo biológico dos parasitas...............................................................32
6.3 – DOENÇAS: ORIGEM E TIPO DE TRANSMISSÃO ..............................33
7 – CONTAMINAÇÃO MICROBIOLÓGICA EM MAQUIAGENS DE USO
COMPARTILHADO …...............................................................................................34
CONCLUSÃO …........................................................................................................37
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ….....................................................................39
5
1– INTRODUÇÃO
Esse PIM envolve às disciplinas vigentes neste bimestre: Imagem Pessoal,
Drenagem Linfática, Microbiologia, Parasitologia e Imunologia.
O conceito de Imagem Pessoal é tratado desde o ponto de atendimento,
assim como a organização, estética, aroma, a imagem da empresa e a imagem da
embalagem do produto, sendo a imagem pessoal essencial para manter a
credibilidade junto aos clientes, aprimorar habilidades, manter-se conectado com as
notícias e cuidar de comportamentos, atitudes e comportamentos verbais e não
verbais. 
A Drenagem Linfática manual aplicado na estética tem como objetivo
transmitir o conhecimento do sistema linfático, suas técnicas e aplicabilidade na
prática clínica, tanto estética facial como corporal, bem como a importância do
entendimento das indicações e contraindicações, analise cada caso de forma
individual. A disciplina aborda também anatomia, fisiologia dos sistemas:
cardiovascular, linfático, urinário, bem como fisiopatologias, definições, métodos e
descrições de drenagem linfática manual, sendo este último de suma importância,
pois um profissional da área da estética trata e cuida de pessoas que buscam
tratamentos para melhorar a aparência.
A disciplina de microbiologia é o ramo da ciência que estuda os
microrganismos e seus efeitos benéficos e nocivos nos organismos vivos. Eles são
os principais contribuintes para processos bacterianos, virais e infecciosos.
Já os Parasitas são organismos vivos que roubam recursos de outros
organismos para sobreviver. Algumas espécies são inofensivas, enquanto outras
causam doenças graves que podem ser transmitidas a outros humanos e animais
infectados.
A imunologia busca melhorar o sistema de defesa do organismo, prevenindo e
protegendo contra a disseminação de infecções, vírus e bactérias, além de erradicar
processos previamente estabelecidos.
6
2 – IMAGEM PESSOAL
Cada vez mais, os profissionais de beleza têm um grande desafio na
construção de imagens de clientes; este desafio é dominar as técnicas e ao mesmo
tempo levar em conta a imagem interna do cliente, bem como seu desejo externo.
Finalmente, a compreensão da visão.
Carlos Drummond de Andrade já citava em seu poema “As contradições do
corpo”, confronto entre essência e a aparência, a luta entre interior e exterior.
É de grande valia em tempos atuais - onde existe a supervalorização da
imagem e onde se coloca em questionamento a auto estima - o preparo dos
profissionais na área da estética, já que nossa sociedade ainda dita as regras da
boa imagem, independente que traga bem-estar à pessoa que passa pelos
procedimentos (VILHENA, 2017).
Uma boa imagem pessoal lhe dá uma vantagem nas relações sociais e
interpessoais. Mesmo que você acredite que a essência é tudo o que importa, a
realidade é que aparência, beleza e dinheiro são importantes. E há um intervalo de
tempo entre a percepção da aparência e a avaliação da essência que favorece a
beleza e sustenta a indústria da estética (TOMMASO, 2010).
2.1 – IMAGEM PROFISSIONAL
A imagem pessoal e profissional de cada indivíduo caminham de mãos dadas.Nesse caso, deve haver um equilíbrio entre “quem você é” e “o que você quer
retratar profissionalmente” por meio de sua imagem. É importante lembrar que a
imagem é uma coleção de coisas e não se limita a roupas ou como as pessoas se
vestem. A construção de uma imagem inclui tanto aspectos estéticos, como
aparência física, penteado e estilo de roupa, quanto aspectos comportamentais, que
incluem tanto a comunicação verbal (o que dizemos pessoalmente ou nas redes
sociais) quanto a comunicação não verbal (a forma que gesticulamos, nos
comportamos, etc).
É fundamental lembrar que a nossa imagem fala por si. Ela comunica o tempo
todo quem somos e o que queremos. E, quando usado corretamente, pode ser um
fator positivo no aprimoramento das competências e habilidades de cada indivíduo.
Quem souber aproveitar ao máximo o poder que tem na vida profissional ganhará
dinheiro e, sem dúvida, se destacará em seu campo de atuação. Infelizmente, nem
todos entendem ou reconhecem o poder de sua própria imagem, e muitas vezes não
7
sabem como usá-la para atingir seus objetivos.
No entanto, existem vários indicadores que podem ajudá-lo a promover sua
imagem positiva inicial, como:
• Comportamentos: Além das regras obrigatórias de etiqueta social,
existem algumas sugestões de práticas que acreditamos serem mais
necessárias neste momento. Demonstre orgulho no que faz e/ou
vende; Mostre respeito pelo seu tempo e do cliente; Seja educado,
porém fique preparado para a marcação de outra visita ou uma
reclamação se não conseguir a “atenção seletiva” necessária.
• Hábitos: A maioria dos bons hábitos profissionais está relacionada
com a educação que recebemos, pelo que, como consta nas etiquetas,
apenas vamos relembrar algumas situações consideradas críticas para
a imagem profissional. O cumprimento do horário de trabalho, ou seja,
a assiduidade e pontualidade, são fundamentais para a formação de
uma boa imagem profissional. Outro hábito fundamental é a
comunicação personalizada, ou usar o nome do seu interlocutor desde
o início, sempre que possível. Por qualquer motivo, não interrompa
alguém que está falando.
• Postura: Apesar do que foi dito, a postura deve ser amistosa,
agradável, natural e estimulante.
• Ética: Tendo sempre em mente os padrões éticos da sua profissão, ao
lidar com um cliente ou outro interlocutor, você também deve
considerar as seguintes sugestões:
1. Não critique seus concorrentes, pois será mais benéfico destacar as
vantagens de sua empresa e, se possível, fazer com que o cliente
descreva as desvantagens das demais;
2. Não critique a concorrência do cliente, pois ele ainda não sabe de onde
veio e não saberá para onde irá no futuro; em vez disso, contrate um
aliado e faça com que ele fique onde está.
• Conhecimentos: principalmente se você é o primeiro ponto de
contato, e se seu objetivo é saber o máximo possível sobre seu cliente,
demonstre excesso de conhecimento, forneça informações conforme
necessário e no melhor interesse do cliente, mas não tente " apareça"
8
como se você "sabe tudo", pois essa atitude pode prejudicar sua
imagem e impedir seu progresso.
• Capacidades: É fundamental destacar não todas as suas habilidades,
mas principalmente aquela pela qual você é conhecido, que todos
mencionam como uma virtude nas primeiras reuniões e que atrai os
outros. Essa habilidade é conhecida como "fator único". Descubra o
seu elemento único e aproveite ao máximo agora.
• Competências: são um conjunto de conhecimentos, aptidões e
atitudes que, quando desenvolvidas em harmonia, proporcionam o
resultado desejado e esperado.
2.2 – AUTOIMAGEM 
Para Gouveia et al (2005) a autoimagem expressa a percepção que uma
pessoa tem de si mesma e sua reação ao retorno de sentimentos, pensamentos ou
ações nas relações interpessoais. Sapountzi-Krepia et al (2001 apud SILVA; SILVA,
2004) observa que, quando falamos de autoimagem, estamos nos referindo à
resposta que cada um de nós tem quando nos colocamos diante de nosso "eu
interior", bem como aos sentimentos e pensamentos que surgem como resultado
dessa visualização. Essa visualização envolve atitudes que são vivenciadas como
pertencentes ao corpo, habilidades e liberação de força física. O autor também
menciona que doenças orgânicas que afetam as estruturas do corpo podem alterar a
aparência de uma pessoa. Dependendo do significado emocional da mudança para
o indivíduo, essas mudanças podem alterar a forma como a sociedade trata o
indivíduo, causando mudanças na autoaceitação, no desenvolvimento cultural e nas
relações interpessoais. Como resultado, a autoimagem de uma pessoa tem um
impacto direto na sua autoestima.
A crença que uma pessoa tem sobre si mesma em relação aos outros pode
ser reduzida ou aumentada como resultado de diferenças cognitivas causadas por
danos estruturais e educacionais, bem como sociais e religiosos. Existem situações
em que a autoimagem de uma pessoa é distorcida, e isso pode levá-la a acreditar
que é algo que não é. Por exemplo, uma pessoa pode acreditar que é um rei ou
rainha e que todos devem obedecê-la (EGITO, 2010).
9
2.3 – A RELAÇÃO DA ESTÉTICA COM A AUTOESTIMA E AUTOIMAGEM 
A sociedade de consumo tende a atribuir ao individuo o desejo pela
plasticidade do seu corpo. Através da mídia, outdoors, desfiles, novelas, é passada a
ideia de que as rugas, flacidez, queda de cabelo, e outros fatores estéticos que
acompanham o envelhecimento, devem ser combatidos com manutenção enérgica,
com os cosméticos e todos os recursos que a indústria da estética e embelezamento
oferece (VILAÇA; GÓES, 1998, p.13).
Admite-se, hoje em dia, que a aparência e a superficialidade, estão na ordem
do dia. Será que é preciso deixar-se ofuscar por ela ou, ao contrário, apreciar com
serenidade, o trágico social que isto conduz? (MAFFESOLI, 1996, p.125). 
Muitas vezes, as opções são mais definitivas, como o conceito de
"modificação corporal", que define tanto a tecnologia da cirurgia plástica quanto as
técnicas de "piercings" e tatuagens, passando pela química dos asteroides,
envolvendo técnicas, artes e crenças que, por vezes, desestabilizam o
entendimento, visto que grande parcela da sociedade é afetada. Na maioria das
vezes, confundem ou perdem suas categorias de identificação.
Para Vilaça; Góes 1998,quando se trata de mudanças mais agressivas, cada
mudança parece uma revolta contra a natureza, seja contra o envelhecimento, a
etnia, a anatomia. Michael Jackson é o exemplo mais óbvio de uma busca
incontrolável e desequilibrada. Ele foi capaz de submeter seu corpo a uma
metamorfose que resultou em uma mistura de raças e diferenças.
O desenvolvimento de um ponto de referência pessoal para a beleza na
identidade estética de uma pessoa depende mais da autoestima do que da beleza
física. Essa percepção é independente das "regras" da beleza. Essa referência
interna permitirá que um filtro de realidade seja aplicado quando uma pessoa é
submetida a mensagens externas e apelos estéticos, permitindo que ela reflita se “é
bom para ela” e se ela tem alguma coisa a ver com isso ou não.
Como resultado, a estética orienta a experiência humana mesmo nas rotinas
da vida diária. A beleza não está isolada da sociedade; pode ser encontrado em
museus, shopping centers e na televisão. Ela pode ser encontrada dentro de cada
ser humano. A estética cotidiana não é a do exótico, do inatingível ou do perfeito,
mas a do que é verdadeiramente humano: a essência.
10
3 – DRENAGEM LINFÁTICA
É uma técnica de compressão tecidual manual que utiliza pressões
intermitentes para aumentar o fluxo da circulação linfática para o tratamento de
disfunções estéticas, patologias e edemas intersticiais.
Essa técnicafoi desenvolvida pelo biólogo Emil Vodder e sua esposa Estrid
Vodder após perceberem que quando apresentavam queixas, como dores de
estômago, as glândulas inchavam, e após várias observações, descobriram que
massagear a área inflamada com movimentos suaves específicos melhorava o
aparecimento do inchaço e aliviou a dor.
Vodder foi considerado o pioneiro da drenagem linfática em 1930, porém sua
técnica era utilizada apenas para patologias. Somente em 1936 sua eficácia foi
reconhecida tanto na patologia quanto na estética. 
Atualmente, a maioria das pessoas conhece a drenagem linfática e suas
aplicações, que incluem tratamentos para doenças angiológicas, traumáticas,
neurológicas, metabólicas e cirróticas (BORGES, 2006).
Godoy, Propeli e Leduc ganharam reconhecimento como resultado dessas
novas descobertas; afinal, eles estavam empregando técnicas baseadas em Vodder
(GODOY, 1999).
A Drenagem Linfática Manual é recomendada para promover a circulação.
Por isso, quando aplicado em alterações nos membros inferiores, pode ser tão
eficaz quanto outros tratamentos atualmente utilizados para a mesma finalidade. A
maioria dos autores define drenagem linfática como uma massagem individualizada
na qual um profissional qualificado realiza uma série de manobras nas áreas
afetadas com o objetivo de eliminar todo líquido extra nas fissuras, reduzindo
edemas, diminuindo o inchaço. Manutenção do equilíbrio hídrico dos espaços
intersticiais (GARCIA, BORGES, 2006).
Devemos estar cientes de que toda ação deve ser realizada com o máximo de
conhecimento possível, compreendendo suas contraindicações bem como suas
indicações, evitando assim transtornos e problemas complicados. Um profissional
qualificado deve fazer uma avaliação inicial do cliente para identificar casos em que
a massagem não deve ser utilizada, como tromboses, fraturas, infecções graves,
doenças cardiovasculares e tumores (GUIRRO, 2002).
11
Existem mitos sobre a drenagem auxiliar na perda de peso, mas ela apenas
ajuda a reduzir o líquido extra, resultando na redução das medidas. Ela apenas
auxilia na redução de medidas devido à diminuição da inchaço existente. É
fundamental para melhores resultados que a drenagem seja acompanhada de
alimentação adequada e atividades físicas como corrida, caminhada, ciclismo e
natação. Apenas três sessões devem ser realizadas por semana, com intervalos de
um dia entre elas. O número de sessões que devem ser realizadas será
determinado pelo profissional com base nas necessidades de cada indivíduo. O
consumo de água ajuda na taxa em que as toxinas são liberadas do corpo.
Recomenda-se beber um litro e meio de água todos os dias.
No entanto, sua principal função é estimular o sistema imunológico a manter o
equilíbrio hídrico por meio de movimentos precisos, suaves e rítmicos que
acompanham e obedecem o sistema imunológico a drenar líquidos e eliminar
toxinas do organismo, auxiliando assim o sistema imunológico a produzir linfócitos
(LEDUC,2000,2017; NETTER,2008).
3.1 – SISTEMA LINFÁTICO
O sistema linfático é uma via de acesso à circulação sanguínea que permite
que os líquidos dos espaços intersticiais fluam para a corrente sanguínea na forma
de linfa. Este sistema é constituído por fluido linfático (linfa), capilares linfáticos,
vasos linfáticos, linfonodos, baço, timo e amígdalas.
É crucial para manter a homeostase do tecido, um sistema que é quase tão
amplamente distribuído quanto o sistema circulatório. Ele trabalha para absorver e
transferir o excesso de fluido intersticial, mantendo o equilíbrio de fluidos corporais,
removendo impurezas e auxiliando na circulação sanguínea. Auxilia na defesa do
organismo e na formação de linfócitos (glóbulos brancos) contra potenciais
invasores. É também uma das principais vias de absorção de nutrientes; bactérias e
partículas maiores podem ser absorvidas e eliminadas quando a linfa percorre os
linfonodos.
Dentro do sistema linfático, existe um trajeto que é seguido pela linfa, onde a
reabsorção começa a partir dos capilares linfáticos ou vasos linfáticos iniciais, que
diferem dos vasos linfáticos por possuírem uma sobreposição celular que permite a
entrada de líquido intersticial nos vasos linfáticos.
12
O vaso linfático é um sistema de porta de passagem do sistema linfático,
composto por paredes permeáveis que facilitam uma entrada de macromoléculas de
proteínas e minerais, porque paredes assim como "portes" para permitir a passagem
de grandes capilares e as macromoléculas de entrada não seriam absorvidas pelo
sistema venoso, pois as paredes dos capilares venosos possuem "poros", o que
impede a absorção de grandes moléculas CAMARGO,MARX, 2000; LEDUC, 2007).
Onde estes líquidos são então reabsorvidos pelos capilares linfáticos e linfa
renomeados, evacuando dos vasos linfáticos para os pré-coletores.
Os pré-coletores possuem válvulas que impedem o refluxo do revestimento,
resultando em um trajeto contínuo. Localizam-se entre os capilares e os coletores.
Suas paredes são constituídas por tecido endotelial, tecido conjuntivo e fibras
elásticas e musculares. Eles têm válvulas e condensam a linha no centro. Esses
vasos são comparáveis aos do sistema venoso, embora seu número seja maior nos
vasos linfáticos. E os coletores dão continuidade aos coletores anteriores, mas são
de maior calibre (LEDUC, A.; LEDUC, O., 2007; TASSINARY, 2015).
Formação da linfa
Os gânglios linfáticos, também conhecidos como coletores linfáticos, são
dilatações de vasos linfáticos que incluem partículas invasoras. Os gânglios podem
ser encontrados individualmente ou em grupos por todo o corpo, com maior
concentração nas axilas, virilhas e pescoço. Os vasos linfáticos conduzem a linfa
para os ganglionares, que contêm dois tipos de células: reticulares e linfoides,
ambas responsáveis pela defesa do organismo via ação imunológica. Sua função
primordial é proteger o organismo de quaisquer agressores ou substâncias
estranhas. Essa defesa é o resultado de uma complicada reação imunológica.
https://www.fatosdesconhecidos.com.br/wp-content/uploads/2018/03/Screenshot_1-75.png
13
Quando o corpo está lutando contra uma infecção, as células crescem em tamanho,
tornando-se perceptíveis e formando ínguas (LEDUC; LEDUC, 2007).
Linfócitos são glóbulos brancos que se originam na medula óssea e são
responsáveis pela defesa celular. Quando um invasor entra no corpo, é
imediatamente detectado e ocorre a fagocitose (encapsulamento da substância). Os
macrófagos no sistema fagocitam objetos estranhos na linfa e estimulam a
multiplicação dos linfócitos T e B capazes de reconhecê-los e combatê-los. Ínguas
são causadas por um aumento na produção de linfócito, o que faz com que os
linfonodos no local da infecção cresçam de tamanho. O sistema de filtração é
responsável por filtrar os fluidos e devolvê-los ao sistema venoso.
Sistema Linfático
O Baço localiza-se na região superior esquerda do abdômen. Apesar de não
filtrar a linfa, é o órgão linfático mais importante. Atua como um filtro para as
correntes sanguíneas que produzem e armazenam os linfócitos. Agem como sangue
reservatórios durante hemorragias.
Timo é considerado um órgão linfático, pois sua única função é a maturação
funcional dos linfócitos T, que se encontram no intestino, no ápice e na amígdala.
As tonsilas são pequenas massas encontradas nas mucosas e nas partes
posteriores das cavidades bucal e faríngea. Eles são conhecidos como amígdalas
https://midia.atp.usp.br/imagens/redefor/EnsinoCiencias/SerEd_2011_2012/sered_sem06_01w.jpg
14
(palatina), adenoides (faríngea) ou inguinais, dependendo de sua localização. E
todos estão trabalhando em defesa adicional.3.2 – DIFERENÇA ENTRE DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL E MASSAGEM
CORPORAL
Quando estimulamos a circulação sanguínea com massagem, a área tratada
apresenta maior ou menor eritema. As pessoas que têm um alto nível de retenção
de líquidos podem não se beneficiar da massagem. Exercitado com boa pressão
sobre a pele, atinge certas profundidades que são excessivas para o sistema
linfático do sistema vascular, complicando assim o seu mecanismo impulsor. Uma
massagem vigorosa pode causar dor em alguns casos. A taxa de aplicação é mais
rápida que o DLM. Durante a massagem, os músculos do massagista ficam tensos,
assim como os dedos das mãos e dos pés. Alguns produtos são úteis para promover
o deslocamento mãos.
Drenagem linfática manual (DLM) não deve causar eritema se for evitada
qualquer fricção ou pressão intensa. O avermelhamento da pele determina um maior
aporte sanguíneo, assim como maior filtração (passagem de luz aos tecidos) que
devemos evitar para não atrapalhar a DLM. Com pressões mais suaves aplicadas na
pele, movimentos circulares com pressão máxima e mínima.
O DLM não causa dor, pois os vasos deixam de funcionar adequadamente
nesses casos. Nossas mais devem se afastar em pontos de inflamação ou
hematomas para não causar dor, seu ritmo é lento, e os vasos se contraem de 10 a
14 vezes por minuto em condições normais. Os mãos estão relaxados, os dedos
estão relaxados e as mãos são passivas. Se o produto não for usado para
deslizamento, a pele não pode ser empurrada e, como resultado, os líquidos não
podem ser empurrada.
3.3 – MÉTODOS DE DRENAGEM LINFÁTICA
3.3.1 – Método Godoy & Godoy
A técnica Godoy & Godoy foi desenvolvida pela equipe médica da Prof.ª. Dra.
Maria de Fátima Guerreiro Godoy e o Prof. José Maria Pereira de Godoy, que
publicam suas pesquisas sobre a técnica desde 1999, sempre baseadas em estudos
e evidências científicas (GODOY, 1999).
15
Este método trouxe novas ideias para a comunidade científica na estimulação
do sistema linfático, com o objetivo de alcançar uma abordagem abrangente deste
sistema. Assim, movimentos lineares ao longo do trajeto dos vasos e na direção dos
linfonodos correspondentes, bem como a compressão física constante durante o
trajeto, estão entre as principais inovações do método (GODOY, GODOY, 2011).
A técnica de Godoy & Godoy difere da técnica convencional por utilizar, além
de mãos, rolos, bastes, roletes e materiais leves, no sentido de circulação linfática.
Este novo método de drenagem linfática foi desenvolvido com base em conceitos de
fisiologia, fisiopatologia, hidrodinâmica, anatômica e surgiu para questionar alguns
movimentos de drenagem linfática convencionais (GODOY, GODOY, 2004,1999).
Técnica de drenagem linfática manual Godoy e Godoy usando rolete
Quando comparado a outros métodos similares, o DLM, método Godoy, é
uma abordagem inovadora que produz resultados muito positivos e rápidos.
Contribui para a melhoria e facilita a circulação da linfa, tanto a longo como a curto
prazo (GODOY, GODOY, 2011).
Outro conceito que surgiu com a evolução das pesquisas foi o conceito de
desbloqueio das vias linfonodais, que na realidade tem uma ambiguidade
significativa e se mantém há décadas. Porque é impossível desbloquear
manualmente um linfonodo obstruído. Um estudo dinâmico de linfocintilografia
mostra que a linfa se move pelos linfonodos a uma velocidade muito mais lenta do
que pode se mover pelos linfonodos.
O domínio dos conhecimentos anatômicos, fisiológicos, fisiopatológicos e
hidropáticos é essencial para a execução desses conceitos. O objetivo é
desenvolver corretamente a formação da linfa com seu deslocamento até atingir o
sistema venoso em escala global.
https://www.efdeportes.com/efd216/drenagem-linfatica-no-tratamento-de-linfedema-02.jpg
16
Para que isso aconteça, é fundamental seguir as regras de deslocamento de
fluidos e coordenar os movimentos da melhor maneira possível. Este método
envolve a formação de linfa e sua remoção imediata do sistema linfático. Como
resultado, ela aumentará o volume de linfa nos linfângios, estimulando sua
contração e iniciando drenagem proximal em cascata.
3.3.2 – Método de Vodder
Drenagem linfática manual foi desenvolvida em 1932 pelo dinamarquês
Vodder e sua esposa e tornou-se conhecida pelos pacientes, tendo sido gerada e
cada vez mais aperfeiçoada. É uma técnica utilizada para drenar e limpar
macromoléculas e resíduos celulares que, devido ao seu tamanho, não entram no
sistema circulatório, terminando no interstício e convertendo-se em líquido
intersticial. Devido a esse acúmulo de macromoléculas e resíduos celulares, além de
água e gordura, o inchaço, também conhecido como edema ou linfedema, ocorre
frequentemente nas pernas (SATO,DOMENE, 2013,2002).
A função primária desta técnica é remover líquidos acumulados entre células
e resíduos metabólicos. Drenagem consiste em desobstruir os gânglios e captação,
que nada mais é do que capturar a linfa intersticial para os capilares linfáticos. A
drenagem manual é feita em pequenos movimentos circulares com as mãos e os
pés. A técnica de drenagem de Vodder trabalha no sentido proximal para distal, na
porção a ser drenada (SANTOS, BORGES, 2013,2002).
Para Ribeiro, as diversas drenagens manuais são realizadas em todos os
segmentos corporais, sendo cada manobra realizada de cinco a seis vezes no
mesmo local. Alguns autores aconselham iniciar o DLM com a parte mais próxima, o
processo de evacuação, para obter um esvaziamento preventivo das vias por onde a
linha deve fluir (GUIRRO; GUIRRO, RIBEIRO, 2004, 2003).
Existem dois processos na drenagem: evacuação e captação. Durante a
evacuação, os gânglios e vias aéreas são estimulados, resultando em uma pressão
muito leve, com o objetivo de descongestionar os gânglios em preparação para a
massagem de drenagem. Quando fazemos o procedimento de drenagem, a linfa
entra nos vasos linfáticos e inicia o processo que será seguido pela linfa. Ela é
composta de movimentos leves e circulares com as mãos e polegares (SANTOS
2013).
17
São utilizados movimentos suaves, rítmicos, lentos e contínuos. Como tal,
nenhuma pressão deve ser usada e o cliente nunca deve sentir dor, vermelhidão ou
hematomas como resultado da massagem. Como resultado, haveria vasodilatação,
o que resultaria em alto fluxo sanguíneo na área tratada, agravando a situação.
Quando o organismo está combatendo uma infecção, os gânglios aumentam de
tamanho e tornam-se perceptíveis graças à prática do DLM. Filtram a linfa, retendo
partículas grandes como bactérias e destruindo-as (DOMENE, 2002).
Hoje, a técnica Vodder é amplamente utilizada por uma variedade de
profissionais de saúde, incluindo médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas
ocupacionais e esteticistas. Como resultado, drenagem linfática só deve ser
realizada por indivíduos treinados. Na técnica de Vodder, a massagem começa
distalmente ao drenado e continua seguindo o fluxo linfático (BORGES, 2006).
Os movimentos de Vodder, conhecidos como círculos estacionários (fixos),
são realizados com as mãos abertas sobre a pele, os dedos fazendo movimentos
circulares, uma "pouca" presso aplicada até o ponto médio do círculo e o círculo
terminando sem presso. Como resultado, a circulação começa com pressão e
termina sem pressão. Faça entre 5 e 7 movimentos (SANTOS 2013).
Movimentos circulares – Técnica Vodder
https://juliafleck.com.br/wp-content/uploads/2016/11/drenagem-linf%C3%A1tica-ver%C3%A3o.jpg
18
Movimentos de bombeamento, o polegar e os dedos movem-se na mesma
direção em sentido circular. O controle do movimento é realizado pelo punho do
terapeuta. Nessa manobra as pontas dos dedos não serão utilizadas. De 5 a 7
movimentos. (SANTOS, 2013).
Movimento de bombeamento – Técnica VodderMovimento giratório ou de rotação, é empregado em superfícies planas. O
braço é posicionado em leve abdução no plano da escápula, com o antebraço em
máxima pronação. A mão que inicia o movimento toca a superfície do segmento com
a face palmar e realiza um movimento de desvio ulnar na direção e sentido da
drenagem proposta, simultaneamente aos movimentos de supinação e adução. A
outra mão terá o mesmo posicionamento e realizará os mesmos movimentos
descritos anteriormente, tendo-se o cuidado para que os movimentos sejam
sequenciais e rítmicos, alternando-se as mãos para a região imediatamente
adjacente. O posicionamento das mãos depende da sequência realizada, e podem
ser posicionadas proximal ou distalmente, seguindo sempre o fluxo da linfa
(GUIRRO; GUIRRO, 2004).
Movimento giratório ou de rotação – Técnica Vodder
https://www.institutoyani.com.br/wp-content/uploads/2021/04/drenagem-corporal.jpg
http://dljnjom9md7c.cloudfront.net/Vip%20Clinic/http%253a%252f%252fcms.moonshapes.pt%252fcontentfiles%252f12449%252f555x370__p2_20170128.png
19
O movimento doador começa com as palmas das mãos retas às vias de
drenagem, e baseia-se em manobras que consistem em arrastar, combinando
muitos movimentos. Para começar, segure a borda medial do mo sobre a área a ser
encharcada, seguida de movimentos de pronação do antebraço e abdução do braço.
Em seguida, com o braço estendido do braço estendido, realize um movimento de
arrastar com a borda lateral, combinando movimentos de antebraço e adução do
braço estendido. O movimento é imediatamente repetido na região próxima à que
está sendo manipulada.
Movimento do doador – Técnica Vodder
A Drenagem Linfática está representada principalmente pelas técnicas de
Vodder e Leduc. A diferença entre elas está no tipo de movimento. Vodder utiliza
movimentos circulares, rotatórios e de bombeio, já Leduc propõem movimentos mais
restritos (PACCINI et al., 2009).
Quanto mais sessões de DLM, menor será a probabilidade do acúmulo de
líquidos no local e mais rápida a recuperação dessas pacientes, ajudando na
penetração do líquido excedente nos capilares sanguíneos e linfáticos intactos da
região adjacente à lesão (RIBEIRO, SOARES, 2003, 2005).
3.3.3 – Método de Leduc
Albert Leduc mantém várias técnicas criadas por Vodder, como drenar regiões
próximas antes das distais, e remover obstruções dos principais gânglios da região
antes de direcionar o fluxo linfático. A principal diferença entre Leduc e Vodder era
que ele não iniciava drenagem linfática em seus pacientes via pescoço,
principalmente quando se tratava de edemas remotos. Dizia-se que as manobras no
eixo venoso não tinham capacidade significativa para acelerar o fluxo linfático de
locais distantes do pescoço, como uma das pernas. Sua técnica se baseia na
trajetória dos linfáticos e linfonodos coletores, associando basicamente duas tarefas:
captação e reabsorção.
20
O objetivo da captação é auxiliar na absorção do líquido intersticial nos
capilares linfáticos terminais, bem como no aumento do fluxo na direção dos
linfonodos regionais e, por fim, na direção do canal torácico e do ducto linfático
direito. A evacuação ou demanda, por outro lado, tem o objetivo de aumentar o fluxo
linfático na região proximal, deixando-a descongestionada e pronta para receber
linfa de outras regiões mais distantes.
Como resultado de facilitar e melhorar a circulação linfática, não haverá
necessidade de maiores sobrecargas nesses vasos. Leduc também possui uma
combinação de movimentos mais restrita e oferece protocolos de tratamento
baseados no tipo de distúrbio descoberto, além de curativos abrangentes após
técnicas de drenagem linfática.
Como alternativa à Drenagem, o sistema linfático envelhece em conjunto com
o sistema vascular, resultando em contínua mobilização de fluidos. Suas funções
incluem manter o equilíbrio do volume de líquidos do corpo, eliminar substâncias
produzidas pelo metabolismo celular e cooperar com as respostas imunológicas.
Podemos utilizar a DLM em alguns tratamentos como:
• Edemas pós- operatórios (status pós-fraturas, rupturas musculares, entorses,
pós – cirurgia plástica ou lipoaspiração);
• Edemas por insuficiência congênito hereditária do sistema linfático
(linfedemas primários);
• Edemas pós-esvaziamento ganglionar (edemas que surgem após remoção de
gânglios em cirurgias oncológicas, por exemplo, o cancro da mama); 
• Tem como benéfico a melhora da imunidade fazendo com que aja
estimulação da pele para ativar linfócitos T no organismo segundo Montagu
(1998, p. 195);
• Possui um efeito calmante, de acordo com Montagu (1998, p. 382) o toque do
terapeuta pode diminuir a ansiedade aguda em pacientes hospitalizados em
procedimentos pós-cirúrgicos, é Pisani (1985, p. 110) diz que quando se atua
sobre o sistema nervoso, acalmam as emoções .
• Segundo Leduc (2000, p. 2) se consegue uma circulação de retorno, onde se
encontra lenta ou estagnada e ainda segundo Jacquemay (2000, p. 21)
absorve toxinas e ativar a circulação de proteínas do meio intersticial;
21
• A DLM pode não ser suficiente no tratamento de edemas linfáticos, podendo
ser associados a terapias compressivas para potencialização de resultados;
• Drenagem dos linfonodos: contato direto dos dedos indicador e médio com
a pele, colocados sobre os nodos linfáticos, fazendo uma linha perpendicular,
com pressão leve e rítmica. Tem por objetivo evacuar a linfa.
• Movimentos circulares com os dedos: movimentos circulares e
concêntricos, com os dedos unidos, com exceção do polegar. Feita com o
objetivo de captar a linfa, realizada no caminho das vias linfáticas. Não é
realizada nenhuma pressão nas manobras, círculos leves, rítmicos e com
pressão intermitente na área edemaciada, recomenda se de 5 a 7
movimentos no mesmo local;
• Movimentos circulares com o polegar: realizada do mesmo modo que a de
circulação com os dedos, porém somente com o polegar;
• Movimentos combinados: combinação de manobras circulares utilizando os
dedos e os polegares;
• Bracelete: utilizado quando temos inchaço de grandes áreas, podendo ser
feita com uma ou duas mãos, dependendo da necessidade. A pressão em
bracelete tem por objetivo aumentar o fluxo linfático, para ser recolhido em
direção aos linfonodos da região. Realizada com pressões intermitentes
(pressiona e solta sucessivas vezes). A pressão deve durar dois segundos em
média, o relaxamento deve ser feito com o mesmo tempo de duração e assim
por diante.
3.4 – INDICAÇÕES DA DLM
Atualmente é um dos recursos mais utilizados nos cuidados pós-operatórios
de cirurgias plásticas. Depois disso, a abdominoplastia, também conhecida como
dermolipectomia, é um procedimento cirúrgico que remove o excesso de pele e
tecido adiposo do abdômen de pacientes que sofrem de ptose ou flacidez cutânea
em mulheres após múltiplas gestações.
Nestes casos, gestações e drenagem são fortemente aconselhadas. Indicada
também função de safena (insuficiência venosa); linfedemas gerais; irritação pele
(dermatites, eczemas); contratura e tenso muscular; distúrbios neuro vegetativos e
neuro psíquicos; cefaleias; estados pré e pós-operatórios, Edema no período
22
gestacional e síndrome pré-menstrual.
De acordo com Guirro e Guirro (2002), as manobras de drenagem linfática
manual são indicadas na prevenção e/ou tratamento de: - Edemas; - Linfedemas; -
Fibro edema geloide; - Queimaduras; - Enxertos; - Acne.
3.5 – CONTRA INDICAÇÕES DA DLM
Nesses presentes casos não se deve aplicar podendo haver a piora do
quadro; Edemas Sistêmicos de origem cardíaca, Insuficiência cardíaca, Hipertensão
e Diabetes descompensadas’, Flebites, Tromboses e Tromboflebites, Reações
alérgicas agudas, Afecções da pele não tratadas, Câncer,Asma brônquica e
bronquite asmática, Hipertireoidismo, Imunodepressão, Insuficiência Renal
dependente de diuréticos ou diálise.
23
4 – MICROBIOLOGIA
A microbiologia é o ramo da ciência que estuda os microrganismos, ou
pequenos organismos vivos cujas dimensões os impedem de serem observados
pelo homem. Como tal, eles só podem ser vistos usando um microscópio.
Em geral, todos os sistemas biológicos têm em comum as seguintes
características: 
1) a capacidade de se reproduzir para preservar a espécie;
2) a capacidade de consumir ou assimilar alimentos para obter energia e
crescer;
3) a capacidade de excretar produtos tóxicos;
4) a capacidade de responder ou se adaptar às mudanças ambientais;
5) suscetibilidade a mutações.
A célula é a unidade que compõe os seres vivos. Veículo de informação
hereditária. Todas as células estão conectadas por uma membrana plasmática
através da qual os nutrientes devem viajar.
Os microrganismos são divididos em grupos:
• Vírus: Pequenas partículas se distinguem de outras formas de vida; uma
molécula de ácido nucleico (RNA ou DNA) cercada por um invólucro de
proteína;
• Bactérias: Organismos Procariontes, paredes celulares encontrados em
quase todos os ambientes terrestres e em outros seres vivos Existem
parasitas que causam doenças graves em humanos, como tuberculose e
sífilis, mas também são encontrados na dieta humana, sendo usados para
fazer queijo, iogurte, vinho e outros alimentos;
• Protozoários: fazem parte do Reino Protoctista, são eucariontes,
unicelulares e heterotróficos. Também causam algumas doenças de grande
importância para o homem, como a amebíase, doença de chagas e malária;
• Fungos: dependendo da espécie, eles podem ser micro ou macroscópicos.
Além disso, podem ser unicelulares ou pluricelulares, eucariontes ou
heterótrofos. Alguns tipos de cogumelos podem ser encontrados em uma
variedade de ambientes, incluindo água, plantas, solo e resíduos, e são
usados para diversos fins, incluindo culinária, medicina e fabricação. Outros
24
são considerados parasitas e patógenos disseminados como candidíase,
micose, histoplasmose, entre outros.
4.1 – MICROBIOMA HUMANO
O microbioma humano é o conjunto de microrganismos que vivem em muitas
partes do corpo, como pele, cabelo, cavidade oral, vias aéreas, tratamento
gastrointestinal e tratamento urogenital.
Podemos dizer que é a primeira linha de defesa contra vários patógenos
microbiológicos, auxilia a digestão e contribui para o amadurecimento do sistema
imunológico.
Exstem 3 tipos de interação ser humano e microrganismos:
• Colonização permanente: que seria quando já nascemos com ele/ eles
se adaptam ao nosso organismo.
• Colonização transitória: que seria contato direto com microbiota de outro
lugar, ele não desenvolve doença.
• Doença.
Algumas bactérias estão sempre associadas a doenças, como riquétsias e
leptospiras. Existem outros patógenos que são frequentemente associados a
doenças e são encontrados em pessoas saudáveis. Também temos a microbiota,
que vive na pele e na mucosa das pessoas e só em raras circunstâncias causa
doenças.
A função da microbiota normal é:
• Prevenção da colonização dos patógenos em potencial, portanto
oferecem barreiras contra a colonização.
• Produzem ácidos graxos para dificultar a invasão de outras espécies 
• No intestino liberam fatores com atividade antibacteriana e outros
produtos que, junto com a ausência de oxigênio, impedem o
estabelecimento de outras espécies.
• Os lactobacilos vaginais mantém o pH ácido no meio, o que suprime o
crescimento de outros microrganismos.
25
Os benefícios importantes são:
• Produção de vitamina K e do complexo B;
• Estímulo ao desenvolvimento das defesas imunológicas;
• Proteção dos intestinos X infecção por salmonela Proteção da
pele/mucosas X infecções microbianas.
Na pele podemos encontrar:
• Corynebacterium
• Acnes
• Streptococos 
• Staphylococcus 
• Staphylococcu epidermidis 
• Staphylococcus aureus
• Peptococcus, peptostreptococcus
• Micrococcus
• Bacilos coliformes gram negativos e acinetobacter
• Fungos: cândida e malassezia
Orofaringe e fossas nasais podemos encontrar:
• Staphylococcus aureus
• Corynebacterium sp
• Staphylococcus sp
• Streptococcus sp
• Fusobacterium
• Acinomyces
Cavidade Oral podemos encontrar:
• Streptococcus 
• Neisseria
• Bacteroides
• Lactobacillus
• Fusobacterium
26
• Actinomyces
• Corynebacterium
Na conjuntiva, podemos encontrar:
• Pode ser estéril, então colonizada por corynebacterium xerosis e
staphylococcus epidermidis
• Eventualmente temos outras bactérias como neisserias e moraxella
• A microbiota controlada pelo fluxo de lagrimas
27
5 – IMUNOLOGIA
Imunologia é o estudo dos eventos celulares e moleculares que ocorrem após
o organismo encontrar micróbios ou moléculas estranhas.
Tem como função defesa contra micro-organismos infecciosos e substancias
estranhas não-infeciosas, mas a sua principal função e manter a homeostase do
organismo humano. 
Existem 2 tipos de respostas imune, a inata e a específica.
5.1 – IMUNIDADE INATA
A imunidade inata ou natural é a nossa primeira linha de defesa. Esse tipo de
imunidade já nasce com a pessoa, representada por barreiras físicas, químicas e
biológicas.
Veja no quadro a seguir quais são e como elas atuam na defesa do nosso 
organismo.
BARREIRA AÇÃO NO ORGANISMO
Pele É a principal barreira que o corpo tem contra agentes patogênicos.
Cílios
Lágrima
Muco
Plaquetas
Saliva
Suco gástrico
Suor
Ajudam a proteger os olhos, impedindo a entrada de pequenas partículas e em 
alguns casos até pequenos insetos.
Faz a limpeza e lubrificação dos olhos ajudando a proteger o globo ocular de 
infecções.
E um fluído produzido pelo organismo que tem a função de impedir que 
microrganismos entrem no sistema respiratório, por exemplo.
Atuam na coagulação do sangue que, diante de um ferimento, por exemplo, 
elas produzem uma rede de fios para impedir a passagem das hemácias reter 
o sangue.
Ela possui uma substância que mantém a lubrificação da boca e ajuda a 
proteger contra vírus que podem invadir os órgãos do sistema respiratório e 
digestivo.
É um líquido produzido pelo estômago que atua no processo de digestão dos 
alimentos. Devido sua acidez elevada, ele impede a proliferação de 
microrganismos.
Possui ácidos graxos que ajudam a pele a impedir a entrada de fungos pela 
pele.
https://static.todamateria.com.br/upload/ti/po/tiposdeimunidadesfinal-cke.jpg
28
A imunidade nata também é representada pelas células de defesa, como leucócitos,
neutrófilos e macrófagos.
Os principais mecanismos da imunidade inata são fagocitose, liberação de 
mediadores inflamatórios e ativação de proteínas.
Se a imunidade inata não funciona ou não é suficiente, a imunidade adquirida 
entra em ação.
5.2 – IMUNIDADE ESPECIFICA
A imunidade adaptativa é a defesa adquirida ao longo da vida, tais como
anticorpos e vacinas.
Constitui mecanismos desenvolvidos para expor as pessoas com o objetivo 
de fazer evoluir as defesas do corpo. A imunidade adaptativa age diante de algum 
problema específico.
Por isso, depende da ativação de células especializadas, os linfócitos.
Existem dois tipos de imunidade adquirida:
• Imunidade humoral: depende do reconhecimento dos antígenos, através dos
linfócitos B.
• Imunidade celular: mecanismo de defesa mediado por células, através dos 
linfócitos T.
29
6 – PARASITOLOGIA
Parasitologia é o estudo dos parasitas ou doenças parasitárias , métodos de
diagnósticos e controle de doenças parasitárias.
Na maioria dos casos um organismo (o hospedeiro) passa a constituir o meio
ecológico onde vive o outro (o parasita).
Nessa relação, há sempre um relacionamento entre os seres vivos: obtenção
de alimentos e proteção. 
Assim, a parasitologiaexpressa as causas e consequências das parasitoses
no homem, bem como suas interações com o meio ambiente e as condições sociais.
A seguir estão as principais causas de um aumento na prevalência de parasitas nas
cidades:
• Crescimento desordenado dos centros urbanos, criando bolsões de
pobreza com elevada densidade populacional; 
• Deficiência ou ausência de abastecimento de água, coleta de lixo,
esgotos; 
• Moradia inadequada; 
• Salários insuficientes; 
• Nutrição inadequada; 
• Educação precária. 
Os parasitas estão ligados às condições sociais, econômicas e culturais, e
são vistos como fatores de subdesenvolvimento. Incapacitam o hospedeiro
(hóspede), reduzindo seu potencial produtivo. A erradicação das parasitoses
intestinais exige melhorias nas condições socioeconômicas, cuidados básicos de
saúde e educação em saúde, além da mudança de alguns hábitos culturais.
6.1 – PARASITISMO E SUAS DEFINIÇÕES
O parasitismo é uma associação entre seres vivos onde existe unilateralidade
de benefícios, sendo um prejudicado pela associação com o outro. O parasita é
sempre o agressor, enquanto o hospedeiro alberga o parasito. 
30
Abaixo iremos falar sobre os tipos de parasitismo e suas definições:
• Endoparasito:o que vive dentro do corpo do hospedeiro. Exemplo:
Ancylostoma duodenale.
Ancylostoma duodenale
• Ectoparasito: o que vive externamente ao corpo do hospedeiro.
Exemplo: Pediculus humanus (piolho).
Pediculus humanus
• Hiperparasito: o que parasita outro parasito. Exemplo: Entamoeba
histolytica sendo parasitado por fungos (Sphoerita endogena) ou
mesmo por cocobacilos.
Cisto de Entamoeba histolytica
http://www.ufrgs.br/para-site/siteantigo/Imagensatlas/Animalia/Imagens/bainha2.jpg
https://static.wikia.nocookie.net/infomedica/images/d/d3/FrancineP_Pediculose1.jpg/revision/latest/scale-to-width-down/262?cb=20121129154523&path-prefix=pt-br
http://www.ufrgs.br/para-site/siteantigo/Imagensatlas/Protozoa/Imagens/histolytica.jpg
31
6.2 – O PARASITO E SEU HOSPEDEIRO
Parasito Acidental: parasita outro hospedeiro que não o seu normal.
Exemplo: Dipylidium caninum, parasitando criança.
Parasito Estenoxênico: parasita espécies de vertebrados muito próximas.
Exemplo: algumas espécies de Plasmodium só parasitam primatas; outras, só aves
etc.
Anopheles sp
Parasito Eurixeno: parasita espécies de vertebrados muito diferentes.
Exemplo: o Toxoplasma gondii, que pode parasitar todos os mamíferos e até aves.
https://s2.glbimg.com/CHAPtXQGJZh5rjcqYXevBKZcI24bPLGYweMbpUwDZ83wxANz7ti0FgJshPstOgth/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2013/11/28/99730611.jpg
https://images.squarespace-cdn.com/content/v1/5ce647f81666410001999048/1563813210831-VFRBFXKPISWHKOC8GAWQ/Anopheles_albimanus_mosquito.jpg?format=750w
32
6.2.1 – Ciclo biológico dos parasitas
Parasito Facultativo: pode viver parasitando, ou não, um hospedeiro (nesse
último caso, isto é, quando não está parasitando, é chamado vida livre). Exemplo:
larvas de moscas Sarcophagidae, que podem desenvolver-se em feridas
necrosadas ou em matéria orgânica (esterco) em decomposição.
Parasito Heteroxênico: possui hospedeiro definitivo e intermediário.
Exemplos: Trypanosoma cruzi, S. mansoni.
Doença de Chagas
Parasito Monoxênico: possui apenas o hospedeiro definitivo. Exemplos:
Enterobius vermicularis, A. lumbricoides.
Ascaris lumbricoides
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/4d/Maggot_debridement_therapy_on_a_diabetic_foot.jpg/1024px-Maggot_debridement_therapy_on_a_diabetic_foot.jpg
https://notisul.com.br/wp-content/uploads/2018/07/doenca-de-chagas-como-identifica-la-1-696x365.jpg
https://www.sobiologia.com.br/figuras/Reinos2/ascaris.jpg
33
6.3 – DOENÇAS: ORIGEM E TIPO DE TRANSMISSÃO
Antroponose: Doença exclusivamente humana. Exemplo: filariose
bancrofiiana, necatorose, gripe etc.
Zoonose: Doenças e infecções que são naturalmente transmitidas entre
animais vertebrados e os humanos. Atualmente, são conhecidas cerca de 100
zoonoses. Exemplo: doença de Chagas, toxoplasmose, raiva, brucelose. 
Antropozoonose: Doença primária de animais, que pode ser transmitida aos
humanos. Exemplo: brucelose, na qual o homem é um hospedeiro acidental. 
Zooantroponose: Doença primária dos humanos, que pode ser transmitida
aos animais. Exemplo: esquistossomose no Brasil (o humano é o principal
hospedeiro).
Vetor: É um artrópode, molusco ou outro veículo que transmite o parasito
entre dois hospedeiros.
• Vetor Biológico: É quando o parasito se multiplica ou se desenvolve
no vetor. Exemplos: o T. cruzi, no T. infestam; o S. mansoni, no
Biomphalaria glabrata. 
• Vetor Mecânico: É quanto o parasito não se multiplica nem se
desenvolve no vetor, este simplesmente serve de transporte. Exemplo.:
Tunga penetram veiculando mecanicamente esporos de fungo.
Agente Etiológico: É o agente causador ou responsável pela origem da
doença. Pode ser um vírus, bactéria, fungo, protozoário, helminto.
34
7 – CONTAMINAÇÃO MICROBIOLÓGICA EM MAQUIAGENS DE USO
COMPARTILHADO 
Os cosméticos são produtos para uso externo, de origem sintética ou
natural, destinados à proteção ou embelezamento das diferentes partes do corpo,
entre estes produtos, encontram-se os destinados à maquiagem, como, por
exemplo, batons, sombras, máscaras para cílios, pós-faciais, e outros (BRASIL,
2010; BRASIL, 2005). 
Como as maquiagens são suscetíveis à contaminação, a ANVISA estabelece
boas práticas de fabricação e parâmetros de controle microbiológico para garantir a
qualidade desses produtos. Se o produto chegar dentro dos parâmetros, pode se
contaminar após o uso devido à microbiota na pele do consumidor. Como resultado,
os cosméticos são produtos de uso individual, e seu compartilhamento pode
aumentar o risco de contaminação e disseminação de microrganismos.
A fim de minimizar os riscos microbiológicos, uma etapa importante do
processo de desenvolvimento de um cosmético é a escolha dos conservantes
(SIQUEIRA, 2005). Levando em consideração que as características essenciais de
qualidade esperadas pelo consumidor vão, desde a eficácia cosmética até a
segurança do produto, sendo indispensável a investigação de microrganismos
patogênicos, tendo em vista que estes contaminantes podem estar presentes na
matéria prima, nos equipamentos, no ambiente de produção, nos operadores e até
mesmo nos materiais de embalagem (PINTO, KANEKO; PINTO, 2010).
A Food and Drug Administration (FDA) alerta sobre os riscos de compartilhar
ou comercializar cosméticos com outras pessoas, principalmente maquiagem, pois o
risco de contaminação é aumentado com "testadores" em lojas de varejo, onde
várias pessoas usam a mesma amostra de produto (FDA, 2014), levando em
consideração que apesar da existência de precauções para a fabricação de
cosméticos seguros, há pouca informação disponível (TRAN; HITCHINS, 1994).
Esses dados podem ser obtidos por meio do teste Challenge, que pode ser
usado como ferramenta para prever a eficiência ou não do sistema de economia de
energia após o uso pelo consumidor. No entanto, a embalagem de
acondicionamento, que pode promover ou dificultar a proteção do produto contra
potenciais contaminações do usuário ou do ambiente, também deve ser avaliada
(BRANNAN; DILLE; KAUFMAN, 1987).
35
Publicações relevantes ao tema foram divulgadas, com 9 de análise
micrológica e 1 revisão bibliográfica. Os dados coletados dos estudos encontrados
foram ilustrados no Quadro 1, onde é possível constatar que as maquiagens são
muito suscetíveis à contaminação microbiológica, principalmente quando
compartilhadas. Foram analisadas 209 amostras de maquiagens variadas foram
analisadas e 122 apresentaram contaminação. Entreas muitas bactérias e fungos
identificados, os microrganismos mais comuns foram as bactérias Staphylococcus,
que foram encontradas em seis dos nove estudos examinados. A presença de
microrganismos na maquiagem pode causar problemas cutâneos do consumidor,
bem como perda de estabilidade do produto.
Segue abaixo os resultados de cada amostra:
Fonte: Autoria própria 
Autores
15 12
19 3
Batom 8 7
30 22
57 10
Ferreira (2019) 7 1 -Micrococcus luteus
6 2
15 3
52 52
Maquiagens 
analisadas
Total de 
amostras 
analisadas
Total de amostras 
contaminadas
Microrganismos 
encontrados
Souza e Sáber 
(2018)
Manteiga de 
cacau
-Staphylococcus 
aureus 
-Staphylococcus 
epidermidis
Macedo et al. 
(2019)
Provadores de 
base, corretivo, 
pó facial, 
batom, sombra, 
máscara de 
cílios e pó de 
sobrancelha
-Klebisiella sp. 
-Kocuria kristinae 
-Aspergillus niger
Rodrigues et al. 
(2020)
-Staphylococcus 
aureus -Escherichia 
coli -Enterococcus sp. 
-Pseudomonas 
aeruginosa
Vassoler et al. 
(2020)
Provadores de 
batom
-Staphylococcus 
aureus 
-Staphylococcus 
coagulase-negativo 
-Bacillus sp. 
-Staphylococcus sp 
.-Aspergillus sp. 
-Cladosporium sp
Accacio, 
Almeida e Boni 
(2015)
Máscara de 
cílios
-Staphylococcus 
epidermidis
Máscara de 
cílios
Almeida et al. 
(2018)
Batom, sombra 
e pó facial
Bacilo gram-positivo 
não identificado
Benvenutti et 
al. (2016)
Sombra, blush, 
batom máscara 
de cílios e pó 
facial
-Staphylococcus 
coagulase positivo
Dadashie 
Dehghanzadeh(
2016)
Pó facial, pó 
facial cremoso, 
máscara de 
cílios e 
delineado
-Streptococcus spp. 
-Pseudomonas spp. 
-Acinetobacter-
Bacillus spp. 
-Staphylococcusspp. 
-Escherichia coli 
-Salmonella 
-Klebsiella 
-Citrobacter 
-Rhodotorula 
-Candida -Penicillium
https://www.fatecdiadema.com.br/wp-content/uploads/2021/09/IZABELLA-SOUZA-BANNER.pdf
36
Os cosméticos de uso compartilhado apresentam alta incidência de
crescimento microbiológico, o que pode levar a problemas de pele nos
consumidores. Como resultado, recomenda-se a disponibilização de amostras
individuais e kits de aplicação para evitar a disseminação de microrganismos.
O mesmo também pode ocorrer em cremes utilizados em DLM, produtos de
limpeza de pele. Sempre utilizar espátulas para retirar os cremes para que não haja
contaminação cruzada.
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CONCLUSÃO
Como objetivo primordial da construção inicial da imagem, é necessário
“parecer” competente. Como consequência, antes de fazer contato, considere a
mensagem que deseja transmitir, treine e visualize mentalmente os resultados
desejados. 
Durante estudos e pesquisas, descobriu-se que a drenagem é uma técnica
muito importante no dia a dia das pessoas, sejam elas doentes ou portadoras de
alguma doença. Quando feito corretamente, o alongamento traz diversos benefícios
para o corpo. Ao longo da pesquisa do semestre, aprendemos sobre muitos métodos
manuais de Drenagem linfática e como eles podem ser usados. No entanto, assim
como todos os produtos e outras coisas têm contraindicações, o DLM também tem.
Apesar de sua importância, o estado em que o paciente ou cliente se encontra. É
mais essencial saber quando não aplicar do que quando aplicar. Ela tem limites e
sempre será procurada por adultos, idosos e gestantes.
O objetivo de cada técnica, suas indicações, contraindicações e execução são
detalhados no trabalho. Nossa pesquisa foi baseada em artigos científicos. Estamos
satisfeitos com a eficiência da Drenagem, que melhorou em muitos casos pós-
operatórios e pré-operatórios. Também importante é a pressão leve, rítmica e suave;
isso é fundamental, pois a drenagem não precisa deixar marcas ou feridas para
produzir resultados.
No entanto, concluiu-se que qualquer técnica estudada e praticada era capaz de
produzir melhores resultados.
Microbiologia, parasitologia e a imunologia é fundamental para que possamos
saber sobre as bactérias, fungos existentes em nosso próprio organismo que
possuímos imundadões diferentes uns dos outros. Constatou-se que a literatura
sobre estudos práticos de pesquisas microbiológicas em maquiagens e acessórios
relacionados ainda é limitada, ressaltando a importância do estudo no sentido de
estimular a reflexão sobre a presença de microrganismos nessas áreas e a
necessidade de ações voltadas à promoção da educação em saúde em salões,
estabelecimentos de beleza e outros ambientes onde as maquiagens e acessórios
são compartilhados.
Cosméticos são produtos não estéreis que podem ser contaminados em
vários estágios de desenvolvimento e produção, bem como durante o uso. Como
resultado, do ponto de vista microbiológico, os cosméticos para maquiagem servem
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como fontes de nutrientes para diversos tipos de microrganismos devido à sua
composição complexa. A contaminação microbiológica é uma das mais estudadas e
abordadas, pois confere ao produto o risco potencial de causar danos à saúde do
consumidor.
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