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Alimentos Funcionais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
 
 
 
HISTÓRICO 
 
Durante as décadas de 50 e 60, a indústria de alimentos buscou melhorar sua 
cadeia de produção com o desenvolvimento de novos aditivos (conservantes, 
estabilizantes, espessantes, corantes, entre outros) para garantir um maior tempo de 
validade e uma melhor aparência dos seus produtos e consequente aumento de 
faturamento. (VIEIRA et al., 2006). 
Nas décadas posteriores (70 e 80), o enfoque dos estudos foi sobre a eliminação 
de componentes prejudiciais à saúde (cerveja sem álcool, café descafeinado), assim 
como a produção de alimentos com baixos teores de energia, açúcares e gorduras 
(produtos Light e Diet). A partir da metade da década de 80, os alimentos passaram a 
ser associados à saúde, como sinônimos de bem-estar, redução de riscos de doenças, 
como veículos para uma melhor qualidade de vida. É neste contexto que entram os 
chamados “alimentos funcionais”. (VIEIRA et al., 2006). 
Novo é a utilização do termo alimentos funcionais e o interesse de buscar e 
explorar mais amplamente o potencial dos alimentos em reduzir o risco de 
determinadas doenças e o tratamento científico e legislativo dado à questão. (VIEIRA 
et al., 2006). O termo alimento funcional foi inicialmente introduzido no Japão em 
meados dos anos 80. Eram alimentos similares em aparência aos convencionais, 
usados como parte de uma dieta normal, e que demonstram benefícios fisiológicos e/ou 
reduzem o risco de doenças crônicas, além de suas funções nutricionais básicas. 
(STRINGUETA et al., 2007). 
O Japão também foi o pioneiro na formulação de um processo de 
regulamentação específico para os alimentos funcionais. Conhecidos como Foods for 
Specified Health Use – FOSHU (“Alimentos para Uso Específico de Saúde”) são 
qualificados e trazem um selo de aprovação do Ministério de Saúde e Previdência 
Social Japonês. (ARAI, 1996). 
Em ação conjunta com outros órgãos, a Comissão Europeia, coordenada pelo 
International Life Sciense Institute Europe (ILSI Europe), criou o Projeto Ciência dos 
Alimentos Funcionais na Europa (Functional Food Sciense in Europe - FUFOSE) em 
1998, concluído em 1999. Este projeto apresentou uma forma de relacionar as 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
 
 
alegações em alimentos funcionais com sólidas evidências científicas, classificando 
essas em alegações de melhora da função e alegações de redução de risco. 
Posteriormente, o Conselho da Europa (2001), o Codex Alimentarius (2003) e a 
União Europeia (2003) propuseram novas classificações das alegações de saúde dos 
alimentos funcionais. Em 2005, em ação conjunta promovida pelo ILSI Europe foi criado 
o Processo para Avaliação da Base Científica para Alegações em Alimentos 
(PASSCLAIM), com o objetivo de definir critérios para avaliação das bases científicas 
das alegações. No relatório deste projeto, a expressão “alegação em saúde” concorda 
com o Codex Alimentarius, que entende que a palavra “alegação” significa “alegação 
em saúde”, incluindo todas as alegações relacionadas à saúde, ao bem-estar e ao 
desempenho físico e mental. (STRINGUETA et al., 2007). 
Nos Estados Unidos, o conceito de alimentos funcionais começou a ser difundido 
a partir dos anos 90, quando o Instituto Nacional do Câncer Americano criou um 
programa para financiamento de pesquisas sobre componentes presentes nos 
alimentos, principalmente os fitoquímicos existentes em frutas e verduras, que 
pudessem apresentar atividade anticancerígena. 
Este programa, denominado Programa de Alimentos Projetados (Designer Food 
Program), teve a duração de cinco anos e um investimento de 20 milhões de dólares 
(MILNER, 2000 apud PIMENTEL et al., 2005). Atualmente, os Estados Unidos não 
possuem uma legislação específica para os alimentos funcionais. A Agência de 
Administração de Drogas e Alimentos 2006 (FDA) orienta o consumidor com relação às 
características saudáveis de produtos alimentícios de várias formas, usando alegações 
de conteúdo de nutrientes, de estrutura, função e de saúde, conforme o exemplo 
abaixo. 
 
 
 
 
PEIXES COMO SALMÃO e ATUM 
 
 
 
2. Alegação de estrutura/função: descreve o papel do nutriente 
na manutenção da saúde ou o benefício. Exemplo: “Redução do 
colesterol ruim (LDL) e ação anti-inflamatória”. 
3. Alegação de saúde: descreve o papel do nutriente na redução 
do risco de doença. Exemplo: O ômega3 combate o colesterol e a 
glicemia, ajuda a prevenir doenças cardiovasculares e cerebrais, 
além de melhorar a memória e a disposição. 
1. Alegação de conteúdo de nutrientes: Caracteriza o nível de 
nutrientes ou o componente ativo. Exemplo: Boa fonte de Ácidos 
graxos ômega-3. 
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No Brasil, desde o início da década de 90 já existiam na Secretaria de Vigilância 
Sanitária pedidos de análise para fins de registro de diversos produtos alimentícios, até 
então não reconhecidos como alimentos, dentro do conceito tradicional de alimento. 
Com o passar dos anos, além do aumento do número de pedidos, aumentou também 
a sua variedade, os apelos e divulgação nos meios de comunicação desses produtos. 
A Vigilância Sanitária, sempre utilizando o princípio da precaução, se posicionou 
de forma contrária à aprovação e utilização desses produtos como alimentos. Somente 
a partir de 1998, depois de mais de um ano de trabalho e pesquisa, contando com a 
contribuição de várias instituições e pesquisadores da área de nutrição, toxicologia, 
tecnologia de alimentos e outras, foi proposta e aprovada pela Vigilância Sanitária a 
regulamentação técnica para análise de novos alimentos e ingredientes, incluídos os 
chamados “alimentos com alegações de propriedades funcionais e ou de saúde”. 
Assim, os regulamentos técnicos aprovaram diretrizes básicas para: 
- avaliação de risco e segurança de novos alimentos; 
- análise e comprovação de propriedades funcionais e/ou de saúde 
alegadas em rotulagem de alimentos. 
Em 1999, com a mudança no enfoque de análise dos alimentos, que passa a 
considerar o critério de risco, a Vigilância Sanitária decidiu constituir a Comissão 
Técnico- Científica de Assessoramento em Alimentos Funcionais e Novos Alimentos 
(CTCAF). Essa comissão possuía a função de subsidiar a Diretoria de Alimentos e 
Toxicologia nas decisões relacionadas a esse tema. (ANVISA, 1999). 
O desenvolvimento do trabalho desta comissão gerou ao longo de cinco anos a 
realização de eventos e elaboração de informes técnicos, visando sempre à atualização 
de conceitos à luz das evidências científicas reconhecidas pela comunidade 
internacional. (ANVISA, 1999). 
Os princípios que norteiam as ações de avaliação pela CTCAF são (COSTA & 
ROSA, 2010): 
 
- Avaliação de segurança e análise de risco com base em critérios 
científicos; 
- Avaliação da eficácia da alegação com base em evidências científicas; 
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- Não definição de alimentos funcionais e aprovação de alegações de 
propriedade funcional dos alimentos; 
- Avaliação caso a caso, com base em conhecimentos científicos atuais; 
- A comprovação da segurança do produto e eficácia da alegação é de 
responsabilidade do fabricante; 
- As alegações devem estar em consonância com as diretrizes das Políticas 
de Saúde do Ministério da Saúde, tais como a Política Nacional de Alimentação e 
Nutrição (PNAN) e a Política de Promoção de Saúde (PPS); 
- As alegações não podem fazer referência à prevenção, tratamento e cura 
de doenças, conforme art. 56 do Decreto-Lei no 986/69, o item 3.5 da Resolução n. 
18/99 e o item 3.1 (f) da Resolução RDC no 259/02; 
- As alegações devem ser de fácil entendimento e compreensão pelos 
consumidores. 
 
 
CONCEITO 
 
Não há um consenso sobre o conceito de alimentos funcionaisou as 
denominações de alegações, bem como os critérios para sua aprovação, que variam 
de acordo com a regulamentação de cada país ou bloco econômico. Existem muitas 
definições sugeridas por pesquisadores da área de alimentos e de instituições 
mundiais, como a seguir: 
O International Life Sciences Institute of North America (ILSI, 1999) define 
alimentos funcionais como os alimentos que, em virtude dos seus compostos bioativos, 
fornecem benefícios à saúde, além da nutrição básica. De forma similar, o Conselho 
Internacional de Informação de Alimentos (International Food Information Council – 
IFIC, 2004) define alimentos funcionais como “alimentos que fornecem benefícios de 
saúde, além da nutrição básica” e informa que o consumidor pode ter um maior controle 
da sua saúde por meio da seleção dos alimentos. 
Esse mesmo instituto cita como exemplos tanto as frutas e verduras como os 
alimentos fortificados e melhorados e esclarece que os benefícios de saúde são 
proporcionais aos componentes bioativos destes produtos. Hasler (1998) já argumenta 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
 
 
que o termo alimentos funcionais se refere apenas aos alimentos processados 
(integrais modificados, fortificados, enriquecidos ou melhorados). Afirma ainda que é 
necessário que sejam consumidos como parte de uma dieta variada, sobre uma base 
regular e em níveis efetivos. 
De acordo com algumas destas definições, os alimentos integrais não 
modificados, como as frutas e os vegetais, representam a forma mais simples de um 
alimento funcional. Por exemplo: brócolis, cenoura e tomate são considerados 
alimentos funcionais por serem boas fontes de compostos biologicamente ativos, como 
o sulforafane, betacaroteno e licopeno, respectivamente. Os alimentos modificados, 
incluindo os fortificados com nutrientes ou fitoquímicos também podem ser 
considerados como alimentos funcionais. (ADA, 2004 apud STRINGUETA et al., 2007). 
Porém, Araya e Lutz (2003) comentam que estas definições são genéricas, 
permitindo que qualquer alimento possa cumprir com as condições da definição e o 
termo funcional perde sua especificidade. Na Europa, o conceito de alimentos 
funcionais se aplica somente aos alimentos que constituem parte da dieta habitual e 
não se aplica àqueles consumidos na forma de cápsulas, comprimidos ou outras formas 
farmacêuticas. (MILNER, 2000). 
Nos Estados Unidos, apesar da categoria de alimentos funcionais não ser 
reconhecida legalmente, algumas instituições propõem definições para estes novos 
produtos. (VIEIRA et al., 2006). O Comitê de Alimentos e Nutrição do Institute of 
Medicine define alimentos funcionais como “qualquer alimento ou ingrediente que 
possa proporcionar um benefício à saúde além dos nutrientes tradicionais que ele 
contém”. 
A American Dietetic Association (2004) considera alimentos fortificados e 
modificados como alimentos funcionais, alegando seus efeitos potencialmente 
benéficos à saúde, quando consumidos como parte de uma dieta variada, em níveis 
efetivos. 
 
 
Ainda segundo o mesmo órgão, a propriedade funcional atribuída a esses 
alimentos é “àquela relativa à ação metabólica ou fisiológica que a substância 
(podendo ser nutriente ou não), presente no alimento, tem no crescimento, 
desenvolvimento, manutenção e outras funções normais do organismo humano”. 
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A legislação brasileira não define o termo alimentos funcionais, mas define 
alegação de propriedade funcional e alegação de propriedade de saúde, como segue: 
- Alegação de propriedade funcional: é aquela relativa ao papel metabólico ou 
fisiológico que uma substância (nutriente ou não) tem no crescimento, 
desenvolvimento, manutenção e outras funções normais do organismo humano. 
- Alegação de propriedade de saúde: é aquela que afirma, sugere ou implica a 
existência de relação entre os alimentos ou ingrediente com doença ou condição 
relacionada à saúde. Não são permitidas alegações de saúde que façam referência à 
cura ou prevenção de doenças. 
As alegações acima são regulamentadas pela ANVISA, por meio da Resolução 
ANVISA/MS n° 18, de 30/04/1999. Segundo a mesma resolução, o alimento ou 
ingrediente que alegar propriedades funcionais ou de saúde pode, além das funções 
nutritivas básicas, quando se tratar de nutriente, produzir efeitos metabólicos e/ou 
fisiológicos e/ou efeitos benéficos à saúde, devendo ser seguro para consumo sem 
supervisão médica. O esquema abaixo facilita o entendimento dos termos: alegação de 
propriedade funcional e alegação de propriedade de saúde. 
Lajolo (2001) descreve que: Alimento funcional é o alimento semelhante em 
aparência ao convencional, consumido como parte da dieta usual, capaz de produzir 
demonstrados efeitos metabólicos ou fisiológicos úteis na manutenção de uma boa 
saúde física e mental, podendo auxiliar na redução de risco de doenças crônico 
degenerativas, além de suas funções nutricionais básicas. 
O termo se aplica ao alimento ou bebida com alegações de algum benefício à 
saúde, baseada em evidências científicas, tendo sido aprovado por autoridade 
competente. Ele se diferencia de substância bioativa ou de bioativo, que é a forma 
concentrada de algum componente do alimento, apresentada em formato não 
alimentar, usada em doses superiores às que poderiam ser empregadas a partir do 
alimento. 
Sgarbieri & Pacheco (1999) definem alimento funcional como “qualquer alimento, 
natural ou preparado, que contenha uma ou mais substâncias, classificadas como 
nutrientes ou não nutrientes, capazes de atuar no metabolismo e na fisiologia humana, 
promovendo efeitos benéficos para a saúde, podendo retardar o estabelecimento de 
doenças crônico degenerativas e melhorar a saúde e a expectativa de vida das 
pessoas”. 
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Além das inúmeras definições sobre os alimentos funcionais, outro ponto que 
dificulta o processo de normatização e a pesquisa técnico-científica desse produto é a 
existência de diversas designações em conflito publicadas, principalmente nos Estados 
Unidos, Europa e Japão. Entre os termos encontrados estão: alimentos funcionais, 
nutracêuticos, terapêuticos, alimentos medicinais, desenhados, fitoquímicos, 
fitoalimentos, entre outros. (CRAVEIRO & CRAVEIRO, 2008). 
 
As companhias farmacêuticas parecem preferir termos como alimentos 
medicinais, nutracêuticos e funcionais, enquanto as indústrias de alimentos optam por 
alimentos nutricionais e funcionais. E, enquanto as primeiras fazem uso de termos com 
o enfoque da medicina, as indústrias de alimentos priorizam o termo nutricional em suas 
definições de produto e suas campanhas de marketing. 
Outro conflito se refere ao local de venda destes novos alimentos. Quais seriam 
os locais mais apropriados? Varejo farmacêutico, varejo de alimentos, em 
supermercados ou ambos? Esta dúvida parece ser o reflexo natural do conceito ainda 
em conflito para o produto: algo no meio do caminho entre comida e medicamento. 
(VIEIRA et al., 2006). 
Resumindo, podemos entender, apesar das divergências, que para ser um 
alimento funcional é preciso: 
 
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