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Políticas e Diretrizes Operacionais para a Educação no Campo 01. A educação do campo merece uma priorização das políticas públicas, sobretudo em função da reestruturação dos contingentes habitacionais e das implicações dessas transformações, tanto no campo quanto na cidade, e de suas relações contemporâneas mediadas pelas tecnologias digitais. Considerando as transformações apontadas, qual fator desempenhou menor significado para as mudanças relatadas? a) Dificuldade de aprendizagem da população do campo. b) Desigualdade na partilha dos benefícios da expansão econômica. c) Velocidade da produção de conhecimentos geopolíticos e logísticos. d) Descaracterização do tipo ideal da vida e da sociedade rural. 02. A valorização da ação mediada num contexto histórico e social, os eventos da vida cotidiana, a mente como produto da atividade mediada conjunta das pessoas e as ações individuais e coletivas, foram primordiais para compreendermos como são constituídos no sujeito, os sentidos e os significados de uma determinada atividade. Qual é a alternativa que melhor apresenta uma concepção que sustenta uma atividade docente adequada em face das políticas e diretrizes operacionais da educação do campo? a) A concepção pautada na edificação das teorias em desfavor da prática escolar. b) A concepção estruturada no dimensionamento do espaço e na valorização do tempo curricular para a aquisição do conhecimento. c) A concepção preocupada com a definição de princípios da educação abrangente como expressão da população campesina. d) A concepção focada na formação para o desenvolvimento econômico. 03. Para pensarmos acerca da formação do professor do campo, em sua amplitude e possibilidade de alcance, entendemos que as definições de sujeito, subjetividade social e configuração subjetiva fornecem pistas imprescindíveis, pois trata-se da busca do conhecimento da experiência idiossincrática mais básica dos sujeitos professores, ou seja, de sentidos subjetivos. Qual alternativa menos se aproxima das definições de sujeito, subjetividade social e configuração subjetiva na formação do professor do campo? a) A Se o sujeito age pedagógica e politicamente acerca de sua formação, então, esse sujeito professor busca conhecer sua experiência idiossincrática ao longo de sua trajetória profissional. b) B Se há uma configuração subjetiva ampla que faz com que os professores tenham um modo de pensar sobre o que é a sua formação e o que é seu trabalho docente, então, esta concepção possui ramificações que podem ser definidas como sentidos subjetivos. c) C Se a leitura que o sujeito faz dos eventos sociais isolados, tornam-se sentidos subjetivos, então, suas configurações subjetivas mais amplas possibilitam modificações. d) D Se cada evento da vida social se configura subjetivamente como um sentido, então, o sujeito internaliza esse sentido subjetivo. 04. A escola e a família como instituições centrais para a formação humana, devem assumir uma perspectiva emancipadora e de parceria em busca da eficiência de suas ações em prol da aprendizagem dos estudantes e para a transformação das distintas realidades do campo. Marque a alternativa que melhor expressa a relevância da participação da família para a edificação de uma educação de qualidade no campo. a) A família é fundamental, pois é ela que decide, desde cedo, o que seus filhos precisam aprender, quais as instituições que devem frequentar o que é necessário saberem para tomarem as melhores decisões no futuro. O ser humano aprende basicamente nos primeiros anos de escolarização. Nos anos posteriores são apenas refinamentos. b) A família e a escola são parceiros fundamentais no desenvolvimento de ações que favoreceram o sucesso escolar e social das crianças. É prescindível que ambas caminhem em direção aos mesmos princípios e critérios, assim como na mesma intenção em relação aos objetivos que a desejam alcançar. c) A família e sua relação com a escola simbolizam o compromisso com o avanço do conhecimento de um país. Essa relação é costumeiramente bem estabelecida no campo brasileiro, haja vista que pais e professores já estão conscientes de seus papéis e se entendem de modo exemplar e em atendimento das expectativas dessa relação. d) A família é espaço sociocultural e se constitui como berço de atitudes, bem como de mudanças ou estagnação, da realidade na qual a sociedade a insere. E, a sua participação na escola do campo é crucial para promover aberturas para mudanças de posturas dos sujeitos envolvidos no processo educativo. 05. Os processos de formação dos docentes de educação do campo podem ter como referências as experiências, vivências e o cotidiano pedagógico. É prudente valorizar a pessoa do professor, seus sentimentos, pensamentos, emoções, crenças e histórias de vida que possuem sentido formativo, pois contribuem com a construção da identidade do docente. FONTE: NÓVOA, A. Vidas de professores. 2. ed. Porto: Porto Editora, 2012. Qual alternativa que menos expressa a valorização da experiência do professor para a condução do processo educativo na educação do campo? a) A experiência docente atribui ao professor uma maior compreensão dos sujeitos e maior priorização no atendimento de suas demandas. b) A experiência docente transforma as características socioculturais dos que buscam a escola do campo para atender suas expectativas. c) A experiência docente potencializa as possibilidades de construção de redes de educadores do campo. d) A experiência docente permite ao professor poder realizar uma análise mais profunda das dificuldades dos alunos. e) O professor é o organizador responsável pelo ambiente escolar. Cabe-lhe ter objetivos, saber o que, como ensinar e para quem ensinar, ao longo do processo ensino-aprendizagem. Assim, o professor não é mero mediador do processo, pois está além dessa mediação, se a concebemos como uma relação que se estabelece entre o mundo e o ser humano. 06. Qual alternativa está mais distante do papel do professor no processo de ensino e aprendizagem na educação do campo? a) O professor tem como orientação o fato de que o termo mediação tem aparecido em vários discursos educacionais, e na formação de professores, devido à influência da pedagogia da libertação. b) O professor tem o compromisso com a intervenção social, que pode ser entendida como formação para o trabalho no campo e como compromisso com a cultura do povo do campo. c) O professor tem o compromisso de criar condições para que o futuro profissional reflita sobre os problemas sociais, mas também é importante que ele seja capaz de propor alternativas para a sociedade. d) O professor tem o compromisso de promover ações que busquem a transformação do papel da escola do campo em prol do compromisso ético/moral com os seus participantes 07. No que tange à política pública de educação do campo, essa destina-se à ampliação e qualificação da oferta de educação básica e superior às populações do meio rural, e é desenvolvida pela União em regime de colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, de acordo com as diretrizes e metas estabelecidas no Plano Nacional de Educação (PNE). Marque a alternativa que apresenta de modo incompleto as perspectivas atuais para a educação do campo. a) Faz-se necessário construir um grande movimento em torno da educação no campo. b) Considera-se que ao negar a escola do campo, também se nega uma escola de qualidade, e isso implica na negação de direitos. c) Postula-se a necessidade de reafirmar tudo aquilo que se tem conquistado historicamente, com foco na urgência em se ampliar os direitos. d) É preciso olhar para a escola do campo e isolar seus problemas para conseguir melhorar as ações. 08. A relação entre ensino e aprendizagem não se efetiva somente pela observância de aspectos administrativos e burocráticos, mas, necessariamente, na consistência dasiniciativas pedagógicas situadas em um campo de propostas plurais e integradoras, as quais constituem-se como parte fundamental para o desenvolvimento da gestão da educação do campo. Qual alternativa mais se distancia de uma orientação de iniciativas pedagógicas que contemplam a pluralidade de pensamento? a) Fortalecer a ideia de que ninguém seja exatamente igual a qualquer pessoa que tenha existido, exista ou venha a existir. b) Elucidar que as expressões culturais são essenciais para a condição humana. c) Evidenciar que o ser diante da sua humanidade, não pode ser delimitado por concepções universais, visto que possui peculiaridades inerentes a sua existência. d) Estruturar uma educação do campo que necessariamente precisa sustentar o civismo e o exercício da cidadania. 09. Em termos de inovação indica-se a incorporação de princípios de gestão existentes nos movimentos sociais do campo, o horizonte pedagógico da pedagogia da alternância, a construção coletiva e participativa na tomada de decisões e a organicidade e pensamento holístico como referenciais pedagógicos. A partir dessa perspectiva de totalidade, solicita-se a marcação da alternativa que mais se distancia das contribuições das licenciaturas do campo para as políticas de formação de educadores. a) A manutenção das funções sociais da escola, base da matriz formativa das licenciaturas do campo. b) A relação entre teoria e prática, que orienta a matriz formativa dessas licenciaturas. c) A ressignificação da relação entre educação básica e educação superior, e entre formação inicial e continuada d) Uma matriz ampliada de formação, que parte das especificidades dos sujeitos a educar. 10. A situação das escolas do campo e os óbices aos seus funcionamentos podem ser melhor compreendidos quando refletimos acerca das desigualdades e dos dilemas que envolvem a construção de um pensamento libertador que não comporta uma lógica escravocrata e desumana em nosso país. Qual lógica apresentada nas alternativas diverge do pensamento libertador supramencionado? a) Proposição de que o processo pedagógico passa pelo ser humano, que se constitui como agente da própria libertação. b) Proposição de que se deve privilegiar a tecnologia educacional e transformar os professores e os alunos em executores e receptores de projetos elaborados de forma unilateral. c) Proposição de uma educação crítica a serviço da transformação social. d) Proposição no sentido de que na alfabetização são valorizadas as palavras do cotidiano do educando, de modo a associar o processo de alfabetização com a vida do sujeito. 11. A expressão “Educação do Campo” nasceu na I Conferência Nacional por uma Educação Básica do Campo, realizada em Luziânia, Goiás, de 27 a 30 de julho 1998. Posteriormente, passou a ser chamada Educação do Campo por meio das discussões do Seminário Nacional, realizado em Brasília de 26 a 29 de novembro 2002. E, em julho de 2004, durante os debates ocorridos na II Conferência Nacional a decisão da referida expressão fora reafirmada (CALDART, 2012). FONTE: CALDART, R. S. Educação do Campo. In: CALDART, R. S.; PEREIRA, I. B.; ALENTEJANO, P.; FRIGOTTO, G. (Orgs.). Dicionário da Educação do Campo. São Paulo: Expressão Popular, 2012. p. 257- 265. Qual das alternativas a seguir, traduz uma direção distinta do pensamento de emancipação associado à educação do campo? a) No processo de ensino-aprendizagem os professores e os alunos podem construir mecanismos para que consigam se emancipar enquanto sujeitos, tornando-se autores e protagonistas da própria história no contexto do campo. b) É perceptível que para que haja o fortalecimento e constante aprimoramento da escola do campo é fundamental um Estado forte, pois o engajamento da comunidade sem um respaldo costuma esmaecer as conquistas de todos. c) A educação do campo contribui significativamente para a aprendizagem dos discentes ao fortalecer e ampliar as relações que acontecem na escola, aproximando os estudantes à sua cultura, dessa forma, resgatando elementos que se entrelaçam ao seu contexto social. d) É fundamental um engajamento de todos que compõem a comunidade escolar como meio para alargar as possibilidades de sucesso de suas ações e melhorar as suas vivências e experiências conscientes. 12. [...] Desde o momento em que um homem teve necessidade do auxílio de outro, desde que se apercebeu de que seria útil a um só indivíduo contar com provisões para dois, desapareceu a igualdade, a propriedade se introduziu, o trabalho se tornou necessário e vastas florestas se transformaram em campos aprazíveis, que foi preciso regar com o suor dos homens e, nos quais, viu-se logo a escravidão e a miséria germinarem e crescerem com as colheitas (Rousseau, 1997, p. 94). FONTE: ROUSSEAU, J.J. Rousseau. São Paulo: Nova Cultural, v. 2, 1997. Ao lermos esse trecho fica evidente a necessidade de se enfrentar a situação de desigualdade entre os seres humanos. Sendo assim, solicita-se a marcação da alternativa que menos expresse a gênese da educação do campo em um contexto de condicionantes históricos de lutas pela superação das contradições. a) A Lei de Terras determinava que a aquisição da propriedade ocorreria pela compra mediada pelo mercado e as demais passariam a ser de domínio do Império e seriam denominadas devolutas. O poder legiferante regulou a terra, mas não se preocupava com a educação de quem, de fato, promovia os benefícios dela. b) A concentração da propriedade é a prova da desigualdade entre os homens, tal qual apresenta Rousseau em seu discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. A concentração de terras no Brasil refletia um descaso profundo com a educação das populações rurais. c) A concentração de propriedade é um fenômeno que tem como marco principal a década 1980. Essa concentração tem relação com a desigualdade social brasileira. Nesse sentido, o Banco Mundial sinaliza que a educação é um poderoso instrumento para a superação da pobreza e da desigualdade. d) O território brasileiro era povoado por indígenas, que mantinham a propriedade coletiva da terra, até a chegada dos colonizadores. Mesmo com todo o direito a favor dos indígenas, esse coletivo figura como um dos grupos que padecem com profundas desigualdades educacionais em seu desfavor. 13. Discutir e buscar ser fiel aos objetivos originários da educação do campo, hoje, nos convida a buscar formas diferenciadas de vê-la, com por exemplo, por meio do uso da lente de totalidade, em perspectiva, com uma preocupação metodológica, de como interpretá-la, articulada ao aspecto político, econômico e social, no sentido de compreender suas tendências de futuro para poder interferir e atuar sobre elas. Nesse sentido, qual alternativa que contraria a proposta sugerida tendo em vista os objetivos originários da educação do campo? a) Contribuir para a aprendizagem dos discentes, pois, por intermédio do trabalho desenvolvido pelos professores, os alunos podem criar vínculos com o conhecimento e com sua cultura local. b) Consolidar um ensino destinado às populações campesinas com ostentação de um fazer mecanicista e tradicional. c) Contribuir nas escolas das comunidades do campo para a implementação de uma educação destinada às peculiaridades desses povos, buscando resgatar seus elementos sociais. d) Fomentar que o conhecimento construído na escola, permita apropriar-se melhor da cultura local, e a cultura local possa, também, ser inserida no conhecimento produzido. 14. As questões de ordem geográfica e de ausência de políticas públicas tornaram cada vez mais intensas a solicitação de se expandir a formação superior para a população do campo. O Movimento da Educação do Campo foi a principal instância de apresentação dessas demandas para o Estado brasileiro. Essas pressões culminaram no atual quadro de educação no campo. A partir dos avanços conseguidosaté o presente momento de nossa história, assinale a alternativa que menos expressa as necessidades formativas dos docentes para atuarem no campo. a) Cultive uma formação que contribua para o desenvolvimento das habilidades humanas necessárias para promover e desencadear ações coletivas de mudança social. b) Substancial formação que explicite a execução de uma matriz de formação circunscrita ao Enem. c) Densa formação que propicie uma compreensão ampla do funcionamento da sociedade. d) Significativa formação que desenvolva a abertura para os diversificados tempos educativos destinados à promoção de vivências de processos que contribuam com a formação de valores humanistas e emancipatórios. 15. Salienta-se que a Licenciatura em Educação do Campo ainda é uma iniciativa recente. Ainda que seja recente, tem recebido pressão para ter suas atividades interrompidas em face das incursões desumanizantes das iniciativas neoliberais que concebem a educação como uma mercadoria. Considerando essa situação apresentada, qual prática pedagógica está em sintonia com as práticas hegemonicamente vigentes? a) Fomentar o diálogo entre os conteúdos científicos a serem ensinados em cada série e os cenários socioterritoriais dos estudantes. b) Esforçar para desencadear e promover nas instituições de ensino do campo novas estratégias de organização dos planos de ensino. c) Priorizar o domínio do conteúdo canônico em detrimento de outros arranjos curriculares. d) Ampliar a compreensão dos estudantes acerca dos conflitos e tensões presentes em seus territórios. 16. A partir do momento em que se organizaram, os trabalhadores passaram não só a cobrar o acesso a políticas públicas de maior qualidade, mas também elaboraram uma pedagogia própria, com o objetivo de superar a mera qualificação de mão de obra, mas de formação de sujeitos capazes de refletir sobre sua realidade, propor e agir para mudá-la (ANSANI, 2016, p. 77). ANSANI, C. V. Educação do campo no Vale do Jequitinhonha: um olhar sobre o Procampo. Dissertação (Mestrado Profissional) Programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2016. 92 p. Disponível em: http://acervo.ufvjm.edu.br/jspui/bitstream/1/1336/1/carolina_vanetti_ansani.pdf. Acesso em: 24 maio 2019. Considerando os aspectos apontados que sinalizam a necessidade de uma pedagogia própria, qual alternativa que menos se aproxima da diferenciação, em geral, entre educação do campo e educação urbana? a) Educação do Campo - Terminologia utilizada é Matriz Curricular; Educação Urbana - Terminologia utilizada é Grade Curricular. b) Educação do Campo - Qualificação permanente, pedagogia da libertação; Educação Urbana - Projeto neoliberal vigente, pedagogia tradicional e do “improviso”. c) Educação do Campo - Há uma valorização da terra; Educação Urbana - Há uma desvalorização da terra. d) Educação do Campo - Palavras de ordem são Resistência e Liderança; Educação Urbana - Palavras de ordem são Comunismo e Sexualidade. 17. No âmbito do Pronera se estabelece parcerias entre movimentos sociais, movimentos sindicais de trabalhadores rurais, instituições públicas de ensino, instituições comunitárias sem fins lucrativos, INCRA, universidades e outros parceiros que podem participar em alinhamento com as características ou a natureza do projeto. Qual alternativa apresenta uma afirmação mais distante de um diálogo com os objetivos desse Programa? a) Faz-se necessário considerar a luta dos movimentos sociais e sindicais de trabalhadores rurais pelo direito à educação com qualidade social. b) O governo brasileiro precisa se empenhar na promoção da justiça social no campo por meio da democratização do acesso à educação. c) É preciso fortalecer o mundo rural como território de vida. d) É prioritária a ampliação da oferta de cursos de educação profissional e tecnológica por meio de ações de assistência técnica e financeira. 18. Nitidamente, a oferta do ensino fundamental para o público rural apresenta substancial desigualdade de oportunidades, considerando o mesmo público atendido nas cidades brasileiras. Além disso, o quantitativo de crianças e adolescentes que não frequentam os espaços escolares é bem maior no campo do que na cidade. Qual alternativa pouco dialoga com essa afirmação? a) A escola do campo, historicamente, no Brasil, assumiu uma feição de um centro de dinamização e promoção do desenvolvimento da comunidade. b) A desigualdade de tratamento pode ser manifestada pelos altos índices de analfabetismo, pela alta distorção idade-série, pela precariedade de formação docente, entre outros. c) Há uma tendência de diminuição das escolas do campo, que precisa ser superada em nome da qualidade da educação e da necessidade de romper com a desigualdade social. d) Nos locais em que acontecem as maiores carências socioeconômicas figuram as mais expressivas ausências de ofertas educacionais. 19. O debate acerca de uma política educacional em consonância com a realidade camponesa se constitui como um processo lento e, talvez, árduo que envolve pressão por parte de movimentos sociais, bem como a realização de conferências. Acerca desse processo, que ainda se encontra em construção, qual alternativa podemos apontar como contrária às ideias de conquistas significativas e relevantes para a política educacional voltada ao campo brasileiro? a) A educação do campo assumir como propósito educar a população que está inserida e que trabalha no campo brasileiro, para que se tornem capazes de direcionar suas vidas. b) Considerar como sujeitos do campo brasileiro os agricultores familiares, os extrativistas, os pescadores artesanais, os ribeirinhos, os assentados e acampados da reforma agrária, os trabalhadores assalariados rurais, os quilombolas, as caiçaras, os povos da floresta, os caboclos, entre outros. c) O direito à educação do campo pensada conforme a realidade em que as pessoas estão inseridas, com valorização das histórias de luta e os saberes locais. d) A história da educação do campo foi marcada profundamente pelo abandono e descaso do poder público. 20. A educação deve organizar-se em torno de quatro aprendizagens fundamentais que, ao longo de toda a vida, serão de algum modo, para cada indivíduo, os pilares do conhecimento: aprender a conhecer, isto é, adquirir os instrumentos da compreensão; aprender a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente; aprender a viver juntos, a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas; finalmente aprender a ser, via essencial que integra as três precedentes (DELORS, 2010, p. 90). FONTE: DELORS, J. Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. Paris: UNESCO, 2010. Diante disso, qual alternativa distancia da perspectiva sinalizada pelos pilares da educação? a) O aprender a viver juntos, nos impõe como desafio a necessidade de entendimento não só de nós mesmos, mas do outro também. b) O aprender a ser está no campo do desenvolvimento da personalidade. c) O aprender a conhecer reporta-se à noção de que é preciso aproveitar as oportunidades ofertadas pela educação ao longo de toda a vida. d) O aprender a ser, explicita a importância de desenvolver competências necessárias para a realização das atividades entendidas como importantes em cada situação, bem como o aprendizado de trabalhar em equipe de modo a canalizar os esforços e conseguir realizar o que se propõe.
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