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Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica Apresentação Toda matéria é constituída de pequenas partículas (átomos e moléculas) e, dependendo do maior ou menor grau de agregação entre elas, a matéria assume determinadas características. Uma dessas características são as propriedades físicas, chamada de estados da matéria, os quais podem existir em três estados físicos: sólido, líquido e gás. Nesse sentido, a tabela periódica foi criada com o intuito de organizar as informações dos elementos, de modo a facilitar o acesso aos dados. Assim, a tabela periódica tem os elementos químicos dispostos em ordem crescente de número atômico; estes são divididos em grupos (ou famílias) devido às características que são comuns entre eles. Cada elemento químico é representado por um símbolo. Nesta Unidade de Aprendizagem, você estudará sobre os estados da matéria, assim como as suas características e influências em propriedade físico-químicas. Além disso, aprenderá a descrever as famílias e os períodos, bem como identificar as propriedades dos elementos da tabela periódica. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer estados da matéria, suas características e influências em propriedade físico- químicas. • Descrever as famílias e os períodos da tabela periódica.• Identificar as propriedades dos elementos da tabela periódica.• Desafio A química estuda a matéria e as transformações sofridas por ela. A matéria, por sua vez, é tudo aquilo que ocupa lugar no espaço e que, portanto, tem massa e volume. Ela pode ser encontrada de duas formas básicas: substâncias e misturas. Como você explicaria quimicamente a redução da temperatura de fusão do gelo, na mistura gelo + sal? Infográfico Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! A tabela periódica ou a classificação periódica dos elementos é um arranjo que permite não só verificar as características dos elementos, mas também fazer previsões. Foi assim que Mendeleev organizou os elementos químicos em ordem crescente de número atômico, observando que determinadas propriedades se repetiam diversas vezes. Neste Infográfico, você vai visualizar alguns elementos, assim como a sua utilização. Conteúdo do livro Após os trabalhos de Lavoisier, Dalton e outros, o estudo dos elementos químicos desenvolveu-se de tal forma que se tornou necessário classificá-los de acordo com as suas propriedades. A observação experimental tornou evidente que certos elementos têm propriedades muito semelhantes, o que permite reuni-los em grupos. No capítulo Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica, da obra Fundamentos da química orgânica e inorgânica, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai ver como o conhecimento sobre a estrutura atômica deixou claro que a verdadeira identidade de um elemento está relacionada ao seu número de prótons. Boa leitura. FUNDAMENTOS DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA Felipe Lange Coelho Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Reconhecer estados da matéria, suas características e influências em propriedade físico-químicas. � Descrever as famílias e os períodos da tabela periódica. � Identificar as propriedades dos elementos da tabela periódica. Introdução A tabela periódica foi desenvolvida empiricamente a partir da observação das propriedades físicas e químicas dos elementos, sendo uma das rea- lizações mais notáveis da química, porque ela ajuda na organização das propriedades dos elementos. Em 1869, Meyer e Mendeleev descobriram, independentemente, que os elementos se relacionavam em famílias com propriedades semelhantes quando eles eram arranjados na ordem crescente das massas atômicas. Mendeleev chamou essa observação de lei periódica. Nesse sentido, uma das características da ciência é que ela dá signifi- cado preciso às palavras comuns de nossa linguagem cotidiana. Sendo assim, na linguagem diária, uma substância é apenas um outro nome da matéria. Contudo, na química, uma substância é compreendida como uma forma simples e pura da matéria. Em geral, as substâncias e a matéria são formadas por um ou mais tipos de elementos químicos e existem em diferentes formas, chamadas de estados da matéria. Neste capítulo, você vai aprender sobre os estados da matéria, suas características e influências em propriedades físico-químicas, bem como descrever as famílias e os períodos e identificar as propriedades dos elementos da tabela periódica. Estados da matéria, suas características e influências em propriedades físico-químicas Toda matéria é constituída de pequenas partículas (átomos e moléculas) e, dependendo do maior ou menor grau de agregação entre elas, a matéria assume determinadas características. Uma dessas características é a pro- priedade física chamada de estado da matéria, estado de agregação ou, ainda, fase. As substâncias e a matéria, em geral, existem em três estados físicos, sendo os mais comuns os estados sólido, líquido e gás. O estado sólido é uma forma rígida da matéria; o estado líquido é uma forma fluída da matéria, que tem superfície bem definida e que toma a forma do recipiente que o contém; já o estado gás é uma forma fluída da matéria que ocupa todo o recipiente que o contém. Cabe ainda ressaltar que o termo vapor é usado para indicar que uma substância, que normalmente é sólida ou líquida, está na forma de gás. A Figura 1 mostra como os estados da matéria podem ser distinguidos pelos arranjos e movimento de seus átomos e moléculas. Em um sólido, como o gelo ou o cobre, os átomos estão organizados de modo a ficarem muito perto uns dos outros, dificultando que se movam facilmente, tornando o sólido uma estrutura rígida. Contudo, os átomos de um sólido não ficam imóveis, eles oscilam em torno de sua posição média. Esse movimento de oscilação fica mais intenso com a aumento da temperatura. Já os átomos e as moléculas de um líquido apresentam uma organização semelhante ao de um sólido, porém eles têm energia suficiente para se mover uns em relação aos outros. Em um gás, como o ar (que é composto principalmente de nitrogênio e oxigênio) e o vapor de água, por exemplo, as moléculas são quase totalmente livres umas das outras, elas se movem pelo espaço em velocidades próximas à do som, eventualmente colidindo e mudando de direção. Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica2 Figura 1. Representação molecular dos três estados da matéria. Fonte: Adaptada de Andrii Symonenko/Shutterstock.com. Mudanças de estado físico Cada um dos três estados da matéria apresenta características específicas, como volume, densidade e forma, as quais podem ser alteradas pela variação de temperatura, seja pelo aquecimento ou resfriamento. Dessa forma, quando uma substância muda seu estado físico, suas características macroscópicas (volume, forma, etc.) e microscópicas (arranjo de partículas) são alteradas, não havendo, porém, alteração em sua composição. A Figura 2 a seguir mostra as mudanças de estado, com nomes particulares que cada uma delas recebe. 3Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica Figura 2. Diagrama de mudanças de estados físicos. Fonte: Adaptada de MicroOne/Shutterstock.com. Propriedades físicas As propriedades físicas de uma substância são as características que se pode observar ou medir sem mudar a identidade dessa substância. Essas propriedades físicas incluem características como o ponto de fusão (PF) (a temperatura na qual um sólido passa a líquido), ponto de ebulição (PE) (a temperatura na qual um líquido passa a gás), a dureza, a cor, o estado da matéria (sólido, líquido ou gás) e a densidade. Quando a temperatura de fusão e a temperatura de ebulição são constantes durante a mudança de estado físico, trata-sede uma substância pura (formada por unidades químicas iguais, sejam átomos ou moléculas). Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica4 Já uma propriedade química refere-se à capacidade de uma substância de se transformar em uma outra substância. Um exemplo de propriedade química seria a formação da água (H2O) por meio da reação do gás hidrogênio (H2) com oxigênio (queima). Além disso, as propriedades também podem ser classificadas segundo sua dependência da massa da amostra. Dessa forma, uma propriedade intensiva independe da massa da amostra, como a temperatura. Por outro lado, uma propriedade extensiva é aquela que depende da massa (“extensão”) da amostra (ATKINS; JONES; LAVERMAN, 2018), como o volume, por exemplo: 2 kg de água ocupam um volume duas vezes maior do que 1 kg de água. Cabe salientar, ainda, que algumas propriedades intensivas representam uma razão entre duas propriedades extensivas. Portanto, a propriedade denominada por densidade, d, de uma amostra é sua massa, m, dividida pelo seu volume, V: Distinguem-se diferentes substâncias por suas propriedades intensivas. Por essa razão, pode-se reconhecer uma amostra de matéria como sendo água observando sua cor, sua densidade (1,00 g/cm3), seu PF (0°C), seu PE (100°C) e o fato de ser um líquido. Veja no Quadro 1 a seguir a densidade de algumas substâncias. Fonte: Adaptado de Rosenberg, Epstein e Krieger (2014). Sólido (g/cm3) Líquido (g/cm3) Gasoso (g/L) (à pressão de 1 atm) Ferro (Fe): 7,86 Álcool: 0,786 Hidrogênio (H): 0,071 Prata (Ag): 10,5 Acetona: 0,792 Hélio (He): 0,126 Chumbo (Pb): 11,4 Água (4°C): 1,000 Nitrogênio (N): 0,810 Ouro (Au): 19,3 Clorofórmio: 1,400 Oxigênio (O): 1,140 Quadro 1. Densidade de algumas substâncias nos três estados físicos 5Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica Famílias e períodos da tabela periódica Os químicos descobriram que, ao serem listados na ordem crescente do número atômicos e arranjados em linhas contendo certo número deles, os elementos formam famílias, com propriedades semelhantes. Esse arranjo de elementos distribuídos de acordo com seus números atômicos e que mostra as relações entre famílias é chamado de tabela periódica, conforme expresso na Figura 3 a seguir. Figura 3. Tabela periódica, com nomes de algumas regiões e grupos. Fonte: Weller et al. (2018, p. 863). As colunas verticais da tabela são chamadas de grupos, nos quais é possível identificar as principais famílias dos elementos. As colunas mais altas, sendo elas os grupos 1-IA, 2-IIB e 13-IIIA até 18-VIIIA, são chamados de grupos principais da tabela. Já as linhas horizontais são denominadas de períodos e são numeradas de cima para baixo, sendo que o número do período corres- ponde à quantidade de níveis (camadas) eletrônicos que os elementos químicos apresentam. Além disso, a tabela periódica é dividida em quatro blocos e, por estarem relacionados com a estrutura atômica, são chamados de s, p, d e f. Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica6 Nas famílias A, o número da família indica a quantidade de elétrons na camada de valência, além disso, seus elétrons mais energéticos estão situados nos subníveis s ou p. Essas famílias recebem ainda nomes característicos, conforme mostra o Quadro 2. Fonte: Adaptado de Atkins, Jones e Laverman (2018). Família ou grupo Nome Configuração do último nível N° de elétrons do último nível 1-IA Metais alcalinos ns1 1 2-IIA Metais alcalinos terrosos ns2 2 13-IIIA Família do boro ns2 np1 3 14-IVA Família do carbono ns2 np2 4 15-VA Família do nitrogênio ns2 np3 5 16-VIA Calcogênios ns2 np4 6 17-VIIA Halogênios ns2 np5 7 18-VIIIA Gases nobres ns2 np6 8 Quadro 2. Denominações para as famílias ou grupo A Os elementos das famílias B são denominados genericamente por elementos de transição, em que uma parte deles está disposta no bloco central da tabela periódica, de 3-IIIB até 12-IIB, e apresentam seus elétrons mais energéticos em subníveis d (de d1 a d10, respectivamente). A outra parte desses elementos está deslocada no corpo central, constituindo as séries dos lantanoides (conhecidos por lantanídeos) e dos actinoides (conhecidos por actinídeos), contendo seus elétrons mais energéticos em subníveis f (de f1 a f14). Além disso, os elementos são classificados como metais, não metais e metaloides. Um metal conduz eletricidade, tem brilho e é maleável e dúctil. Um não metal não conduz eletricidade e não é maleável nem dúctil. 7Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica Os metaloides têm aparência e algumas propriedades de um metal, mas comportam-se quimicamente como um não metal. O cobre, por exemplo, é um metal, conduz eletricidade, tem brilho quando polido, é maleável (da palavra latina para martelo, ou seja, pode ser martelado até se transformar em folhas finas) e é dúctil (da palavra latina para alongamento, ou seja, pode ser alongado em fios). O enxofre, por outro lado, é classificado como não metal, não conduz eletricidade e não pode ser transformado em folhas finas por pressão nem em fios. As distinções entre metais, não metais e metaloides não são muito precisas, porém, os sete elementos (B, Si, Ge, As, Sb, Te, Po), na diagonal entre os metais, à esquerda, e os não metais, à direita, são frequentemente considerados metaloides. No exemplo a seguir, você verá como se pode localizar o elemento químico a partir da distribuição eletrônica. Distribuição eletrônica: 35 Br – 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p5. Camadas (níveis): K = 2 elétrons, L = 8 elétrons, M = 18 elétrons e N = 7 elétrons. Veja o Quadro 3. Características da distribuição eletrônica Localização e classificação 4 camadas (K, L, M, N) 4° período Elétron de maior energia situado no subnível p (4p5) Bloco p (elemento representativo) 7 elétrons na camada de valência (4s2 4p5) Família 17-VIIA (halogênios) Quadro 3. Localização do elemento químico a partir da distribuição Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica8 Propriedades dos elementos da tabela periódica A tabela periódica pode ser usada na previsão de muitas propriedades, as quais muitas são cruciais para o entendimento dos materiais e das ligações quími- cas, além da organização dos elementos de acordo com essas propriedades. Raio atômico O tamanho do átomo é uma característica difícil de ser determinada, pois a eletrosfera de um átomo não tem fronteira definida, logo, não é possível medir seu raio exato. Dessa forma, o raio atômico de um elemento é definido como sendo a metade da distância entre os núcleos de átomos vizinhos. Se o elemento é um metal, o raio atômico é a metade da distância entre os centros de átomos vizinhos em uma amostra sólida. Já se o elemento é um não metal ou um metaloide, o raio atômico será a distância entre os núcleos de átomos unidos por meio de uma ligação química, chamado também de raio covalente do elemento. Para os elementos pertencentes à família dos gases nobres, utiliza-se o raio de van der Waals, que é a metade da dis- tância entre os centros de átomos vizinhos em uma amostra de gás sólido. Adicionalmente, já que os átomos de uma amostra de gás nobre não estão ligados quimicamente, o raio de van der Waals são, em geral, muito maiores do que os raios covalentes. De maneira geral, para comparar o tamanho dos átomos, deve-se levar em conta dois fatores. � Número de níveis (camadas): quanto maior o número de níveis, maior será o tamanho do átomo. � Número de prótons: caso os átomos comparados apresentem o mesmo número de níveis (camadas), deve-se usar o critério do número de prótons. O átomo que apresenta maior número de prótons exerce maior atração sobre seus elétrons e, consequentemente, resulta em uma redução no seu tamanho. Generalizando: � em uma mesma família: o raio atômico (tamanho do átomo) aumenta de cima para baixo na tabela, em razão do aumento do número de níveis;9Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica � em um mesmo período: o tamanho do átomo aumenta da direita para a esquerda na tabela, em razão da diminuição do número de prótons nesse sentido, o que diminui a força de atração sobre os elétrons. Veja a Figura 4 a seguir. Figura 4. Representação esquemática da variação do raio atômico na tabela periódica. Fonte: Adaptada de magnetix/Shutterstock.com. Energia de Ionização Sabe-se que a formação de uma ligação depende da remoção de um ou mais elétrons de um átomo e a sua transferência para outro átomo. Dessa forma, a energia necessária para remover elétrons de um átomo é, portanto, de suma importância para se compreender suas propriedades químicas. Nesse sentido, a energia de ionização é a energia necessária para remover um elétron de um átomo na fase gás. A energia de ionização é normalmente expressa em elétron-voltz (eV) para um átomo isolado e em jaules por mol de átomos (J·mol–1). A primeira energia de ionização, I1, é a energia necessária para remover um elétron de um átomo neutro na fase gás. Por exemplo, para o cobre: Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica10 Portanto, a segunda energia de ionização, I2, de um elemento é a energia necessária para remover um elétron de um cátion com carga unitária na fase gás. Para o cobre, por exemplo: Elementos com baixa energia de ionização devem formar cátions facilmente e devem conduzir eletricidade no estado sólido. Elementos com energias de ionização altas não devem formar cátions facilmente ou conduzir eletricidade (ATKINS; JONES; LAVERMAN, 2018). Quanto maior o raio atômico, menor será a atração exercida pelo núcleo sobre o elétron mais afastado. Portanto, menor será a energia necessária para remover esse elétron. Assim: � em uma mesma família — a energia de ionização aumenta de baixo para cima; � em um mesmo período — a energia de ionização aumenta da esquerda para a direita. Afinidade eletrônica ou eletroafinidade Para predizer algumas propriedades químicas, é necessário saber como a energia muda quando um elétron se liga a um átomo. Assim, a afinidade eletrônica, Eea, de um elemento é a energia liberada quando um elétron se liga a um átomo na fase gás. Dessa forma, uma alta afinidade eletrônica pode ser compreendida como uma grande quantidade de energia liberada quando um elétron se liga a um átomo na fase gás. Já uma afinidade eletrônica negativa significa que é necessário fornecer energia para fazer com que um elétron se 11Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica ligue a um átomo. Por exemplo, a afinidade eletrônica do cloro é a energia liberada no processo: Uma tendência é claramente perceptível: as afinidades eletrônicas são maiores na parte direita superior da tabela periódica. Assim: � em uma família ou num período, quanto menor o raio, maior a afinidade eletrônica. Eletronegatividade A eletronegatividade dos elementos não é uma grandeza absoluta, mas, sim, relativa. Dessa forma, a eletronegatividade é a propriedade pela qual se compara a força de atração exercida pelos átomos sobre os elétrons de uma ligação. Essa força de atração tem relação com o raio atômico: quanto menor o tamanho do átomo, maior será a força de atração, pois a distância núcleo-elétron da ligação é menor. A eletronegatividade não é definida para os gases nobres. Linus Pauling estabeleceu uma escala de valores para a eletronegatividade, atribuindo ao elemento flúor (F) o maior valor, 4,0. A variação da eletronegatividade na tabela periódica é igual à da eletro- afinidade, assim: � nas famílias — a eletronegatividade aumenta de baixo para cima; � nos períodos — a eletronegatividade aumenta da esquerda para a direita. Densidade Experimentalmente, verifica-se que: a) entre os elementos das famílias IA e VIIA, a densidade aumenta, de maneira geral, de acordo com o aumento das massas atômicas, ou seja, de cima para baixo; b) em um mesmo período, de maneira geral, a densidade aumenta das extremidades para o centro da tabela. Portanto, os elementos de maior densidade estão situados na parte central e inferior da tabela periódica, sendo o ósmio (Os) o elemento mais denso (22,5 g/cm3). Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica12 Temperatura de fusão (TF) e temperatura de ebulição (TE) Experimentalmente, verifica-se o seguinte: a) nas famílias IA e IIA, os elementos de maiores TF e TE estão situados na parte superior da tabela. Na maioria das famílias, os elementos com maiores TF e TE estão situados geralmente na parte inferior; b) em um mesmo período, de maneira geral, a TF e a TE crescem das extremidades para o centro da tabela. Assim, entre os metais, o tungstênio (W) é o que apresenta maior TF: 3410°C. O carbono (C), por formar estruturas com grande número de átomos, apresenta TF (3550°C) e TE (4287°C) elevados. Volume atômico A expressão volume atômico se refere ao volume de um átomo. Na verdade, a expressão é usada para designar, para qualquer elemento, o volume ocupado por uma quantidade fixa de número de átomos. O volume atômico se refere, portanto, ao volume ocupado por 6,02 × 1023 átomos, e pode ser calculado relacionando a massa desse número de átomos com a sua densidade. Assim, temos: Experimentalmente, verifica-se que: � em uma mesma família, o volume atômico aumenta com o aumento do raio atômico; � em um mesmo período, o volume atômico cresce do centro para as extremidades. 13Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica ATKINS, P. W.; JONES, L.; LAVERMAN, L. Princípios de química: questionando a vida mo- derna e o meio ambiente. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2018. ROSENBERG, J. L.; EPSTEIN, L. M.; KRIEGER, P. J. Química geral. 9. ed. Porto Alegre: Book- man, 2014. WELLER, M. et al. Química inorgânica. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2018. Leituras recomendadas BENVENUTII, E. V. Química inorgânica: átomos, moléculas, líquidos e sólidos. Porto Alegre: UFRGS, 2006. CAMPBELL, M. K. Bioquímica. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2001. CHANG, R. Química geral: conceitos essenciais. 4. ed. Porto alegre: McGraw-Hill, 2011. CLAYDEN, J.; GREEVES, N.; WARREN, S. Organic Chemistry. 2. ed. Oxford: OUP, 2012. MCMURRY, J. Química orgânica. 3. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2016. 2 v. VOLLHARDT, P.; SCHORE, N. Química orgânica: estrutura e função. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica14 Conteúdo: Dica do professor As substâncias puras são caracterizadas por apresentarem temperatura de fusão e temperatura de ebulição constantes durante a mudança de estado físico. Já para uma mistura, durante a sua mudança de estado físico, a temperatura de fusão e de ebulição variam; porém, alguns tipos particulares de misturas não seguem essa regra, como, por exemplo, as misturas eutéticas e azeotrópicas. Nesta Dica do Professor, você vai ver como as substâncias puras e as misturas se comportam no diagrama de mudanças de estado físico, além da diferença de uma mistura eutética para uma mistura azeotrópica. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/cc4a4ae732050a689fd1c97f5dd05e97 Exercícios 1) Comparando-se as propriedades periódicas dos elementos que compõem o KCl, assinale a alternativa correta. Dados: K (Z=19) e (Z=17). A) O cloro possui menos eletronegatividade. B) O potássio possui maior caráter metálico. C) O cloro tem maior raio atômico. D) O potássio tem maior eletroafinidade E) O potássio tem maior potencial de ionização 2) Considerando um átomo em seu estado fundamental, o qual apresenta o subnível mais energético sendo o 4p4, seu número atômico e a sua posição na tabela periódica serão: A) 52, 16-VIA, 5.° período. B) 34, 16-VIA, 4.° período. C) 33,15-VA, 4.° período. D) 15, 15-VA, 3.° período. E) 35, 17-VIIA, 4.° período. Observe a distribuição eletrônica dos elementos químicos:3) Com base nas informações constantes no quadro anterior, indique qual elemento químico corresponde às letras A até E, bem como a família a que pertence esse elemento na tabela periódica. A) A é o Br, família dos halogênios. B) B é o Cs, família dos alcalinos. C) C é o As, família 15-VA. D) D é o O, família dos halogênios. E) E é o Ar, família dos gases nobres. 4) Um determinado átomo apresenta quatro camadas eletrônicas (ou níveis) e em cada camada tem o seguinte número de elétrons: 2 elétrons na primeira camada, 8 elétrons na segundo camada, 18 elétrons na terceira camada e 8 elétrons na quarta camada. Com base nessa informação, a família e o período em que se encontra esse elemento são, respectivamente: A) Família dos halogênios; sétimo período. B) Família do carbono; quarto período. C) Família dos gases nobres; quarto período. D) Família dos calcogênios; quarto período. E) Família dos calcogênio; sétimo período. 5) O quadro a seguir fornece os valores de eletronegatividade de quatro elementos químicos, todos do terceiro período da tabela periódica. Um desses elementos é o cloro (Cl) e outro é o enxofre (S), os quais estão representados, respectivamente, por: A) I e II. B) I e III. C) I e IV. D) II e IV. E) III e IV. Na prática Os organismos vivos, assim como toda a matéria que constitui a Terra, são formados por átomos de elementos encontrados na natureza, os denominados elementos naturais. Entre os minerais para a vida do organismo humano, encontramos grandes quantidades deles em vários alimentos. Sua quantidade representa, às vezes, centenas de gramas. São o que poderíamos chamar de macroelementos. Veja a seguir. Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Gráfico de mudanças de estados físicos da matéria Confira no link a seguir uma interessante abordagem sobre como as diferentes substâncias se comportam durante a mudança de fase. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Fundamentos de Físico-Química - Uma Abordagem Conceitual para as Ciências Farmacêuticas Confira no livro a seguir uma abordagem conceitual para as ciências farmacêuticas: a discussão sobre as propriedades físicas de algumas substâncias segundo o diagrama de fases. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Propriedades periódicas a seguir como identificar as propriedades dos elementos da tabela periódica. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://www.youtube.com/embed/U7uaj2L_jmw https://www.manualdaquimica.com/quimica-geral/propriedades-periodicas.htm
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