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Nutrição Ilustrada e Esquematizada: Saúde pública Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com É com muita alegria que apresento a você mais um pacote da coleção "Nutrição Ilustrada e Esquematizada", dessa vez sobre Saúde Pública. Nele vão estar presentes documentos e temáticas super importantes e muito recorrentes nas provas de concursos e residências! Contém mais de 90 páginas de conteúdos com muitos esquemas, cores e figuras, para te ajudar a estudar de forma descomplicada. Cada página foi feita com muito carinho, para que você possa aprender da melhor forma possível. O grande objetivo é contribuir na sua jornada de estudos, para que você consiga chegar aos resultados que tanto almeja. Espero que goste e que atenda às suas expectativas. Atenção: O material foi elaborado com as melhores intenções. Fiz um trabalho árduo para justamente reduzir o seu trabalho e tempo precioso de estudo. Portanto, esse conteúdo destina-se exclusivamente a você, de forma privada. É proibido e ilegal qualquer tipo de reprodução, distribuição ou comercialização do conteúdo, sob penas da lei (artigo 184 do código penal brasileiro). Oi, nutri, Te desejo um excelente estudo, Rikeciane Brandão. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com Sumário 2 1) Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) - 2013......................................................................................................................4 2) Marco de referência de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) - 2012.......................................................................30 3) Marco de referência da Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) na Atenção Básica - 2015.....................44 4) Carências nutricionais...................................................................59 Programa Nacional de Suplementação de Ferro (PNSF) - 2022..........................................................................................60 Consenso sobre Anemia Ferropriva - 2021.................64 Programa Nacional de Suplementação de vitamina A (PNSVA) - 2022.........................................................68 Estratégia NutriSUS............................................................................71 5) Guia alimentar para a população brasileira..............77 6) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................94 Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 2 Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) - 2013 Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com Propósito da PNAN 5 PNAN A melhoria das condições de ALIMENTAÇÃO NUTRIÇÃO SAÚDEe da população brasileira mediante a promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis vigilância alimentar e nutricional prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição Princípios da PNAN A PNAN tem por pressupostos os direiros à SAÚDE ALIMENTAÇÃO e é orientada pelos princípios doutrinários e organizativos do SUS: Universalidade, integralidade, equidade, descentralização, regionalização e hierarquização e participação popular Aos quais se somam os princípios a seguir: A alimentação como elemento de humanização das práticas da saúde A alimentação expressa as relações sociais, valores e história do indivíduo e dos grupos populacionais e tem implicações diretas na saúde e na qualidade de vida. Valorização do ser humano para além da condição biológica e o reconhecimento de sua centralidade no processo de produção de saúde. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com O respeito à diversidade e à cultura alimentar Princípios da PNAN 6 PNAN Reconhecer, respeitar, preservar, resgatar e difundir a riqueza incomensurável de alimentos e práticas alimentares correspondem ao desenvolvimento de ações com base no respeito à identidade e cultura alimentar da população. O fortalecimento da autonomia dos indivíduos Aumento da capacidade de interpretação e análise do sujeito sobre si e sobre o mundo, e capacidade de fazer escolhas, governar e produzir a própria vida. Ter mais autonomia significa conhecer as várias perspectivas, poder experimentar, decidir, reorientar, ampliar os objetos de investimento relacionados ao comer e poder contar com pessoas nessas escolhas e movimentos. A determinação social e a natureza interdisciplinar e intersetorial da alimentação e nutrição A busca pela integralidade da atenção nutricional se constitui em uma possibilidade de superação da fragmentação dos conhecimentos e das estruturas sociais e institucionais, de modo a responder aos problemas de alimentação e nutrição. A Segurança alimentar e nutricional (SAN) com soberania A SAN se estabelece como a realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com Diretrizes da PNAN 7 PNAN ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO NUTRICIONAL;1. 2. PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAUDÁVEL; 3. VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL; 4. GESTÃO DAS AÇÕES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO; 5. PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL; 6. QUALIFICAÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO; 7. CONTROLE E REGULAÇÃO DOS ALIMENTOS; 8. PESQUISA, INOVAÇÃO E CONHECIMENTO EM ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO; 9. COOPERAÇÃO E ARTICULAÇÃO PARA A SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com para atender às demandas geradas pelos agravos relacionados à má alimentação Organização da atenção nutricional1. 8 PNAN Necessidade de melhor organização dos serviços de saúde tanto em relação ao seu diagnóstico e tratamento; quanto à sua prevenção e à promoção da saúde. Incluem-se, ainda, as ações de vigilância para proporcionar a identificação de seus determinantes e condicionantes, assim como das regiões e populações mais vulneráveis (possibilita constante avaliação e organização, com definição de prioridades). Dessa forma, a atenção nutricional compreende: Os cuidados relativos à alimentação e nutrição voltados à promoção e proteção da saúde, prevenção, diagnóstico e tratamento de agravos, devendo estar associados às demais ações de atenção à saúde do SUS, para indivíduos, famílias e comunidades, contribuindo para a conformação de uma rede integrada, resolutiva e humanizada de cuidados. E tem como sujeitos: INDIVÍDUOS FAMÍLIA COMUNIDADEe Todas as fases do curso da vida devem ser foco da atenção nutricional, no entanto cabe a identificação e priorização de fases mais vulneráveis aos agravos relacionados à alimentação e nutrição. Também devem ser consideradas as especificidades dos diferentes grupos populacionais, povos e comunidades tradicionais, como a população negra, quilombolas e povos indígenas, entre outros, assim como as especificidades de gênero. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com diagnóstico da situação alimentar e nutricional da população adscrita mas precisa incluir, de acordo com as necessidades outros pontos de atenção à saúde, assim como ações em diferentes equipamentos sociais A atenção nutricional deve fazer parte do cuidado integral na 1.Organização da atenção nutricional 9 PNAN Rede de Atenção à Saúde (RAS) tendo a Atenção Básica como coordenadora do cuidado e ordenadora da rede. que contribui para que a organização da atenção nutricional parta das necessidades dos usuários. O processo na RAS deve ser iniciado pelo: Para o diagnóstico deverão ser usados o SISVAN e outrossistemas de informação em saúde A atenção nutricional deve priorizar ações na Atenção básica São prioritárias as ações preventivas e de tratamento da: obesidade; desnutrição; carências nutricionais específicas; DCNT's relacionadas à alimentação e nutrição. Para a prática as equipes de referência deverão ser apoiadas por equipes multiprofissionais, com a participação de profissionais da área de alimentação e nutrição através de: matriciamento; clínica ampliada. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com Incentivar e favorecer a prática do AM e a doação de leite humano em diversos serviços de saúde, de forma articulada aos BLH, para ampliar a oferta de leite materno nas situações de agravos maternos e infantis que impossibilitem a prática do AM. 1.Organização da atenção nutricional 10 PNAN Prevenção das carências nutricionais específicas Outras ações incluem: Por meio da suplementação de micronutrientes (ferro, vitamina A, etc), que serão de responsabilidade dos serviços de AB. Ações no âmbito hospitalar Articulação entre o acompanhamento clínico e nutricional, assim como a interação destes com os serviços de produção de refeições e os serviços de terapia nutricional. Apoio ao aleitamento materno e alimentação complementar A incorporação organizada e progressiva da atenção nutricional deverá resultar em impacto positivo na saúde da população. 2. Promoção da alimentação adequada e saudável (PAAS) aos aspectos biológicos e socioculturais dos indivíduos; AAS é a prática alimentar apropriada bem como ao uso sustentável do meio ambiente Considerando que o alimento tem funções transcendentes ao suprimento das necessidades biológicas, pois agrega significados culturais, comportamentais e afetivos singulares que não podem ser desprezados. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com e deve combinar iniciativas focadas em: 11 PNAN 2. Promoção da alimentação adequada e saudável (PAAS) Deve estar: Em acordo com as necessidades de cada fase do curso da vida e com as necessidades alimentares especiais; referenciada pela cultura alimentar e pelas dimensões de gênero, raça e etnia; acessível do ponto de vista físico e financeiro; harmônica em quantidade e qualidade; baseada em práticas produtivas adequadas e sustentáveis com quantidades mínimas de contaminantes físicos, químicos e biológicos. A PAAS é uma das vertentes da Promoção à Saúde A implantação dessa diretriz da PNAN fundamenta-se nas dimensões de incentivo apoio proteção e promoção da saúde (i) políticas públicas saudáveis; (ii) criação de ambientes favoráveis à saúde nos quais indivíduo e comunidades possam exercer o comportamento saudável; (iii) o reforço da ação comunitária; (iv) o desenvolvimento de habilidades pessoais por meio de processos participativos e permanentes e (v) a reorientação dos serviços na perspectiva da promoção da saúde. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com e ao incentivo à criação de ambientes institucionais promotores de alimentação adequada e saudável que se soma às estratégias de regulação de alimentos - envolvendo rotulagem e informação, publicidade e melhoria do perfil nutricional dos alimentos - 12 PNAN 2. Promoção da alimentação adequada e saudável (PAAS) Nesse contexto, a PAAS objetiva: a melhora da qualidade de vida da população, por meio de ações intersetoriais, voltadas ao coletivo, aos indivíduos e aos ambientes (físico, social, político, econômico e cultural), de caráter amplo e que possam responder às necessidades de saúde da população, contribuindo para a redução da prevalência do sobrepeso e obesidade e das doenças crônicas associadas e outras relacionadas à alimentação e nutrição. O elenco de estratégias na saúde direcionadas à PAAS envolve a EAN incidindo sobre a oferta de alimentos saudáveis nas escolas e nos ambientes de trabalho. Essa oferta também deve ser estimulada entre pequenos comércios de alimentos e refeições da chamada “comida de rua”. Além disso, constitui-se prioridade a elaboração e pactuação de agenda integrada - intra e intersetorial - de EAN para o desenvolvimento de capacidades individuais e coletivas com os diversos setores afetos ao tema. A participação popular é fundamental e deve ocorrer desde o diagnóstico da realidade e definição de objetivos até a implantação das ações, estando refletida nas discussões das instâncias de participação e controle social. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 13 PNAN 3. Vigilância alimentar e nutricional (VAN) A VAN consiste na: Descrição contínua e na predição de tendências das condições de alimentação e nutrição da população e seus fatores determinantes. Deverá ser considerada a partir de um enfoque ampliado que incorpore a: vigilância nos serviços de saúde; e integração de informações derivadas de sistemas de informação em saúde, dos inquéritos populacionais, das chamadas nutricionais e da produção científica. A VAN subsidiará o planejamento da atenção nutricional e das ações relacionadas à promoção da saúde e da alimentação adequada e saudável e à qualidade e regulação dos alimentos, nas esferas de gestão do SUS. Contribuirá, também, com o controle e a participação social e o diagnóstico da segurança alimentar e nutricional no âmbito dos territórios. OBJETIVO DO SISVAN: Tem como objetivo principal monitorar o padrão alimentar e o estado nutricional dos indivíduos atendidos pelo SUS, em todas as fases do curso da vida. Deverá apoiar os profissionais de saúde no: diagnóstico local e oportuno dos agravos alimentares e nutricionais; e no levantamento de marcadores de consumo alimentar que possam identificar fatores de risco ou proteção (como aleitamento materno e alimentação complementar). Destaque deve ser dado à VAN de povos e comunidades tradicionais e de grupos populacionais em condições de vulnerabilidade e iniquidade. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 14 PNAN 3. Vigilância alimentar e nutricional (VAN) Ao Sisvan deverão ser incorporados o acompanhamento nutricional e o de saúde das populações assistidas pelos programas de transferência de renda no sentido de potencializar os esforços desenvolvidos pelas equipes de saúde, qualificando a informação e a atenção nutricional dispensada a essas famílias. Deverá ser destacada a VAN com a integração e operacionalização dos sistemas de informação existentes na perspectiva de integração e da organização da saúde indígena. Para o diagnóstico amplo, nos territórios sob a responsabilidade da Atenção Básica é necessária a análise conjunta dos dados de VAN com outras informações (de natalidade, morbidade, mortalidade, etc) disponíveis nos demais sistemas de informação em saúde. A VAN deverá contribuir com outros setores de governo, com vistas ao monitoramento do padrão alimentar e dos indicadores nutricionais que compõem o conjunto de informações para a vigilância da SAN. Chamadas nutricionais Consistem em pesquisas transversais realizadas em datas estratégicas - como o “dia nacional de imunização” - permitindo estudos sobre aspectos da alimentação e nutrição infantil, bem como de políticas sociais de transferência de renda e de acesso aos alimentos direcionados a esse público. Devem ser implementadas nos diferentes níveis, do local ao nacional. Inquéritos populacio- nais É fundamental a garantia da realização regular e contínua de pesquisas tais como as Pesquisas de Orçamentos Familiares, realizadas pelo IBGE. Também deverão ser garantidos inquéritos regulares sobre a saúde e nutrição materna e infantil, tais como as PNDS. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com articulação de uma agenda comum de alimentação e nutrição com os demais setores do governo e sua integração às demaispolíticas, programas e ações do SUS. 15 PNAN 3. Vigilância alimentar e nutricional (VAN) Com vistas a subsidiar a gestão, os indicadores de alimentação e nutrição deverão ser reforçados nos sistemas de acompanhamento da situação de saúde da população com a inclusão nas salas de situação em saúde; e a constituição de centros de informação em alimentação e nutrição, destacando sua utilização nos instrumentos de planejamento e pactuação do SUS. 4. Gestão das ações de alimentação e nutrição A PNAN articula 2 sistemas: o SUS, seu lócus institucional; o Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), espaço de articulação e coordenação intersetorial. e possui caráter eminentemente intersetorial: Cabe aos gestores do SUS, nas esferas federal, estadual, distrital e municipal, promover a implementação da PNAN por meio da viabilização de parcerias e da articulação interinstitucional necessária para fortalecer a convergência dela com os Planos de Saúde e de SAN. Estratégias prioritárias de financiamento tripartite para implementação das diretrizes da PNAN: Aquisição e distribuição de insumos para prevenção e tratamento das carências nutricionais específicas; Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 16 PNAN 4. Gestão das ações de alimentação e nutrição Adequação de equipamentos e estrutura física dos serviços de saúde para realização das ações de vigilância alimentar e nutricional; Garantia de processo de educação permanente em alimentação e nutrição para trabalhadores da saúde; Garantia de processos adequados de trabalho para a organização da atenção nutricional no SUS. A PNAN também contribui, junto a outras iniciativas do Ministério da Saúde, para estreitar relações de cooperação internacional, O acompanhamento e a avaliação voltados para a gestão da PNAN devem enfocar o aprimoramento da política e de sua implementação nas esferas do SUS. 5. Participação e controle social O debate sobre a PNAN e suas ações nos diversos fóruns deliberativos e consultivos, congressos, seminários e outros criam condições para a reafirmação de seu projeto social e político e devem ser estimulados, sendo os Conselhos e as Conferências de Saúde espaços privilegiados para discussão das ações de alimentação e nutrição no SUS. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 17 PNAN 5. Participação e controle social Comissão Intersetorial de Alimentação e Nutrição (CIAN) é uma das comissões do Conselho Nacional de Saúde (CNS) prevista na Lei n° 8.080/90 e tem por objetivo: acompanhar, propor e avaliar a operacionalização das diretrizes e prioridades da PNAN; e promover a articulação e a complementaridade de políticas, programas e ações de interesse da saúde, cujas execuções envolvem áreas não compreendidas no âmbito específico do SUS. A participação social deve estar presente nos processos cotidianos do SUS sendo transversal ao conjunto de seus princípios e diretrizes Assim, deve ser reconhecido e apoiado o protagonismo da população na luta pelos seus direitos à saúde e à alimentação por meio da criação e fortalecimento de espaços de escuta da sociedade, de participação popular na solução de demandas e de promoção da inclusão social de populações específicas. 6. Qualificação da força de trabalho Torna-se imprescindível a qualificação dos profissionais em consonância com as necessidades de saúde, alimentação e nutrição da população. Estímulo e viabilização da formação e da educação permanente; Garantia de direitos trabalhistas e previdenciários; Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com projetos de formação em serviço; campos para extensão e pesquisa na Rede de Atenção à Saúde do SUS 18 PNAN 6. Qualificação da força de trabalho Qualificação dos vínculos de trabalho; Implantação de carreiras que associem desenvolvimento do trabalhador com qualificação dos serviços ofertados aos usuários. Educação permanente principal estratégia para qualificar as práticas de cuidado, gestão e participação popular. Um dispositivo importante seria a constituição de estratégias de articulação dos gestores com as instituições formadoras para desenvolvimento de que possibilitem o desenvolvimento de práticas do cuidado relacionadas à alimentação e nutrição. Os cursos de graduação e pós- graduação na área de saúde, em especial de Nutrição devem contemplar a formação de profissionais que atendam às necessidades sociais em alimentação e nutrição e que estejam em sintonia com os princípios do SUS e da PNAN. Os Centros Colaboradores em Alimentação e Nutrição (CECAN) são parceiros estratégicos para articular as necessidades do SUS com a formação e qualificação dos profissionais de saúde para agenda de Alimentação e Nutrição. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 19 PNAN 7. Controle e regulação dos alimentos Planejamento das ações que garantam a inocuidade e a qualidade nutricional dos alimentos, controlando e prevenindo riscos à saúde A preocupação em ofertar o alimento saudável e com garantia de qualidade biológica, sanitária, nutricional e tecnológica à população é o produto final de uma cadeia de processos, desde a produção (incluindo a agricultura tradicional e familiar), processamento, industrialização, comercialização, abastecimento até a distribuição, cuja responsabilidade é partilhada com diferentes setores de governo e da sociedade. A segurança sanitária busca a proteção da saúde humana, considerando: mudanças ocorridas na cadeia de produção até o consumo dos alimentos, padrões socioculturais decorrentes da globalização; adaptações ao modo de produção de alimentos em escala internacional. Assim, o risco sanitário deve enfocar a abordagem integral de saúde e considerar, além de si próprio, o risco nutricional decorrente desse cenário ampliando a capacidade de o Estado fazer uso dos instrumentos legais de controle necessários à proteção da saúde da população. Vigilância sanitária e PNAN: Normatização e controle sanitário da produção, comercialização e distribuição de alimentos. E implementação e utilização das: Boas Práticas Agrícolas Boas Práticas de Fabricação Sistema APPCC Boas Práticas nutricionais Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com sejam dotados de capacidade de resposta rápida, com um sistema ágil que permita o acompanhamento dessas ações de forma a reavaliar processos, produzir informações e a subsidiar a tomada de decisões. 20 PNAN 7. Controle e regulação dos alimentos É preciso que os órgãos de controle sanitário de alimentos Dessa maneira, faz-se necessário revisar e aperfeiçoar os regulamentos sanitários e norteá-los em conformidade às diretrizes nacionais da PAAS e da garantia do direito humano à alimentação e reforçar a capacidade técnica e analítica da rede nacional de vigilância sanitária. O monitoramento da qualidade dos alimentos deve considerar: aspectos sanitários, como o microbiológico e o toxicológico aspectos do seu perfil nutricional, como teores de macro e micronutrientes articulando-se com as estratégias de fortificação obrigatória de alimentos e de reformulação do perfil nutricional de alimentos processados com vistas à redução de gorduras, açúcares e sódio. Monitoramento da publicidade e propaganda de alimentos Deve limitar a promoção comercial de alimentos não-saudáveis para as crianças e aperfeiçoar a normatização da publicidade de alimentos, por meio do monitoramento e fiscalização das normas que regulamentam a promoção comercial de alimentos. Deve buscar aperfeiçoar o direito à informação, de forma clara e precisa, com intuito de proteger o consumidor das práticas potencialmente abusivas e enganosas e promover autonomia individual para escolha alimentar saudável Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido porE duzz.com 21 PNAN 7. Controle e regulação dos alimentos Comunicação e canais de interação com os consumidores Devem ser ampliados, estabelecendo ações contínuas de informação para que as medidas de controle e regulação sejam compreendidas e plenamente utilizadas pela população. Rotulagem nutricional dos alimentos Constitui-se em instrumento central no aperfeiçoamento do direito à informação. O acesso à informação fortalece a capacidade de análise e decisão do consumidor, portanto, essa ferramenta deve ser clara e precisa para que possa auxiliar na escolha de alimentos mais saudáveis. É preciso aprimorar as informações obrigatórias contidas nos rótulos dos alimentos de forma a torná-las mais compreensíveis e estender o uso da normativa para outros setores de produção de alimentos. As ações relacionadas à regulação de alimentos devem estar coordenadas e integradas à garantia da inocuidade e qualidade nutricional de alimentos, com o fortalecimento institucional dos setores comprometidos com a saúde pública e a transparência do processo regulatório - em especial dos agrotóxicos em alimentos, aditivos e alimentos destinados a grupos populacionais com necessidades alimentares específicas. 8. Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Alimentação e Nutrição O desenvolvimento do conhecimento e o apoio à pesquisa, à inovação e à tecnologia, no campo da alimentação e nutrição em saúde coletiva, possibilitam a geração de evidências e instrumentos necessários para implementação da PNAN. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com CECAN 22 PNAN 8. Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Alimentação e Nutrição Sistemas de informação de saúde (em especial, o SISVAN) Pesquisas periódicas de base populacional nacional e local Essas fontes de informação da situação alimentar e nutricional devem ser mantidos e fortalecidos e a documentação do diagnóstico alimentar e nutricional da população brasileira realizada por regiões, estados, grupos populacionais, etnias, raças/cores, gêneros, escolaridade, entre outros recortes. Deve-se manter atualizada uma agenda de prioridades de pesquisas em alimentação e nutrição de interesse nacional e regional, pautada na agenda nacional de prioridades de pesquisa em saúde. Constituem-se em uma rede colaborativa interinstitucional de cooperação técnico-científica, que deve ser aprimorada e fortalecida à medida que produzem evidências que contribuem para o fortalecimento da gestão e atenção nutricional na RAS do SUS. É importante a ampliação do apoio técnico, científico e financeiro às linhas de investigação aliadas às demandas dos serviços de saúde, que desenvolvam metodologias e instrumentos aplicados à gestão, execução, monitoramento e avaliação das ações relacionadas à PNAN 9. Cooperação e articulação para a SAN A garantia de SAN para a população, assim como a garantia do direito à saúde, não depende exclusivamente do setor saúde mas este tem papel essencial no processo de articulação intersetorial. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 23 PNAN 9. Cooperação e articulação para a SAN A SAN consiste na: Realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base: práticas alimentares promotoras da saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis. Esse conceito congrega questões relativas à produção e disponibilidade de alimentos (suficiência, estabilidade, autonomia e sustentabilidade) e à preocupação com a promoção da saúde, interligando os dois enfoques que nortearam a construção do conceito de SAN no Brasil: o socioeconômico e o de saúde e nutrição. A intersetorialidade permite o estabelecimento de espaços compartilhados de decisões entre instituições e diferentes setores do governo que atuam na produção da saúde e da SAN. A PNAN deve interagir com a PNSAN e outras políticas de desenvolvimento econômico e social, ocupando papel importante na estratégia de desenvolvimento das políticas de SAN principalmente em aspectos relacionados ao diagnóstico e vigilância da situação alimentar e nutricional e à PAAS Deverão ser destacadas ações direcionadas: I - à melhoria da saúde e nutrição das famílias beneficiárias de programas de transferência de renda, implicando ampliação do acesso aos serviços de saúde II - à interlocução com os setores responsáveis pela produção agrícola, distribuição, abastecimento e comércio local de alimentos visando o aumento do acesso a alimentos saudáveis; Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 24 PNAN 9. Cooperação e articulação para a SAN III - à promoção da alimentação adequada e saudável em ambientes institucionais como escolas, creches, presídios, albergues, locais de trabalho, hospitais, restaurantes comunitários, entre outros. IV - à articulação com as redes de educação e sócio-assistencial para a promoção da educação alimentar e nutricional V - à articulação com a vigilância sanitária para a regulação da qualidade dos alimentos processados e o apoio à produção de alimentos advindos da agricultura familiar, dos assentamentos da reforma agrária e de comunidades tradicionais, integradas à dinâmica da produção de alimentos do país. Responsabilidades institucionais Responsabilidades do Ministério da Saúde Elaborar o plano de ação dentro dos instrumentos de planejamento e gestão para implementação da PNAN, considerando as questões prioritárias e as especificidades regionais de forma contínua e articulada com o Plano Nacional de Saúde e instrumentos de planejamento e pactuação do SUS Pactuar, na CIT, prioridades, objetivos, estratégias e metas para implementação de programas e ações de alimentação e nutrição na RAS, mantidos os princípios e as diretrizes gerais da PNAN Garantir fontes de recursos federais para compor o financiamento de programas e ações de alimentação e nutrição na RAS nos Estados, Distrito Federal e Municípios. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 25 PNAN Responsabilidades institucionais Avaliar e monitorar as metas nacionais de alimentação e nutrição para o setor saúde, de acordo com a situação epidemiológica e nutricional e as especificidades regionais Prestar assessoria técnica e apoio institucional no processo de gestão, planejamento, execução, monitoramento e avaliação de programas e ações de alimentação e nutrição na RAS Apoiar a articulação de instituições, em parceria com as Secretarias Estaduais, Municipais e do Distrito Federal de Saúde, para capacitação e a educação permanente dos profissionais de saúde para a gestão, planejamento, execução, monitoramento e avaliação de programas e ações de alimentação e nutrição no SUS Prestar assessoria técnica aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios na implantação dos sistemas de informação dos programas de alimentação e nutrição e de outros sistemas de informação em saúde que contenham indicadores de alimentação e nutrição Apoiar a organização de uma rede de Centros Colaboradores em Alimentação e Nutrição, fomentando o conhecimento e a construção de evidências no campo da alimentação e nutrição para o SUS Apoiar e fomentar a realização de pesquisas consideradas estratégicas no contexto desta Política, mantendo atualizada uma agenda de prioridades de pesquisa em Alimentação e Nutrição para o SUS Promover, no âmbito de sua competência, a articulação intersetorial e interinstitucional necessária à implementação das diretrizes da PNAN e à articulação do SUS com SISAN Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 26 PNAN Responsabilidades institucionais Estimular e apoiar o processo de discussão sobre as ações e programas em Alimentação e Nutrição da RAS, comparticipação dos setores organizados da sociedade nas instâncias colegiadas e de controle social, em especial, na CIAN do CNS e no Conselho Nacional de SAN Viabilizar e estabelecer parcerias com organismos internacionais, organizações governamentais e não governamentais e com o setor privado, pautadas pelas necessidades da população e pelo interesse público, avaliando os riscos para o bem comum, com autonomia e respeito aos preceitos éticos, para a garantia dos direitos à saúde e à alimentação, com vistas à segurança alimentar e nutricional do povo brasileiro. Responsabilidades das Secretarias Estaduais de Saúde e DF Implementar a PNAN, no âmbito do seu território, respeitando suas diretrizes e promovendo as adequações necessárias, de acordo com o perfil epidemiológico e as especificidades regionais e locais Pactuar na CIB e nas CIR, prioridades, objetivos, estratégias e metas para implementação de programas e ações de alimentação e nutrição na RAS, mantidos os princípios e as diretrizes gerais da PNAN Elaborar o plano de ação para implementação da PNAN, considerando as questões prioritárias e as especificidades regionais de forma contínua e articulada com o Plano Estadual de Saúde e instrumentos de planejamento e pactuação do SUS Destinar recursos estaduais para compor o financiamento tripartite das ações de alimentação e nutrição na RAS no âmbito estadual Prestar assessoria técnica e apoio institucional aos municípios e às regionais de saúde no processo de gestão, planejamento, execução, monitoramento e avaliação de programas e ações de alimentação e nutrição Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 27 PNAN Responsabilidades institucionais Desenvolver mecanismos técnicos e estratégias organizacionais de capacitação e educação permanente dos trabalhadores da saúde para a gestão, planejamento, execução, monitoramento e avaliação de programas e ações de alimentação e nutrição no âmbito estadual, respeitando as diversidades locais e consoantes à PNAN Promover, no âmbito de sua competência, a articulação intersetorial e interinstitucional necessária à implementação das diretrizes da PNAN e à articulação do SUS com o SISAN na esfera estadual; Viabilizar e estabelecer parcerias com organismos internacionais, organizações governamentais e não governamentais e com o setor privado, pautadas pelas necessidades da população da região e pelo interesse público, avaliando os riscos para o bem comum, com autonomia e respeito aos preceitos éticos, para a garantia dos direitos à saúde e à alimentação, com vistas à segurança alimentar e nutricional. Responsabilidades das Secretarias Municipais de Saúde e DF Implementar a PNAN, no âmbito do seu território, respeitando suas diretrizes e promovendo as adequações necessárias, de acordo com o perfil epidemiológico e as especificidades locais, considerando critérios de risco e vulnerabilidade; Elaborar o plano de ação para implementação da PNAN nos municípios, com definição de prioridades, objetivos, estratégias e metas, de forma contínua e articulada com o Plano Municipal de Saúde e o planejamento regional integrado, se for o caso, e com os instrumentos de planejamento e pactuação do SUS Destinar recursos municipais para compor o financiamento tripartite das ações de alimentação e nutrição na RAS Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 28 PNAN Responsabilidades institucionais Pactuar, monitorar e avaliar os indicadores de alimentação e nutrição e alimentar os sistemas de informação da saúde, de forma contínua, com dados produzidos no sistema local de saúde Desenvolver mecanismos técnicos e estratégias organizacionais de capacitação e educação permanente dos trabalhadores da saúde para a gestão, planejamento, execução, monitoramento e avaliação de programas e ações de alimentação e nutrição na esfera municipal e/ou das regionais de saúde Fortalecer a participação e o controle social no planejamento, execução, monitoramento e avaliação de programas e ações de alimentação e nutrição, no âmbito do Conselho Municipal de Saúde e demais instâncias de controle social existentes no município Promover, no âmbito de sua competência, a articulação intersetorial e interinstitucional necessária à implementação das diretrizes da PNAN e a articulação do SUS com o SISAN na esfera municipal Viabilizar e estabelecer parcerias com organismos internacionais, organizações governamentais e não governamentais e com o setor privado, pautadas pelas necessidades da população dos municípios e do Distrito Federal e pelo interesse público, avaliando os riscos para o bem comum, com autonomia e respeito aos preceitos éticos, para a garantia dos direitos à saúde e à alimentação, com vistas à segurança alimentar e nutricional. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com Anotações Escreva aqui tudo que você julgar ser importante 1229 Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 2 Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) - 2012 Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com que favoreçam o diálogo junto a indivíduos e grupos populacionais, considerando: 31 EAN Objetivos do marco de referência Promover um campo comum de reflexão e orientação da prática, no conjunto de iniciativas de EAN que tenham origem, principalmente, na ação pública e que contemple os diversos setores vinculados ao processo de produção, distribuição, abastecimento e consumo de alimentos. O marco pretende apoiar os diferentes setores de governo em suas ações de EAN, para: Alcançar o máximo de resultados possíveis. Melhora da qualidade de vida da população. Conceito de EAN EAN, no contexto da realização do Direito Humano à Alimentação Adequada e da garantia da SAN, é: um campo de conhecimento e de prática contínua e permanente, transdisciplinar, intersetorial e multiprofissional que visa promover a prática autônoma e voluntária de hábitos alimentares saudáveis. A prática da EAN deve fazer uso de abordagens e recursos educacionais problematizadores e ativos todas as fases do curso da vida; etapas do sistema alimentar; e as interações e significados que compõem o comportamento alimentar. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com Satisfação das necessidades alimentares dos indivíduos e populações, no curto e no longo prazos, que não implique o sacrifício dos recursos naturais renováveis e não renováveis e que envolva relações econômicas e sociais estabelecidas a partir dos parâmetros da ética, da justiça, da equidade e da soberania. 32 EAN Princípios para as ações de EAN Sustentabilidade social, ambiental e econômica Reflexão sobre as dimensões do desenvolvimento e dos padrões de produção, de abastecimento, de comercialização, de distribuição e de consumo de alimentos. A sustentabilidade não se limita à dimensão ambiental, mas estende-se às relações humanas, sociais e econômicas estabelecidas em todas as etapas do sistema alimentar. Assim, a EAN quando promove a alimentação saudável refere-se à: Abordagem do sistema alimentar, na sua integralidade Processo que abrange desde o acesso à terra, à água e aos meios de produção, as formas de processamento, de abastecimento, de comercialização e de distribuição; a escolha e consumo dos alimentos, incluindo as práticas alimentares individuais e coletivas, até a geração e a destinação de resíduos. Contribui para que os indivíduos e grupos façam escolhas conscientes, mas também que estas escolhas possam, por sua vez, interferir nas etapas anteriores do sistema alimentar. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 33 EAN Princípios para as ações de EAN Valorização da cultura alimentar local e respeito à diversidade de opiniões e perspectivas, considerandoa legitimidade dos saberes de diferentes naturezas A EAN deve considerar a legitimidade dos saberes oriundos da cultura, religião e ciência. Trata da diversidade na alimentação e deve contemplar as práticas e os saberes mantidos por povos e comunidades tradicionais, bem como diferentes escolhas alimentares, sejam elas voluntárias ou não (ex: pessoas com necessidades alimentares especiais). A comida e o alimento como referências; Valorização da culinária enquanto prática emancipatória As pessoas não se alimentam de nutrientes, mas de alimentos e preparações escolhidas e combinadas de uma maneira particular, com cheiro, cor, temperatura, textura e sabor, e de seus significados e aspectos simbólicos. Saber preparar o próprio alimento gera autonomia, permite praticar as informações técnicas e amplia o conjunto de possibilidades dos indivíduos, além de facilitar a reflexão e o exercício das dimensões sensoriais, cognitivas e simbólicas da alimentação A Promoção do autocuidado e da autonomia Apoiar as pessoas para que se tornem agentes produtores sociais de sua saúde (um dos principais caminhos para se garantir o envolvimento do indivíduo nas ações de EAN). Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 34 EAN Princípios para as ações de EAN A Educação enquanto processo permanente e gerador de autonomia e participação ativa e informada dos sujeitos Ampliação da abordagem de EAN para além da transmissão de conhecimento e gerar situações de reflexão sobre as situações cotidianas, busca de soluções e prática de alternativas. A diversidade nos cenários de prática A EAN deve estar disponível nos mais diversos espaços sociais para os diferentes grupos populacionais. Intersetorialidade Articulação dos distintos setores governamentais, de forma que se corresponsabilizem pela garantia da alimentação adequada e saudável. Planejamento, avaliação e monitoramento das ações Diagnóstico, identificação de prioridades, elaboração de objetivos e estratégias, desenvolvimento de instrumentos de ação, previsão de custos e recursos necessários, detalhamento de plano de trabalho, definição de responsabilidades, parcerias e indicadores de processo e resultados. Planejamento O processo de planejamento precisa ser participativo, de maneira que as pessoas possam estar legitimamente inseridas nos processos decisórios. Todas as estratégias de EAN têm como referência o Guia Alimentar para a População Brasileira. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 35 EAN Campos de prática da EAN A diversidade dos campos de prática pode assim ser resumida: SETOR PÚBLICO Municipal Local Federal Estadual Regional ÁREAS Saúde Assistência social Educação Agricultura Segurança alimentar e nutricional Abastecimento Meio ambiente Esporte e lazer Trabalho Desenvolv. agrário Cultura EQUIPAMENTOS PÚBLICOS Saúde Pontos da RAS como as UBS, que contam com Equipes de AB (Saúde da Família ou tradicional, NASFs), Academias da Saúde, Ambulatórios, Hospitais, Unidades de vigilância em saúde; Assis- tência social CRAS, CREAS, Centros de Convivência, Acolhimento Institucional de Crianças e Adolescentes, Acolhimento Institucional de População de Rua, Plantão Social, Centro Comunitário, Conselho Tutelar, instituição de longa permanência de Idosos entre outros; SAN Restaurantes populares, bancos de alimentos, cozinhas comunitárias, Central de Abastecimento Municipal, feiras , Centros de Referência em SAN; Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 36 EAN Campos de prática da EAN Educa- ção Escolas, creches, universidades, restaurantes universitários; Esporte e lazer Centros desportivos e de recreação, áreas de lazer, clubes; Traba- lho Empresas do Programa de Alimentação do trabalhador, Centros de formação; Ciência/ tecno- logia Centros vocacionais tecnológicos; Abaste- cimento CEASAs, feiras, mercados e sacolões; Cultura Pontos de cultura e outras formas de fomento às atividades culturais. SOCIEDADE Entidades e organizações: comunitárias, profissionais, religiosas, socioassistenciais, associações e cooperativas de produtores rurais, associações de consumidores, Bombeiros, Policia Militar; Sistema S: SESC, SESI, SENAI, SENAC. Instituições de ensino e formação: escolas técnicas e tecnológicas, universidades; Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 37 EAN Campos de prática da EAN SETOR PRIVADO Meios de comunicação Setor publicitário Setor varejista de alimentos Setor de alimentação fora de casa Insdústrias UANs Associações de restaurantes, bares, hotéis Associações da indústria de alimentos Empresas produtoras de refeições coletivas e suas associações Empresas participantes do Programa de Alimentação do Trabalhador Mobilização e comunicação A comunicação ultrapassa os limites da transmissão de informações e a forma verbal, compreendendo o conjunto de processos mediadores da EAN A comunicação no contexto da EAN, para ser efetiva, deve ser pautada na: Escuta ativa e próxima; Reconhecimento das diferentes formas de saberes e de práticas; Construção partilhada de saberes, de práticas e de soluções; Valorização do conhecimento, da cultura e do patrimônio alimentar; Comunicação realizada para atender às necessidades dos indivíduos e grupos; Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 38 EAN Mobilização e comunicação A comunicação ultrapassa os limites da transmissão de informações e a forma verbal, compreendendo o conjunto de processos mediadores da EAN A comunicação no contexto da EAN, para ser efetiva, deve ser pautada na: Formação de vínculo entre os diferentes sujeitos que integram o processo; Busca de soluções contextualizadas; Relações horizontais; Monitoramento permanente dos resultados; Formação de rede para profissionais e para setores envolvidos, visando trocas de experiências e discussões. Formação profissional e educação permanente A EAN integra o currículo obrigatório dos cursos de graduação em Nutrição. Também é desenvolvida, mesmo que ainda de maneira insuficiente, em programas de pós- graduação e projetos de extensão. Por ser um campo intersetorial e multidisciplinar, outros profissionais podem e devem se envolver nas ações e terem acesso a programas de formação e educação continuada Alguns exemplos de como a EAN se articula com a formação profissional: Formação de profissionais da comunidade escolar Realizadas por equipes intersetoriais constituídas por iniciativa das Secretarias de Educação, no âmbito do PNAE, e pelo FNDE, diretamente ou por meio dos CECANEs, entre outros. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 39 EAN Formação profissional e educação permanente Profissionais da saúde Realizadas pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, além de projetos nacionais coordenados pelo Ministério da Saúde, pelos Centros Colaboradores de Alimentação e Nutrição e pelas Universidades. Profissionais da área de desenvolvimento social Realizadas pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Desenvolvimento Social (ou similar) e os projetos nacionais são coordenados pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Ex: RedeSAN (Plataforma Virtual de Gestores em Segurança Alimentar e Nutricional), que oferece cursos de formação aos gestores e aos profissionais dos equipamento públicos de alimentação e nutrição. Agenda pública de EAN I. Agenda estratégica e de articulação intersetorial e federativa: Estabelecimento de mecanismos de planejamento e implementação de ações de EAN nas políticas públicas dos diferentes setores do nível federal; Fortalecimento, estruturação e implementação de ações de EAN nos diferentes setores da ação pública; Fortalecimento das articulações entre as políticas nacionais e as ações educativas desenvolvidasno âmbito local; Elaboração e atualização sistemática de protocolos, manuais e materiais de apoio para as ações nas diferentes esferas de gestão, setores e espaços sociais; Articulação de ações que viabilizem a incorporação de temas de alimentação, saúde e nutrição nos currículos e nos projetos pedagógicos das escolas; Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 40 EAN Agenda pública de EAN Fomento ao desenvolvimento de estratégias de EAN nos diferentes espaços públicos dos setores, principalmente, da Saúde, Educação e Desenvolvimento Social; Fomento e apoio a processos permanentes de pesquisa, gestão do conhecimento e educação permanente; Institucionalização de processos de monitoramento e avaliação; Adoção de uma abordagem transdisciplinar e atuação multiprofissional; Estabelecimento de mecanismos de divulgação das boas práticas de EAN nos diversos setores; Estabelecimento de procedimentos que fomentem e viabilizem parcerias com a sociedade civil organizada; II. Agenda voltada para a formação profissional, estudos e pesquisas: Investimento na formação dos profissionais envolvidos com relação às diferentes áreas de conhecimento, metodologias e estratégias; Promover os processos de educação permanente, considerando as necessidades de formação e desenvolvimento dos profissionais e seu campo de ação; Extensão, Estudos e Pesquisas: – Fomento ao estabelecimento de projetos de extensão e linhas de pesquisa em EAN; – Ampliação das fontes de financiamento e formulação de uma agenda de prioridades em pesquisa de EAN; – Valorização dos estudos metodológicos e de avaliação; – Fomento à produção do conhecimento em EAN, valorizando o saber popular, bem como as práticas bem sucedidas; – Promoção da articulação entre saberes populares de povos e comunidades tradicionais e o conhecimento técnico-científico. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 41 EAN Agenda pública de EAN Formação do Nutricionista em nível de graduação: Formação de outros profissionais: – Formulação e ampliação do acesso a métodos de ensino específicos para a formação em EAN; – Ampliação e valorização de atividades de integração teórico- prática; – Articulação do ensino de EAN com os campos do conhecimento em ciências humanas, tais como a sociologia e a antropologia da alimentação, a ética e a filosofia; – Ampliação da utilização de referenciais teóricos da área de pedagogia e educação; – Investimento na educação permanente dos docentes responsáveis pela disciplina de EAN. – Valorização e atualização da abordagem dos temas de Nutrição nos diferentes cursos dos profissionais que participam das ações de segurança alimentar e nutricional e atenção nutricional. III. Agenda de articulação e mobilização social Manutenção de uma agenda de encontros nacionais e locais para troca de experiências e interlocução; Implantação de uma rede de educação alimentar e nutricional; Manutenção de um calendário de campanhas de informação e mobilização social com responsabilidades e orçamento compartilhado entre os diferentes setores de governo; Valorização da semana da alimentação nas escolas públicas e privadas; » Desenvolvimento de um processo amplo de discussão sobre a parceria entre o setor público e o privado; Formalização de acordos e termos de conduta com o setor produtivo e mídia para proteção e promoção da alimentação adequada e saudável. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 42 EAN Agenda pública de EAN IV. Agenda com entidades da sociedade civil Estímulo para que a sociedade civil organizada atue nos componentes da alimentação, da nutrição e do consumo saudável; Estabelecimento de mecanismos de parceria e apoio às ações de EAN com entidades da sociedade civil; Apoio a experiências e iniciativas da sociedade civil no resgate e na valorização de alimentos/preparações regionais que estejam vincula- dos a práticas alimentares saudáveis. V. Agenda voltada as especificidades Povos e Comunidades Tradicionais – PCT3 Assegurar processos permanentes de EAN e de promoção da alimentação adequada e saudável, valorizando e respeitando as especificidades culturais e regionais, dos diferentes povos e etnias, na perspectiva da SAN e da garantia do DHAA; Desenvolvimento de referenciais teóricos, instrumentos e processos adequados aos dos diferentes povos, etnias, povos e comunidades tradicionais; Apoio a ações de EAN que reconheçam e valorizem os saberes populares de povos e comunidades tradicionais. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com Anotações Escreva aqui tudo que você julgar ser importante 1243 Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 2 Marco de referência da Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) na Atenção Básica - 2015 Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com fornecer subsídios para que gestores e profissionais qualifiquem a atenção integral às pessoas por meio de ações de da saúde possibilitando a descrição contínua e a predição de tendências da alimentação e nutrição da população e seus fatores determinantes. 45 VAN Alimentação e Nutrição na perspectiva da vigilância em saúde Objetivo da vigilância em saúde: PROMOÇÃO PROTEÇÃO RECUPERAÇÃOe pressupondo a análise contínua da situação de saúde da população. A VAN se insere nessa perspectiva, tendo em vista a estreita relação entre a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) e as condições de saúde de sujeitos ou populações É um componente da vigilância em saúde Para exercer atitude de vigilância, recomenda-se utilizar como referência o Ciclo de Gestão e Produção do Cuidado: Essas etapas podem ocorrer simultaneamente ou em momentos distintos, tanto no âmbito individual (atendimentos na UBS ou em domicílio), quanto no coletivo (território). Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 46 VAN Alimentação e Nutrição na perspectiva da vigilância em saúde No exercício da VAN é importante identificar e analisar: Redes de apoio disponíveis, como equipamentos sociais (escolas, creches, centros de assistência social, espaços comunitários para prática de atividade física e lazer, igrejas, associações ou grupos organizados, etc) Espaços de produção, distribuição e comercialização de alimentos, como feiras livres, supermercados, quitandas, cozinhas comunitárias, restaurantes populares, mercados públicos, lanchonetes e bares, entre outros. A cultura alimentar, que recebe interferência direta dos hábitos e das tradições alimentares que a coletividade lhe atribui, além da influência da religião ou filosofia adotada pelo sujeito ou grupo populacional, que afeta o consumo de determinados alimentos, assim como outros fatores, como a mídia, moda ou outros agentes externos. O acesso ao alimento, posto que rendimentos muito baixos podem afetá-lo e incidir negativamente sobre a situação de SAN das famílias. No Ciclo de Gestão e Produção do Cuidado é preciso analisar os resultados obtidos na coleta buscando um diagnóstico da situação de saúde individual e coletiva. e compartilhando-o com os atores envolvidos na vigilância em saúde subsidiando os profissionais e os gestores no aprimoramento e na definição de ferramentas e dispositivos de gestão do cuidado Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com Aumento do consumo de ultraprocessados (refri, biscoitos recheados, etc) associados ao ganho excessivo de peso e ao aumento da incidência de doenças crônicas (DM, HAS, obesidade, etc). O estado nutricional influencia diretamente as condições de crescimento e desenvolvimento e o risco de morbimortalidade da população como um todo (tanto a obesidade quanto a desnutrição) 47 VAN Por que fazer VAN? Transição nutricional Diminuição do consumo de alimentos tradicionais dadieta (arroz, feijão, etc) Portanto, o acompanhamento da situação nutricional configura- se como ferramenta essencial de gestão, subsidiando o planejamento, a execução e a avaliação de ações em saúde Diante disso, a VAN: Subsidia o planejamento da atenção nutricional e das ações de promoção da saúde e alimentação adequada e saudável no SUS, contribuindo para a qualificação do cuidado na Atenção Básica. Auxilia também no controle e na participação social e no diagnóstico da situação de SAN no âmbito dos territórios. Com isso, fica evidente a importância de fortalecer a atitude de vigilância, especialmente da VAN Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com Coleta de dados e produção de informações Esta etapa refere-se à obtenção de dados que subsidiem a geração de informações sobre o estado nutricional e as práticas alimentares. Avaliação de alimentos consumidos no dia anterior à avaliação, o que ameniza possíveis vieses de memória 48 VAN Como fazer VAN? Através das etapas do Ciclo de gestão e produção do cuidado: Recomenda-se que na Atenção Básica sejam realizadas as avaliações antropométrica e de consumo alimentar de indivíduos em todas as fases do curso da vida: crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes. Como referência para avaliação antropométrica: consultar Norma Técnica do SISVAN (2011) (parte desse documento está presente no pacote de avaliação nutricional que encontra-se disponível no site) Avaliação do consumo alimentar Através de formulários, que são de 3 tipos: 1. Para crianças < 6 meses; 2. Para crianças de 6 a 23 meses; 3. Para indivíduos com 2 anos ou mais. CARACTERÍSTICA: Visa a captação de informações sobre o aleitamento materno e a introdução precoce de outros alimentos 1. 2. Visa a caracterização da introdução de alimentos de qualidade em tempo oportuno e à identificação de marcadores de risco ou proteção para a carência de micronutrientes (vitaminas e minerais) e a ocorrência de excesso de peso. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 49 VAN Como fazer VAN? 3. Inclui crianças de 2 a 9 anos, adolescentes, adultos, idosos e gestantes. Visa identificar marcadores de consumo de alimentos e bebidas e práticas relacionadas ao ato de comer. Após a coleta, é necessário o adequado registro, podendo ser: Na caderneta de acompanhamento do usuário; No prontuário adotado pela unidade de saúde; No sistema de informação vigente; Em outro instrumento destinado ao registro dos dados. Periodicidade recomendada de registro: Faixa etária Periodicidade de registro Crianças até 2 anos Aos 15 dias de vida, 1 mês, 2, 4, 6, 9, 12, 18 e 24 meses Indivíduos a partir de 2 anos No mínimo, 1 registro por ano Análise e decisão A análise da situação de saúde tem o propósito de promover a identificação de necessidades e prioridades em saúde e, a partir disso, a elaboração de intervenções apropriadas para indivíduos, famílias e/ou comunidades. A análise deve ocorrer de maneira abrangente tanto no nível individual como no coletivo. Ao identificar um caso de desvio nutricional (desnutrição ou excesso de peso), a equipe de AB deve investigar os fatores de risco associados: Hábitos alimentares, prática de ativ. física, presença/ausência de doenças ou agravos à saúde, situações de violência, negligência, abandono, etc. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 50 VAN Como fazer VAN? A avaliação antropométrica recomendada na AB refere-se à avaliação: do peso; da estatura; do perímetros da cintura; do perímetro da panturrilha. Os detalhes sobre antropometria estão na norma técnica do SISVAN. Através dela, haverá a classificação do estado nutricional. Que é um dos subsídios para o diagnóstico do estado de saúde, permitindo aos profissionais tomar a decisão quanto ao cuidado a ser ofertado Nesse momento do ciclo da VAN, os profissionais das equipes de AB deverão colocar em prática a estratificação de risco preconizada nas diretrizes para a organização da prevenção e do tratamento do sobrepeso e da obesidade na RAS. Além da análise da presença ou não de comorbidades, poderão decidir quais cuidados devem ser ofertados no âmbito da AB e qual será a necessidade de acionar serviços de atenção especializada para a oferta de outros cuidados. Ação Após decisão quanto ao cuidado a ser ofertado com base na análise do estado nutricional, hábitos alimentares e possíveis fatores associados (clínicos, sociais, entre outros), a próxima etapa é a implementação das ações que podem ser direcionadas a indivíduos, famílias ou comunidade. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com Pode acontecer em momentos como uma consulta na UBS ou um atendimento domiciliar. O profissional pode: especificidades encontradas nos diferentes contextos dos territórios; pelas inter-relações entre os sujeitos; pelo envolvimento de outros atores, a fim de estruturar uma rede de compromissos e responsabilidades. 51 VAN Como fazer VAN? Ação de cuidado individual (a) fornecer orientações em saúde e desenhar um plano de cuidado com metas graduais a serem alcançadas até a próxima consulta; (b) agendar uma consulta compartilhada com outro profissional cujo núcleo de saber seja necessário para qualificar o cuidado; (c) convidar o indivíduo a participar de um grupo terapêutico, entre outros cuidados. Ações de âmbito coletivo Devem ser orientadas pelas: Ex: observação de baixo peso devido ao desmame precoce. Ação: Incentivo e apoio ao aleitamento materno envolvendo mães e familiares. Outras ações de âmbito coletivo podem ser citadas, como implementação de linhas de cuidado (ex: linha de cuidado de sobrepeso e obesidade). Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com Avaliação buscando identificar as dificuldades, as necessidades de adequações e novos direcionamentos importantes às rotinas e aos procedimentos definidos previamente 52 VAN Como fazer VAN? A avaliação dos resultados e impactos tem como objetivo compreender e analisar o que se obteve nas etapas anteriores. É um processo que deve ser realizado continuamente e integrado ao planejamento geral de ações das equipes de AB e das diferentes esferas de gestão, com vistas a possibilitar a orientação, a reformulação ou a manutenção das estratégias, a partir dos resultados e das rotinas implementadas Operacionalmente, a avaliação de processos verifica a implementação adequada das atividades inicialmente planejadas na etapa de análise e decisão para garantir que as atividades realizadas estejam sendo corretamente executadas e contribuam para o alcance dos objetivos. Além da avaliação do alcance de metas previamente estabelecidas Essa fase deve apontar para a: melhoria dos indicadores, como os de cobertura, de ampliação do acesso aos serviços de saúde, especialmente da população em situação de vulnerabilidade social. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com Permite que a VAN chegue nos educandos, mesmo se eles não forem para o serviço de saúde, pois isso acontece nas escolas. 53 VAN A VAN na prática Program a Saúde na escola (PSE) Instituído em 2007, tem articulação entre saúde, educação e assistência social. Se propõe a contribuir para a formação integral dos educandos por meio de ações de avaliação das condições de saúde, promoção da qualidade de vida, proteção à saúde e prevenção de doenças e agravos, visando o enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças, adolescentes, jovens e adultos da rede pública de ensino. Identificação precoce de alterações do estado nutricional Avaliação coletiva: Identificação de prevalências e tendências Programa Academia da Saúde Tem como objetivo contribuir para a promoção da saúde e produção do cuidado e de modos de vidasaudáveis da população, a partir da implantação de polos com infraestrutura e profissionais qualificados. Sobre VAN: é importante avaliar o estado nutricional dos usuários. Sua implementação deve ser pautada nas seguintes diretrizes: Configurar-se como ponto de atenção da RAS complementar e potencializador das ações de cuidados individuais e coletivos na AB; Referenciar-se como um programa de promoção da saúde, prevenção e atenção das doenças crônicas não transmissíveis; e Estabelecer-se como espaço de produção, ressignificação e vivência de conhecimentos favoráveis à construção coletiva de modos de vida saudáveis Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 54 VAN A VAN na prática Deve englobar o estímulo à: hábitos alimentares saudáveis práticas corporais e atividade física e de lazer mobilização comunitária potencialização de manifestações culturais locais e de conhecimento popular ampliação e valorização da utilização dos espaços públicos de lazer Program a Bolsa Família (PBF) Programa federal para superação da pobreza. No contexto do SUS, compreende a oferta de serviços para a realização do pré-natal pelas gestantes, o puerpério pelas nutrizes, o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil e as ações de imunização, realizados nos serviços de AB. Atua em 3 eixos estruturantes: Transferência direta de renda às famílias em situação de extrema pobreza; Ampliação do acesso aos serviços públicos de saúde, educação e assistência social, por meio das condicionalidades; Coordenação com programas e/ou ações complementares nas esferas federal, estadual e municipal. A coleta e o registro das informações que compõem o acompanhamento das condicionalidades devem ser realizados pelos municípios duas vezes por ano entre janeiro e junho (primeira vigência) e julho e dezembro (segunda vigência) Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com Identificação das pessoas e grupos que já apresentam sobrepeso e obesidade ou que apresentam maior risco 55 VAN VAN na linha de cuidado das pessoas com sobrepeso e obesidade A VAN é fundamental para a organização da linha de cuidado VAN Para que os profissionais de saúde possam então definir as ações e as estratégias de cuidado que deverão ser ofertadas, seja no âmbito individual ou coletivo. Fluxograma de atenção à saúde de pessoas com sobrepeso e obesidade Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 56 VAN Sistemas de informação em saúde e a VAN Objetivo do SISVAN WEB: Realizar a gestão das informações de VAN, desde o registro de dados antropométricos e de marcadores de consumo alimentar até a geração de relatórios. Restrito: Utilizado por gestores e técnicos municipais e estaduais; Público: Também chamado de módulo gerador de relatórios. Apresenta os módulos de acesso: Possui integração com os outros sistemas de informação. Essa integração visa: redução do retrabalho na coleta de dados individualização do registro produção de informação integrada cuidado centrado no indivíduo, na família, na comunidade e no território. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com Promover condições para que a VAN aconteça e faça sentido para profissionais e gestores: 57 VAN Como apoiar a VAN? garantia de infraestrutura adequada qualificação e motivação dos profissionais de saúde para exercer a atitude de vigilância em suas práticas cotidianas. Infraestru- tura: Local apropriado para a realização da avaliação antropométrica e de marcadores do consumo alimentar na UBS; Equipamentos antropométricos adequados a cada realidade; Disponibilização de quantitativo suficiente de cadernetas de acompanhamento da saúde e de formulários de informação vigentes (Sisab, Sisvan e/ou outro instrumento utilizado pela equipe de AB para registro dos dados) de acordo com a população adstrita ao serviço. É importante que os investimentos sejam realizados pelas três esferas de gestão do SUS Profissio- nais: Capacitação dos profissionais que atuarão na VAN; Momentos de formação para fortalecimento das ações e valorização dos que já atuam na VAN; Educação permanente. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 58 VAN Como apoiar a VAN? Recomenda-se que a atividade de formação em VAN dos profissionais englobe atividades teóricas e práticas e contemple, minimamente, os seguintes temas: I. A importância da VAN no cuidado e na gestão em saúde. II. Método antropométrico. III. Avaliação dos marcadores de consumo alimentar. IV. Registro de dados em prontuários, formulários, cadernetas de acompanhamento de saúde e sistemas de informação. V. Avaliação do estado nutricional individual e coletivo. Por fim: É importante que gestores e profissionais do SUS incentivem e apoiem a realização de pesquisas relacionadas à VAN, entendendo-as como importantes contribuições para a análise e o aprimoramento das práticas nos serviços de saúde. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 2 Carências Nutricionais Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 60 Carências nutricionais Suplementação de ferro PROGRAMA NACIONAL DE SUPLEMENTAÇÃO DE FERRO (PNSF) (MS, 2022) Todas as crianças de 6 a 24 meses de idade; Gestantes ao iniciarem o pré-natal; Mulheres no pós-parto e pós-aborto; Suplementação de ácido fólico para gestantes. Preconiza a suplementação profilática de ferro para: Intervenção recomendada pela OMS para: Prevenção da deficiência de ferro e anemia em lactentes e crianças de 6 a 24 meses, que vivem em locais onde a anemia é altamente prevalente (acima de 40%). Parte do cuidado no pré-natal para reduzir o risco de baixo peso ao nascer da criança, anemia e deficiência de ferro na gestante, além da prevenção da ocorrência de defeitos do tubo neural (DTN). OBS: O PNSF atende crianças de 6 a 24 meses que não estão contempladas pela estratégia NutriSUS. Esquema de administração da suplementação profilática de sulfato ferroso e ácido fólico: Crianças de 6 a 24 meses 10,0 – 12,5 mg de FE* 2 ciclos intermitentes de suplementação no período: 3 meses de suplementação diária seguidos de 3 meses de intervalo e reinício de novo ciclo. Público Conduta Periodicidade Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 61 Carências nutricionais Suplementação de ferro Gestantes 40 mg de FE* Diariamente após a confirmação da gravidez até o final da gestação. Gestantes 0,4 mg de ácido fólico Diariamente pelo menos 30 dias antes da data que se planeja engravidar até a 12° semana de gestação. Mulheres no pós-parto e/ou pós- aborto 40 mg de FE* Diariamente até o terceiro mês pós-parto e/ou pós-aborto. *FE = Ferro elementar. Recomendações especiais para o cuidado de crianças: Crianças em aleitamento materno (AM) exclusivo ou em uso de fórmula infantil só deverão receber suplementos a partir dos 6 meses. Em casos de diagnóstico de anemia, o tratamento deve ser prescrito de acordo com a conduta clínica para anemia definida pelo profissional de saúde responsável. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 62 Carências nutricionais Suplementação de ferro Crianças que não estejam em AM exclusivo e recebam leite de vaca poderão ser submetidas à suplementação profilática de ferro a partir dos 4 meses de idade, juntamente com a introdução da alimentação complementar, segundo as recomendações do Guia para < de 2 anos. Para crianças pré-termo (< 37 semanas) ou nascidas com baixo peso (< 2.500 g), a conduta de suplementação segue as recomendações da SBP. As crianças e/ou gestantes que apresentem doenças que cursam por acúmulo de ferro, como doença falciforme, talassemia e hemocromatose, devem ser acompanhadas individualmentepara que seja avaliada a viabilidade do uso do suplemento de sulfato ferroso. A suplementação profilática com ferro pode ocasionar o surgimento de efeitos colaterais em função do uso prolongado. Os principais efeitos são: vômitos, diarreia e constipação intestinal. As crianças que recebem a estratégia NutriSUS não devem receber o suplemento de sulfato ferroso. Recomendações especiais para o cuidado de mulheres As gestantes devem ser suplementadas com ácido fólico para a prevenção de DTN. A recomendação de ingestão é de 0,4mg de ácido fólico, todos os dias. Essa quantidade deve ser consumida pelo menos 30 dias antes da data em que se planeja engravidar até a 12a semana da gestação. A suplementação com ferro também é recomendada nos casos de abortos (40 mg FE/ dia até o terceiro mês pós-aborto). Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 63 Carências nutricionais Suplementação de ferro Com o objetivo de repor as reservas corporais maternas, todas as mulheres até o terceiro mês pós-parto devem ser suplementadas apenas com ferro (40 mg ferro elementar/dia até o terceiro mês pós-parto). Casos de anemia já diagnosticados: o tratamento deve ser prescrito de acordo com a conduta clínica para anemia definida pelo profissional de saúde responsável. Apesar de normalmente ser o medicamento de escolha, o sulfato ferroso possui como limitantes as intercorrências gastrointestinais (vômitos, diarreia, constipação intestinal, fezes escuras e cólicas). As gestantes devem ser orientadas quanto aos possíveis efeitos e à necessidade de se manter a suplementação até o final do esquema. Orientações em casos de risco para DTN: Mulheres com fatores de risco para DTN devem ser orientadas para a suplementação diária de 5 mg de ácido fólico. Essa quantidade deve ser suplementada pelo menos 30 dias antes da data em que se planeja engravidar até a 12º semana da gestação. Mulheres que podem se beneficiar da suplementação de ácido fólico em doses mais altas: Um dos pais com histórico pessoal de DTN ou história prévia de gestação acometida por DTN. Histórico familiar com DTN em parente de 2º ou 3º grau. Uso de terapia medicamentosa de anticonvulsivantes com ácido valpróico e carbamazepina. Condições médicas maternas associadas à diminuição de absorção de ácido fólico avaliadas pelo profissional de saúde (doença celíaca, doença inflamatória intestinal, doença de Crohn, retocolite ulcerativa, cirurgias bariátricas, ressecção ou bypass intestinal importante). Diabetes mellitus pré-gestacional. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com https://www.tre-sc.jus.br/eleicoes/tire-suas-duvidas/datas-do-1o-turno-e-se-houver-do-2o-turno https://www.tre-sc.jus.br/eleicoes/tire-suas-duvidas/datas-do-1o-turno-e-se-houver-do-2o-turno https://www.tre-sc.jus.br/eleicoes/tire-suas-duvidas/datas-do-1o-turno-e-se-houver-do-2o-turno 64 Carências nutricionais Suplementação de ferro CONSENSO SOBRE ANEMIA FERROPRIVA - SBP (SBP, 2021) Os principais fatores de risco de anemia ferropriva para crianças e adolescentes são: Gestações múltiplas com pouco intervalo entre elas; Dieta materna deficiente em ferro; Perdas sanguíneas Não suplementação de ferro na gravidez e lactação. 1. Baixa reserva materna: Prematuridade e baixo peso ao nascer (< 2.500g); Lactentes em crescimento rápido (velocidade de crescimento > p90); Meninas com grandes perdas menstruais; Atletas de competição. 2. Aumento da demanda metabólica: Clampeamento do cordão umbilical antes de 1 min. de vida; AM exclusivo prolongado (> 6 meses); Alimentação complementar com alimentos pobres em ferro ou de baixa biodisponibilidade; Consumo de leite de vaca antes de um ano de vida; Consumo de fórmula infantil com baixo teor de ferro ou quantidade insuficiente; 3. Diminuição do fornecimento: Traumática ou cirúrgica; Hemorragia gastrintestinal (ex: DII, polipose colônica, anti- inflamatórios não esteroides, infecção por H. pylori, verminose – estrongiloides, necatur, ancilostoma – enteropatias/ colites alérgicas, esquistossomose; Hemorragia ginecológica (menorragia, dispositivos intrauterinos); 4. Perda sanguínea: Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 65 Carências nutricionais Suplementação de ferro Dietas vegetarianas sem orientação de médico/nutricionista; Ausência ou baixa adesão à suplementação profilática com ferro medicamentoso, quando recomendada. 3. Diminuição do fornecimento: Hemorragia urológica (esquistossomose, glomerulonefrite, trauma renal); Hemorragia pulmonar (tuberculose, mal for- mação pulmonar, hemossiderose pulmonar idiopática, síndrome Goodpasture, etc); Discrasias sanguíneas; Malária. 4. Perda sanguínea: (continuação...) (continuação...) Síndromes de má-absorção (doença celíaca, DII); Gastrite atrófica, cirurgia gástrica (bariátrica, ressecção gástrica); Redução da acidez gástrica (antiácidos, bloqueadores H2, inibidores de bomba de prótons). 5. Má absorção de ferro: RECOMENDAÇÃO DE DIAGNÓSTICO: Para se identificar a fase inicial da depleção ou da deficiência de ferro sem anemia, recomenda-se no mínimo os seguintes exames: 1. Hemograma: para avaliação da Hb, dos índices hematimétricos (VCM, HCM, RDW) e da morfologia dos glóbulos vermelhos. 2. Ferritina sêrica: como marcador da fase de depleção dos estoques. 3. PCR: Para identificar processo infeccioso. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com ou até reposição dos estoques corporais confirmados pela normalização da Hb, VCM, HCM, ferro sérico, saturação de transferrina e ferritina sérica. 66 Carências nutricionais Suplementação de ferro RECOMENDAÇÃO DE TRATAMENTO: Ferro oral (dose de 3 a 6 mg de FE/kg/dia), fracionado ou em dose única por 6 meses a efetividade do tratamento deve ser checada com hemograma e reticulócitos após 30 a 45 dias do início do tratamento quando se espera que exista melhora dos níveis de reticulócitos e aumento da Hb em pelo menos 1,0 g/dL RECOMENDAÇÃO DE PREVENÇÃO: Quadro 1. Recomendação de suplementação medicamentosa profilática de ferro em lactentes SEM fator de risco. Situação Recomendação Recém-nascidos a termo, peso adequado para a idade gestacional, em AM exclusivo até o 6º mês. 1 mg de FE/kg/dia, iniciando aos 180 dias de vida até o 24º mês de vida, Quadro 2. Recomendação de suplementação medicamentosa profilática de ferro em lactentes COM fator de risco. Situação Recomendação Recém-nascidos a termo, peso adequado para a idade gestacional, em AM exclusivo até o 6º mês. 1 mg de FE/kg/dia, iniciando aos 90 dias de vida até o 24º mês de vida, Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com 67 Carências nutricionais Suplementação de ferro Recém-nascidos a termo, peso adequado para a idade gestacional, independente do tipo de alimentação 1 mg de FE/kg/dia, iniciando aos 90 dias de vida até o 24º mês de vida, Recém-nascidos a termo com peso inferior a 2.500 g. 2 mg de FE/kg/dia, iniciando com 30 dias de vida, durante 1 ano. Após este prazo, 1 mg/kg/dia mais 1 ano. Recém-nascidos prematuros com peso superior a 1.500 g. 2 mg de FE/kg/dia, iniciando com 30 dias de vida, durante 1 ano. Após este prazo, 1 mg/kg/dia mais 1 ano. Recém-nascidos prematuros com peso entre 1.500 a 1.000 g. 3 mg de FE/kg/dia, iniciando com 30 dias de vida, durante 1 ano. Após este prazo, 1 mg/kg/dia mais 1 ano. Recém-nascidos prematuros com peso inferior a 1.000 g. 4 mg de FE/kg/dia, iniciando com 30 dias de vida, durante 1 ano. Após este prazo, 1 mg/kg/dia mais 1 ano. Recém-nascidos prematuros que receberam mais de 100 ml de concentrado de hemácias durante a internação. Devem ser avaliados individualmente pois podem não necessitar de suplementação de ferro com 30 dias de vida, mas sim posteriormente. Licenciado para - Jaqueline Lim a da S ilva - 02117697542 - P rotegido por E duzz.com
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