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Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica

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Classificação, estados da matéria e 
propriedades da tabela periódica
Apresentação
Toda matéria é constituída de pequenas partículas (átomos e moléculas) e, dependendo do maior 
ou menor grau de agregação entre elas, a matéria assume determinadas características. Uma dessas 
características são as propriedades físicas, chamada de estados da matéria, os quais podem existir 
em três estados físicos: sólido, líquido e gás. Nesse sentido, a tabela periódica foi criada com o 
intuito de organizar as informações dos elementos, de modo a facilitar o acesso aos dados. Assim, a 
tabela periódica tem os elementos químicos dispostos em ordem crescente de número atômico; 
estes são divididos em grupos (ou famílias) devido às características que são comuns entre eles. 
Cada elemento químico é representado por um símbolo. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você estudará sobre os estados da matéria, assim como as suas 
características e influências em propriedade físico-químicas. Além disso, aprenderá a descrever as 
famílias e os períodos, bem como identificar as propriedades dos elementos da tabela periódica.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer estados da matéria, suas características e influências em propriedade físico-
químicas.
•
Descrever as famílias e os períodos da tabela periódica.•
Identificar as propriedades dos elementos da tabela periódica.•
Desafio
A química estuda a matéria e as transformações sofridas por ela. A matéria, por sua vez, é tudo 
aquilo que ocupa lugar no espaço e que, portanto, tem massa e volume. Ela pode ser encontrada de 
duas formas básicas: substâncias e misturas.
Como você explicaria quimicamente a redução da temperatura de fusão do gelo, na mistura gelo + 
sal?
Infográfico
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
A tabela periódica ou a classificação periódica dos elementos é um arranjo que permite não só 
verificar as características dos elementos, mas também fazer previsões. Foi assim que Mendeleev 
organizou os elementos químicos em ordem crescente de número atômico, observando que 
determinadas propriedades se repetiam diversas vezes.
Neste Infográfico, você vai visualizar alguns elementos, assim como a sua utilização.
Conteúdo do livro
Após os trabalhos de Lavoisier, Dalton e outros, o estudo dos elementos químicos desenvolveu-se 
de tal forma que se tornou necessário classificá-los de acordo com as suas propriedades. A 
observação experimental tornou evidente que certos elementos têm propriedades muito 
semelhantes, o que permite reuni-los em grupos.
No capítulo Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica, da obra 
Fundamentos da química orgânica e inorgânica, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você 
vai ver como o conhecimento sobre a estrutura atômica deixou claro que a verdadeira identidade 
de um elemento está relacionada ao seu número de prótons.
Boa leitura.
FUNDAMENTOS DE 
QUÍMICA ORGÂNICA 
E INORGÂNICA
Felipe Lange Coelho
Classificação, estados 
da matéria e propriedades 
da tabela periódica
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Reconhecer estados da matéria, suas características e influências em 
propriedade físico-químicas.
 � Descrever as famílias e os períodos da tabela periódica.
 � Identificar as propriedades dos elementos da tabela periódica.
Introdução
A tabela periódica foi desenvolvida empiricamente a partir da observação 
das propriedades físicas e químicas dos elementos, sendo uma das rea-
lizações mais notáveis da química, porque ela ajuda na organização das 
propriedades dos elementos. Em 1869, Meyer e Mendeleev descobriram, 
independentemente, que os elementos se relacionavam em famílias 
com propriedades semelhantes quando eles eram arranjados na ordem 
crescente das massas atômicas. Mendeleev chamou essa observação 
de lei periódica. 
Nesse sentido, uma das características da ciência é que ela dá signifi-
cado preciso às palavras comuns de nossa linguagem cotidiana. Sendo 
assim, na linguagem diária, uma substância é apenas um outro nome 
da matéria. Contudo, na química, uma substância é compreendida como 
uma forma simples e pura da matéria. Em geral, as substâncias e a matéria 
são formadas por um ou mais tipos de elementos químicos e existem 
em diferentes formas, chamadas de estados da matéria.
Neste capítulo, você vai aprender sobre os estados da matéria, suas 
características e influências em propriedades físico-químicas, bem como 
descrever as famílias e os períodos e identificar as propriedades dos 
elementos da tabela periódica.
Estados da matéria, suas características e 
influências em propriedades físico-químicas
Toda matéria é constituída de pequenas partículas (átomos e moléculas) 
e, dependendo do maior ou menor grau de agregação entre elas, a matéria 
assume determinadas características. Uma dessas características é a pro-
priedade física chamada de estado da matéria, estado de agregação ou, 
ainda, fase. As substâncias e a matéria, em geral, existem em três estados 
físicos, sendo os mais comuns os estados sólido, líquido e gás. O estado 
sólido é uma forma rígida da matéria; o estado líquido é uma forma fluída da 
matéria, que tem superfície bem definida e que toma a forma do recipiente 
que o contém; já o estado gás é uma forma fluída da matéria que ocupa todo 
o recipiente que o contém. Cabe ainda ressaltar que o termo vapor é usado 
para indicar que uma substância, que normalmente é sólida ou líquida, está 
na forma de gás.
A Figura 1 mostra como os estados da matéria podem ser distinguidos 
pelos arranjos e movimento de seus átomos e moléculas. Em um sólido, como 
o gelo ou o cobre, os átomos estão organizados de modo a ficarem muito perto 
uns dos outros, dificultando que se movam facilmente, tornando o sólido uma 
estrutura rígida. Contudo, os átomos de um sólido não ficam imóveis, eles 
oscilam em torno de sua posição média. Esse movimento de oscilação fica 
mais intenso com a aumento da temperatura. Já os átomos e as moléculas de 
um líquido apresentam uma organização semelhante ao de um sólido, porém 
eles têm energia suficiente para se mover uns em relação aos outros. Em um 
gás, como o ar (que é composto principalmente de nitrogênio e oxigênio) e o 
vapor de água, por exemplo, as moléculas são quase totalmente livres umas 
das outras, elas se movem pelo espaço em velocidades próximas à do som, 
eventualmente colidindo e mudando de direção.
Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica2
Figura 1. Representação molecular dos três estados da matéria. 
Fonte: Adaptada de Andrii Symonenko/Shutterstock.com.
Mudanças de estado físico
Cada um dos três estados da matéria apresenta características específicas, 
como volume, densidade e forma, as quais podem ser alteradas pela variação 
de temperatura, seja pelo aquecimento ou resfriamento. Dessa forma, quando 
uma substância muda seu estado físico, suas características macroscópicas 
(volume, forma, etc.) e microscópicas (arranjo de partículas) são alteradas, não 
havendo, porém, alteração em sua composição. A Figura 2 a seguir mostra 
as mudanças de estado, com nomes particulares que cada uma delas recebe.
3Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica
Figura 2. Diagrama de mudanças de estados físicos. 
Fonte: Adaptada de MicroOne/Shutterstock.com.
Propriedades físicas
As propriedades físicas de uma substância são as características que se pode 
observar ou medir sem mudar a identidade dessa substância. Essas propriedades 
físicas incluem características como o ponto de fusão (PF) (a temperatura 
na qual um sólido passa a líquido), ponto de ebulição (PE) (a temperatura 
na qual um líquido passa a gás), a dureza, a cor, o estado da matéria (sólido, 
líquido ou gás) e a densidade. 
Quando a temperatura de fusão e a temperatura de ebulição são constantes durante 
a mudança de estado físico, trata-sede uma substância pura (formada por unidades 
químicas iguais, sejam átomos ou moléculas). 
Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica4
Já uma propriedade química refere-se à capacidade de uma substância de 
se transformar em uma outra substância. Um exemplo de propriedade química 
seria a formação da água (H2O) por meio da reação do gás hidrogênio (H2) 
com oxigênio (queima).
Além disso, as propriedades também podem ser classificadas segundo sua 
dependência da massa da amostra. Dessa forma, uma propriedade intensiva 
independe da massa da amostra, como a temperatura. Por outro lado, uma 
propriedade extensiva é aquela que depende da massa (“extensão”) da amostra 
(ATKINS; JONES; LAVERMAN, 2018), como o volume, por exemplo: 2 kg 
de água ocupam um volume duas vezes maior do que 1 kg de água. Cabe 
salientar, ainda, que algumas propriedades intensivas representam uma razão 
entre duas propriedades extensivas. Portanto, a propriedade denominada por 
densidade, d, de uma amostra é sua massa, m, dividida pelo seu volume, V:
Distinguem-se diferentes substâncias por suas propriedades intensivas. Por essa razão, 
pode-se reconhecer uma amostra de matéria como sendo água observando sua cor, 
sua densidade (1,00 g/cm3), seu PF (0°C), seu PE (100°C) e o fato de ser um líquido. 
Veja no Quadro 1 a seguir a densidade de algumas substâncias. 
Fonte: Adaptado de Rosenberg, Epstein e Krieger (2014).
Sólido (g/cm3) Líquido (g/cm3)
Gasoso (g/L) 
(à pressão de 1 atm)
Ferro (Fe): 7,86 Álcool: 0,786 Hidrogênio (H): 0,071
Prata (Ag): 10,5 Acetona: 0,792 Hélio (He): 0,126
Chumbo (Pb): 11,4 Água (4°C): 1,000 Nitrogênio (N): 0,810
Ouro (Au): 19,3 Clorofórmio: 1,400 Oxigênio (O): 1,140
Quadro 1. Densidade de algumas substâncias nos três estados físicos
5Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica
Famílias e períodos da tabela periódica
Os químicos descobriram que, ao serem listados na ordem crescente do número 
atômicos e arranjados em linhas contendo certo número deles, os elementos 
formam famílias, com propriedades semelhantes. Esse arranjo de elementos 
distribuídos de acordo com seus números atômicos e que mostra as relações 
entre famílias é chamado de tabela periódica, conforme expresso na Figura 3 
a seguir. 
Figura 3. Tabela periódica, com nomes de algumas regiões e grupos.
Fonte: Weller et al. (2018, p. 863).
As colunas verticais da tabela são chamadas de grupos, nos quais é possível 
identificar as principais famílias dos elementos. As colunas mais altas, sendo 
elas os grupos 1-IA, 2-IIB e 13-IIIA até 18-VIIIA, são chamados de grupos 
principais da tabela. Já as linhas horizontais são denominadas de períodos 
e são numeradas de cima para baixo, sendo que o número do período corres-
ponde à quantidade de níveis (camadas) eletrônicos que os elementos químicos 
apresentam. Além disso, a tabela periódica é dividida em quatro blocos e, por 
estarem relacionados com a estrutura atômica, são chamados de s, p, d e f. 
Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica6
Nas famílias A, o número da família indica a quantidade de elétrons na 
camada de valência, além disso, seus elétrons mais energéticos estão situados 
nos subníveis s ou p. Essas famílias recebem ainda nomes característicos, 
conforme mostra o Quadro 2.
Fonte: Adaptado de Atkins, Jones e Laverman (2018).
Família 
ou grupo Nome
Configuração 
do último nível
N° de elétrons 
do último nível
1-IA Metais alcalinos ns1 1
2-IIA Metais alcalinos 
terrosos
ns2 2
13-IIIA Família do boro ns2 np1 3
14-IVA Família do carbono ns2 np2 4
15-VA Família do nitrogênio ns2 np3 5
16-VIA Calcogênios ns2 np4 6
17-VIIA Halogênios ns2 np5 7
18-VIIIA Gases nobres ns2 np6 8
Quadro 2. Denominações para as famílias ou grupo A
Os elementos das famílias B são denominados genericamente por elementos 
de transição, em que uma parte deles está disposta no bloco central da tabela 
periódica, de 3-IIIB até 12-IIB, e apresentam seus elétrons mais energéticos em 
subníveis d (de d1 a d10, respectivamente). A outra parte desses elementos está 
deslocada no corpo central, constituindo as séries dos lantanoides (conhecidos 
por lantanídeos) e dos actinoides (conhecidos por actinídeos), contendo seus 
elétrons mais energéticos em subníveis f (de f1 a f14). Além disso, os elementos 
são classificados como metais, não metais e metaloides.
Um metal conduz eletricidade, tem brilho e é maleável e dúctil. Um não metal não 
conduz eletricidade e não é maleável nem dúctil.
7Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica
Os metaloides têm aparência e algumas propriedades de um metal, mas 
comportam-se quimicamente como um não metal. O cobre, por exemplo, é um 
metal, conduz eletricidade, tem brilho quando polido, é maleável (da palavra 
latina para martelo, ou seja, pode ser martelado até se transformar em folhas 
finas) e é dúctil (da palavra latina para alongamento, ou seja, pode ser alongado 
em fios). O enxofre, por outro lado, é classificado como não metal, não conduz 
eletricidade e não pode ser transformado em folhas finas por pressão nem 
em fios. As distinções entre metais, não metais e metaloides não são muito 
precisas, porém, os sete elementos (B, Si, Ge, As, Sb, Te, Po), na diagonal 
entre os metais, à esquerda, e os não metais, à direita, são frequentemente 
considerados metaloides.
No exemplo a seguir, você verá como se pode localizar o elemento químico 
a partir da distribuição eletrônica.
Distribuição eletrônica: 
35
Br – 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p5.
Camadas (níveis): K = 2 elétrons, L = 8 elétrons, M = 18 elétrons e N = 7 elétrons.
Veja o Quadro 3.
Características da 
distribuição eletrônica Localização e classificação
4 camadas (K, L, M, N) 4° período
Elétron de maior energia 
situado no subnível p (4p5)
Bloco p (elemento representativo)
7 elétrons na camada 
de valência (4s2 4p5)
Família 17-VIIA (halogênios)
Quadro 3. Localização do elemento químico a partir da distribuição
Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica8
Propriedades dos elementos da tabela periódica
A tabela periódica pode ser usada na previsão de muitas propriedades, as quais 
muitas são cruciais para o entendimento dos materiais e das ligações quími-
cas, além da organização dos elementos de acordo com essas propriedades. 
Raio atômico
O tamanho do átomo é uma característica difícil de ser determinada, pois 
a eletrosfera de um átomo não tem fronteira definida, logo, não é possível 
medir seu raio exato. Dessa forma, o raio atômico de um elemento é definido 
como sendo a metade da distância entre os núcleos de átomos vizinhos. 
Se o elemento é um metal, o raio atômico é a metade da distância entre os 
centros de átomos vizinhos em uma amostra sólida. Já se o elemento é um 
não metal ou um metaloide, o raio atômico será a distância entre os núcleos 
de átomos unidos por meio de uma ligação química, chamado também de 
raio covalente do elemento. Para os elementos pertencentes à família dos 
gases nobres, utiliza-se o raio de van der Waals, que é a metade da dis-
tância entre os centros de átomos vizinhos em uma amostra de gás sólido. 
Adicionalmente, já que os átomos de uma amostra de gás nobre não estão 
ligados quimicamente, o raio de van der Waals são, em geral, muito maiores 
do que os raios covalentes.
De maneira geral, para comparar o tamanho dos átomos, deve-se levar 
em conta dois fatores.
 � Número de níveis (camadas): quanto maior o número de níveis, maior 
será o tamanho do átomo.
 � Número de prótons: caso os átomos comparados apresentem o mesmo 
número de níveis (camadas), deve-se usar o critério do número de 
prótons. O átomo que apresenta maior número de prótons exerce maior 
atração sobre seus elétrons e, consequentemente, resulta em uma redução 
no seu tamanho.
Generalizando:
 � em uma mesma família: o raio atômico (tamanho do átomo) aumenta de 
cima para baixo na tabela, em razão do aumento do número de níveis;9Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica
 � em um mesmo período: o tamanho do átomo aumenta da direita para 
a esquerda na tabela, em razão da diminuição do número de prótons 
nesse sentido, o que diminui a força de atração sobre os elétrons.
Veja a Figura 4 a seguir.
Figura 4. Representação esquemática da variação do raio atômico na tabela periódica. 
Fonte: Adaptada de magnetix/Shutterstock.com.
Energia de Ionização 
Sabe-se que a formação de uma ligação depende da remoção de um ou mais 
elétrons de um átomo e a sua transferência para outro átomo. Dessa forma, a 
energia necessária para remover elétrons de um átomo é, portanto, de suma 
importância para se compreender suas propriedades químicas. Nesse sentido, 
a energia de ionização é a energia necessária para remover um elétron de 
um átomo na fase gás. 
A energia de ionização é normalmente expressa em elétron-voltz (eV) 
para um átomo isolado e em jaules por mol de átomos (J·mol–1). A primeira 
energia de ionização, I1, é a energia necessária para remover um elétron de 
um átomo neutro na fase gás. Por exemplo, para o cobre:
Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica10
Portanto, a segunda energia de ionização, I2, de um elemento é a energia 
necessária para remover um elétron de um cátion com carga unitária na fase 
gás. Para o cobre, por exemplo:
Elementos com baixa energia de ionização devem formar cátions facilmente e devem 
conduzir eletricidade no estado sólido. Elementos com energias de ionização altas não 
devem formar cátions facilmente ou conduzir eletricidade (ATKINS; JONES; LAVERMAN, 
2018). 
Quanto maior o raio atômico, menor será a atração exercida pelo núcleo 
sobre o elétron mais afastado. Portanto, menor será a energia necessária para 
remover esse elétron. 
Assim:
 � em uma mesma família — a energia de ionização aumenta de baixo 
para cima;
 � em um mesmo período — a energia de ionização aumenta da esquerda 
para a direita.
Afinidade eletrônica ou eletroafinidade
Para predizer algumas propriedades químicas, é necessário saber como a 
energia muda quando um elétron se liga a um átomo. Assim, a afinidade 
eletrônica, Eea, de um elemento é a energia liberada quando um elétron se liga 
a um átomo na fase gás. Dessa forma, uma alta afinidade eletrônica pode ser 
compreendida como uma grande quantidade de energia liberada quando um 
elétron se liga a um átomo na fase gás. Já uma afinidade eletrônica negativa 
significa que é necessário fornecer energia para fazer com que um elétron se 
11Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica
ligue a um átomo. Por exemplo, a afinidade eletrônica do cloro é a energia 
liberada no processo:
Uma tendência é claramente perceptível: as afinidades eletrônicas são 
maiores na parte direita superior da tabela periódica. Assim:
 � em uma família ou num período, quanto menor o raio, maior a afinidade 
eletrônica.
Eletronegatividade 
A eletronegatividade dos elementos não é uma grandeza absoluta, mas, sim, 
relativa. Dessa forma, a eletronegatividade é a propriedade pela qual se compara 
a força de atração exercida pelos átomos sobre os elétrons de uma ligação. Essa 
força de atração tem relação com o raio atômico: quanto menor o tamanho 
do átomo, maior será a força de atração, pois a distância núcleo-elétron da 
ligação é menor. A eletronegatividade não é definida para os gases nobres. 
Linus Pauling estabeleceu uma escala de valores para a eletronegatividade, 
atribuindo ao elemento flúor (F) o maior valor, 4,0.
A variação da eletronegatividade na tabela periódica é igual à da eletro-
afinidade, assim:
 � nas famílias — a eletronegatividade aumenta de baixo para cima;
 � nos períodos — a eletronegatividade aumenta da esquerda para a direita.
Densidade
Experimentalmente, verifica-se que:
a) entre os elementos das famílias IA e VIIA, a densidade aumenta, de 
maneira geral, de acordo com o aumento das massas atômicas, ou seja, 
de cima para baixo;
b) em um mesmo período, de maneira geral, a densidade aumenta das 
extremidades para o centro da tabela.
Portanto, os elementos de maior densidade estão situados na parte central 
e inferior da tabela periódica, sendo o ósmio (Os) o elemento mais denso 
(22,5 g/cm3). 
Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica12
Temperatura de fusão (TF) e temperatura de ebulição (TE)
Experimentalmente, verifica-se o seguinte:
a) nas famílias IA e IIA, os elementos de maiores TF e TE estão situados 
na parte superior da tabela. Na maioria das famílias, os elementos com 
maiores TF e TE estão situados geralmente na parte inferior;
b) em um mesmo período, de maneira geral, a TF e a TE crescem das 
extremidades para o centro da tabela.
Assim, entre os metais, o tungstênio (W) é o que apresenta maior TF: 
3410°C. O carbono (C), por formar estruturas com grande número de átomos, 
apresenta TF (3550°C) e TE (4287°C) elevados.
Volume atômico
A expressão volume atômico se refere ao volume de um átomo. Na verdade, a 
expressão é usada para designar, para qualquer elemento, o volume ocupado 
por uma quantidade fixa de número de átomos. O volume atômico se refere, 
portanto, ao volume ocupado por 6,02 × 1023 átomos, e pode ser calculado 
relacionando a massa desse número de átomos com a sua densidade.
Assim, temos:
Experimentalmente, verifica-se que:
 � em uma mesma família, o volume atômico aumenta com o aumento 
do raio atômico;
 � em um mesmo período, o volume atômico cresce do centro para as 
extremidades.
13Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica
ATKINS, P. W.; JONES, L.; LAVERMAN, L. Princípios de química: questionando a vida mo-
derna e o meio ambiente. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2018.
ROSENBERG, J. L.; EPSTEIN, L. M.; KRIEGER, P. J. Química geral. 9. ed. Porto Alegre: Book-
man, 2014.
WELLER, M. et al. Química inorgânica. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2018.
Leituras recomendadas
BENVENUTII, E. V. Química inorgânica: átomos, moléculas, líquidos e sólidos. Porto 
Alegre: UFRGS, 2006. 
CAMPBELL, M. K. Bioquímica. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2001.
CHANG, R. Química geral: conceitos essenciais. 4. ed. Porto alegre: McGraw-Hill, 2011.
CLAYDEN, J.; GREEVES, N.; WARREN, S. Organic Chemistry. 2. ed. Oxford: OUP, 2012. 
MCMURRY, J. Química orgânica. 3. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2016. 2 v. 
VOLLHARDT, P.; SCHORE, N. Química orgânica: estrutura e função. 6. ed. Porto Alegre: 
Bookman, 2013.
Classificação, estados da matéria e propriedades da tabela periódica14
Conteúdo:
Dica do professor
As substâncias puras são caracterizadas por apresentarem temperatura de fusão e temperatura de 
ebulição constantes durante a mudança de estado físico. Já para uma mistura, durante a sua 
mudança de estado físico, a temperatura de fusão e de ebulição variam; porém, alguns tipos 
particulares de misturas não seguem essa regra, como, por exemplo, as misturas eutéticas e 
azeotrópicas.
Nesta Dica do Professor, você vai ver como as substâncias puras e as misturas se comportam no 
diagrama de mudanças de estado físico, além da diferença de uma mistura eutética para uma 
mistura azeotrópica.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/cc4a4ae732050a689fd1c97f5dd05e97
Exercícios
1) Comparando-se as propriedades periódicas dos elementos que compõem o KCl, assinale a 
alternativa correta. Dados: K (Z=19) e (Z=17). 
A) O cloro possui menos eletronegatividade. 
B) O potássio possui maior caráter metálico.
C) O cloro tem maior raio atômico. 
D) O potássio tem maior eletroafinidade 
E) O potássio tem maior potencial de ionização 
2) Considerando um átomo em seu estado fundamental, o qual apresenta o subnível mais 
energético sendo o 4p4, seu número atômico e a sua posição na tabela periódica serão:
A) 52, 16-VIA, 5.° período.
B) 34, 16-VIA, 4.° período.
C) 33,15-VA, 4.° período.
D) 15, 15-VA, 3.° período.
E) 35, 17-VIIA, 4.° período.
Observe a distribuição eletrônica dos elementos químicos:3) 
Com base nas informações constantes no quadro anterior, indique qual elemento químico 
corresponde às letras A até E, bem como a família a que pertence esse elemento na tabela periódica.
A) A é o Br, família dos halogênios.
B) B é o Cs, família dos alcalinos.
C) C é o As, família 15-VA.
D) D é o O, família dos halogênios.
E) E é o Ar, família dos gases nobres.
4) Um determinado átomo apresenta quatro camadas eletrônicas (ou níveis) e em cada camada 
tem o seguinte número de elétrons: 2 elétrons na primeira camada, 8 elétrons na segundo 
camada, 18 elétrons na terceira camada e 8 elétrons na quarta camada.
Com base nessa informação, a família e o período em que se encontra esse elemento são, 
respectivamente:
A) Família dos halogênios; sétimo período.
B) Família do carbono; quarto período.
C) Família dos gases nobres; quarto período.
D) Família dos calcogênios; quarto período.
E) Família dos calcogênio; sétimo período.
5) O quadro a seguir fornece os valores de eletronegatividade de quatro elementos químicos, todos 
do terceiro período da tabela periódica.
Um desses elementos é o cloro (Cl) e outro é o enxofre (S), os quais estão representados, 
respectivamente, por:
A) I e II.
B) I e III.
C) I e IV.
D) II e IV.
E) III e IV.
Na prática
Os organismos vivos, assim como toda a matéria que constitui a Terra, são formados por átomos de 
elementos encontrados na natureza, os denominados elementos naturais. Entre os minerais para a 
vida do organismo humano, encontramos grandes quantidades deles em vários alimentos. Sua 
quantidade representa, às vezes, centenas de gramas. São o que poderíamos chamar de 
macroelementos. 
Veja a seguir. 
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Gráfico de mudanças de estados físicos da matéria
Confira no link a seguir uma interessante abordagem sobre como as diferentes substâncias se 
comportam durante a mudança de fase.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Fundamentos de Físico-Química - Uma Abordagem Conceitual 
para as Ciências Farmacêuticas
Confira no livro a seguir uma abordagem conceitual para as ciências farmacêuticas: a discussão 
sobre as propriedades físicas de algumas substâncias segundo o diagrama de fases.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Propriedades periódicas
a seguir como identificar as propriedades dos elementos da tabela periódica.
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https://www.youtube.com/embed/U7uaj2L_jmw
https://www.manualdaquimica.com/quimica-geral/propriedades-periodicas.htm

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