Buscar

AULA 3 - Balanc_o energe_tico e fo_rmulas - modificada

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 98 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 98 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 98 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

mariane.meurer@univali.br
Balanço energético e 
fórmulas preditivas
Prof.a Dr. a Giovana Vechi
Prof .a Dr. a Mariane Meurer
BALANÇO ENERGÉTICO
O que é energia? “Capacidade de realizartrabalho”
Nuclear
Elétrica
Química
Mecânica 
Luminosa
Térmica
Conversão
Todas as formas de 
trabalho requerem energia
BIOENERGÉTICA
Energia dos ALIMENTOS
Trabalho biológico
Energia Química
“Fluxo e permuta de energia dentro de um sistema vivo”
Como a energia liberada durante a “quebra” dos alimentos 
não pode ser diretamente usada para realizar um trabalho 
biológico, o ATP serve como substância química energética 
intermediária neste processo
Energia para realizar o trabalho
ENERGIA QUÍMICA
A energia proveniente da oxidação 
de macronutrientes é recolhida e 
conduzida através do composto rico 
em ATP (trifosfato de adenosina)
Estoque: 80 a 
100g de ATP 
em condições 
normais de 
repouso
Molécula carreadora especial de 
energia livre
Unidades de energia
•Caloria: 
•quantidade de energia necessária para elevar a temperatura de 1mL de água, de 
temperatura padrão inicial, em 1ºC.
•14,5ºC para 15,5ºC
•Quilocaloria: 1000 Cal 
•USAMOS = Kcal
•Joule:
•Medida de energia em termos de trabalho mecânico. 
•Uma quilocaloria = 4.184 Joules ou 1 kj = 0,239 kcal
Energia contida nos alimentos
▪ 1 grama de proteína (PTN) = 4 Kcal
▪ 1 grama de carboidratos (CHO) = 4 Kcal
▪ 1 grama de lipídios (LIP) = 9 Kcal
▪ 1 grama de álcool = 7 Kcal ou 5,6 kcal/mL
▪ Vitaminas, minerais, fibras e água = O Kcal
O valor calórico de um alimento ou preparação 
vai depender da quantidade de proteína, 
carboidrato e gordura na sua composição.
Equilíbrio energético
A estabilidade da composição corporal e da massa corporal total durante longos períodos
requer que a ingestão energética seja igual ao gasto.
Entrada de Energia = Saída de Energia
BALANÇO ENERGÉTICO
▪ Balanço neutro: manutenção peso corporal
▪ Balanço negativo: glicogênio e tecido adiposo
mobilizados. ↓ tecido adiposo e muscular... ↓ peso
▪ Balanço positivo: ↑ tecido adiposo ↑ peso corpóreo
Balanço Energético POSITIVO
• Ingestão maior do que o gasto de energia
• Ingestão dietética
• Predisposição genética
• Idade e sexo – aumento da gordura com a idade
• Estado socioeconômico
• Fatores psicológicos
Balanço Energético NEGATIVO
• Ingestão menor do que o gasto de energia
• Obesos: medida para obtenção de saúde
• Atletas: categoria de peso
• Desordens alimentares: bulimia e/ou anorexia
• Associado a drogas e bebidas
• Consequência de doenças
BALANÇO ENERGÉTICO
• Entrada de energia = soma da energia dos alimentos e das bebidas (CHO, PTN, LIP, 
ALCOOL)
• Saída de energia = absorção, metabolismo, armazenamento dos alimentos; função dos 
órgãos vitais, regulação térmica...
Equilíbrio Energético
MAS COMO AVALIAR SE O INDIVÍDUO ESTÁ 
EM EQUILÍBRIO?
Pelo peso, IMC, percentual de gordura e massa magra
ESTADO NUTRICIONAL
Estado Nutricional:
Resultado entre necessidades e ingestão
NECESSIDADE ENERGÉTICA
▪ Necessidades energéticas:
Energia necessária para manter funcionamento, reparação 
tecidos, atividade voluntária.
“Nível de ingestão de energia que irá compensar o gasto energético para um 
indivíduo com composição corporal e nível de atividade física necessários para 
manter a saúde por um longo período de tempo.” 
Lactantes: produção e secreção do 
leite materno.
IMPORTÂNCIA DA NECESSIDADE 
ENERGÉTICA
Crianças e gestantes: boa 
saúde + síntese de novos 
tecidos.
Adulto: equilíbrio entre 
ingestão e gasto energético 
em relação à superfície 
corporal, composição corporal 
e nível de atividade física, 
condizentes com boa saúde. 
Necessidades Nutricionais
(requerimento energético)
Variam entre as pessoas ≠ 
genéticas e metabólicas
Influenciado por vários fatores:
▪ Idade
▪ Tamanho do corpo
▪ Temperatura do corpo
▪ Atividade física
▪ Temperatura ambiental
▪ Taxa de crescimento
▪ Gênero
▪ Estado nutricional
▪ Estado emocional
▪ Ingestão de alimentos
O balanço energético precisa ser 
mantido, ou seja, a quantidade de 
energia consumida deverá
ser igual àquela dispendida
BALANÇO ENERGÉTICO
TMB
ETAAF
Termo 
regulaçãoGasto energético total 
(GET) = 
BALANÇO ENERGÉTICO
TMB
ETAAF
Termo 
regulaçãoGasto energético total 
(GET) = 
TAXA METABÓLICA
TAXA METABÓLICA BASAL
Medida pela manhã, após acordar, 12 horas após a última refeição (estado pós-absortivo), deitada 
e completamente relaxada
→ Energia gasta para realizar os processos vitais básicos 
[50 a 70% do GET]
TAXA METABÓLICA DE REPOUSO
Medida em qualquer período do dia e de 2 a 4 horas após a última refeição. (10% maior que a 
TMB)
[65 a 80% do GET]
• TAXA METABÓLICA
Principal componente do gasto energético diário:
• 50% indivíduos muito ativos fisicamente
• 70% indivíduos mais sedentários
TAXA METABÓLICA
Altura:
> superfície corporal
FATORES QUE AFETAM A TAXA 
METABÓLICA
Dimensão e 
composição corporais
Massa corporal gorda:
menos ativa
Massa corporal magra: 
vísceras (60%), cérebro, 
sangue e massa muscular 
(20 – 25%).
1
Taxa metabólica mais alta durante os 
períodos de crescimento (1° e 2° anos)
Idade
FATORES QUE AFETAM A TAXA 
METABÓLICA
↑ Idade ↓TMB
2
Gênero
FATORES QUE AFETAM A TAXA 
METABÓLICA
Masculino 
(5 a 10% > que 
mulheres)
3 Genética4
10%
Hormônios
FATORES QUE AFETAM A TAXA 
METABÓLICA
5
Tiroxina (T4):
•Quando 
reduzida, 
diminui 30 a 50% 
a TMB
Noradrenalina:
• Quando 
reduzida, 
diminui a TMB
Adrenalina:
• Quando 
aumentada, 
aumenta o 
metabolismo 
pelo aumento da 
atividade celular
Hormônio do 
crescimento e 
insulina:
• Anabolismo
Cortisol:
• Catabolismo
↑Leve: incremento de 30% sobre a basal
↑Moderada: incremento entre 40 a 80%
↑Muito intenso: incremento 100% ou mais.
Atividade física5
FATORES QUE AFETAM A TAXA 
METABÓLICA
Consumo de oxigênio durante atividade física
Dietas restritivas...
(talvez por isso uma das 
estratégias seja ciclar a 
restrição calórica...)
Jejum ou inanição 
acentuada7
FATORES QUE AFETAM A TAXA 
METABÓLICA
↓ em ate 50%
Febre ou infecções (aprox. 13% para cada °C acima 
de 37°C)
Estresse (queimaduras, traumatismo), 
hipertireoidismo
↑ TMB 10 a 100%
Doenças8
FATORES QUE AFETAM A TAXA 
METABÓLICA
Nicotina, cafeína e teofilina, 
anfetaminas, beta-bloqueadores
↑ TMB
Fármacos9
FATORES QUE AFETAM A TAXA 
METABÓLICA
Aumento em 20% a TMB
Sono10
FATORES QUE AFETAM A TAXA 
METABÓLICA
Diminui aprox. 10% a TMB
Gravidez/Lactação11
Clima tropical: TMB 5 a 20% maior que indivíduos 
que vivem no clima temperado
Temperatura entre 14° e 30° (zona térmica de 
neutralidade):
↑ GE suor ou tremor para manter temperatura 
corporal
Clima12
FATORES QUE AFETAM A TAXA 
METABÓLICA
BALANÇO ENERGÉTICO
TMB
ETAAF
Termo 
regulaçãoGasto energético total 
(GET) = 
EFEITO TÉRMICO DO ALIMENTO
Representa a elevação no gasto energético associado ao 
processamento de alimentos pelo corpo, incluindo o trabalho 
associado à digestão, absorção, transporte, metabolismo e 
armazenamento de energia.
Resposta metabólica a alimentos OU termogênese induzida pela dieta ou efeito 
térmico dos alimentos
Média dieta mista = 10%
Média dieta rica em PTN = 15%
EFEITO TÉRMICO DO ALIMENTO 
(ETA)
Aumento no GE sobre a TMB causado pelo efeito térmico de alimentos = 5 a 30%
Varia: teor calórico, composição da refeição:
Proteínas = 20 a 30% Carboidratos = 5 a 10% Gorduras = 0 a 5%
↑ Na TMB estimulado pela ingestão de alimentos específicos (que podem 
variar de pessoa para pessoa). Ex.: cafeína
FATORES QUE INFLUENCIAM O ETA
Varia: teor calórico, composição da refeição
Pós-prandial:
• Gasto energético ↑ 1 hora 
após
Termogênese obrigatória:
• Associado à absorção, 
transporte, síntese e 
armazenamento dos 
nutrientes energéticos.
Termogênese adaptativa ou 
facultativa:
• Mediada pela atividade 
sistema nervoso simpático.
BALANÇO ENERGÉTICO
TMB
ETAAF
Termo 
regulaçãoGasto energético total 
(GET) = 
EFEITODA ATIVIDADE 
FÍSICA
• Componente mais variável do 
gasto energético diário
• Único facilmente alterado
• Energia gasta para exercício 
voluntários
• Varia com intensidade, duração, 
frequência.
• Pode variar de 100 a 3000 Kcal/dia
• Idade
• Gêneros
BALANÇO ENERGÉTICO
TMB
ETAAF
Termo 
regulaçãoGasto energético total 
(GET) = 
TERMORREGULAÇÃO
ü Ou termogênese adaptativa, facultativa ou regulatória.
= alteração do metabolismo decorrente de diversos fatores.
ü Temperatura ambiental, trauma, queimadura, jejum, déficit calórico, doenças...
Componentes do gasto energético diário
Taxa Metabólica 
Basal - TMB
Energia dispendida durante os processos 
corporais vitais
60 – 75%
Efeito térmico do 
exercício
Energia gasta durante a atividade física 15 – 30%
Efeito térmico dos 
alimentos
Gasto de energia decorrente do processo de 
digestão, absorção e metabolismo de 
alimentos e armazenamento de glicogênio e 
gordura 10%
Termogênese 
facultativa
Adaptação a condições ambientais que podem 
modificar o gasto de energia <ou=10 – 15%
Componentes do GET
CÁLCULOS
Como calcular IMC?
ÍNDICE DE MASSA CORPORAL
IMC = Peso (kg)
Altura (m)²
Exemplo 
IMC = 55 kg = 55 = 19,50 kg/m²
(1,68 m)² 2,82
Avaliação do peso corporal
Classificação IMC (Kg/m2) Risco de comorbidades
Baixo Peso < 18,5 Baixo (mas risco de outros 
problemas clínicos aumentam)
Normal/Eutrofia 18,5 – 24,9 Médio
Sobrepeso 25,0 – 29,9 Aumentado
Obesidade Grau I 30,0 – 34,9 Moderado
Obesidade Grau II 35,0 – 39,9 Severo
Obesidade Grau III ≥ 40,0 Muito severo
Classificação do sobrepeso em adultos de acordo com o IMC*
*WHO, 2000; Sisvan, 2011
Para nível ótimo de saúde: 21 – 23 Kg/ m2 (WHO, 2003)
Peso teórico (PT): Masculino IMC 22,5 Kg/m2
Feminino: IMC 21,5 Kg/m2
Como calcular?
PT = IMC (masc. ou fem.) x (Altura (m)²)
Avaliação do peso corporal
EXEMPLO:
Sexo feminino PT = 21,5 x (1,70)2
PT = 21,5 x 2,89
PT = 62Kg
▪ Limitações IMC...
▪ Não separa gordura e músculo (% gordura)
▪ Não diz onde está a gordura... (RCQ, CC)
▪ Diferenças étnicas na deposição de gordura corporal
Avaliação do peso corporal
Índice de Adiposidade Corporal (IAC)
Usa a circunferência do quadril e a altura da pessoa para chegar à 
porcentagem de gordura no corpo (não usa peso).
Método barato e simples!!
IAC = Circunferência do quadril - 18
(altura x √ Altura)
Classificação/IAC Homens Mulheres
Baixo peso <11% <23%
Saudável 11 a 22% 23 a 35%
Sobrepeso 22 a 27% 35 a 40%
Obeso >27% >40%
ÍNDICE DE ADIPOSIDADE 
CORPORAL
EXEMPLO
IAC = Circunferência do quadril - 18
(altura x √ Altura)
Sexo feminino
Circunferência do quadril: 88 cm
Altura: 1,70m
IAC = 88 - 18
(1,70 x √ 1,70)
IAC = 88 - 18
(1,70 x 1,3)
IAC = 88 - 18
2,21
IAC = 39,81 - 18
IAC = 21
Índice de Adiposidade Corporal (IAC)
Classificação/IAC Homens Mulheres
Baixo peso <11% <23%
Saudável 11 a 22% 23 a 35%
Sobrepeso 22 a 27% 35 a 40%
Obeso >27% >40%
DETERMINANDO O GASTO 
ENERGÉTICO
• Mensuração acurada da ENERGIA despendida pelo organismo → Grande Desafio!
• Não há um método considerado padrão ouro para todas as situações
• Cada um possui vantagens e desvantagens
DETERMINANDO O GASTO ENERGÉTICO
Calorimetria Direta: Fornece uma medida da energia gasta pelo indivíduo através da dissipação
do calor do corpo.
Calorímetros: câmeras hermeticamente vedadas e recobertas por
material isolante térmico
Aferição: variação da T°C dentro da câmara → transmissão de energia da câmara para um sensor 
acoplado.
Calor liberado pelo corpo dentro da câmara aquece uma quantidade de água que passa por
canos dentro e fora da câmara → Diferença da °T em ºC da água que entra e sai da câmara =
gasto energético da atividade física.
CALORIMETRIA DIRETA
CÂMARA CALORIMÉTRICA
Tem alto custo operacional e é pouco usado. É realizado em câmaras/salas que limitam a
atividade física normal.
Não fornece informações sobre o substrato
que está sendo oxidado e não reproduz
fielmente situações que não podem ser
simuladas dentro da câmara.
CALORIMETRIA INDIRETA
Calorimetria indireta: Medida do consumo de 02 e produção de C02 de um individuo respirando
em bocal, máscara ou capuz colocado em câmara calorimétrica. Custo menor, permite
mobilidade e é mais utilizado, principalmente UTIs p/ prescrição de energia mais adequada.
Quociente Respiratório
Princípio: ao se determinar o consumo de 
O2 → quantificar o GE
Cada litro de O2 consumido → organismo gera 
aproximadamente 5 kcal
→ Permite o cálculo do quociente respiratório (QR): Proporção de 
CO2 produzido para o de 02 consumido.
QR = mol de CO2 expirado
mol de O2 consumido
CALORIMETRIA INDIRETA
Valores médios 
1,0, 0,7 e 0,8
são aceitos como QR
representativos para 
carboidratos, gorduras e proteínas, 
respectivamente.
VANTAGENS: custo mais acessível, a 
praticidade durante a avaliação e a
possibilidade de determinação dos substratos 
oxidados
EXEMPLO DE RELATÓRIO
ÁGUA DUPLAMENTE MARCADA
Utiliza moléculas de água compostas por isótopos estáveis de hidrogênio (2H) e
de oxigênio (18O) (método não calorimétrico):
Método mais acurado (padrão-ouro) de mensuração do gasto energético total em
indivíduos fora de confinamento, sem causar modificação no cotidiano.
Análise urina ou da saliva antes e após a ingestão de água com isótopos estáveis 
de 2H e 18O.
Água Duplamente Marcada
(Doubly Labeled Water - DLW)
Água marcada 
Isótopos 18O e 2H
18O 2H
Água
H218O
Gás 
Carbônico
C18O2
Água
2H2O
Urina, suor e vapor d’água
Análise: diferenças nas taxas de eliminação de 18O e 2H
Água Duplamente Marcada
2H → eliminado como água
18O → eliminado como água e CO2
VANTAGENS: > precisão, s/ desconfortos, não influencia a AF, pode ser usado em 
qualquer estágio de vida e condições fisiopatológicas e de composição corporal
DESVANTAGENS: preço, não avalia intensidade, frequência e duração da AF, 
requer equipamentos sofisticados e pessoal amplamente treinado.
Q
R
Fórmulas preditivas do 
gasto energético
FÓRMULAS PREDITIVAS
→ As primeiras estimativas das necessidades nutricionais basearam-se em 
observações epidemiológicas: ingestões por indivíduos saudáveis versus doentes. 
→ Gradualmente, foram substituídas por abordagens experimentais, mais confiáveis.
FÓRMULAS DERIVADAS
1. Harris e Benedict (1919)
Baseadas na calorimetria indireta
Para todas as idades
Mulheres:
TMB = 655 + (9,6xP) + (1,8xAcm) – (4,7xI)
Homens:
TMB = 66 + (13,75xP) + (5,0xAcm) – (6,8xI)
2. Mifflin-St. Jeor (1990)
Idade: 19 – 78 anos
Mulheres: 
GER = (10xP) + (6,25xAcm) – (5xI) - 161
Homens:
GER = (10xP) + (6,25xAcm) – (5xI) + 5
FÓRMULAS DERIVADAS
3. FAO/OMS, 1985
FÓRMULAS DERIVADAS
Grau de atividade física Valores de GAF
Sedentário 1 a 1,39
Pouco ativo
Exercícios 1h a 2h (caminhada, bike, esportes...) 1,4 a 1,59
Ativo
Exercícios mais de 2h mais intensos (bike, correr, esportes alto 
rendimento)
1,6 a 1,89
Muito Ativo
2 ou mais exercícios, atletas geralmente 1,9 a 2,5
Os valores podem variar muuuuito!!
Atividade Física
VALOR ENCONTRADO NAS FÓRMULAS x Grau de Atividade Física
VAMOS USAR ESTA COMO BASE 
Atividade Física
Fator Atividade
Categoria Leve 
(Exercícios 1h a 2h (caminhada, 
bike, esportes...)
Moderado 
(Exercícios mais de 2h mais intensos 
(bike, correr, esportes alto rendimento)
Intenso 
(2 ou mais exercícios, atletas 
geralmente)
Homens 1,55 1,78 2,1
Mulheres 1,56 1,64 1,82
VALOR ENCONTRADO NAS FÓRMULAS x Grau de Atividade Física
REAVALIAÇÕES DA 
LITERATURA 
CIENTÍFICA
Os valores previstos são geralmente
maiores do que o gasto real, não
podendo ser aplicados a todas as
pessoas, como no caso das obesas.
Qual fórmula utilizar para calcular o gasto energético do 
meu paciente?
Harris Benedict
Fórmula criada em 1919 e reformulada em 1984 para maior precisão. 
Utiliza o peso, altura, idade e sexo do paciente para o cálculo. 
Não leva em consideração a composição corporal do paciente, e por isso pode dar um resultado pouco 
fidedigno emcasos extremos. 
Mede a taxa metabólica basal do paciente e deve ser posteriormente multiplicada pelo fator atividade para 
que tenhamos o gasto energético total.
Qual fórmula utilizar para calcular o gasto energético do 
meu paciente?
FAO/OMS
Essa fórmula utiliza apenas o peso, idade e sexo do paciente como base de cálculo.
Pode ser utilizado também para o cálculo de gastos energéticos de bebês. 
Existem duas versões dessa fórmula, de 1985 e 2001. 
Assim como a anterior, mede a taxa metabólica basal do paciente e deve ser posteriormente multiplicada 
pelo fator atividade para que tenhamos o gasto energético total.
Qual fórmula utilizar para calcular o gasto energético do meu 
paciente?
IOM (EER)
Criada em 2005, essa fórmula também utiliza peso, altura, idade e sexo para seus cálculos. Pode ser utilizada 
para crianças e adultos. Essa fórmula, diferente das outras, não mede a taxa metabólica basal do paciente, ela 
calcula direto o gasto energético total, pois o fator atividade está embutido na fórmula original. Atualizada em 
2023.
Padrão para UNIVALI
FÓRMULAS DERIVADAS
EER = Estimated energy requirement (IOM, 2023) 
TRADUZINDO: NET = Necessidade estimada de energia
EER: Estimadas a partir de equações para predição do 
gasto total de energia medido pela técnica da água 
duplamente marcada (padrão ouro).
EER 2023 = ATUALIZAÇÃO
A necessidade de reexaminar as DRIs para energia, atualizadas pela última vez em 2005,
decorre de dois fatores:
1. Tanto a população dos Estados Unidos quanto a do Canadá experimentaram um
desequilíbrio em suas ingestão e gasto de energia durante as últimas décadas (mais
sobrepeso e obesidade)
2. A nova ciência tem avançado seu conhecimento sobre a ingestão e gasto de energia através
do uso de análise de água duplamente marcada (DLW).
Duas mudanças importantes:
Primeiro, a população em geral, incluindo aqueles com sobrepeso, obesidade e doenças 
crônicas, em vez da população “normalmente saudável” anterior.
Em segundo lugar, os dados fonte para DLW foi expandidos para incluir bancos de dados que 
representam população mais diversificada
Na prática, antes, a fórmula SUPERESTIMAVA a necessidade energética!!!
EER 2023 = ATUALIZAÇÃO
ATIVIDADE FÍSICA - 2023
Como avaliar? 
Sexo masculino, 33 anos, 1,73 m e 75 Kg
Nível atividade: caminha todos os dias 40 minutos
1º) Avaliar adequação do peso corporal
2º) Buscar a fórmula correta (ATENÇÃO, NOS EUA TUDO QUE É VÍRGULA USAMOS PONTO E VICE E 
VERSA)
IMC: 75/(1,73 X 1,73) = 75/2,99 = 25,08 Kg/m² = sobrepeso
ATIVIDADE FÍSICA - 2023
Como avaliar? EXEMPLO 2023:
2º) EER correta com nível de AF:
581,47 - (10,83 x I-anos) + (8,3 x A-cm) + (14,94 x P-kg)
= 581,47 – (10,83 x 33) + (8,3 x 173) + (14,94 x 1,73)
= 581,47 – (357,39) + (1435,9) + (25,85)
= 1685,83 Kcal/dia
Outras Fórmulas Derivadas
Harris e Benedict
Mulheres:
TMB = 655 + (9,6xP) + (1,8xAcm) – (4,7xI)
TMB = 655 + (9,6 x 55) + (1,8 x 163) – (4,7 x 33)
TMB = 655 + 528 + 293,4 – 155,1
TMB = 1321,3 kcal (REPRESENTA em média 50-70% GET)
GET = TMB x AF = 1321,3 X 1,56 = 2061,23 kcal
Outras Fórmulas Derivadas
FAO
Mulheres:
TMB = 8,7 X P + 829
TMB = 8,7 X 55 + 829
TMB = 478,5 + 829
TMB = 1307,5 kcal (REPRESENTA em média 50-70% GET)
GET = TMB x AF = 1307,5 X 1,56 = 2039,7 kcal
Outras Fórmulas Derivadas
Mifflin-St. Jeor (1990)
Mulheres: 
GER = (10xP) + (6,25xAcm) – (5xI) - 161
GER = (10x55) + (6,25 x 163) – (5x33) – 161
GER = 550 + 1018,75 – 165 – 161
GER = 1564,75 kcal
TMR = 1564,75 kcal (REPRESENTA em média 70% GET)
GET = TMR x AF = 1564,75 X 1,56 = 2441 kcal 
Fórmulas de bolso
Objetivo GET
Perda de peso 20 – 30 Kcal/Kg/dia
Manutenção do peso 25 - 30 Kcal/Kg/dia
Ganho de peso 30 – 35 Kcal/Kg/dia
Manutenção do peso em catabolismo 30 – 35 Kcal/Kg/dia
Ganho de peso em catabolismo 35 – 40 Kcal/Kg/dia
Fórmula de Bolso → Objetivo
Qual utilizar?
Qual é a mais indicada?
Existe situação para o uso de 
cada uma das fórmulas?
DEPENDE
Situação e das informações que você dispõe no 
momento
E se o meu paciente quer emagrecer?
•A equação de predição para IMC >30 (adultos e adolescentes)
•Mifflin-St Jeor - É a única equação que permite a estimativa válida de TMB em indivíduos 
obesos.
KRÜGER, Renata Lopes et al. Validation of predictive equations for basal metabolic rate in eutrophic and obese subjects. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano, v. 17, n. 
1, p. 73-81, 2015.
E se meu paciente for 
fisicamente ativo?
•Cunningham e Tinsley: São as equações mais indicadas para indivíduos ativos fisicamente
e que possuem alto volume muscular e baixo percentual de gordura.
•P é peso e MLG é massa livre de gordura.
E se meu paciente for 
fisicamente ativo e 
quer ganhar massa 
magra?
•Harris-Benedict: Essa equação é mais indicada para praticantes de exercícios físicos, enfermos ou
feridos. Utilizar com pacientes ativos fisicamente que tem como objetivo aumento de peso e massa
magra.
•P é peso, A é altura em centímetros e I idade em anos.
Atividade de hoje (Peso 5)
1. Calcular o seu IMC
2. Fazer sua própria avaliação com as 4 fórmulas:
1. EER
2. FAO
3. Harris e Benedict
4. Mifflin
3. Fazer o cálculo com a fórmula de bolso
4. Justificar a atividade física (descrever o que faz para mostrar o valor que usou)
5. Entregar (INDIVIDUAL) para professora em mãos
Critérios avaliativos: 
• Organização das respostas
• Letra legível
• Entrega na data
• Apresentação dos cálculos

Continue navegando