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Mulher no mercado de trabalho

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Av. Getúlio Vargas, 1200 – Vila Nova Santana – Assis – SP – 19807-634 
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DOUGLAS BISPO DE SOUZA CAMARGO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assis 
2010 
 2 
 
 
 
DOUGLAS BISPO DE SOUZA CAMARGO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO 
 
Trabalho de Conclusão de 
Curso apresentado ao Instituto 
Municipal, como requisito do curso 
De Graduação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientador: João Henrique 
Área de Concentração: Ciências Humanas 
 
 
 
 
 
 
Assis 
2010 
 
 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMARGO, Douglas Bispo de Souza 
Participação das mulheres no mercado de trabalho / Douglas Bispo de Souza. 
Fundação Educacional do Município de Assis – Fema – Assis, 2010. xpg. 
 
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) – Administração – Instituto Municipal de 
Ensino Superior de Assis. 
 
1. Participação das mulheres 2. Mercado de trabalho 
CCD: 658 
Biblioteca da FEMA 
 4 
PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOUGLAS BISPO DE SOUZA CAMARGO 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis, 
como requisito do Curso de Graduação, analisado 
pela seguinte comissão examinadora 
 
 
 
 
 
 
 
Orientador: João Henrique dos Santos 
Analisadora:Maria Beatriz Alonso do Nascimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ASSIS 
2010 
 5 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, 
pois se não fosse por ele não teria chegado 
até aqui e segundo aos meus pais, pois 
apesar de tantas dificuldades juntos, teviram 
a paciência necessária para eu poder me 
graduar em um curso superior e também a 
todas aquelas pessoas muita das vezes 
acabaram de certo modo torcendo por mim. 
 
 
 6 
RESUMO 
Este trabalho mostra um pouco da história da participação da mulher no mercado de 
trabalho, as dificuldades iniciais enfrentadas, os avanços e conquistas realizadas por 
elas. No Brasil os movimentos das mulheres iniciam na década de 1970 e como 
grande marco no mercado de trabalho na década de 1990 onde começou uma 
grande onda de mulheres economicamente ativas, isso se tornou um fator 
importante na sociedade da época, e nos anos 2000 onde a sociedade se 
modernizou e as mulheres estão cada dia aumentando o seu grau de conhecimento 
tanto na teoria como na prática. Veremos também suas principais ocupações, 
rendimentos, desemprego e discriminação no ambiente de trabalho. 
 
 
Palavras Chave: Mulher, trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
ABSTRACT 
 
This paper shows some of the history of women's participation in the labor market, 
their first difficulties faced, the progress and achievements made by them. In Brazil 
women's movements beginning in the 1970s and as a landmark.In the 1990s which 
increased the number of economically active women, it became an important factor 
in the society of the time, during 2000 the company has modernized and women are 
every day improving their level of knowledge both in theory and in practice. We will 
also see its main occupation, income, unemployment and discrimination in the 
workplace. 
 
Keywords: Women, Work 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1 - Taxa de participação, por sexo, na Região metropolitana de São Paulo – 
2000-2009.................................................................................................................20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................11 
2 HISTÓRIA DA MULHER NA SOCIEDADE............................................12 
2.1 FASE PRÉ CAPITALISTA.........................................................................12 
2.2 ERA DAS SOCIEDADES INDUSTRIAIS...................................................13 
2.2.1 Revolução Industrial...............................................................................13 
2.2.1.1 Primeiro movimento das mulheres pelos seus direitos.................................14 
2.3 REVOLUÇÃO FRANCESA........................................................................15 
2.4 INICIO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS DAS MULHERES NO 
BRASIL............................................................................................................16 
2.4.1 Década de 80..........................................................................................17 
2.4.2 Década de 90 – Algumas conquistas alcançadas............................................17 
3 HISTÓRICO DA PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NO MERCADO 
DE TRABALHO.............................................................................................19 
3.1 I E II GUERRA MUNDIAL – INÍCIO DA MULHER NO TRABALHO..........19 
3.1.2 Discriminação e exploração em relação a mulher no trabalho...............20 
3.2 PARTICIPAÇÃO DA MULHER NO TRABALHO NO BRASIL...................20 
3.2.1 Anos 70...................................................................................................21 
3.2.2 Década de 80..........................................................................................21 
3.2.3 Anos 90 – Aumento das mulheres economicamente ativas no 
Brasil................................................................................................................22 
3.2.4 Anos 2000 – Século XXI.........................................................................24 
4. MERCADO DE TRABALHO.........................................................................25 
 10 
4.1 PREPARAÇÕES DAS MULHERES PARA O MERCADO DE 
TRABALHO......................................................................................................26 
5. OCUPAÇÃO, REDIMENTOS E DESEMPREGO FEMININO NA 
REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO............................................28 
5.1 DESEMPREGO FEMININO.......................................................................29 
5.2OCUPAÇÃO...............................................................................................30 
5.3 RENDIMENTO DA MULHER AUMENTA E DO HOMEM DIMINUI...........34 
5.4 DESIGUALDADES SALARIAIS EM RELAÇÃO A MULHER NO 
MERCADO DE TRABALHO............................................................................38 
6.CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 41 
REFERÊNCIAS.............................................................................................43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11 
1. INTRODUÇÃO 
 
Neste trabalho será mostrado um pouco da história da participação da mulher no 
mercado de trabalho, com suas dificuldades iniciais, os avanços e conquistas 
realizadas por elas, mostraremos como se encontra o mercado de trabalho em 
relação a elas nos dias atuais, como e qual, pretendemos mostrar um resumo de 
toda a trajetória da era que é a mulher economicamente ativa, mostrar dificuldades e 
conquistas. 
Como sabemos a mulher no mercado de trabalho iniciou suas lutas pós guerra 
mundial, onde seus esposos quando retornavam da guerra não tinha condição de 
trabalhar e com isso as mulheres para poder sustentar sua prole necessitavam a se 
submeter atrabalhos que não eram domésticos, com isso começou a mudar a visão 
tanto delas como da sociedade de um modo geral, onde em alguns casos tinha se 
uma grande discriminação e dificuldades enquanto em outros apoios em 
movimentos feministas. No decorrer dos anos isso foi aumentando passando em 
cada década um fator que viera a marcar aquele período, principalmente pelas 
conquistas alcançadas. No Brasil isso não foi diferente sendo que esses movimentos 
se iniciaram aqui por volta da década de 1970 e intensificou – se nos anos 1990. Já 
nos anos 2000 muitas dessas barreiras enfrentadas em épocas anteriores não 
existiam, mas como a sociedade se modernizou o trabalho feminino exigiu que elas 
buscassem uma qualificação maior, onde mostraremos o nível de preparação que as 
mulheres estão se colocando, as ocupações e os rendimentos médios delas, nível 
de desemprego e também desigualdades salariais em relação ao homem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
2. HISTÓRIA DA MULHER NA SOCIEDADE 
 
A mulher desde a formação da sociedade sempre foi submissa ao homem, sob suas 
ordens e sujeições. Isso se dá pelo fato de ser consideradas mais frágeis e que a 
tempos atrás praticamente dependiam do homem para sobreviver. 
Quando o homem começou a produzir seu próprio alimento essa divisão ficou mais 
exposta, pois todo o trabalho pesado e braçal ficava ao homem, até então ele era o 
único responsável por garantir sua sobrevivência. Já a mulher foi tinha como 
capacidade e responsabilidade a reprodução, sendo assim ela ficou com a 
obrigação de cuidar dos afazeres da casa. Tudo isso começou e se passou no 
período neolítico (entre 8.000 á 4.000 anos atrás). No resumo do livro O PAPEL DA 
MULHER NA SOCIEDADE AO LONGO DA HISTÓRIA, publicado no site 
SHVOONG.COM, a autora Karla Adriana Martins, cita esses exemplos como fatores 
importantes que levaram a essa cultura de submissão da mulher. 
2.1 FASE PRÉ CAPITALISTA 
Na fase pré capitalista tinha como característica a família multigeracional, isto é, 
várias gerações da família sempre trabalhavam com a mesma unidade econômica 
como fator de geração de renda. Os trabalhos e conhecimentos eram passados de 
forma empírica de pai para filho, tornando o trabalho duradouro e na maioria das 
vezes rentável e como única fonte de renda de todos. Isso também ocorria com as 
mulheres, pois quando meninas elas eram ensinadas a cuidar dos afazeres 
domésticos, isso era decorrente da cultura da época, pois a mulher era considerada 
mais frágil e incapaz, sendo assim impossibilitada de assumir um grupo familiar. 
Desta forma que surgiram as sociedades patriarcais que tinham como característica 
o homem como chefe de família, e os bens alcançados em uma geração eram 
passados para um sucessor que já vinha sendo preparado, para cuidar futuramente, 
mas para isso eles teriam que ter a paternidade, e por essa razão aumentou o 
interesse de ser pai. 
Tudo isso despertou o interesse do homem em relação a sexualidade feminina, tanto 
no repasse dos bens materiais, como na reprodução da sua linhagem. A mulher 
 13 
passou a ser do homem, como forma dele perpetuar-se através da descendência. A 
função da mulher foi sendo restrita ao mundo doméstico, submissa ao homem. 
2.2 ERA DAS SOCIEDADES INDUSTRIAIS 
Neste período essas produções que eram feitas artesanalmente e que eram 
passados de pai para filho, tiveram a necessidade de ter um aumento pelo fato de 
aumentar consideravelmente a demanda dos produtos. Não tinha mais como 
atender as necessidades básicas de sobrevivência apenas com o que se produzia, 
era necessária a busca de outros meios para suprir essa necessidade. A indústria 
inicia nesse período e as famílias multigeracionais vão desaparecendo afinal o 
homem apenas não tinha condição de atender todas as necessidades familiares. 
Ainda permanece nesse período o poder patriarcal, mas nas classes mais pobres as 
mulheres eram submetidas ao trabalho fabril. Isso ocorre por meados do século 
XVIII e XIX, e se caracteriza pelo abandono das mães e as crianças é que sofrem as 
maiores conseqüências. Acarreta assim na desestruturação dos laços familiares e 
aumenta os vícios decorrentes do trabalho, crescendo os conflitos sociais. 
2.2.1Revolução Industrial 
A revolução industrial intensificou a presença da mulher no trabalho fabril, e nessa 
era em que se começa produzir em grande escala necessitou de uma grande mão 
de obra para poder atender a demanda que jazia. Com isso o trabalho da mulher 
fora de sua casa se tornou necessário e comum, colocando - a em uma nova 
sociedade, de um lado positiva, pois ela não dependia diretamente do homem para 
sobreviver, mas por outro lado estavam submetidas as mesmas condições de 
trabalho e que seus maridos e continuavam com o compromisso dos afazeres 
domésticos. A revolução industrial tinha como uma grande característica a luta de 
direitos e condições trabalhistas que os homens defendiam, e com essa questão que 
a mulher tinha as mesmas condições que o homem de trabalho e que, além disso, 
tinha o trabalho doméstico levou essas mulheres a fazerem seu primeiro movimento 
socialista, que tinha como objetivo ter qualidade e condição de conciliar o trabalho 
fabril com o trabalho doméstico. 
 
 
 14 
2.2.1.1 Primeiro movimento das mulheres pelos seus direitos 
Essa busca pelos seus direitos e condições de trabalho ocorreu por meados do 
século XIX, e tinha como característica a formação de um grupo organizado lutando 
pelo mesmo objetivo. Como citado anteriormente a mulher foi submetida a uma 
dupla jornada de trabalho, pois cuidava de sua casa e depois ia para seu trabalho 
remunerado, e nos seus trabalho era submetidas a uma grande jornada com várias 
horas seguidas de trabalho sem nenhum tipo de descanso ou benefício, no qual isso 
era a característica da revolução industrial, os empregadores buscavam apenas o 
lucro e não davam nenhum tipo de condição para a classe operacional. Por essa 
razão as mulheres em seu primeiro movimento organizado buscavam melhores 
condições de trabalho com jornada menor e também alguns benefícios como creche, 
escolas para seus filhos e auxilio maternidade. 
No século XX se deu continuidade a esse movimento e foi se intensificando. A 
luta das mulheres contra as formas de opressão a que eram submetidas foi 
denominada de feminismo e a organização das mulheres em prol de melhorias 
na infra-estrutura social foi conhecida como movimento de mulheres. A luta 
feminina é uma busca de construir novos valores sociais, nova moral e nova 
cultura. É uma luta pela democracia, que deve nascer da igualdade entre 
homens e mulheres e evoluir também tem divisões dentro dela. Os valores 
morais impostos às mulheres durante muito tempo dificultaram a luta pelo direito 
de igualdade. As mulheres que assumiram o movimento feminista foram vistas 
como "mal amadas" e discriminadas para tentar a igualdade de direitos, para 
tentar suprimir a desigualdade de gênero. Com isso dificultou essa busca pois 
além já sofrerem discriminação por ser mulher e estar trabalhando, as mulheres 
que buscavam seus direitos sofriam mais discriminação. 
2.3 REVOLUÇÃO FRANCESA 
O movimento feminista mais importante teve inicio na Revolução Francesa (período 
de 1789 á 1799), e o autor Mendes cita esse fato em sua obra no livro A MULHER 
NA SOCIEDADE ATUAL ( 1986,p. 12/13): 
Mas o feminismo, como movimento organizado, surgiu de fato na 
Revolução Francesa. Naquele conturbado período, arregimentaram-se 
sociedades populares femininas que encaminharam à Assembléia 
Constituinte diversas petições, pleiteando a extensão às mulheres dos 
 15 
direitos concedidos aos homens. Houve, no momento, políticos e 
pensadores proeminentes, como Condorcet e Sieyès, que defenderam 
vigorosamente a tese da igualdade política dos sexos, porém os 
projetos de feministas foram rejeitados em 1793. 
 
 
Segundo Maggie Humm e Rebecca Walker, a história do feminismopode ser 
dividida em três "ondas", a primeira teria ocorrido no século XIX e início do 
século XX, a segunda nas décadas de 1960 e 1970, e a terceira está ocorrendo 
desde da década de 1990 até a atualidade. 
A primeira onda do movimento feminista se deu por volta do século XIX e 
ocorreu até o século XX , e tinha como foco a igualdade dos direitos contratuais 
para homens e mulheres e oposição aos casamentos arranjados. O site 
WIKIPÉDIA nos mostra a definição para essa primeira “onda”: 
 
 
A primeira onda do feminismo se refere a um período extenso de 
atividade feminista ocorrido durante o século XIX e fim do século XX no 
Reino Unido e nos Estados Unidos, que tinha o foco originalmente na 
promoção da igualdade nos direitos contratuais e de propriedade para 
homens e mulheres, e na oposição de casamentos arranjados e da 
propriedade de mulheres casadas (e seus filhos) por seus maridos. No 
entanto, no fim do século XIX, o ativismo passou a se focar 
principalmente na conquista de poder político, especialmente o direito 
ao sufrágio por parte das mulheres. Ainda assim, feministas como já 
faziam campanhas pelos direitos sexuais, reprodutivos e econômicos 
das mulheres nesta época. 
 
 
Segunda onda do feminismo se refere a um período da atividade feminista que 
teria começado no início da década de 1960 e durado até o fim da década de 
1980. A acadêmica Imelda Whelehan sugere que a segunda onda teria sido uma 
continuação da fase anterior do feminismo, que envolveu as suffragettes do 
Reino Unido e Estado Unidos. A segunda onda feminista continuou a existir 
deste então, e coexistiu com o que é chamado de terceira onda. 
E por ultimo a terceira “onda” que se iniciou nos anos 1990 e está até os dias de 
hoje. Ela surgiu como uma resposta a supostas falhas ocorridas no ultimo 
movimento das mulheres e também reinvidicando melhorias em iniciativas 
 16 
criadas na onda anterior. Esse movimento tinha como objetivo desafiar ou evitar 
aquilo que vê como as definições essencialistas da feminilidade feitas pela 
segunda onda que colocaria ênfase demais nas experiências brancas de classe 
médio-alta. 
Segundo o site Wikipédia nos mostra uma interpretação pós-estruturalista do 
gênero e da sexualidade é central à maior parte da ideologia da terceira onda. 
As feministas da terceira onda freqüentemente enfatizam a "micro política", e 
desafiam os paradigmas da segunda onda sobre o que é e o que não é bom 
para as mulheres. 
Após a década de 1940 cresceu a incorporação da força de trabalho feminina no 
mercado de trabalho, havendo uma diversificação do tipo de ocupações 
assumidas pelas mulheres. 
2.4 INÍCIO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS DAS MULHERES NO 
BRASIL 
No Brasil a mulher começou a ingressar no mercado de trabalho formalmente 
nos anos 1970, aonde começou a ter registro em carteira de trabalho e salários 
pelos seus serviços. Mas ainda os serviços relacionados a elas era que exigiam 
as formas de cuidados, como serviços domésticos, enfermeiras, professoras, 
educadoras em creches, enquanto nas indústrias a sua parcela de participação 
ainda era muito pouca. O Brasil tinha e tem como característica a agricultura 
com principal meio de recurso produtivo do país, e naquela época as mulheres 
trabalhavam também em áreas rurais. 
Vendo que se acrescia a participação das mulheres no trabalho, começaram a 
ver a necessidade para criar direitos das mulheres nos seus serviços, começou 
assim os primeiros movimentos feministas no Brasil. 
2.4.1 Década de 1980 
Com esse aumento das mulheres trabalhando, notou - se que havia uma grande 
discriminação em relação às mulheres por estarem economicamente ativas e 
com isso se tinha e ainda tem desigualdades salariais, preconceito em relação a 
sua capacidade de trabalho, tornando o trabalho delas inferior em relação ao dos 
homens. Por essa razão os movimentos feministas aumentam buscando 
 17 
emancipação do horizonte de sua participação social, econômica e política no 
Brasil. Neste período ainda se tinha como forma de governo a ditadura militar, no 
qual esses motivos dificultavam e restringiam cada vez mais movimentos que 
reivindicassem qualquer tipo de melhoria. Apesar disso tudo o movimento se 
intensificou e era levado aos grandes centros, e com isso aumentava a 
possibilidade para discussões de seus ideais e sexualidade: denunciava - se e 
combatia a violência contra a mulher e enfrentava de forma mais aberta às 
contradições de seu papel familiar. 
Um fato importante ocorreu no ano de 1988, pois na Constituição Federal a 
mulher conquistou a igualdade política e jurídica referente ao homem, a partir 
disso a capacidade que a mulher já tinha de exercer funções denominadas a 
homens passa a ser uma obrigação da sociedade e justiça. 
2.4.2 Década de 1990 – Algumas conquistas alcançadas 
Com essa conquista de igualdade social e trabalhista perante a Constituição 
Federal as mulheres tiveram um grande avanço social, mas ainda sofriam com a 
desigualdade, principalmente em relação a questão salarial. Na década de 90 
houve uma grande taxa de desemprego no país e as mulheres por estarem a 
maior parte em trabalho operacional foram as que mais sofreram com isso e as 
que estavam empregadas tinham salários muitos diferenciados em relação aos 
homens e um grande problema social, pois o governo investia muito pouco em 
creches, escolas e hospitais. 
Outro fator que se acentuou no nesse período foi o assédio moral e sexual em 
relação as mulheres, pois o mercado era ocupado em sua grande parte por 
homens e quando a mulher tentava uma vaga de emprego em determinada área 
ela deveria ter além de conhecimento especifico e a beleza física, pois era 
considerado como fator de seleção. 
Por essa razão muitas mulheres se preparavam estudando e investindo em 
cursos para ocupar cargos que para os homens não seria necessário essa 
qualificação. 
Apesar de tantas dificuldades as mulheres conquistaram um espaço de respeito 
dentro da sociedade. As relações ainda não são de igualdade e harmonia entre 
 18 
os gêneros femininos e o masculino. O homem ainda atribui à mulher a dupla 
jornada, já que o lar é sua responsabilidade, mas muitos valores sobre as 
mulheres já estão mudando. O homem também está em conflito com o papel 
que foi construído socialmente para ele, hoje ser homem não é nada fácil, pois 
as mulheres passaram a exigir dele um novo comportamento, no qual não basta 
o homem fazer o seu trabalho como forma de sustento da casa, mas necessita 
também auxiliar a mulher em afazeres domésticos, pois a mulher também está 
nesta mesma busca de melhor condição de vida e com isso o homem tem que 
conciliar seu trabalho e também o trabalho doméstico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 19 
3. HISTÓRICO DA PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NO MERCADO 
DE TRABALHO 
 
 
A conquista da mulher por um espaço no mercado de trabalho, começou no início do 
século XIX, quando a sociedade acreditava que o homem era o único provedor das 
necessidades da família, tendo a mulher à função de mantenedora do lar e 
educadora dos filhos. 
Nesse período as mulheres quando ficavam viúvas ou pertenciam a uma classe 
mais pobre da sociedade, eram obrigadas a trabalharem fora de suas casas para ter 
condições de cuidar dos seus filhos com atividades que tinham um retorno 
financeiro. 
Em publicação do artigo ANALISE HISTÓRICA DA MULHER E O TRABALHO, no 
site brasilescola.com.br, o autor cita como algumas das principais atividades da 
mulher nesse período. 
“Dentre as principais atividades realizadas, destacam-se: a fabricação de doces por 
encomendas, o arranjo de flores, os bordados e as aulas de piano”. 
Além de serem pouco valorizadas essas atividades eram mal vistas pela sociedade, 
o que dificultava a conquista das mulheres por um espaço no mercado de trabalho. 
Mesmo assim, algumas conseguiram transpor as barreiras do papel de ser apenas 
esposa, mãe e dona dolar. 
3.1 I E II GUERRA MUNDIAL – INÍCIO DA MULHER NO TRABALHO 
A participação da mulher no mercado de trabalho começou de fato com a I e II 
guerras mundiais (1914-1918 e 1939-1945, respectivamente), pois quando seus 
esposos iam para a guerra elas não tinham como manter suas casas e por isso se 
viram na obrigação de irem em busca de renda para sustentar seus filhos. Com o 
final da guerra além de toda destruição que deixaram muitos dos esposos que iam a 
para ela não voltavam, pois haviam morrido nas batalhas e os que voltavam não 
tinham condições de trabalho, pois haviam sido mutilado e por essa razão elas 
continuaram a trabalhar fora de suas casas, pois se tornaram chefes de lares. 
 20 
No século XIX a consolidação do sistema capitalista proporcionou inúmeras 
mudanças no processo produtivo das empresas e na organização do trabalho 
feminino. Com o desenvolvimento tecnológico e o intenso crescimento industrial, boa 
parte da mão-de-obra feminina foi transferida para as fábricas. Desde então, 
algumas leis passaram a beneficiar as mulheres, e essas leis foram feitas na 
Constituição de 1932, que diz o seguinte: 
 
 
Sem distinção de sexo, a todo trabalho de igual valor correspondente ao 
salário igual; veda-se o trabalho feminino das 22 horas às 5 da manhã; é 
proibido o trabalho da mulher grávida durante o período de quatro semanas 
antes do parto e quatro semanas depois; é proibido despedir a mulher 
grávida pelo simples fato de gravidez. 
 
 
Com essa lei as mulheres puderam ter na teoria o que na prática ainda não havia 
acontecido que era o direito de melhores condições de trabalho, pois até então não 
se falava nada de melhorias ao seu trabalho e também benefícios para cuidar dos 
afazeres domésticos. 
3.1.2 Discriminação e exploração em relação à mulher no trabalho 
Mesmo com essas conquistas não foi tão fácil para as mulheres trabalharem, pois 
apesar de ter a lei ao seu favor elas eram submetidas a longas jornadas de trabalho 
chegando de 14 a 18 horas consecutivas. A justificativa para esses acontecimentos 
está centrada no fato da sociedade acreditar que o homem representa o papel de 
chefe de família e tem o dever de trabalhar para o sustento da casa, não havendo 
necessidade da mulher buscar fora de casa uma renda para ajudar nas despesas 
domiciliar. Apesar de essa ideologia ser de um tempo passado às mulheres ainda 
sofrem mesmo que em proporção menor algum tipo de discriminação nesse sentido, 
mas por outro lado isso vem se reestruturando pois a própria sociedade vê hoje a 
necessidade e capacidade da mulher atuar no mercado de trabalho e cuidar dos 
afazeres domésticos. 
3.2 PARTICIPAÇÃO DA MULHER NO TRABALHO NO BRASIL 
O crescimento da participação feminina no mercado de trabalho brasileiro foi uma 
das mais marcantes transformações ocorridas no país desde anos 70, do século XX. 
 21 
Várias são as razões para explicar o ingresso das mulheres no mercado de trabalho 
a partir dos anos 70. A necessidade econômica, que se intensificou com a 
deterioração dos salários reais dos trabalhadores e que as obrigou a buscar uma 
complementação para a renda familiar. Outras causas podem também explicar esse 
movimento feminino. 
A elevação, nos anos setenta, da expectativa de consumo em face da proliferação 
de novos produtos e grandes promoções que deles se fez, redefiniu o conceito de 
necessidade econômica, não só para as famílias das classes médias, mas também 
para as de renda mais baixa, entre as quais, embora a sobrevivência seja a questão 
crucial, passa a haver também um anseio de ampliar e diversificar a cesta de 
consumo. Trabalhar fora ajuda no orçamento doméstico, adquirem novas 
possibilidades de definição, que se expressam de maneiras diferentes em cada 
camada social, armas que só se viabilizam pela existência de emprego. 
3.2.1 Anos 70 
Nos anos 70 o Brasil passava por uma nova estruturação econômica e política, pois 
como dito anteriormente o país tinha como forma de governo a ditadura militar e a 
urbanização e industrialização que até então não existia tinha um grande 
crescimento. Isso proporcionou a incorporação da mulher no trabalho. As taxas de 
crescimento econômico e os níveis de emprego aumentaram. O país consolidou sua 
industrialização, modernizou seus instrumentos produtivos e se tornou mais urbano, 
embora ao custo do aumento das desigualdades sociais e da concentração da 
renda. 
Por outro lado, profundas transformações nos padrões de comportamento e nos 
valores relativos ao papel social da mulher intensificada pelo impacto dos 
movimentos feministas e pela presença feminina cada vez mais atuante nos espaço 
público, facilitaram a oferta de trabalhadoras. 
3.2.2 Década de 80 
Com isso na década de 1980 o mercado de trabalho não conseguiu absorver a 
demanda que até então era somente de homens, e por essa razão mulheres 
começaram a ter empregos informais, sem registro em carteira, sem direitos 
trabalhistas e com grandes diferenças salariais, mas em contra partida teve um 
 22 
aumento na renda perca pita em domicílio. Com esse aumento perca pito por família 
possibilitou o aumento do poder de compra de todas as classes sociais 
principalmente das classes mais pobres, tendo eles uma participação significativa no 
setor econômico do país. 
3.2.3 Anos 1990 – Aumento das mulheres economicamente ativas no Brasil 
Nos anos 90 a tendência de crescimento das mulheres no trabalho continuou 
aumentando isso nota - se, pois se compararmos a evolução do crescimento do 
emprego do masculino em relação ao feminino, o crescimento foi maior das 
mulheres. 
Isso pode ser observado nos dados da PEA (População Economicamente Ativa) que 
podemos visualizar através da tabela 1. 
No entanto, o mais significativo desse movimento é que ele ocorreu num contexto de 
estagnação econômica, de forte elevação do desemprego, de queda nos 
rendimentos do trabalho, de aumento da proporção de trabalhadores sem carteira de 
trabalho assinada e da precariedade, em geral, do mercado de trabalho brasileiro. 
Diante deste quadro, que resultados sobre a qualidade da ocupação e do 
rendimento feminino deveríamos esperar dessa expansão? Maiores taxas de 
desemprego? Queda no rendimento do trabalho feminino? Maior precarização do 
trabalho da mulher? Claramente era isso que deveria ser esperado e, em parte, foi o 
que realmente ocorreu. 
A taxa de desemprego elevou-se significativamente nos anos 90, tanto a feminina 
como a masculina. Mas, considerando-se o saldo da década, pode-se concluir que o 
impacto foi mais desfavorável para os homens do que para as mulheres. 
 
 
 
 
 
 23 
Ano PIA PEA Ocupados Desocupados 
Taxa 
de 
Participação 
Taxa de 
Ocupação 
Taxa 
de 
Desem
prego 
1991 12.183.932 9.744.102 9.275.868 468.234 79,98 95,19 4,81 
1992 12.622.069 9.889.346 9.332.246 557.100 78,35 94,37 5,63 
1993 12.807.268 9.882.113 9.372.919 509.194 77,16 94,85 5,15 
1994 13.048.555 10.073.502 9.588.012 485.490 77,20 95,18 4,82 
1995 13.242.777 10.153.021 9.693.032 459.989 76,67 95,47 4,53 
1996 13.616.350 10.383.991 9.864.371 519.620 76,26 95,00 5,00 
1997 13.897.580 10.375.947 9.828.342 547.604 74,66 94,72 5,28 
1998 14.207.566 10.471.056 9.728.907 742.148 73,70 92,91 7,09 
1999 14.438.664 10.421.763 9.689.872 731.891 72,18 92,98 7,02 
Tabela 1 – Inserção do trabalho masculino no mercado de trabalho 
metropolitano no estado de São Paulo (In: IBGE. Pesquisa Mensal de Emprego 
(PME), 1991 a 1999.) 
 
Assim, a quantidade de mulheres desempregadas elevou-se em aproximadamente 
300 mil, entre 1991 e 1999. Como o crescimento da PEA feminina foi de 1,2 milhão, 
temos que, mesmo num contexto de crise, cerca de 900 mil mulheres encontraram 
ocupação. Entre os homens, enquanto a PEA cresceu apenas 680 mil, a elevação 
do número de ocupados ficou próxima a 415 mil e o quantidade de desempregados 
aumentou em 264 mil. Ou seja, 25% das mulheres que ingressaramna PEA ficaram 
desempregadas, enquanto que entre os homens esta proporção foi muito maior: 
39% como mostram a tabela 2. 
 
 
 24 
Ano PIA PEA Ocupados Desocupados 
Taxa de 
Participação 
Taxa de 
Ocupação 
Taxa 
de 
Desem
prego 
1991 13.786.370 6.104.093 5.805.363 298.730 44,28 95,11 4,89 
1992 14.154.728 6.042.552 5.678.531 364.021 42,69 93,98 6,02 
1993 14.525.453 6.174.537 5.829.793 344.744 42,51 94,42 5,58 
1994 14.668.694 6.358.241 6.012.396 345.845 43,35 94,56 5,44 
1995 15.032.289 6.601.660 6.282.002 319.658 43,92 95,16 4,84 
1996 15.358.403 6.889.617 6.471.059 418.558 44,86 93,92 6,08 
1997 15.788.976 6.992.284 6.554.669 437.614 44,29 93,74 6,26 
1998 16.199.235 7.214.254 6.612.221 602.033 44,53 91,65 8,35 
1999 16.633.892 7.299.357 6.696.730 602.627 43,88 91,74 8,26 
Tabela 2 – Inserção do trabalho feminina no mercado de trabalho 
metropolitano do estado de São Paulo (In: IBGE. Pesquisa Mensal de Emprego 
(PME), 1991 a 1999) 
 
3.2.4 Anos 2000 – Século XXI 
Chegando agora no ano 2000 a participação da mulher continuou aumentando em 
quase todos os setores econômicos ativos, destacando a essa participação em 
empregos comerciais, diminuindo a parcela de empregos domésticos. Isso se reflete 
pela questão da qualificação que as mulheres estão buscando nos últimos anos, 
tendo assim melhor desempenho pessoal e profissional também. 
As mulheres brasileiras estão cada vez mais qualificadas, têm mais tempo de estudo 
que os homens, começam a ingressar em profissões consideradas de prestígio e a 
ocupar postos de comando, ainda que lentamente. Nos últimos anos, elas também 
vêm sendo beneficiadas por um conjunto de normais legais e ações governamentais 
que tentam promover a igualdade de gênero no trabalho. 
 25 
4. MERCADO DE TRABALHO 
 
Pesquisas feitas recentemente comprovam um fenômeno que não obedece 
fronteiras. Cresce consideravelmente o número de mulheres em postos diretivos nas 
empresas. Curiosamente, isso ocorre em vários países, de maneira semelhante, 
como se houvesse um silencioso e pacífico levante de senhoras e senhoritas no 
sentido da inclusão qualificada no mundo do trabalho. 
No Brasil, as mulheres são 41% da força de trabalho, mas ocupam somente 24% 
dos cargos de gerência. O balanço anual da Gazeta Mercantil mostra que a parcela 
de mulheres nos cargos executivos das 300 maiores empresas brasileiras subiu de 
8%, em 1990, para 13%, em 2000. No geral, entretanto, as mulheres brasileiras 
recebem, em média, o correspondente a 71% do salário dos homens. Essa 
diferença é mais patente nas funções menos qualificadas. No topo, elas quase 
alcançam os homens. 
Em pesquisa feita pelo grupo Catho, empresa de seleção e recrutamento de 
executivos mostrou que as mulheres chegam ao posto de diretoria e presidência 
mais cedo que os homens, a média de idade dessas mulheres é de 36 anos, 
enquanto que os homens chegam a esse cargo na idade de 40 anos. Em 
contrapartida elas ganham 22,8% menos que os homens nessas mesmas funções. 
Mas como boa notícia isso vem caindo gradativamente, pois essas diferenças estão 
a cada ano diminuindo. 
 No ano de 1991 o rendimento médio da mulher correspondia a 63% dos 
rendimentos masculinos, já no ano 2000 essa taxa subiu para 71%. Isso se dá pela 
questão das conquistas alcançadas referentes a desigualdades salariais, mas 
também pelo aumento de mulheres chefes de famílias. 
Segundo o Censo em 1991 cerca de 18% das mulheres eram consideradas como 
chefes de famílias, já em 2000 esse número subiu para 25%. 
Pesquisas mostram também que as mulheres buscam se qualificar mais que os 
homens para uma eventual disputa por uma vaga, cerca de 30% das mulheres 
 26 
apresentam no currículo mais de 10 anos de escolaridade, enquanto que os homens 
apenas 20%. 
Segundo dados estatísticos houve um crescimento por faixa etária no Brasil em 
relação às mulheres, isso foi feito mediante a PEA (População Economicamente 
Ativa). 
Em 2001, 30% da PEA feminina correspondia às mulheres com 40 anos ou mais; 
40% àquelas entre 25 e 39 anos; 24% às jovens de 18 a 24 anos; 5% as de 15 a 17 
anos; e apenas 1% às que tinha entre 10 e 14 anos. 
No Brasil há mais mulheres do que homem e com isso elas vem conseguindo 
empregos com mais facilidade. Por essa razão que as mulheres sofrem mais que os 
homens de estresse em carreira, pois além delas trabalharem sob pressão em seus 
postos de trabalho elas têm o cuidado em relação as suas casas. Mesmo que em 
alguns casos tenha ajuda do homem cuidando dos afazeres domésticos, elas 
normalmente tiram mais licenças trabalhistas que os homens, na maioria das vezes 
motivadas por essa razão, pois acumula o serviço doméstico e o serviços fora de 
casa aumentado o nível de estresse. 
4.1 PREPARAÇÃO DAS MULHERES PARA O MERCADO DE TRABALHO 
No Brasil atualmente as mulheres estão sendo mais contratadas em vagas 
denominadas de chefia, isso se dá pela razão que elas estão se preparando e 
instruindo mais que os homens. Na década de 1990 pesquisas mostram que apenas 
35% delas tinham ensino médio completo e já no final da década esse numero foi 
para 43%. Considerando que neste período tinha uma maior dificuldade para se ter 
o ensino superior e que também se ocupava cargos operacionais e conforme tinha 
um desempenho considerável conseguiria subir de cargo dentro da empresa, as 
mulheres se destacavam pela questão de se instruir e concluir seus estudos para 
poder assim ter um maior desempenho no seu trabalho. 
Umas das vantagens de se ter uma mulher em cargo diretivo é que ela consegue 
tratar de diversos assuntos com naturalidade fazendo processos multifuncionais com 
qualidade, elas conseguem enxergar muitas vezes pessoas de diversas culturas e 
conhecimentos formando assim equipes heterogenia proporcionando uma maior 
 27 
sinergia de trabalho em intensificando a capacidade de cada um trazendo resultados 
mais rápidos e objetivos. 
 
 
A vida profissional compartilhada com as mulheres tem se revelado mais 
ativa, mais colorida e mais interessante. Esse intercâmbio de 
conhecimentos e sensibilidades tem se mostrado proveitoso para ambas as 
partes. Troca-se razão por criatividade, matemática por poesia, disciplina 
por afetividade. E vice-versa. Reafirmo a necessidade de aprendizado 
permanente e as mulheres são boas professoras por natureza. Enfim, diria 
que não importa o sexo ou a opção sexual. Quem aspira a uma carreira de 
sucesso tem que assumir, de agora em diante, um perfil mais feminino. E 
este conselho vale também para as mulheres que ainda não descobriram 
suas próprias virtudes (JULIO, 2002, p. 136). 
 
 
Nos dias atuais, há belos exemplos da competência feminina em postos de direção 
nas grandes empresas. É o caso de Marluce Dias, na Rede Globo, e de Maria Sílvia 
Bastos Marques, na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Gostaria de citar ainda 
o caso de Chieko Aoki, do Grupo Blue Tree Hotels, que iniciou a carreira como 
secretária bilíngüe na Ford e que depois atuou na construtora Guarantã. Com muito 
esforço e dedicação, ela criou sua própria empresa de administração hoteleira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 28 
5. OCUPAÇÃO, REDIMENTOS E DESEMPREGO FEMININO NA 
REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO 
 
 
A ocupação das mulheres no mercado de trabalho na região metropolitana de São 
Paulo nos últimos anos vem em grande crescente, pois além de ser um dos estados 
mais populosos do país, é o estado mais rico, onde grande parte das maiores 
empresas está presente. Com isso há um grande número de empregos que são 
criados diariamente em todos os níveis de ocupação e em todo o tipo de área 
trabalhista, com as mulheres não seria diferente, pois em todo o país o número de 
mulheres que ingressam no mercado de trabalho aumenta a cada dia mais, e neste 
estado esse numero é maior e com o diferencial que muitos cargos são de níveis 
superiores, mostrando que a preparação profissional está sendo mais aproveitadapelas mulheres e as empresas valorizam cada dia mais a mão de obra feminina. 
Segundo a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE), a taxa de 
desemprego total¹ diminuiu pelo sexto ano consecutivo, sendo no ano de 2009 em 
menor intensidade em relação há anos anteriores, passando de 16,5% em 2008, 
para 16,2% em 2009. Mesmo com a taxa de ocupação que teve uma queda de 
56,4% para 55,9% em relação ao ano anterior, essa taxa de desemprego mostrou 
que as mulheres ocupam cada dia mais novas vagas de trabalho e as que estão 
empregadas mantém sua estabilidade dentro das empresas. Comparando com os 
homens o nível ocupacional também teve uma queda no mercado de trabalho 
saindo de 72,0% em 2008 para 71,5% em 2009, com o diferencial que a taxa de 
desemprego masculina aumentou de 10,7% em 2008 para 11,6% em 2009. 
______________ 
 1. A taxa de desemprego total corresponde á soma das taxas de desemprego aberto e oculto. 
Consideram - se, em desemprego aberto, as pessoas que procuram trabalho de maneira efetiva nos 
últimos dias anteriores ao da entrevista e não exerceram qualquer tipo de atividade nos sete últimos 
dias. O Desemprego oculto, por se turno, engloba pessoas na seguinte situação: a) que exercem 
algum trabalho, de auto ocupação, de forma descontinua e irregular, inclusive não remunerado em 
negócios de parentes e, simultaneamente, tomaram providencias concretas, nos 30 dias anteriores 
ao da entrevista ou até 12 meses atrás, para conseguir um trabalho diferente deste (desemprego 
oculto pelo trabalho precário); b) que não trabalham e nem procuram trabalho nos 30 dias que 
antecederam a entrevista, por desestímulos do mercado de trabalho ou por circunstâncias fortuitas, 
mas procuram-no efetivamente nos últimos 12 meses ( desemprego oculto pelo desalento). 
 29 
Com isso a diminuição da taxa de desemprego e o aumento da participação da 
mulher no mercado de trabalho levaram a um pequeno crescimento de nível 
ocupacional (0,4%) refletindo em melhores níveis salariais e qualidade de vida 
pessoal e profissional. 
Como citado anteriormente a taxa de ocupação feminina decresceu em 2009 
comparado a 2008 (Grafico1). Essa taxa teve um histórico de crescimento até 2004 
que foi interrompida entre 2005 e 2007, e voltou a ter o crescimento em 2008. A 
queda no crescimento em 2009 se deve a crise econômica internacional que atingiu 
a economia nacional no segundo trimestre de 2008. 
Gráfico 1 – Taxa de participação, por sexo na Região metropolitana de 
São Paulo – 2000-2009 
 
5.1 DESEMPREGO FEMININO 
Mesmo com o aumento das mulheres no mercado de trabalho, a taxa de 
desemprego na região metropolitana de São Paulo manteve – se em uma crescente, 
mas com níveis diferentes em relação ao homem. Entre 2008 e 2009 a taxa de 
 30 
desemprego total diminuiu ligeiramente de 16,5% para 16,2%, enquanto o homem 
teve um aumento, saindo de 10,7% para 11,6%, isso proporcionou uma redução da 
diferença em relação ao emprego masculino e feminino, mesmo sendo um valor 
pequeno já nos mostra que essa tendência está em crescimento gradativamente, 
mulher estão ocupando as vagas em aberto e mantendo se estabilizadas em seus 
postos de trabalho. 
Em 2009 a crise econômica teve um aumento significativo dentro da economia 
brasileira, e mesma com esse fator a taxa de desemprego feminino teve uma queda 
no ano que chegou a 1,8%, enquanto com os homens a taxa teve um crescimento 
de 8,4% como mostra a tabela a seguir. 
Tabela 3 – Taxa de desemprego, por sexo, segundo tipo de desemprego 
Região metropolitana de São Paulo – 2008-2009 
 
5.2 OCUPAÇÃO 
Como mostrado anteriormente o nível de ocupação das mulheres tiveram um 
aumento mesmo sendo de forma pequena, a taxa de desemprego teve uma 
diminuição mesmo em tempos de crise, isso se deve por um resultado positivo para 
elas desde do no ano de 2003, e esse ritmo diferenciado entre homens e mulheres 
 31 
ampliou a participação feminina no total de ocupados de 45,1% em 2008 para 45,3% 
em 2009 segundo pesquisa e publicação feita pelo SEADE. 
Esse resultado positivo para as mulheres em relação ao nível ocupacional se deve 
ao desempenho nos serviços gerais que teve um aumento de 1,3% e nos serviços 
domésticos que foi de 5,6%, sendo que na industria teve uma queda de 3,1% e no 
comércio de 4,4%, justificado pela crise financeira iniciada no segundo trimestre de 
2008. como mostra tabela. 
Os serviços que engloba mais metade das mulheres ocupadas no ultimo ano tiveram 
um desaceleração em seu ritmo produtivo e posteriormente de contração que em 
2008 foi de 7,6% enquanto no ano de 2009 foi apenas de 1,3%. Mesmo com essa 
redução em alguns setores conseguiram manter sua estabilidade mostrando até em 
alguns casos crescimento em comparação há anos anteriores, dentre esses se 
destacaram os serviços de administração e comércio de imóveis somando os dois 
deu um percentual de 55,4% . Em algumas áreas onde o trabalho feminino é 
massivo como a educação e a saúde tiveram variações de 5,4% e -0,4% 
respectivamente. 
Já nos serviços domésticos teve um aumento de 5,6% após em 2008 se manterem 
sem nenhum tipo de crescimento. 
Mas nem todos os setores foram satisfatórios para as mulheres, como citado 
anteriormente a crise afetou alguns setores e na indústria não foi diferente, onde 
teve uma diminuição de 3,1% após de aumento no ano anterior, e com isso a 
indústria passou a ser responsável 13,5% das mulheres ocupadas. Em outros 
setores houve uma diminuição como vestuário, calçados e artefatos de tecido 11,8% 
e no metal – mecânico 9,7%. 
No segmento privado, aumentou o assalariamento com carteira de trabalho assinada 
para mulheres que foi de 4,9%, enquanto para os homens que foi apenas de 2,5%. 
Os trabalhos autônomos e familiares femininos diminuíram 3,7% e 9,9% 
respectivamente enquanto os masculinos aumentaram 2,0% e 1,7% 
respectivamente como mostra tabelas nas próximas páginas. 
 32 
Tabela 4 – Distribuição dos ocupados, por sexo, segundo setores de atividade 
econômica na região metropolitana de São Paulo – 2008-2009 
 
 
 
 
 
 
 
 33 
Tabela 5 – índices do nível de ocupação, por sexo, segundo posição na 
ocupação na região metropolitana de São Paulo – 2008-2009 
 
 34 
 
Tabela 6 – Distribuição dos ocupados, por sexo, segundo posição na 
ocupação na região metropolitana de São Paulo 
5.3 RENDIMENTO DA MULHER AUMENTA E DO HOMEM DIMINUI 
Os serviços das mulheres se destacaram no estado de São Paulo por sua 
estabilidade e aumento em algumas áreas e também pelo fator que os rendimentos 
médios salariais mantiveram – se em média com os dos homens. 
Segundo dados retirados do SEADE, no ano 2009 o rendimento médio equivalia a 
R$ 1.030,00 e o dos homens a R$ 1.489,00. Quando se fala que rendimento médio 
das mulheres se manteve ao equivalente ao dos homens se dá pelo fato que as 
horas médias de trabalho semanal do homem é de 45 horas enquanto das mulheres 
é de 39 horas, com isso o rendimento real hora fica na mesma média. 
 35 
Para as mulheres isso era de R$ 6,17 em 2009 que foi 3,0% acima que no ano 
anterior, enquanto para o homem foi no valor de R$ 7,73 que correspondia a 1,4%, 
sendo esse resultado abaixo de 2008. Com isso o rendimento médio por hora das 
mulheres passou a corresponder a 79,8% daquele recebido pelos homens, 
proporção maior que no ano de 2008 que era de 76,5%. (Gráfico 4). 
Entre as assaliaradas houve um aumento de 4,2% com relativa estabilidade para 
aquelas com carteiras assinadas, o rendimento por hora das servidoras públicas 
cresceu 6,7% enquanto das trabalhadoras autônomas 15,1% e das domésticas 
4,7%. 
 
 36 
Em resumo o rendimento médio das mulheres aumentou nos principais setores 
comércio, serviços, indústria e serviços domésticos, enquanto para os homens 
cresceu apenas para os serviços. 
Tabela 7 – Rendimento médio real por hora dos ocupados no trabalho 
principal, por sexo, segundosetores de atividade econômica na região 
metropolitana de São Paulo – 2008-2009 
Em relação ao rendimento médio da mulher na industria que 67,7% do salário 
masculino em 2008 passou a equivaler a 71,9% em 2009, no comércio passou de 
75,5% para 82,1% e nos serviços de 87,9% para 91,5% no mesmo período. 
Segundo o nível de instrução o rendimento horário médio das mulheres ocupadas 
aumentou para todos os grupos enquanto para homens cresceu entre os menos 
escolarizados e diminuiu para aqueles com maior instrução. 
Para aquelas com ensino fundamental completo ou médio incompleto o rendimento 
que correspondia a 72,0% do masculino passou a equivaler a 73,2% em 2009, para 
as mulheres com ensino médio completo ou superior incompleto essa relação 
 37 
aumentou de 68,3% para 70,3% e entre aquelas com ensino superior completo de 
63,9% para 69,9%. 
 
Tabela 8 – Rendimento médio real por hora dos ocupados no trabalho 
principal, por sexo, segundo níveis de escolaridade na região metropolitana de 
São Paulo – 2008-2009. 
5.4 DESIGUALDADES SALARIAIS EM RELAÇÃO A MULHER NO 
MERCADO DE TRABALHO 
Como sabemos ainda existem várias formas de discriminação no mercado de 
trabalho em relação as mulheres, seja ela moral, trabalhista, salarial, dentre outros. 
Em alguns casos se dá pela cultura em que a algumas pessoas vive, em outro caso 
a própria sociedade e costumes acabam gerando essa discriminação em relação às 
mulheres. Como citado no anteriormente hoje há uma grande quantidade de 
mulheres que estão economicamente ativas e como não bastasse ainda a uma 
crescente em relação a mulheres que ocupa cargos de liderança dentre de grandes 
empresas. Mas apesar desse fator ser uma realidade em nossos dias atuais a 
conquista das mulheres ainda não foi totalmente concluído, pois mesmo estando em 
um posto que antes era ocupado somente por homens, seja esse posto desde de 
 38 
cargos operacionais até cargos diretório, a mulher tem como um dos principais 
fatores de discriminação a desigualdade salarial, e com isso leva a moralizar dentro 
das organizações que elas são menos capacitadas que os homens. Em uma 
pesquisa feita de Remuneração Total — Strategic Compensation Survey, promovida 
pela Watson Wyatt, publicado no site UOL reforça o que mencionamos 
anteriormente: 
 
 
Mulher recebe em média 5% a menos que o homem 
Apesar de as mulheres executivas estarem cada vez mais presentes no 
mercado de trabalho, elas recebem, em média, 5% a menos que os homens 
na mesma função e, ainda, não conseguem alcançar níveis hierárquicos 
superiores. A proporção de mulheres nos níveis executivos continua 
bastante baixa. No nível gerencial apenas 18% são mulheres, enquanto que 
no nível de CEO/Presidente a pesquisa da Watson Wyatt encontrou 
somente 2% de mulheres. Segundo o diretor da área de Human Capital da 
Watson Wyatt, Marcos Morales, a dificuldade de crescimento profissional 
feminino ocorre em função de um conjunto de motivos, entre os quais se 
destacam as responsabilidades existentes fora do ambiente do trabalho e 
as interrupções durante a carreira. 
A concentração feminina ocorre, principalmente, na área de Recursos 
Humanos (28%), seguida pelo setor comercial e administrativo financeiro 
(17%). Já, os segmentos que mais as empregam são bens de consumo 
(26%), farmacêutico, telecomunicação e alta tecnologia (todos com 20% de 
mulheres). Em relação à comparação da remuneração por gênero, a 
pesquisa constatou haver mais discrepâncias em prejuízo às mulheres. Na 
média geral, as executivas recebem remuneração 5% menor que os seus 
pares. 
 
 
 Na verdade se examinarmos o que foi escrito anteriormente hoje as mulheres 
buscar ter uma qualificação e um nível de educação maior para ocuparem 
futuramente cargos que lhe darão maiores confortos tanto na questão financeira 
como pessoal. 
Perante a lei isso que ocorre diariamente é crime, mas muitas não recorrem a 
nenhum tipo de recurso por ter medo de sofrer represarias ou constrangimentos, a 
Constituição Federal de 1988 nos diz o seguinte: 
 
 
A Constituição Federal de 1988, vedando o preconceito ( Art.3°., IV), dispõe 
que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo – se a brasileiros e estrangeiros residentes no País, a 
inviolabilidade do direito á vida, á liberdade, á igualdade, é segurança e á 
propriedade. 
 39 
São declarações em defesa ao trabalhador contra a discriminação salarial, o 
princípio de igualdade salarial proclamado pela Declaração Universal dos 
Direitos do Homem (1948). O Tratado de Versalhes (1919), as Convenções 
n. 100 e 111, da discriminação da mulher, das Nações Unidas (1979) e 
outros documentos internacionais. 
 
Sendo assim todos teriam direitos salariais e condição de trabalho igual, na teoria 
pelo menos nos diz assim enquanto na prática ainda há uma grande diferença a ser 
quebrada, como mostra o autor Carlos Iavelberg (2010, Jornal Folha de São Paulo): 
 
 
A diferença entre as rendas médias da mulher e do homem no Brasil ficou 
praticamente estável nos últimos dez anos, segundo estudo divulgado nesta 
sexta-feira (17) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 
A pesquisa Síntese de Indicadores Sociais mostra que, em 2009, uma 
mulher ganhava, em média, 71% da renda de um homem. Dez anos antes, 
essa relação era de 69%. 
Os dados ainda apontam que, quanto mais anos de estudo a mulher tem, 
pior é a sua renda em comparação com a de um homem com o mesmo 
grau de instrução. 
Em 2009, o rendimento das mulheres que estudaram 12 anos ou mais 
representa 58% do de um homem nas mesmas condições. Entre os que 
estudaram até 8 anos, essa relação é de 61%. 
Para o IBGE, “uma possível explicação para isso é que, para o grupo com 
escolaridade mais elevada, a formação profissional das mulheres ainda se 
insere nos tradicionais nichos femininos, como as atividades relacionadas 
ao serviço social, à saúde e à educação, que ainda são pouco valorizados 
no mercado de trabalho”. 
Os dados também mostram uma diferença entre as horas trabalhadas ao 
longo da semana. “Enquanto a média, em 2009, para as mulheres foi de 
36,5 horas semanais, para os homens foi de 43,9 horas”, diz o estudo. 
 
 
Com todas essas dificuldades enfrentadas pelas mulheres, nota – se que o mercado 
de trabalho está se compondo a cada dia por mulheres, e que apesar dessas 
diferenças ainda ocorrerem isso vêm diminuindo gradativamente, pois antes se 
julgava que a experiência masculina é que um dos fatores primordiais das diferenças 
salariais, mas como tanto homem como mulher estão entrando em um novo ciclo de 
mercado não terá mais como inibir essas diferenças e posteriormente tanto homens 
e mulheres que ocuparem o mesmo cargo e terem a mesma experiência terão o 
mesmo salário. 
 
 
 40 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Como proposto anteriormente neste trabalho tentamos mostrar a evolução das 
mulheres no mercado de trabalho, trazendo de forma objetiva essa trajetória. Pode 
perceber que as dificuldades enfrentadas pelas mulheres no pós guerra mundial era 
o fato em que elas estavam iniciando o trabalho fora de sua casas, onde o trabalho 
doméstico estava sendo feito em conciliação com o trabalho industrial, neste período 
elas se viam na necessidade de trabalhar para poder manter suas casas, isso se dá 
pela questão em que seus maridos não tinham condição de trabalho porque aqueles 
que não morriam na guerra voltavam com algum tipo de deficiência onde se tornava 
uma pessoa limitada sem condições de trabalho. Mostramos a forma inicial em que 
as mulheres efetivamente adentraram no mercado de trabalho. Com o passar dos 
anos os movimentos feministas aumentaram gradativamente, intensificando a busca 
naquele período de igualdade em condições trabalhistas e sociais. Pode notar uma 
grande evolução da mulher com esses movimentos chegando ao Brasil na década e 
1970 e se consolidando no início da década de 1990 onde as mulheres tinham umaparticipação grande no mercado de trabalho em serviços que não era apenas em 
áreas operacionais. Finalmente chegando nos dias atuais o mercado de trabalho 
teve alterações na questão da forma em que se prepara para o mesmo, onde se 
busca qualificação e também experiência na área em que se atua. No trabalho 
mostramos de que forma as mulheres estão se preparando e que a cada dia a 
experiência exigida pelas empresas elas conseguem apresentar. Mas como em 
épocas anteriores, ainda o mercado de trabalho das mulheres não está de forma 
igualitária em relação aos homens, pois em pleno século XXI encontra - se 
diferenças colocadas pelas empresas, sendo elas motivadas pela cultura social ou 
trabalhista. Tentamos demonstrar essas dificuldades enfrentadas por elas e dizer 
também que isso apesar de ainda existir está diminuindo, e acredito que em um 
futuro próximo não haverá nenhum tipo de diferenças entre os gêneros. 
Em resumo pode concluir que o trabalho das mulheres não se limita à apenas 
trabalhos domésticos, mas pelo contrário muitas mulheres estão ocupando cargos 
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gerenciais e diretórios, mostrando sua capacidade de conciliar trabalho com 
cuidados domésticos. Em geral uma nova cultura está sendo criada onde o homem 
está desenvolvendo um novo papel social e econômico, pois atividades tanto 
empresarial como doméstica é de igual valor para ambas as partes. 
Concluindo este trabalho vemos que a nossa sociedade se modernizou valores e 
crenças estão iguais para todos, e com isso não existe mais barreiras para se 
qualificar e limitar o trabalho masculino como feminino, e que as exigências está 
iguais a todos e aquele que buscar uma maior qualificação, independente de sexo, 
terá uma boa colocação no mercado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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