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O QUE É ATITUDE FILOSÓFICA

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O que é Atitude Filosófica? 
Pedro Menezes -Professor de Filosofia, Mestre em Ciências da Educação 
 
A Atitude Filosófica é um conceito que significa, acima de tudo, romper com o senso comum e 
olhar com espanto o que há de mais trivial em nosso cotidiano. A problematização da 
realidade é o ponto central e o motor da filosofia. 
Lembrando que a filosofia nasceu na Grécia antiga por volta do final do século VII a.C. como 
um questionamento ao conhecimento tradicional baseado nos mitos e na crença. 
O senso comum grego assumia uma consciência mítica e tomava como evidentes as 
explicações baseadas nas narrativas dos mitos. 
O Espanto 
A Atitude Filosófica tende a contestar o habitual e pensar de forma nova o comum 
A filosofia nasce do espanto. A atitude do filósofo é a de encarar como inédito tudo e todas as 
coisas. Se posiciona com distanciamento, perde o costume, o hábito. Percebe-se como 
ignorante, sendo necessário investigar para conhecer. 
Segundo Aristóteles: 
De fato, os homens começaram a filosofar, agora como na origem por causa da admiração, 
na medida em que, inicialmente, ficavam perplexos diante das dificuldades mais simples. 
O espanto, essa admiração e perplexidade referida por Aristóteles, é o que tira o indivíduo da 
inércia e o lança à busca pelo conhecimento. 
No Mito da Caverna, metáfora proposta por Platão, o filósofo também afirma a importância do 
olhar crítico sobre a realidade e a necessidade da busca por novos saberes. 
O Questionamento 
 A Atitude Filosófica consiste no questionamento e na reflexão sobre alternativas 
A Atitude Filosófica possui como ponto de partida a negação do comum e o questionamento. 
Dizer não aos hábitos e costumes para só depois de passar pelo crivo da razão, afirmar ou 
concordar com algo. 
Negar as certezas do senso comum é o primeiro momento do método proposto pela filosofia. 
Negar é questionar, é prever uma outra possibilidade. 
Sócrates, filósofo grego, conhecido como o "pai da filosofia" tinha no questionamento a base 
para a busca do conhecimento verdadeiro. 
Segundo seus discípulos, dentre eles Platão, o filósofo não fazia afirmações, pois acreditava 
que não se pode ensinar nada a ninguém. A própria pessoa deve refletir e encontrar por ela 
mesma as respostas para os diferentes problemas. 
Uma vida sem reflexão não vale a pena ser vivida. 
O Espírito Crítico 
 O espírito crítico move o filósofo em direção ao desconhecido 
https://www.todamateria.com.br/aristoteles/
https://www.todamateria.com.br/mito-da-caverna/
https://www.todamateria.com.br/platao/
https://www.todamateria.com.br/senso-comum/
https://www.todamateria.com.br/socrates/
https://www.todamateria.com.br/platao/
O espírito crítico é o fundamento da Atitude Filosófica. A incerteza constante que acompanha 
aquele que trilha o caminho do conhecimento, sendo então chamado de filósofo. 
Por fim, filósofo é todo aquele que desperta em si a necessidade da mudança. A inquietude e 
o amor ao conhecimento levam os indivíduos a filosofar, questionar suas certezas e propor 
um conhecimento mais apurado sobre a realidade. 
Mito da Caverna 
 
Pedro Menezes - Professor de Filosofia, Mestre em Ciências da Educação 
 
O Mito da Caverna, também conhecido como Alegoria da Caverna, foi escrito por Platão, 
um dos mais importantes pensadores da história da Filosofia. 
O Mito da Caverna é uma metáfora que sintetiza o dualismo platônico. Por exemplo, a relação 
entre os conceitos de escuridão e ignorância; luz e conhecimento e, principalmente, a 
distinção entre aparência e realidade, fundamental para sua teoria do Mundo das Ideias. 
Foi escrito em forma de diálogo e pode ser lido no livro VII da obra A República, o Mito da 
Caverna é também uma espécie de homenagem de Platão ao seu mestre, Sócrates. 
Resumo do Mito da Caverna 
Vamos imaginar prisioneiros escravizados desde a infância que passaram toda a sua vida 
aprisionados em uma caverna escura, os mesmos foram presos de forma que não 
conseguem olhar para trás, apenas para a parede, em suas costas, há a presença de 
inúmeras fogueiras, e entre eles e a fogueira há um caminho que diariamente passam 
diversas pessoas e objetos por ela. 
Nesse cenário, as pessoas que passam por esse caminho criam sombras misteriosas na 
parede, sendo o único mundo que os prisioneiros conhecem como real, ou seja, as sombras e 
os ecos dos objetos é a real realidade. 
Posteriormente a isso, um dos prisioneiros consegue se libertar das correntes e fugir da 
caverna, nesse sentido, ele consegue acessar o mundo exterior, e aos poucos começou a se 
acostumar com a claridade dos raios solares, assim, o prisioneiro finalmente libertado, 
começou a vivenciar o mundo real pela primeira vez nunca antes conhecido. 
 O mundo exterior não se parecia com nada com que ele poderia imaginar, com a nova 
percepção sobre o mundo e as coisas, sentiu a necessidade de voltar à caverna e 
compartilhar com os outros prisioneiros o conhecimento obtido, mas os prisioneiros não 
conseguiram reconhecer o próprio amigo, a voz do prisioneiro libertado soou como um eco 
desconhecido e distorcido, e o seu corpo na sombra transmitia um tamanho gigantesco e até 
mesmo grotesco. 
Nesse fator, os acorrentados não conseguiram identificar o companheiro e muito menos 
interpretar a fantástica descoberta feita pelo mesmo, a sua história sobre o mundo fora da 
caverna não surtiu efeito sob os amigos acorrentados, que não acreditaram que poderia vir a 
existir um mundo fora da caverna. 
 
 
https://resumos.soescola.com/filosofia/teoria-do-conhecimento/
 Sobre o mito da caverna, responda: 
 
01 – O que significaria o grupo de pessoas presas dentro da caverna subterrânea? 
 
02 – Como estão agrilhoadas (com grilhões, algemas), as pessoas da caverna se habituam 
com a ideia de que fora da caverna há apenas um 'teatro de sombras'. Que sentindo amplo, 
figurado, pode estar sendo representado pelos 'grilhões' que impedem as pessoas da caverna 
de se moverem? 
 
03 – Um dos habitantes da caverna, movido pela curiosidade ou pelo desejo de encontrar uma 
explicação para o que via, consegue sair desse mundo de sombras. Como se definiria esse tipo 
de pessoa que sai das sombras em busca da luz? 
04 – No início, a realidade confunde o habitante que sai da caverna e ele não consegue 
distinguir nem entender o que representam as figuras além do muro. O que pode representar a 
luz forte depois do muro alto e que parece, em primeiro momento, obscurecer a visão do 
habitante da caverna? 
 
05 – Qual é o significado das 'sombras' que dominam os habitantes que continuam dentro da 
caverna? 
06 – O caminho para atingir a luz está repleto de desafios, mesmo assim o habitante avança 
em direção a ela. O que acontece, então, quando a sua visão se torna completa? 
07 – No último parágrafo, o habitante é descrito não somente como um indivíduo livre, mas 
também feliz. Por que isso acontece? 
08 – O 'feliz habitante' se lembra então das pessoas que ainda estão presas dentro da caverna, 
isso o incomoda e ele volta ao mundo das sombras. Como se pode analisar essa atitude ou 
modo de agir, tendo em vista que ele já havia conseguido sua liberdade? 
 
09 – Que mensagem a reação das pessoas da caverna, que matam o 'feliz habitante', 
transmite?

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