Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MÓDULO I UNIDADE IV Carboxiterapia Hidrolipoclasia não aspirativa em Estética Avançada www.inaesp.com.br 1 SUMÁRIO PONTO DE PARTIDA .................................................................................................................... 3 CARBOXITERAPIA........................................................................................................................ 3 Introdução e História da Infusão Controlada de CO2 ....................................................................... 3 O dióxido de carbono ...................................................................................................................... 5 Mecanismo de Ação ....................................................................................................................... 7 Resumo dos mecanismos de ações ............................................................................................... 8 Efeito fisiológico na Derme ............................................................................................................. 9 Efeito na hipoderme ...................................................................................................................... 10 Efeito adverso ............................................................................................................................... 10 Indicações e contraindicações ...................................................................................................... 11 Contraindicações .......................................................................................................................... 11 O equipamento ............................................................................................................................. 12 Método de aplicação ..................................................................................................................... 14 Volume do gás .............................................................................................................................. 15 Profundidade ................................................................................................................................ 16 Minimizando a dor do paciente ..................................................................................................... 17 Carboxiterapia nas alterações estéticas........................................................................................ 18 Adiposidade localizada ................................................................................................................. 18 FEG – Fibroedema geloide ........................................................................................................... 19 Atrofia linear cutânea .................................................................................................................... 21 Rugas, linhas de expressão e flacidez .......................................................................................... 24 Diferença entre flacidez de pele e flacidez de músculos ............................................................... 26 Olheiras ........................................................................................................................................ 29 DEEP – DESCOLAMENTO COMPARTIMENTAL ....................................................................... 30 O Envelhecimento ........................................................................................................................ 30 Resposta orgânica perante a ação mecânica da infusão controlada do CO2 – DEEP Carboxi ...... 31 Tratamento facial com a técnica do descolamento compartimental .............................................. 32 Indicação de fórmula para realização da massagem .................................................................... 34 Indicação de fórmulas para uso diurno residencial ....................................................................... 34 Gel creme com DMAE uso noturno residencial ............................................................................. 35 Alopecia ........................................................................................................................................ 36 Tratamento capilar com a técnica do descolamento compartimental ............................................ 37 www.inaesp.com.br 2 Loção para interrupção da queda capilar e estímulo de novos folículos com Fatores de Crescimento e Peptídeos .............................................................................................................. 39 Xampu para usar durante o tratamento ........................................................................................ 39 Microvasos ................................................................................................................................... 39 Cicatrizes e feridas abertas........................................................................................................... 41 Modo de aplicação: ....................................................................................................................... 41 HLC – HIDROLIPOCLASIA NÃO ASPIRATÍVA .......................................................................... 43 Introdução e Histórico ................................................................................................................... 43 Lipólise e Lipogênese ................................................................................................................... 44 Produtos Injetáveis Utilizados ....................................................................................................... 45 Métodos de Aplicação e Biossegurança ....................................................................................... 46 Solução Injetável .......................................................................................................................... 46 Quantidades Aplicadas ................................................................................................................. 48 Método de Aplicação do Ultrassom ............................................................................................... 48 Mecanismos de Ação .................................................................................................................... 49 Mecanismos do Ultrassom ............................................................................................................ 50 Avaliação Clínica .......................................................................................................................... 52 Complicações e Recomendações ................................................................................................. 53 Contraindicações .......................................................................................................................... 53 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 54 www.inaesp.com.br 3 PONTO DE PARTIDA No decorrer desta Unidade serão abordados os conceitos, método de aplicação nos distúrbios estéticos, ou seja, tudo que precisam saber de infusão controlada de Co2, popularmente chamada de carboxiterapia. Volume, modo continuo, nodo punturação, enfim dos os parâmetros que precisam saber para realizar aplicação através da ciência. Introdução e História da Infusão Controlada de CO2 O dióxido de carbono, que é um gás inodoro e incolor, foi descoberto em meados de 1648. É produzido e eliminado diariamente pelo organismo humano em grandes quantidades pelos pulmões no processo de respiração. Sua produção no organismo acontece graças ao resultado do metabolismo e reações oxidativas celulares. Seu uso terapêuticoiniciou-se somente três séculos depois de seu descobrimento, mais precisamente no ano de 1932, na Estação Termal do Spy de Royat, França, por Pierre Laloutte. Com a experiência adquirida na câmara de fumigação com sais de mercúrio, ele passou a expor os portadores de úlceras crônicas aos vapores de combustão da magnésia alba de forma seriada, aplicada a cada dois ou três dias. Esse foi o primeiro método de tratamento sistemático do CO2. Porém, a partir da década de 30, surgiram os primeiros trabalhos sobre o tema, como o do cardiologista Jean Baptiste Romuef, que teve sua publicação em 1953, após 20 anos de experiência utilizando em seus tratamentos injeções subcutâneas de CO2. Ainda atuando em patologias vasculares em 2002, Toryama mostrou excelentes resultados na melhora da circulação periférica em pacientes com isquemia crítica, com redução de 83% dos casos de amputação. A produção industrial do gás carbônico permitiu sua utilização fora das estâncias termais, abrindo uma nova perspectiva para a terapêutica com o CO2. No século XX www.inaesp.com.br 4 essa forma de obtenção criou um período na evolução terapêutica com o CO2 chamado de “Período Terapêutico Recreativo Estético”. Após a descoberta dos efeitos do dióxido de carbono e das suas utilizações na medicina, os métodos foram se desenvolvendo. Nos dias atuais, graças a equipamentos capazes de controlar o fluxo injetado por minuto, é possível usar esse procedimento em vários tipos de tratamentos terapêuticos e até mesmo estéticos, como, por exemplo, no tratamento de estrias, cicatrizes, celulite, gordura localizada, flacidez cutânea, rugas, olheiras, feridas, calvície, psoríase, dentre vários outros. Tudo isso fez com que seu conhecimento terapêutico fosse disseminado não só na França, mas também na Itália e vários outros países da Europa e de outros continentes, como o Brasil. Na Itália já se trabalha com a técnica há dez anos, e hoje é a mais realizada nos tratamentos de F.E.G e adiposidade localizada. A infusão controlada de CO2, conhecida popularmente como carboxiterapia, é uma técnica que trabalha com injeção do dióxido de carbono – CO2 no tecido subcutâneo. É uma prática que tem proporcionado melhora fisiológica, com melhor irrigação sanguínea do local e, consequentemente, melhor oxigenação do tecido. O gás carbônico é o mais utilizado em cirurgias de videolaparoscopia para a insuflação da cavidade abdominal, histeroscopia e como contraste em arteriografia e ventriculopatia. O CO2 tem um poder de difusão muito forte, por esse motivo não oferece riscos ao paciente. Ele é atóxico e é eliminado facilmente do tecido, sendo assim, os riscos de embolia gasosa fatal nesse tratamento são mínimas. Um dos principais produtos do metabolismo celular é o ácido carbônico (H2CO3), excretado através dos pulmões sob a forma de gás carbônico (CO2). Portanto é totalmente inócuo para nosso organismo. CO2 é 20 vezes mais difundido que o O2, portanto o aumento de volume que ocorre após a aplicação é rapidamente absorvido e eliminado, ficando somente o efeito vasodilatador que irá promover os benefícios locais. O CO2 utilizado pela carboxiterapia no Brasil possui em média, 99,99% de pureza, o que o torna ótimo para o tratamento terapêutico. O volume de aplicação do dióxido de carbono por sessão pode variar entre 500 ml a 2.000 ml. O que se deve levar em consideração é que a aplicação é punturada e em cada ponto deve ser feita de uma a duas vezes o peso da pessoa www.inaesp.com.br 5 que esteja realizando o tratamento; isso será explicado mais adiante, quando falarmos de velocidade. Por que pode acontecer a retenção do CO2 por muito tempo? Retenção do CO2 + H2O torna absorção lenta Devido a ausência da ANIDRASE CARBÔNICA mantendo o CO2 nos tecidos por mais tempo Tratamento: drenagem + vasodilatação ou dexametazona Nos banhos em água carbonada, a espessura da camada de queratina e a compactação das suas fibras não impedem a difusão do CO2 para os tecidos mais profundos, mas impedem a passagem e retêm, no seu interior, algumas moléculas do gás. A perda dessas moléculas faz com que a concentração na água do banho prejudique parcialmente a efetividade do procedimento. De maneira distinta, na infusão controlada do gás carbônico medicinal, o CO2 é injetado diretamente no interior da pele, não sofrendo bloqueio e retenção das suas moléculas durante a aplicação. Com isso, mantém nos tecidos o mesmo volume programado pelo aparelho insuflador do gás. Como o volume injetado representa a concentração do CO2 nos tecidos, a infusão controlada do gás carbônico medicinal apresenta 100% de aproveitamento. O dióxido de carbono O ácido carbônico (H2CO3) é produzido durante o metabolismo e excretado em forma de CO2 pelos pulmões no processo de respiração. A quantidade de CO2 transportada em sangue venoso é de aproximadamente 200 ml/min no adulto em repouso, mas pode ser aumentada durante a atividade física. Com a ajuda de uma enzima denominada anidrase carbônica, o CO2 é hidratado no interior do eritrócito e forma o ácido carbônico (H2CO3). A dissociação www.inaesp.com.br 6 de um hidrogênio é espontânea e rápida, liberando um H+ livre e bicarbonato (HCO3). Quando estes são muitos dentro do eritrócito, difundem-se para fora do mesmo. O hidrogênio liberado liga-se à hemoglobina formando hemoglobina reduzida e liberando O2, fazendo com que haja maior disponibilidade dessa substância para as reações metabólicas do corpo. A infusão controlada de CO2 possibilita, especialmente no tecido conjuntivo, uma melhor drenagem vaso linfática devida ao aumento da vasodilatação e consequente melhoria na oxigenação do tecido tratado. Estudos experimentais demonstram que em casos de isquemia crítica o tratamento com carboxiterapia já chegou a evitar mais de 80% das amputações. A infusão do gás provoca distensão tecidual e aumento da concentração de barorreceptores, corpúsculos de Golgi e Paccini, causando liberação de substâncias como histamina, bradicinina, serotonina, catecolamina, que atuam em receptores beta-adrenérgicos, que ativam a adenilciclase, ocasionando aumento da AMPc tissular e quebra de triglicérides. Isso faz com que a carboxiterapia seja utilizada como uma importante forma de diminuição do tecido adiposo acumulado e consequente redução de medidas. Ao ser introduzido desencadeia uma série de respostas no tecido infundido www.inaesp.com.br 7 Mecanismo de Ação Após a aplicação, o CO2 irá agir no local e rapidamente será difundido, deixando apenas seus efeitos, tais como, aumento da microcirculação, ativação de barorreceptores cutâneos, potencialização do efeito Bohr e vasodilatação. O CO2 possui ação direta local pelo miócito e indireto mediado pelo sistema nervoso simpático, com isso a vasodilatação arteriolar é evidente imediatamente à aplicação pela observação da hiperemia que a pele apresenta. A ação direta do CO2 sobre o miócito vascular prevalece em nível local e indireto mediado pelo sistema simpático, que pode ser registrado a distância. O CO2 atua, sobretudo na microcirculação vascular do tecido conjuntivo, promovendo uma vasodilatação e um aumento da drenagem venolinfática . O aumento da circulação interfere no aumento da oxigenação local e, por sua vez, um tecido bem oxigenado possui um metabolismo mais acelerado, resultando em maior lipólise, melhor cicatrização e maior produção de colágeno, que irá refletir, por exemplo, na cicatrização de feridas, perda de peso, melhoria das estrias e de problemas como flacidez e rugas. O aumento do oxigênio é importante, pois elimina a formação de fluidos entre as células. O resultado é um menor número de células gordurosas e um subcutâneo mais firme. Portanto, a utilização desse gás promove o aumento do fluxo dos vasos sanguíneos,com consequente aumento do metabolismo e vascularização da área a ser tratada. Após a aplicação, há, além da melhoria da circulação e da distribuição do oxigênio, a ativação de receptores devida à hiperdistensão subcutânea, ativando os barorreceptores, sendo estes os corpúsculos de Golgi, sensíveis a baixas pressões, e os corpúsculos de Pacini, sensíveis a altas pressões, com consequente liberação de substâncias como bradicinina, catecolamina, histamina e serotonina. Essas substâncias atuam em receptores beta-adrenérgicos ativando a adenilciclase, promovendo assim aumento do AMP tissular e consequente ação final hidrolítica sobre os triglicérides dos adipócitos. Além disso, a afinidade do CO2 pela hemoglobina ao ser inversamente proporcional à concentração de gás carbônico causa hiperoxidação do tecido, com efeito lipolítico oxidativo. Esse processo pode ser explicado pela potencialização do www.inaesp.com.br 8 efeito Bohr, a ação do CO2 injetado envolve vasodilatação local com consequente aumento do fluxo sanguíneo local e da pressão parcial de oxigênio (PpO2). O aumento da PpO2 é resultante da potencialização do efeito Bohr, ou seja, há redução da afinidade da hemoglobina pelo oxigênio, acarretando uma maior quantidade de O2 que estava retido pela hemoglobina para ficar disponível para o tecido a ser tratado. A presença de CO2 nos tecidos reduz o pH no local da aplicação e resulta numa resposta inflamatória. Isso interfere na hemodinâmica celular resultando em formação de novos vasos sanguíneos. O que mais interfere na resposta do organismo à infusão de CO2 é a pressão parcial de gás nos tecidos, mostrando a importância de se aplicar a concentração adequada de CO2 para alcançar eficácia nos resultados. A pressão de infusão do CO2 é correspondente à pressão de gás medicinal injetado nos tecidos, e não ao gás existente no cilindro de armazenamento. Essa pressão é influenciada por fatores, sendo estes a válvula de controle de gás acoplada ao cilindro e o mecanismo de autorregulação do aparelho insuflador. A velocidade do fluxo de aplicação nos tecidos é importante por determinar a intensidade do estímulo desencadeador da resposta inflamatória, variando conforme o local e a resistência tecidual. Essa velocidade vai de 1 a 180 mlCO2/min, porém os mais utilizados variam de entre 80 a 180 mlCO2/min. Resumo dos mecanismos de ações Vasodilatação arteriolar: Ação direta sobre o miócito vascular prevalece em nível local e indireto mediado pelo sistema simpático, que pode ser registrado a distância. Atua sobretudo na microcirculação vascular do tecido conjuntivo, promovendo uma vasodilatação e um aumento da drenagem venolinfática. Potencialização Efeito Bohr: Há redução da afinidade da hemoglobina pelo oxigênio, acarretando uma maior quantidade de O2 que estava retido pela hemoglobina para ficar disponível para o tecido a ser tratado. Simplificando, é a tendência de o O2 deixar a corrente sanguínea quando a concentração de CO2 aumenta. www.inaesp.com.br 9 Aumento velocidade microcirculatória: Promove o aumento do fluxo dos vasos sanguíneos, com consequente aumento do metabolismo e vascularização da área a ser tratada. Ativação barorreceptores cutâneos: Devido à hiperdistensão do subcutâneo, há estímulo dos barorreceptores - corpúsculos de Golgi (sensível a baixas pressões) e de Pacini (altas pressões) - e consequente liberação de substâncias como: bradicinina, catecolamina, histamina e serotonina. Efeito fisiológico na Derme www.inaesp.com.br 10 Efeito na hipoderme Efeito adverso www.inaesp.com.br 11 Indicações e contraindicações A infusão controlada de CO2 é um tratamento indicado para os seguintes casos: Estrias Flacidez tissular F.E.G Adiposidade localizada Olheiras Linhas de expressão Revitalização facial Tratamento complementar à lipoaspiração Pós-operatório de cirurgias plásticas Calvície Microvarizes Feridas abertas Psoríase Fibromialgia Contraindicações Insuficiência cardíaca Hipertensão Uso de anticoagulantes Insuficiência renal Insuficiência hepática Epilepsia Flebite Restrições respiratórias Hiperacidose Gestantes Lupus www.inaesp.com.br 12 Anti-inflamatório O equipamento O fluxo e o volume total de aplicação na infusão controlada de CO2 são controlados por equipamentos apropriados. No Brasil, o aparelho a ser utilizado deve ser registrado pela ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a fim de proporcionar maior conforto e segurança a quem recebe a aplicação. Independentemente da marca ou do modelo do aparelho, este irá apresentar características comuns, tais como um cilindro que se liga ao aparelho por meio de um regulador de pressão de gás. Ele é injetado por meio de uma sonda com agulha pequena diretamente na pele do paciente. Quanto ao fluxo utilizado, muitos são os autores que discutem a quantidade necessária de aplicação para cada tipo de tratamento. Esse equipamento é composto por três segmentos distintos: equipo descartável, aparelho insuflador do gás e sistema cilindro-válvula controladora de pressão que armazena e regula a pressão da saída do gás carbônico medicinal para o circuito do aparelho insuflador. O equipo utilizado deve ser atóxico, estéril, aprimogênico e descartável, formado por agulha 30G½ acoplada a um filtro que, por sua vez, é conectado ao cateter de poliprolipeno com diâmetro de 0,3cm, portanto, um fixador na extremidade livre. O reduzido diâmetro da agulha, em relação ao diâmetro do cateter, permite que o gás seja introduzido com maior pressão, facilitando sua difusão através dos tecidos. O filtro possui uma lâmina de policloreto de vinila, com espessura de 0,2µ na grade de filtragem, do tipo microbiológico e hidrofóbico, cuja função é reter possíveis impurezas existentes no interior do cateter ou no circuito do insuflador. www.inaesp.com.br 13 A produção do CO2 medicinal: É produzido através da queima completa da matéria orgânica. Aquecimento da pedra calcaria. Recuperando uma variedade de reações químicas das quais o ele é um subproduto. O CO2 é separado dos outros gases e passado por um processo de purificação. Finalmente é comprimido e armazenado em um cilindro especial para comercialização. A pressão de infusão do CO2 corresponde à pressão do gás carbônico medicinal que é introduzido no interior dos tecidos e não deve ser confundida com a pressão do gás carbônico no interior do cilindro de armazenamento. O sistema que controla a pressão de entrada do CO2 no aparelho insuflador é composto pelo cilindro armazenador do gás carbônico medicinal, por uma válvula reguladora da pressão do gás que sai do cilindro e um manômetro, indicador da quantidade de CO2, no estado gasoso, no interior do cilindro. A válvula de controle de pressão do gás está ligada ao aparelho insuflador do CO2 por meio de uma mangueira de material plástico ou polipropileno flexível, fechando o circuito de condução do gás no equipamento. www.inaesp.com.br 14 Método de aplicação Velocidade do fluxo Esse é um dos fatores decisivos para a efetividade da infusão, e não deverá ser confundido com o volume de gás aplicado em cada punctura. Sua escolha é influenciada pela resistência dos tecidos e pela intensidade do efeito lesivo que se deseja promover, razão pela qual ela pode deferir em diferentes áreas de um mesmo indivíduo. O descolamento ou distensão dos tecidos e a intensidade de ruptura tecidual são proporcionais à velocidade do fluxo de infusão do gás. A velocidade do fluxo da infusão de CO2 nos tecidos determina a intensidade do estimulo lesivo que desencadeia a resposta inflamatória no local da aplicação,variando de conformidade com a região anatômica e a resistência imposta pelo tecido. O programa do aparelho regula a rapidez com que o CO2 será injetado no interior dos tecidos. Velocidade entre 150 a 180 ml CO2/min promove uma distensão tecidual rápida, eficiente e segura, aumenta o desconforto, provocando dor durante aplicação, mas traz os melhores resultados, em razão de o dano interno ser maior. Áreas de menor resistência, como pálpebras, suportam melhor velocidade de 80 a 100ml CO2/min. 80 a 100ml CO2/min região periorbital, facial, alterações de origem funcional e reparadora 101 a 150ml CO2/min alterações morfológicas da pele e adiposidade da face www.inaesp.com.br 15 151 a 180ml CO2/min flacidez cutânea e adiposidade localizada, na recuperação do contorno corporal. Antes de iniciar a aplicação do dia ou se o aparelho ficar mais de cinco horas parado, deve-se deixar escapar 150 ml de gás, pois o O2 parado, quando aplicado, faz com que a região fique inchada por duas semanas Volume do gás Como já dito anteriormente, nosso organismo em repouso produz 200 ml/min de CO2. No exercício físico pode aumentar até dez vezes. O volume total de dióxido de carbono usado em uma sessão corresponde à somatória dos volumes infundidos em cada punctura, podendo chegar em um total de 2.000 ml; valores acima disso não causam grandes prejuízos mas induzem mais o desconforto do paciente podendo levá-lo ao desmaio. É preciso considerar que existe uma relação direta entre o peso do indivíduo e o conjunto formado pela extensão da superfície cutânea e o volume do tecido adiposo ao longo dessa superfície. Por essa razão, parece ser adequado relacionar o volume do gás aplicado na infusão controlada do CO2 com o peso ponderal, estabelecendo valores dirigidos às necessidades de cada indivíduo em particular. Para um melhor aproveitamento do CO2, o volume do gás a ser injetado é calculado de acordo com o peso ponderal, e não com índice de massa corporal. Dessa maneira, consegue-se atingir uma concentração adequada do CO2 nos tecidos para desencadear uma resposta inflamatória no local da aplicação. Assim sendo, considera-se como fator de eficiência a variação do volume de 1 ml até 2 ml de CO2 por quilo de peso do indivíduo, representado por mlCO2/kg. A distância entre as puncturas fica 3 a 15 cm entre si. O volume escolhido é aplicado por punctura, ou seja, unitariamente em cada um dos pontos onde o gás será injetado. O cálculo do volume de gás baseado no peso ponderal do indivíduo se aplica no tratamento de alterações do tecido adiposo . Exemplo: Peso 50 kg. www.inaesp.com.br 16 Mínimo por ponto será 50 mlCO2/cm Máximo por ponto 100 mlCO2/cm Profundidade A profundidade da aplicação é determinada de acordo com o propósito a que se destina o procedimento. Quando o objetivo está direcionado para atividades terapêuticas de características não estéticas, a aplicação do gás deve ser realizada profundamente, no interior do tecido. A aplicação profunda tem como objetivo promover a lise do tecido adiposo subcutâneo, com o propósito de reduzir o excesso de gordura localizada, melhorando o contorno corporal da região comprometida. Assim, quando tratarmos gordura localizada e F.E.G, ou seja, tecido adiposo, a agulha deverá estar de 90° a 45° em relação à pele, dependendo da espessura do tecido adiposo subcutâneo da região. www.inaesp.com.br 17 A pouca espessura da derme, em média 1 a 2 mm, acrescida da resistência da camada córnea da epiderme e ao diâmetro da agulha, torna difícil afirmar que a infusão controlada de CO2 pode ser realizada com precisão em dois ou três planos dérmicos distintos: superficial, intermediário e profundo. Nesse plano, somente a ponta da agulha bizel voltada para cima deverá ser introduzida, para garantir a superficialidade durante a injeção. A distensão e a pápula branca que se observa na pele durante a infusão do gás demonstra que a aplicação está sendo realizada superficialmente, ou seja, no interior da derme. Minimizando a dor do paciente A vasodilatação é o processo de dilatação dos vasos sanguíneos, em consequência do relaxamento do músculo liso presente na parede desses mesmos vasos. É o processo oposto à vasoconstrição. A vasodilatação é normalmente vista como processo integrante da termorregulação, isto é, a regulação da temperatura do organismo através de mecanismos homeostáticos, de equilíbrio. Quando há um aumento da temperatura no exterior, ocorre um aumento da temperatura corporal. Para contrabalançar esta variação, o complexo hipotálamo-hipófise (que recebe a mensagem externa) envia uma mensagem nervosa que possibilita a vasodilatação, e consequente perda de calor para o exterior. O processo de vasodilatação permite uma redução da pressão sanguínea, já que é disponibilizado maior espaço para o sangue. Também possibilita (de acordo com mecanismos de termorregulação) perda de calor para o exterior, em situação de elevada temperatura corporal: os capilares aproximam-se da superfície cutânea, havendo uma transferência de energia para o meio externo. Concluímos assim que qualquer procedimento que faça vasodilatação antes da injeção do CO2 irá promover um relaxamento do local, um aumento da temperatura local e assim facilitar a entrada do gás, o que irá gerar um processo menos doloroso para o paciente, e qualquer procedimento que faça vasoconstrição, www.inaesp.com.br 18 ou seja, tudo que resfriar a pele, antes da injeção do CO2 irá causar um aumento da dor. Carboxiterapia nas alterações estéticas Adiposidade localizada A carboxiterapia tem sido largamente utilizada no tratamento da gordura localizada, sendo aplicada nos locais que apresentam maior porcentual de gordura, conforme mencionando anteriormente, e tem a função de aumentar ainda mais a vascularização tecidual, o que proporciona maior concentração de oxigênio e aumento do metabolismo local, levando à lipólise e à diminuição da quantidade de gordura. A injeção controlada de CO2 tem maior atuação na camada areolar, no entanto, age também na camada profunda em razão da vascularização e facilidade de difusão de gás nessa localidade. A carboinsuflação apresenta eficácia na destruição dos adipócitos, reduzindo assim a adiposidade localizada. Deve ser aplicada em um ou mais ciclos, que devem ser estabelecidos de acordo com o porcentual de gordura e com as respostas fisiológicas do tratamento. Cada ciclo é formado por dez sessões dividido em duas etapas, a primeira constituída de quatro sessões com intervalo de 24 horas e a segunda formada por seis sessões com intervalo de 72 horas. Para obter-se uma elevada concentração de CO2 nos tecidos, é necessário que as quatro primeiras sessões sejam diárias, enquanto que, para manter a concentração de gás elevada, o intervalo deve ser de 72 horas. A infusão de gás é profunda e feita por punturação, lembrando que nesse caso é necessário fazer o cálculo multiplicando o peso ponderal do paciente por 1,5 ou 2 ml CO2. O valor obtido será a quantidade a ser aplicada por ponto. A quantidade de puncturas é variável, dependendo da extensão e do objetivo do tratamento. A distância entre as puncturas também altera conforme o tratamento, www.inaesp.com.br 19 podendo variar entre 3 e 5 cm. A velocidade do fluxo varia de 100 a 180 mlCO2/min, dependendo do volume do tecido adiposo. O CO2 atua primeiramente diminuindo o pH da região, a lise do tecido ocorre pela destruição mecânica do adipócito, ou seja, a velocidade infundida e a oxidação dos lipídeos da célula gordurosa induzidas pelo CO2 injetado no local. Ao mesmo tempo, a hipercapnia que se instala após a infusão do gás carbônico nos tecidos potencializa o efeito Bohr dentro das hemácias, desviando a curva de dissociação,aumentando, assim, a oferta de oxigênio aos tecidos. RESUMO DE ADIPOSIDADE – MÉTODO DE APLICAÇÃO Punturado, sendo 1,5 a 2 ml por kg. Velocidade 100 a 180 ml CO2/min. Distância dos pontos: 3 a 5 cm. É necessário serem realizadas no mínimo 10 sessões, com intervalos de 24 horas nas 3 primeiras e nas demais com intervalo de 72 horas. FEG – Fibroedema geloide Disfunção que aparece em 99% da população feminina, a F.E.G, vulgo celulite. Hoje algumas pesquisas já consideram a F.E.G como característica ligada ao sexo feminino, sendo comum e normal tê-la antes dos 15 anos de idade. A F.E.G chega a atingir 80% das mulheres com mais de 35 anos de idade. O tecido adiposo acumulado no corpo forma em certas regiões o aparecimento de celulites. As celulites aparecem graças ao mau funcionamento dos adipócitos, que retêm maior quantidade de líquido e maior teor de lipídeos, causando também má circulação na região, devida à compressão dos vasos sanguíneos pelo aumento do volume da célula. Histologicamente, o tecido celulítico apresenta alteração do interstício, com aumento da viscosidade, hipo-oxigenação, estase vênulo capilar e caso não seja tratada, pode evoluir para um estágio de fibrose cicatricial. Apresenta-se em diferentes graus e tipos. Ela pode ser na forma flácida, que vem acompanhada de flacidez muscular e/ou tissular. Esse tipo ocorre mais em www.inaesp.com.br 20 mulheres com o biótipo magro e com pele mais branca, pois são pessoas com menor quantidade de melanina e esta, por sua vez, também ajuda na tonicidade da pele. Outra forma é a compacta, que está associada a depósitos de gordura localizada, sem nenhuma diferença histológica. Temos também a forma edematosa que é devida à retenção hídrica e a forma mista, onde podemos ter mais de um tipo de F.E.G em um mesmo individuo. A FEG foi classificada em vários estágios, e de acordo com estágio em que se encontram as manifestações cutâneas mostram-se mais exacerbadas. Atualmente, consideram-se os quatro estágios a seguir: Estágio I ou Edematoso: Só aparece quando fazemos compressão da região. Há uma alteração das células do tecido adiposo, porém a região afetada não apresenta modificação circulatória e nem dos tecidos de sustentação, apenas uma dilatação venosa. Não há sinais visíveis na pele nem dor nesse estágio da celulite; ela só aparece quando fazemos compressão da região. Estágio II ou Exsudativa: Nesse estágio a F.E.G caracteriza-se por uma alteração circulatória por compressão das microveias e vasos linfáticos. O sangue e a linfa ficam estagnados e, consequentemente, ocorre um edema intercelular. Também há um endurecimento do tecido de sustentação e as irregularidades na pele ficam aparentes, mas ainda não existe dor. Estágio III ou de Fibrose: Nesse estágio, os recursos utilizados devem ser bem mais variados para que haja resultados consideráveis. A F.E.G apresenta-se com o aspecto de “casca de laranja” e fica dolorida. A fibrose se instala e a circulação acaba comprometida. Vasinhos e microvarizes podem surgir, além de uma sensação de peso e cansaço nas pernas. Estágio IV ou de Esclerose: É a fase considerada mais grave, com as fibras mais duras, formando nódulos, e a circulação prejudicada. A pele apresenta depressões e tem aspecto acolchoado. Ocorrem aderências à aponeurose muscular. Na termografia, os aspectos anteriores aparecem como verdadeiros “buracos negros”, que são regiões de circulação diminuída, representando a formação de fibroses. As pernas ficam pesadas, inchadas e doloridas e a sensação de cansaço é frequente, até sem o menor esforço. www.inaesp.com.br 21 Atuação do CO2: O CO2 atua, sobretudo, na microcirculação vascular do tecido conectivo, promovendo vasodilatação e aumento da drenagem venolinfática. Com a vasodilatação, o fluxo de nutrientes aumenta, entre eles as proteinases necessárias para remodelar os componentes da matriz extracelular (MEC). A ação lipolítica oxidativa atua diretamente na etiologia da FEG quebrando o círculo vicioso que envolve alteração bioquímica do interstício (aumento de viscosidade), estase vênulo-capilar, com hipo-oxigenação e, consequentemente, sofrimento do adipócito. Como a microcirculação se altera na panicolopatia fibroesclerótica, o aumento do fluxo sanguíneo que a injeção de CO2 promove exerce importante papel no tratamento dessa patologia. As punturas são unitárias, aplicadas no centro das ondulações. A aplicação inicia-se apenas com a ponta da agulha introduzida na pele, e, posteriormente, esta será introduzida na gordura. Esta forma de aplicação estimula a vascularização e fibrogênese, melhorando a elasticidade e fortificando o tecido conjuntivo, provocando a lise dos lipídeos e, consequentemente, diminuindo a projeção do lobo de gordura. RESUMO DE F.E.G – MÉTODO DE APLICAÇÃO Punturado, sendo 1 a 2 ml por kg. Velocidade 100 a 180 ml CO2/min. Distância dos pontos: 3 a 5 cm. É necessário serem realizadas no mínimo 12 sessões, com intervalos de 24 horas nas 3 primeiras e nas demais com intervalo de 72 horas. Atrofia linear cutânea A atrofia linear cutânea, comumente chamada de estrias, são distúrbios estéticos de grande relevância social em razão de seu efeito no corpo e seu impacto no psicológico do indivíduo. Seu aparecimento geralmente se dá em adultos, mas pode ocorrer também em jovens, dependendo de fatores biológicos e mecânicos. São mais frequentes no sexo feminino e surgem especialmente nos glúteos, mamas, abdome, flancos, dorso e coxa. www.inaesp.com.br 22 Trata-se de uma distensão exagerada da pele, causada especialmente por ganho exagerado de peso, alterações hormonais tanto na puberdade quanto na idade madura, exercícios físicos abusivos e gravidez. Porém, fatores genéticos, uso de corticoides e déficit proteico podem desencadear aparecimento de estrias. São cicatrizes internas causadas pelo rompimento ou diminuição da conexão entre as fibras dérmicas, tais como colágeno e elastina. Apresentam-se na maioria dos casos paralelas entre si, atingindo variados comprimentos e larguras que vão de poucos milímetros até cerca de um centímetro. Inicialmente possuem coloração vermelho escura, devido ao aumento da vascularização causado pelo processo inflamatório. Depois evoluem para uma tonalidade nacarada e, em pessoas de pele morena, podem apresentar uma coloração mais escura. Sua evolução pode variar de um até dois anos. Podem aparecer em ambos os sexos, no entanto são predominantes nas mulheres. Nas meninas podem aparecer entre 12 a 14 anos e nos meninos, entre 13 e 15 anos. Localizam-se frequentemente nos glúteos, seios, abdômen, coxas, região lombossacra, e são menos comuns, mas podem surgir na fossa poplítea, região ilíaca, tórax, antebraço e porção anterior do cotovelo. A infusão controlada de CO2 tem sido aplicada no tratamento de estrias, alcançando grande sucesso como tratamento primário ou complementar, causando efeitos hemodinâmicos, fibrogênicos e vasculares, recuperando assim as aparências da atrofia linear cutânea [16]. A aplicação controlada de CO2 apresenta metodologia própria em estrias. As aplicações devem ser realizadas superficialmente, com a agulha posicionada paralelamente à pele. O volume de CO2 por aplicação é mínimo e determinado pelo leito da estria. Os efeitos hemodinâmicos, vasculares e fibrogênicos, que se instalam nos tecidos após a aplicação do gás, são os fatores indutores para recuperação da aparência das estrias. A ação conjunta desses fatores estimula o processo de transdução de sinais das fibras conjuntivas na matriz extracelular, remodelando o leito da estria. A vasodilatação, a formação de novos vasos sanguíneos e o aumento de fibras colágeno e elástica, promovidas pela neofibrogênese na matriz extracelular, reduzem o comprimento, a largura e a depressão que caracterizama atrofia tecidual das estrias. A fibrogênese é estimulada pelo fator de crescimento do www.inaesp.com.br 23 fibroblasto básico e pelo fator de crescimento transformador, sintetizados no local após a infusão do CO2. Para eficácia no tratamento é importante que ele seja feito em pelo menos três ciclos de dez sessões aplicadas num intervalo de 72 horas, sendo que o segundo ciclo deve ser cerca de 30 dias após o primeiro e o terceiro 6 meses após o segundo. A aplicação do gás deve ser bem superficial, apenas com a ponta da agulha. O efeito inicial é a hiperemia, causada pelo aumento da vasodilatação. O número de punturas é sempre elevado e determinado pela extensão do descolamento promovido pelo CO2, o que interfere também na distância entre uma aplicação e outra, pois o procedimento é determinado pela resistência que as fibras oferecem à difusão do gás. RESUMO DE ESTRIAS – MÉTODO DE APLICAÇÃO Continuo. Velocidade 100 a 180 ml CO2/min. Preenchimento da estria toda. É necessário serem realizadas no mínimo 10 sessões, com intervalos de 72 horas ou uma vez por semana. www.inaesp.com.br 24 Rugas, linhas de expressão e flacidez O envelhecimento celular é inevitável e acontece com todos os seres humanos, mais cedo ou mais tarde; pode ser retardado, mas nunca paralisado. Pode ser acelerado sob a influência do meio ambiente. Num mesmo indivíduo, a pele pode estar preservada normalmente em áreas cobertas pela roupa, e mais envelhecida em áreas expostas à ação acumulativa das radiações solares. O processo de envelhecimento ocorre em todas as camadas da pele. Vamos ver o que ocorre fisiologicamente o que acontece em cada camada nesse processo: Epiderme: A epiderme se adelgaça em razão ao aplainamento dos cones interpapilares e da diminuição do número e volume das células. Derme: Na derme ocorre a atrofia por destruição das fibras colágenas e fibras elásticas, dando à pele um aspecto característico, chamado de elastose solar. Ocorre frequentemente em regiões expostas às radiações dos raios ultravioletas do sol. Tecido adiposo: A alteração da epiderme e da derme caracteriza-se pelo afinamento da pele cuja cor adquire tonalidade ligeiramente amarelada, aparecimento de pregas, rugas, telengectasias (pequenos vasos) e manchas escuras (melanose solar). Envelhecer é natural, e para ser um processo sem traumas alguns cuidados são necessários. Ao mesmo tempo em que cresce a expectativa de vida, valoriza-se cada vez mais a jovialidade. O envelhecimento é caracterizado pelo desgaste dos vários setores do organismo, gerando alterações no seu funcionamento. Há diferenças marcantes entre o envelhecimento intrínseco e o fotoenvelhecimento que são coerentes com as alterações bioquímicas e moleculares. No envelhecimento pela idade, a textura da pele é lisa, homogênea e suave, com atrofia da epiderme e derme, menor número de manchas e discreta formação de rugas. No fotoenvelhecimento a superfície da cútis é áspera, nodular, espessada, com inúmeras manchas e rugas profundas e demarcadas. Histologicamente, a atrofia e a retificação da epiderme no envelhecimento cronológico contrastam com a acantose da pele actínica. www.inaesp.com.br 25 Veja o esquema abaixo que resume o envelhecer. Esquema que resume como envelhecemos. As rugas se dividem em: Primárias: É uma depressão linear que interrompe a uniformidade da superfície cutânea por diminuição da camada hipodérmica ou por atrofia dérmica. Secundárias: São continuações das rugas da primeira fase. A troca de fase é variável no tempo e depende de cada indivíduo, acentuando a profundidade inicial. Terciárias: A aparição tardia ocorre por ptose cutânea (queda ou deslocamento). É observável em uma pele que perdeu sua elasticidade e tonicidade pelo peso do tecido, ou seja, por flacidez, levando ao deslocamento em queda da pele da face. www.inaesp.com.br 26 Tipos de Envelhecimento Envelhecimento verdadeiro intrínseco: Esperado (previsível inevitável e progressivo). Pode ser retardado, mas nunca parado; Envelhecimento extrínseco ou fotoenvelhecimento: Por exposição continuada e abusiva aos raios solares. A pele apresenta, precocemente, alterações comuns à pele senil. Agora, falando dos tipos de rugas, temos dois descritos a seguir: Rugas de expressão: É a acentuação permanente das pregas normais da face. Exemplos: pés-de-galinha (pequenas rugas do ângulo externo do olho); pequenas rugas peribucais (em torno da boca); Sulcos: Os sulcos são secundários ao afrouxamento cutâneo muscular por alteração da derme-hipoderme e ação da gravidade. Exemplos: queixo duplo, sulcos nasogenianos - queda do tecido gorduroso contribui para acentuação dos sulcos (do nariz aos lábios). A flacidez é a falta de tonicidade da pele ou músculo. Ela se refere ao estado mobilizado, frouxo ou lânguido do tecido. Pode ser muscular ou cutânea, sendo a sua causa multifatorial, o que incluem fatores genéticos, ambientais e de maus hábitos, como o sedentarismo. Não há um fator único e específico que cause flacidez. Na flacidez tissular percebe-se que a maior incidência de casos é na mulher, em consequência de fatores hormonais e da gestação. Porém, outros fatores, como o excesso de sol (fotoenvelhecimento), sedentarismo, alimentação inadequada e efeito sanfona, contribuem para o envelhecimento fisiológico, que tem seu início por volta dos 30 anos. Os idosos também repõem menor quantidade de colágeno e elastina, que são as fibras mais importantes da tonicidade da pele. Cirurgias que promovam perda de peso rápida também favorecem a flacidez. Diferença entre flacidez de pele e flacidez de músculos A flacidez tecidual ou tissular acontece quando a pele fica flácida, frouxa; já a muscular, quando os músculos se encontram de uma maneira “mole”, não www.inaesp.com.br 27 tonificada. A pele geralmente está sobreposta ao músculo e acompanha a sua tonicidade. Se o músculo está flácido, a pele também parece flácida, porém se a pele está flácida e o músculo tonificado, então a aparência não é tão evidente. A pele tem um tecido e o músculo tem outro. O músculo espessa ou “cresce” conforme os exercícios, já a pele não. Para um tratamento adequado, é necessária uma avaliação rigorosa com uma boa diferenciação dos dois tipos de flacidez. Veremos a seguir quais procedimentos devem ser adotados. 1- Flacidez dérmica: Com os dedos polegar e indicador em forma de pinça, aperte e estique a pele. Se quando soltar a pele voltar ao normal e ficar esticada, não há flacidez dérmica. Mas se demorar a normalizar, a flacidez está presente. 2- Flacidez muscular: Contraia a musculatura da área. Se o músculo apresentar mobilidade e contornos não definidos, isso é sinal de flacidez. Para tratamento das rugas, a aplicação deve ser superficial, usando apenas a ponta da agulha com bisel voltado para a superfície, sempre a favor da musculatura. O volume aplicado por puntura não está relacionado com o peso do indivíduo mas sim com a distensão tecidual provocada pela infusão do CO2. Os ciclos podem ser realizados em cinco ou dez sessões, dependendo da resposta do tecido ao tratamento. Veja essas recomendações na tabela a seguir: www.inaesp.com.br 28 Novos estudos demonstraram que essa quantidade de fluxo pode ser menor, cerca de 60 a 150 ml/min, dependendo da pessoa, e que são necessárias no mínimo 12 sessões. Os efeitos hemodinâmicos, vasculares e fibrogênicos, que se instalam nos tecidos após a aplicação do gás, são os fatores indutores para a recuperação da pele. A ação conjunta desses fatores estimula o processo de transdução de sinais das fibras conjuntivas na matriz extracelular, remodelando a região. A vasodilatação, a formação de novos vasos sanguíneos e o aumento de fibras colágeno e elástica,promovidas pela neofibrogênese na matriz extracelular, reduzem o comprimento, a largura e a depressão que caracterizam a atrofia tecidual das rugas. A fibrogênese é estimulada pelo fator de crescimento do fibroblasto básico e pelo fator de crescimento transformador, sintetizados no local após a infusão do CO2. Dessa forma, a carboxiterapia no tratamento facial proporciona maior velocidade de troca (aumento do fluxo sanguíneo) e melhora da oxigenação tecidual. www.inaesp.com.br 29 RESUMO DE RUGAS, LINHAS DE EXPRESSÃO E FLACIDEZ – MÉTODO DE APLICAÇÃO Continuo. Velocidade 80 a 100 ml CO2/min. Realizando sempre a favor da musculatura da região com distância de 2 a 3 cm de ponto para ponto. É necessário serem realizadas no mínimo 10 sessões, com intervalos de 72 horas ou uma vez por semana. Em fumantes não fica tão bom o tratamento. Olheiras As olheiras são caracterizadas pelo escurecimento causado pela hiperpigmentação periorbital nas pálpebras. Os motivos dessa hiperpigmentação podem ser genéticos; excesso de adiposidades localizadas na região dos olhos, cansaço, estresse, sono, tabagismo, falta de vitamina K podem ser fatores determinantes para o problema. Geralmente pessoas de pele fina também estão suscetíveis. A carboinsuflação é um procedimento de caráter minimamente invasivo que ajuda a corrigir esta hiperpigmentação. A velocidade de fluxo nas aplicações varia de acordo com a distensão tecidual. São necessários no mínimo dois ciclos com intervalos entre si de 120 dias, sendo que cada ciclo é composto por dez sessões. Indica-se um fluxo de 80 a 100 ml/min com aplicações contínuas na camada epidérmica de 10 a 20 sessões. www.inaesp.com.br 30 DEEP – Descolamento Compartimental O Envelhecimento O envelhecimento é um processo dinâmico, fisiológico, normal e progressivo que se apresenta no ser humano. Manifesta-se principalmente por alterações dos contornos faciais, rugas, flacidez, diminuição da gordura subcutânea, pele fina, etc. A tendência atual é o tratamento multifatorial com o objetivo de tratar, melhorar e prevenir este processo. Por esse motivo, um imenso número de novas técnicas, materiais e aparelhos surgem a cada dia visando sempre ao melhor aproveitamento de cada um e a conseguir resultados estéticos mais harmônicos, naturais e principalmente seguros. Em qualquer método de tratamento devemos sempre respeitar o grau e o tipo de envelhecimento; em nossa avaliação devemos utilizar a escala de Glogau. Na juventude, nosso rosto tem as proporções de um triângulo invertido. Com base nas maçãs do rosto, centro nos lábios e ápice no queixo. Durante essa fase da nossa vida o colágeno é responsável por sustentar o peso da base da pirâmide na parte superior do rosto. Com o passar dos anos e a perda de colágeno a base do triângulo cai e o peso da pele forma as rugas faciais. Para avaliar a simetria e o equilíbrio da face, prática muito usada, deve-se dividi-la horizontalmente em três terços. O terço superior se estende da inserção do cabelo à glabela, o terço médio da glabela à região subnasal, e o terço inferior da região subnasal ao mento. Durante o envelhecimento ocorrem na face mudanças de diferentes tipos. No terço superior elas estão relacionadas ao dano crônico pela luz ultravioleta aos músculos intrínsecos da expressão facial e suas influências na pele e às mudanças gravitacionais da perda da elasticidade tecidual. No terço médio existe o maior número de grupos musculares que sofrem a ação da gravidade, concomitantemente nessa região existe maior dificuldade de manter suas estruturas pelas características anatômicas, isso porque acontece a www.inaesp.com.br 31 combinação de fotoenvelhecimento, perda do tecido subcutâneo, perda de elasticidade cutânea e remodelamento de estruturas ósseas e cartilaginosas. O septo orbital pode enfraquecer com o tempo, permitindo protrusões da gordura da pálpebra inferior ou superior. Entretanto algumas pessoas podem experimentar perda do tecido subcutâneo palpebral, o que provoca aspecto de afundamento. A região malar pode ser afetada pela perda de volume da gordura bucal que está localizada entre o músculo masseter anteriormente e o músculo bucinador posteriormente. Os mecanismos de suporte da ponta nasal podem tornar-se inelásticos e se alongar com a idade, resultando na ptose da ponta nasal e em aparente alongamento do terço médio da face. No terço inferior as alterações resultam da combinação de dano crônico pela luz ultravioleta, perda da gordura subcutânea, mudanças devidas aos músculos da expressão facial e do pescoço, mudanças gravitacionais por perda da elasticidade tecidual e remodelamento de estruturas ósseas e cartilaginosas. A dentição e a reabsorção dos ossos maxilares e mandibulares podem resultar em perda generalizada de tamanho e volume. O queixo roda anteriormente e fica mais afilado e protruso. Além da diminuição do volume labial propriamente, a ptose da ponta do nariz também pode contribuir para a aparência de lábio superior diminuído. Por isso os tratamentos sempre devem ser direcionados para cuidar dos pilares musculares, que proporcionam maior estabilidade a face (região frontal e pescoço “Pilares que sustentem a face”), trazendo indiretamente maior firmeza na região média onde se encontram localizados os triângulos da juventude (orbitário, malar e mandibular). Resposta orgânica perante a ação mecânica da infusão controlada do CO2 – DEEP Carboxi O gás carbônico produz vasodilatação local com aumento do fluxo vascular, potencializando o efeito Bohr, consequentemente uma hiperoxigenação local dos tecidos. Ao introduzir o gás no tecido cutâneo, provoca-se um descolamento (enfisema) sem trauma e passa a cumprir as fases fisiológicas do processo de cicatrização, incentivando a qualidade e agrupação de colágeno. www.inaesp.com.br 32 No momento da entrada do gás sentimos em nossas mãos o descolamento do tecido no plano ósseo, mas de maneira geral a quantidade quando fizer a DEEP carboxi será de modo continuo com fluxo de 80 a 150 ml/min dependendo da experiência do profissional. Tratamento facial com a técnica do descolamento compartimental A aplicação do gás carbônico deve ser realizada nos dois planos: Plano superficial: aplicação superficial do gás somente entrando a lança do bisel, para revitalização. Esse plano é realizado a cada uma aplicação por semana utilizando fluxo 80 a 100 ml/min. Plano intermediário: descolamento de estruturas flácidas com fluxo contínuo de 80 a 100 ml/min. Plano Profundo: realizado de maneira rápida, com agulha perpendicular chegando até o osso em pontos específicos de tração nas regiões mastoidea www.inaesp.com.br 33 (retroauricular), malar, frontal zigomático e o platisma (não tem ponto ósseo de referência), clavícula, consegue-se assim uma remodelação e levantamento dos tecidos moles. Imediatamente ao aplicarmos o gás de maneira rápida com fluxo contínuo de 80 a 150 ml/min, realizamos com essa manobra um descolamento da face dos compartimentos específicos para logo REPOSICIONAR o retalho descolado, tracionando-o e levando-o para cima (vetores de tração). www.inaesp.com.br 34 Após a aplicação do gás e o descolamento, produz-se a hiperemia, que é gerada pelo aumento da vascularização na região, sendo este o efeito químico do gás. Depois aplicamos topicamente o tensor tópico com, por exemplo, Argireline Densiskin ou DMAE; realizando massagem remodeladora tracionando o retalho descolado anteriormente com o gás, iniciando na clavícula, pescoço (platisma), região mandibular, zigomático, região periorbital e frontal com movimentos ascendentes para cima e para fora, simulando o lifting. O paciente deve continuar utilizando em casa creme com efeito tensor. Indicaçãode fórmula para realização da massagem Sesaflash 10% Argireline 10% Densiskin 5% DMAE 5% Longevinol R 4% Talasferas de vit C 5% Sérum tensor qsp 30gr OBS: realizar a massagem de tensionamento, utilizando essa fórmula. Indicação de fórmulas para uso diurno residencial www.inaesp.com.br 35 Filtro solar revitalizante e hidratante Kinetin L 5% Lipossomas coenzima Q-10 10% Tensine 3% Coffee skin 3% Filtro solar oil free FPS 30 Gel fluido siliconado qsp 60 ml OBS: aplicar na face todos os dias manhã Gel creme com DMAE uso noturno residencial DMAE 10% Rigin 2% Maturine 5% Matrixyl 5% Nanospheras AE 2% Nanospheras EC 2% Gel creme qsp 50 gr OBS: aplicar na face e pescoço todos os dias noite O tratamento em face com DEEP Carboxi só pode ser feito a cada 21 dias, respeitando as fases de cicatrização de maneira prática dos 30 dias. Atualmente realizamos o descolamento compartimental em todos os graus de envelhecimento, dessa maneira reestruturamos e devolvemos volume na face envelhecida. Tabela de tratamento: GLOSGLAU SUPERFICIAL E INTERMÉDIO PROFUNDO GRAU 1 4 sessões, sendo 1 por semana 1 sessão por mês GRAU 2 8 sessões, sendo 1 por semana 1 sessão por mês x 2 meses GRAU 3 12 sessões, sendo 1 por semana 1 sessão por mês x 3 meses GRAU 4 16 sessões, sendo 1 por semana 1 sessão por mês x 4 meses www.inaesp.com.br 36 Alopecia O couro cabeludo é uma pele com abundância de pelos, ricamente vascularizado, que reveste o crânio humano. O crescimento do cabelo ocorre dentro do folículo piloso, possuindo uma raiz e uma haste dentro de cada folículo, recobertos por melanina. Vale lembrar que a haste não possui células vivas, estas estão presentes apenas na raiz, que penetra aproximadamente de 2 a 4 ml na superfície da pele . O crescimento dos fios não acontece gradualmente, mas sim em períodos cíclicos, apresentando-se em fase ativa, quando há intenso crescimento, fase de repouso e fase de queda. As alterações que interferem nesse segmento de fases é a seborreia (caspa), prurido e queda dos fios. A dermatite seborreica é causada pelo excesso de oleosidade ocasionada pela produção das glândulas sebáceas, e causam descamação no couro cabeludo. O prurido também pode ser causado pela oleosidade e intensificado em situações de estresse. Porém, a calvície ou queda permanente do cabelo está relacionada com o comprometimento do folículo piloso, podendo ser considerada a mais grave alteração do couro cabeludo. O que influencia esse comprometimento pode ser o tabagismo, alterações hormonais, estresse, problemas nutricionais e quimioterapia. A causa mais grave é a alopecia androgenética, que destrói o bulbo capilar e o substitui por fibrose. Nas mulheres a alopecia geralmente compromete todo o couro cabeludo e, por outro lado, nos homens é mais comum o comprometimento central. www.inaesp.com.br 37 A infusão controlada de CO2 tem se destacado como importante terapia na medicina estética, uma vez que proporciona importante vasodilatação local e melhora do fluxo sanguíneo, melhorando a perfusão no local onde há queda. A hipercapenia resultante da administração do gás promove a vasodilatação e o consequente aumento do fluxo sanguíneo cutâneo, estimulando a celularidade e melhoria da fisiologia local. O CO2 auxilia na nutrição do couro cabeludo estimulando o folículo piloso, o resultado é o crescimento de um fio mais firme e grosso. RESUMO DE ALOPECIA – MÉTODO DE APLICAÇÃO Continuo. Velocidade 80 a 100 ml CO2/min. São necessárias no mínimo dez sessões, sendo realizado duas vezes por semana e manutenção de três em três meses duas sessões. Tratamento capilar com a técnica do descolamento compartimental O crescimento do cabelo equivale a 1 cm por mês, sendo sua vida média de 2 a 7 anos. Só poderemos tratar clinicamente os graus 1, 2 e 3 de Hamilton (e suas variantes) e a escala de Savin de 1 a 2. Quando se trata de alopecia, acreditamos que ao incentivar com substâncias antirradicais livres o crescimento celular e a nutrição do bulbo capilar, consegue-se www.inaesp.com.br 38 melhorar a qualidade e o crescimento do pelo. A hipercapenia resultante da administração do gás promove a vasodilatação e o consequente aumento do fluxo sanguíneo cutâneo, estimulando a celularidade e melhoria da fisiologia local. O CO2 auxilia na nutrição do couro cabeludo estimulando o folículo piloso, o resultado é o crescimento de um fio mais firme e grosso. A nossa proposta é proteger e nutrir o bulbo, melhorar o leito vascular para fortalecer as células germinativas e ter uma fase anágena ativa e constante e uma fase telogena equilibrada e sequencial. No couro cabeludo nos favorecemos dessa técnica para realizar um descolamento da região capilar. O descolamento se faz em nível de gálea, realizando uma galeotomia como a realizada cirurgicamente. Em todas as áreas de tratamento com técnica profunda a quantidade de gás depende da área a tratar e do objetivo de tratamento. A aplicação do gás carbônico deve ser realizado nos dois planos: Plano superficial: aplicação superficial do gás somente entrando a lança do bisel, desde a região posterior até anterior. Esse plano é realizado a cada uma aplicação por semana utilizando fluxo 80 a 100 ml/min. É indicado o paciente fazer uso residencial de xampu à base de PCA-Cu, PCA-Zn e tônico com fatores de crescimento e silício como a fórmula abaixo: www.inaesp.com.br 39 Loção para interrupção da queda capilar e estímulo de novos folículos com Fatores de Crescimento e Peptídeos Copper Peptídeo . . . . . . . . . . . ...... . . . 1,5% F.C. Vascular (VEGF). . . . . . ...... . . . . . . 1,5% F.C. Fibroblástico Ácido (aFGF) . . . . . . 1,5% Follicusan . . . . . . . . . . ………. . . . . . . . . 5,0% F.C. fibrolástico Ácido…………………..1,5% Loção Capilar Álcool Free* qsp. . . . . . . 100% No couro cabeludo limpo, aplicar algumas gotas, massageando até completa absorção. Xampu para usar durante o tratamento COOPER PEPTIDEO 1% PCA ZN 1% ALGISIUM C 5% SHAMPOO BASE pH NEUTRO QSP 100ML Microvasos Os chamados microvasos são um incômodo que notamos aparecer mais precocemente nas novas gerações. Pessoas cada vez mais jovens têm apresentado essas dilatações vasculares da pele, que representam uma dificuldade de retorno do sangue ao coração. Microvarizes, ou telangiectasias, são varizes intradérmicas, superficiais e, por esse motivo, adquirem uma coloração mais avermelhada ou arroxeada. Podem ter várias causas, como a diminuição da velocidade de circulação sanguínea, dificuldade de fechamento correto das pequenas válvulas venosas e gestação, entre outras. Em um estudo recente acredita-se que no Brasil há mais de 20 milhões de pessoas com esse problema. Dentre essas pessoas as mulheres são mais atingidas www.inaesp.com.br 40 que os homens. Isso ocorre devido à progesterona que é um hormônio feminino que colabora com a dilatação da veia. Outros fatores hormonais, como a gestação, menstruação e menopausa parecem ter relação com a maior facilidade de dilatação das veias. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Vascular, alguns pesquisadores relataram que as terapias de reposição hormonal e anticoncepcionais aumentam o risco de varizes. Normalmente esses problemas aparecem por volta dos 30 anos de idade. As artérias levam o sangue do coração para as extremidades, e as veias têm a função de levar o sangue de volta ao coração, impulsionado, principalmente pela bomba muscular das panturrilhas. Dentro das veias existem pequenas válvulas que impedem o retorno venoso para as extremidades. Quando as válvulas não se fecham adequadamente, acontece esse retorno, que se denomina refluxo.Quando acontece o refluxo, aumenta a quantidade de sangue dentro das veias, o que faz com que elas se dilatem. A melhor forma de combatê-las é a prevenção, como evitar a permanência de pé sem mover-se por um longo tempo, manter as pernas mais elevadas e pouco dobradas, praticar exercícios regulares e, em casos selecionados, usar meia elástica. A distensão tecidual produzida pelo gás, logo após a infusão, exerce forte pressão contra a parede externa da vênula, promovendo seu colapso; conforme a pressão do gás vai diminuindo, o fluxo sanguíneo é aumentado. Resumindo, a resposta em microvasos se desenvolve em duas etapas: a primeira de oclusão do vaso e a segunda sua dilatação, com o aumento do fluxo sanguíneo em seu interior. RESUMO DE MICROVASOS – MÉTODO DE APLICAÇÃO Continuo. Velocidade 80 a 150 ml CO2/min. São necessárias no mínimo dez sessões, sendo realizado uma vez por semana. www.inaesp.com.br 41 Cicatrizes e feridas abertas No ramo da cirurgia plástica, a carboxiterapia tem sido empregada para correção de irregularidades pós-lipoaspiração, ou mesmo, no pré-operatório para melhorar a vascularização de retalhos cirúrgicos. Em um estudo realizado por Brandi, foi verificada uma melhora estatisticamente significativa no que diz respeito à elasticidade da pele e às irregularidades cutâneas pós-lipoaspiração. Com isso, podemos esperar efeitos positivos da terapia com CO2 sobre a adiposidade localizada e a elasticidade cutânea da pele em pacientes que realizaram lipoaspiração. A cicatriz caracteriza-se por uma lesão na camada dérmica. Após uma incisão da pele, dá-se início ao processo de reparo, o que se faz a custa da proliferação do tecido conjuntivo. O descolamento da pele provocado pelo gás leva à perda da integridade tecidual e à exposição do colágeno, com consequente ativação do processo de cicatrização. A Carboxiterapia também pode ser indicada para o tratamento de cicatrizes aderentes após o transcurso do processo cicatricial. Isso se justifica pela ação mecânica do gás ao promover um “descolamento” das estruturas aderidas durante o processo de reparo tecidual, proporcionando efeitos benéficos à aderência cicatricial. Durante um período de quatro anos, Dr. Wollina tratou de 86 pacientes com feridas crônicas (úlcera venosa crônica, úlceras neuropáticas, escaras, úlceras reumáticas) com aplicação transdérmica de CO2. Os achados apontam para uma mudança positiva na microcirculação e subsequente melhoria no tecido de granulação (quer cicatrização completa ou significativa diminuição da inflamação, dor e odor). Modo de aplicação: Feridas abertas: Cinco sessões em 24 horas e após isso a cada 72 até fechar a ferida. Introduzir a agulha na borda da ferida voltada para o centro da lesão, aplicar forma puncturação 1 mlCO2/kg peso ponderal do paciente em velocidade de 60 a 80 mlCO2/min. www.inaesp.com.br 42 Fibroses de pós-lipoaspiração a agulha deve ser introduzida completamente. Serão 5 sessões realizadas a cada 24 horas com volume de 1,5ml CO2/kg do peso ponderal, por punturação e velocidade alta de 150ml/min. Cicatrizes, trabalhar igual a estrias, com fluxo contínuo de 80 a 100ml/min. Aderência cicatricial trabalhar contínuo fluxo de 80 a 100ml/min e aplicar em leque. O CO2, ao ser injetado na pele, estimula um processo de oxigenação tecidual imediata e tardia, com formação de novos vasos sanguíneos e linfáticos. Por isso é amplamente utilizado no tratamento de doenças vasculares, úlceras venosas e diabéticas, auxiliando na cicatrização de feridas. Apresenta ótimos resultados no tratamento das teleangiectasias, pois age na recuperação do endotélio. O tecido cicatrizado formado possui as mesmas características da pele normal, auxiliando na recuperação de cicatrizes pós-cirúrgicas, sequelas de queimaduras, cortes e cicatrizes inestéticas. Tabela de dicas Distúrbio Jejum Ingestão Adiposidade localizada 1 hora antes e 1 hora após aplicação 1,5 litros de água por dia e chá para desintoxicação Estrias Não Uma porção pequena de proteína antes da aplicação FEG 1 hora antes e 1 hora após aplicação 1,5 litros de água por dia e chá para desintoxicação Facial e flacidez tissular Não Uma porção pequena de proteína antes da aplicação www.inaesp.com.br 43 HLC – HIDROLIPOCLASIA NÃO ASPIRATÍVA Introdução e Histórico A hidrolipoclasia ultrassônica (HLC) é uma técnica que foi introduzida pelo médico italiano Maurizio Ceccarelli em 1990. É utilizada no tratamento da gordura localizada e hoje também na celulite, de pequenas áreas do corpo, que consiste na aplicação de uma solução hipotônica (soro fisiológico 0,9%) diretamente no tecido adiposo, seguido de ultrassom ou ultracavitação, acarretando no rompimento das membranas celulares nas células gordurosas, promovendo a eliminação do tecido gorduroso através do sistema linfático e metabolismo. Esta técnica vem sendo utilizada com sucesso em todo o mundo e em um estudo recente publicado no Brasil pela revista da sociedade brasileira de medicina estética, os autores concluíram que a HLC tanto isolada como associada ao uso de lipolíticos foram eficazes tanto em produzir lipólise como na redução da massa gordurosa. A vantagem desta técnica é que sendo pouco invasiva não tem muitos efeitos colaterais, podendo ser realizada uma vez por semana, em um total de 10 a 20 sessões por área a ser tratada. Algumas noções básicas do que é ultrassom e suas aplicações em estética são necessárias para o entendimento deste método. Além disso, as associações trabalhadas junto à técnica de HLC promovem um aumento significativo no sucesso do tratamento. A Hidrolipoclasia tem como principal objetivo eliminar gordura localizada e celulite, em geral de regiões como abdômen, coxas, glúteos, quadril, flancos e interno de coxa. É um procedimento diferente dos métodos convencionais cirúrgicos, pois é minimamente invasivo, seguro, com pós-procedimento tranquilo e sem afastamento da rotina e também de custo baixo. www.inaesp.com.br 44 Lipólise e Lipogênese O tecido adiposo é um tipo especial de tecido conjuntivo, cujas células adiposas tem capacidade de armazenar energia na forma de triglicerídeos. As células hepáticas e o músculo esquelético também acumulam energia, mas sob a forma de glicogênio. A lipólise pode ser considerada como uma “quebra de gordura”. Este processo ocorre quando há necessidade de suprimento energético, os lipídeos de reserva são recrutados e mobilizados para os tecidos na forma de ácidos graxos livres que são liberados pela célula adiposa, ou seja, os lipídeos estocados são mobilizados e transferidos para os tecidos na forma de ácidos graxos livres, que são liberados pelos adipócitos. Por sua insolubilidade em água os ácidos graxos livres se liga a molécula albumina do plasma sanguíneo para serem transportados. O glicerol mistura-se novamente ao plasma para ser metabolizado no fígado. Os ácidos graxos são catabolizados pelas células hepáticas, musculares e adiposas para a produção de ATP (energia). www.inaesp.com.br 45 A lipogênese é o processo contrário, pode ser considerada como um “armazenamento de gordura”. Este processo ocorre quando há excesso de ácidos graxos no sangue (proveniente da ingesta de carboidratos) que será removido e armazenado dentro das células adiposas (adipócitos). Os triacilgliceróis (ou triglicerídeos) dos adipócitos são sintetizados, em parte, de ácidos graxos livres que chegam através da corrente sanguínea até os adipócitos e que provem dos alimentos ingeridos na dieta ou da produção de ácidos graxos pelo fígado. Os ácidos graxos são utilizados como fonte energética por quase todas as células do corpo sendo exceção às células neurais do cérebro. Já o glicerol é oxidado por apenas alguns tecidosentão a maior parte é levada ao fígado onde é metabolizada, transformada em energia ou para formar novos triglicerídeos. Os triglicerídeos ingeridos na dieta são absorvidas nas células da mucosa intestinal em partículas de lipoproteínas denominadas quilomícrons (formados por triglicerídeos, fosfolipídeos, colesterol e proteínas), que são proteínas cuja função é o transporte de lipídeos alimentares aos tecidos adiposos. Os quilomícrons passam para o sistema linfático pelos capilares linfáticos e depois para o sistema sanguíneo que os distribui para o corpo. Nos capilares sanguíneos dos adipócitos, os quilomícrons sofrem a ação da enzima lipase proteica cuja ação causa a hidrólise dos quilomícrons e das lipoproteínas (VLDL), ocorrendo liberação dos triglicerídeos na forma de ácidos graxos e glicerol. Os ácidos graxos e glicerol são incorporados aos adipócitos onde se recombinam formando novamente os triglicerídeos sendo então armazenados. Produtos Injetáveis Utilizados A solução usualmente utilizada é a salina hipotônica (cloreto de sódio) 0,9% (soro fisiológico estéril). www.inaesp.com.br 46 Já se encontram disponíveis no mercado produtos injetáveis que incluem ativos lipolíticos e/ou vasoativos, porém deve-se considerar: - Maior risco para o paciente: alergias a componentes - Estudos concluíram que adicionar ativos não teve mudança significativa comparada somente ao soro fisiológico (36% menos gordura com aplicações somente com soro fisiológico e 31,25% menos gordura com aplicações com adição de ativos). Estudos de produtos com ativos comparados ao soro fisiológico também identificaram dados importantes: Mesclas não hipotônicas, devido níveis superiores de sódio, devido principalmente aos conservantes dos ativos. Os laboratórios que comercializam geralmente não mencionam a carga eletrolítica dos excipientes, fator este que promove a alteração de hipotonia da mescla. Métodos de Aplicação e Biossegurança Solução Injetável 1. Deve-se demarcar a área a ser tratada e também a distância entre os pontos de aplicação: 2cm a 5 cm (dependendo da quantidade injetada por ponto). www.inaesp.com.br 47 2. Deve-se observar também no local da aplicação a simetria, para que se alcance harmonia no resultado. Realizar registro fotográfico. 3. É importante que não seja realizado aplicação nos mesmos pontos, para que não haja formação de pequenos nódulos na região ou sensibilize-a. 4. Aplicação do soro fisiológico realizada com seringa num ângulo de 90 graus em relação a pele. É colocada toda a agulha. 5. Lavar bem as mãos, fazendo assepsia com álcool a 70% ou sabonete anti- séptico e calçar as luvas de procedimento; 6. Utilizar solução de soro fisiológico 0,9% estéril em flaconetes de 5mL ou 10mL: rompa o flaconete; utilizar agulha 0,70X30mm (22G1¼) ou 1,20X40mm (18G1¼) para aspirar; trocar agulha, colocando agulha de aplicação 0,55X20mm (24G¾) ou 0,45X13mm (26G½). 7. Com os dedos indicador e médio da mão dominante, segurar o corpo da seringa e colocar o dedo polegar sobre o êmbolo; 8. Com a mão dominante, proceder à antissepsia do local. Depois, manter a gaze entre o dedo mínimo e anular da mesma mão; 9. Ainda com a mão dominante, esticar a pele segurando firmemente o músculo; 10. Introduzir rapidamente a agulha com o bisel (ponta) voltado para o lado, no sentido das fibras musculares; www.inaesp.com.br 48 11. Com a mão dominante, puxar o êmbolo, aspirando, para verificar se não lesionou um vaso; 12. Empurrar o êmbolo vagarosamente; 13. Terminada a aplicação, retirar rapidamente a agulha e fazer uma ligeira pressão com a gaze; 14. Providenciar a limpeza e o descarte do material em local apropriado (lixo descartável), onde haja recolhimento de lixo hospitalar; Quantidades Aplicadas As quantidades injetadas por ponto de aplicação é de 1ml por ponto. São poucos estudos de casos relatados, porém dentre os publicados na América Latina, encontramos comparativos bem interessantes, embassados em métodos do Dr. Cecarelli e outros médicos, onde foi concluído que inoculações de pequenas quantidades foram até mais eficazes e também com menor número de complicações pós procedimentos. Método de Aplicação do Ultrassom 1. Na região já demarcada e, depois de realizada as aplicações de solução injetável, deve-se preparar a paciente para realização de ultrassom. 2. O ultrassom utilizado pode ser desde o mais simples até modelos de equipamentos que, inclusive, já disponibilizam a plataforma de hidrolipoclasia em sua programação. 3. Aplicar o gel condutor na região que recebeu as aplicações de solução injetável, com movimentos leves e devagar. 4. Preparar o equipamento e programá-lo: Para ultrassom de 3MHZ, programar no modo contínuo a 3Mhz. Para heccus, manthus, vibria, colocar na programação Hidrolipoclasia. www.inaesp.com.br 49 5. Divida a região em quadrantes e coloque uma camada generosa de gel condutor na área a ser tratada, pois este gel que vai proteger a pele da paciente do calor emitido pelo equipamento; 6. Para a aplicação de ultrassom, o acoplamento correto entre o transdutor ultrassônico e o paciente é extremamente importante para um bom desempenho da técnica, por isso usa-se gel para evitar bolhas de ar que podem se formar entre o transdutor e o paciente, o que diminui a eficácia do ultrassom, por que o ar não é um bom condutor do som; 7. Na aplicação o transdutor deve ser usado em movimentos circulares contínuos por um tempo de 5 a 10 minutos por quadrante, sendo o tempo máximo de aplicação de 20 minutos; 8. Finalizado a aplicação, limpe a pele da paciente com auxílio de folhas de papel descartável ou lenço umedecido. Mecanismos de Ação O termo hidrolipoclasia divide-se em: hydro (do grego: uopo), ou seja, água, lipo (do grego: λíttoς) significa gordura ou lipídeo e clasia, um sufixo usado na terminologia médica significa quebra. A técnica de HLC consiste em aplicar uma solução hipotônica (conforme método de aplicação) diretamente no tecido adiposo e depois se passa sob o local ultrassom de 3 MHz ou cavitacional, fazendo com que o adipócito já tumefeito fique mais susceptível a ação das ondas ultrassônicas e rompa a membrana celular, liberando as gorduras do seu interior. Estas serão eliminadas do corpo via linfática. A solução pode ser injetada ponto a ponto na área a ser tratada com distância entre eles de 4 a 6 cm. Quando é passado o ultrassom na região, o mesmo vai fazer com que o adipócito já tumefeito, fique mais susceptível a ação das ondas ultrassônicas, gerando micro bolhas no tecido adiposo, tornando instáveis e assim destruindo as micro cavidades godurosas. www.inaesp.com.br 50 Mecanismos do Ultrassom Todo movimento provoca um som e vice versa, porém nem todos os sons são audíveis, é o caso do ultrassom que está além do limite audível pelo homem encontrando-se acima de 18.000 Hz. O equipamento de ultrassom (US) é um gerador de corrente elétrica de alta frequência, conectado a uma cerâmica elétrica sintética que se deforma na presença de um campo elétrico. O ultrassom é uma onda mecânica longitudinal transmitida pelas vibrações das moléculas do meio pelo qual a onda está se propagando. A energia ultrassônica aplicada a um fluido gera "micro bolhas" de gás ou vapor. As bolhas no tecido adiposo ou no líquido são instáveis, e em grande quantidade vão aumentando e "explodem", destruindo as micro cavidades gordurosas. A frequência do ultrassom determina a profundidade que o feixe pode atingir, ou seja, quanto menor ela for maior será a sua penetração nos tecidos, em estética usamos freqüência de 0,5 a 5 MHz. A possibilidade de usar várias frequências é importante, na medida em que podemos tratar tecidos mais superficiais com frequências maiores e mais profundos
Compartilhar