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Neurociências e Movimento

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Neurociências e Comportamento
Motricidade:
A complexidade do movimento:
O caminho que vai do planejamento até a execução
do movimento é bastante longo e cheio de etapas:
● Incertezas→ antecipação
● Previsão de trajetória→ feedback sensorial
● Distúrbios indesejados→ ruídos e
variações
● Atrasos→ fisiológicos e fĩsicos
● Variações→ organismo
Sistema motor:
Os movimentos são o resultado de complexos
processos de programação, comando e controle
que envolvem diversas regiões cerebrais e
terminam na contração das fibras musculares.
→ Esse conjunto neuromuscular é conhecido como
sistema motor.
Elementos de operação:
Existe uma hierarquia, de baixo para cima:
⧫ Efetuadores: são os músculos que realizam os
movimentos.
→ São considerados os mais simples.
→ Eles realizam movimento a partir do comando
dos ordenadores, que se conectam com os
músculos através dos nervos.
⧫ Ordenadores: responsáveis pelo comando dos
efetuadores: medula e tronco cerebral.
→ Na medula, estão localizados os corpos dos
neurônios, e seus axônios que estão na periferia. A
junção de vários axônios forma os nervos.
→ A junção de um nervo com um músculo forma a
chamada junção neuromuscular ou placa motora,
na qual há a liberação da acetilcolina, responsável
pela contração muscular.
Obs: Algumas das doenças que afetam essa região
são a miastenia grave e o botulismo.
⧫ Controladores: são os que zelam pela execução
correta dos comandos motores: cerebelo, núcleos
da base e tálamo.
→ São responsáveis por aperfeiçoar o movimento;
→ O tálamo é um órgão principalmente sensitivo,
mas tem alguns núcleos motores;
⧫ Planejadores: responsáveis pelas sequências de
comandos que produzem os movimentos
voluntários complexos: córtex cerebral.
→ É a área responsável pelas decisões;
Obs: O ato motor acontece depois dos
planejadores e todo esse processo dura
milissegundos;
• Os neurônios motores superiores, também
chamados de 1º neurônio motor, têm corpos
celulares originados na área motora do córtex
cerebral e em vários núcleos do tronco encefálico.
seus axônios fazem sinapse:
no tronco encefálico para→ nervos cranianos (ou)
na medula espinal para→ nervos periféricos
Ele possui 2 funções básicas:
Neurociências e Comportamento
⇒ Informar ao 2º neurônio motor quando o
músculo deve começar e quando deve parar de se
movimentar.
• Os neurônios motores inferiores, também
chamados de 2º neurônio motor, têm corpos
celulares originados na medula espinal,
denominadas células do corno anterior, e seus
axônios transmitem impulsos através das raízes
anteriores e dos nervos espinais para os nervos
periféricos, terminando na junção neuromuscular
(fazendo contato direto com os músculos
esqueléticos).
Sua função principal é:
⇒ Levar a informação gerada pelo 1º neurônio
motor até os músculos, e assim, converter o sinal
elétrico em químico, de modo que ocorra contração
muscular.
O sistema piramidal e extrapiramidal:
O sistema piramidal consiste em fibras do neurônio
motor superior que descem do córtex cerebral pela
cápsula interna, atravessam a pirâmide medular
do tronco encefálico e, em seguida, decussam em
sua maioria, para descer no trato corticoespinhal
lateral, onde fazem sinapse com interneurônios e
neurônios motores inferiores na medula espinal.
→ Todas as demais influências descendentes
sobre os neurônios motores inferiores pertencem
ao sistema extrapiramidal e se originam
principalmente nos núcleos da base e no cerebelo.
→ As fibras motoras que formam os nervos
cranianos e periféricos têm sua origem nos
neurônios motores inferiores.
→ Um distúrbio de função em qualquer ponto do
sistema nervoso periférico (célula de corno anterior,
raiz nervosa, plexo de membro, nervo periférico ou
junção neuromuscular) pode comprometer a função
motora, assim como a doença que primariamente
afeta os próprios músculos.
Doenças dos neurônios motores:
Neurociências e Comportamento
As doenças dos neurônios motores
caracterizam-se pela deterioração progressiva das
células nervosas que iniciam o movimento
muscular.
→ Elas podem envolver o sistema nervoso central
(cérebro e medula espinhal) e também o sistema
nervoso periférico (nervos localizados fora do
cérebro e da medula espinhal).
→ Como resultado, os músculos enfraquecem,
desgastam-se (atrofiam) e podem ficar paralisados
por completo, mesmo quando os músculos, em si,
não são a causa do problema.
> Esclerose lateral amiotrófica (ELA) ou (doença de
Lou Gehrig): é a forma mais comum de doenças dos
neurônios motores.
→ É provocada pela degeneração progressiva no
primeiro neurônio motor superior no cérebro e no
segundo neurônio motor inferior na medula
espinhal.
→ Normalmente, os músculos ficam fracos e se
desgastam, perdendo a capacidade de transmitir
os impulsos nervosos, e os movimentos se tornam
rígidos, desajeitados e cada vez mais difíceis de
serem realizados.
→ O principal sintoma é a fraqueza muscular,
acompanhada de endurecimento dos músculos
(esclerose), inicialmente num dos lados do corpo
(lateral) e atrofia muscular (amiotrófica), mas
existem outros: cãibras, tremor muscular, reflexos
vivos, espasmos e perda da sensibilidade.
> Miastenia grave: doença autoimune em que o
corpo, por erro genético, começa a criar anticorpos
contra os receptores de acetilcolina, dessa forma, o
músculo começa a se tornar fraco, proporcionando
assim um quadro de parestesia. O principal
músculo a ser enfraquecido é a pálpebra.
→ O tratamento é feito com inibidor da
acetilcolinesterase.
>Poliomielite: (paralisia infantil) é uma doença
contagiosa aguda causada por vírus, que acomete
a medula com expressão no primeiro neurônio e
deixa sequelas permanentes. Em casos graves,
pode causar paralisia nos membros inferiores.
> Síndrome de Guillain-Barré: doença autoimune
em que o sistema imunológico ataca os nervos e
destrói a bainha de mielina.
→ Pode ser desencadeada por uma infecção
bacteriana ou viral aguda.
→ Os sintomas começam como fraqueza e
formigamento nos pés e nas pernas que se
espalham para a parte superior do corpo, podendo
levar a paralisia.
> Polineuropatia: é a disfunção simultânea de
vários nervos periféricos por todo o organismo.
→ Pode ser causada por infecções, toxinas,
medicamentos, câncer, deficiências nutricionais,
diabetes, doenças autoimunes e outras doenças.
→ Pode estar relacionado com déficits de vitamina
B12.
> Doença do neurônio motor superior: é
caracterizada pelo comprometimento do corpo
celular do neurônio motor superior.
→ Tem manifestações exclusivamente motoras, que
incluem fraqueza, hiperreflexia, espasticidade,
perda de força e atrofia muscular.
> Doença do neurônio motor inferior:
→ Suas manifestações incluem: fraqueza,
hiporreflexia, atrofia, câimbras , perda de força e
atrofia muscular, sendo que a sensibilidade
permanece intacta.
Planejamento motor:
É o processo entre a tomada de decisão e a ação.
→ A unidade funcional do músculo é o sarcômero,
e a placa motora é forma que o sistema nervoso
tem de interagir com o sistema motor, através do
neurotransmissor acetilcolina.
→ A quantidade de disparos emitidos pelo
neurônio “aumenta” a força muscular.
→ O espasmo muscular está relacionado com o
aumento de duração da presença de acetilcolina
na fibra ou intoxicação por cálcio.
→ A fenda sináptica é “limpa” a partir da ação da
enzima colinesterase (enzima responsável pela
http://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/neuronios/
Neurociências e Comportamento
hidrólise da acetilcolina).
Como usar o cérebro para mover os músculos:
Mover um músculo implica habitualmente uma
comunicação entre o músculo e o cérebro, através
dos nervos.
→ O impulso para mover um músculo pode ter
origem no cérebro, como quando uma pessoa
decide conscientemente mover um músculo, por
exemplo, para pegar um livro, ou o impulso para
mover um músculo pode se originar nos órgãos dos
sentidos, por exemplo, as terminações nervosas
especiais da pele (receptores sensitivos) permitem
que as pessoas sintam dor ou uma mudança de
temperatura e essa informação sensorial é enviada
ao cérebro e este envia uma mensagemao
músculo sobre como responder.
Esse tipo de troca envolve duas vias de nervo
complexas:
• Via do nervo sensitivo ao cérebro
• Via do nervo motor ao músculo
→ Se os receptores sensitivos da pele detectarem
dor ou uma mudança de temperatura, transmitem
um impulso (sinal) em direção ao cérebro.
→ O impulso viaja, ao longo de um nervo sensitivo,
até a medula espinhal e pelo tronco cerebral até o
tálamo e do tálamo até o córtex sensitivo do
telencéfalo (a área que recebe e interpreta as
informações dos receptores sensitivos).
→ Depois que o córtex sensitivo percebe o impulso,
uma pessoa pode então decidir iniciar o
movimento, que aciona o córtex motor (a área que
planeja, controla e executa os movimentos
voluntários) até gerar um impulso.
→ O nervo que conduz o impulso cruza para o lado
oposto, na base do cérebro e é enviado para baixo
até a medula espinhal e dela para a junção
neuromuscular, onde o impulso estimula o
movimento do músculo.
→ Se a sensação ocorrer repentinamente e for
grave (como ao pisar em uma pedra pontiaguda ou
pegar uma xícara de café muito quente), o impulso
pode se deslocar para a medula espinhal e
diretamente para o nervo motor, desviando-se do
cérebro: o resultado é uma resposta rápida de um
músculo, que se afasta imediatamente do que quer
que esteja causando a dor. Esta resposta é
chamada de reflexo medular.
→ A medula é organizada em módulos, em que
cada um desses induz um campo de força
específico. A ativação de vários módulos leva a
movimentos de maior complexidade.
• Nível inferior:
→ Respostas estereotipadas (reflexos)
Estímulo sensitivo⇒ centros medulares
→ A medula tem
módulos básicos de
movimento, como o
reflexo de retirada, que
não necessitam do
cérebro para executar a
ação.
• Nível intermediário:
→ Trabalha através de respostas compensatórias.
→ Não chegam a ser movimentos complexos.
Ex: instabilidade
postural.
Neurociências e Comportamento
Integração com centros encefálicos:
- Formação reticular
- Núcleos vestibulares
- Colículo superior
Estímulo sensitivo⇒ centros medulares⇒ tronco
encefálico
→ O tronco encefálico recebe informações de
várias estruturas e “centraliza” as informações em
um só local.
Estímulo sensitivo⇒ centros medulares⇒ tronco
encefálico⇒ núcleos da base e cerebelo
→ Os núcleos da base são uma espécie de
“engrenagem” que vai receber a informação,
trabalhar ela, e enviar para o córtex.
>> Lembrando que: os núcleos da base são corpos
de neurônios (substância cinza) dentro da
substância branca.
Suas principais estruturas são: caudado, putâmen,
globo pálido, núcleo subtalâmico e substância
negra.
Quando há algum distúrbio nesses núcleos, podem
ocorrer síndromes Hipocinéticas e Hipercinéticas.
O cerebelo também ajuda a coordenar o
movimento e recebe informações da medula, do
tronco encefálico e do cérebro.
→ Ele está localizado na fossa posterior e possui
várias divisões (anatômicas, funcionais e
fisiológicas):
• O Arquicerebelo (ou Vestibulocerebelo) tem
relação com o núcleo fastigial.
Neurociências e Comportamento
→ Ele recebe informações sensoriais dos núcleos
vestibulares.
→ Trabalha o equilíbrio e os movimentos oculares.
O Paleocerebelo (ou Espinocerebelo) tem relação
com os núcleos emboliforme e globoso.
→ Recebe aferências sensoriais, visual,
proprioceptiva e vestibular e controla a
musculatura do tronco;
→ Trabalha o tônus muscular e movimentos axiais.
O Neocerebelo (ou Cerebrocerebelo) tem relação
com o núcleo denteado.
→ Ele controla movimentos voluntários,
aprendizagem e memória dos movimentos.
⇒ Trabalha o planejamento motor e os movimentos
finos e delicados (como a escrita).
• Nível superior:
Processo do “quê”:
- Qual é o meu alvo?
- O que vou fazer?
Estímulo sensitivo⇒ centros medulares⇒ tronco
encefálico⇒ cerebelo e núcleos da base⇒ córtex
- área motora suplementar
- área pré motora
- córtex pré-frontal
- córtex parietal
→ Ações mais complexas.
Ex: aprender uma coreografia.
Atenção:
→ Foco no objetivo
→ Selecionar e excluir alternativas
Tomada de decisão:
→ Entender qual é o objetivo
→ Avaliar as alternativas possíveis
Regras:
→ Organizar as opções e dar sugestões para
alcançar o objetivo.
Processo do “como”:
- Como vou atingir meu objetivo?
- Redução das ambiguidades
Executado pelo córtex pré-motor, córtex parietal,
córtex pré frontal e área motora suplementar.
O movimento voluntário:
Neurociências e Comportamento
1. Córtex motor primário (ou Via motora
primária)
> trato piramidal /cortico-espinhal
→ planejamento (giro pré central e coroa
radiada)
> encéfalo (cápsula interna e tronco
encefálico)
2. Medula espinhal (vias descendentes)
3. Nervo espinhal
4. Placa motora (junção neuromuscular e
neurônio motor)
5. Músculo (órgão efetor. Ele executa o
movimento.)
→ Áreas do córtex se unem na cápsula interna,
uma área de substância branca no cérebro que
separa o núcleo caudado e o tálamo do núcleo
lentiforme.
→ Uma lesão na cápsula interna pode fazer uma
hemiparesia completa à esquerda.
Apraxia:
Praxia é a capacidade de realizar e/ou imitar
movimentos aprendidos e habilidosos (com várias
etapas).→ Envolve o planejamento e a ação.
Exemplos:
- Manusear talheres
- Escovar os dentes
- Vestir-se
- Pentear o cabelo
- Ferramentas de trabalho
A apraxia é dividida em 2 tipos:
Por membros:
- Bucofacial
- Membros
Neuropsicológica:
Neurociências e Comportamento
- Ideomotora: o paciente consegue imitar o
movimento.
- Ideacional: o paciente não consegue fazer
sozinho e nem imitar o movimento.
Etiologias:
- AVC
- Alzheimer
- Degeneração corticobasal
- Tumores
Apraxias mais comuns:
• Apraxia de marcha: é uma dificuldade de executar
macha, assim, o indivíduo fica com a base
alargada (abre as pernas) e fica olhando para
frente querendo andar, mas não consegue. Até que,
se a lesão não for muito grave (na fase inicial), ele
dá um primeiro passo, e começa a andar de forma
automática. Em uma fase mais avançada, ele fica
completamente paralisado.
→ A principal causa é hidrocefalia de pressão
normal ou ainda lesão frontal bilateral (mais rara –
tumor ou derrame dos dois lados).
• Apraxia construcional e do vestir: incapacidade
de desenhar figuras e para vestir-se. Lesão parietal
direita
• Apraxia orofacial ou bucofacial: é a mais comum
de todas. Mais frequente – giro supramarginal
esquerdo ou frontal esquerdo.
Ex: Lamber os lábios ou soprar um fósforo sob
comando, mandar beijos. (O paciente pode até
fazer as coisas no automático, mas quando você
pede, ele não consegue.)
• Apraxia ideomotora: apresenta a ideia de um ator
motor simples.
→ Incapacidade de executar um comando
(simples) a partir da imaginação do movimento.
Atos mais simples: barbear-se e uso de talheres.
Acenar, bater palmas, mandar beijo com a mão.
→ Frontoparietal esquerda ou corpo caloso.
• Apraxia ideativa ou ideatória: é necessária uma
ideia mais global.
→ O paciente é capaz de executar componentes
individuais de um ato motor, mas não a sequência
complexa inteira.
→ Executar série complexa de atos: acender e
fumar um cigarro, abrir garrafa de refrigerante,
servir e beber.
→ Lesão temporoparietal posterior esquerda.

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