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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO Faculdade de Agronomia e Zootecnia – FAZZ Departamento de Solos e Engenharia Rural - DSER Campus Cuiabá Ciência do Solos IV 2ª AVALIAÇÃO SISTEMA DE CAPACIDADE DE USO DAS TERRAS CUIABÁ – MT, 2022 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO Faculdade de Agronomia e Zootecnia – FAZZ Departamento de Solos e Engenharia Rural - DSER Campus Cuiabá LUANDA RAFAELY ALVES MENDES 2ª AVALIAÇÃO SISTEMA DE CAPACIDADE DE USO DAS TERRAS 2ª Avaliação apresentado à disciplina de Ciência do Solo IV sob orientação do Prof. Emilio Carlos de Azevedo/ Departamento de Solos e Engenharia rural - DSER / Universidade Federal de Mato Grosso/ Faculdade de Agronomia e Zootecnia. ). CUIABÁ – MT, 2022 Sumário DESCRIÇÃO GERAL: ............................................................................................................ 4 DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA ............................................................................................ 5 SISTEMA DE CAPACIDADE DE USO DAS TERRAS ........................................................ 7 1. LEVANTAMENTO DE DADOS DADOS PEDOLOGICOS Para realização desta prova foi selecionado o perfil de número 29, disponível na página 191 do livro RADAMBRASIL Vol.20 “Folha SC.21 Cuiabá”: Geologia, Geomorfologia, Pedologia, Vegetação e Uso potencial da terra, disponibilizado em arquivo PDF pelo professor através do AVA. A partir das informações obtidas através do livro RADAMBRASIL este perfil no ano de 1978 situada entre paralelos de 8º a 12º S e meridianos de 54° a 60° WGr, abrange uma área de 290 950 km², da qual 73,24% pertencem ao estado de Mato Grosso, 21,06% ao Estado do Pará, 5,62% ao Estado do Amazonas e 0,08% ao Território Federal de Rondônia. Os dados fornecidos pelas demais divisões deste projeto foram significativas para avaliação da capacidade natural média do uso da terra, que é feita também em função das atividades agropecuárias, madeireiras e do extrativismo vegetal. O solo e relevo condicionaram cerca de 50% da área a classe baixa para lavoura e criação de gado em pastos plantados. DESCRIÇÃO GERAL: Perfil No 29 Data: 07/03/1978 Classificação: Cambissolo Tropical álico com atividade baixa A moderada textura argilosa, Oxic Dystropets Unidade de Mapeamento: LRd1 Localização, Município de Aripuanã, Estado de Mato Grosso Lat 09º03ºS e Long 59º 49º WGr, Folha SC,21 V-C Situação, declive e erosão sobre o perfil: meia encosta, com 10% a 12% de declive e erosão laminar ligeira moderada Altitude: 400 a 600 m Litologia: Basaltos e diabásios, intercalados com arenitos. Formação geológica: embasamento polimetaformico Período: pré-cambriano Material Originário: Tufo vulcânico Relevo local: Ondulado Relevo regional: Ondulado. Erosão: Não aparente. Drenagem: Moderadamente drenado. Vegetação primária: Floresta Aberta. Uso Atual: Pastagem Natural. DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA A1- 0·15 cm em; Bruno ( IOYR 4/3 ). Franco-argilo-siltoso; fraca pequena granular, friável, ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição difusa A3 – 15-30 em; Bruno ( 10 Y R 5/3) ; ). franco·argilo·siltoso; fraca pequena granular, friável, plástico e pegajoso; transição difusa B2 - 30-60 cm, bruno-claro-acinzentado (10YR 6/3); ). franco·argilo·siltoso, maciça, friável, plástico e pegajoso; transcrição gradual B3 - 60-80 cm, bruno 7 5YR 5/4);mosqueado abundante pequeno, médio e distinto vermelho-amarelado (5Y R 5/5) e rosete (7 5YR 7/4) franco-argilo-siltoso; maciça, friável, plástico e pegajoso; transição abrupta. C - 80-100 cm, coloração variegada, composta de bruno (7 5YR 5/4) rosete (7 5) R 7/4) e bruno avermelhado ( 2 5 YR 5/4), franco siltoso, firme, plástico e pegajoso. Análises físicas e químicas do perfil n° 29. SISTEMA DE CAPACIDADE DE USO DAS TERRAS A classificação do solo em questão, Cambissolo Tropical álico com atividade baixa A moderada textura argilosa. Quais os Fatores Limitantes de Uso das Terras no presente caso, explicando os mesmos? Atributos do solo – Caráter Álico, essa classe de solo compreende solos com horizonte B incipiente, não hidromórfico, com baixa saturação de bases. No geral não tem estrutura, a textura é média, com pequena variação no teor de argila em todo o perfil, o grau de floculação é menor do que 95% e a relação silte/argila maior do que 0,7 podendo chegar a 2,5, quanto aos aspectos químicos, estes solos são muito ácidos, possuem teor de carbono orgânico de 1 a 2 % na superfície, soma de bases menor que 2mE/ 100 g na superfície, decrescendo com a profundidade, saturação de bases menor que 10%, saturação com Alumínio trocável em cerca de 70% das amostras maior do que 60% e atividade de argila muito baixa. Sendo um solo muito ácido, com pH em torno de 4 ou pouco mais. O que estaria limitando de fato o nosso solo é a parte química, ou seja, a fertilidade natural, a saturação de Al 3+ em torno de 70% , promove o aparecimento de elementos tóxicos para a planta (Al), além de causar a diminuição da disponibilidade de nutrientes para as mesmas, podendo afetar o crescimento radicular das plantas tanto superficial quanto em profundidade, dessa forma sendo limitante a fertilidade desse solo, tendo também um pH inferior a 5,5, onde pode acarretar danos ao desenvolvimento das culturas, e à elevada atividade de elementos fitotóxicos, como o Al e Mn. Qual o enquadramento do solo no Sistema de Capacidade de Uso das Terras até o nível de Unidade de Capacidade de Uso, justificando e explicando os procedimentos adotados ? Segundo o Manual para levantamento e capacidade de uso de solos (1911), a classificação desse solo de acordo com sua capacidade do uso a seguir: Grupo A: Passíveis de utilização com culturas anuais, perenes, pastagens e/ou reflorestamento. Classe IV: Formada por terras que tem riscos limitações permanentes muito severas, quando usadas para culturas anuais. Devido a problemas de fertilidade agravados por problemas de erodibilidade (Caráter abrupto) e erosão (declividade alta). Alta erodibilidade associada ao grande potencial de escoamento de superfície. Subclasse IV e: Limitações pela erosão presente ou riscos de erosão. Neste caso, a suscetibilidade à erosão, é o principal problema, onde ocasiona a limitação sobre a fertilidade. Unidades de uso: Mudança textural abrupta A IV e-3 Quais as Práticas Gerais de Manejo que deverão ser adotadas, justificando e explicando os procedimentos adotados. A classificação auxilia na escolha das culturas, com práticas de conservação adequada segundo sua capacidade, visando uma agricultura conservacionista, é importante a adição de matéria orgânica desse solo, o uso de culturas em faixas com rotação de culturas, plantio direto (sem aração) soja-milho – braquiária, mantendo o solo protegido, recomenda-se a calagem e a adubação adequada para esse solo, terraços de base larga, preferencialmente em nível para interceptar a enxurrada e promover a infiltração da água no canal, a recomendação de terraceamento para evitar erosão levando em conta a declividade. A calagem vai melhorar a fertilidade do solo, neutralizando a acidez trocável e a não trocável, vai melhorar o ambiente radicular, promovendo maior absorção de água e nutrientes. A calagem é uma das práticas mais importantes para corrigir opH e aumentar a produção agrícola em solos ácidos. Além dos efeitos físicos, a aplicação de calcário promove várias transformações químicas no solo, significativas para o desenvolvimento das culturas. Qual a Fórmula Obrigatória para representação do solo, considerando-se os aspectos e características utilizados pelo Sistema de Capacidade de Uso das Terras, descrevendo cada elemento integrante da fórmula? P𝑟𝑜𝑓𝑢𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 − 𝑡𝑒𝑥𝑡𝑢𝑟𝑎 − 𝑝𝑒𝑟𝑚𝑒𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 − 𝑢𝑠𝑜 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑒𝑐𝑙𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 − 𝑒𝑟𝑜𝑠ã𝑜 1-3/3-2_______di - La D - 1 Profundidade – 1 moderamente profundo (50 a 100 cm). Textura – 3/3, textura é média, com pequena variação no teor de argila em todo o perfil; Permeabilidade - 2/2 moderada tanto na camada superficial quanto na camada subsuperficial. (5 a 150 mm de água percolada/hora); Declividade - D - Declividade entre 10 e 12%; Erosão – 1, laminar ligeira moderada (ligeira remoção de até 25% do horizonte A – 2, moderada de até 75% do horizonte); di: Limitações pela erosão/ limitação sobre a fertilidade. La - Lavoura de soja com sucessão milho + braquiária REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS LEPSCH, I. F.; BELLINAZZI Jr.,R.; BERTONI, D. & ESPINDOLA, C.R. Manual para Levantamento Utilitário de Meio Físico e Classificação de Terras no Sistema de Capacidade de Uso. 4ª Aproximação, 2ª ed. Campinas/SP, Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. 1991. 175p Material disponibilizado no AVA pelo docente: Emílio Carlos de Azevedo
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