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Histologia Neoplasicos Não neoplasicos Morfologia sésseis (base ampla) pediculadas (base estreita) Número Isolados Múltiplos 1. 2. 3. 4. 5. 6. Doença POLIPOIDE Introdução Pólipos são estruturas teciduais expressadas como protuberâncias que surgem na luz do intestino, sendo o termo pouco específico e empregado pela macroscopia da lesão. Classificação Epidemiologia A colonoscopia é o padrão ouro para avaliar a mucosa do cólon.. As indicações mais frequentes foram hemorragia digestiva baixa (16%), diarreia (8%), anemia (7%), alteração do hábito intestinal 7%. As endoscopías foram normais em 53% dos pacientes, e pólipos foram a alterações mais descritas. 16%. Os pólipos hiperplásicos representam mais de 85% dos pólipos gástricos benignos. Perfil epidemiológico de 5730 pacientes. Saulo Almeida, 2016 Pólipo inflamatório Lesões nodulares de 0,2 a 1,5 cm, pacientes com doença intestinal inflamatória com frequência apresentam pseudopólipos inflamatórios-formados geralmente após longo período de agressão à mucosa, Pólipos linfoides representam uma variante dos pólipos inflamatórios; são constituídos por hiperplasia do tecido linfoide associado à mucosa colônica. Pólipos não neoplasicos Goldman-Cecil Medicina Polipo hiperplásico Macroscopicamente, o pólipo hiperplásico raramente ultrapassa 5 mm de diâmetro, com superfície avermelhada e lisa. Sua principal localização, e quase exclusiva, é a região do retossigmoide, e sua microscopia é marcada pela presença exclusiva de hiperplasia das criptas normais do cólon. deve-se ter atenção na avaliação microscópica, pois os pólipos serrilhados são compostos por tecido hiperplásico, porém, com áreas de displasia. Os pólipos hiperplásicos pequenos não evoluem para Câncer de Cólon e Reto (CCR). Pólipos maiores podem ser precursores de pólipos sésseis serrilhados, que, por sua vez, podem progredir para CCR.. Em geral, são múltiplos, sésseis ou pedunculados, com tamanho variando entre 5 e 15 mm, acometendo principalmente o antro gástrico, sendo mais comuns nos adultos, especialmente na sétima década de vida.. Habitualmente, são assintomáticos, podendo raramente se manifestar com dispepsia, dor abdominal ou sangramento gastrintestinal. Harmatoma Gastroenterologia Essencial, Lesões compostas por tecido celular normal, proliferado excessivamente, maturação preservada, mas em quantidade aumentada e com estrutura desorganizada, formando massas. Podem ser originados de qualquer célula colônica, normalmente pediculados e assumindo tamanhos superiores a 1 cm, e chegando a mais de 5 cm. Têm incidência predominante em pré-escolares e podem ser encontrados até o final da adolescência com incidência aumentada. São tradicionalmente classificados como não neoplásicos, entretanto, alguns pólipos hamartomatosos. Seu principal sintoma se dá pelo tamanho, levando a sangramento, intussuscepção e até prolapso pelo ânus, quando localizados no reto. Embora sejam encontrados isoladamente e como forma esporádica na maioria dos casos, têm valor como componente de síndromes hereditárias polipoides. Polipose juvenil Afecção caracterizada pelo achado de dez ou mais pólipos colorretais hamartomatosos, normalmente pediculados e que atingem entre 1 e 3 cm. É uma condição autossômica dominante, manifestada normalmente por episódios de sangramento digestivo baixo — mais de 50% dos casos — entre a infância e a adolescência. Podem cursar, ainda, com obstrução intestinal ou intussuscepção. Aproximadamente um terço dos casos possui alguma história de lesões semelhantes em pelo menos um parente de primeiro grau, e são chamadas de polipose juvenil familiar. A polipose juvenil tem demostrado associação a mutações germinativas em três genes (SMAD4, BMPR1A e ENG), todos relacionados ao fato transformador de crescimento beta. Ao contrário do pólipo juvenil isolado, tal síndrome se caracteriza por curso clínico bem diferente. Clinicamente, apresenta-se com hematoquezia, anemia, hipoproteinemia e hipocalemia, entre os 10 e 20 anos. Em 11 a 20% dos casos, pode cursar com outras manifestações morfológicas extracolônicas, como telangiectasias, cardiopatias congênitas, macrocefalia, alopecia, fenda palatina, fenda labial, útero e vagina bífidos. As complicações mais frequentes são intussuscepção e obstrução. Nos casos de polipose juvenil, é fundamental o seguimento com colonoscopias periódicas, entre um e três anos, e a partir dos 12 anos, tendo em vista o risco de transformação maligna dos pólipos colorretais. Caso pólipos sejam encontrados, deve-se repetir a colonoscopia anualmente; se não houver pólipos, a colonoscopia poderá ser realizada a cada um a três anos.Síndrome de Cowden- herdada por mecanismo autossômico dominante, caracterizada por múltiplos hamartomas originados de uma combinação de alterações ectodérmicas, mesodérmicas e endodérmicas. Há uma mutação germinativa no gene PTEN — homólogo da fosfatase e tensina. Pode envolver pele, mucosas e trato digestivo, podendo ocorrer tumores do sistema nervoso central — gangliocitoma displásico de cerebelo. síndrome de Peutz-Jeghers- caracteriza-se por doença autossômica dominante marcada por mutação do gene STK11 (serina-treonina quinase), com múltiplos pólipos hamartomatosos em todo o TGI, associados a hiperpigmentação cutânea, principalmente na mucosa oral. Tem importância clínica devido ao elevado risco de concomitância com outras neoplasias, principalmente colorretais.. Síndrome de Cronkhite-Canada- síndrome clínica, não hereditária, caracterizada por polipose hamartomatosa gastrintestinal, hiperpigmentação cutânea, alopecia, onicodistrofia, diarreia, perda de peso e dor abdominal. É considerada condição pré-maligna variante da polipose juvenil, sem história familiar e com alterações tegumentares.. SERRILHADO condição rara, caracterizada por pólipos hiperplásicos múltiplos, grandes e/ou proximais e, ocasionalmente, pequeno número de adenomas serrilhados, adenomas e pólipos mistos hiperplásicos/adenomatosos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a síndrome é caracterizada pela presença de um ou mais dos seguintes: pelo menos cinco pólipos serrilhados proximais ao cólon sigmoide, dos quais dois ou mais maiores ou iguais a 10 mm; qualquer número de pólipos serrilhados proximais ao cólon sigmoide em indivíduo com familiar de primeiro grau com a síndrome; e mais de 20 pólipos serrilhados de qualquer tamanho, distribuídos por todo o cólon. Recomenda-se colonoscopia a cada dois anos a pacientes tom síndrome da polipose serrilhada devido ao risco aumentado de câncer de cólon e reto.. Os pólipos serrilhados sésseis são mais prevalentes no cólon proximal e tipicamente sem displasia, focos de displasia podem ser encontrados. Em contraste, os adenomas serrilhados tradicionais são mais prevalentes no retossigmoide e apresentam displasia leve difusa. Grandes pólipos serrilhados têm sido associados a CCR sincrônico e podem conter displasia clássica e câncer focal. Devem ser conduzidos clinicamente como os pólipos adenomatosos. Adenoma Têm potencial de evoluir para adenocarcinoma. Sua prevalência aumenta com a idade, não havendo diferença entre homens e mulheres. Mais de 70 % dos adenomas localizam-se no retossigmoide, 20% no sigmoide e os 10% restantes nas porções proximais do cólon. Proliferação anormal das glândulas da mucosa, a partir de mutação genética associada a fatores ambientais, como dieta rica em gorduras e pobre em fibras, obesidade, sedentarismo etc. Podem ser sésseis, pediculados ou subpediculados. Morfologicamente, têm dois componentes distintos: tubular — superior a 80% dos casos, deve conter componente tubular em pelo menos 75% — e viloso — 5 a 15% dos casos, deve conter componente viloso em pelo menos 75%. Podem se apresentar isoladamente ou com componente misto — 5 a 15% dos casos, deve conter componente viloso entre 26 e 75% (pólipos túbulo-vilosos). Componente viloso de maior risco para malignização, que pode ocorrer em até 40% dos casos. Adenoma tubular é o tipo mais comum, compreendendo cerca de 75% dos póliposneoplásicos, podendo ser solitário (esporádico) ou múltiplo (associado à síndrome de polipose familial). A lesão é mais comum no cólon e no reto (90%), mas pode ocorrer em outros locais, como estômago e intestino delgado. As lesões são geralmente pequenas (menores que 1 cm) e sésseis; quando crescem, tornam-se pediculadas. Adenoma viloso é menos frequente do que o adenoma tubular, compreendendo cerca de 10% dos pólipos neoplásicos. O adenoma viloso tem pior prognóstico: o risco de transformação maligna é dez vezes maior do que o do adenoma tubular. O tumor localiza-se nos 25 cm distais do intestino grosso e manifesta-se em Pólipos neoplásicos indivíduos a pós a sexta década. A lesão é geralmente única, maior do que o adenoma tubular, e apresenta manifestações clínicas mais frequentes do que os demais tipos de adenomas. O tumor apresenta projeções papilíferas na superfície; sua base de implantação é séssil, ampla . Adenoma Cerca de 30 a 50% da população geral desenvolverá, ao longo da vida, pólipo adenomatoso do cólon, que se caracteriza pela proliferação anormal das glândulas da mucosa, a partir de mutação genética associada a fatores ambientais, como dieta rica em gorduras e pobre em fibras, obesidade, sedentarismo etc. É mais frequente na região de sigmoide e reto e o pólipo neoplásico mais comum, responsável por dois terços de todos os pólipos colônicos. Podem ser sésseis, pediculados ou subpediculados. Morfologicamente, têm dois componentes distintos: tubular — superior a 80% dos casos, deve conter componente tubular em pelo menos 75% — e viloso — 5 a 15% dos casos, deve conter componente viloso em pelo menos 75%. Podem se apresentar isoladamente ou com componente misto — 5 a 15% dos casos, deve conter componente viloso entre 26 e 75% (pólipos túbulo-vilosos). Componente viloso de maior risco para malignização, que pode ocorrer em até 40% dos casos Adenocarcinoma Neoplasia maligna mais frequente do estômago, sendo responsável por 90% dos cânceres do órgão. Há grande variação geográfica na incidência do tumor, que é mais prevalente no Japão, no Chile, na Colômbia e em países do leste Europeu. o adenocarcinoma gástrico é classificado, segundo Lauren, nos tipos intestinal e difuso, os quais têm características epidemiológicas, morfológicas e prognósticas distintas. O adenocarcinoma do tipo intestinal, ou bem diferenciado, é o mais prevalente e formado por células coesas que formam glândulas semelhantes às do intestino. Mais comum em populações com alta incidência de câncer gástrico, em homens e em pessoas idosas, associa-se a fatores ambientais, sobretudo infecção crônica por H. pylori. Desde a origem da lesão, é possível documentar a sequência de eventos que levam à transformação maligna: gastrite crônica → atrofia da mucosa gástrica → metaplasia intestinal → displasia → neoplasia. Adenocarcinoma intestinal é também o tipo de câncer gástrico que sofreu redução na incidência nas últimas décadas. Como a neoplasia é diferenciada, tem melhor prognóstico do que o tipo difuso. O adenocarcinoma difuso, ou pouco diferenciado, caracteriza-se pela proliferação de células isoladas (não forma glândulas) que crescem de modo infiltrativo. O tumor, que pode ser familial ou esporádico, acomete indivíduos mais jovens, de ambos os sexos, e origina-se de novo, ou seja, não é precedido por lesões devidas a agressão crônica à mucosa. Tamanho- Pólipos com mais de 2 cm tem mais de 40% de chance para a malignização. Tipo histológico (tubular, viloso ou tubuloviloso); Os adenomas vilosos tem uma tendência bem maior de fazer malignização. Grau de displasia (baixo grau ou alto grau) Os de alto grau tem uma chance bem maior de se Principais fatores de risco para a malignização de um pólipo adenomatoso são: Esporádico (mais comum) Hereditário associado a pólipos (PAF) Hereditário não polipose Qual a origem do câncer colorretal? 1. 2. 3. O CA colorretal é totalmente assintomático. As principais manifestações são: SangramentoDor abdominal, Alteração do habito intestinal, Presença de massa palpável, Mas raramente o adenocarcinoma abre espaço para quadro de emagrecimento. Esporádico: Idade (praticamente é uma doença que acomete idosos); História familiar; Doença inflamatória intestinal; Dieta e hábitos de vida (dieta rica em gordura, sedentarismo, obesidade). Mesmo fenótipo de fatores ligados ao infarto. Hereditário associado a pólipo: Polipose adenomatosa (PAF) e suas variantes. Grande quantidade de pólipos Hereditário não polipose. Síndrome de Lynch (aqui não tem a quantidade exagerada de pólipo). Três ou mais familiares com história; Câncer com mais de 50 anos; Manifestações clínicas Diagnostico Anamnese cuidadosa, deve-se suspeitar em carcinoma colorretal em todo paciente (especialmente idoso), que desenvolva sangramento retal, dor abdominal, modificações do habito intestinal, emagrecimento e ANEMIA FERROPRIVA. O toque retal permite o diganostico do câncer de reto distal e pode ser índice da doença. Padrão ouro: Colonoscopia (tumor sincrônico- pode estar em outras regiões também, então esse é o exame mais indicado) + Biopsia Observamos o estadiamento favorável para fazer o diagnóstico necessário. CEA= pedíamos para acompanhamento. Que são os antígenos séricos. Rastreamento, para evitar pegar pacientes em estágios avançados. Diagnóstico Os métodos endoscópicos permitem o diagnóstico e ressecção dos pólipos quando ainda benignos, interrompendo a sequência adenoma câncer. Com isso há diminuição, comprovada, da incidência do câncer colorretal . Carcinogenese Manifestações clínicas Maioria das vezes são de forma assintomática; Quando ocorre queixa está relacionada diretamente com o sangramento retal (hematoquezia)- sendo considerada queixa mais comum. Os pólipos retais podem ser detectável pelo toque retal e os pólipos do intestino grosso podem ser detectados nos radiológicos (clister opaco) e endoscópicos (sigmoidoscopia ou colonoscopia. Telecondutas, polipos colorretais 2022, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Aspectos genéticos do câncer colorretal e seu impacto no manejo da doença O câncer colorretal desenvolve-se a partir de progressão ordenada com alterações genéticas distintas e cumulativas. O pólipo adenomatoso progride lentamente de estágios iniciais benignos até o surgimento do câncer. Fearon e Volgestein propuseram um modelo de carcinogênese em vários passos. Esse modelo preconiza que as mutações nos genes supressores de tumor e oncogenes que levam ao surgimento do CCR ocorrem em ordem específica (mutações no gene APC, hipometilação, mutação no gene K-ras, mutação do gene DCC e, por último, mutação no gene p53)11. Segundo o modelo, na maioria dos casos a primeira alteração é a inativação do gene APC, contudo, essa mutação isolada não é suficiente para permitir a progressão dos adenomas e, caso não ocorram mutações em outros genes, pode haver regressão. Várias outras proteínas estao envolvidas, como a proteína K-ras, que quando mutada ativa uma cascata de sinalização intracelular que promove alterações neoplásicas. No decorrer do processo, pode haver deleção do gene supressor de tumor DCC ou de outros genes localizados próximos dele, no cromossomo 18q. O passo final da progressão para o carcinoma é dado com a perda no cromossomo 17p, onde se localiza o gene supressor de tumor p53. Alterações genômicas a partir desse ponto contribuem para aumentar o potencial metastático do tumor. Polipose adenomatosa familiar A polipose adenomatosa familiar (PAF) é uma síndrome hereditária autossômica dominante caracterizada pela presença de centenas a milhares de pólipos adenomatosos colorretais, na qual, se não for instituído tratamento cirúrgico, há o desenvolvimento de câncer colorretal em 100% dos casos. É responsável por quase 1% dos casos de CCR. Referencias BOGLIOLO – 2018. Overview of colon po lyps. UpToDate. 2021.
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