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ARTRITE REUMATÓIDE (AR) → É uma doença inflamatória crônica de etiologia desconhecida. Ela causa destruição articular irreversível pela proliferação de macrófagos e fibroblastos na membrana sinovial após estímulo possivelmente autoimune ou infeccioso. → Ocorre a perda da capacidade funcional das articulações. Pode comprometer mastigação, deglutição e mobilidade. Afeta: tecidos intersticiais, vasos sanguíneos, cartilagem, osso, tendões, ligamentos, membranas sinoviais. → É mais comum o comprometimento das pequenas articulações, tipicamente as articulações interfalangicas proximais das mãos e dos pés. FATOR DE RISCO: - Tabagismo; - Consumo de café e chá verde; - Sexo feminino; - Fatores genéticos; - Hormonais. SINTOMAS: - Dor muscular (mialgia) - Rigidez; - Edema; - Perda da função; - Fadiga; - Hipertermia; - Hiporexia (redução do apetite) e perda de peso. MEDICAMENTOS: - Imunossupressor; - Anti-inflamatório - Corticoide (o efeito mais conhecido e esperado dos corticoides no tratamento da AR é a melhora do processo inflamatório e da dor; além disso, há evidência de que os corticoides modificam o curso da doença). OBS: Fármacos podem levar a HAS, hiperglicemia e hiper-homocisteinemia. CIRURGIA: → Pode ser considerada se o fármaco não controlar; → Sinovectomia: substituição da articulação e reconstrução do tendão. TRATAMENTO NUTRICIONAL: - Dieta anti-inflamatória; - Proteína: 1,5-2,0 g/kg se desnutrido ou na fase inflamatória; - Lipídios: < 30% do valor energético. Aumento na ingestão de w3; - Ingestão adequada de B12, B6, ácido fólico, vitamina E, vitamina D e cálcio; - Evitar alérgenos alimentares; - Azeite de oliva (rico em oleocantal) – atividade anti-iflamatória semelhante ao ibuprofeno. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES: → A presença do fator reumatoide não estabelece o diagnóstico de artrite reumatoide. → Dentre os pacientes com artrite reumatoide, os que apresentam manifestações extra-articulares têm maior mortalidade. → A Síndrome de Felty consiste em artrite reumatoide crônica associada à esplenomegalia e neutropenia. → De acordo com os critérios diagnósticos revisados pelo Colégio Americano de Reumatologia em 1987, a presença de rigidez matinal é um dos critérios diagnósticos da AR. Tratamento da artrite reumatóide: • Metotrexate é dramaticamente efetivo em reduzir a progressão radiográfica das lesões. • Os glicocorticoides permanecem entre os mais potentes anti-inflamatórios disponíveis; por esta razão, e por causa de seu rápido início de ação, são ideais para ajudar a controlar a inflamação na AR, considerando que as DMARDs (drogas modificadoras da doença artrite reumatoide) têm início de ação mais lento. • Os AINH (anti-inflamatórias não hormonais) são importantes para o alívio sintomático para pacientes com AR; no entanto, eles desempenham papel menor na modificação da doença subjacente. → As articulações interfalangeanas distais, primeira carpometacarpiana e primeira metatarsofalangeana, não costumam ser afetadas na AR, e seu comprometimento sugere um diagnóstico alternativo, como osteoartrite. → Manifestações extra-articulares, como linfonodomegalia, nódulos reumatoides, vasculite cutânea, doença intersticial pulmonar, serosite, episclerite e escleromalácia perfurante, ocorrem em pacientes com doença mais grave e de pior prognóstico. Apresenta manifestação extra- articular da artrite reumatóide: •Ecocardiograma com derrame pericárdico; • Eletroneuromiografia com mononeurite múltipla; • Radiografia de tórax com infiltrado intersticial; • Lesões de pele compatíveis com pioderma gangrenoso. → Fator reumatoide são anticorpos contra a porção Fc de imunoglobulina G. É primariamente utilizado no diagnóstico de artrite reumatóide. → A artrite reumatóide é fator de risco independente para doenças cardiovasculares. → Os fatores que podem se relacionar com a depleção do estado nutricional dos pacientes em uso contínuo de imunossupressor são: o aumento na síntese de interleucina-1 e do fator de necrose tecidual, a atrofia da mucosa gastrointestinal e da articulação temporomandibular. → Doenças como esclerose múltipla, lúpus, diabete tipo 1 e artrite reumatoide podem sofrer influência do papel imunomodulador da Vitamina D.
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