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Apg 09 Morfologia do Aparelho Auditivo: A orelha é o órgão da audição e do equilíbrio; A audição é um sentido especial, e o órgão responsável pela audição é a orelha A orelha é dividida em orelha externa, orelha média e interna; A orelha externa e média irá transferir o som para a interna (contém o órgão do equilíbrio e da audição), e estão separadas pela membrana timpânica; A orelha media conecta-se à nasofaringe pela tuba auditiva Orelha Externa: É formada pelo pavilhão auditivo (capta o som) e pelo meato acústico externo (conduz o som); Pavilhão acústico: lâmina de cartilagem elástica coberta por pele fina; O meato acústico: vai da orelha até o tímpano, perto da orelha suas paredes são feitas de cartilagem elástica e o resto é um túnel que passa pelo osso temporal. o Revestimento: pele contendo pelos e glândulas sebáceas e ceruminosas = produzem cerume – cera do ouvido que aspira o pó e repele os insetos; o As ondas sonoras passam por ele e atinges a membrana timpânica (tímpano), que é uma fina e transparente camada entre a orelha externa e a orelha média. A medida que as ondas passam, fazem ela virar, e ela transfere as vibrações para os minúsculos ossos (ossículos) na orelha media. o Orelha Média: Câmara estreita e cheia de ar na parte petrosa do osso temporal; Unida à nasofaringe pela tuba auditiva; Composta pelos ossículos da audição, pelos músculos estapédio e tensor do tímpano e por nervos; Tuba auditiva: Une a cavidade timpânica à parte nasal da faringe, onde se abre posteriormente ao meato nasal inferior; A função da tuba auditiva é igualar a pressão na orelha média à pressão atmosférica, permitindo, assim, o livre movimento da membrana timpânica. Ela conecta a orelha media a nasofaringe, permitindo a passagem de ar entre a orelha media e a nasofaringe, isso é importante para igualar a pressão entre o meio externo e o interior da orelha. Ossículos da audição: transmitem as vibrações do tímpano através da cavidade para um fluido na orelha interna. Eles amplificam a pressão das vibrações sonoras em aproximadamente 20 vezes. Sem eles as pessoas só conseguiriam ouvir sons altos. São os primeiros ossos a se ossificarem por completo durante o desenvolvimento embrionário; Martelo: Fixo à membrana timpânica/Cabeça (bigorna), colo e cabo (tímpano); Bigorna: Está localizada entre o martelo e o estribo e articula-se com eles – COMUNICAÇÃO entre os dois; Estribo: menor ossículo / sua base encaixa-se na janela do vestíbulo (JANELA OVAL) Há dois músculos esqueléticos: musculo tensor tímpano (martelo) e musculo estapédio ( estribo) → são importantes quando ouvimos sons altos, pois eles se contraem para limitar a vibração dos ossículos, evitando danos. Tensor do tímpano: tensiona a membrana e reduz a amplitude de suas oscilações (evitar lesões); Estapédio: traciona o estribo, também impedindo um movimento excessivo. Orelha interna – Contém o órgão vestibulococlear (recepção do som e manutenção do equilíbrio); Formada por sacos e ductos do labirinto membranáceo; O labirinto membranáceo,contem endolinfa (composição igual ao liquido intra-celular; + potássio e – sódio) labirinto ósseo contém perilinfa ( composição: + sódio e – potássio) Esses líquidos participam da estimulação dos órgãos de equilíbrio e audição, respectivamente. Contém duas divisões: LABIRINTO OSSEO: - Cavidade – sistema de canais tortuosos que possuem 3 partes (cóclea, vestíbulo e canais semicirculares); é preenchido com a perilinfa (liquido) Cóclea: estrutura responsável pela audição Parte em forma de concha, contém o ducto coclear; Associada à audição; A grande volta basal da cóclea produz o promontório da parede labiríntica da cavidade timpânica; Contém o Orgão de Corti – células receptoras / sítio de transdução auditiva. Vestíbulo: Pequena câmara oval (cerca de 5 cm de comprimento) que contém o utrículo e o sáculo e o labirinto vestibular; Apresenta a janela do vestíbulo em sua parede lateral; Canais semicirculares: Os canais têm apenas cinco aberturas para o vestíbulo porque os canais anteriores e posteriores têm um pilar comum a ambos. Alojados nos canais estão os ductos semicirculares LABIRINTO MEMBRANÁCEO: Formado por uma série de sacos e ductos comunicantes que estão suspensos no labirinto ósseo; Contém endolinfa, um líquido aquoso cuja composição é semelhante à do líquido intracelular, assim diferindo em composição da perilinfa adjacente (que é semelhante ao líquido extracelular) que preenche o restante do labirinto ósseo; O labirinto membranoso é composto por série de ductos, denominados rampa vestibular, rampa timpânica e rampa média; O líquido encontrado nas rampas vestibular e timpânica, é a perilinfa. O líquido presente na rampa média é a endolinfa. MEATO ACÚSTICO INTERNO: Através desse plano seguem o nervo facial (NC VII), o nervo vestibulococlear (NC VIII) e suas divisões, além dos vasos sanguíneos; O nervo vestibulococlear divide-se perto da extremidade lateral do meato acústico interno em duas partes: um nervo coclear e um nervo vestibular Fisiologia da audição: A audição, o sentido do ouvir, envolve a transdução de ondas sonoras em energia elétrica, que é, então, transmitida ao sistema nervoso; A orelha humana é sensível a sons de tons com frequências entre 20 e 20.000 Hz TRANSDUÇÃO AUDITIVA: Transformação da pressão sonora em energia elétrica; A orelha externa transmite as ondas sonoras para o canal auditivo, que as transmite para a membrana timpânica. Quando as ondas sonoras movimentam a membrana timpânica, a cadeia de ossículos também se move, empurrando a plataforma do estribo em direção à janela oval e deslocando o fluido no interior da orelha interna; CÓCLEA E ÓRGÃO DE CORTI: O Órgão de Corti é o aparato de transdução sensorial; As células ciliadas auditivas do órgão de Corti são os sítios de transdução auditiva. ETAPAS DA TRANSDUÇÃO AUDITIVA: As ondas sonoras se dirigem à membrana timpânica e, conforme esta vibra, os ossículos também vibram e o estribo é empurrado para dentro da janela oval. Esse movimento desloca o líquido presente na cóclea. A energia sonora é amplificada por dois efeitos: a ação em alavanca dos ossículos e a concentração das ondas sonoras, da grande membrana timpânica para a pequena janela oval. 1. As ondas sonoras são transmitidas para a orelha interna, causando vibração do órgão de Corti; 2. Assim, a vibração do órgão de Corti provoca a curvatura dos cílios das células ciliadas, devido à força de cisalhamento, à medida que os cílios são empurrados em direção à membrana tectorial; 3. A curvatura dos cílios altera a condutância ao K+ na membrana da célula ciliada → hiperpolarização/despolarização; 4. O potencial receptor oscilante é denominado potencial coclear microfônico; 5. Quando as células ciliadas são despolarizadas, seus canais de Ca2+ voltagem dependentes dos terminais pré- sinápticos são abertos. Em decorrência disso, o íon entra nos terminais pré-sinápticos e provoca a liberação de glutamato, que funciona aqui como neurotransmissor excitatório, causando potenciais de ação nos nervos cocleares aferentes responsáveis pela transmissão dessa informação ao SNC. Vias auditivas: A informação é transmitida das células ciliadas do órgão de Corti para os nervos cocleares aferentes. Os nervos cocleares fazem sinapse com neurônios dos núcleos cocleares dorsais e ventrais do bulbo, que enviam axônios que ascendem ao SNC. Alguns desses axônios cruzam para o lado contralateral e ascendem pelo lemnisco lateral (o trato auditivo primário) até o colículo inferior. Outros axônios permanecem ipsilaterais; As fibras dos núcleos do colículo inferior ascendem aonúcleo geniculado medial do tálamo. As fibras do tálamo ascendem ao córtex auditivo. estimulo > nervo auditivo > se comunica com os núcleos cocleares no bulbo, a partir desse ponto, as fibras podem ascender do mesmo lado (pelos núcleos cocleares) ou sofrer decussaão (complexo olivar superior) > sobem pelo lemnisco lateral > colículo superior > conexão no núcleo geniculado medial no tálamo > córtex (córtex auditivo primário – área 41 de Brodmann – localizado no giro temporal superior do lobo temporal) Embriologia do Aparelho Auditivo: O sistema auditivo se desenvolve a partir de três porções distintas: Orelha externa – órgãos de captura do som; Orelha média – condutora de som da orelha externa para a orelha interna; Orelha interna – que converte ondas sonoras em impulsos nervosos e registram alterações do equilíbrio; Na quarta semana, por indução da notocorda, do mesoderma paraxial e do rombencéfalo (mais precisamente da região que será mielencéfalo), ocorre um espessamento do ectoderma de revestimento nos placoides óticos. Eles se invaginam para o mesênquima subjacente e terminam por se separar do ectoderma como vesículas auditivas (vesículas óticas ou otocistos). Estas se diferenciam no labirinto membranoso, composto por: ductos semicirculares, utrículo, sáculo, ducto e saco endolinfáticos e ducto coclear. O órgão espiral (ou de Corti), cujas células pilosas são receptoras dos sons, diferenciase da parede do ducto coclear. O mesênquima é induzido pelas vesículas óticas e transforma-se em cartilagem e posteriormente em tecido ósseo, formando o labirinto ósseo, constituído por: vestíbulo, canais semicirculares e cóclea. O labirinto membranoso e o labirinto ósseo compõem a orelha interna. A orelha externa forma-se de seis tubérculos de mesênquima recobertos por ectoderma. Início do desenvolvimento: no 22° dia; com um espessamento do ectoderma superficial de cada lado do rombencéfalo Orelha Interna: A orelha interna é a primeira das três partes da orelha a se desenvolver. No início da quarta semana, um espessamento do ectoderma de superfície, o placoide ótico, aparece em um campo pré-placoide de neurônios precursores de cada lado do mielencéfalo, a parte caudal do rombencéfalo Sinais indutivos, estimulam o ectoderma da superfície a formar os placoides Cada placoide ótico logo se invagina e se aprofunda no ectoderma da superfície até o mesênquima adjacente. Ao fazer isso, forma uma fosseta ótica As bordas da fosseta se aproximam e se fundem formando uma vesícula ótica, que é o primórdio do labirinto membranoso A vesícula logo perde sua conexão com o ectoderma da superfície, e a partir da vesícula cresce um divertículo que se alonga para formar o ducto e o saco endolinfáticos Duas regiões da vesícula ótica são reconhecíveis Parte dorsal utricular: da qual surgem o ducto endolinfático, o utrículo e os ductos semicirculares. Parte ventral sacular: origina o sáculo e o ducto coclear – este ducto contém o órgão espiral de Corti Orelha média: O desenvolvimento do recesso tubotimpânico se origina a partir da primeira bolsa faríngea A parte proximal do recesso tubotimpânico forma a tuba faringotimpânica (tuba auditiva). A parte distal do recesso se expande e torna-se a cavidade timpânica que gradualmente envolve os pequenos ossos da orelha média (ossículos da audição [martelo, bigorna e estribo]), seus tendões e ligamentos, e nervo corda do tímpano. O martelo e a bigorna derivam da cartilagem do primeiro arco faríngeo. Os ramos, a base e a cabeça dos estribos, parecem se formar da crista neural, enquanto a borda externa da base é derivada de células do mesoderma. Orelha externa: O meato acústico externo, que é a passagem da orelha externa que conduz à membrana timpânica, desenvolve-se da parte dorsal do primeiro sulco faríngeo As células ectodérmicas, na base desse tubo em forma de funil, proliferam para formar uma sólida placa epitelial, o tampão do meato Tardiamente no período fetal, as células centrais desse tampão se degeneram, formando a cavidade que se torna a parte interna do meato acústico externo O meato, que é relativamente curto ao nascimento, atinge seu comprimento adulto por volta dos nove anos. membrana timpânica é a primeira membrana faríngea, que forma a superfície externa da membrana timpânica. No embrião, a membrana faríngea separa o primeiro sulco faríngeo da primeira bolsa faríngea. Conforme o desenvolvimento prossegue, mesênquima cresce entre as duas partes da membrana faríngea e se diferencia em fibras colágenas da membrana timpânica. A membrana timpânica se desenvolve a partir de três fontes: • Do ectoderma do primeiro sulco faríngeo. • Do endoderme do recesso tubotimpânico, um derivado da primeira bolsa faríngea. • Do mesênquima dos primeiro e segundo arcos faríngeos. A orelha (pavilhão), que se projeta da lateral da cabeça, se desenvolve das proliferações do mesênquima do primeiro e segundo arcos faríngeos (proeminências auriculares) que envolvem o primeiro sulco faríngeo À medida que as orelhas crescem, a contribuição do primeiro arco é reduzida. O lóbulo da orelha é a última parte a se desenvolver. As orelhas começam a se desenvolver na base do pescoço. Conforme a mandíbula se desenvolve, as orelhas assumem sua posição normal na lateral da cabeça FATORES QUE INFLUENCIAM AS MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS DO SISTEMA: auditiva congênita pode resultar do: Mau desenvolvimento do aparelho de condução do som da orelha média e da orelha externa. Mau desenvolvimento das estruturas neurossensoriais da orelha interna. A maioria dos tipos de surdez congênita é causada por fatores genéticos Genes que podem causar malformação: Mutações no gene GJB2. São responsáveis por aproximadamente 50% da surdez recessiva não-sindrômica. *Uma infecção por rubéola durante o período crítico do desenvolvimento da orelha interna, particularmente a sétima e oitava semanas, pode causar um mau desenvolvimento do órgão espiral e surdez. A fixação congênita do estribo resulta em surdez de condução em uma orelha quase normal. Uma falha na diferenciação do ligamento anular, resulta na fixação do estribo ao labirinto ósseo RESUMO:
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