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Revista Jovens ALUNO 2TRIM 2023

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2° TRIMESTRE 2023
O PODER DA BÊNÇÃO BÍBLICA
É o maior presente que você pode 
dar para o seu casamento
LIÇAO 1 
LIÇÃO 2
l iç Ao 3
LIÇÃO 4 
LIÇÃO 5
LIÇAO 6 
LIÇÃO 7
O LIVRO DE SALMOS 
O CAMINHO DO ÍMPIO E DO JUSTO 
O MESSIAS JÁ VEIO 
O BOM PASTOR ESTÁ COMIGO 
PRESTANDO UM CULTO SANTO A DEUS 
O ANSEIO DA ALMA POR DEUS 
PERDOE-ME, SENHOR
3
8
12
16
20
25
30
35
40
45
50
55
60
CA SA PUBLICADO RA DAS 
A S S E M B LE IA S DE DEUS
Presidente da Convenção Geral das
Assembleias de Deus no Brasil
José Wellington Costa Junior
Presidente do Conselho Administrativo
José Wellington Bezerra da Costa
Diretor Executivo
Ronaldo Rodrigues de Souza
Gerente de Publicações
Alexandre Claudino Coelho
Consultor Doutrinário e Teológico
Elienai Cabral
Gerente Financeiro
Josafá Franklin Santos Bomfim
Gerente de Produção
Jarbas Ramires Silva
Gerente Comercial
Cícero da Silva
Gerente da Rede de Lojas
João Batista Guilherme da Silva
Gerente de TI
Rodrigo SobraL
Gerente de Comunicação
Leandro Souza da SUva
Chefe do Setor de Educação Cristã
Marcelo Oliveira
Chefe do Setor de Arte & Design
Wagner de Almeida
Comentarista
Marcelo Oliveira
Editora
Telma Bueno
Revisora
Verônica Araujo
Projeto Gráfico/Designer
Suzane Barboza
Capa
Leonardo Engel
Fotos
shutterstock.com
RIO DE JANEIRO - CPAD MATRIZ
Av. Brasil, 34.401 - Bangu - CEP21852-002 
Rio de Janeiro - RJ
CENTRAL DE ATENDIMENTO
0800-021-7373 Ligação gratuita 
Segunda a sexta: 8h às 18h.
LivRARiA V írtual www.cpad.com.br
Comunique-se com a editora da revista: 
teLma.bueno@cpad.com.br
ENCORAJAMENTO, 
INSTRUÇÃO E CONSELHO
Alcance uma Vida Cristã Feliz 
com os Ensinos dos Salmos
Com a graça de Deus iniciare­
mos o segundo trimestre do ano. 
Estudaremos o maior Livro da BíbLia 
e um dos mais conhecidos: o livro 
de Salmos.
Nosso propósito é mostrar que 
o livro de Salmos é uma coletânea 
de poesia hebraica inspirada pelo 
Espírito Santo. Veremos que essas 
poesias nos permitem potencializar 
a nossa devoção ao Altíssimo.
O livro de Salm os é singular 
porque nele encontramos o ho­
mem falando com Deus a respeito 
das questões mais profundas da 
sua alma.
Desejamos que, ao longo deste 
trimestre, a sua vida devocional seja 
edificada para a glória de Deus.
Que Deus o abençoe.
Até o próximo trimestre.
Os editores.
http://www.cpad.com.br
mailto:teLma.bueno@cpad.com.br
LIÇÃO 1
2 abr 2023
O LIVRO DE SALMOS
■
TEXTO PRINCIPAL
"E disse-lhes: São estas as 
palavras que vos disse estando 
ainda convosco: convinha que se 
cumprisse tudo que de mim estava 
escrito na Lei de Moisés, e nos 
Profetas, e nos Salmos." (Lc 24.44)
RESUMO DA LIÇÃO
O Livro dos Salmos nos ajuda 
em nossa vida com Deus. Ele nos 
permite potencializar a nossa 
devoção ao Altíssimo.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA - Lc 24.44
O Livro de Salm os na vida de Jesus
TERÇA - 1 Co 14.26
O s Salm os na igreja do 
primeiro século
QUARTA - Ef 5.19
O s Salm os com o elem ento do 
culto da Igreja Primitiva
QUINTA - Sl 51.4
A intimidade do ser humano 
nos Salm os 
SEXTA - Sl 109.26 
Um clam or por auxílio 
divino nos Salm os 
SÁBADO - Sl 33.6-8 
O D eus Criador nos Salm os
JOVENS 3
TEXTO BÍBLICO
Lucas 24.44-49
44 E disse-lhes: São estas as palavras 
que vos disse estando ainda con- 
vosco: convinha que se cumprisse 
tudo que mim estava escrito na Lei 
de Moisés, e nos Profetas, e nos 
Salmos.
45 Então, abriu-lhes o entendimento para 
compreenderem as Escrituras.
46 E disse-lhes: Assim está escrito, e as­
sim convinha que o Cristo padecesse
e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos 
mortos.
47 E, em seu nome, se pregasse o arre­
pendimento e a remissão dos pecados, 
em todas as nações, começando por 
Jerusalém.
48 E dessas coisas sois vós testemunhas.
49 E eis que sobre vós envio a promessa 
de meu Pai; ficai, porém, na cidade 
de Jerusalém, até que do alto sejais 
revestidos de poder.
INTRODUÇÃO
Ao Longo deste trimestre, estudare­
mos porções do Livro de SaLmos. Essa 
obra é uma das mais beLas expressões 
do Espírito Santo por meio de seus 
autores no Antigo Testamento. Nesta 
primeira Lição, abordaremos o Livro no 
tempo de Jesus e da Igreja do primeiro 
sécuLo, bem como seu títuLo, autoria e 
data; anaLisaremos a composição e o 
objetivo de SaLmos; e focaremos em 
aLguns temas importantes desse pre­
cioso Livro. Assim, o nosso propósito, 
ao Longo deste trimestre, é que a sua 
vida devocionaL seja potenciaLizada e 
edificada para a gLória de Deus.
I - UM LIVRO QUE FALA AO 
CORAÇÃO
1. O Livro de Salmos e Jesus. Na
Leitura bíbLica, o evangeLista apresenta 
o Livro dos SaLmos como Escritura que 
faLa da vida, morte e ressurreição do 
Senhor Jesus (Lc 24.44). Não por acaso, 
eLe tinha Lugar na vida devocionaL de 
nosso Senhor. ALém de ocupar um Lugar 
no ministério de Jesus, juntamente com 
o Livro de Isaías, o Livro dos SaLmos é o
mais citado peLo Senhor no Novo Tes­
tamento. Por isso, ao Longo da história 
da Igreja, o povo de Deus sempre Leu 
os SaLmos tendo em Jesus, o Cristo 
que se reveLa no Livro.
2 . 0 Livro de Salmos e a Igreja. Esse 
Livro sempre auxiLiou a vida devocionaL 
da Igreja de Cristo. Encontramos evi­
dências disso quando o apóstoLo PauLo 
menciona a forma de a Igreja Primitiva 
se reunir: “U quando vos ajuntais, cada 
um de vós tem saLmo" (1 Co 14.26); ou 
como ordem na EpístoLa pauLina: “en­
chei-vos do Espírito, faLando entre vós 
com saLmos" (Ef 5.19). Esses versícuLos 
rastreiam uma prática comum da igreja 
antiga. Os primeiros cristãos oravam, 
cantavam e sentiam os SaLmos. Não 
era um exercício de mera repetição, 
mas de profunda devoção em que as 
paLavras do saLtério passavam a ser as 
suas próprias orações; as poesias, suas 
próprias canções.
3. O título do livro. O títuLo do 
Livro de SaLmos remonta a ideia de 
devoção a Deus. Por isso, os hebreus 
o denominam de Tehilim, com o sen­
tido de “Louvores". O títuLo taL como
4 JOVENS
conhecemos hoje deriva da paLavra 
Latina psalm us e da grega psalm ós, 
ambas traduzem a ideia de toque de 
um instrumento musical. Assim, com 
base na etimologia hebraica, latina e 
grega, bem como a tradição do uso 
do Livro de Salmos com Jesus e sua 
Igreja, podemos afirmar que eLe re­
monta uma coletânea de 150 poesias 
que edifica a vida espirituaL do povo de 
Deus. Judeus fiéis foram tocados por 
essa coletânea. Os Salmos também é 
denominado de SaLtério. Os primeiros 
cristãos tiveram seus corações aque­
cidos por essas beLas e espirituais 
poesias. Você, em pleno século XXI, 
pode ser edificado(a) espiritualmente 
pela beleza das canções de Salmos.
4. Autoria e data. Não há apenas 
um autor no Livro de Salmos. Esse livro 
sagrado foi escrito por várias mãos, 
guiadas e inspiradas pelo Espírito Santo 
(2 Tm 3.16,17). Nesse sentido, metade 
das poesias de Salmos é atribuída a 
Davi. Há Salmos atribuídos aos filhos 
de Corá (como o Salmo 42); há também 
os atribuídos a Asafe (como o Salmo 
50); há Salmos atribuídos a Salomão, 
Hemã, Etã; e, finalmente, há Salmos 
com autoria desconhecida.
Quanto à data de autoria, podemos 
dizer que a maioria dos Salmos foi es­
crita entre os séculos X a V a.C. Assim, 
há os que foram escritos no tempo 
de Moisés, outros após o reinado de 
Davi e outros, ainda, após o exílio dos 
judeus. Portanto, esse Livro abrange 
quase toda a história de Israel no Antigo 
Testamento.
^ PENSE!
O que difere a poesia encontrada no
Livro de Salmos das demais?
Os primeiros cristãos 
tiveram seus corações 
aquecidos por essas belas e 
espirituais poesias. Você, em 
pleno século XXI, pode ser 
edificado(a) espiritualmente pela 
beleza das canções de Salmos.
Q PONTO IMPORTANTE!
Difere no fato de que as poesias do 
Livro de Salmos foram inspiradas 
pelo Espírito Santo.
II - COMPOSIÇÃO E PROPÓSITO 
DE SALMOS
1. A divisão do Livro de Salmos. Já
vimos que o Livro de SaLmos é uma 
coletânea de 150 poesias. Como livro 
poético, ele está na mesma categoria de 
livros como Jó, Provérbios, EcLesiastes 
e Cantares. Contudo, o Livro de Salmos 
é formado por uma coletâneade cinco 
outros livros. Vejamos:
a) Livro I. O primeiro livro é formado 
peLos SaLmos 1-4 1. Essa coLeção é 
de autoria de Davi. O SaLmo 1 é uma 
introdução à primeira coLeção (Livro 
I) em que é descrita uma promessa 
para os que se entregam à PaLavra de 
Deus e um aLerta para quem escoLhe 
o conselho dos ímpios.
b) Livro II. O segundo Livro é forma­
do peLos SaLmos 42-72 e é de autoria 
variada. Essa coLetânea traz orações 
pessoais e ações de graças.
c) Livro III. O terceiro Livro é de SaLmos 
73-89. A maioria desses SaLmos foi escrita 
por Asafe. É uma coLetânea que descreve 
a vida de Israel como uma nação.
d) Livro IV. O quarto livro é uma 
coLeção dos SaLmos 90-106. Nesse
JOVENS 5
O SaLtério cumpre uma 
função muito nobre 
na BíbLia: a de 
nos aproximar do 
Deus Pai Todo-Poderoso.
livro, a fidelidade de Deus com Israel 
é cantada.
e) Livro V. FinaLmente, o úLtimo Livro 
é formado peLos SaLmos 107-150. Uma 
coLetânea que traz a meditação na Pa­
lavra de Deus como referencial. NeLa, 
se destaca o maior SaLmo de todo o 
livro: o Salmo 119.
2. Classificação literária dos Sal­
mos. Os Salmos são um livro produzido 
para ser cantado, decLamado em voz 
aLta. Por isso, dizemos que eLe tem 150 
composições e não capítulos. Nesse 
sentido, eLes são poemas e, portanto, o 
livro é classificado literariamente como 
poético. Assim, os estudiosos costu­
mam cLassificar os diversos SaLmos 
em categorias básicas, tais como: 1) 
SaLmos de Lamentação; 2) de sabedoria; 
3) régios; 4) de Louvor; 5) de ação de 
graças; 6) proféticos; 7) penitenciais. 
Essas categorias nos auxiLiam na com­
preensão do livro.
3. O propósito do Livro de S a l­
mos. É importante ressaltar que Salmos 
é um livro em que há vários temas 
interdependentes. Nesse aspecto, 
podemos dizer que o propósito maior 
do Livro de SaLmos é expressar o sen­
timento mais íntimo da aLma humana 
a Deus. Um dos aspectos mais beLos 
desse Livro santo é a imagem da aLma 
humana se incLinando ao Deus Todo- 
-Poderoso para confessar um pecado
(SL 51.4), cLamar por auxíLio (SL 109.26), 
reconhecer a grandeza divina (SL 33.6­
8). É a aLma do homem se dirigindo à 
presença do Deus Criador. Assim, o 
SaLtério cumpre uma função muito 
nobre na BíbLia: a de nos aproximar 
do Deus Pai Todo-Poderoso.
@ PENSE!
Qual o propósito da sua adoração 
ao Senhor?
® PONTO IMPORTANTE!
Adoramos ao Senhor não para receber 
nada de sua parte, mas porque o 
amamos e queremos externar nosso 
amor mediante as canções.
III - PRINCIPAIS TEMAS DE 
SALMOS
1. O Deus Criador e Sustentador.
Uma das imagens mais poderosas do 
Livro de SaLmos é a apresentação de 
Deus como o Criador e sustentador de 
todas as coisas: “Do Senhor é a terra 
e a sua pLenitude, o mundo e aqueLes 
que neLe habitam. Porque eLe a fundou 
sobre os mares e a firmou sobre os 
rios” (SL 24.2). Aqui, Deus é apresentado 
como um ser distinto de sua Criação 
e, ao mesmo tempo, que sustenta e 
se reLaciona pessoaLmente com o que 
criou. Uma mensagem consoLadora 
dos SaLmos, quanto ao poder criador 
e sustentador de Deus, é que não 
estamos sozinhos neste mundo. Não 
pertencem os a um mundo que foi 
produzido pelo acaso. Ao contrário, 
vivemos em um mundo criado e sus­
tentado peLo Deus Pai Todo-Poderoso. 
Fomos criados por ELe, sustentados 
peLa sua destra e am ados por seu 
generoso e subLime amor.
6 JOVENS
2. A realeza do Messias. Muitos 
Salmos enfatizam o rei de Israel, isto 
é, sua entronização, justiça, retidão 
e reinado perene (Sl 72.1-7; 110.1;). É 
verdade que esses Salmos se referiam 
originalmente a Davi e seus sucesso­
res. Entretanto, algumas declarações 
a respeito do rei em Israel não se 
cumpriram, mas foram reveladas ao 
longo do ministério do Senhor Jesus 
(cf. Mt 22.43-45). Os primeiros cristãos 
também citaram textos dos Salmos 
régios para confirmar que o Senhor 
Jesus era o Messias prometido nos 
Salmos. Sim, o Livro de Salmos nos 
ajuda a adorar a Jesus como o Rei dos 
reis e o Senhor dos senhores.
3. A vida de devoção a Deus. Esse 
livro remonta diversos aspectos da vida 
espiritual a partir de váriados temas 
devocionais: louvar a Deus, agradecê­
-lo, celebrá-lo, clamá-lo; confessar o 
pecado, confiar, esperar; enfim, muitos 
aspectos da vida espiritual apresentados 
no Saltério produzem um conjunto de 
prática devocional. Por isso, podemos 
dizer que o Livro de Salmos nos ajuda 
a orar melhor, a louvar ao Senhor de 
maneira mais piedosa, a cultuá-lo em 
espírito e em verdade (Jo 4.23,24). Sua 
linguagem nos ajuda a moldar nossos 
afetos e devoção a Deus e, sobretudo, as 
nossas ações na vida, isto é, exercitando 
o autoexame, a confissão, a retidão e a 
justiça diante de Deus.
0 PENSE!
Qual a função prática do Livro dos
Salmos?
Q PONTO IMPORTANTE!
Ajudar a vida de devoção do(a) jovem
cristão(ã).
â
© CONCLUSÃO
Nesta lição, estudamos o conceito, a 
estrutura, o propósito e alguns temas 
que perpassam o Livro de Salmos. 
Vimos que esse livro era usado por 
Jesus e a Igreja Primitiva. Aprendemos 
que ele é muito proveitoso para poten­
cializar a nossa vida devocional diante 
de Deus. Assim, o nosso objetivo é 
que, ao longo das 13 lições, possamos 
orar melhor, adorar de maneira mais 
piedosa e servir ao Senhor de forma 
mais amorosa.
© HORA DA REVISÃO
1. QuaL reLação os primeiros cristãos 
tinham com os SaLmos?
2. O que o títuLo do Livro de SaLmos 
remonta?
3. Como o Livro de SaLmos é dividido?
4. O que podemos dizer a respeito do 
propósito do Livro de SaLmos?
5. QuaL é uma d as im agens mais 
poderosas do Livro dos SaLmos?
w
0 CAMINHO 
E D O JU STO
DO IMPIO
TEXTO PRINCIPAL § p- LEITURA SEMANAL
"Po is será com o árvore p lantada 
jun to a ribeiros de águas, a 
qual dá o seu fruto na estação 
própria , e cu jas fo lhas não caem , 
e tudo quanto fizer p ro sp erará ."
(SI 1.3)
SEGUNDA - Pv 1.10
O jovem cristão não p ode 
consentir com os pecadores
TERÇA - 2 Tm 2.22a
Fugindo dos desejos da m ocidade
QUARTA - 2 Pe 2.20
N ã o retrocedaRESUMO DA LIÇÃO \ ,’|
O cam inho do ím pio representa 
instab ilidade e superfic ia lidade ; 
o do ju sto , raízes na Palavra de 
Deus que gera estab ilid ad e e 
p ro fund idade esp iritua l.
QUINTA - 2 Tm 2.22b
Vivendo as virtudes perenes de Deus
SEXTA - Rm 12.2
A vontade de Deus
SÁBADO - Mt 6.33
Vivendo a justiça de Deus
8 JOVENS
T E X T O B ÍB L IC O
Salmos 1.1-6
1 Bem-aventurado o varão que não anda 
segundo o conselho dos ímpios, nem 
se detém no caminho dos pecadores, 
nem se assenta na roda dos escarne- 
cedores,
2 Antes, tem o seu prazer na lei do SENHOR, 
e na sua lei medita de dia e de noite.
3 Pois será como a árvore plantada junto 
a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto
IN T R O D U Ç Ã O
Nesta lição, estudaremos o Salmo
1. Ele aborda dois estilos de vida que 
são encontrados na Palavra de Deus: 
o do ímpio e do justo. Nele, o salmista 
apresenta a verdadeira felicidade do 
justo, o caminho do ímpio e as bênçãos 
que percorrem a vida dos que fazem a 
vontade de Deus.
I - A BEM-AVENTURANÇA DO 
JUSTO
1. Bem-aventurado. O Salmo 1 é uma 
introdução ao Livro I de todo o Livro dos 
Salmos. Sua posição no livro não está ali 
por acaso, pois é como se fosse uma 
porta de entrada aos preciosos ensina­
mentos e canções. Lembra muito o estilo 
de escrita do livro de Provérbios. Por isso, 
estudiosos o comparam à literatura de 
sabedoria judaica. Esse Salmo apresenta 
um contraste de dois estilos de vida: 
uma vida sob os valores dos ímpios; uma 
vida sob os valores da Lei do Senhor. 
Nesse sentido, só há uma forma de ser 
feliz e ela passa pelos valores perenes 
e atemporais da Lei do Senhor.
A expressão “bem-aventurado", 
neste Salmo, tem o mesmo sentido 
da expressão que aparece no Sermão 
do Monte (Mt 5.1-12): felicidade. Com o
na estação própria, e cujas folhas não 
caem, e tudo quanto fizer prosperará.
4 Não são assim os ímpios; mas são como 
a moinha que o vento espalha.
5 Pelo que os ímpios não subsistirão no 
juízo, nem os pecadores na congrega­
ção dos justos.6 Porque o SENHOR conhece o caminho 
dos justos; mas o caminho dos ímpios 
perecerá.
uso dessa expressão, o salmista traz 
a ideia de que o ser humano só pode 
ser verdadeiramente feliz por causa do 
favor precioso de Deus.
2.0 justo não “anda”, não se "detém”, 
nem se “assenta”. O versículo 1 apresenta 
três verbos: andar, deter e assentar; e três 
substantivos: ímpios, pecadores e escar- 
necedores. O versículo ainda apresenta 
claramente uma ideia de progressão: 
quem “anda” no conselho dos ímpios 
acaba se “detendo” no caminho dos 
pecadores e, finalmente, se “assenta" 
na roda dos escarnecedores. A lição é 
viva: quem ouve o conselho do ímpio, 
passa a estreitar os laços afetivos com 
os pecadores e, consequentemente, 
junto com os escarnecedores, passa 
a escarnecer do justo e de sua justiça. 
O Salmo afirma que esse estilo de vida 
promove dispersão, superficialidade, juízo 
divino e condenação eterna (Sl 14-6). 
Logo, a verdadeira felicidade não pode 
ser encontrada nessa forma de viver.
3 .0 prazer do justo em meditar na 
Lei do Senhor. Há verdadeira felicidade 
para quem desenvolve um estilo de vida 
que leve em conta os conselhos da Lei do 
Senhor e medita cotidianamente na instru­
ção divina (SI1.2). Com base na imagem da
JOVENS 9
agricultura, árvore e águas (v.3), o Salmo 
afirma que o conselho divino promove 
um estilo de vida que traz segurança e 
firmeza (árvore plantada), crescimento 
e vida (corrente de águas), maturidade e 
frutificação (fruto no tempo devido). Aqui, 
há verdadeira felicidade na vida de quem 
pratica a justiça e o Deus Todo-Poderoso 
conhece o caminho do justo (v.6).
II - O PERIGO DO CAMINHO
DO ÍMPIO
1. Que conselho ouvir? Em primeiro 
lugar, como jovem, você deve reconhe­
cer as características que marcam o ciclo 
de sua vida (a juventude). Certamente, 
nessa fase da vida há conflitos interiores 
que o leva a indagar por muitas ques­
tões. Nesse momento, sentimentos e 
emoções tornam-se vulneráveis aos 
conselhos de amigos e colegas que o 
levam a viver em oposição à vontade 
direta de Deus para a sua vida (Pv 1.10). 
Nesse caso, estamos diante de um “con­
selho dos ímpios" (Sl 1,1). Aqui, chega a 
seguinte indagação: devo viver segundo 
os conselhos de amigos ou atender à 
orientação direta do Espírito Santo? O 
Salmo mostra que escolher o conse­
lho dos ímpios trará muita confusão, 
superficialidade e dispersão espiritual 
(Sl 14). Sim, é uma questão de escolha.
2. Deter-se no caminho dos pecado­
res, Deter-se no caminho dos pecadores 
não é apenas ouvir os seus conselhos, 
mas assumir uma posição permanente 
derivada deles. A opinião dos ímpios 
passa a ser a sua: o que pensam, passa 
a ser 0 seu pensamento: o que defen­
dem passa a ser a sua defesa. Então, as 
escolhas erradas e o comportamento 
pecaminoso passam a ser justificados 
de maneira racional.
3. Assentar-se na roda dos escarne- 
cedores. Aqui, está instalado o estágio 
de completa separação de Deus. A 
postura que o verbo “assentar" denota é 
o desprezo às coisas divinas, bem como 
a disposição em ridicularizar e criticar 
de maneira mórbida quem busca fazer 
a vontade do Pai e viver de maneira 
coerente com os seus caminhos. Nesse 
estágio, ojovem se “assentou” na roda 
dos escarnecedores (Sl 1.1). O apóstolo 
Pedro, em uma de suas cartas, faz uma 
descrição bem realista a respeito disso: 
“Porquanto se, depois de terem esca­
pado das corrupções do mundo, pelo 
conhecimento do Senhor e Salvador 
Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos 
nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último 
estado pior que o primeiro" (2 Pe 2.20). O 
Salmo encerra dizendo que o caminho 
dos ímpios será implodido (Sl 1,6),
I I I -A VERDADEIRA FELICIDADE
DO JUSTO
1. Realizando-se com a Palavra 
de Deus. Um dos ensinamentos mais 
impactantes do Salmo 1 é que a Palavra 
de Deus traz estabilidade e segurança. 
Por isso, maturidade e ânimo brotam do 
ensino da Palavra de Deus, Por meio 
dela, ojovem cristão está preparado 
para fugir “dos desejos da juventude" 
e, consequentemente, ter a disposi­
ção de seguir “a justiça, a fé, o amor 
e a paz com os que, com um coração 
puro, invocam ao Senhor” (2 Tm 2.22b). 
Precisamos, porém, ressaLtar que só 
podemos ter prazer na Lei do Senhor, 
saindo dos desejos da mocidade para 
a prática das virtudes divinas, por causa 
de sua preciosa graça (Ef 2.8-10), jamais 
por causa de nossos esforços. Tudo 
isso traz verdadeira realização pessoal.
10 JOVENS
2. Meditando na Bíblia para a vida. O
prazer na Lei do Senhor passa por refletir 
e meditar na Palavra de Deus. Quando 
estudamos, memorizamos e aplicamos 
a Bíblia em nossa rotina, encontramos 
caminhos seguros, e não movediços; 
cura para alma, e não doenças emo­
cionais; restauração, e não prostração 
espiritual. A água da Palavra de Deus faz 
florescer as bênçãos do Senhor em toda 
a nossa vida (Sl 1.3). Há uma promessa 
clara neste SaLmo: se abandonarmos 
os conselhos e valores dos ímpios, e 
passarmos a ter prazer na Lei de Deus, 
meditando nela com toda a devoção, 
Deus prosperará o nosso futuro. Uma 
juventude regida sob os valores da Pa­
lavra de Deus é umajuventude segura, 
amadurecida e abençoada, pois sabe 
que a vontade divina é boa, perfeita e 
agradável (Rm 12.2).
3. Os valores perenes e atemporais 
de Deus. A Bíblia nos ensina valores que 
permearão toda a vida de um(a) jovem 
cristão(ã). Ajustiça é um valor divino que 
faz toda a diferença em sua vida tanto 
agora como no futuro. Você é chamado 
a buscar o Reino de Deus e a sua justiça, 
isto é, a retidão, e as demais coisas lhe 
serão acrescentadas (Mt 6.33). Viver de 
maneira justa nesta vida implica a prática 
do amor, outro valor perene e atemporal. 
Não existejustiça sem amor, pois no final 
de tudo, o que sobrará é o amor (1 Co 
13,13). Para exercer justiça e amar neste 
mundo, é preciso ter fé, pois sem ela 
não podemos agradar a Deus (Hb 11,6). 
Portanto, dentre muitas virtudes, a Palavra 
de Deus nos convida a exercitar a virtude 
da justiça, do amor e da fé. É um convite 
para viver sob os conselhos de Deus e 
de sua poderosa Palavra; encontrando, 
assim, a verdadeira felicidade em Deus.
©CONCLUSÃO
O Salmo 1 nos ensina que há apenas 
dois caminhos: o do ímpio e 0 dojusto. 
0 caminho do ímpio resulta em valores 
que trazem confusão, dispersão e 
superficialidade. 0 caminho dojusto 
traz segurança, maturidade e bênçãos 
de Deus, A verdadeira felicidade do 
jovem cristão deve ser encontrada nos 
valores que brotam da Palavra de Deus. 
Mediante a preciosa graça do Senhor, 
podemos desfrutar de seus valores 
eternos e, portanto, experimentar a 
verdadeira felicidade.
© HORA DA REVISÃO
1, Como o Salmo 1 pode ser visto?
2. O que significa a expressão “bem- 
-aventurado”?
3. O que o estilo de vida ímpio pro­
move?
4. A verdadeira fe lic id a d e é para 
quem?
5, Cite os três valores perenes citados 
na lição.
O MESSIAS 
JÁ VEIO
TEXTO PRINCIPAL
"Recitare i o decreto :
O Senhor me d isse : Tu és meu 
F ilho ; eu hoje te gere i. 
Pede-m e, e eu te darei as 
nações por herança e os confins 
da terra por tua p o ssessão ." 
(SI 2 .7 ,8)
RESUMO DA LIÇÃO
Q uem se subm ete ao reinado 
e ao senhorio de C risto Je su s 
tem sua vida com p letam ente 
o rdenada por E le .
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA - At 4 25,26
A p ersegu ição contra o 
ungido de D eus
TERÇA - Mt 10.40; Jo 13.20
Q u em receb e o Filho recebe o Pai
QUARTA - Rm 1.5
A expectativa para que as nações 
o b ed eçam à fé
QUINTA - Rm 2.14-16
A reta justiça divina
SEXTA - Dn 2.21
D eu s é quem institui e destitui reis 
SÁBADO - Hb 12.2
O Rei Je su s é a nossa referência
12 JOVENS
T E X T O
Salmos 2.1-9
1 Por que se amotinam as nações, e os 
povos imaginam coisas vãs?
2 Os reis da terra se levantam, e os 
príncipes juntos se mancomunam 
contra o Senhor e contra o seu ungi­
do, dizendo:
3 Rompamos as suas ataduras e sacu­
damos de nós as suas cordas.
4 Aquele que habita nos céus se rirá; o 
Senhor zombará deles.
B ÍB L IC O
5 Então, lhes falarána sua ira e no seu 
furor os confundirá.
6 Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu 
santo monte Sião.
7 Recitarei o decreto: O Senhor me disse: 
Tu és meu Filho; eu hoje te gerei.
8 Pede-me, e eu te darei as nações por heran­
ça e os confins da terra por tua possessão.
9 Tu os esmigalharás com uma vara de 
ferro; tu os despedaçarás como a um 
vaso de oleiro.
IN T R O D U Ç Ã O
A história é marcada por impérios 
que tentaram dominar o mundo. Até 
hoje há líderes que possuem a utopia 
de dominá-lo. O Salmo 2 mostra que há 
um rei em que seu reinado nunca terá 
fim. Veremos como as nações insistem 
em rebelar-se contra esse rei, como este 
pedirá contas dos homens e, finalmente, 
como que o rei messiânico apela para 
que os reis se rendam ao seu senhorio,
I - A R E B E L IÃ O C O N T R A O U N ­
GIDO D E D E U S
1. A importância do Salmo 2.0 Salmo 
2 está na categoria dos salmos régios ou 
messiânicos. Segundos estudiosos, é 
possível que os salmos régios se refiram 
a Davi ou algum rei em Israel. O ponto 
importante é que esses salmos são uma 
descrição do rei messiânico. Não por aca­
so, o Novo Testamento aplica o Salmo 2 à 
pessoa de Jesus tanto na perspectiva do 
ministério terreno quanto na perspectiva 
futura daquELe que implantará o seu 
glorioso reino na terra. Em Mateus 3.17, 
a expressão “este é o meu filho amado" 
tem a ver com Salmo 2,7; Atos 4.25-28, o 
evangelista cita os versículos de Salmo
2.1,2 e aplica a perseguição registrada 
no Salmo a Jesus. Em Hebreus 1.5 e 
5.5, você verá paralelos bem claros das 
passagens do salmo. Por isso, o Salmo 2 
é muito importante para nós os cristãos,
2 . A rebelião das nações. O Salmo 
está estruturado em quatro blocos de 
três versículos cada: w.1-3; w.4-6; w.7-9; 
vv.10-12.0 primeiro bloco diz respeito à 
rebelião dos gentios contra a autoridade 
de Deus. O versícuLo primeiro inicia com 
uma pergunta retórica: "Por que se amon- 
tinam as nações [.:.]” (v.i). Essa pergunta, 
na verdade, revela a presunção dos reis 
das nações ao se voltar contra o Senhor. 
Eles se preparam, planejam estratégias 
acreditando que terão êxito em seu pro­
pósito. O probLema é que eles se levantam 
contra o Ungido do Senhor, na verdade, 
levantam-se contra o próprio Senhor (v.2). 
Eles acham mesmo que terão autonomia 
para romper o domínio divino, bem como 
seus planos (v.3). Os primeiros cristãos 
aplicaram essa passagem na perseguição 
que eles sofreram (At 425,26). No contexto 
do Novo Testamento, o Senhor Jesus é o 
Ungido, o Cristo de Deus, acima de todo 
principado, poder, potestade e domínio 
(Ef 2.20,21).
JOVENS 13
3. Rebelião contra Deus é tolice. Há
uma lição muito preciosa nesses primei­
ros versículos. Se uma pessoa não servir 
ao Senhor Jesus e praticar o seu ensino, 
servirá a outro segundo a sua filosofia (Mt 
6.24). Não tem como escapar. Liberdade 
longe de Deus é uma completa ilusão. 
Infelizmente, quando alguém se rebela 
contra o Altíssimo, deixando de seguir 
seus valores, tal pessoa passa a seguir 
uma série de falsidades e ilusões. Ora, 
os valores de Deus são eternos, bons e 
verdadeiros. O que leva um(a) jovem a 
deixar de desfrutar do bem espiritual que 
tem impacto positivo e construtivo na 
vida terrena para abraçar um estilo tolo 
e desordenado, que só trará prejuízos? 
Perder a juventude na rebelião contra 
Deus nunca foi uma boa ideia.
II - O UNGIDO PEDIRÁ CONTAS
1. Como Deus contempla a rebelião 
dos homens? No versículo 4, temos 
uma resposta de Deus num tom de 
desprezo e escárnio, típicas expressões 
da natureza humana. É muito comum 
essa linguagem na Bíblia, denominada 
em Teologia de antropopatismo, ou 
seja, atribuição das paixões humanas a 
Deus (cf. Gn 6.6; Zc 8.2). Essa figura de 
linguagem nos ajuda a compreender as 
verdades eternas da Bíblia de acordo 
com a nossa capacidade. Então, Deus 
está olhando para a rebelião humana, 
zombando dela porque Ele mesmo 
falará aos homens no derramamento 
de sua ira (v. 5). Os homens não podem 
fazer nada contra a soberania divina. 
Deus ungiu o seu rei sobre o monte 
Sião, isto é, o monte de sua santidade, 
onde está o Santo Templo (v.6). Não por 
acaso, o Novo Testamento apresenta 
a passagem que revela essa mesma
relação entre Jesus e o Pai: “Quem vos 
recebe a mim me recebe; e quem me 
recebe a mim, recebe aquele que me 
enviou" (Mt 10.40; cf. Jo 13.20).
2. O Ungido do Senhor regerá o 
mundo todo. 0 versículo 7 remonta um 
oráculo divino, ou profecia, em que é 
dito ao ungido do Senhor: “Tu és o meu 
filho; eu hoje te gerei" (v.7). Essa expres­
são tem a ver com um herdeiro da casa 
de Davi para sempre (2 Sm 713,14). No 
Novo Testamento, o autor aos Hebreus 
desenvolve a messianidade de Jesus 
a partir dessa mesma expressão (1.5). 
Nesse caso, Deus dará por herança as 
nações ao rei (v.8) e o ungido destruirá 
com “vara de ferro” os rebeldes e seu 
reinado será de justiça (v.g).
3. Todos prestarão contas. Deus “ri" 
das artimanhas dos homens aqui da Terra 
porque todo poder vem d Ele. Os homens 
que arrogam para si orgulho e soberba e, 
ao mesmo tempo, buscam a rebelião con­
tra o Altíssimo, estão fadados ao fracasso. 
Da mesma forma que eles foram dotados 
de poder, podem perdê-lo a qualquer 
momento (Dn 2.21), Por isso, precisamos 
andar em humildade e mansidão como 
Jesus ensinou (Mt 11.29). A soberba e a 
arrogância humanas só levam ao caminho 
de perdição. A Palavra de Deus mostra 
com clareza que, seja quem for, um dia 
todos estaremos diante do Juiz para 
prestar contas de todas as nossas ações 
(Rm 2.6,7). E tudo será feito de acordo com 
a reta justiça divina (Rm 2.14-16).
III - UM CHAMADO À RENDIÇÃO
EÀ SUBMISSÃO
1. Um chamado aos reis da Terra. O
último bloco do Salmo, ou estrofe, traz um 
chamado à rendição completa: “Agora, 
pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos
14 JOVENS
instruir, juizes da terra" (Sl 2.10). É uma 
oportunidade dada às nações para reverter 
seus caminhos tortuosos. Esse chamado 
Lembra muito o convite de sabedoria que 
Lemos no Livro de Provérbios (9.10). Ade­
mais, o chamado também é para servira 
Deus com temor e tremor (v.ll). Por isso, 
a BíbLia diz que o temor do Senhor é o 
princípio do saber (Pv 1.7 - NAA).
2. Se curvando ao Filho. Aquele que 
se arrepende da rebelião contra Deus 
e o seu ungido, deve se submeter ao 
Altíssimo e ao seu Filho: “Beijai 0 Filho" 
(v.12). É uma homenagem de submissão 
ao senhorio do Filho. Quem assim pro­
ceder será poupado da ira vindoura. Por 
isso, é feLiz e realizado quem se refugia 
e confia no Filho (v.12). Assim, o Salmo 
encerra exatamente com o convite de 
cultivar a confiança no ungido do Senhor. 
O Novo Testamento nos orienta a olhar 
“para Jesus, autor e consumador da fé" 
(Hb 12.2).
3. Jesus é Rei e Senhor? De maneira 
geral, o Salmo nos ajuda a refletira res­
peito da completa rendição e submissão 
a Jesus. No mundo de hoje, submeter-se 
e render-se a Jesus não é um desafio 
fácil. Isso significa fazer dEle o Rei do 
nosso coração. Aqui, é que acontece a 
verdadeira batalha: quando Jesus deve 
ser o Rei do nosso pensamento, do 
nosso sentimento e da nossa vontade 
(2 Co 10.5). Quando nosso Senhor se 
torna Rei do nosso mundo interior, o 
mundo exterior é completamente or­
denado. Entretanto, quando Ele não é 
Rei da nossa vida interior, a exterior fica 
completamente desordenada. Por isso, 
o Salmo nos ajuda a refletir a respeito de 
não lutarmos mais contra o reinado de 
Jesus em nós. Deixemo-Lo reinar! Então 
seremos verdadeiramente livres.
©CONCLUSÃO
0 Salmo 2 tem uma ligação muito 
profunda com 0 reinado messiânico do 
Senhor Jesus, Ao longo dos séculos, 
os cristãos sempre leram esse Salmo 
com vista ao reino messiânico do Se­
nhor Jesus. Haverá um tempo, em que 
0 reino do Senhor será plenamente 
estabelecido neste mundo. Todavia, 
ele pode ser experimentado agora por 
meio do reinado de Cristo em nossos 
corações. É tempo de deixar Jesus 
reinar dentro de nós.
© HORA DA REVISÃO
1. Em qual categoria podemos clas­
sificar o Salmo 2?
2. O que a expressão“Por que se 
amontinam as nações" (v.i) revela?
3. O que é antropopatismo?
4. O que a Palavra de Deus mostra?
5. O que o Salmo nos ajuda a refletir?
O BOM PASTOR 
ESTÁ COMIGO
TEXTO PRINCIPAL
"O S E N H O R é o m eu pastor; 
nada m e fa ltará . A inda que eu 
andasse pe lo va le da som bra da 
m orte, não tem eria mal algum , 
porque tu estás com igo 
(SI 23.1,4)
RESUMO DA LIÇÃO
O Senhor D eus supre todas 
as necessid ad es. E le é o 
nosso pasto r e, po r isso, 
tudo p reenche .
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA - Jo 10.27
A s ovelhas conhecem a 
voz do pastor
TERÇA - 2 Co 4-16
D e u s renova o interior
QUARTA-Ef 4.23,24
R evestidos de um novo 
hom em em justiça
QUIN TA-Et 6.1-11
Q u an d o o ju sto é honrado
SEXTA - Lc 18.8
Perseverando no Senhor
SÁBADO - Jo 10.11
O bom Pastor
16 JOVENS
TEXTO tsitsuou
Salmos 23.1-4
1 O SENHOR é o meu pastor; nada me 
faltará.
2 Deitar-me faz em verdes pastos, guia- 
-me mansamente a águas tranquilas.
3 Refrigera a minha alma; guia-me pelas
veredas da justiça por amor do seu 
nome.
4 Ainda que eu andasse pelo vale da 
sombra da morte, não temeria mal 
algum, porque tu estás comigo; a tua 
vara e o teu cajado me consolam.
IN T R O D U Ç Ã O
Nesta lição, estudaremos o Salmo 
23. Veremos que a palavra-chave dele 
é confiança. Deus aparece nesse salmo 
como o pastor e o anfitrião do salmista.
I - PA N O R A M A DO S A LM O 23
1. Confiança em Deus. De autoria 
de Davi, 0 Salm o 23 é um dos mais 
queridos e declam ados salm os na 
vida da Igreja. A expressão "o Senhor 
é o meu pastor e nada me faltará” está 
nos lábios da maioria dos cristãos. Essa 
expressão traz consigo exatamente 
o tema que domina todo o Salmo: a 
confiança em Deus. Por isso, muitos 
cristãos que passam por momentos 
de estresse, ansiedade, angústia e 
depressão encontram, no Salmo 23, 
consolo e descanso para a alma. Todo 
leitor atento percebe um ambiente de 
oásis que brota das letras do Salmo. 
Toda alm a cansada pode encontrar 
descanso nessa porção da Palavra de 
Deus. Assim, veremos que o Salmo 23 
traz duas imagens: a do pastor (vv.1-4) 
e a do anfitrião (vv.5,6).
2, A estrutura do Salmo 23: a ima­
gem do pastor. A imagem do pastor 
no Salmo revela as atividades de um 
pastor com suas ovelhas no campo: 
ele as alimenta e as satisfaz; guia e
orienta; recupera quando m achuca­
das; as protege diante do perigo; não 
as deixa sozinhas; cuida, dando-lhes 
conforto (vv.1-4). No Novo Testamento, 
encontramos nosso Senhor dizer que 
suas ovelhas conhecem a sua voz, pois 
Ele é o Bom Pastor (Jo 10.27). As carac­
terísticas do Bom Pastor, mencionadas 
por Jesus, são as mesmas encontradas 
no Salmo 23 (Sl 23.1-4; cf. Jo 10,9,11,14). 
O nível profundo de relacionamento 
faz com que a ovelha reconheça 0 seu 
pastor (Jo 10.16).
3. A estrutura do Salmo 23: a ima­
gem do anfitrião. A imagem do anfitrião 
revela a característica provedora de 
Deus (vv.5,6). No contexto do S a l­
mo, Deus é apresentado como o que 
oferece um banquete aos seus filhos 
diante dos que se tornaram adversários 
e trabalharam para prejudicá-los. O 
compositor sabia bem dessa realidade, 
pois ninguém como ele a experimentou 
por meio de muitas conspirações no 
reinado de Israel (cf. 2 Sm 2.1-32; 3.1-39. 
13.1-39). Assim, como bom anfitrião, o 
Senhor foi bondoso, misericordioso 
com o seu servo.
II - A P L E N A C O N F IA N Ç A EM
D E U S
1. O Senhor como pastor (v.i). No
Antigo Testamento, Deus é visto como
JOVENS 17
o Pastor do seu povo (Gn 49.24), Neste 
Salmo, à luz da experiência de Davi 
em apascentar as ovelhas, o salmista 
recobra essa imagem de Deus como 
o seu pastor, dizendo que Ele o basta 
em tudo. Deus é o supremo pastor do 
seu povo e, por ser assim, de nada 
sentiremos falta do que necessitamos 
(cf. Fp 4.13). Ele nos supre, guarda e sara 
as feridas de nossas almas. Diante do 
contexto atual, quem tem sido o seu 
bom pastor? A quem você tem se di­
rigido para buscar auxílio? Você pode 
afirmar que, como bom pastor, Deus 
o(a) preenche por completo?
2. 0 Senhor que trata a alma (vv.2,3). 
Esses dois versículos mostram como 
Deus preenche 0 interior do ser humano. 
“Deitar em verdes pastos" e “guiar às 
águas tranquilas” remontam a ídeia de 
quietude da alma. Por isso, no versículo 
3, o salmista diz: “Refrigera a minha 
alma”. Assim, tratada e descansada, essa 
alma receberá instruções para andar 
em retidão e justiça. Esse tratamento 
interior é tão necessário que o apóstolo 
Paulo fala disso em suas cartas, dizendo 
que o nosso homem interior deve se 
renovar dia em dia diante dos desafios 
exteriores (2 Co 4.16: Ef 4.23,24). Assim, 
cada vez mais que nos relacionamos 
com Cristo, temos a nossa vida interior 
renovada e, por isso, podemos teste- 
munhá-lo em quaisquer áreas da vida.
3 . 0 Senhor está conosco. Ser tra­
tado pelo Senhor, ser tomado pela sua 
mão e descansar nEle não quer dizer 
que não passaremos por situações 
de perigo. Não significa que não atra­
vessaremos momentos de dolorosos. 
Entretanto, o salmista tem uma visão 
realista da vida, sabe que o dia mal 
pode chegar a qualquer momento,
mas também sabe que o pastor não o 
deixará em falta: “Tu estás comigo” (v.4). 
Que declaração de confiança! O pastor 
está na jornada da alma do salmista. 
Por isso, ele sabe que, ainda que esse 
momento inseguro lhe cause Lamentos, 
ele será consolado pelo pastor (v.4). 
Nosso Senhor disse que no mundo 
teríamos aflições, mas não deixaríamos 
de ter paz (Jo 16.33: cf. 14 27). Quem já 
experimentou o refrigério do Senhor em 
momentos difíceis sabe o quanto Ele é 
bom e cuida de nós. Precisando desse 
refrigério, permita que a letra, a beleza 
e a realidade espiritual desse Salmo 
inunde a sua alma e, como ovelha do 
bom Pastor, encontre refúgio debaixo 
do seu cajado.
II! - A PLENA PROVISÃO DE
DEUS
1. A impotência dos adversários 
diante da provisão de Deus (v.5). Saindo 
da imagem do campo para a de uma 
casa, a expressão “preparas uma mesa” 
traz a ideia de o anfitrião convidar o justo 
para uma refeição. Nela, os inimigos 
do justo estarão presentes. Estudiosos 
dizem que aqui aparece uma imagem 
da demonstração pública que um rei 
oriental fazia para honrar alguém na 
presença de todos. Nesse sentido, os 
inimigos estariam presentes diante da 
honraria do rei. Isso lembra um pouco o 
episódio de Mardoqueu em que Hamã, o 
inimigo dele, teve de honrá-lo (Et 6.1-11). 
Então, o salmo mostra Deus honrando o 
salmista, ungíndo-o com óleo - segundo 
os estudiosos, um óleo perfumoso que 
representava hospitalidade e favor - e 
transbordando o cálice, que simboliza 
a grande generosidade do Anfitrião. 
Lembre-se de que Deus já tratou assim
18 JOVENS
conosco. Muitos pecadores, com vidas 
destruídas, já foram completamente 
restaurados por Deus e servidos por 
Ele com graça, abundância de bênçãos 
espirituais e materiais sem medidas. Po­
demos afirmar que milhares de pessoas 
que outrora foram vítimas de palavras de 
morte, hoje contemplam uma realidade 
de bênçãos inimagináveis.
2. Bondade e misericórdia do Se­
nhor (v.6). Aqui, como consequência 
de todo bem que o Senhor fez com 
o salmista, ele chega à conclusão de 
que a sua vida será conduzida debaixo 
da bondade e misericórdia de Deus. A 
cada dia, experimentamos a bondade 
e a misericórdia do Senhor. Como o 
salmista tinha a convicção de que bon­
dade e misericórdia seriam realidade 
por todos os dias da vida dele, essa 
realidade também é a nossa até a volta 
do Senhor Jesus (Mt 28.20; Lc 6.38).
3. Habitando na Casa do Senhor 
(v.6). Portanto, o saLmista esperava 
habitar na Casa do Senhor por longos 
dias. ou “por dias sem fim” ou “todos 
os dias da minha vida” ou “para todo 
sempre”. Aqui a ideia é de servir a Deus 
por toda a vida. Nesse contexto, não 
há como olhar para trás depois de 
conhecer e experimentar o Senhor 
como pastor e anfitrião de nossas vidas. 
Como cristãos, anelamos por estar com 
Cristo para todo o sempre (1 Ts 417). 
Por isso, devem os perseverar para 
nos acharmosfiéis na ocasião de sua 
vinda (Lc 18.8; 2 Tm 4.8). Nesse caso, 
a melhor forma de fazer assim é estar 
em comunhão com outros jovens e 
demais irmãos na igreja local, exercer 
a vocação como gratidão ao que Deus 
fez em sua vida e manter-se fiel a Ele 
em toda reverência e santidade.
©CONCLUSÃO
Temos um pastor que cuida de nós. 
Temos um anfitrião que nos agracia 
com um rico banquete espiritual. 0 dia 
a dia de nossas vidas nos impõe desa­
fios bem complexos. Por isso, devemos 
estar seguros no Pastor que não nos 
falta, no anfitrião que é generoso para 
conosco. Temos muitas razões para, 
numa ocasião de sombra e penumbra, 
declarar: “Tu estás comigo”. Sim, Deus 
está com você. Ele sempre esteve. Que 
0 Espírito Santo seja percebido em cada 
metro quadrado em que habitarmos!
© HORA DA REVISÃO
1. Quais as duas imagens presentes 
no SaLmo 23?
2, Quais versículos mostram como 
Deus preenche o interior do ser 
humano?
3. Segundo a lição, qual a visão realista 
que o salmista tem da vida?
4. Que ideia a expressão “preparas uma 
mesa" traz?
5. Segundo a lição, qual é a ideia pre­
sente nas expressões “habitar na 
Casa do Senhor ‘por dias sem fim' 
ou ‘todos os dias da minha vida'?"
PRESTANDO UM CULTO 
SANTO A DEUS
TEXTO PRINCIPAL
"Levan ta i, ó portas, as vossas 
cab eças ; levantai-vos, ó 
entradas eternas, e entrará 
o Rei da G ló r ia ."
(SI 24.7)
RESUMO DA LIÇÃO
A nossa v id a d e ve e sta r 
p le n a m e n te em co e rên c ia 
com os va lo res do D eu s que 
trib u tam o s , reve ren c iam o s 
e ad o ram o s.
LEITURA SEMANAL 
SEGUNDA - 2 Sm 6.12-15
A Arca de Deus conduzida 
para Jerusalém 
TERÇA - Mt 1.23 
Je su s Cristo é o Emanuel 
QUARTA - Ap 20.2-7 
O Senhor implantará o seu 
reino eterno
QUINTA - Mt 22.37-39
Amando a Deus e ao próximo
SEXTA-Hb 10.19,20
O novo e vivo caminho 
SÁBADO - Jo 4.23
Adorando a Deus em espirito 
e em verdade
20 JOVENS
1 Do SENHOR é a terra e a sua pleni­
tude, o mundo e aqueles que nele 
habitam,
2 Porque ele a fundou sobre os mares e 
a firmou sobre os rios.
3 Quem subirá ao monte do SENHOR ou 
quem estará no seu lugar santo?
4 Aquele que é limpo de mãos e puro 
de coração, que não entrega a sua 
alma à vaidade, nem jura enganosa­
mente.
5 Este receberá a bênção do SENHOR e 
a justiça do Deus da sua salvação.
INTRODUÇÃO
A presente lição é um estudo a res­
peito do Salmo 24. Veremos o contexto 
em que este Salmo foi produzido, sua 
estrutura e como ele mostra duas rea­
lidades no contexto de um culto: Deus 
como objeto de adoração: adoradores 
que tributam adoração a Ele. Nesse 
sentido, perceberemos que o Salmo 24 
tem muito a nos auxiliar na prática do 
culto a Deus em nossas igrejas locais.
I - O DEUS TODO-PODEROSO 
É O OBJETO DE NOSSA ADO­
RAÇÃO
1 . 0 contexto do Salmo 24. Acerca 
do Salmo 24, a maioria dos estudiosos 
o remonta ao contexto da chegada da 
Arca da Aliança à tenda preparada no 
Monte Sião, no período do reinado de 
Davi (2 Sm 6.1-15). É verdade também 
que o Salmo tem sido classificado na 
categoria dos messiânicos devido à 
ênfase dos versículos 7-10. Entretanto, 
o nosso estudo se dará na perspectiva 
de considerar o salmo adequado para
Esta é a geração daqueles que bus­
cam, daqueles que buscam a tua 
face, ó Deus de Jacó. (Selá)
7 Levantai, ó portas, as vossas cabeças: 
levantai-vos, ó entradas eternas, e 
entrará o Rei da Glória.
8 Quem é este Rei da Glória? O SE­
NHOR forte e poderoso, o SENHOR po­
deroso na guerra.
9 Levantai, ó portas, as vossas cabeças: 
levantai-vos, ó entradas eternas, e 
entrará o Rei da Glória.
10 Quem é este Rei da Glória? O SE­
NHOR dos Exércitos: ele é o Rei da 
Glória. (Selá)
uma ocasião litúrgica, e o quanto ele 
nos ajuda a cultuar a Deus de maneira 
verdadeira. Por isso, o classificamos 
na categoria de salmos litúrgicos. Seu 
apelo litúrgico nos auxilia na prática 
do culto moderno. Assim, podemos 
estabelecer a seguinte estrutura do 
Salmo 24:1) A verdadeira natureza da 
adoração (vv.1-6): 2) A coroação do 
Rei (vv.7-10). Na primeira estrutura, a 
natureza da verdadeira adoração, po­
demos subdividi-la em duas partes: a) 
o objeto da adoração, o Deus Criador 
(vv.1,2); b) a vida de quem adora (v.3-6). 
Neste primeiro tópico, abordaremos os 
versículos 1,2 e os versículos 7-10, pois 
dizem respeito ao objeto de devoção 
e adoração do crente.
2. Deus é soberano (vv.1,2). O pri­
meiro versículo atesta que o mundo 
e tudo o que nele habita pertencem 
ao Senhor (v.i), Foi Deus mesmo que 
fundou a terra sobre os mares e a 
estabeleceu sobre os rios (v.2). Esse 
Deus é o objeto de adoração na Tenda 
de Israel (2 Sm 6.12-15). Como estabe-
JO VENS 21
Nosso Senhor é o Rei 
da Glória, o Emanuel, 
isto é, o Deus conosco, o 
Deus que se tornou barro 
(Mt 1.23).
leceu o mundo e tudo o que nele há, 
Deus formou a nossa vida, nos forjou 
segundo a sua vontade. Nós somos 
criação direta do Deus Todo-Poderoso. 
É a Ele que devemos louvar e adorar. 
É a Ele que devem os prestar culto. 
Deus é soberano na vida do seu povo. 
Não somos onipotentes, onipresentes 
nem oniscientes; mas Deus é. Somos 
limitados, mas Ele é ilimitado e infinito.
3. A coroação do Rei (vv. 7-10). É 
possível contextualizar esses versí­
culos a um chamado ao povo diante 
das portas da tenda que se tornou 
Templo (v.7). O pastor George Wood, 
em sua obra sobre Salmos, diz que 
nos versículos 3-6 o adorador está fora 
do Templo, mas nos versículos 7-10 
ele está dentro da área do Templo. 
É o Senhor, forte, poderoso e Rei da 
Glória entrando no Templo (vv. 8-10). 
Com o cristãos, também aplicam os 
os versículos 7-10 à messianidade de 
Jesus Cristo (Jo 1.14). Nosso Senhor é 
o Rei da Glória, o Emanuel, isto é, o 
Deus conosco, o Deus que se tornou 
barro (Mt 1.23). Embora tenha sido hu­
milhado com uma morte de cruz, Deus 
o exaltou soberanamente, dando-lhe 
um nome que é sobre todo o nome 
para que todo joelho se dobre diante 
dEle e toda língua confesse que Jesus 
Cristo é o Senhor. Assim, o Salmo 24
nos ajuda a adorar o Deus Filho, Jesus 
Cristo. Eis o elemento cristocêntrico do 
culto cristão. NeLe, experimentamos um 
pouco do reino eterno de nosso Senhor 
quando um dia será implantado neste 
mundo por Ele mesmo e de uma vez 
por todas (Ap 20.2-7).
© PENSE!
Deus criou soberanamente o mundo 
e tudo 0 que nele habita.
© PONTO IMPORTANTE!
0 Senhor Jesus Cristo é 0 Rei da 
Glória, 0 nosso Senhor.
II - COMO SE APRESENTAR 
DIANTE DE DEUS EM SANTO 
CULTO
1. Pureza de coração (v. 3,4). O
versículo 3 se inicia com a seguinte 
pergunta: “Quem subirá ao Monte do 
SENHOR?" Em outras palavras, quem 
pode entrar no templo e receber a 
bênção do SENHOR (v.5)? O versículo 
4 responde: “o limpo de mãos, puro 
de coração, que não tem vaidade e 
nem pratica o engano”. Todas essas 
características são esperadas do jovem 
adorador que entra no Templo para 
cultuar a Deus. É um tipo de vida em 
que o adorador renuncia o próprio ego 
para entronizar a Deus em seu coração 
(Mt 22.37-39). É um estilo de vida que 
tem consequências práticas para fora 
da área do Templo.
2. Bênçãos e justiça de Deus (w. 5,6). 
Os versículos 5 e 6 trazem uma promes­
sa, O adorador, que age de acordo com 
os versículos 3 e 4. receberá bênçãos de 
Deus e sua justiça para salvação. Nesse 
sentido, esses adoradores são os que 
buscam a face de Deus. Sim, o adorador
22 JOVENS
é chamado para se apresentar diante 
do Altíssimo para adorá-lo, buscá-lo e 
exaltá-lo (Rm 12.1).
3. É tempo de “subir ao monte do 
Senhor”. O Salmo 24 nos chama a subir 
ao “monte do Senhor". O Novo Testa­
mento aprofunda a compreensão do 
Templo de Deus. Hoje, o Espírito Santo 
nos impulsiona a glorificar a Cristo (Jo 
16.14). O escritor aos Hebreus diz que 
“tendo, pois irmãos, ousadia para entrar 
no Santuário, pelo sangue de Jesus, 
pelo novo e vivo caminho que eLe nos 
consagrou" (Hb 10.19,20). Em Cristo, 
podemos adorar a Deus em espírito e 
em verdade (Jo 4.24). Nesse sentido, o 
jovem que “sobe ao monte do Senhor” 
vive integralmenteum estilo de vida 
de um verdadeiro adorador.
® PENSE!
Quem pode “subir ao monte do 
Senhor’?
® PONTO IMPORTANTE!
Quem é limpo mãos e de coração, 
sem vaidade e engano.
III - O CULTO: A EXPRESSÃO 
VISÍVEL DO DIVINO NATERRA 
1. O culto a Deus. Basicamente o 
culto a Deus é o momento em que 
tributamos, reverenciamos e adoramos 
a Deus numa igreja local. Embora os 
cristãos entendam, teológica e doutrina- 
riamente, que a adoração não mais está 
restrita à área geográfica (Jo 4.24). desde 
os primórdios nos reunimos num local 
visível para cultuar a Deus e cumprir 
as duas ordenanças de nosso Senhor: 
ao batismo e a Ceia do Senhor. Nesse 
momento, entendemos que Deus se 
encontra conosco em culto, pois o lou-
Em Cristo, podemos 
adorar a Deus em espírito e 
em verdade. Nesse sentido, 
quem “sobe ao monte do 
Senhor" vive integraLmente 
o estilo de vida de um 
verdadeiro adorador.
vamos, intercedemos, esperamos que 
Ele fale conosco por meio da exposição 
da Palavra de Deus e experimentamos o 
compartiLhamento dos dons espirituais 
para a nossa edificação (1 Co 12.4-11). 
Logo, o culto cristão é um momento de 
grande devoção espiritual de maneira 
congregacional.
2. A im portância da Liturgia. De
maneira geral, podemos conceituar 
liturgia como a forma que um culto 
a Deus é conduzido. Nesse caso, de 
acordo com a sua história, a igreja local 
pensa nos cânticos, na linguagem a ser 
usada, nos gestos e toda forma audível 
e visivel que contribuirão para o bom 
andamento do culto, Naturalmente, a 
liturgia traz uma ideia de ordem. Ela 
deve ser espontânea no sentido do que 
o apóstolo Paulo ensinou: “Quando vos 
ajuntais, cada um de vós tem salmo, 
tem doutrina, tem revelação, tem língua, 
tem interpretação. Faça-se tudo para 
edificação" (1 Co 14.26). Assim, podemos 
dizer que a liturgia das igrejas, no geral, 
tem os seguintes elementos: oração 
inicial, cânticos congregacionais, mo­
mento de intercessão, leitura oficial 
das Escrituras, ofertório, pregação da 
Palavra, apeLo, oração final e bênção 
apostólica. Essa ordem pode variar de 
acordo com a região de nosso país e 
a liderança da igreja.
JOVENS 23
á
Não podemos estar 
presente de corpo, 
mas ausente de mente. 
O culto não acontece 
por causa da liturgia, 
mas por causa 
dos adoradores.
3. Como devo me preparar para 
o culto? De acordo com o Salmo 24, 
nosso culto e sua liturgia devem nos 
levar a adorar a Deus em espírito e 
em verdade (Jo 4.26). Aqui, espírito e 
verdade têm a ver exatamente com 
a disposição de estar inteiro no ato 
de adoração, sabendo o que se está 
fazendo ali (Rm 12.1). Não podemos 
estar presentes de corpo, mas ausentes 
de mente. O culto não acontece por 
causa da liturgia, mas por causa dos 
adoradores. Nesse sentido, toda a 
nossa memória, atenção, imaginação, 
pensamento e linguagem devem estar 
voltados para o que estamos fazendo: 
prestando santo culto a Deus. No mo­
mento do culto, estamos subindo ao 
"monte do Senhor". Por isso, devemos 
ser participantes ativos do período cúl- 
tico. Entoar os cânticos, suplicar a Deus 
na oração congregacional, receber a 
Palavra de Deus com toda reverência 
e quebrantamento (Sl 51.17). Um culto 
pode mudar a trajetória de uma vida.
® PENSE!
0 que é um culto a Deus?
© CONCLUSÃO
0 Salmo 24 mostrou que Deus é 0 objeto 
de nossa adoração e que nós vivemos 
para adorá-lo. Nesse sentido, temos um 
compromisso ético com Deus e com 
nós mesmos que expressa a nossa vida 
de culto a Deus. O momento em que 
passamos em comunhão, adorando 
ao Senhor em espírito e em verdade, 
pode alterar por completo a trajetória 
de nossa vida. Portanto, cultuar a Deus 
com os nossos irmãos se toma 0 melhor 
ato do mundo.
© HORA DA REVISÃO
1. Qual contexto do Salmo 24 podemos 
remontar?
2. O que o primeiro versículo atesta?
3. Segundo o Salm o 24, quais cara c­
te rística s são e sp e ra d a s d e um 
adorador?
4. Como podemos conceituar o culto 
a Deus, de acordo com a Lição?
5. Conforme a lição, cite pelos menos 
três elem entos da liturgia bíblica.
@ PONTO IMPORTANTE!
Um momento de tributo, reverência 
e adoração a Deus.
O AN SEIO DA ALMA 
POR D EU S
TEXTO PRINCIPAL
"C o m o o cervo bram a pelas 
co rren tes das águas, assim 
susp ira a m inha alm a por ti, ó 
D e u s!" (SI 42.1)
RESUMO DA LIÇÃO
A nossa alm a susp ira por D eus; 
sua p resença traz sen tido à nossa 
v ida . N ão podem os v iver sequer 
um dia sem o Senhor.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA - Hb 11.1-3
Homens que dependeram de Deus
TERÇA - Js 3 -14-17
A natureza nos ensina lições de Deus 
QUARTA - l Co 13.13 
A esperança é uma virtude
QUINTA - SI 43 4,5
Deus é a nossa alegria e auxílio
SEXTA -1 J 0 4 4
"Maior é o que está em vós" 
SÁBADO - Lm 3.21
Cultivando lembranças 
que edificam
JOVENS 25
Salmos 42.1-11
1 Como o cervo brama pelas correntes 
das águas, assim suspira a minha alma 
por ti, ó Deus!
2 A minha alma tem sede de Deus, do 
Deus vivo; quando entrarei e me apre­
sentarei ante a face de Deus?
3 As minhas lágrimas servem-me de 
mantimento de dia e de noite, por­
quanto me dizem constantemente: 
Onde está o teu Deus?
4 Quando me lembro disto, dentro de 
mim derramo a minha alma; pois eu 
havia ido com a multidão; fui com eles 
à Casa de Deus, com voz de alegria e 
louvor, com a multidão que festejava.
5 Por que estás abatida, ó minha alma, 
e por que te perturbas em mim? Es­
pera em Deus, pois ainda o louvarei na 
salvação da sua presença.
6 Ó meu Deus, dentro de mim a minha 
alma está abatida; portanto, lembro-me
INTRODUÇÃO
0 estudo do Salmo 42 traz lições 
preciosas para a vida espiritual. Nele, 
veremos que passar pela juventude 
desejando a presença de Deus é uma 
bênção. Isso não significa que as dores 
da alma não serão sentidas, mas que, 
uma vez na presença de Deus, a nossa 
alma é preenchida e estaremos prontos 
para vencer os desafios que a vida nos 
impõe. Aprenderemos, portanto, que 
a nossa profundidade devocional de­
terminará a qualidade do nosso futuro.
1 - A ALMA QUE SUSPIRA POR 
DEUS
1. Introdução ao Salmo 42.0 Salmo 
42 introduz o Livro II de Salmos. Ele 
forma uma unidade com o Salmo 43.
BÍBLICO
de ti desde a terra do Jordão, e desde 
o Hermom, e desde o pequeno monte.
7 Um abismo chama outro abismo, ao 
ruído das tuas catadupas; todas as tuas 
ondas e vagas têm passado sobre mim.
8 Contudo, o SENHOR mandará de dia 
a sua misericórdia, e de noite a sua 
canção estará comigo: a oração ao 
Deus da minha vida.
9 Direi a Deus, a minha Rocha: Por que 
te esqueceste de mim? Por que ando 
angustiado por causa da opressão do 
inimigo?
10 Como com ferida mortal em meus 
ossos, me afrontam os meus adver­
sários, quando todo o dia me dizem: 
Onde está o teu Deus?
11 Porque estás abatida, ó minha alma, e 
por que te perturbas dentro de mim? 
Espera em Deus, pois ainda o louvarei. 
Ele é a salvação da minha face e o 
meu Deus.
Trata-se de uma canção escrita pelos 
filhos de Corá, uma família de levitas. 
Esses levitas que sabiam bem a respeito 
da importância da adoração no Templo, 
Por isso, a canção dos Salmos 42 e 43 
expressa o desejo do levita em retor­
nar ao Templo para a adorar a Deus. O 
cantor lamenta as circunstâncias da vida 
que o impedem de participar do culto 
no Templo. Nesta lição, priorizaremos 
a exposição do Salmo 42.
2. A alma anseia por Deus. 0 cantor 
usa a imagem da corça que anseia pelas 
águas a fim de mostrar o quanto ele 
anseia pela presença de Deus (SI42.1). 
Em seu comentário bíblico, Matthew 
Henry escreve: “Comparecer diante de 
Deus é, ao mesmo tempo, 0 desejo dos 
justos e o terror dos hipócritas”. Essa
26 JOVENS
citação capta exatamente o desejo do 
justo em estar diante da face de Deus 
por intermédio do culto público, mas 
quando isso não acontece, por causa 
de uma circunstância impeditiva, sua 
alma chora e se abate, O justo sente 
prazer em estar diante de Deus. Nesse 
sentido, o início do Salmo 42 revela a 
privação do cantor em cultuar a Deus 
no Tem plo e sua preocupação em 
encontraruma fonte que alivie a sua 
sede (v.2). Essa imagem revela que não 
há alívio para a alma do jovem sem a 
presença de Deus.
3. A capacidade da memória, uma 
faculdade da alma. Longe da presença 
de Deus, simbolizada pela presença 
no Templo, memórias e sentimentos 
passados do salmista o Lembram dos 
tempos áureos da adoração pública (Sl 
42.3,4). Entretanto, essas lembranças 
aprofundam o desânimo de sua alma 
ao ponto de ele indagá-la: “Por que se 
perturba dentro de mim?" (SL 42.5a). Note 
que as lembranças têm a capacidade de 
aprofundar uma dor ou a consequência 
de uma experiência negativa: mas, ao 
mesmo tempo, elas têm a capacidade 
de renovar a esperança (Sl 42.5b). Isso 
dependerá da capacidade que você tem 
de lembrar das dores e das experiências 
negativas e aprender com elas, bem 
como a capacidade de recordar das 
experiências edificantes, dos milagres 
extraordinários da providência divina 
em sua vida para motivar as suas ações 
hoje. Não por acaso, o apóstolo Paulo 
nos convida a cultivar a memória, com 
a verdade, a honestidade, a justiça, 
a pureza, a am abilidade e todas as 
virtudes possíveis (Fp 4.8 cf. Lm 3.21), 
É preciso que você selecione bem o 
que entra em sua memória, pois o que
0 início do Salmo 42 
revela a privação do cantor em 
cultuara Deus no Templo e sua 
preocupação em encontrar uma 
fonte que alivie a sua sede (v.2). 
Essa imagem revela que não há 
alívio para a alma do jovem sem 
a presença de Deus.
você lembra hoje o motivará para tomar 
decisões espirituais, morais e sociais 
amanhã (Sl 42.5).
© PENSE!
Por quem a sua alma suspira?
© PONTO IMPORTANTE!
A alma do jovem cristão suspira 
por Deus.
II - A ALMA QUE SE EN CO N TRA
ABATIDA
1. Não é pecado a alma estar aba­
tida. O versículo 6 diz assim: “Ó Deus, 
dentro de mim, a minha alm a está 
abatida”. Muitos servos do Senhor, ao 
longo da história, tiveram momentos de 
angústias na caminhada cristã. Há uma 
galeria de heróis da fé que comprova 
isso (Hb 11). O versículo 6 deste salmo 
revela que uma experiência negativa 
pode introduzir em nossa alma um 
estado de angústia. Por exemplo, a 
não aprovação no vestibular pode fazer 
isso com a sua alma: o término de um 
namoro pode trazer esse sentimento 
de abatimento que paralisa a sua vida 
espiritual; experiências que trazem 
um sentimento de fracasso têm um 
potencial de aprisionar você por dentro.
JOVENS 27
Diferentemente do tempo 
dos fiLhos de Corá, você tem a 
presença de Jesus e a pienitude 
do Espírito Santo com você. Por 
isso, uma Lição que o Salm o q 2 
ensina é que nada em nossa vida 
pode tirar o foco da piedade. Sua 
vida espirituai dará a direção 
para o futuro que você colherá.
2. A natureza traz lições de Deus.
A expressão “portanto" traduz uma 
m udança de atenção do salm ista. 
Nesse versículo 6, duas expressões se 
destacam, “terra de Jordão" e “Hermon", 
além do desconhecido monte Mizar. 
O salmista se encontra nessa região, 
provavelmente ao norte do mar da 
Galileia. Embora ele esteja longe de 
Jerusalém, ele está num local que, 
historicamente, sem pre revelou as 
grandezas de Deus (Js 3.14-17; Sl 133). 
A partir dessa imagem, o saudoso 
pastor norteamericano, George Wood, 
escreveu: “encontramo-nos na 'terra 
do Jordão', o ponto mais baixo da terra. 
Desse lugar tão baixo, devemos nos 
lembrar do ponto mais alto, o Hermon 
(v.6). Dias melhores virão; a vida é feita 
de altos e baixos". Assim, a natureza nos 
traz lições belíssimas de que ela não é 
fruto de um caos, de uma desordem. 
Há um Criador que a sustenta e a di­
rige. Se Ele faz isso com os minerais, 
os vegetais, os animais, por que seria 
diferente com os seres humanos?
3. É preciso ter esperança. Na fé 
cristã, o problema não é estar aba­
tido, pois isso é esperado em nossa 
caminhada (2 Co 4.8,9). O problema é 
perder a esperança (cf. 1 Co 13.13). Esta
é uma virtude intrínseca à nossa fé, pois 
esperamos o Senhor Jesus voltar-se 
contra todo tipo de incredulidade. 
Portanto, podemos dizer assim para 
a nossa alma: “Espera em Deus, pois 
ainda o louvarei” (Sl 42.11).
® PENSE!
Passaremos por momentos difíceis 
na Terra.
0 PONTO IMPORTANTE!
Precisamos olhar para o alto. pois 
de lá vem a nossa esperança.
III - COMO FORTALECER A ES­
PERANÇA EM TEMPOS DIFÍCEIS
1. Não esteja sozinho. Diferentemen­
te do tempo dos filhos de Corá, você 
tem a presença de Jesus e a plenitude 
do Espirito Santo com você (Hb 13.5; Jo 
14.16). Por isso, uma lição que o Salmo 
42 ensina é que nada em nossa vida 
pode tirar o foco da fé. Sua vida espi­
ritual dará a direção para o futuro que 
você colherá. Por isso, vá ao altar do 
Senhor, louve-o, pois Ele é a sua alegria 
(Sl 43.4); anseie e priorize a presença 
de Deus, pois Ele é o teu auxílio (Sl 
43-5: cf. Js 1.8). Observe a importância 
dos cultos públicos, das reuniões de 
estudos bíblicos, da vocação ministerial 
e da devoção pessoal. Disso depende 
o sentido da sua vida cristã,
2. Equilíbrio espiritual e social. 
Há muitos desafios na vida de m ui­
tos jovens, Há jovens que trabalham 
e estudam. Há os que assumiram o 
sustento da casa, pois um dos pais 
foi recolhido por Deus. Outros ainda 
estão iniciando a carreira nas forças 
armadas, ou lutando para se sustentar 
numa universidade pública ou privada.
28 JOVENS
Enfim, os desafios são complexos. 
Dependendo de como reagimos a 
esses desafios sociais, podemos entrar 
num ciclo de ansiedade tendo como 
consequência a depressão. Por isso, 
uma preciosa lição que o Salmo nos 
ensina é que na proporção que a 
sua vida espiritual for profunda, você 
superará os desafios reais da vida, 
podendo prevenir a rota da ansieda­
de e da depressão. Por isso, se você 
está vivendo uma situação complexa, 
pare, se acalme e reflita: 1) ore e leia a 
Palavra de Deus: 2) estude e trabalhe 
com dedicação: 3) espere em Deus. 
Assim, esse momento complexo pas­
sará, você aprenderá com ele e sairá 
mais maduro do que quando entrou
(cf. Rm 5.3-5).
3. Traga à memória o que dá es­
perança. Outra lição preciosa que 
podemos extrair do Salmo 42 é a ca­
pacidade de trazer boas lembranças 
para o tempo presente desafiador. 
Tenha em mente que o que Deus 
permitiu você passar ontem é porque 
isso o ajudará hoje (Lm 3.21). Por isso, 
Ele nos deu a faculdade da memória. 
Entre recordações e lembranças, nos­
sa alma é alimentada por tudo o que 
Deus fez de bom. Não seja escravo das 
lembranças que trazem sofrimento e 
dor, mas cultive aquelas que trazem 
esperança, ânimo e coragem (Js 1.13).
0 PENSE!
É possível fortalecera esperança
em tempos difíceis.
0 PONTO IMPORTANTE!
Em tempos difíceis é preciso não
estar sozinho, ter equilíbrio e cultivar
bons pensamentos.
0 CONCLUSÃO
Nesta lição, vimos que a nossa alma é 
dependente de Deus. Não há nada em 
que você possa colocar a sua confiança 
para preencher 0 lugar do Senhor. Per­
cebemos também que a alma sente a 
ausência de Deus diante de uma tributa­
ção e angústia, embora Ele esteja perto. 
Podemos usar recursos espirituais para 
reagir ao sentimento paralisante, Assim, 
somos convidados a não estar sozinhos, 
a andar em equilíbrio espiritual e social, 
bem como, a cultivar lembranças que 
nos motivam a viver a vontade de Deus.
© HORA DA REVISÃO
1. O que a canção dos Salmos 42 e 43 
expressam?
2. Por que o cantor usa a im agem da 
corça?
3. O que o versículo 6 do Salmo 42 
revela?
4, Por que a esperança é uma virtude 
intrínseca à nossa fé?
5. Cite três atitudes que fortalecem 
a nossa esperança.
PERDOE-ME, SENHOR
TEXTO PRINCIPAL
"Tem misericórdia de mim, 
ó Deus, segundo a tua 
benignidade; apaga as minhas 
transgressões, segundo a 
multidão das tuas misericórdias."
(SI 51.1)
RESUMO DA LIÇÃO
Para viver um processo de 
restauração espiritual é preciso 
reconhecer a benignidade e a 
misericórdia de Deus, bem como 
confessar o pecado praticado 
e abandoná-lo.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA - SI 136.1
A benignidade do Senhor
TERÇA - Lm 3 22,23
As misericórdias do Senhor
QUARTA - SI 513-5
Confessando o pecado
QUINTA- Rm 3.9-12
Todos estão debaixo do pecado
SEXTA - Tg 1.14,15
A prática do pecado
SÁBADO - Jo 16.8
0 Espírito Santo apela para 
a consciência
30 JOVENS
Ü B ÉSe
Salmos 51.1-17
1 Tem misericórdia de mim, ó Deus, 
segundo a tua benignidade; apaga 
as minhas transgressões, segundo a 
multidão das tuas misericórdias.
2 Lava-me completamente da minha 
iniquidade e purifica-me do meu pecado.
3 Porque eu conheço as minhas trans­
gressões, e o meu pecado está sempre 
diante de mim,
4 Contra ti, contra ti somente pequei, e 
fiz o que a teus olhos é mal, para que 
sejas justificado quando falares e puro 
quando julgares.
5 Eis que em iniquidade fui formado, e 
em pecado me concebeu minha mãe.
6 Eis que amas a verdade no íntimo, e no 
oculto me fazes conhecer a sabedoria,
7 Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; 
lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve.
8 Faze-me ouvir júbilo e alegria, para 
que gozem os ossos que tu quebraste.
9 Esconde a tua face dos meus pecados 
e apaga todas as minhas iniquídades.
10 Cria em mim, ó Deus, um coração puro 
e renova em mim um espirito reto.
11 Não me lances fora da tua presença e 
não retires de mim o teu Espirito Santo.
12 Torna a dar-me a alegria da tua salvação 
e sustém-me com um espírito voluntário.
13 Então, ensinarei aos transgressores os 
teus caminhos, e os pecadores a ti se 
converterão.
14 Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, 
Deus da minha salvação, e a minha 
língua louvará altamente a tua justiça,
15 Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha 
boca entoará o teu louvor.
16 Porque te não comprazes em sacrifícios, 
senão eu os daria; tu não te deleitas em 
holocaustos,
17 Os sacrifícios para Deus são o espírito 
quebrantado; a um coração quebrantado 
e contrito não desprezarás, ó Deus.
INTRODUÇÃO
O Salmo 51 está na categoria dos 
Salm os penitenciais. Esses Salm os 
trazem a ideia de confissão e busca 
pelo perdão de Deus. Outros Salmos 
podem ser classificados nessa c a ­
tegoria: 6, 37,142, dentre outros. De 
acordo com essa categoria, o Salmo 
51 remonta o contexto em que o rei 
Davi foi confrontado pelo profeta Natã 
por ocasião do seu adultério com Ba- 
te-Seba e o consequente assassinato 
do esposo dela, Urias (cf. 2 Sm 12.1-14), 
ordenado e planejado pelo rei. Por 
isso, o Salmo 51 está estruturado da 
seguinte forma: 1) Reconhecimento 
da natureza misericordiosa de Deus 
(vv.1,2); 2) Confissão de pecados (vv.3-
5); 3) Busca por restauração (vv.6,13); 
4) Adoração verdadeira (vv. 14-17); 5) 
O bem a Sião (vv.18,19). Assim, nesta 
lição, estudaremos sobre a natureza 
misericordiosa de Deus, a necessi­
dade de confessar o pecado para ser 
restaurado, a disposição de viver o 
processo de restauração e, finalmente, 
viver a adoração pública de maneira 
restaurada.
I - M ISER IC Ó R D IA E C O N F IS ­
SÃO (vv.1-5)
1. Um clam or por misericórdia.
Nos dois primeiros versículos, chama 
a atenção as expressões “tem miseri­
córdia" e “benignidade"; “apaga minhas 
transgressões" e “tua misericórdia";
JOVENS 31
Todo pecado ê contra 
Deus somente. Embora 
Davi tivesse adulterado 
com Bate-Seba e ordenado 
a execução de Urias, foi 
“contra ti, contra ti somente 
pequei". Davi havia violado 
vários mandamentos do 
Decátogo (cf. Êx 20.13-17).
“Lava-me” e “purifica-me". O salmista 
tem uma cLara noção de que Deus é 
benigno e misericordioso. A benigni- 
dade do Senhor dura para sempre (SL 
136.1), e suas misericórdias não têm fim 
(Lm 3.22,23). Por isso, só Deus pode 
"lavar” e “purificar” a alma do salmista. 
Assim, o rei Davi tem plena certeza 
de que se dirigir diretamente a Deus 
é a melhor decisão. Ele é benigno e 
misericordioso. Só Ele pode lavar e 
purificar sua aLma.
2. Confessando o pecado. O sal­
mista se dirige a Deus de maneira 
humilde, confessando e especificando 
o seu pecado (vv.3,4). Este estava tão 
patente diante dele que a expressão 
“em pecado me concebeu a minha 
mãe" (v.5) revela que o salmista re­
conhece a inclinação humana para o 
pecado desde o início da existência 
hum ana. Dois pontos estão bem 
claros nos versículos 3-5:1) o pecado 
específico praticado (vv.3,4) e 2) a 
consciência da inclinação humana ao 
pecado desde o início da existência 
(v.5; cf. Rm 3.9-12).
3. Deus é quem remove o pecado. 
Contra a prática do pecado só há um
antídoto: voltar-se ao Deus misericor­
dioso, por intermédio de Jesus Cristo, 
e confessar o pecado (vv.1-5; cf. 1 Jo 
1.8-10). Todo pecado é contra Deus 
somente. Embora Davi tivesse adul­
terado com Bate-Seba e ordenado a 
execução de Urias, foi “contra ti, contra 
ti somente pequei". Davi havia violado 
vários mandamentos do Decálogo (cf. 
Êx 20.13-17) e, por isso, seu pecado era 
exclusivam ente contra Deus. Logo, 
quem peca contra Deus só pode ser 
lavado, bem como ter purificado o co­
ração, por Ele mesmo por intermédio 
do Senhor Jesus (1 Jo 2.1,2). Assim, o 
caminho para a restauração do jovem 
cristão, de maneira humilde, é se dirigir 
ao Deus misericordioso, confessando 
especificamente o pecado praticado, 
tendo a consciência de que somente 
Deus pode remover a mancha deletéria 
do pecado por meio do Senhor Jesus.
© PENSE!
Deus é benigno e misericordioso.
© PONTO IMPORTANTE!
Por isso, devemos confessar os 
nossos pecados a Deus e buscar 
orientação pastoral.
II - BUSCANDO A RESTAURA­
ÇÃO (vv, 6-13)
1. Purificando a vida interior. A
prática do pecado nasce de dentro do 
ser humano (Tg 1.14,15). Isso devido à 
corrupção total da natureza humana 
como consequência do advento do 
pecado (Gn 3.1-19; cf. Rm 3.20). Nes­
se sentido, contemplamos o pedido 
do salmista: “purifica-me", “lava-m e”, 
“apaga”, “cria em mim [...] um coração 
puro" (Sl 51.6-11). O saLmista sabia que
32 JOVENS
Deus aprecia a verdade de nossa vida 
interior, pois diante dEle tudo está 
patente (v.6). Som ente Deus pode 
criar um coração puro, não mais sujo 
pelo pecado (v.io); um espírito reto, 
não uma vida torta (v.io). A nossa vida 
interior precisa ser purificada para que 
a presença do Espírito Santo seja uma 
realidade e, assim, tenhamos de volta 
a alegria da salvação e um espírito 
voluntário nas coisas de Deus (v.12).
2. Restituindo a alegria e o júbilo. 
Com a vida interior purificada, o sal- 
mista espera ouvir júbilos e alegrias 
(v.8) no lugar de tristeza e angústia 
pelo pecado praticado. Sim, o salmista 
sabia que o pecado apaga a alegria 
de viver. O processo de restauração 
do pecador perpassa pela confissão, 
humilhação diante de Deus e, finalmen­
te, o fato de tornar a sentir a presença 
do Espírito Santo. Neste Salmo, uma 
das verdades mais contundentes é a 
de que o pecado tira a presença de 
Deus do salmista (cf. Ef 4.30), Sem esta 
presença não há alegria nem júbilo, 
mas sobra tristeza, angústia, frustração 
e consciência pesada.
3. A restauração começa pela re­
novação interior. Precisamos lembrar 
de que a obra de restauração de uma 
vida que caiu no pecado é de Deus e 
não meramente uma decisão humana. 
Ele pode dar um coração puro e um 
espírito reto (Sl 51.10). Outrossim, o 
Espírito Santo sempre apelará para 
nossa consciência a fim de que não 
fiquemos imersos na prática do peca­
do, pois é Ele quem nos convence do 
pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). 
E, finalmente, há uma vida plena no 
Espírito, de alegria e júbilo para servir 
a Deus em sua obra e na vida. Entre-
A nossa vida interior 
precisa ser purificada 
para que a presença 
do Espírito Santo seja 
uma realidade e, assim, 
tenhamos de volta a 
alegria da salvação e um 
espírito voluntário nas 
coisas de Deus (v.12).
tanto, tudo começa pela purificação 
do coração e o estabelecimento de 
um espírito reto; tudo com eça pela 
renovação interior do jovem cristão.
0 PENSE!
A restauração começa pela vida 
interior.
© PONTO IMPORTANTE!
Coração purificado e espírito reto 
são requisitos para a renovação 
interior do jovem cristão.
III - PRONTOS PARA ADORAR
(vv. 14-17)
1. O desejo de participar da ado­
ração pública. Le m b re-se de que 
os Salmos são canções para adorar,principalmente, no Templo. 0 salmista 
tem o desejo, aqui, de louvar a justiça 
divina (Sl 51.14). Por isso, o pedido de 
livrá-lo dos “crimes de sangue", certa­
mente, uma alusão ao assassinato de 
Urias (v.14). Assim, uma vez perdoado, 
o salmista estaria pronto para adorar 
publicamente no Templo do Senhor 
de acordo com a justiça divina (v.15). 
A adoração pública, congregacional,
JOVENS 33
tem a ver com o real estado interior 
da vida do salmista.
2. Quebrantamento e contrição.
Os ve rsículo s 16 e 17 aprofundam 
mais ainda a questão do estado in­
terior para a adoração pública. Note 
as expressões “espírito quebrantado" 
e “coração quebrantado e contrito". 
Essas expressões não substituíram 
o sistema de sacrifício levítico, pois 
ele é retomado no versículo 19. A 
ideia é a de que não podemos nos 
apresentar para adoração pública de 
maneira mecânica, superficial. Nesse 
sentido, o salmista entende que todo 
o seu ser deve estar presente no ato 
de adoração, isto é, espírito, alma e 
corpo (cf, 1 Ts 5.23). Espírito e coração 
quebrantados e contritos são a prova 
de que a vida inteira do adorador está 
ali diante de Deus.
3. Fazendo o bem para outros. A 
nossa experiência de restauração nos 
permite “ensinar aos transgressores 
os teus caminhos" (Sl 51.13). É isso o 
que Deus quer fazer conosco. Que 
os nossos gestos exteriores reflitam 
a nossa vida interior, pois se o nosso 
coração for puro e nosso espírito for 
reto, consequentemente, nossas ações 
serão puras e retas (cf. Mc 7.18-22). 
Com o advento do sacrifício de Jesus 
Cristo, nós, almas restauradas, corpos 
posicionados, somos o sacrifício vivo, 
santo e agradável a Deus (Rm 12.1).
@ PENSE!
Deus não despreza um espírito e
coração quebrantados.
©CONCLUSÃO
Todos nós estamos vulneráveis ao 
pecado, Por isso, a Palavra de Deus nos 
ensina a vigiar e a cuidar de nossa vida 
espiritual, Entretanto, quando acontece 
um "acidente de percurso" na vida do 
jovem cristão, é importante que ele não 
deixe de perceber que Deus é mise­
ricórdia. que é necessário confessar 
especificamente 0 pecado praticado, 
primeiramente a Deus, em seguida, ao 
pastor da igreja e, finalmente, viver 0 
processo de restauração espiritual. 
O Espírito Santo nunca deixará de 
apelar às consciências dos que temem 
a Deus. É tempo de humilhar-se! É 
tempo de confessar! É tempo de ser 
restaurado(a) por Deus!
© HORA DA REVISÃO
1. Qual noção o salmista tem a respeito 
de Deus?
2. Q ual o único antídoto contra a 
prática do pecado?
3. Quem é que pode criar um coração 
puro?
4. Segundo a Lição, a adoração pública, 
congregacional tem a ver com o quê?
5. O que a nossa experiência de res­
tauração nos permite?
© PONTO IMPORTANTE!
A adoração pública deve refletira 
nossa vida privada.
ALCANÇANDO UM 
CORAÇÃO SÁBIO
T E X T O P R IN C IP A L P L E IT U R A S E M A N A L
SEGUNDA-Is 6.1
"Ensina-no s a contar os nossos A glória de Deus
dias, de tal m aneira que 
a lcancem os coração sáb io ."
TERÇA - Is 6.5
A nossa finitude e fragilidade
(SI 90.12) QUARTA - Tg 4-13-17
Uma vida humilde
QUINTA-Hb 4-13
Nossa vida está patenteR E S U M O D A L IÇ Ã O
diante de Deus
Contem plar a eternidade de Deus 
e constatar a nossa finitude e 
fragilidade é um bom início para 
alcançar um coração sábio.
SEXTA - Jo 16.8-10,13
Sensíveis ao Espírito Santo
SÁBADO - 1 Tm 4 2
É preciso estar conscientes 
diante de Deus
JOVENS 35
TEXTO BÍBLICO
Salmos 90.1-17
1 SENHOR, tu tens sido o nosso refúgio, 
de geração em geração.
2 Antes que os montes nascessem, ou 
que tu formasses a terra e o mun­
do, sim, de eternidade a eternidade, 
tu és Deus,
3 Tu reduzes o homem à destruição; e 
dizes: Volvei, filhos dos homens.
4 Porque mil anos são aos teus olhos 
como o dia de ontem que passou, 
e como a vigilia da noite.
5 Tu os levas como corrente de água; 
são como um sono; são como a 
erva que cresce de madrugada;
6 De madrugada, cresce e floresce; à 
tarde, corta-se e seca.
7 Pois somos consumidos pela tua ira 
e pelo teu furor somos angustiados.
8 Diante de ti puseste as nossas iniqui- 
dades; os nossos pecados ocultos, à 
luz do teu rosto.
9 Pois todos os nossos dias vão passan­
do na tua indignação; acabam-se os 
nossos anos como um conto ligeiro.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, vamos estudar a res­
peito de ter um coração sábio. Veremos 
que tudo começa em Deus. É preciso 
reconhecera sua eternidade e sobe­
rania. Depois, passaremos a considerar 
a nossa finitude e fragilidade. Então, 
estaremos prontos para reconhecer os 
nossos pecados para abraçar a graça 
de Deus e viver uma vida abundante. 
Que, ao final desta lição, possamos 
fazer a mesma oração do salmista: 
“Ensina-nos a contar os nossos dias, de 
tal maneira que alcancemos coração 
sábio" (Sl 90.12).
10 A duração da nossa vida é de setenta 
anos, e se alguns, pela sua robustez, 
chegam a oitenta anos, o melhor 
deles é canseira e enfado, pois passa 
rapidamente, e nós voamos.
11 Quem conhece o poder da tua ira? E 
a tua cólera, segundo o temor que te 
é devido?
12 Ensina-nos a contar os nossos dias, 
de tal maneira que alcancemos co­
ração sábio.
13 Volta-te para nós, SENHOR; até quando?
E aplaca-te para com os teus servos.
14 Sacia-nos de madrugada com a tua 
benignídade, para que nos regozijemos 
e nos alegremos todos os nossos dias.
15 Alegra-nos pelos dias em que nos 
afligiste, e pelos anos em que vimos 
o mal.
16 Apareça a tua obra aos teus servos, e 
a tua glória, sobre seus filhos.
17 E seja sobre nós a graça do Senhor, 
nosso Deus; e confirma sobre nós a 
obra das nossas mãos; sim, confirma 
a obra das nossas mãos.
I - A ETERNIDADE DE D EU S E A 
MORTALIDADE DO SER HUMANO 
1 . 0 Salmo 90. Esse Salmo introduz 
o quarto livro dentro dos Salmos. Ele 
é uma oração de Moisés. Nele, há um 
contexto de uma grave situação que 
não está especificada no Salmo, mas 
pode ser percebida nele (vv.13,15). O 
contexto de gravidade pode ser remon­
tado à peregrinação do povo de Israel 
no deserto, rumo à Terra Prometida 
(Nm 14). Para compreender melhor o 
propósito do Salmo, podemos dividi-lo 
da seguinte maneira: 1) Eternidade de 
Deus (vv.1,2); 2) Mortalidade do ser
36 JOVENS
humano (vv.3-6); 3) Reconhecimento 
de que o salmista está sob a ira de 
Deus (vv.7-12); 4) Súplica por graça e 
esperança (vv.13-17).
2. A eternidade de Deus (w.1,2). No 
contexto de sofrimento, o salmista olha 
para a eternidade de Deus: "de eternidade 
em eternidade, tu és Deus" (v.2). Por isso, 
Ele é o refúgio do salmista e de seu povo 
(v.i). Como é precioso perceber isso no 
Salmo 90! O salmista nos ensina a, diante 
de uma realidade sofrida, parar e olhar 
para a eternidade de Deus. Enquanto 
tudo no plano terreno é passível de 
alteração e degeneração, no plano ce­
lestial tudo permanece intacto, glorioso 
e poderoso, conforme a visão do profeta 
Isaías, semelhante a Moisés no Salmo: 
“No ano em que morreu o rei Uzias, eu 
vi ao Senhor assentado sobre um alto e 
sublime trono: e o seu séquito enchia o 
templo” (Is 6.1).
3. A mortalidade do ser humano (w. 
3-6). O Salmo também nos ensina que 
quem contempla a eternidade e a bele­
za celestial passa por uma constatação 
inequívoca: oLhando para dentro de si, 
contempla a sua finitude e fragilidade. 
Isso aconteceu também com o profeta 
Isaías (6.5), Nessa porção de versículos, 
destaca-se as expressões: “mil anos i.,,1 
como o dia ontem” ou “como a vigília da 
noite" (v. 4). Em outras palavras, diante 
da eternidade de Deus, a vida do ser 
humano é curta e passageira. O Novo 
Testamento nos ensina essa mesma 
verdade: “Digo-vos que não sabeis o 
que acontecerá amanhã. Porque que é a 
vossa vida? É um vapor que aparece por 
um pouco e depois se desvanece" (Tg 414),
4. Pensando na finitude para alcan­
çar um coração sábio. Tanto o Antigo 
quanto o Novo Testamento trazem a
ideia de que sejamos humildes e não 
orgulhosos (cf. Tg 4-13-17)- Viver de ma­
neira humilde e não orgulhosa passa 
pela capacidade de ter consciência 
do quanto somos finitos, É

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