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370040697-Manual-FDT

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1 
 
1. DESCRIÇÃO GERAL 
 
1.1 Ficha técnica 
Nome: FDT, Teste dos Cinco Dígitos. 
Autor: Manuel A. Sedó. 
Publicação: Departamento de I + D de TEA Ediciones, S.A., Madrid (2007). 
Âmbito de aplicação: Individual e coletiva, a crianças, adolescentes e adultos (mais de 7 
anos). 
Duração: 5 minutos. 
Finalidade: Medida de velocidade de processamento, de fluência verbal, de manutenção da 
concentração e da eficácia na alternância entre processos mentais. 
Escalas: Escalas em percentis e pontuações típicas em amostras espanholas de crianças, 
adolescentes e adultos. Incluem-se várias escalas com casos clínicos. 
Material para a aplicação: Este manual, caderno de estímulos (com os elementos da prova) 
para o sujeito, folha de anotação para o examinador, lápis e cronómetro. 
 
1.2 Fundamentos 
a) Conteúdo 
O principal objetivo do FDT é apreciar, em qualquer idioma, a velocidade e a eficácia 
mental do sujeito, assim como reconhecer a diminuição dessa velocidade e eficácia que 
caracteriza os sujeitos com dificuldades neurológicas. 
O Teste dos Cinco Dígitos, cujas siglas FDT vêm do inglês porque o instrumento nasceu 
nessa cultura linguística (Five Digit Test, Sedó, 2004a, 2004b), é um teste multilingue de 
funções cognitivas que se baseia em conhecimentos linguísticos mínimos: a leitura dos 
dígitos de 1 a 5, a contagem de quantidade de 1 a 5, assim como a produção de séries de 50 
palavras formadas pelas quantidades recorrentes “um”, “dois”, “três”, “quatro” e “cinco”, 
recombinadas de maneiras diferentes. O FDT utiliza estas cinco quantidades como cimples 
unidades cognitivas recorrentes dentro de tarefas de dificuldade crescente; e isto permite-
lhe medir em qualquer língua a velocidade e a eficácia mental do sujeito e reconhecer 
imediatamente a diminuição de velocidade e de eficácia que caracteriza o sujeito com 
dificuldades neurológicas. 
Esta simplicidade do FDT pode representar uma vantagem considerável na sociedade atual, 
onde o aumento dos intercâmbios laborais, comerciais e culturais vai nos conduzindo a 
uma diversidade crescente nas populações de casos a examinar. Um teste como o FDT 
(baseado em sinais quase universais e num vocabulário de nível pré-escolar), pode tornar 
muito mais fácil o exame das funções cognitivas numa grande variedade de sujeitos: não só 
nos casos habituais, como também nos que tenham um nível de educação muito diferente 
(inclusive os sujeitos não leitores), nos casos com um mínimo de conhecimento do idioma, 
assim como nos que só podem responder ao teste no seu idioma ou dialecto materno. O 
2 
 
FDT permite descrever a velocidade e a eficácia do processamento cognitivo, a persistência 
da manutenção da concentração, a automatização progressiva da tarefa e a capacidade de 
mobilizar um esforço mental adicional quando as séries apresentam uma dificuldade 
crescente e exigem uma concentração muito maior. 
Cada uma das quatro situações do teste apresenta-se na forma de uma página de 50 itens 
contidos em pequenos rectângulos (cinco por linha), que formam uma matriz de dez linhas 
sucessivas. Cada item representa grupos ou conjuntos de um a cinco sinais (dígitos ou 
asteriscos), e o sujeito tem que ler ou contar esses grupos de sinais e dar, portanto, uma 
série de 50 respostas. O examinador anota o tempo (T) dispendido pelo sujeito e o número 
de erros cometidos (E) a meio e no final de cada tarefa (ou seja, depois de 25 e 50 itens). 
Estas séries são as mesmas nas quatro situações do teste e permitem analisar a velocidade 
e eficácia do sujeito, dentro da facilidade ou dificuldade crescente em quatro tarefas de 
dificuldade progressiva. Estas pontuações permitem discriminar com facilidade entre os 
sujeitos normais e os casos com problemas neurológicos, que se caracterizam pela sua 
menor velocidade e eficácia, assim como pela sua dificuldade em pôr em marcha um 
esforço mental crescente quando assim o requer a dificuldade da tarefa. 
As quatro situações do teste estão exemplificadas na figura 1.1. Em cada uma das quatro 
partes os sinais de cada rectângulo apresentam-se num formato espacial semelhante ao 
dos naipes. As quatro partes do teste diferem claramente no seu nível de dificuldade: as 
partes Leitura e Contagem medem processos simples e automáticos (a leitura de dígitos e a 
contagem de asteriscos), enquanto as partes Escolha e Alternância medem processos mais 
complexos que requerem um controlo mental ativo: a contagem de dígitos quando estão 
apresentados em quantidades diferentes (conflituosas) ou a alternância entre a contagem e 
a leitura de alguns desses itens conflituosos. 
Primeira Parte 
Leitura 
(50 itens) 
Exemplo: 
 
 
 
 
 
 
 
Resposta: 
Cinco 
Segunda Parte 
Contagem 
(50 itens) 
Exemplo: 
 
 
 
 
 
 
 
Resposta: 
Cinco 
Terceira Parte 
Escolha 
(50 itens) 
Exemplo: 
 
 
 
 
 
 
 
Resposta: 
Cinco 
Quarta Parte 
Alternância 
(50 itens, 10 deles com bordo 
mais grosso) 
Exemplo: 
 
 
 
 
 
 
Resposta: 
Cinco 
Figura 1.1. Estrutura do teste 
5 5 
 5 
5 5 
 
* * 
 * 
* * 
 
2 2 
 2 
2 2 
 
3 3 
 3 
3 3 
 
5 
5 
5 
 
3 
 
A parte Leitura é a mais simples e apresenta dígitos em quantidades que correspondem 
exactamente aos seus valores (ou seja, um 1, dois 2, três 3, etc.) e o sujeito apenas precisa 
reconhecer e ler esses valores. 
A parte Contagem apresenta grupos de um a cinco asteriscos, e o sujeito tem que 
reconhecer o “conjunto” e contar o número dos asteriscos existentes. 
Na Leitura e Contagem, portanto, as respostas são condutas automáticas, e estão 
determinadas pelos estímulos que se apresentam ao sujeito. Nenhuma das duas operações 
básicas (ler e contar) exige um grande esforço intencional por parte do sujeito. 
Nas partes Escolha e Alternância, pelo contrário, o sujeito tem que executar condutas 
controladas e conscientes que o obrigam a mobilizar um nível superior de recursos mentais. 
Os itens da segunda metade do teste apresentam sempre os grupos de dígitos em 
quantidades que são distintas dos seus valores aritméticos (por exemplo, três 1, quatro 2, 
cinco 3), e isto obriga o sujeito a lê-las ou a contá-las como duas quantidades diferentes: 
nestes exemplos, lendo-as como “1,2,3”; ou contando-as como “três, quatro, cinco”). 
As situações controladas são duas. Na Escolha o sujeito tem que contar os grupos de dígitos 
de valor conflituoso, e isto exige que ele mantenha a atenção de contar apesar da 
interferência da leitura; e inibir a sua tendência involuntária para ler os números. Por 
último, na Alternância um de cada cinco grupos de dígitos está rodeado por um bordo mais 
grosso: nesta parte solicita-se ao sujeito que alterne entre duas operações, contando 80% 
dos itens, como em Escolha, mas quebrando a rotina cognitiva cada vez que chega a uma 
marca, ou rectângulo mais grosso e realizando aqui o esforço adicional de ler 
conscientemente os números do grupo, e regressar de novo no elemento seguinte à sua 
regra de conduta habitual, que é a de contar os grupos de dígitos. 
Como resultado da ambiguidade dos itens, Escolha e Alternância obrigam o sujeito a 
mobilizar um esforço voluntário que reduz a velocidade das respostas, tanto nos sujeitos 
normais como nos casos clínicos. A diminuição da velocidade é, no entanto, muitíssimo 
maior nos casos clínicos, e isto permite diagnosticar a presença de uma dificuldade 
neurocognitiva. 
b) Análise funcional 
As quatro situações do teste fornecem informação sobre alguns processos mentais. Quatro 
deles podem ser especialmente relevantes para os diagnósticos neuropsicológicos: 1) a 
velocidade geral do processamento cognitivo; 2) a fluência verbal (ou seja, a facilidade para 
encontrar as palavras); 3) a manutenção da concentração do sujeito e a sua reacção 
perante o esforço de manutenção, e finalmente, 4) a capacidade do sujeito para mobilizar oesforço cognitivo adicional necessário para inibir as respostas involuntárias e alternar 
4 
 
deliberadamente entre duas operações mentais diferentes. Comentam-se a seguir estes 
quatro processos. 
1. A velocidade de processamento é um fenómeno geral difícil de descobrir, 
possivelmente devido à sua presença inespecífica em toda a classe de disfunções 
cerebrais e à ausência duma localização específica. Foi estudada pelos primeiros 
psicólogos europeus desde meados do século XIX, como o holandês Donders. Como 
sugerem Levin e os seus colaboradores em 1989, os pacientes com uma lesão cerebral 
mesmo que ligeira processam a informação de uma maneira mais lenta. Hoje em dia, 
os especialistas do desenvolvimento evolutivo (tanto infantil como nos adultos) podem 
prestar uma atenção cada vez maior a essa velocidade de processamento, 
considerando-a mais como uma “capacidade mental” que é claramente mensurável 
(Diamond, 2002; Kail, 1991; Kail e Salthouse, 1994). Nos sujeitos com mais idade, os 
autores observam uma diferença considerável entre a velocidade de processamento 
que caracteriza o envelhecimento saudável e a velocidade de processamento que 
aparece nas demências (Ivnik et al., 1996; Nebes e Brady, 1992; Ponsford e Kinsella, 
1992; Salthouse, 1996). No entanto, Carroll (1981) tinha razão ao lamentar o nível 
rudimentar das investigações quando se referem à velocidade de processamento, pese 
a sua importância nas análises factoriais. A velocidade de processamento pode 
aparecer muito raramente no índice alfabético no final dos textos de neuropsicologia, e 
o clássico manual de Muriel Lezak (Lezak, Howieson e Loring, 2004) é uma excepção 
notável, uma vez que integra a velocidade de processamento desde as suas 
primeiríssimas edições. 
2. O acesso aos conceitos verbais. O segundo aspecto é, sem dúvida, a facilidade para 
encontrar as palavras. Cada uma das tarefas do FDT implica a nomeação de uma série 
de cinquenta numerais; e sabe-se hoje que o acesso aos conceitos verbais é muito mais 
lento e mais difícil nos sujeitos que apresentam uma disfunção neurológica (Goodglass, 
1980). No FDT, a apresentação serial das respostas multiplica por 50 essa latência 
individual, aumentando assim as diferenças (Denkla e Cutting, 1999). As respostas das 
duas primeiras partes proporcionam informação sobre duas formas diferentes do 
acesso às palavras: primeiro (Leitura) a partir de um indício fonológico (a leitura) 
quando o sujeito evoca a “postura bucal” do número que reconheceu (Heilman et al., 
1996); e depois (em Contagem) sem utilizar nenhum indício fonológico, explorando 
apenas o espaço semântico interior, 
3. A produção serial. A produção rápida e eficiente de uma série de 50 elementos revela 
não só a presença de uma manutenção da concentração, como também a capacidade 
de automatização e aprendizagem; e a resistência do sistema neuronal do sujeito à 
5 
 
fadiga (Broverman et al., 1966), assim como a presença de um “sistema gerador” 
organizador das sequências (Kosslyn e Koenig, 1992, pág.300). A técnica de pontuação 
(anotando o tempo depois de 25 e de 50 itens) permite comparar a velocidade do 
sujeito em cada uma das metades e observar a presença de uma aceleração 
progressiva ou, pelo contrário, a presença de uma lentificação e uma sobrecarga 
progressivas. 
4. A mobilização voluntária de recursos adicionais. O holandês F. C. Donders estudou já 
em 1860 as diferenças estáveis que se observam entre o tempo de reacção espontâneo 
e o tempo de reacção de selecção, ligado este a uma decisão voluntária; e comparou 
esses dois valores com o seu método subtractivo, ou seja, subtraindo um de outro. Em 
1969 (más de um século depois), Sternberg generalizou este método subtractivo para 
poder medir a série de etapas sucessivas que intervêm no processo mental dos 
estímulos. O valor diagnóstico destas diferenças de velocidade foi claramente 
confirmado por Rosvold e colaboradores (1956; citado por Riccio et al., 2002), quando 
observaram que as diferenças de velocidade das reacções selectivas (inclusive das mais 
simples), discriminavam já entre 84% e 90% dos sujeitos com lesão cerebral nos testes 
de execução continuada. Em 1890, William James distinguiu pela primeira vez entre 
condutas ideomotoras ou automáticas e condutas deliberadas ou conscientes; no 
entanto, esta distinção não reaparece durante quase um século, até que Shiffrin e 
Schneider (1977) reintroduziram estes dois níveis de processos com os nomes de 
condutas automáticas e condutas controladas, que é a terminologia aceite pelos 
investigadores actuais (Jensen, Posner, etc.). Muito recentemente, Reitan e Wolfson 
(2000, 2004) começaram a ressuscitar um termo inesperado (a conação) para reflectir 
esta auto-orientação voluntária que tão claramente distingue os ccasos neurológicos 
das pessoas normais. Mais modestamente, Wickens (1994) evita utilizar os termos mais 
conhecidos (tais como atenção, esforço e capacidade), para falar somente de recursos 
atencionais. Hoje sabe-se bem que a capacidade para realizar tarefas mentais 
complexas é a primeira que se perde e a última que se recupera (Von Zomeren, 1981). 
O FDT procura pois explorar esta mobilização de recursos cognitivos deliberados em 
tarefas complexas nos processos 3 e 4, actividades que implicam a inibição activa de 
respostas espontâneas mas irrelevantes, assim como a alternância entre duas 
operações mentais diferentes. 
Muitos investigadores estudaram já tarefas semelhantes às do FDT, com métodos que lhes 
permitem visualizar a activação das distintas áreas cerebrais e definir a sua participação 
precisa no processo cognitivo. Por esta razão é possível extrapolar já a partir das suas 
6 
 
descobertas mais frequentes. As tarefas do FDT poderiam implicar três áreas nas regiões 
pré-frontais do cérebro: 
1 – o giro cingular (em ambos os hemisférios), que responde à percepção do conflito e 
reatribui os recursos cognitivos que são necessários para fazer-lhe frente (Pardo et al., 
1990; Bush et al., 2000); 
2 – o córtex dorso-lateral (em ambos os hemisférios), que controla a inibição e a 
alternância das respostas; este controlo realiza-se nas suas secções anterior e 
posterior (Diamond, 2002), relacionadas respectivamente com os aspectos mais 
condutuais/comportamentais (a inibição) e com os aspectos mais cognitivos das 
decisões; 
3 – e, por último, a activação do sulco pré-central esquerdo (muito próximo da área de 
Broca), que é responsável pela produção das respostas orais-motoras (Mead et al., 
2002). 
A título de resumo, e nas palavras do autor, as partes de Leitura e Contagem medem várias 
variáveis num mesmo processo; em primeiro lugar está a atenção; logo seguida da latência 
da percepção, da fonologia e da semântica; posteriormente intervém a decisão para 
responder juntamente com o acesso conceptual e a latência motora articulatória; e 
finalmente, como algo essencial, intervém a continuidade e fluência de uma conduta 
continuada do sujeito. As partes de Escolha e Alternância medem o mesmo processo 
mental, mas introduzem uma mudança ou duas no momento de tomar a decisão de 
responder: em Escolha intervém a inibição de uma resposta e a activação de outra, e em 
Alternância aparece a inibição de uma rotina e activação d e outra (ou seja a alternância). 
Falta esperar que os investigadores do futuro decidam utilizar os materiais do FDT em 
estudos de visualização que ajudem a precisar as localizações realmente implicadas, e a 
compreender e explicar assim o valor diagnóstico do teste. 
1.3 Antecedentes 
(…) 
1.4 Aplicações do FDT 
O FDT é um teste multilingue que explora a disfunção cerebral ao medir a velocidade e a 
eficácia do sujeito; e fá-lo com quatro tarefas de conteúdo idêntico e de dificuldade cognitiva 
crescente, para avaliar as reacções automáticas do indivíduo e a sua capacidade para realizar 
um esforço cognitivo voluntário. Portanto, o conteúdodo teste tem um nível de simplicidade 
que permite sugerir já algumas das suas possíveis aplicações: 
1. A utilização de símbolos visuais não ligados a uma linguagem específica permite a execução 
dos itens em muitos idiomas e dialectos. A utilização de símbolos visuais que não utilizam 
7 
 
em absoluto a leitura de palavras permite inclusive o diagnóstico de muitos dos sujeitos 
leitores ou disléxicos, que estejam já familiarizados com esses cinco símbolos. É possível 
adaptar o teste a outros sistemas numéricos (como os símbolos ideográficos) para permitir 
a sua utilização noutras populações (Hsieh et al., 1998; Hsieh et al., 2007; Sedó, 2003a). 
2. O seu léxico de apenas cinco palavras de nível pré-escolar introduz um mínimo de 
requerimentos ligados à classe social e ao nível de educação, e torna-o totalmente acessível 
aos sujeitos que têm somente um conhecimento mínimo da linguagem de um país. 
3. A utilização de cinco palavras na ausência total de um conteúdo narrativo ou de uma 
estrutura sintáctica permite aplicar o teste com toda a independência de um contexto 
cultural e linguístico (Sedó e DiCristoforo, 2001; Sedó et al., 2001). O teste pode utilizar-se 
em investigações multiculturais, no idioma ou dialecto próprio de uma região determinada 
(González Alemán, 2005), e em sujeitos multiculturais, aplicando-o no idioma do 
examinador (em muitíssimos dos sujeitos) ou no idioma materno do sujeito (quando não 
pode responder ao teste de outra maneira). A aplicação noutras línguas pode fazer-se com 
examinadores nativos, com a ajuda de intérpretes ou com a utilização de instruções 
gravadas previamente; também se poderiam utilizar folhas de resposta fonológicas, que 
permitam o reconhecimento das respostas correctas aos examinadores não familiarizados 
com o idioma do sujeito. 
4. Esse multilinguismo do FDT pode ajudar a resolver alguns dos problemas técnicos que 
apresentam actualmente algumas regiões que preservam idiomas regionais ou vernáculos 
(como México, onde existe mais de meia centena de línguas vernáculas; ou a República do 
Sul de África, que preserva não menos de onze idiomas oficiais). 
5. Nalguns casos, pode ser necessário adaptar o material do teste e adoptar outros sistemas 
numéricos, como na versão ideográfica chinesa utilizada por Hsieh nas suas investigações 
na universidade de Beijing (Hsieh, 1998). 
6. A adição de dificuldades cognitivas sucessivas confere às tarefas do teste um valor 
diagnóstico especial na detecção das disfunções cerebrais, caracterizadas não só pela 
lentidão das respostas do sujeito, mas também por uma lentidão ainda maior na presença 
de dificuldades cognitivas adicionais. 
7. A apresentação acromática do teste permite, claro, a utilização do teste em sujeitos que 
apresentam algum problema na percepção das cores. Esta acromacia impede a observação 
de alguns aspectos relevantes do comportamento dos sujeitos. Por exemplo, o tempo de 
percepção das cores aumenta nos sujeitos com disfunções do hemisfério direito, e a 
nomeação das cores diminui ainda mais nos sujeitos com disfunções linguísticas do 
hemisfério esquerdo (Golden, 1976; Nehemkis e Lewinson, 1972). 
8 
 
8. É possível que o FDT possa utilizar-se como um complemento a esses testes espaciais de 
raciocínio abstracto que se apresentam actualmente como instrumentos livres de cultura 
ou como medidas da inteligência fluida do sujeito. Esses instrumentos apresentam 
estímulos visuais complexos e requerem do sujeito a execução de operações mentais de 
raciocínio espacial abstracto. O FDT utiliza, pelo contrário, imagens visuais e conceitos 
verbais muito simples, e mede o acesso do sujeito aos conceitos verbais, sua produção 
verbal e sua auto-orientação, controlo e esforço cognitivo; deste modo, permite explorar o 
funcionamento fluido do sujeito de uma maneira diferente, muito mais relacionada com 
essas dificuldades de linguagem que são muitas vezes inacessíveis às medidas espaciais 
livres de cultura. Algumas investigações multiculturais (Berry et al., 2002; Luria, 1976; 
Witkin e Goodenough, 1981) sugerem que em algumas populações existe um estilo 
cognitivo gráfico-figural ligado à experiência espacial mas alheio à abstracção que 
requerem os testes livres de cultura. Estes testes e o FDT poderiam explorar aspectos 
distintos do funcionamento cognitivo humano e o FDT ser muito mais sensível à presença 
de problemas de atenção e linguagem. 
9. A importância deste teste pode depender das observações futuras sobre a equivalência do 
tempo de resposta em distintos idiomas. A carga oral-motora das palavras não é nem 
sequer parecida nos distintos idiomas e a longitude física das palavras poderia não afectar o 
tempo de produção dos estímulos. A equivalência dos resultados entre dois idiomas 
determinados tem que ser aceite neste momento como uma simples hipótese de trabalho, 
que poderia não se confirmar nalgumas situações e, claro, este extremo precisa ser muito 
mais investigado. A pronúncia dos cinco dígitos iniciais ocupa cinco sílabas em idiomas 
como o francês, o inglês, ou o chinês, também o árabe, o grego (ver Walker, 2003) ou o 
hebreu. As cinco quantidades iniciais funcionariam talvez como unidades cognitivas 
elementares que requerem um mesmo tempo de processamento em muitos idiomas 
distintos, pese a sua carga oral-motora diferente, e o estilo de elocução diferente utilizado 
em cada país. Uma equivalência total aparece entre muitas aplicações em algumas 
linguagens específicas (espanhol e inglês, espanhol e grego, etc.). Ardila (2007) descreve 
uma linguagem amazónica (o sikuani) onde a produção das cinco quantidades requer não 
menos de 19 sílabas (kae, aniha-behe, aakueyabi, pena-yanatsi e kae-habe) onde já todas 
as quantidades depois do cinco se constroem como agregados ou somas de palavras. Este 
caso obriga a realizar um trabalho de ellocução muito inusitado. Noutras populações, uma 
hipoactivação endémica do sistema frontal pode conduzir a tempos também inusitados. É 
possível que uma diferença no tempo de resposta possa corresponder a uma amostra 
diferente da população, ou talvez a presença de uma certa proporção de sujeitos 
preclínicos em populações senescentes/idosas (Smith e Ivnik, 2003), ou mesmo se se 
9 
 
examinarem grupos infantis com uma vulnerabilidade maior aos problemas de atenção e 
linguagem. 
10. Algumas investigações realizadas com outros instrumentos semelhantes (como o teste de 
Stroop de Biederman e Tsao, 1979), podem mostrar diferenças que poderiam estar 
relacionadas com um estilo cognitivo diferente. Provavelmente são necessários muito mais 
trabalhos de investigação; e, sem dúvida, instrumentos como o FDT podem ajudar a reduzir 
a ambiguidade inevitável dos estudos multiculturais e multilingues realizados no passado. 
11. É possível que distintas culturas e distintos países com necessidades clínicas muito 
diferentes percebam de maneira diferente a utilidade do FDT. Em alguns países existe uma 
grande necessidade de realizar avaliações clínicas ou forenses de sujeitos emigrantes que 
não dominam o idioma nacional. Noutros pode existir interesse em adicionar uma nova 
matiz a serviços que se prestam à população geral e talvez (dentro dela) aos sujeitos 
senescentes que têm uma educação mais limitada. Outros países, no entanto, podem ter 
um interesse especial na avaliação das suas populações não leitoras, ou na avaliação de 
sujeitos nas suas culturas vernáculas, cujas linguagens são muitas vezes pouco conhecidas 
no universo clínico de quem presta o serviço. O FDT pode ter uma grande utilidade nas 
sociedades que mostram um aumento crescente dos intercâmbios culturais, laborais e 
comerciais entre sujeitos de diferentes culturas, e que sentem já a necessidade de adaptar 
os instrumentos psicológicos para a sua utilização em populações muito diversas. 
12. A utilização do FDT pode ser desadequada em crianças com menos de 7 anos que não 
podemprocessar a alternância entre as duas tarefas que a última parte do teste exige. 
Em suma, o FDT é uma medida rápida e simples da velocidade e eficácia neurocognitiva; 
permite discriminar muito claramente os sujeitos normais dos sujeitos com problemas 
neurológicos e fá-lo através de materiais que não penalizam o sujeito com escolaridade 
limitada (pois são independentes da cultura e da linguagem principal do indivíduo) ou que 
possui um conhecimento limitado do idioma. 
O FDT pode ser particularmente útil: 
- na detecção de problemas de linguagem, aprendizagem e memória de trabalho em 
populações de crianças e adolescentes; 
- na detecção de problemas neurofuncionais nas populações jovem e adulta; 
- na detecção da deterioração cognitiva mínima e do desenvolvimento das demências em 
populações senescentes não leitoras; 
- na selecção de pessoal em populações preindustriais, detectando a capacidade já 
estabelecida para o esforço e persistência, como parte do treino e da reabilitação em 
situações convencionais de trabalho. 
10 
 
Em todos estes casos pode ser uma vantagem a presença de um conteúdo verbal mínimo e 
uma dupla medida psicofísica: a velocidade natural de processamento da informação e a 
velocidade da mobilização autodirigida de recursos atencionais adicionais. 
 
1.5 Material para a aplicação 
Para além deste manual (com as bases teóricas, descrição, fundamentação estatística e normas 
de aplicação e interpretação), é necessário o seguinte material: 
- Caderno de estímulos, com os elementos da prova, para o sujeito; 
- Folha de registo para o examinador; 
- Um cronómetro e um lápis ou esferográfica. 
 
 
 
11 
 
2. NORMAS DE APLICAÇÃO E CORRECÇÃO 
 
Neste capítulo referem-se as instruções e normas que o profissional que aplica o teste deve 
cumprir, com precisão, se deseja comparar os seus resultados com os obtidos nas fases 
experimentais de construção e tipificação (elaboração de escalas). Por exemplo, se se modifica essa 
norma não é apropriado comparar os seus resultados com as escalas deste manual. Por outro lado, 
se se alteram as instruções na fase de treino, ou não se concede tempo suficiente para realizar 
esses elementos de treino ou o examinando começa a responder aos elementos reais da prova sem 
ter compreendido com clareza a tarefa a realizar, os seus resultados não são comparáveis com os 
obtidos para a tipificação. 
 
2.1 Instruções gerais 
a) O examinando 
Antes de começar a aplicação, deve motivar-se o sujeito para que responda da melhor 
forma possível. Convém informá-lo de que o teste é composto por várias partes e que 
sentirá que algumas são mais complicadas do que outras, ressaltando que isto é normal e 
que acontece a todos os sujeitos. Deve insistir-se que deve realizar os exercícios o mais 
rapidamente que possa e procurando não cometer erros. 
No caso de o sujeito avaliado ser uma criança, uma pessoa de idade avançada ou um 
sujeito com um défice neurológico, ou que por qualquer outra razão suspeite que o seu 
rendimento vá ser baixo, deve pôr uma ênfase especial no facto de que algumas partes da 
prova podem ser-lhe mais difícieis do que outras e que não deve preocupar-se por isso e 
trabalhar o melhor e mais rapidamente que puder. Os sujeitos destes grupos (em especial 
alguns casos com lesões cerebrais) encontram grandes dificuldades nas partes terceira e 
quarta do teste (Escolha e Alternância), pelo que se deve procurar criar um clima em que o 
sujeito não sinta frustração por essas dificuldades. 
Uma das características mais destacadas do FDT é o seu carácter multilingue. Portanto, é 
perfeitamente possível que o sujeito não fale espanhol. Quando tal acontecer, deverá 
preparar-se uma versão das instruções específicas do teste (descritas na secção seguinte) 
no idioma do sujeito. Note-se que a folha de registo já inclui estas instruções em espanhol e 
inglês. 
b) Lugar de exame 
O lugar de aplicação deverá ser tranquilo, silencioso e dispor de ventilação e temperatura 
adequadas para a comodidade do sujeito. Deverá ter-se a preocupação necessária para 
evitar alguma interrupção durante a aplicação, já que essa interrupção poderia invalidá-la. 
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Pode ser útil colocar um aviso na porta com a seguinte indicação: “Por favor, não 
incomodar. Está a realizar-se uma avaliação”. 
O lugar deverá contar com uma mesa e duas cadeiras para o sujeito e examinador. Deve 
dispor-se as cadeiras uma à frente da outra, de modo que o examinador fica sentado frente 
ao sujeito durante o exame. No caso de aplicações a crianças pode ser mais conveniente 
dispor os assentos formando na mesa um ângulo de 90º, para criar um ambiente mais 
amigável para a criança e assinalar-lhe mais facilmente o caderno de estímulos se for 
necessário. 
c) O aplicador 
Antes de começar a aplicação, o aplicador deverá familiarizar-se com as instruções 
específicas de aplicação quês e incluem mais à frente. Ainda que estas apareçam impressas 
na folha de registo, não é recomendável começar a aplicação antes de as conhecer 
adequadamente, confiando em lê-las apenas. O aplicador deve estar seguro do seu 
conhecimento correcto acerca do processo de aplicação antes de iniciar uma aplicação. 
Também, antes de a iniciar, o aplicador deverá dispor do material necessário: o caderno de 
estímulos, a folha de registo, um cronómetro e lápis ou esferográfica para registar os 
resultados do examinando. Convém também contar durante a aplicação com o presente 
manual, para o caso de surgir alguma dúvida sobre a aplicação e que requeira a sua 
consulta. 
No caso de aplicações no seu idioma natal a sujeitos não hispanofalantes, o aplicador 
deverá dispor de instruções adequadas à língua do sujeito. Também é necessário que o 
aplicador esteja familiarizado com a fonética dos cinco primeiros números no idioma em 
questão, de modo que possa reconhecê-los quando o sujeito os pronunciar durante o 
exame. 
d) A aplicação 
A aplicação deve realizar-se, preferencialmente, numa única sessão. Se isto não for 
possível, pode fragmentar-se o processo aplicando as distintas partes do teste em sessões 
diferentes. De qualquer forma, recomenda-se respeitar a ordem de aplicação das partes do 
teste. 
As duas primeiras partes são realizadas a grande velocidade pela maioria dos sujeitos. Isto 
pode implicar alguma dificuldade para o examinador nas primeiras aplicações que fizer. 
Ainda que a informação mais relevante da prova seja realmente a dada pelas partes três e 
quatro (pelo que esta circunstância é realmente pouco relevante), convém prestar especial 
atenção nas primeiras aplicações e, se possível, realizar algum ensaio prévio à primeira 
aplicação real. 
 
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2.2 Instruções específicas 
A seguir apresentam-se as instruções correspondentes às partes 1 e 2 de processos 
automáticos (Leitura e Contagem) e às partes 3 e 4 de processos controlados (Escolha e 
Alternância). 
Antes de começar preenchem-se os dados da página da folha de registo (nome, idade, etc.), e 
esta folha fica à mão para ir registando os tempos e erros da aplicação. 
Na figura 2.1 pode encontrar, a título de exemplo, uma folha de anotação preenchida após uma 
aplicação a um adulto de 60 anos. 
 
2.2.1 Leitura 
a) Treino 
Coloque à frente do sujeito o caderno de estímulos aberto na primeira folha, 
marcado no verso como PARTE 1 (TREINO), e diga no idioma do examinando: 
(assinalando a primeira fila:) “Quero que leia um número em cada rectângulo: 
um, dois…”. Espere que o sujeito continue. Se for necessário, continue você 
(três, quatro, cinco). 
(assinalando a segunda fila:) “Continue”. 
Assegure-se de que o sujeito compreendeu bem a tarefa antes de continuar. Se for 
necessário, insista na natureza da tarefa e volte a pedir que o sujeito realize os 
exemplos até verificar que compreendeu bem o que tem que fazer. 
 
b) Aplicação 
Passe à segunda folha e diga: 
“Certo, agora comece aqui em cima e trabalhe o maisdepressa que puder”. 
Neste momento comece a cronometrar o tempo. 
Conforme o examinando for respondendo a uma fila, composta por 5 grupos de 
elementos, anote a fila corresponde na folha de registo, da esquerda para a 
direita, para ir verificando que as respostas que o sujeito dá são correctas, fazendo 
um visto junto do quinto elemento de cada grupo para não se perder. Quando o 
examinando der uma resposta incorrecta rodeie o elemento com um círculo. Se o 
sujeito cometer um erro mas rectificar, não o contabilize como erro. Na folha de 
anotação, na parte direita da primeira fila, deverá anotar o tempo decorrido (em 
segundos) até esse momento (metade da prova), continuar sem parar o 
cronómetro e anotar o tempo total gasto (em segundos) na parte direita da 
segunda fila. Quando o sujeito tiver terminado, pare o cronómetro. 
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2.2.2 Contagem 
a) Treino 
Coloque à frente do sujeito o caderno de estímulos aberto na terceira folha, 
marcado no verso como PARTE 2 (TREINO), e diga no idioma do examinando: 
(assinalando a primeira fila:) “Quero que conte quantos asteriscos há dentro 
de cada rectângulo: um, dois…”. Espere que o sujeito continue. Se for 
necessário, continue você (três, quatro, cinco). 
(assinalando a segunda fila:) “Continue”. 
Assegure-se de que o sujeito compreendeu bem a tarefa antes de continuar. Se 
for necessário, insista na natureza da tarefa e volte a pedir que o sujeito realize os 
exemplos até verificar que compreendeu bem o que tem que fazer. 
 
b) Aplicação 
Passe à quarta folha e diga: 
“Certo, agora comece aqui em cima e trabalhe o mais depressa que puder”. 
Neste momento comece a cronometrar o tempo. 
Conforme o examinando for respondendo a uma fila, composta por 5 grupos de 
elementos, anote a fila corresponde na folha de registo, da esquerda para a 
direita, para ir verificando que as respostas que o sujeito dá são correctas, 
fazendo um visto junto do quinto elemento de cada grupo para não se perder. 
Quando o examinando der uma resposta incorrecta rodeie o elemento com um 
círculo. Se o sujeito cometer um erro mas rectificar, não o contabilize como erro. 
Na folha de anotação, na parte direita da primeira fila, deverá anotar o tempo 
decorrido (em segundos) até esse momento (metade da prova), continuar sem 
parar o cronómetro e anotar o tempo total gasto (em segundos) na parte direita 
da segunda fila. Quando o sujeito tiver terminado, pare o cronómetro. 
 
2.2.3 Escolha 
a) Treino 
Coloque à frente do sujeito o caderno de estímulos aberto na quinta folha, 
marcado no verso como PARTE 3 (TREINO), e diga no idioma do examinando: 
(assinalando a primeira fila:) “Agora, quero que conte quantos números há 
em cada rectângulo. Lembre-se de que deve contar os números em vez de os 
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ler: um, dois, três…”. Espere que o sujeito continue. Se for necessário, 
continue você (quatro, cinco). 
(assinalando a segunda fila:) “Continue”. 
Assegure-se de que o sujeito compreendeu bem a tarefa antes de continuar. Se 
for necessário, insista na natureza da tarefa e volte a pedir que o sujeito realize os 
exemplos até verificar que compreendeu bem o que tem que fazer. 
 
b) Aplicação 
Passe à sexta folha e diga: 
“Certo, agora comece aqui em cima e trabalhe o mais depressa que puder”. 
Comece a cronometrar o tempo. 
Conforme o examinando for respondendo a uma fila, composta por 5 grupos de 
elementos, anote a fila corresponde na folha de registo, da esquerda para a 
direita, para ir verificando que as respostas que o sujeito dá são correctas, 
fazendo um visto junto do quinto elemento de cada grupo para não se perder. 
Quando o examinando der uma resposta incorrecta rodeie o elemento com um 
círculo. Se o sujeito cometer um erro mas rectificar, não o contabilize como erro. 
Na folha de anotação, na parte direita da primeira fila, deverá anotar o tempo 
decorrido (em segundos) até esse momento (metade da prova), continuar sem 
parar o cronómetro e anotar o tempo total gasto (em segundos) na parte direita 
da segunda fila. Quando o sujeito tiver terminado, pare o cronómetro. 
 
2.2.4 Alternância 
a) Treino 
Coloque à frente do sujeito o caderno de estímulos aberto na sétima folha, 
marcado no verso como PARTE 4 (TREINO), e diga no idioma do examinando: 
(assinalando a primeira fila:) “Agora, deve contar os números como fez 
anteriormente, mas quando chegar a um rectângulo com o bordo mais grosso 
(assinalar), deve mudar a regra e ler o número: um, dois, três…”. Espere que o 
sujeito continue. Se for necessário, continue você (quatro, cinco). 
(assinalando a segunda fila:) “Continue”. 
Assegure-se de que o sujeito compreendeu bem a tarefa antes de continuar. Se 
for necessário, insista na natureza da tarefa e volte a pedir que o sujeito realize os 
exemplos até verificar que compreendeu bem o que tem que fazer. 
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b) Aplicação 
Passe à página e diga: 
“Certo, agora comece aqui em cima e trabalhe o mais depressa que puder” 
(comece a cronometrar o tempo). 
Conforme o examinando for respondendo a uma fila, composta por 5 grupos de 
elementos, anote a fila corresponde na folha de registo, da esquerda para a 
direita, para ir verificando que as respostas que o sujeito dá são correctas, 
fazendo um visto junto do quinto elemento de cada grupo para não se perder. 
Quando o examinando der uma resposta incorrecta rodeie o elemento com um 
círculo. Se o sujeito cometer um erro mas rectificar, não o contabilize como erro. 
Na folha de anotação, na parte direita da primeira fila, deverá anotar o tempo 
decorrido (em segundos) até esse momento (metade da prova), continuar sem 
parar o cronómetro e anotar o tempo total gasto (em segundos) na parte direita 
da segunda fila. Quando o sujeito tiver terminado, pare o cronómetro. 
 
 
 
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2.3 Instruções para a correcção e pontuação 
Para obter as pontuações do FDT, em primeiro lugar deve contar os erros cometidos pelo 
sujeito em cada uma das partes do teste. Na parte 1 da prova, Leitura, conte os círculos ou 
marcas que tenha assinalado como erros do sujeito na primeira fila e anote o total no 
rectângulo da direita. Repita a operação na segunda fila. Some os erros de ambas as filas e 
copie os totais dos quadradinhos para o quadrado correspondente no quadro Resumo das 
pontuações. Recorde-se que as pontuações parciais não devem ser copiadas, somente o total. 
Repita o mesmo procedimento em cada uma das restantes três partes do teste. 
Anote os tempos em segundos e lembre-se que no Resumo de pontuações só deve anotar os 
totais. 
Observe-se que em termos

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