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EU VOU PASSAR Espaço Jurídico – Recife – PE Ségio Carvalho é Auditor Fiscal da Receita Federal, professor de Matemática Financeira e Estatística do Esapaço Jurídico e autor do livro “Estatística Básica” da Ed. Campus. PROVA DE MATEMÁTICA FINANCEIRA – AFRF/2005 31. Ana quer vender um apartamento por R$400.000,00 a vista ou financiado pelo sistema de juros compostos a taxa de 5% ao semestre. Paulo está interessado em comprar esse apartamento e propõe à Ana pagar os R$400.000,00 em duas parcelas iguais, com vencimentos a contar a partir da compra. A primeira parcela com vencimento em 6 meses e a segunda com vencimento em 18 meses. Se Ana aceitar a proposta de Paulo, então, sem considerar os centavos, o valor de cada uma das parcelas será igual a: a) R$ 220.237,00 b) R$ 230.237,00 c) R$ 242.720,00 d) R$ 275.412,00 e) R$ 298.654,00 Sol.: Questão clássica de Equivalência de Capitais, no regime composto! (Logo, Equivalência Composta)! E quando a equivalência é composta, a coisa fica bem mais fácil. Basta adotarmos como data focal aquela mais à direita do desenho, e aplicarmos diretamente a equação de equivalências de capitais. Atente apenas para o fato que a taxa composta fornecida é semestral. Daí, trataremos os prazos 6 meses e 18 meses como sendo, respectivamente, 1 semestre e 3 semestres. Passemos ao desenho da questão. Teremos: 400.000, X X 0 1s 3s Aplicando a equação de equivalência, com data focal em 3 semestres, teremos: 400.000.(1+0,05)3 = X.(1+0,05)2 + X 2,1025.X=463.050 X=220.237,00 Resposta! (LETRA A) 32. Uma casa pode ser financiada em dois pagamentos. Uma entrada de R$150.000,00 e uma parcela de R$200.000,00 seis meses após a entrada. Um comprador propõe mudar o esquema de pagamentos para seis parcelas iguais, sendo a primeira paga no ato da compra e as demais vencíveis a cada trimestre. Sabendo-se que a taxa contratada é de 6% ao trimestre, então, sem considerar os centavos, o valor de cada uma das parcelas será igual a: a) R$ 66.131,00 b) R$ 64.708,00 c) R$ 62.927,00 d) R$ 70.240,00 e) R$ 70.140,00 Sol.: Nova questão de Equivalência Composta. O diferencial aqui é que usaremos também a teoria das Rendas Certas! Vejamos o desenho da questão. AFRF – 2005 Matemática Financeira – Prof. Sérgio Carvalho EU VOU PASSAR Espaço Jurídico – Recife – PE 200.000, 150.000, 0 1t 2t 3t 4t 5t Daí, aplicaremos a equação de equivalência de capitais, adotando como data focal aquela mais à direita do desenho, qual seja, a data 5 trimestres. Evidentemente que, na hora de levar as parcelas da segunda forma de pagamento (em vermelho) para a data focal, faremos isso de uma vez só, por meio das Rendas Certas. Teremos: 150.000.(1+0,06)5 + 200.000.(1+0,06)3 = P. S66% 200.733,84 + 238.203,20 = 6,975318.P P=62.927,00 Resposta! (LETRA C) 33. Uma empresa adquiriu de seu fornecedor mercadorias no valor de R$100.000,00 pagando 30% a vista. No contrato de financiamento realizado no regime de juros compostos, ficou estabelecido que para qualquer pagamento que for efetuado até seis meses a taxa de juros compostos será de 9,2727% ao trimestre. Para qualquer pagamento que for efetuado após seis meses, a taxa de juros compostos será de 4% ao mês. A empresa resolveu pagar a dívida em duas parcelas. Uma parcela de R$30.000,00 no final do quinto mês e a segunda parcela dois meses após o pagamento da primeira. Desse modo, o valor da segunda parcela, sem considerar os centavos, deverá ser igual a: a) R$ 62.065,00 d) R$ 60.120,00 b) R$ 59.065,00 e) R$ 58.065,00 c) R$ 61.410,00 Sol.: Mais uma de equivalência composta! De novidade, uma taxa composta trimestral de 9,2727%, que será transformada numa taxa efetiva de 3% ao mês. Fora isso, teremos que levar os dois pagamentos para a data zero, usando taxas compostas diferenciadas: 3% ao mês para a parcela na data cinco meses, e 4% ao mês para a parcela na data sete meses. Nosso desenho é o seguinte: 70.000, 30.000 X 0 5m 7m Percebam que no desenho acima já fizemos o abatimento da entrada! Viram? Pois bem! Daí, adotando a data focal zero, e aplicando a equação de equivalência, teremos: 70.000 = 30.000/(1+0,03)5 + X/(1+0,04)7 0,759918.X = 44.121,74 AFRF – 2005 Matemática Financeira – Prof. Sérgio Carvalho EU VOU PASSAR Espaço Jurídico – Recife – PE X=58.061,00 Resposta! ATENÇÃO: NÃO TEM OPÇÃO CORRETA! NULA! 34. O valor nominal de uma dívida é igual a 5 vezes o desconto racional composto, caso a antecipação seja de dez meses. Sabendo-se que o valor atual da dívida (valor de resgate) é de R$200.000,00, então o valor nominal da dívida, sem considerar os centavos, é igual a: a) R$ 230.000,00 d) R$ 320.000,00 b) R$ 250.000,00 e) R$ 310.000,00 c) R$ 330.000,00 Sol.: Questão mais fácil da prova! Se foi dito que N=5.D, já se conclui que o valor atual será: N – A = D 5D – A = D A=4D Daí, se A=200.000, conforme disse a questão, então: 4D=200.000 E: D=50.000, Finalmente, sabendo que N=5D, conclui-se que: N=5x50.000 N=250.000,00 Resposta! (LETRA B) 35. Em janeiro de 2005, uma empresa assumiu uma dívida no regime de juros compostos que deveria ser quitada em duas parcelas, todas com vencimento durante o ano de 2005. Uma parcela de R$2.000,00 com vencimento no final de junho e outra de R$5.000,00 com vencimento no final de setembro. A taxa de juros cobrada pelo credor é de 5% ao mês. No final de fevereiro, a empresa decidiu pagar 50% do total da dívida e o restante no final de dezembro do mesmo ano. Assim, desconsiderando os centavos, o valor que a empresa deverá pagar no final de dezembro é igual a: a) R$ 4.634,00 d) R$ 4.234,00 b) R$ 4.334,00 e) R$ 5.234,00 c) R$ 4.434,00 Sol.: Outra questão de equivalência composta! Passemos logo ao desenho: X Metade 5.000, 2.000, 0 4m 7m 10m Por primeiro, temos que descobrir quanto vale essa metade da dívida, na data zero (final de fevereiro). Para isso, temos que projetar as parcelas em azul para esta data, e dividir esse resultado por dois. Teremos: Dívida = [2000/(1+0,05)4] + [5000/(1+0,05)7] Dívida = 1.645,40 + 3.553,41 Dívida = 5.198,81 Daí, metade da dívida será de R$2.599,40, e o desenho da questão agora é o seguinte: AFRF – 2005 Matemática Financeira – Prof. Sérgio Carvalho EU VOU PASSAR Espaço Jurídico – Recife – PE X 2.599,40 5.000, 2.000, 0 4m 7m 10m Agora, escolhendo a data focal 10 meses (a mais à direita do desenho), aplicaremos a equação de equivalência. Teremos: 2.599,40.(1+0,05)10 + X = 2000.(1+0,05)6 + 5000.(1+0,05)3] 4.234,15 + X = 2.680,19 + 5.788,12 X = 4.234,00 Resposta! (LETRA D) 36. Edgar precisa resgatar dois títulos. Um no valor de R$ 50.000,00 com prazo de vencimento de dois meses, e outro de R$ 100.000,00 com prazo de vencimento de três meses. Não tendo condições de resgatá-los nos respectivos vencimentos, Edgar propõe ao credor substituir os dois títulos por um único, com vencimento em quatro meses. Sabendo-se que a taxa de desconto comercial simples é de 4% ao mês, o valor nominal do novo título, sem considerar os centavos, será igual a:a) R$ 159.523,00 b) R$ 159.562,00 c) R$ 162.240,00 d) R$ 162.220,00 e) R$ 163.230,00 Sol.: Uma questão de Equivalência Simples, com Desconto Simples por Fora! O enunciado nada disse sobre a data focal, obrigando-nos a adotar a data zero! O desenho é o seguinte: X 400.000, 50.000, 0 2m 3m 4m Aplicando de uma vez a equação de equivalência, com data focal zero e desconto simples por fora, teremos: [50.000.(100-4x2)/100] + [100.000.(100-4x3)/100] = [X.(100-4x4)/100] 46.000 + 88.000 = 0,84.X X=134.000/0,84 X=159.523,00 Resposta! (LETRA A) 37. Paulo aplicou pelo prazo de um ano a quantia total de R$50.000,00 em dois bancos diferentes. Uma parte dessa quantia foi aplicada no Banco A, à taxa de 3% ao mês. O restante dessa quantia foi aplicado no Banco B a taxa de 4% ao mês. Após um ano, Paulo verificou que os valores finais de cada uma das aplicações eram iguais. Deste modo, o valor aplicado no Banco A e no Banco B, sem considerar os centavos, foram, respectivamente iguais a: AFRF – 2005 Matemática Financeira – Prof. Sérgio Carvalho EU VOU PASSAR Espaço Jurídico – Recife – PE a) R$ 21.948,00 e R$ 28.052,00 b) R$ 23.256,00 e R$ 26.744,00 c) R$ 26.589,00 e R$ 23.411,00 d) R$ 27.510,00 e R$ 22.490,00 e) R$ 26.477,00 e R$ 23.552,00 Sol.: Essa foi outra anulável. A Esaf não usou nenhum sinal indicativo de que o regime é o composto! Nenhum! Mas, consideremos que houve um esquecimento fatal. Ok? Consideremos o regime composto, como se fora informado. Ainda assim, continua cabendo anulação! Vejamos: M1=C1.(1+0,03)12 = 1,425760.C1 M2=C2.(1+0,04)12 = 1,601032.C2 Igualando os dois montantes, teremos: 1,425760.C1 = 1,601032.C2 C1 = 1,122932. C2 Sabendo que C1+C2=50.000, faremos: 1,122932.C2 + C2 = 50.000 C2=50.000/2,122932 C2=23.552,00 Daí, teremos finalmente que: C1=50.000 – C2 C1=26.447,00 C1=26.447,00 e C2=23.552,00 Resposta! ATENÇÃO: NÃO TEM OPÇÃO CORRETA! NULA! 38. Um banco deseja operar a uma taxa efetiva de juros simples de 24% ao trimestre para operações de cinco meses. Deste modo, o valor mais próximo da taxa de desconto comercial trimestral que o banco deverá cobrar em suas operações de cinco meses deverá ser igual a: a) 19% b) 18,24% c) 17,14% d) 22% e) 24% Sol.: Essa também foi uma questão fácil. Sobretudo para quem conhecesse a relação entre as duas taxas – a de desconto simples por fora e a de desconto simples por dentro (= taxa efetiva de juros simples)! Conhecendo-a, bastava uma aplicação direta da fórmula. Teremos: (100/if)-(100/id)=n Colocando taxa e tempo na mesma unidade, usaremos id=8% ao mês e n=5 meses. Assim: (100/if)-(100/8)=5 (100/if) – 12,5 = 5 (100/if) = 17,5 if = (100/17,5) if = 5,714% ao mês. AFRF – 2005 Matemática Financeira – Prof. Sérgio Carvalho EU VOU PASSAR Espaço Jurídico – Recife – PE Mas a questão não quer saber taxa mensal, e sim trimestral. Daí: if=5,714x3 if=17,14% ao trimestre Resposta! (LETRA C) AFRF – 2005 Matemática Financeira – Prof. Sérgio Carvalho
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