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O Poder Constituinte

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Prévia do material em texto

DIREITO CONSTITUCIONAL I 
Prof. Carlos Alberto Lima de Almeida 
ROTEIRO DE APOIO 
 
Advertência: a disponibilização aos alunos do roteiro de apoio utilizado pelo 
professor para o desenvolvimento do conteúdo programático da disciplina 
não exclui a leitura do PLANO DE AULA, bem como da legislação, 
jurisprudência, bibliografia básica e complementar indicadas. 
 
Esse é apenas um material de apoio. Logo, antes de cada aula faça a leitura 
do PLANO DE AULA correspondente e complemente seu estudo realizando a 
leitura da bibliografia básica e complementar. 
 
Se você encontrar algum erro de digitação ou tiver qualquer contribuição 
para a melhoria desse material ou dúvida sobre a matéria escreva para o 
professor. 
 
Cordialmente, 
Carlos Alberto Lima de Almeida 
carlosalberto.limadealmeida@gmail.com 
O PODER CONSTITUINTE 
O PODER CONSTITUINTE 
 
O estudo do Direito Constitucional nos leva, 
inevitavelmente, a pergunta: quem elabora a 
Constituição? A partir de quais critérios? Uma pessoa 
sozinha a escreve, ou várias? 
 
Todas estas questões nos remetem a noção de poder 
constituinte, o poder que cria a Constituição. 
A ideia de poder constituinte surge no século XVIII com 
o teórico Emmanuel Sieyés, contemporânea a ideia de 
constituição escrita. 
 
O poder constituinte incorpora a vontade política, 
sendo o fundamento de legitimidade manifestado no 
documento Constituição para a configuração e 
finalidades do Estado, e como tal, da estrutura de seu 
ordenamento jurídico. Em poucas palavras, ele é o 
poder que elabora, em ocasiões excepcionais, as 
normas jurídicas de valor constitucional. 
Esta definição foi desenvolvida por Emmanuel Sieyés 
em sua obra “¿Que é o terceiro Estado?”(“Qu’est -ce 
que le tiers État?”). 
 
Escrita nos debates da Constituinte na França pós-
revolução, no século XVIII, a obra irá tratar do problema 
da titularidade do Poder Constituinte, que na 
concepção do autor, residia na Nação. 
 
O que se pretende com o estudo da titularidade do 
poder constituinte é conhecer quem é o detentor do 
poder soberano no Estado. Quem é legítimo para fazer 
a constituição? 
Mas o que é legitimidade? Legitimidade refere-se a 
todo comando que se reconhece como não arbitrário. 
 
Por exemplo: se você vive em uma democracia e 
acredita que o povo é o detentor do poder soberano, 
você cumpre as ordens daquele que foi eleito para 
representá-lo porque este poder foi deferido ao 
representante por seu livre arbítrio, ou seja, esse 
comando é válido porque teria emanado de um poder 
que você reconhece como legítimo e não como um 
poder imposto a força. 
Sendo assim, se vivemos em uma democracia o titular 
do poder soberano será o povo, enquanto o agente 
desse poder constituinte será a Assembleia Nacional 
Constituinte eleita para os fins de fazer a Constituição 
em nome do povo. 
 
Caso vivêssemos em uma Monarquia, o detentor do 
poder soberano seria o Rei e como tal, o legitimado do 
poder constituinte. 
 
Vemos este raciocínio presente no Preâmbulo de nossa 
Constituição: 
“Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em 
Assembléia Nacional Constituinte para instituir um 
Estado Democrático, (...)” 
 
Podemos dizer assim, que a titularidade do poder 
constituinte que criou a Carta de 1988 reside, assim, no 
povo. 
 
Vemos também que o povo por completo não se reuniu 
e votou ponto a ponto da elaboração da Constituição. 
Isto é, a Constituição foi feita por uma Assembleia de 
representantes do povo. 
Temos então que distinguir a titularidade do poder 
constituinte de seu exercício. O poder Constituinte 
reside no povo e é exercido por meio de seus 
representantes. 
CLASSIFICAÇÕES DO PODER CONSTITUINTE 
 
Ainda que teoricamente só exista um poder 
constituinte, esta afirmação encontra dificuldade de se 
sustentar, visto que encontramos no exercício deste 
poder duas manifestações distintas. 
 
Uma, caracterizada por ser um poder inicial (não se 
funda em outro poder), ilimitado (não encontra limites 
do direito positivo), incondicionada (sua manifestação 
não é pré-fixada), conhecida como poder constituinte 
originário ou de fato. 
“O poder constituinte originário (também denominado 
inicial, inaugural, genuíno ou de 1.º grau) é aquele que 
instaura uma nova ordem jurídica, rompendo por completo 
com a ordem jurídica precedente. 
 
O objetivo fundamental do poder constituinte originário, 
portanto, é criar um novo Estado, diverso do que vigorava 
em decorrência da manifestação do poder constituinte 
precedente.”(LENZA, 2012, p. 185). 
 
O poder constituinte originário é um poder político, um 
poder de fato. Não é um poder jurídico e nem poderia, pois 
só a ordem jurídica a partir dele. Assim, também não possui 
ordem jurídica que limite suas decisões e ações. 
Num plano conceitual, os termos referentes ao poder 
constituinte originário de fato e originário são sinônimos. 
 
No entanto, comumente diz-se poder originário aquele que 
é fruto de um processo democrático, que possui uma 
origem numa deliberação. Exemplo seria nossa atual 
Constituição Federal de 1988, que foi resultado de 
Assembleias Constituintes convocadas para tal fim. 
 
Por outro lado, diz-se poder de fato aquele que se configura 
por uma situação real e acaba por atuar como constituinte, 
não necessariamente fruto de deliberação. É o caso, por 
exemplo, da Constituição de 1937, outorgada por Getúlio 
Vargas com a implantação do Estado Novo. 
A outra forma de poder constituinte é a chamada 
derivada, caracterizada por ser fruto da rigidez 
constitucional, já submetida a uma ordem jurídica. Esta 
ordem permite a este poder derivado atuar para 
modificar a Constituição por meio de um processo 
legislativo. 
 
Em nossa Constituição o processo e manifestação desse 
poder encontra-se no art. 60, subordinada as limitações 
circunstanciais, formais e materiais (art. 60, §1º,2º e 3º, 
CRFB/88), impostas pelo poder constituinte originário e 
condicionada a sua manifestação. Este poder é conhecido 
como poder constituinte derivado ou reformador ou de 
direito. 
Além da classificação entre poder originário e poder 
derivado, podemos falar também em um poder 
decorrente. 
 
Se o poder constituinte originário optar ainda por criar 
um Estado Federal vislumbra-se o surgimento do poder 
constituinte derivado decorrente. 
 
Este poder por ser derivado do originário possui as 
características de ser secundário, subordinado e 
condicionado, podendo ser definido como a autorização 
de autonomia aos Estados-Membros para se auto-
organizarem através de suas Constituições Estaduais, 
como também para reformá-las. 
 
Poder Constituinte 
• Originário: inicial, ilimitado, incondicionado. 
• Derivado: secundário, limitado, condicionado a ordem 
trazida pelo poder originário, destina-se a modificação da 
constituição. 
• Decorrente: secundário, limitado, destina-se a 
organização de ente federativo, limitado a ordem federal 
imposta pelo poder originário. 
• Derivado decorrente: secundário, limitado, 
condicionado a ordem trazida pelo poder originário, 
destina-se a modificação da constituição criada pelo poder 
decorrente. 
QUESTÕES 
QUESTÃO DISCURSIVA 1 
 
Tramita no Congresso Nacional proposta de Emenda 
Constitucional convocando uma nova Revisão 
Constitucional nos moldes do artigo 3º da ADCT. 
 
A referida proposta de Emenda Constitucional prevê a 
realização de Referendo para a entrada em vigor dos 
dispositivos alterados pela Assembleia Revisora. É 
legítima tal proposta? 
QUESTÃO DISCURSIVA 2 
 
A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, no 
exercício do Poder Constituinte Derivado Decorrente 
inseriu no texto da Constituição Estadual norma que 
assegurava aos candidatos aprovados em concurso 
público, dentro do número de vagas obrigatoriamente 
fixado no respectivo edital, o direito ao provimento no 
cargo no prazo máximo de cento e oitenta dias, contado 
da homologação do resultado. 
 
É Constitucional tal artigo da Constituição do Estadodo 
Rio de Janeiro? 
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA NESTA AULA, NA 
PESQUISA E CONFECÇÃO DO MATERIAL 
 
Material didático fornecido pela Universidade Estácio 
de Sá – Coordenação do Curso de Direito 
 
CANOTILHO, J. J. Gomes. Direito Constitucional. 
Coimbra: Livraria Almedina, 1993. 
 
LENZA, PEDRO. Direito Constitucional Esquematizado, 
São Paulo: Saraiva, 2012. 
 
Disciplina: 
DIREITO CONSTITUCIONAL I 
 
Professor: 
CARLOS ALBERTO LIMA DE ALMEIDA 
 
 Email: 
carlosalberto.limadealmeida@gmail.com 
 
Facebook: 
Carlos Lima de Almeida

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