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DIREITO_CIVIL_ESPELHO_CORRECAO_S5

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Seção 5 
ESPELHO DE CORREÇÃO 
DIREITO 
CIVIL 
 
 2 
 
 
 
 
 
 
Conforme se depreende da situação apresentada, com o julgamento da Ação de Interdição proposta 
e consequente interposição de Recurso de Apelação, adveio Acordão proferido pelo Tribunal de 
Justiça do Estado da Bahia, o qual claramente estaria eivado de vício, em específico contradições e 
omissões. 
 
Espera-se que o(a) aluno(a) oponha Embargos de Declaração, fundamentado no art. 1.022, I e II do 
Código de Processo Civil, expondo os pontos de contradição e omissão contidos no Acordão 
atacado. 
 
Em se tratando de contradições, deve o(a) aluno(a) apontar as discrepâncias entre a parte dispositiva 
da decisão e sua conclusão, frisando que os fundamentos invocados no acordão, levam a crer que 
o julgamento do recurso interposto será pelo provimento. 
 
Deve ser apontado que a jurisprudência é pacifica no sentido de que, em havendo a contradição 
entre os fundamentos e a conclusão, devem os embargos ser acolhidos: 
 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CONTRADIÇÃO ENTRE OS FUNDAMENTOS E 
A CONCLUSÃO. Situação em que são acolhidos os embargos de declaração opostos 
pelo exequente para sanar contradição entre os fundamentos e a conclusão. (TRT-4 
- AP: 00100311520145040661, Data de Julgamento: 07/11/2020, Seção 
Especializada em Execução) 
 
No que concerne a omissão, cabe frisar que houve alegação de preliminares na apelação, nos termos 
do art. 1.009, §1º do Código de Processo Civil, onde foi pontuada a nulidade da citação realizada, 
razão pela qual, deve ser alegada a omissão no acordão quanto a preliminar arguida, frisando, 
inclusive o posicionamento da jurisprudência a respeito: 
 
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO. PRELIMINAR. 
NULIDADE DA CITAÇÃO. NÃO APRECIAÇÃO. OMISSÃO. VÍCIO CITRA PETITA. 
SENTENÇA CASSADA. - Ocorre vício citra petita da sentença, quando o julgador 
 
 
Seção 5 
DIREITO CIVIL 
Na prática! 
 
 3 
deixa de apreciar pedido formulado pelas partes. (TJ-MG - AC: 10394130097014002 
MG, Relator: José Marcos Vieira, Data de Julgamento: 13/07/2016, Data de 
Publicação: 22/07/2016) 
 
No pedido dos embargos de declaração deve-se requer a intimação da parte contrária para se 
manifestar, nos termos do art. 1.023 do Código de Processo Civil, requerendo ao final o provimento 
dos embargos a fim sanar a contradição constante do acordão, bem como a omissão relativa a 
alegação preliminar de nulidade de citação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
 
 
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) DESEMBARGADOR(A) PRESIDENTE DO 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA. 
 
 
Processo: ... 
 
 
MYRCELLA LANNISTER, já qualificada nos autos em epigrafe, por seu advogado in fine assinado, 
na ação que lhe move JOFFREY LANNISTER e TOMMEM LANNISTER, vêm a presença de Vossa 
Excelência, ante a provável existência de contradição e omissão no venerando acordão proferido, 
opor EMBARGOS DE DECLARAÇÃO nos termos do art. 1.022, I e II do Código de Processo Civil, 
pelas razões de fato e direito que passa a expor. 
 
I - BREVE SÍNTESE PROCESSUAL 
 
Os recorridos propuseram Ação de interdição em face da recorrente, visando obter o decreto de 
interdição para, desta forma, administrar seu patrimônio, sob a alegação de que a recorrente esta 
internada em uma clínica de recuperação desde o ano de 2004, devido a supostos problemas 
psiquiátricos, vício em substâncias tóxicas e um histórico recorrente de prodigalidade, com episódios 
onde, supostamente, gastou fortunas em uma única noite com drogas. 
 
Ocorre que, em sede de contestação, a ora recorrentes apontou estar em pleno gozo de suas 
faculdades mentais, não fazer uso de drogas e muitos menos ter episódios de prodigalidade. 
 
O juízo a quo, em que pese o costumeiro acerto, entendeu por bem julgar procedente a pretensão 
dos autores, fulcro no art. 1.767, V do Código Civil, sob o fundamento de que a recorrente seria 
pródiga, decretando, assim, sua interdição, indeferindo o pedido alternativo de nomeação de curador 
de confiança e nomeando seu irmão como curador para representa-la em todos os atos da vida civil, 
em desconformidade com a legislação. 
 
Inconformada com a sentença proferida, o recorrente vem a este r. Tribunal buscando a reforma do 
quanto decidido pelo juízo a quo. Ocorre que do acordão proferido consta contrariedade e omissão, 
razão pela qual, visando a defesa de seus interesses, o ora embargante interpõe os presentes 
embargos. 
Questão de ordem! 
 
 5 
II - DA OMISSÃO QUANTO A PRELIMINAR ARGUIDA 
 
Conforme se depreende do teor dos autos, quando da interposição de seu recurso de apelação, a 
embargante alegou, em sede de preliminar, a nulidade de citação, sendo que o acordão proferido foi 
omisso quanto a tal arguição. 
 
O art. 238 do Código de Processo Civil é cristalino ao definir o conceito de citação, sendo que, em 
não sendo esta efetivada, a relação processual não se aperfeiçoa. A fim de garantir a efetiva abertura 
do contraditório e ampla defesa no curso da relação processual, é indispensável a realização de 
citação válida, nos exatos termos do art. 239 do citado codex. 
 
Conforme é possível extrair do teor dos autos, Myrcela Lannister tomou conhecimento da ação 
porque a citação foi enviada erroneamente para o e-mail de sua prima, cujo prenome é idêntico ao 
seu, sendo esta citada em seu nome por equívoco. 
 
Em que pese a possibilidade de citação eletrônica nos termos impostos pelo art. 246 do Código de 
Processo Civil, esta deve ser realizada por meio dos endereços eletrônicos indicados pelo citando 
no banco de dados do Poder Judiciário, conforme regulamento do Conselho Nacional de Justiça, o 
que não foi o caso, sendo utilizado para tanto, e-mail de terceiro fornecido pelos autores, o que não 
se coaduna com os ditames legais. 
 
O Código de Processo Civil é taxativo ao impor em seu art. 242 que a citação será pessoal, o que, 
por obvio, não ocorreu na instrução processual, sendo, portanto, nula de pleno direito, ferindo, o 
direito ao contraditório constitucionalmente garantido. 
 
A matéria não foi atacada por meio de Agravo de Instrumento por não constar do rol do art. 1.015. 
Tratando-se de ordem pública, pode ser alegada a qualquer tempo, não tendo, desta forma, sido 
atingida pela preclusão, razão pela qual, ante ao critério autorizativo do art. 1.009, §1º do Código de 
Processo Civil, requer-se preliminarmente a análise da mencionada nulidade de citação para, em 
sendo conhecida e provida a arguição, seja declarada a nulidade dos atos posteriores. 
 
É importante frisar que o entendimento dos Tribunais é pacífico quanto ao cabimento de Embargos 
de Declaração para sanar tal omissão, senão vejamos: 
 
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO. PRELIMINAR. 
NULIDADE DA CITAÇÃO. NÃO APRECIAÇÃO. OMISSÃO. VÍCIO CITRA PETITA. 
SENTENÇA CASSADA. - Ocorre vício citra petita da sentença, quando o julgador 
deixa de apreciar pedido formulado pelas partes. (TJ-MG - AC: 10394130097014002 
 
 6 
MG, Relator: José Marcos Vieira, Data de Julgamento: 13/07/2016, Data de 
Publicação: 22/07/2016) 
 
Posto isso, requer-se sanadas as omissões constantes da decisão atacada, a fim de que Vossa 
Excelência se manifeste acerca da preliminar arguida, reconhecendo-a, se o caso, para ao final 
reconhecer nula a citação perpetrada. 
 
III - DA CONTRADIÇÃO ENTRE O DISPOSITIVO E A CONCLUSÃO DO ACORDÃO 
 
A contradição é a ausência de compatibilidade do teor da decisão proferida, por exemplo, quando a 
parte dispositiva de uma determinada sentença traz todos os fundamentos para a procedência do 
pedido, mas de modo diverso, em sua conclusão, consta que o pedido foi julgado improcedente. 
 
Em uma sentença ou acordão, deve haver harmonia entre os fundamentos e o conteúdo decisório, 
até porque, a contradição leva a obscuridade, podendo assim, ser a decisão atacadapor meio de 
embargos de declaração visando a emissão de esclarecimentos ou até mesmo a correção do 
conteúdo por parte do magistrado. 
 
Compulsando o teor do acordão proferido, verifica-se que a parte dispositiva do mesmo é cristalina 
ao demonstrar que este Tribunal entende que não constam dos autos quaisquer comprovações de 
que a interditanda seria pessoa pródiga. 
 
Inclusive o acordão aponta que, quanto aos pedidos alternativos, assistiria razão à embargante, tanto 
no que concerne ao alcance da curatela do pródigo, quanto a substituição do curador, o que reforça 
o entendimento da Egrégia Corte no que tange a procedência recursal. 
 
Quanto a possibilidade de sanar a contradição atacada por meio dos embargos de declaração, a 
jurisprudência é cristalina, senão vejamos: 
 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CONTRADIÇÃO ENTRE OS FUNDAMENTOS E 
A CONCLUSÃO. Situação em que são acolhidos os embargos de declaração opostos 
pelo exequente para sanar contradição entre os fundamentos e a conclusão. (TRT-4 
- AP: 00100311520145040661, Data de Julgamento: 07/11/2020, Seção 
Especializada em Execução) 
 
Assim, requer seja sanada a contradição apontada, a fim de reconhecer a plena capacidade da 
embargante em administrar seu patrimônio, julgando-se, desta forma, procedente o recurso de 
apelação interposto. 
 
IV – DO PEDIDO 
 
 7 
 
Postas e colocadas tais considerações e mais ainda, crédulo no discernimento e aguçado senso de 
justiça de Vossa Excelência, o embargante requer sejam: 
 
a) Admitidos os presentes embargos, posto que cumpridos os requisitos legais para sua 
interposição, intimando-se a parte contrária para manifestação nos termos do art. 1.023 do 
Código de Processo Civil; 
 
b) Providos os Embargos de Declaração, a fim de reconhecer a existência de contradição entre 
a parte dispositiva da sentença e sua conclusão, proferindo acordão modificativo para, ao 
final, reconhecer a procedência da apelação interposta. 
 
c) Caso não seja o entendimento de Vossa Excelência quanto ao reconhecimento da 
procedência da apelação interposta, seja escoimada a omissão atacada, analisando-se a 
preliminar de nulidade de citação arguida, a fim de anular a decisão a quo e os atos 
posteriores. 
 
Termos em que, 
Pede acolhimento. 
 
Bahia, data, nome, assinatura, advogado e OAB. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
 
 
1. Caso o magistrado deixe de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente 
invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou 
a superação do entendimento, tal ato pode ser considerado uma omissão? 
2. Há omissão na ausência de manifestação do magistrado quanto a questão invocada que 
não tem qualquer relação com o teor do processo? 
3. Há alguma sanção prevista para quem interpõe embargos de declaração meramente 
protelatórios? 
4. Qual o prazo para interposição de Embargos de Declaração? 
5. Há efeito suspensivo nos Embargos de Declaração? 
 
Resolução comentada

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