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www.inaesp.com.br 1 Bioestimuladores, Sculptra e Skinbooster www.inaesp.com.br 2 SUMÁRIO BIOESTIMULADORES ........................................................................................... 3 SCULPTRA ........................................................................................................... 11 SKINBOOSTER .................................................................................................... 18 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 34 www.inaesp.com.br 3 BIOESTIMULADORES Os bioestimuladores ganharam popularidade no mercado dermatológico, tendo como principal objetivo melhorar o aspecto cutâneo, agindo de forma ativa nas camadas mais profundas da pele, além de também devolver o volume facial perdido, através do estímulo a formação de novo colágeno dérmico. Os bioestimuladores são classificados quanto à durabilidade e a absorção. Existe os biodegradáveis, que tem sua absorção através de mecanismos fagocitários, existe os semipermanentes, que possuem duração entre 18 meses e 5 anos. Dentro dessa categoria estão o ácido Poli-L-láctico (PLLA), hidroxiapatita de cálcio (CaHA), e a policaprolactona (PCL) e também existe o bioestimulador classificado como não biodegradável, que não é fagocitado e permanece indefinidamente no organismo. Nessa categoria está o polimetilmetacrilato (PMMA). ÁCIDO – POLI – L- LÁCTICO O PLLA (Sculptra® ou New-Fill®) é um polímero biocompatível injetável, totalmente sintético composto por microparticulas biodegradáveis e reabsorvíveis, que estimula a neogênese do colágeno. COLÁGENO ELASTINA ÁCIDO HIALURÔNICO O ácido-poli-l-láctico é um polímero sintético produzido a partir da fermentação do açúcar proveniente do milho. É composto por micropartículas de PLLA, que medem entre 40-63 μm de diâmetro. O ingrediente ativo do produto; carboximetilcelulose de sódio, age como um emulsificante para melhorar a reidratação e o manitol não pirogênico, ajuda na liofilização das partículas. O mecanismo de ação do ácido poli-l-láctico para estimular a neocolagênese começa com uma resposta inflamatória localizada. Uma vez injetado, as partículas de PLLA através dessa inflamação atraem os macrófagos, linfócitos e fibroblastos. Uma cápsula é formada em torno de cada microesfera à medida que o PLLA é metabolizado, resultando no aumento da deposição das fibras de colágeno pelos www.inaesp.com.br 4 fibroblastos, tendo como resultado final um aumento subsequente da espessura dérmica. Após a aplicação, mudanças são visualizadas, correspondentes ao volume do diluente, no entanto, as mudanças desaparecerão em 2-3 dias, até absorção completa do diluente. Isto acontece porque o PLLA não é um preenchedor, e sim um estimulador de colágeno do próprio hospedeiro. As principais características do PLLA são: ✓ ele é imunologicamente inerte e biocompatível; ✓ é classificado como um preenchedor semipermanente; seus resultados duram aproximadamente 24 meses; ✓ é um produto de degradação por hidrólise não enzimática, onde os polímeros poliláticos - monômeros de ácido lático - dióxido de carbono (CO2) e água (H2O), são eliminado totalmente do corpo através da urina, fezes e sistema respiratório, é imunologicamente inerte e biocompatível pois possuímos esse produto naturalmente no nosso organismo. O PLLA é apresentado comercialmente como um pó liofilizado (sem partículas de água) em frasco estéril. O fabricante recomenda usar 5 mL de água destilada para cada frasco, e manter em repouso por pelo menos 2 horas lá um estudo feito por Schierle e Casas (2011), e Rendon (2012), recomendam tempo de repouso e diluições maiores, para redução na nodularidade, injeção mais fácil, distribuição mais uniforme do produto e menor risco de obstrução da agulha. O plano de aplicação deve ser selecionado corretamente, para o sucesso do tratamento – supraperiosteal, subdérmico e subcutâneo. É aplicado no plano supraperiosteal em áreas com suporte ósseo, no subcutâneo onde não houver alicerce ósseo, e subdérmico em casos de frouxidão da pele. O resultado de um tratamento varia entre quatro e seis meses. Sendo assim, deve-se usar a regra de “tratar, esperar e avaliar”, devendo respeitar www.inaesp.com.br 5 intervalos de 4 a 6 semanas entre as sessões, para diminuir o risco de efeitos adversos. As principais indicações de uso do PLLA são: ✓ lipoatrofia facial associada ao Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV); ✓ harmonização orofacial; ✓ cicatrizes de acne; ✓ pacientes que precisam de uma bioestimulação tridimensional e que buscam resultados sutis, com aspecto natural. Algumas áreas da face não são indicadas para aplicação do PLLA: lábios, regiões perioral, periorbitária e frontal, pois são locais de grande mobilidade muscular, acarretando o acúmulo do produto. A aplicação do PLLA pode gerar hematomas, eritema, edema no local da injeção, nódulos e pápulas são mais frequentes, mas relativamente pequeno, estando relacionados a considerações técnicas, como acúmulo do material, devido reconstituição inadequada, técnica de injeção em um plano superficial, localização ou falta de cuidados pós- procedimento. Todo profissional que trabalha com PLLA deve lembrar sempre de não fazer associação com preenchedores permanentes pois a mesma é contraindicada devido grande risco de formação de granulomas. HIDROXIAPATITA DE CALCIO A hidroxiapatita de cálcio (CaHA) é um bioestimulador de colágeno injetável sintético, conhecido no Brasil pelos nomes comerciais (Radiesse®) e (Rennova® Diamond Lido) ambos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A composição da CaHA consiste em: 30% de microesferas sintéticas e uniformes de hidroxiapatita de cálcio, variando seu tamanho entre 25 e 45 μm de diâmetro, e 70% de um gel transportador aquoso, composto por carboximetilcelulose de sódio, água estéril e glicerina. Quando realizado o procedimento há uma correção imediata no local, onde o gel carreador começa a www.inaesp.com.br 6 ser dissipado de forma gradual cerca de 2 a 3 meses após a aplicação, deixando apenas as microesferas, as quais além de induzirem a uma resposta fibroblástica, estimulando a formação de novo colágeno, atuam como um arcabouço de sustentação para os novos tecidos formados. A Hidroxiapatita de Calcio é produzida naturalmente no corpo humano. Encontrada nos dentes e ossos, e por esse motivo é considerada um produto biocompatível, com alto grau de segurança, devido baixa resposta inflamatória. CaHA apresenta alta viscoelasticidade, o que significa que após a aplicação o material preenchedor permanecerá no local da injeção, sem que haja migração para outras áreas. É considerada um preenchedor semipermanente – com duração média de 12 a 18 meses, podendo ser observado até 24 meses. Além dessas características, é um produto biodegradável, sendo eliminado pelo organismo através da fagocitose por macrófagos, que decompõem as microesferas em íons de cálcio e fosfato, eliminando na urina. A hidroxiapatita de cálcio é comercializada pronta para uso, em seringas descartáveis de 0,8 mL e 1,5 mL, não necessitando de manuseio especial, sendo recomendado pelo fabricante a homogeneização do produto. Alguns fabricantes recomendam que no momento da homogeinização feito com seringa e torneirinha de três vias seja acrescentado lidocaína 2% sem vaso para tornar a aplicação mais agradável e solução fisiológica a 0,9% estérile injetável. Essa homogeneização é realizada com o auxílio de um conector Luer Lock, sendo recomendado no mínimo de 15 a 20 movimentos de mixagem. CaHA, deve ser injetada na derme média ou profunda, sendo assim injeções dérmicas www.inaesp.com.br 7 intradérmicas ou superficiais não são recomendadas, devido grande risco de causarem nódulos visíveis na derme superficial. Os resultados devem ser alcançados de forma gradual ao longo de várias sessões. As principais indicações de uso da hidroxiapatita de cálcio são: ✓ criar volumes e preencher locais que necessitam de reparo. ✓ Rugas e dobras nasolabiais, ✓ Lipoatrofia facial associada ao HIV; ✓ Correção de sulcos moderados a graves na área da face, área nasal, comissura labial, rugas peribucais, malar/ zigomático, contorno mandibular, região temporal, terço médio da face, prega mentoniana, mento e mãos. ✓ Cicatrizes de acne. As regiões de contraindicação são: glabela, área periorbicular e lábios. Por possuir uma tendência de mover-se facilmente em áreas de extrema mobilidade, é muito comum a formação de nódulos não inflamatórios na região do músculo orbicular da boca e músculos orbiculares dos olhos. CaHA não é indicada para combinações de tratamentos com preenchedores permanentes, como silicone e polimetilmetacrilato. Após a aplicação é possível o aparecimento de hematomas, edema, eritema e dor, os quais são resolvidos espontaneamente em 1 a 5 dias, estando relacionados à injeção. Formação de nódulos, granulomas, celulite e necrose foram relatados, e assim como em todos os preenchedores dérmicos, parte desses eventos adversos podem ser evitados com planejamento e técnica adequada. HIALURONATO DE SÓDIO O ácido hialurônico (AH) é um glicosaminoglicano de cadeia linear, hidrofílico, poliiônico de elevado peso molecular. É encontrado na matriz extracelular de diversos tecidos conjuntivos, incluindo a cartilagem articular e o liquido sinovial. Há, portanto, fragmentos de colágeno e proteoglicanos, além de leucotrienos e citocinas dispersos no fluido articular. Isso gera uma resposta inflamatória na membrana sinovial e no ligamento capsular, o que leva a uma limitação de movimento articular, podendo ou não ser seguida de dor. É o principal www.inaesp.com.br 8 glicosaminoglicano da MEC. Possui como funções principais manutenção da Hidratação cutânea (responsável pelo viço e o turgor da pele); O ácido hialurônico, assim como a síntese de colágeno e elastina, diminuiu progressivamente no decorrer da vida e isto é a causa de várias das manifestações clinicas do envelhecimento da pele. Há mais de uma década, utiliza-se um ácido hialuronico cross-lonkado (reticulado) para realização de preenchimentos e aumentos volumétricos faciais temporários. O efeito deste deve-se justamente ao poder higroscópio do AH; Desde 2008, com inicio na Europa, passou se a usar o ácido Hialurônico não reticulado intradérmico, não com a finalidade de preenchimento cutâneo, mas sim de reposição deste constituinte dérmico imprescindível. A aplicação do ácido hialurônico não reticulado para bioestimulo de colágeno pode gerar: ✓ reações inflamatórias, ✓ pequenos hematomas e/ou equimoses, ✓ abscessos nos sítios de aplicação, ✓ edema persistente e granulomas, que podem ser causados por alergia ao material ou por resposta imunológica aos componentes proteicos presentes nas preparações de ácido hialurônico, e podem ser tratados com injeção local de hialuronidase. SILICIO ORGÂNICO Entende-se que o silício é o oligoelemento responsável por regularizar o metabolismo celular e está presente no colágeno, que juntamente com a elastina e as glicoproteínas são responsáveis pela sustentação da derme. Com o passar dos anos, o silício deixa de ser sintetizado pelo organismo, o que resulta na necessidade de reposição pelas áreas farmacêutica e cosmética. O oligoelemento silício é capaz de regenerar os tecidos, recobrando seu tônus e sua elasticidade, pois possui o elemento catalisador necessário para relançar o fibroblasto. Também é capaz de estimular e acelerar a síntese de colágeno e elastina. www.inaesp.com.br 9 Associações de ácido hialurônico não reticulado com Silício orgânico são muito utilizadas para bioestímulo. MATERIAIS UTILUZADOS Para trabalhar com bioestimuladores além dos descartáveis e da clorexidine para antissepsia precisamos ter: ✓ Seringa de 1 e 3 ml ✓ Lidocaína 2% sem vaso. ✓ Soro fisiológico 0,9% ✓ Agulha 22 G para pertuito ✓ Agulha 30G para aplicar lidocaína. ✓ Cãnula 22 -25 G ✓ Torneira de 3 vias para homogeneizar. TECNICA DE APLICAÇÃO Para aplicação do PLLA e da hidroxiapatita de cálcio utilizamos a Técnica de Leque com cânula e para associação do Ácido hialurônico com o silício utilizamos a técnica de pápulas superficiais. REFERENCIAS BOGART, Bruce I, ORT, Victória H. Anatomia e Embriologia. Rio de Janeiro, Elsevier, 2008. HANSEN, John T. Netter Anatomia Para Colorir. Rio de Janeiro, Elsevier, 2010. HARRIS, Maria I. DE C. Pele do nascimento a maturidade. São Paulo: Senac, 2016. Miranda LHS. Ácido poli-L-lático e hidroxiapatita de cálcio: melhores indicações. In: Lyon S, Silva RC. Dermatologia estética: medicina e cirurgia estética. Rio de Janeiro: MedBook; 2015. p. 267-80. www.inaesp.com.br 10 Monteiro EO, Parada MOB. Preenchimentos faciais – parte um. Rev Bras Med. 2010 jul;67(Suppl 4):6-4. Sharabi SE, Hatef DA, Koshy JC. Mechanotransduction: the missing link in the facial aging puzzle? Aesth Plast Surg. 2010;34(5):603-11. doi: 10.1007/s00266- 010-9519-5 www.inaesp.com.br 11 SCULPTRA Introdução O envelhecimento cutâneo é um processo contínuo que afeta a função da pele e aparência. Neste processo, ocorre a modificação do material genético e a proliferação celular diminui, resultando em perda da elasticidade, diminuição do metabolismo e da replicação dos tecidos. Uma das principais razões apontadas pelos pesquisadores como, responsável pelo processo de envelhecimento é o desequilíbrio do mecanismo de defesa antioxidante do organismo humano. O processo de envelhecimento cutâneo compreende a uma série de modificações que atuam em conjunto, resultando em várias alterações na arquitetura facial diminuindo progressivamente a capacidade de homeostase do organismo, resultantes de fatores intrínsecos e extrínsecos. O envelhecimento intrínseco pode também ser chamado de verdadeiro ou cronológico, sendo aquele já esperado e inevitável. As alterações desse envelhecimento estão diretamente ligadas ao tempo de vida do ser humano. Ocorre por fatores genéticos e mudanças hormonais (menopausa), gerando atrofia da pele, ressecamento, flacidez, alterações vasculares, rugas e diminuição da espessura da pele. Já o extrínseco pode ser denominado também de fotoenvelhecimento, no qual as alterações surgem em longo prazo e se sobrepõe ao envelhecimento intrínseco. Esse processo ocorre tanto em decorrência à exposição solar e a ação dos raios ultravioleta, quanto por hábitos alimentares e vícios (fumo, álcool e/ou drogas ilícitas). O processo de fotoenvelhecimento é decorrência da radiação UV, a qual propicia a formação de radicais livres no organismo, causando um estresse oxidativo, alterando o metabolismo, que por consequência favorece a degradação das fibras de colágeno e elastina, gerando um envelhecimento precoce, aumentando também as chances de lesões malignas ou não. O envelhecimento não pode ser avaliado por rugas exclusivamente, porém, estas, com certeza demonstram o início do processo.Além deste fator podemos observar também a perda do viço e alteração da tonalidade da pele, diminuição www.inaesp.com.br 12 da elasticidade devido à redução do número de fibras elásticas e de outros componentes do tecido conjuntivo. Esteticamente, o processo de envelhecimento cutâneo é bastante significativo. As agressões externas danificam o manto hidrolipídico e o fator natural de hidratação da pele, deixando por consequência a pele desprotegida, acelerando o processo de envelhecimento, causando perda e reposicionamento da gordura facial, gerando o aparecimento de rugas. Podemos observar também algumas outras alterações morfológicas no processo de senescência: − Diminuição da substância fundamental (proteínas); − Engrossamento das fibras colágenas e uma alteração nas fibras elásticas; − Atrofia do tecido adiposo cutâneo; − Atrofia muscular; − Diminuição das glândulas sebáceas em número e função; − Camada córnea fica mais permeável; − Atrofia dos melanócitos; - Perda óssea. O rejuvenescimento facial mudou do simples apagamento de rugas e estiramento cirúrgico para um enfoque em que se faz o relaxamento muscular e volumização com restauração do contorno facial. www.inaesp.com.br 13 O que são bioestimuladores Bioestimuladores são substâncias que são capazes de aumentar a produção do colágeno natural, melhorando assim a aparência e textura da pele da face e corpo. O colágeno é uma proteína que torna a pele mais firma e aumenta a sua elasticidade; a medida que envelhecemos, a produção de colágeno diminui e isso acaba culminando no aparecimento de rugas e flacidez. Os bioestimuladores podem ser utilizados na face e corpo, em diversas regiões como pescoço, colo, abdômen, coxas, braços, glúteos e também no tratamento das celulites. www.inaesp.com.br 14 Os bioestimuladores são indicados para pessoas com pele fina e frágil, para pessoas com o rosto com aspecto encovado e emagrecido (como pessoas que malham bastante, devido a dietas ou pacientes pós bariátricos), pacientes que querem melhorar a flacidez corporal ou celulite (FEG). Os bioestimuladores tornam a pele mais espessa e firme, produzindo resultados naturais. Seus efeitos podem ser observados até 2 anos depois da última aplicação. É importante que o paciente receba massagens vigorosas após a aplicação, e o produto sempre deixara um inchaço nas áreas aplicadas, que irá progredir e dará espaço a produção de fibras de colágeno e elastina, restabelecendo os volumes iniciais. Ácido Poli-L-Lático (Sculptra®) O ácido poli-l-lático, conhecido comercialmente como Sculptra® é um preenchimento que provoca reações nos fibroblastos da pele que iniciam um processo de formação de colágeno, ocorrendo reconstrução de substância fundamental da derme. O ácido poli-l-láctico, a forma cristalina do ácido poliláctico, é um polímero sintético injetável da família dos alfa-hidroxiácidos, de natureza anfifílica, biocompatível e biodegradável; o polímero é utilizado há muitos anos em fios de sutura absorvíveis e em nanopartículas para controle de liberação de fármacos. Seus efeitos clínicos se devem ao estímulo de uma respostainflamatória controlada desejada, que leva à lenta degradação do material e culmina com a deposição de colágeno no tecido.Uma vez injetado na pele, ocorre resposta inflamatória local subclínica, com recrutamento de monócitos, macrófagos e fibroblastos. Uma cápsula é formada em torno de cada microesfera individualmente. À medida que o ácido poli-l-láctico é metabolizado, permanece a deposição aumentada de colágeno produzida pelo fibroblasto, com consequente aumento da espessura dérmica. www.inaesp.com.br 15 A degradação lenta do produto em glicose e CO2 permite planejar melhor o tratamento. Os efeitos estéticos perduram por 18 a 24 meses. O ácido poli-l- láctico é degradado por hidrólise, seguida pelo processo de oxidação do ácido láctico, que por sua vez é convertido em ácido pirúvico. Na presença da acetil- coenzima A, ocorre liberação de CO2 e, consequentemente, decomposição em citrato, que é incorporado ao ciclo de Krebs e resulta na formação de CO2 e água, podendo sua eliminação ser feita através da urina, fezes e respiração. Nenhuma quantidade significativa de resíduos da degradação é encontrada em órgãos vitais, e o produto é completamente eliminado em cerca de 18 meses. O produto é indicado para: - Flacidez facial; - Flacidez corporal de regiões como: braços, glúteos, coxas, axilas, flacidez de mãos, flacidez abdominal (após perda grande de peso e gravidez); - Flacidez de pescoço e colo; - Tratamento de sulcos nasogenianos e labiomentual (bigode chinês e marionete); - Tratamento de celulite (FEG); - Perda notável de gordura subcutânea do rosto (emagrecimento facial) e da região temporal, devido a dietas, acidente ou doenças crônicas (inclusive HIV). O produto é um pó liofilizado branco e deve ser reconstituído 2 horas a 72 horas da utilização, utilizando água para injetáveis estéril. As aplicações podem ser realizadas em leque ou pontuais, devem ser sempre aplicados em derme profunda. Não é recomendado realizar super correções pois o produto irá expandir em até 14 dias, caso seja necessário retoque, deve ser feito de 3 a 5 semanas após a aplicação inicial. www.inaesp.com.br 16 Os efeitos imediatos as aplicações incluem dor no local, inchaço, eritema e possíveis hematomas. É recomendado realizar massagens leves por 5 dias (3 a 5 vezes por dia) na região aplicada para evitar formação de nódulos palpáveis. As contraindicações são: - Gravidez ou amamentado; - Pacientes portadores de artrite reumatóide e suas variantes; - Lupus Eritematoso Sistêmico; - Esclerodermia; - Dermatomiosite / Polimiosite; - Síndrome de Sjogren; - Infecção na região a ser tratada; - Distúrbios de coagulação sanguínea; - Uso habitual de tratamentos que contenham anticoagulantes; - Uso habitual de AAS, aspirina, ibuprofeno, ginkgobiloba durantes os últimos 7 dias. Os principais efeitos adversos após a aplicação: - Pápulas, nódulos e granulomas; - Infecções; - Fenômenos vasculares. www.inaesp.com.br 17 REFERÊNCIAS AZULAY, D. R.; AZULAY, R. D. Dermatologia. 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. BADIN, AZD. Cirurgia da face e procedimentos ancilares. In: Cirurgia plástica. São Paulo: Atheneu; 2005. FONSECA, A.; SOUZA, M. E. Dermatologia clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1984. KUSZTRA, E.J.; Rejuvenescimento Facial Não Cirúrgico Básico. Rio Grande do Sul: Graffoluz, 2017. MAIO, M. Tratado de medicina estética. v.1 e v.3, São Paulo: Roca, 2004. YAMAGUCHI, C. Procedimentos estéticos minimamente invasivos. ed. Santos, 2005. www.inaesp.com.br 18 SKINBOOSTER O processo de envelhecimento e atrofia da pele O envelhecimento cutâneo é um processo contínuo que afeta a função da pele e aparência. Neste processo, ocorre a modificação do material genético e a proliferação celular diminui, resultando em perda da elasticidade, diminuição do metabolismo e da replicação dos tecidos. Uma das principais razões apontadas pelos pesquisadores como, responsável pelo processo de envelhecimento é o desequilíbrio do mecanismo de defesa antioxidante do organismo humano. O processo de envelhecimento cutâneo compreende a uma série de modificações que atuam em conjunto, resultando em várias alterações na arquitetura facial diminuindo progressivamentea capacidade de homeostase do organismo, resultantes de fatores intrínsecos e extrínsecos. O envelhecimento intrínseco pode também ser chamado de verdadeiro ou cronológico, sendo aquele já esperado e inevitável. As alterações desse envelhecimento estão diretamente ligadas ao tempo de vida do ser humano. Ocorre por fatores genéticos e mudanças hormonais (menopausa), gerando atrofia da pele, ressecamento, flacidez, alterações vasculares, rugas e diminuição da espessura da pele. Já o extrínseco pode ser denominado também de fotoenvelhecimento, no qual as alterações surgem em longo prazo e se sobrepõe ao envelhecimento intrínseco. Esse processo ocorre tanto em decorrência à exposição solar e a ação dos raios ultravioleta, quanto por hábitos alimentares e vícios (fumo, álcool e/ou drogas ilícitas). O processo de fotoenvelhecimento é decorrência da radiação UV, a qual propicia a formação de radicais livres no organismo, causando um estresse oxidativo, alterando o metabolismo, que por consequência favorece a degradação das fibras de colágeno e elastina, gerando um envelhecimento precoce, aumentando também as chances de lesões malignas ou não. O envelhecimento não pode ser avaliado por rugas exclusivamente, porém, estas, com certeza demonstram o início do processo. Além deste fator podemos www.inaesp.com.br 19 observar também a perda do viço e alteração da tonalidade da pele, diminuição da elasticidade devido à redução do número de fibras elásticas e de outros componentes do tecido conjuntivo. Esteticamente, o processo de envelhecimento cutâneo é bastante significativo. As agressões externas danificam o manto hidrolipídico e o fator natural de hidratação da pele, deixando por consequência a pele desprotegida, acelerando o processo de envelhecimento, causando perda e reposicionamento da gordura facial, gerando o aparecimento de rugas. Podemos observar também algumas outras alterações morfológicas no processo de senescência: − Diminuição da substância fundamental (proteínas); − Engrossamento das fibras colágenas e uma alteração nas fibras elásticas; − Atrofia do tecido adiposo cutâneo; − Atrofia muscular; − Diminuição das glândulas sebáceas em número e função; − Camada córnea fica mais permeável; − Atrofia dos melanócitos. O rejuvenescimento facial mudou do simples apagamento de rugas e estiramento cirúrgico para um enfoque em que se faz o relaxamento muscular e volumização com restauração do contorno facial. www.inaesp.com.br 20 Radicais Livres No que diz respeito ao envelhecimento, o inimigo número um não é o tempo, mas, sim as ocupadíssimas e destruidoras moléculas chamadas radicais livres. A produção de radicais livres está vinculada à quebra da paridade da órbita externa das moléculas por agentes externos (poluição, raios ultravioletas, raios X, etc.), ou por reações internas do organismo. Na reparação desses danos causados pelos radicais livres o organismo providência neutralizações através de enzimas específicas. Chamamos de antioxidantes, existindo uma ampla categoria dos mesmos, que podem ser relacionados, como os polifenóis, vitamina C, E e A, selênio, cobre, zinco, coenzima Q10. Existindo muitos desses elementos na natureza, embora hoje a indústria farmacêutica já disponha de muitas substâncias e ativos utilizados como suplementos com o objetivo de prevenir o aparecimento de patologias. A formação dor radicais livres ocorre no interior de nossas células, através de reações bioquímicas do organismo (metabolismo), sendo estes, verdadeiros produtos de descarte. Os radicais livres são perigosos porque representam moléculas altamente instáveis (não estão equilibradas do ponto de www.inaesp.com.br 21 vista dos elétrons) e reativas em relação às moléculas normais. E na tentativa de manter sua estabilidade roubam o elétron de outras moléculas ou átomos, como gorduras, proteínas, DNA, causando muitos danos. Avaliação clínica do envelhecimento As rugas são os sinais mais evidentes do envelhecimento facial; são depressões dermo-epidérmicas, causadas principalmente pelo sol (fotoenvelhecimento), envelhecimento intrínseco e pela influência de fatores como: força gravitacional, movimentos musculares repetidos da mímica facial, desorganização de fibras colágenas e elásticas e pela perda progressiva de glicosaminoglicanos. O envelhecimento cutâneo começa a ser observado com a presença de rugas finas a partir dos 30 anos. Além do fator cronológico, as exposições prolongadas ao sol aceleram o processo de envelhecimento. As áreas mais expostas da pele aos raios ultravioletas, sem a utilização de fator de proteção, apresentam manchas de hiperpigmentação. Verificamos também a diferença na cor rosada e vigorosa da pele normal de encontro com a pele envelhecida, que é seca, escamosa, amarelada e apresenta rugas. Esses sinais são consequências do processo fisiológico de declínio das funções do tecido conjuntivo. Esse declínio faz com que as camadas de gordura sob a pele não consigam manter-se uniformes e a degeneração das fibras elásticas, aliada à menor velocidade de troca e oxigenação dos tecidos provoca a desidratação da pele resultando em rugas. 2 – Conceito e tipos de Skinbooster O termo booster significa intensificador ou impulsionador, o conceito do skinbooster foi desenvolvido com o objetivo de repor na pele o colágeno e o ácido hialurônico, além de outras substâncias e fibras responsáveis pela firmeza, tônus, elasticidade e hidratação da pele que diminuem com a idade, sendo que a perda www.inaesp.com.br 22 dessas substâncias é responsável pelo surgimento de rugas finas e pela perda do viço na pele. O skinbooster veio com uma proposta de atingir e repor em quantidades suficientes essas perdas nas camadas mais profundas na pele, já que os cremes e loções usados para este fim tem um limite de penetração inferior ao skinbooster, que é injetado na pele, promovendo uma hidratação de dentro para fora, graças a aplicação de ácido hialurônico presente na sua formulação. O skinbooster foi especialmente desenvolvido para a hidratação da pele e os diferentes tipos desse preenchedor de ácido hialurônico irão aumentar e repor o volume perdidos. Porém, é importante ressaltar que os skinboosters não aumentam o volume e nem preenchem sulcos, mas devolvem o brilho, a maciez e a hidratação da pele, além de suavizar linhas finas e de áreas especiais, como pescoço, pálpebras e dorso das mãos. As diferenças de tipos de skinbooster estão relacionados quanto a composição do produto. Tipos de Skinbooster Dentre os tipos de skinbooster, temos disponível no mercado produtos somente a base de ácido hialurônico, hialuronato de sódio ou conjugado a outros fatores. Ácido hialurônico é um polissacarídeo essencial que forma parte da matriz extracelular (MEC) e se encontra abundantemente no cordão umbilical, articulações e no humor vítreo dos olhos. É sintetizado predominantemente por células mesenquimais e é o único entre a família dos glicosaminoglicanos que não está unido covalentemente a proteínas. O ácido hialurônico nativo existe como um polímero de alto peso molecular e se une a proteoglicanos para proporcionar a integridade dos tecidos e forma uma matriz para a migração celular. O ácido hialurônico também é encontrado em áreas de inflamação, angiogênese e cicatrização em forma de polímeros de menor tamanho. Por isso é importante conhecer o tamanho do ácido hialurônico para interpretar sua funcionalidade. www.inaesp.com.br 23 - Hialuronato de sódio é um polissacarídeoou polímero estável que forma parte do grupo dos glicosaminoglicanos e se difere do ácido hialurônico a nível molecular, pois o hialuronato é unido a sal de sódio, podendo ser chamado de sal sódico de ácido hialurônico e no organismo são praticamente iguais. Uma das características e propriedades desta substância é que o corpo absorve normalmente duram entre 25 e 30 dias a partir do momento em que é administrada. A sua absorção seja qual for a via pela qual ele entrou acaba sendo assimilado sem efeitos colaterais . - NCTF é uma fórmula exclusiva de ácido hialurônico não reticulado mais 55 ativos nutritivos para a derme. O ácido hialurônico tem ação higroscópica por meio da fixação de uma grande quantidade de água através da criação de hidrogênio e ligações de água mais ação sobre a proliferação celular e angiogênese. O ácido hialurônico é um elemento indispensável para o equilíbrio viscoelástico da derme e epiderme. Além disso possui 13 vitaminas (vitamina A, B, C e E), 23 aminoácidos (ação sobre a síntese protéica pelos fibroblastos), 6 coenzimas (ação catalítica no organismo frente as reações metabólicas, reduzindo a energia necessária para as reações; estes ativadores bioquímicos aumentam a velocidade de construção dos tecidos), 5 ácidos nucléicos (permitem comandar e regular a síntese de proteínas), 6 minerais (ação de íons em centenas de reações enzimáticas que são essenciais para as funções celulares) e 2 agentes redutores (são substâncias que podem facilmente perder um ou mais elétrons, portanto interrompem as reações de oxidação de radicais livres da derme e células da epiderme. - MMI (MonometilTrissilanol) é um estimulador do tecido conjuntivo e modificador qualitativo e quantitativo da elastina. Tem ação inibitória sobre os ácidos graxos insaturados, sobre os peróxidos e sobre a destruição do colágeno e da elastina. Importante se atentar a pacientes alérgicos a salicilatos, pois é a principal contra-indicação. - Volite®: é um ácido hialurônico injetável produzido usando a exclusiva tecnologia Vycross™ e é um tratamento injetável projetado para melhorar a qualidade da pele por até 9 meses. Vycross™ é uma que tecnologia utiliza uma combinação inovadora de ácido hialurônico de baixo e alto peso molecular para melhorar a eficiência de ligação cruzada de cadeias de ácido hialurônico. www.inaesp.com.br 24 Composição e mecanismo de ação O ácido hialurônico é um glicosaminoglicano constituído por resíduos de ácido glucurônico e N-acetilglucosamina. Os glicosaminoglicanos são polissacarídeos complexos, moléculas muito ácidas, que possuem numerosas cargas negativas e atraem grandes quantidades de sódio e ao mesmo tempo de água; mediante este processo aumenta a turgência da matriz extracelular, ou seja, aumenta o volume da matriz extracelular. São os responsáveis pela capacidade de hidratação da derme e também da turgência e elasticidade da pele. O ácido hialurônico é diferente de outros polissacarídeos porque não tem forma definida, mas que formam malhas que são encarregadas de reter grande quantidade de água. Se extende aleatoriamente ocupando um volume muito grande devido à repulsão eletrostática de seus grupos carboxila, motivo pelo qual clinicamente cada pilar de ácido hialurônico favorece a nutrição dos limites da pele tratada. O ácido hialurônico tem uma rápida troca no tecido dos mamíferos cuja eliminação depende, em parte, do sistema linfático e de um receptor tipo scavenger (HARE) para sua degradação pelas células endoteliais. A nível celular há um equilíbrio entre a produção de ácido hialurônico por sintetasas específicas e sua destruição por hialuronidasas. A enzima hialuronidase é responsável por hidrolisar o ácido hialurônico, reduzindo assim a viscosidade da substância fundamental dos tecidos. O ácido hialurônico se utiliza em sua forma entrecruzada e está indicado para correção de linhas, rugas, sulcos, aumento de lábios, entre outros. Durante o período de tempo que permanece no organismo, ativa e nutre as fibras de colágeno, melhorando clinicamente a flacidez e o tônus da pele. Quando se utiliza o ácido hialurônico em sua forma linear, sua indicação específica é para revitalização cutânea, recuperando porcentagens altas de ácido hialurônico endógeno na derme envelhecida. Neste caso se aplica na derme superficial e média, mediante técnica de pápula. O processo de síntese de ácido hialurônico denominado NASHA (No Animal StabilizedHyaluronicAcid) consiste na estabilização da molécula de ácido hialurônico, que fica menos de 1% de diferença da molécula naturalmente www.inaesp.com.br 25 encontrada no corpo humano, aumentando sua biocompatibilidade e prolongando sua durabilidade. O maior diferencial do NASHA em relação aos produtos similares é que estes utilizam o ácido hialurônico reticulado, em que o grau de modificação varia de 18% a 25%. Quanto mais alto esse percentual, maior a probabilidade de reações adversas ao implante. NASHA elimina a possibilidade de transmissão de doenças autoimunes, o que não acontece com os ácidos hialurônicos de origem animal, e torna possível que o implante tenha efeito por mais tempo. Ao contrário do resto da gama de NASHA que tem diferentes tamanhos de partículas tendo de ser aplicado em planos anatômicos específicos para diferentes níveis de correção o Skinbooster é uma formulação sem partículas. Mecanismo de ação O ácido hialurônico injetado tem uma característica bioquímica fundamental: higroscopia. Ele “puxa” água do meio externo e hidrata intensamente a pele. A ponto de suavizar linhas de expressão de maneira acentuada. O skinbooster é um ácido hialurônico de tecnologia gel NASHA, aplicado na derme para rejuvenescer e melhorar a qualidade da pele como: hidratação, firmeza e estímulo de colágeno. O ácido hialurônico, componente natural e abundante de nossa pele, restaura e mantém o equilíbrio hídrico da pele, melhora a elasticidade e estrutura da pele envelhecida. Algumas marcas de skinboosters agem como um reservatório de hidratação intensa e duradoura, dentro da pele, deixando-a suave e macia, com brilho e turgor. Se a necessidade é suavizar as marcas de expressão, atenuar linhas e sulcos, suavizar rugas ou melhorar o contorno facial, pescoço, colo, lábios ou até dorso das mãos, o skinbooster pode ser a opção eficaz e em pouco tempo (1-2 meses) é perceptível evidente melhora e longa duração. www.inaesp.com.br 26 Melhora progressiva da pele após aplicação do skinbooster. Indicações O skinbooster é um produto estéril, de uso único, indicado para aplicação na derme superficial ou na junção dermo-epidérmica, a ser efetuada por profissional habilitado capacitado, com a finalidade de promover a hidratação da pele. O skinbooster se apresenta numa forma de gel injetável, indicado para promover reidratação do tecido cutâneo e a correção da elasticidade da pele, podendo ser aplicado no rosto, pescoço, colo e dorso das mãos. Também irá atuar na suavização de linhas de expressão que acusam o envelhecimento, dando um aspecto mais jovem através da aplicação na região desejada. Usado também para suavizar olheiras e amenizar as cicatrizes de acne. Vantagens • Benefício para pacientes que não querem ser tratados com implantes injetáveis permanentes; • Procedimento rápido, de não mais de 30 minutos, que dispensa internação; • Resultados perceptíveis imediatamente com injeção de pequenos volumes; • Não é necessário afastar-se das atividades habituais e pode ser realizado em qualquer época do ano. www.inaesp.com.br 27 Locais de Aplicação As áreas a seremtratadas são geralmente rosto, pescoço, colo e dorso das mãos. Os Skinboosters até podem suavizar os vincos e pequenas rugas, bem finas, principalmente ao redor dos lábios e ao redor dos olhos. Eles possuem partículas menores e menor concentração do que os preenchedores de ácido hialurônico usados para preenchimento de sulcos e terço médio da face. Pele antes do skinbooster Pele depois do skinbooster Métodos de aplicação O produto deve ser aplicado por profissional habilitado e capacitado. O volume de aplicação varia de acordo com o procedimento e o paciente. www.inaesp.com.br 28 O tratamento consiste em uma sequencia de aplicações na derme superficial ou na junção dermo-epidérmica. A quantidade de aplicações é definida de acordo com a área a ser tratada ou conforme critério do profissional. O produto deve ser aplicado na pele íntegra, isenta de inflamações e previamente desinfetada. Pode ser aplicado creme anestésico no local da aplicação para melhor conforto do paciente. O produto pode vir pronto para utilização na seringa, não sendo necessária diluição, ou em frasco para aspiração e posterior utilização (pronto para utilizar, sem necessidade de diluições). Deve-se selecionar a agulha (13x30) a ser utilizada conforme local de aplicação; afixá-la correta e firmemente na seringa contendo o produto. Proceder com a assepsia da pele no local da aplicação; retirar a tampa de proteção da agulha e retirar o ar contido na mesma, pressionando cuidadosamente o êmbolo até que seja visível uma gotícula de produto na ponta da agulha. Não é recomendado dobrar a agulha para evitar que a mesma quebre no momento da aplicação no paciente. O produto deve ser aplicado na derme superficial ou na junção dermo- epidérmica. Se realizada injeção superficial ou de um volume elevado, poderá ocorrer inchaço no local do tratamento (pápula). Deve-se ter cuidado, pois uma injeção demasiadamente profunda pode causar o depósito do produto na gordura epidérmica. - Dérmico superficial: só entra a lança do bizel da agulha Pode ser aplicado utilizando essa técnica de micro-injeções (ou nappage) ou micro pápulas. Para o rosto é recomendado a utilização da técnica de micro pápulas, através de uma série dupla de injeções paralelas, sendo as duas séries www.inaesp.com.br 29 perpendiculares entre si. Em regiões mais desidratadas, é possível realizar injeções em micro pápulas, injetando pequenos volumes (importante comunicar o paciente que estas micro pápulas podem persistir por 2 a 3 dias). O produto também pode ser aplicado nas linhas de expressão ou rugas no método de retroinjeção, visando promover uma melhora na aparência estética e suavizando a mesma. - Dérmico profundo: entra a agulha toda num ângulo aproximado de quase 0°. Método utilizado para linhas de expressão, como sulco nasogeniano. Após a aplicação pode ser realizado uma leve massagem no local para distribuir bem o produto. www.inaesp.com.br 30 Teste de Hipersensibilidade O teste de hipersensibilidade ou teste de alergia cutâneo pode ser feito para detectar alergia em qualquer pessoa e pode ser realizado antes de iniciar o tratamento no paciente para que o mesmo não sofra com efeitos colaterais. O teste aqui apresentando é bem simples e tem como objetivo resguardar o paciente de reações alérgicas frente aos ativos utilizados e também assegurar o profissional do tratamento mais indicado e que não irá trazer prejuízos ao paciente. O teste de alergia e desensibilização completos só devem ser realizados por médicos alergologistas, porém o teste aqui apresentado pode ser realizado por profissional da área da saúde. Para a realização do teste de alergia, deve ser informado ao paciente que o mesmo só pode ser feito caso o mesmo não esteja fazendo tratamento com medicação anti-histamínica (por no mínimo duas semanas sem utilizar a medicação), pois pode interferir nos resultados, impedindo a reação da substância à que é alérgico e também não aplicar cremes na pele no dia da realização do teste, pois pode levar a um resultado errado. • Teste de alergia no antebraço: demarcar regiões no antebraço do paciente a fim de identificar cada substância; realizar algumas picadas subcutâneas com a solução injetável ou espalhar um pouco do creme ou gel (em casos de indicação de produtos home care) em uma região e aguardar 20 minutos para verificar se o paciente faz reação. A reação positiva consiste na formação de uma bolha avermelhada (como uma picada de mosquito), que leva ao inchaço (edema) e coceira local. www.inaesp.com.br 31 Recomendações É recomendado que o tratamento seja realizado em ciclos, com 3 tratamentos realizados em intervalo de 2 a 4 semanas. De forma geral, os resultados duram de 4 a 6 meses, sendo o ciclo de manutenção iniciado neste período. A duração do ciclo pode variar de acordo com os resultados e as preferências do paciente ou de acordo com o critério do profissional. Alguns protocolos sugerem que a primeira etapa do tratamento seja realizado uma aplicação a cada mês, num total de 3 aplicações (3 meses seguidos) e o tratamento de manutenção se inicie a partir do quarto mês (um mês depois da sequência do tratamento inicial), com 1 aplicação a cada 4 meses. É recomendado aplicar em uma mesma região anatômica 1mL no máximo 2 mL. Caso seja necessário um pouco mais de produto, é prudente aguardar e fazê-lo no retoque, dentro de alguns dias, pois devido as características anatômicas da derme e a facilidade do ácido hialurônico de unir-se a água, é muito frequente o rápido aparecimento de edema que impede na maioria das vezes avaliar novamente a região durante a sessão, pois pode-se perder o parâmetro anatômico de referência e corrigir defeituosamente a região. Reações adversas Os eventos adversos são possíveis e estes devem ser informados ao paciente, antes do tratamento. Após a aplicação poderão ocorrer reações comuns associadas a injeção, tais como eritema, inchaço, dor, prurido, equimose ou sensibilidade no local da injeção. Em geral, estas desaparecem espontaneamente alguns dias após a aplicação do produto. Pequenas hemorragias podem ocorrer no momento da injeção, as quais desaparecerão espontaneamente após seu término. Pode ocorrer, no momento ou após tratamento, edema local e um ligeiro eritema, associado por vezes a prurido na zona tratada, estas reações podem persistir durante uma semana, ou também coloração na zona tratada. www.inaesp.com.br 32 De modo geral, as reações diminuem em poucos dias, sendo os benefícios do tratamento evidenciados. É aconselhado ao paciente a comunicar qualquer efeito indesejado que se prolongue por mais de uma semana, para que seja possível prescrever o tratamento mais adequado. Intercorrências e Complicações O ácido hialurônico não é espécie específico, ou seja, não varia sua composição entre espécies, pois estudos de hipersensibilidade efetuados, independente de sua origem, não mostram reatividade cutânea, portanto, atualmente, é um dos únicos materiais mais seguros para tratamentos estéticos, especialmente faciais. Porém, tem o inconveniente de seu efeito ser temporário, precisando de aplicações repetidas, para que seja mantido o efeito estético desejado. Este polissacarídeo pode ser sintetizado, purificado e estabilizado por métodos bioquímicos, dando origem a um produto final susceptível de ser empregado como material de preenchimento a nível cutâneo. A origem não animal do produto facilita seu uso devido a quase inexistênciade reações alérgicas, não sendo necessárias provas de sensibilidade como as que se deviam realizar, por exemplo, com o colágeno bovino purificado. Para atrasar o tempo de reabsorção do ácido hialurônico, aumentar sua viscosidade e estabilidade, os preparados utilizados com finalidade estética além do ácido hialurônico contêm um agente polimerizante (BDDE: 1,4 butandioldiglicerileter, ou DVS: divinilsulfona) e às vezes se inclui no preparado um anestésico local como lidocaína. Com a recente chegada do ácido hialurônico variedade NASHA (No Animal StabilizedHyaluronicAcid) para substituir a polimerização química e com essa estabilização do ácido hialurônico se obtém gerando pontes de carbono cada 2- 500 unidades de dissacarídeos contendo cada cadeia final aproximadamente umas 100000 unidades. Visto que o ácido hialurônico é um material inerte, algumas das reações adversas utilizadas podem ser atribuídas as trocas estruturais do ácido hialurônico www.inaesp.com.br 33 polimerizado, aos agentes polimerizantes, anestésicos locais, ou restos de proteínas animal, especialmente do ácido hialurônico obtido de aves. A região glabelar merece muita atenção a ser tratada, pois o produto deve ser aplicado de forma que não seja profundo, evitando assim que atinja um vaso importante que pode chegar a produzir complicações visuais importantes e até cegueira. Quando o produto é aplicado muito superficialmente, pode-se produzir irregularidades ou necrose da epiderme com extrusão do material aplicado. Em geral, essas complicações aparecem com maior frequência quando se utiliza um ácido hialurônico que não tem a finalidade de skinbooster, ou seja, possui maior reticulação e portanto maior viscosidade, e quando aplicado no plano dérmico, pode se concentrar na região e formar além de grandes edemas, nódulos e os demais efeitos citados. Contraindicações O skinbooster não deve ser utilizado em casos de hipersensibilidade ao ácido hialurônico ou outros componentes da formulação, doença autoimune, diabetes, angina de repetição, endocardite (doença de Osler), susceptibilidade aos queloides, mulheres grávidas ou amamentando, jovens menores de 18 anos, pacientes em tratamentos com laser ou peeling, ou ainda pacientes com enfermidades cutâneas no local ou perto da região da aplicação, inflamações ou infecções. Não deve ser aplicados nos vasos sanguíneos, nos ossos, tendões, ligamentos, músculos ou nervos. Deve ser observado o tipo de produto e sua composição para informar ao paciente sobre possíveis casos de alergias. www.inaesp.com.br 34 REFERÊNCIAS TAMURA, B.M., ODO, M.Y. Classificação das rugas periorbitárias e tratamento com a toxina botulínica tipo A.SurgCosmetDermatol, 2011. SALLES, A.G., REMIGIO, A.F.N., ZACCHI, V.B.L., SAITO, O.C., FERREIRA, M.C. Avaliação clínica e da espessura cutânea um ano após preenchimento de ácido hialurônico. RevBrasCirPlast, 2011. ARAÚJO, L.R.R., AUERSVALD, A., GAMBORGI, M.A., FREITAS, R.S. Perfil do cirurgião plástico paranaense. RevBrasCirPlast, 2013. KERSCHER, M., BAYRHAMMER, J., REUTHER, T. Rejuvenatinginfluenceof a stabilizedhyaluronicacid-based gel ofnonanimaloriginon facial skinaging.DermatolSurg. 2008. FONSECA, A.; SOUZA, M. E. Dermatologia clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1984. JUNQUEIRA, C. L.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 9.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999. MAIO, M. Tratado de medicina estética. v.1 e v.3, São Paulo: Roca, 2004. BIOESTIMULADORES Os bioestimuladores ganharam popularidade no mercado dermatológico, tendo como principal objetivo melhorar o aspecto cutâneo, agindo de forma ativa nas camadas mais profundas da pele, além de também devolver o volume facial perdido, através do estímul... Dentro dessa categoria estão o ácido Poli-L-láctico (PLLA), hidroxiapatita de cálcio (CaHA), e a policaprolactona (PCL) e também existe o bioestimulador classificado como não biodegradável, que não é fagocitado e permanece indefinidamente no organismo... ÁCIDO – POLI – L- LÁCTICO O PLLA (Sculptra® ou New-Fill®) é um polímero biocompatível injetável, totalmente sintético composto por microparticulas biodegradáveis e reabsorvíveis, que estimula a neogênese do colágeno. COLÁGENO ELASTINA ÁCIDO HIALURÔNICO O ácido-poli-l-láctico é um polímero sintético produzido a partir da fermentação do açúcar proveniente do milho. É composto por micropartículas de PLLA, que medem entre 40-63 μm de diâmetro. O ingrediente ativo do produto; carboximetilcelulose de sódi... As principais características do PLLA são: ele é imunologicamente inerte e biocompatível; é classificado como um preenchedor semipermanente; seus resultados duram aproximadamente 24 meses; é um produto de degradação por hidrólise não enzimática, onde os polímeros poliláticos - monômeros de ácido lático - dióxido de carbono (CO2) e água (H2O), são eliminado totalmente do corpo através da urina, fezes e sistema respiratório, é imunologi... O PLLA é apresentado comercialmente como um pó liofilizado (sem partículas de água) em frasco estéril. O fabricante recomenda usar 5 mL de água destilada para cada frasco, e manter em repouso por pelo menos 2 horas lá um estudo feito por Schierle e Ca... O plano de aplicação deve ser selecionado corretamente, para o sucesso do tratamento – supraperiosteal, subdérmico e subcutâneo. É aplicado no plano supraperiosteal em áreas com suporte ósseo, no subcutâneo onde não houver alicerce ósseo, e subdérmico... O resultado de um tratamento varia entre quatro e seis meses. Sendo assim, deve-se usar a regra de “tratar, esperar e avaliar”, devendo respeitar intervalos de 4 a 6 semanas entre as sessões, para diminuir o risco de efeitos adversos. As principais indicações de uso do PLLA são: lipoatrofia facial associada ao Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV); harmonização orofacial; cicatrizes de acne; pacientes que precisam de uma bioestimulação tridimensional e que buscam resultados sutis, com aspecto natural. Algumas áreas da face não são indicadas para aplicação do PLLA: lábios, regiões perioral, periorbitária e frontal, pois são locais de grande mobilidade muscular, acarretando o acúmulo do produto. A aplicação do PLLA pode gerar hematomas, eritema, edem... HIDROXIAPATITA DE CALCIO A hidroxiapatita de cálcio (CaHA) é um bioestimulador de colágeno injetável sintético, conhecido no Brasil pelos nomes comerciais (Radiesse®) e (Rennova® Diamond Lido) ambos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A composição da CaHA consiste em: 30% de microesferas sintéticas e uniformes de hidroxiapatita de cálcio, variando seu tamanho entre 25 e 45 μm de diâmetro, e 70% de um gel transportador aquoso, composto por carboximetilcelulose de sódio, água estéril... É considerada um preenchedor semipermanente – com duração média de 12 a 18 meses, podendo ser observado até 24 meses. Além dessas características, é um produto biodegradável, sendo eliminado pelo organismo através da fagocitose por macrófagos, que dec... A hidroxiapatita de cálcio é comercializada pronta para uso, em seringas descartáveis de 0,8 mL e 1,5 mL, não necessitando de manuseio especial, sendo recomendado pelo fabricante a homogeneização do produto. Alguns fabricantes recomendam que no moment... Os resultados devem ser alcançados de forma gradual ao longo de várias sessões. As principais indicações de uso da hidroxiapatita de cálcio são: ✓ criar volumes e preencher locais que necessitam de reparo. ✓ Rugas e dobras nasolabiais, ✓ Lipoatrofia facial associada ao HIV; ✓ Correção de sulcos moderados a graves na área da face, área nasal, comissura labial, rugas peribucais, malar/ zigomático, contorno mandibular, região temporal, terço médio da face, prega mentoniana, mento e mãos. ✓ Correção de sulcos moderados a graves na área daface, área nasal, comissura labial, rugas peribucais, malar/ zigomático, contorno mandibular, região temporal, terço médio da face, prega mentoniana, mento e mãos. ✓ Cicatrizes de acne. As regiões de contraindicação são: glabela, área periorbicular e lábios. ✓ Cicatrizes de acne. As regiões de contraindicação são: glabela, área periorbicular e lábios. Por possuir uma tendência de mover-se facilmente em áreas de extrema mobilidade, é muito comum a formação de nódulos não inflamatórios na região do músculo orbicular da boca e músculos orbiculares dos olhos. CaHA não é indicada para combinações de tra... HIALURONATO DE SÓDIO O ácido hialurônico (AH) é um glicosaminoglicano de cadeia linear, hidrofílico, poliiônico de elevado peso molecular. É encontrado na matriz extracelular de diversos tecidos conjuntivos, incluindo a cartilagem articular e o liquido sinovial. Há, porta... SILICIO ORGÂNICO Entende-se que o silício é o oligoelemento responsável por regularizar o metabolismo celular e está presente no colágeno, que juntamente com a elastina e as glicoproteínas são responsáveis pela sustentação da derme. Com o passar dos anos, o silício de... MATERIAIS UTILUZADOS Para trabalhar com bioestimuladores além dos descartáveis e da clorexidine para antissepsia precisamos ter: ✓ Seringa de 1 e 3 ml ✓ Lidocaína 2% sem vaso. ✓ Soro fisiológico 0,9% ✓ Agulha 22 G para pertuito ✓ Agulha 30G para aplicar lidocaína. ✓ Cãnula 22 -25 G ✓ Torneira de 3 vias para homogeneizar. TECNICA DE APLICAÇÃO Para aplicação do PLLA e da hidroxiapatita de cálcio utilizamos a Técnica de Leque com cânula e para associação do Ácido hialurônico com o silício utilizamos a técnica de pápulas superficiais. REFERENCIAS BOGART, Bruce I, ORT, Victória H. Anatomia e Embriologia. Rio de Janeiro, Elsevier, 2008. HANSEN, John T. Netter Anatomia Para Colorir. Rio de Janeiro, Elsevier, 2010. HARRIS, Maria I. DE C. Pele do nascimento a maturidade. São Paulo: Senac, 2016. Miranda LHS. Ácido poli-L-lático e hidroxiapatita de cálcio: melhores indicações. In: Lyon S, Silva RC. Dermatologia estética: medicina e cirurgia estética. Rio de Janeiro: MedBook; 2015. p. 267-80. Monteiro EO, Parada MOB. Preenchimentos faciais – parte um. Rev Bras Med. 2010 jul;67(Suppl 4):6-4. Sharabi SE, Hatef DA, Koshy JC. Mechanotransduction: the missing link in the facial aging puzzle? Aesth Plast Surg. 2010;34(5):603-11. doi: 10.1007/s00266- 010-9519-5 SCULPTRA Introdução O que são bioestimuladores Ácido Poli-L-Lático (Sculptra®) REFERÊNCIAS SKINBOOSTER O processo de envelhecimento e atrofia da pele Radicais Livres Avaliação clínica do envelhecimento Tipos de Skinbooster Composição e mecanismo de ação Mecanismo de ação Indicações Vantagens Locais de Aplicação Métodos de aplicação Teste de Hipersensibilidade Intercorrências e Complicações Contraindicações REFERÊNCIAS
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