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SAÚDE PÚBLICA

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Nutrição
Ilustrada e 
Esquematizada:
Saúde pública
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a da S
ilva - 02117697542 - P
rotegido por E
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É com muita alegria que apresento a você mais um
pacote da coleção "Nutrição Ilustrada e Esquematizada",
dessa vez sobre Saúde Pública. Nele vão estar presentes 
 documentos e temáticas super importantes e muito
recorrentes nas provas de concursos e residências!
Contém mais de 90 páginas de conteúdos com muitos
esquemas, cores e figuras, para te ajudar a estudar de
forma descomplicada. Cada página foi feita com muito
carinho, para que você possa aprender da melhor forma
possível. O grande objetivo é contribuir na sua jornada de
estudos, para que você consiga chegar aos resultados
que tanto almeja. Espero que goste e que atenda às suas
expectativas.
Atenção: O material foi elaborado com as melhores
intenções. Fiz um trabalho árduo para justamente
reduzir o seu trabalho e tempo precioso de estudo.
Portanto, esse conteúdo destina-se exclusivamente a
você, de forma privada. É proibido e ilegal qualquer
tipo de reprodução, distribuição ou comercialização
do conteúdo, sob penas da lei (artigo 184 do código
penal brasileiro).
Oi, nutri,
Te desejo um excelente estudo,
Rikeciane Brandão.
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Sumário
2
1) Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN)
- 2013......................................................................................................................4
2) Marco de referência de Educação Alimentar e
Nutricional (EAN) - 2012.......................................................................30
3) Marco de referência da Vigilância Alimentar e
Nutricional (VAN) na Atenção Básica - 2015.....................44
4) Carências nutricionais...................................................................59
 Programa Nacional de Suplementação de Ferro
 (PNSF) - 2022..........................................................................................60
 Consenso sobre Anemia Ferropriva - 2021.................64
 Programa Nacional de Suplementação de
 vitamina A (PNSVA) - 2022.........................................................68
 Estratégia NutriSUS............................................................................71
5) Guia alimentar para a população brasileira..............77
6) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................94
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2
Política Nacional de
Alimentação e
Nutrição (PNAN) -
2013
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Propósito da PNAN 
5
PNAN
A melhoria das
condições de 
ALIMENTAÇÃO NUTRIÇÃO SAÚDEe
da população brasileira
mediante a
promoção de
práticas alimentares adequadas e saudáveis
vigilância alimentar e nutricional
prevenção e o cuidado integral dos agravos
relacionados à alimentação e nutrição
Princípios da PNAN 
A PNAN tem por
pressupostos os direiros à
SAÚDE
ALIMENTAÇÃO
e é orientada pelos
princípios doutrinários
e organizativos do SUS:
Universalidade, integralidade, equidade, descentralização,
regionalização e hierarquização e participação popular
Aos quais se somam os princípios a seguir:
A alimentação como elemento de humanização das práticas
da saúde
A alimentação expressa as relações sociais, valores e história
do indivíduo e dos grupos populacionais e tem implicações
diretas na saúde e na qualidade de vida.
Valorização do ser humano para além da condição biológica
e o reconhecimento de sua centralidade no processo de
produção de saúde.
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O respeito à diversidade e à cultura alimentar
Princípios da PNAN 
6
PNAN
Reconhecer, respeitar, preservar, resgatar e difundir a riqueza
incomensurável de alimentos e práticas alimentares
correspondem ao desenvolvimento de ações com base no
respeito à identidade e cultura alimentar da população.
O fortalecimento da autonomia dos indivíduos
Aumento da capacidade de interpretação e análise do sujeito
sobre si e sobre o mundo, e capacidade de fazer escolhas,
governar e produzir a própria vida.
Ter mais autonomia significa conhecer as várias
perspectivas, poder experimentar, decidir, reorientar, ampliar
os objetos de investimento relacionados ao comer e poder
contar com pessoas nessas escolhas e movimentos. 
A determinação social e a natureza interdisciplinar e
intersetorial da alimentação e nutrição 
A busca pela integralidade da atenção nutricional se constitui em
uma possibilidade de superação da fragmentação dos
conhecimentos e das estruturas sociais e institucionais, de modo a
responder aos problemas de alimentação e nutrição. 
A Segurança alimentar e nutricional (SAN) com soberania
A SAN se estabelece como a realização do direito de todos ao
acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em
quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras
necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares
promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que
sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis. 
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Diretrizes da PNAN 
7
PNAN
ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO NUTRICIONAL;1.
2. PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAUDÁVEL;
3. VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL;
4. GESTÃO DAS AÇÕES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO;
5. PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL;
6. QUALIFICAÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO;
7. CONTROLE E REGULAÇÃO DOS ALIMENTOS;
8. PESQUISA, INOVAÇÃO E CONHECIMENTO EM ALIMENTAÇÃO
 E NUTRIÇÃO;
9. COOPERAÇÃO E ARTICULAÇÃO PARA A SEGURANÇA 
ALIMENTAR E NUTRICIONAL.
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para atender às demandas geradas
pelos agravos relacionados à má
alimentação
Organização da atenção nutricional1.
8
PNAN
Necessidade de
melhor organização
dos serviços de saúde
tanto em relação ao seu diagnóstico e tratamento;
quanto à sua prevenção e à promoção da saúde.
Incluem-se, ainda, as ações de vigilância
para proporcionar a identificação de seus determinantes
e condicionantes, assim como das regiões e populações
mais vulneráveis (possibilita constante avaliação e
organização, com definição de prioridades).
Dessa forma, a atenção nutricional compreende:
Os cuidados relativos à alimentação e nutrição voltados à promoção e
proteção da saúde, prevenção, diagnóstico e tratamento de agravos,
devendo estar associados às demais ações de atenção à saúde do SUS,
para indivíduos, famílias e comunidades, contribuindo para a conformação
de uma rede integrada, resolutiva e humanizada de cuidados.
E tem
como
sujeitos:
INDIVÍDUOS FAMÍLIA COMUNIDADEe
Todas as fases do curso
da vida devem ser foco
da atenção nutricional,
no entanto cabe a
identificação e
priorização de fases
mais vulneráveis aos
agravos relacionados à
alimentação e nutrição.
Também devem ser
consideradas as
especificidades dos diferentes
grupos populacionais, povos e
comunidades tradicionais,
como a população negra,
quilombolas e povos indígenas,
entre outros, assim como as
especificidades de gênero.
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diagnóstico da situação alimentar e nutricional da
população adscrita
mas precisa incluir, de acordo com as
necessidades outros pontos de atenção à
saúde, assim como ações em diferentes
equipamentos sociais 
A atenção nutricional
deve fazer parte do
cuidado integral na 
1.Organização da atenção nutricional
9
PNAN
Rede de
Atenção à
Saúde (RAS)
tendo a Atenção Básica como
coordenadora do cuidado e
ordenadora da rede.
que contribui para que a organização da atenção
nutricional parta das necessidades dos usuários.
O processo na RAS deve ser iniciado pelo:
Para o diagnóstico deverão ser usados o SISVAN
e outrossistemas de informação em saúde 
A atenção nutricional
deve priorizar ações na
Atenção básica
São prioritárias as
ações preventivas e
de tratamento da:
obesidade;
desnutrição;
carências nutricionais
específicas;
DCNT's relacionadas à
alimentação e nutrição.
Para a prática as equipes de referência
deverão ser apoiadas por equipes
multiprofissionais, com a participação de
profissionais da área de alimentação e
nutrição 
através de:
matriciamento;
clínica
ampliada.
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Incentivar e favorecer a prática do AM e a doação de leite
humano em diversos serviços de saúde, de forma
articulada aos BLH, para ampliar a oferta de leite materno
nas situações de agravos maternos e infantis que
impossibilitem a prática do AM. 
1.Organização da atenção nutricional
10
PNAN
Prevenção
das carências
nutricionais
específicas
Outras ações incluem:
Por meio da suplementação de micronutrientes (ferro, vitamina
A, etc), que serão de responsabilidade dos serviços de AB.
Ações no
âmbito
hospitalar
Articulação entre o acompanhamento clínico e nutricional,
assim como a interação destes com os serviços de produção
de refeições e os serviços de terapia nutricional. 
Apoio ao
aleitamento
materno e
alimentação
complementar
A incorporação organizada e progressiva da
atenção nutricional deverá resultar em
impacto positivo na saúde da população.
2. Promoção da alimentação adequada e saudável (PAAS)
aos aspectos biológicos e
socioculturais dos indivíduos;
AAS é a prática
alimentar apropriada
bem como ao uso sustentável do meio ambiente
Considerando que o alimento tem funções transcendentes ao suprimento
das necessidades biológicas, pois agrega significados culturais,
comportamentais e afetivos singulares que não podem ser desprezados.
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e deve combinar iniciativas focadas em:
11
PNAN
2. Promoção da alimentação adequada e saudável (PAAS)
Deve
estar:
Em acordo com as necessidades de cada
fase do curso da vida e com as
necessidades alimentares especiais;
referenciada pela cultura
alimentar e pelas dimensões
de gênero, raça e etnia;
acessível do ponto de
vista físico e financeiro;
harmônica em quantidade e
qualidade;
baseada em práticas
produtivas adequadas e
sustentáveis com quantidades
mínimas de contaminantes
físicos, químicos e biológicos.
A PAAS é uma das vertentes da Promoção à Saúde
A implantação dessa diretriz
da PNAN fundamenta-se nas
dimensões de
incentivo apoio proteção
e promoção da saúde
(i) políticas públicas saudáveis; 
(ii) criação de ambientes favoráveis à saúde nos quais
indivíduo e comunidades possam exercer o comportamento
saudável; 
(iii) o reforço da ação comunitária; 
(iv) o desenvolvimento de habilidades pessoais por meio de
processos participativos e permanentes e 
(v) a reorientação dos serviços na perspectiva da promoção
da saúde.
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e ao incentivo à criação de ambientes
institucionais promotores de alimentação
adequada e saudável
que se soma às estratégias de
regulação de alimentos -
envolvendo rotulagem e
informação, publicidade e
melhoria do perfil nutricional
dos alimentos -
12
PNAN
2. Promoção da alimentação adequada e saudável (PAAS)
Nesse contexto, a PAAS objetiva:
a melhora da qualidade de vida da população, por meio de ações
intersetoriais, voltadas ao coletivo, aos indivíduos e aos ambientes (físico,
social, político, econômico e cultural), de caráter amplo e que possam
responder às necessidades de saúde da população, contribuindo para a
redução da prevalência do sobrepeso e obesidade e das doenças
crônicas associadas e outras relacionadas à alimentação e nutrição.
O elenco de
estratégias na saúde
direcionadas à PAAS
envolve a EAN
incidindo sobre a oferta
de alimentos saudáveis
nas escolas e nos
ambientes de trabalho.
Essa oferta também deve ser estimulada entre
pequenos comércios de alimentos e refeições
da chamada “comida de rua”.
Além disso, constitui-se prioridade
a elaboração e pactuação de
agenda integrada - intra
e intersetorial - de EAN
para o desenvolvimento
de capacidades
individuais e coletivas
com os diversos setores
afetos ao tema.
A participação popular é fundamental e deve ocorrer desde o
diagnóstico da realidade e definição de objetivos até a
implantação das ações, estando refletida nas discussões das
instâncias de participação e controle social.
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PNAN
3. Vigilância alimentar e nutricional (VAN)
A VAN consiste na:
Descrição contínua e na predição de tendências das condições de
alimentação e nutrição da população e seus fatores determinantes. 
Deverá ser considerada a partir de um enfoque
ampliado que incorpore a:
vigilância nos serviços de saúde; e 
integração de informações derivadas de sistemas de
informação em saúde, dos inquéritos populacionais,
das chamadas nutricionais e da produção científica.
A VAN subsidiará o planejamento da
atenção nutricional e das ações
relacionadas à promoção da saúde e
da alimentação adequada e saudável e
à qualidade e regulação dos alimentos,
nas esferas de gestão do SUS.
Contribuirá, também, com o
controle e a participação
social e o diagnóstico da
segurança alimentar e
nutricional no âmbito dos
territórios.
OBJETIVO 
DO
SISVAN:
Tem como objetivo principal monitorar o
padrão alimentar e o estado nutricional
dos indivíduos atendidos pelo SUS, em
todas as fases do curso da vida.
Deverá apoiar os profissionais de saúde no:
diagnóstico local e oportuno dos agravos alimentares e nutricionais;
e no levantamento de marcadores de consumo alimentar que possam
identificar fatores de risco ou proteção (como aleitamento materno e
alimentação complementar). 
Destaque deve ser dado à VAN de povos e comunidades
tradicionais e de grupos populacionais em condições de
vulnerabilidade e iniquidade.
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PNAN
3. Vigilância alimentar e nutricional (VAN)
Ao Sisvan deverão ser
incorporados o
acompanhamento nutricional
e o de saúde das populações
assistidas pelos programas de
transferência de renda
no sentido de potencializar os
esforços desenvolvidos pelas
equipes de saúde, qualificando a
informação e a atenção nutricional
dispensada a essas famílias.
Deverá ser destacada a VAN com a
integração e operacionalização dos
sistemas de informação existentes na
perspectiva de integração e da
organização da saúde indígena.
Para o diagnóstico
amplo, nos territórios sob
a responsabilidade da
Atenção Básica
é necessária a análise conjunta dos dados de
VAN com outras informações (de natalidade,
morbidade, mortalidade, etc) disponíveis nos
demais sistemas de informação em saúde.
A VAN deverá contribuir com outros setores de governo, com vistas ao
monitoramento do padrão alimentar e dos indicadores nutricionais que
compõem o conjunto de informações para a vigilância da SAN.
Chamadas
nutricionais
Consistem em pesquisas transversais realizadas em datas
estratégicas - como o “dia nacional de imunização” - permitindo
estudos sobre aspectos da alimentação e nutrição infantil, bem
como de políticas sociais de transferência de renda e de acesso
aos alimentos direcionados a esse público. Devem ser
implementadas nos diferentes níveis, do local ao nacional.
Inquéritos
populacio-
nais
É fundamental a garantia da realização regular e contínua de
pesquisas tais como as Pesquisas de Orçamentos Familiares,
realizadas pelo IBGE. Também deverão ser garantidos
inquéritos regulares sobre a saúde e nutrição materna e
infantil, tais como as PNDS.
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articulação de uma agenda comum de
alimentação e nutrição com os demais setores do
governo e sua integração às demaispolíticas,
programas e ações do SUS. 
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PNAN
3. Vigilância alimentar e nutricional (VAN)
Com vistas a subsidiar a
gestão, os indicadores de
alimentação e nutrição
deverão ser reforçados nos
sistemas de
acompanhamento da situação
de saúde da população
com a inclusão nas salas de
situação em saúde;
e a constituição de centros de
informação em alimentação e
nutrição, destacando sua utilização
nos instrumentos de planejamento
e pactuação do SUS.
4. Gestão das ações de alimentação e nutrição 
A PNAN articula
2 sistemas: 
o SUS, seu lócus institucional;
o Sistema de Segurança Alimentar e
Nutricional (SISAN), espaço de articulação
e coordenação intersetorial.
e possui caráter
eminentemente
intersetorial:
Cabe aos gestores do SUS, nas esferas federal, estadual,
distrital e municipal, promover a implementação da PNAN
por meio da viabilização de parcerias e da articulação
interinstitucional necessária para fortalecer a convergência
dela com os Planos de Saúde e de SAN. 
Estratégias prioritárias de financiamento tripartite para
implementação das diretrizes da PNAN:
Aquisição e distribuição de insumos para prevenção e
tratamento das carências nutricionais específicas;
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PNAN
4. Gestão das ações de alimentação e nutrição 
Adequação de equipamentos e estrutura física dos serviços
de saúde para realização das ações de vigilância alimentar e
nutricional;
Garantia de processo de educação permanente em
alimentação e nutrição para trabalhadores da saúde;
Garantia de processos adequados de trabalho para a
organização da atenção nutricional no SUS.
A PNAN também contribui, junto a outras iniciativas do
Ministério da Saúde, para estreitar relações de cooperação
internacional,
O acompanhamento
e a avaliação
voltados para a gestão da PNAN devem
enfocar o aprimoramento da política e de
sua implementação nas esferas do SUS.
5. Participação e controle social 
O debate sobre a PNAN e suas
ações nos diversos fóruns
deliberativos e consultivos,
congressos, seminários e outros
criam condições para a
reafirmação de seu
projeto social e político e
devem ser estimulados,
sendo os Conselhos e as Conferências de Saúde espaços privilegiados
para discussão das ações de alimentação e nutrição no SUS.
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PNAN
5. Participação e controle social 
Comissão Intersetorial de Alimentação e Nutrição (CIAN) é uma
das comissões do Conselho Nacional de Saúde (CNS) prevista na
Lei n° 8.080/90 e tem por objetivo:
acompanhar, propor e avaliar a operacionalização
das diretrizes e prioridades da PNAN;
e promover a articulação e a complementaridade de
políticas, programas e ações de interesse da saúde,
cujas execuções envolvem áreas não
compreendidas no âmbito específico do SUS.
A participação social deve estar
presente nos processos
cotidianos do SUS
sendo transversal ao
conjunto de seus
princípios e diretrizes
Assim, deve ser reconhecido e apoiado o protagonismo da
população na luta pelos seus direitos à saúde e à
alimentação por meio da criação e fortalecimento de
espaços de escuta da sociedade, de participação popular
na solução de demandas e de promoção da inclusão social
de populações específicas.
6. Qualificação da força de trabalho 
Torna-se imprescindível
a qualificação dos
profissionais
em consonância com as
necessidades de saúde,
alimentação e nutrição da
população.
Estímulo e viabilização da formação e da educação
permanente;
Garantia de direitos trabalhistas e previdenciários; 
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projetos de formação em
serviço;
campos para extensão e
pesquisa na Rede de Atenção
à Saúde do SUS
18
PNAN
6. Qualificação da força de trabalho 
Qualificação dos vínculos de trabalho;
Implantação de carreiras que associem
desenvolvimento do trabalhador com qualificação
dos serviços ofertados aos usuários.
Educação
permanente
principal estratégia para qualificar as práticas
de cuidado, gestão e participação popular. 
Um dispositivo importante seria a
constituição de estratégias de
articulação dos gestores com as
instituições formadoras para
desenvolvimento de
que possibilitem o desenvolvimento de práticas do
cuidado relacionadas à alimentação e nutrição.
Os cursos de
graduação e pós-
graduação na
área de saúde,
em especial de
Nutrição
devem contemplar a
formação de profissionais
que atendam às
necessidades sociais em
alimentação e nutrição e que
estejam em sintonia com os
princípios do SUS e da PNAN.
Os Centros Colaboradores
em Alimentação e
Nutrição (CECAN)
são parceiros estratégicos para
articular as necessidades do SUS
com a formação e qualificação dos
profissionais de saúde para agenda
de Alimentação e Nutrição.
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PNAN
7. Controle e regulação dos alimentos
Planejamento das ações que garantam a inocuidade
e a qualidade nutricional dos alimentos, controlando
e prevenindo riscos à saúde
A preocupação em ofertar o alimento saudável e com garantia de
qualidade biológica, sanitária, nutricional e tecnológica à população é
o produto final de uma cadeia de processos, desde a produção
(incluindo a agricultura tradicional e familiar), processamento,
industrialização, comercialização, abastecimento até a distribuição,
cuja responsabilidade é partilhada com diferentes setores de
governo e da sociedade.
A segurança
sanitária busca a
proteção da
saúde humana,
considerando:
mudanças ocorridas na cadeia de produção até o
consumo dos alimentos, 
padrões socioculturais decorrentes da
globalização;
adaptações ao modo de produção de alimentos
em escala internacional.
Assim, o risco sanitário deve
enfocar a abordagem integral
de saúde e considerar, além de
si próprio, o risco nutricional
decorrente desse cenário
ampliando a capacidade de o
Estado fazer uso dos
instrumentos legais de controle
necessários à proteção da
saúde da população.
Vigilância
sanitária e
PNAN:
Normatização e controle sanitário da produção,
comercialização e distribuição de alimentos.
E implementação e utilização das:
Boas Práticas Agrícolas Boas Práticas de Fabricação
Sistema APPCC Boas Práticas nutricionais 
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sejam dotados de capacidade de resposta
rápida, com um sistema ágil que permita o
acompanhamento dessas ações de forma a
reavaliar processos, produzir informações e
a subsidiar a tomada de decisões.
20
PNAN
7. Controle e regulação dos alimentos
É preciso que os
órgãos de
controle sanitário
de alimentos
Dessa maneira, faz-se necessário revisar e aperfeiçoar os
regulamentos sanitários e norteá-los em conformidade às
diretrizes nacionais da PAAS e da garantia do direito
humano à alimentação e reforçar a capacidade técnica e
analítica da rede nacional de vigilância sanitária.
O monitoramento
da qualidade dos
alimentos deve
considerar:
aspectos sanitários, como o microbiológico e o
toxicológico
aspectos do seu perfil nutricional, como teores
de macro e micronutrientes
articulando-se com as estratégias de fortificação
obrigatória de alimentos e de reformulação do
perfil nutricional de alimentos processados com
vistas à redução de gorduras, açúcares e sódio.
Monitoramento
da publicidade
e propaganda
de alimentos 
Deve limitar a promoção comercial de alimentos não-saudáveis
para as crianças e aperfeiçoar a normatização da publicidade de
alimentos, por meio do monitoramento e fiscalização das
normas que regulamentam a promoção comercial de alimentos.
Deve buscar aperfeiçoar o direito à informação,
de forma clara e precisa, com intuito de proteger
o consumidor das práticas potencialmente
abusivas e enganosas e promover autonomia
individual para escolha alimentar saudável
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21
PNAN
7. Controle e regulação dos alimentos
Comunicação e
canais de
interação com os
consumidores
Devem ser ampliados, estabelecendo ações
contínuas de informação para que as medidas
de controle e regulação sejam compreendidas
e plenamente utilizadas pela população.
Rotulagem
nutricional dos
alimentos
Constitui-se em instrumento central no
aperfeiçoamento do direito à informação. O acesso
à informação fortalece a capacidade de análise e
decisão do consumidor, portanto, essa ferramenta
deve ser clara e precisa para que possa auxiliar na
escolha de alimentos mais saudáveis. 
É preciso aprimorar as informações obrigatórias contidas
nos rótulos dos alimentos de forma a torná-las mais
compreensíveis e estender o uso da normativa para outros
setores de produção de alimentos.
As ações relacionadas à regulação de alimentos devem estar coordenadas
e integradas à garantia da inocuidade e qualidade nutricional de alimentos,
com o fortalecimento institucional dos setores comprometidos com a saúde
pública e a transparência do processo regulatório - em especial dos
agrotóxicos em alimentos, aditivos e alimentos destinados a grupos
populacionais com necessidades alimentares específicas.
8. Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Alimentação e Nutrição
O desenvolvimento do conhecimento e o apoio à pesquisa, à
inovação e à tecnologia, no campo da alimentação e nutrição
em saúde coletiva, possibilitam a geração de evidências e
instrumentos necessários para implementação da PNAN.
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CECAN
22
PNAN
8. Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Alimentação e Nutrição
Sistemas de informação de
saúde (em especial, o SISVAN)
Pesquisas periódicas de base
populacional nacional e local
 Essas fontes de informação da
situação alimentar e nutricional
devem ser mantidos e fortalecidos
e a documentação do diagnóstico
alimentar e nutricional da
população brasileira realizada por
regiões, estados, grupos
populacionais, etnias, raças/cores,
gêneros, escolaridade, entre
outros recortes.
Deve-se manter atualizada uma agenda de prioridades de
pesquisas em alimentação e nutrição de interesse nacional e
regional, pautada na agenda nacional de prioridades de
pesquisa em saúde.
Constituem-se em uma rede colaborativa interinstitucional
de cooperação técnico-científica, que deve ser aprimorada
e fortalecida à medida que produzem evidências que
contribuem para o fortalecimento da gestão e atenção
nutricional na RAS do SUS.
É importante a ampliação do apoio técnico, científico e
financeiro às linhas de investigação aliadas às demandas dos
serviços de saúde, que desenvolvam metodologias e
instrumentos aplicados à gestão, execução, monitoramento e
avaliação das ações relacionadas à PNAN
9. Cooperação e articulação para a SAN
A garantia de SAN para a população,
assim como a garantia do direito à
saúde, não depende exclusivamente
do setor saúde
mas este tem papel
essencial no processo
de articulação
intersetorial.
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PNAN
9. Cooperação e articulação para a SAN
A SAN consiste na:
Realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a
alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o
acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base: práticas
alimentares promotoras da saúde que respeitem a diversidade cultural
e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis.
Esse conceito congrega questões relativas à produção e disponibilidade
de alimentos (suficiência, estabilidade, autonomia e sustentabilidade) e à
preocupação com a promoção da saúde, interligando os dois enfoques
que nortearam a construção do conceito de SAN no Brasil: o
socioeconômico e o de saúde e nutrição.
A intersetorialidade permite o estabelecimento de espaços
compartilhados de decisões entre instituições e diferentes
setores do governo que atuam na produção da saúde e da SAN.
A PNAN deve interagir com a
PNSAN e outras políticas de
desenvolvimento econômico e
social, ocupando papel importante
na estratégia de desenvolvimento
das políticas de SAN
principalmente em
aspectos relacionados ao
diagnóstico e vigilância da
situação alimentar e
nutricional e à PAAS 
Deverão ser destacadas ações direcionadas:
I - à melhoria da saúde e nutrição das famílias beneficiárias
de programas de transferência de renda, implicando
ampliação do acesso aos serviços de saúde
II - à interlocução com os setores responsáveis pela produção
agrícola, distribuição, abastecimento e comércio local de
alimentos visando o aumento do acesso a alimentos saudáveis;
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PNAN
9. Cooperação e articulação para a SAN
III - à promoção da alimentação adequada e saudável em
ambientes institucionais como escolas, creches, presídios,
albergues, locais de trabalho, hospitais, restaurantes
comunitários, entre outros.
IV - à articulação com as redes de educação e sócio-assistencial
para a promoção da educação alimentar e nutricional
V - à articulação com a vigilância sanitária para a regulação da
qualidade dos alimentos processados e o apoio à produção de
alimentos advindos da agricultura familiar, dos assentamentos da
reforma agrária e de comunidades tradicionais, integradas à
dinâmica da produção de alimentos do país.
Responsabilidades institucionais
Responsabilidades do Ministério da Saúde
Elaborar o plano de ação dentro dos instrumentos de planejamento e
gestão para implementação da PNAN, considerando as questões
prioritárias e as especificidades regionais de forma contínua e articulada
com o Plano Nacional de Saúde e instrumentos de planejamento e
pactuação do SUS
Pactuar, na CIT, prioridades, objetivos, estratégias e metas para
implementação de programas e ações de alimentação e nutrição
na RAS, mantidos os princípios e as diretrizes gerais da PNAN
Garantir fontes de recursos federais para compor o financiamento de
programas e ações de alimentação e nutrição na RAS nos Estados, Distrito
Federal e Municípios.
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PNAN
Responsabilidades institucionais
Avaliar e monitorar as metas nacionais de alimentação e nutrição para o
setor saúde, de acordo com a situação epidemiológica e nutricional e as
especificidades regionais
Prestar assessoria técnica e apoio institucional no processo de gestão,
planejamento, execução, monitoramento e avaliação de programas e
ações de alimentação e nutrição na RAS
Apoiar a articulação de instituições, em parceria com as Secretarias
Estaduais, Municipais e do Distrito Federal de Saúde, para capacitação
e a educação permanente dos profissionais de saúde para a gestão,
planejamento, execução, monitoramento e avaliação de programas e
ações de alimentação e nutrição no SUS
Prestar assessoria técnica aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios
na implantação dos sistemas de informação dos programas de
alimentação e nutrição e de outros sistemas de informação em saúde que
contenham indicadores de alimentação e nutrição
Apoiar a organização de uma rede de Centros Colaboradores em
Alimentação e Nutrição, fomentando o conhecimento e a construção de
evidências no campo da alimentação e nutrição para o SUS
Apoiar e fomentar a realização de pesquisas consideradas estratégicas
no contexto desta Política, mantendo atualizada uma agenda de
prioridades de pesquisa em Alimentação e Nutrição para o SUS
Promover, no âmbito de sua competência, a articulação intersetorial e
interinstitucional necessária à implementação das diretrizes da PNAN e à
articulação do SUS com SISAN
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PNAN
Responsabilidades institucionais
Estimular e apoiar o processo de discussão sobre as ações e programas
em Alimentação e Nutrição da RAS, comparticipação dos setores
organizados da sociedade nas instâncias colegiadas e de controle social,
em especial, na CIAN do CNS e no Conselho Nacional de SAN
Viabilizar e estabelecer parcerias com organismos internacionais,
organizações governamentais e não governamentais e com o setor
privado, pautadas pelas necessidades da população e pelo interesse
público, avaliando os riscos para o bem comum, com autonomia e respeito
aos preceitos éticos, para a garantia dos direitos à saúde e à alimentação,
com vistas à segurança alimentar e nutricional do povo brasileiro.
Responsabilidades das Secretarias Estaduais de Saúde e DF
Implementar a PNAN, no âmbito do seu território, respeitando suas
diretrizes e promovendo as adequações necessárias, de acordo com o
perfil epidemiológico e as especificidades regionais e locais
Pactuar na CIB e nas CIR, prioridades, objetivos, estratégias e metas para
implementação de programas e ações de alimentação e nutrição na RAS,
mantidos os princípios e as diretrizes gerais da PNAN
Elaborar o plano de ação para implementação da PNAN,
considerando as questões prioritárias e as especificidades
regionais de forma contínua e articulada com o Plano Estadual de
Saúde e instrumentos de planejamento e pactuação do SUS
Destinar recursos estaduais para compor o financiamento tripartite das
ações de alimentação e nutrição na RAS no âmbito estadual
Prestar assessoria técnica e apoio institucional aos municípios e às
regionais de saúde no processo de gestão, planejamento, execução,
monitoramento e avaliação de programas e ações de alimentação e
nutrição
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PNAN
Responsabilidades institucionais
Desenvolver mecanismos técnicos e estratégias organizacionais de
capacitação e educação permanente dos trabalhadores da saúde para a
gestão, planejamento, execução, monitoramento e avaliação de
programas e ações de alimentação e nutrição no âmbito estadual,
respeitando as diversidades locais e consoantes à PNAN
Promover, no âmbito de sua competência, a articulação intersetorial
e interinstitucional necessária à implementação das diretrizes da
PNAN e à articulação do SUS com o SISAN na esfera estadual;
Viabilizar e estabelecer parcerias com organismos internacionais,
organizações governamentais e não governamentais e com o setor
privado, pautadas pelas necessidades da população da região e pelo
interesse público, avaliando os riscos para o bem comum, com autonomia
e respeito aos preceitos éticos, para a garantia dos direitos à saúde e à
alimentação, com vistas à segurança alimentar e nutricional.
Responsabilidades das Secretarias Municipais de Saúde e DF 
Implementar a PNAN, no âmbito do seu território, respeitando suas
diretrizes e promovendo as adequações necessárias, de acordo com o
perfil epidemiológico e as especificidades locais, considerando critérios de
risco e vulnerabilidade;
Elaborar o plano de ação para implementação da PNAN nos
municípios, com definição de prioridades, objetivos, estratégias
e metas, de forma contínua e articulada com o Plano Municipal
de Saúde e o planejamento regional integrado, se for o caso, e
com os instrumentos de planejamento e pactuação do SUS
Destinar recursos municipais para compor o financiamento tripartite das
ações de alimentação e nutrição na RAS
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PNAN
Responsabilidades institucionais
Pactuar, monitorar e avaliar os indicadores de alimentação e nutrição e
alimentar os sistemas de informação da saúde, de forma contínua, com
dados produzidos no sistema local de saúde
Desenvolver mecanismos técnicos e estratégias organizacionais de
capacitação e educação permanente dos trabalhadores da saúde para a
gestão, planejamento, execução, monitoramento e avaliação de
programas e ações de alimentação e nutrição na esfera municipal e/ou
das regionais de saúde
Fortalecer a participação e o controle social no planejamento,
execução, monitoramento e avaliação de programas e ações de
alimentação e nutrição, no âmbito do Conselho Municipal de Saúde e
demais instâncias de controle social existentes no município
Promover, no âmbito de sua competência, a articulação intersetorial e
interinstitucional necessária à implementação das diretrizes da PNAN e a
articulação do SUS com o SISAN na esfera municipal
Viabilizar e estabelecer parcerias com organismos internacionais,
organizações governamentais e não governamentais e com o setor
privado, pautadas pelas necessidades da população dos municípios e
do Distrito Federal e pelo interesse público, avaliando os riscos para o
bem comum, com autonomia e respeito aos preceitos éticos, para a
garantia dos direitos à saúde e à alimentação, com vistas à segurança
alimentar e nutricional.
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Marco de Referência de
Educação Alimentar e
Nutricional (EAN) - 2012
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que favoreçam o diálogo
junto a indivíduos e grupos
populacionais,
considerando:
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EAN
Objetivos do marco de referência 
Promover um campo
comum de reflexão e
orientação da prática,
no conjunto de
iniciativas de EAN
que tenham origem,
principalmente, na
ação pública
e que contemple os diversos setores vinculados ao processo de
produção, distribuição, abastecimento e consumo de alimentos.
O marco pretende
apoiar os diferentes
setores de governo em
suas ações de EAN, para:
Alcançar o máximo de
resultados possíveis.
Melhora da qualidade
de vida da população.
Conceito de EAN
EAN, no contexto da realização do Direito Humano à Alimentação
Adequada e da garantia da SAN, é:
um campo de conhecimento e de prática contínua e permanente,
transdisciplinar, intersetorial e multiprofissional que visa promover a
prática autônoma e voluntária de hábitos alimentares saudáveis. 
A prática da EAN deve fazer
uso de abordagens e
recursos educacionais
problematizadores e ativos
todas as fases do curso da vida;
etapas do sistema alimentar;
e as interações e significados
que compõem o
comportamento alimentar.
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Satisfação das necessidades alimentares dos indivíduos e populações,
no curto e no longo prazos, que não implique o sacrifício dos recursos
naturais renováveis e não renováveis e que envolva relações
econômicas e sociais estabelecidas a partir dos parâmetros da ética,
da justiça, da equidade e da soberania.
32
EAN
Princípios para as ações de EAN 
Sustentabilidade social, ambiental e econômica
Reflexão sobre as dimensões do desenvolvimento e dos
padrões de produção, de abastecimento, de
comercialização, de distribuição e de consumo de alimentos.
A sustentabilidade não se limita à dimensão
ambiental, mas estende-se às relações humanas,
sociais e econômicas estabelecidas em todas as
etapas do sistema alimentar. 
Assim, a EAN quando promove a alimentação saudável refere-se à:
Abordagem do sistema alimentar, na sua integralidade
Processo que abrange desde o acesso à terra, à água e aos
meios de produção, as formas de processamento, de
abastecimento, de comercialização e de distribuição; a
escolha e consumo dos alimentos, incluindo as práticas
alimentares individuais e coletivas, até a geração e a
destinação de resíduos.
Contribui para que os indivíduos e grupos
façam escolhas conscientes, mas
também que estas escolhas possam, por
sua vez, interferir nas etapas anteriores
do sistema alimentar.
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EAN
Princípios para as ações de EAN 
Valorização da cultura alimentar local e respeito à
diversidade de opiniões e perspectivas, considerandoa
legitimidade dos saberes de diferentes naturezas
A EAN deve considerar a legitimidade dos saberes
oriundos da cultura, religião e ciência.
Trata da diversidade na alimentação e deve contemplar
as práticas e os saberes mantidos por povos e
comunidades tradicionais, bem como diferentes escolhas
alimentares, sejam elas voluntárias ou não (ex: pessoas
com necessidades alimentares especiais).
A comida e o alimento como referências;
Valorização da culinária enquanto prática emancipatória
As pessoas não se alimentam de nutrientes, mas de
alimentos e preparações escolhidas e combinadas de uma
maneira particular, com cheiro, cor, temperatura, textura e
sabor, e de seus significados e aspectos simbólicos.
Saber preparar o próprio alimento gera autonomia,
permite praticar as informações técnicas e amplia o
conjunto de possibilidades dos indivíduos, além de
facilitar a reflexão e o exercício das dimensões sensoriais,
cognitivas e simbólicas da alimentação
A Promoção do autocuidado e da autonomia
Apoiar as pessoas para que se tornem agentes produtores
sociais de sua saúde (um dos principais caminhos para se
garantir o envolvimento do indivíduo nas ações de EAN).
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EAN
Princípios para as ações de EAN 
A Educação enquanto processo permanente e gerador
de autonomia e participação ativa e informada dos sujeitos
Ampliação da abordagem de EAN para além da
transmissão de conhecimento e gerar situações de
reflexão sobre as situações cotidianas, busca de
soluções e prática de alternativas.
A diversidade nos cenários de prática
A EAN deve estar disponível nos mais diversos espaços
sociais para os diferentes grupos populacionais.
Intersetorialidade
Articulação dos distintos setores governamentais, de
forma que se corresponsabilizem pela garantia da
alimentação adequada e saudável. 
Planejamento, avaliação e monitoramento das ações
Diagnóstico, identificação de prioridades, elaboração
de objetivos e estratégias, desenvolvimento de
instrumentos de ação, previsão de custos e recursos
necessários, detalhamento de plano de trabalho,
definição de responsabilidades, parcerias e indicadores
de processo e resultados.
Planejamento
O processo de
planejamento precisa
ser participativo, de
maneira que as
pessoas possam estar
legitimamente
inseridas nos
processos decisórios.
Todas as estratégias de EAN têm como referência o Guia Alimentar
para a População Brasileira.
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EAN
Campos de prática da EAN 
A diversidade dos campos de prática pode assim ser resumida:
SETOR
PÚBLICO
Municipal
Local
Federal
Estadual
Regional
ÁREAS
Saúde
Assistência social
Educação
Agricultura
Segurança alimentar e nutricional
Abastecimento
Meio ambiente
Esporte e lazer
Trabalho
Desenvolv. agrário Cultura
EQUIPAMENTOS PÚBLICOS
Saúde
Pontos da RAS como as UBS, que contam com Equipes de AB
(Saúde da Família ou tradicional, NASFs), Academias da Saúde,
Ambulatórios, Hospitais, Unidades de vigilância em saúde;
Assis-
tência
social
CRAS, CREAS, Centros de Convivência, Acolhimento Institucional
de Crianças e Adolescentes, Acolhimento Institucional de
População de Rua, Plantão Social, Centro Comunitário, Conselho
Tutelar, instituição de longa permanência de Idosos entre outros;
SAN
Restaurantes populares, bancos de alimentos, cozinhas
comunitárias, Central de Abastecimento Municipal, feiras ,
Centros de Referência em SAN;
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EAN
Campos de prática da EAN 
Educa-
ção
Escolas, creches, universidades, restaurantes universitários;
Esporte
e lazer
Centros desportivos e de recreação, áreas de lazer, clubes;
Traba-
lho
Empresas do Programa de Alimentação do trabalhador, Centros
de formação;
Ciência/
tecno-
logia
Centros vocacionais tecnológicos;
Abaste-
cimento
CEASAs, feiras, mercados e sacolões;
Cultura Pontos de cultura e outras formas de fomento às atividades
culturais.
SOCIEDADE
Entidades e organizações:
comunitárias, profissionais, religiosas,
socioassistenciais, associações e
cooperativas de produtores rurais,
associações de consumidores,
Bombeiros, Policia Militar;
Sistema S: SESC, SESI, SENAI, SENAC.
Instituições de ensino e formação:
escolas técnicas e tecnológicas,
universidades;
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EAN
Campos de prática da EAN 
SETOR
PRIVADO
Meios de comunicação Setor publicitário
Setor varejista de alimentos
Setor de alimentação fora de casa
Insdústrias UANs
Associações de restaurantes, bares, hotéis
Associações da indústria de alimentos
Empresas produtoras de refeições coletivas e suas
associações
Empresas participantes do Programa de
Alimentação do Trabalhador
Mobilização e comunicação
A comunicação ultrapassa os limites da transmissão
de informações e a forma verbal, compreendendo o
conjunto de processos mediadores da EAN
A comunicação no contexto da EAN, para ser efetiva, deve ser pautada na:
Escuta ativa e próxima;
Reconhecimento das diferentes formas de saberes e de
práticas;
Construção partilhada de saberes, de práticas e de soluções;
Valorização do conhecimento, da cultura e do patrimônio
alimentar;
Comunicação realizada para atender às necessidades dos
indivíduos e grupos;
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EAN
Mobilização e comunicação
A comunicação ultrapassa os limites da transmissão de
informações e a forma verbal, compreendendo o
conjunto de processos mediadores da EAN
A comunicação no contexto da EAN, para ser efetiva, deve ser pautada na:
Formação de vínculo entre os diferentes sujeitos que
integram o processo;
Busca de soluções contextualizadas;
Relações horizontais;
Monitoramento permanente dos resultados;
Formação de rede para profissionais e para setores
envolvidos, visando trocas de experiências e discussões.
Formação profissional e educação permanente
A EAN integra o
currículo obrigatório
dos cursos de
graduação em
Nutrição.
Também é desenvolvida,
mesmo que ainda de
maneira insuficiente, em
programas de pós-
graduação e projetos de
extensão.
Por ser um campo intersetorial e multidisciplinar, outros
profissionais podem e devem se envolver nas ações e terem
acesso a programas de formação e educação continuada
Alguns exemplos de como a EAN se articula com a formação profissional:
Formação de
profissionais da
comunidade
escolar
Realizadas por equipes intersetoriais constituídas por
iniciativa das Secretarias de Educação, no âmbito do
PNAE, e pelo FNDE, diretamente ou por meio dos
CECANEs, entre outros.
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EAN
Formação profissional e educação permanente
Profissionais da
saúde
Realizadas pelas Secretarias Estaduais e Municipais de
Saúde, além de projetos nacionais coordenados pelo
Ministério da Saúde, pelos Centros Colaboradores de
Alimentação e Nutrição e pelas Universidades. 
Profissionais da
área de
desenvolvimento
social 
Realizadas pelas Secretarias Estaduais e Municipais de
Desenvolvimento Social (ou similar) e os projetos
nacionais são coordenados pelo Ministério de
Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Ex: RedeSAN
(Plataforma Virtual de Gestores em Segurança
Alimentar e Nutricional), que oferece cursos de
formação aos gestores e aos profissionais dos
equipamento públicos de alimentação e nutrição.
Agenda pública de EAN
I. Agenda estratégica e de articulação intersetorial e federativa:
Estabelecimento de mecanismos de planejamento e
implementação de ações de EAN nas políticas públicas dos
diferentes setores do nível federal;
Fortalecimento, estruturação e implementação de ações de EAN
nos diferentes setores da ação pública;
Fortalecimento das articulações entre as políticas nacionais e as
ações educativas desenvolvidasno âmbito local;
Elaboração e atualização sistemática de protocolos, manuais e
materiais de apoio para as ações nas diferentes esferas de
gestão, setores e espaços sociais;
Articulação de ações que viabilizem a incorporação de temas de
alimentação, saúde e nutrição nos currículos e nos projetos
pedagógicos das escolas;
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EAN
Agenda pública de EAN
Fomento ao desenvolvimento de estratégias de EAN nos
diferentes espaços públicos dos setores, principalmente, da
Saúde, Educação e Desenvolvimento Social;
Fomento e apoio a processos permanentes de pesquisa, gestão
do conhecimento e educação permanente;
Institucionalização de processos de monitoramento e avaliação;
Adoção de uma abordagem transdisciplinar e atuação
multiprofissional;
Estabelecimento de mecanismos de divulgação das boas práticas
de EAN nos diversos setores;
Estabelecimento de procedimentos que fomentem e viabilizem
parcerias com a sociedade civil organizada;
II. Agenda voltada para a formação profissional, estudos e pesquisas: 
Investimento na formação dos profissionais envolvidos com
relação às diferentes áreas de conhecimento, metodologias e
estratégias;
Promover os processos de educação permanente, considerando
as necessidades de formação e desenvolvimento dos
profissionais e seu campo de ação;
Extensão, Estudos e Pesquisas:
– Fomento ao estabelecimento de projetos de extensão e linhas de
pesquisa em EAN;
– Ampliação das fontes de financiamento e formulação de uma
agenda de prioridades em pesquisa de EAN;
– Valorização dos estudos metodológicos e de avaliação;
– Fomento à produção do conhecimento em EAN, valorizando o
saber popular, bem como as práticas bem sucedidas;
– Promoção da articulação entre saberes populares de povos e
comunidades tradicionais e o conhecimento técnico-científico.
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EAN
Agenda pública de EAN
Formação do Nutricionista em nível de graduação:
Formação de outros profissionais: 
– Formulação e ampliação do acesso a métodos de ensino
específicos para a formação em EAN;
– Ampliação e valorização de atividades de integração teórico-
prática;
– Articulação do ensino de EAN com os campos do conhecimento
em ciências humanas, tais como a sociologia e a antropologia da
alimentação, a ética e a filosofia;
– Ampliação da utilização de referenciais teóricos da área de
pedagogia e educação;
– Investimento na educação permanente dos docentes responsáveis
pela disciplina de EAN.
– Valorização e atualização da abordagem dos temas de Nutrição
nos diferentes cursos dos profissionais que participam das ações de
segurança alimentar e nutricional e atenção nutricional.
III. Agenda de articulação e mobilização social
Manutenção de uma agenda de encontros nacionais e locais para
troca de experiências e interlocução;
Implantação de uma rede de educação alimentar e nutricional;
Manutenção de um calendário de campanhas de informação e
mobilização social com responsabilidades e orçamento
compartilhado entre os diferentes setores de governo;
Valorização da semana da alimentação nas escolas públicas e
privadas;
» Desenvolvimento de um processo amplo de discussão sobre a
parceria entre o setor público e o privado;
Formalização de acordos e termos de conduta com o setor
produtivo e mídia para proteção e promoção da alimentação
adequada e saudável.
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EAN
Agenda pública de EAN
IV. Agenda com entidades da sociedade civil
Estímulo para que a sociedade civil organizada atue nos
componentes da alimentação, da nutrição e do consumo
saudável;
Estabelecimento de mecanismos de parceria e apoio às ações
de EAN com entidades da sociedade civil;
Apoio a experiências e iniciativas da sociedade civil no resgate e
na valorização de alimentos/preparações regionais que estejam
vincula- dos a práticas alimentares saudáveis.
V. Agenda voltada as especificidades Povos e Comunidades Tradicionais – PCT3
Assegurar processos permanentes de EAN e de promoção da
alimentação adequada e saudável, valorizando e respeitando as
especificidades culturais e regionais, dos diferentes povos e
etnias, na perspectiva da SAN e da garantia do DHAA;
Desenvolvimento de referenciais teóricos, instrumentos e
processos adequados aos dos diferentes povos, etnias, povos e
comunidades tradicionais;
Apoio a ações de EAN que reconheçam e valorizem os saberes
populares de povos e comunidades tradicionais.
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Marco de referência da
Vigilância Alimentar e
Nutricional (VAN) na
Atenção Básica - 2015
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fornecer subsídios para que gestores e
profissionais qualifiquem a atenção integral às
pessoas por meio de ações de
da saúde
possibilitando a descrição
contínua e a predição de
tendências da
alimentação e nutrição
da população e seus
fatores determinantes.
45
VAN
Alimentação e Nutrição na perspectiva da vigilância em saúde
Objetivo da
vigilância em
saúde:
PROMOÇÃO PROTEÇÃO RECUPERAÇÃOe
pressupondo a análise contínua
da situação de saúde da
população.
A VAN se insere nessa
perspectiva, tendo em vista
a estreita relação entre a 
Segurança Alimentar e Nutricional (SAN)
e as 
condições de saúde de sujeitos ou populações
É um componente da
vigilância em saúde
Para exercer atitude
de vigilância,
recomenda-se utilizar
como referência o
Ciclo de Gestão e
Produção do Cuidado:
Essas etapas podem ocorrer
simultaneamente ou em
momentos distintos, tanto no
âmbito individual (atendimentos
na UBS ou em domicílio), quanto
no coletivo (território).
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VAN
Alimentação e Nutrição na perspectiva da vigilância em saúde
No exercício da VAN é importante identificar e analisar:
Redes de apoio disponíveis, como equipamentos sociais (escolas,
creches, centros de assistência social, espaços comunitários para
prática de atividade física e lazer, igrejas, associações ou grupos
organizados, etc)
Espaços de produção, distribuição e comercialização de
alimentos, como feiras livres, supermercados, quitandas,
cozinhas comunitárias, restaurantes populares, mercados
públicos, lanchonetes e bares, entre outros.
A cultura alimentar, que recebe interferência direta dos hábitos e
das tradições alimentares que a coletividade lhe atribui, além da
influência da religião ou filosofia adotada pelo sujeito ou grupo
populacional, que afeta o consumo de determinados alimentos,
assim como outros fatores, como a mídia, moda ou outros
agentes externos.
O acesso ao alimento, posto que rendimentos muito baixos podem
afetá-lo e incidir negativamente sobre a situação de SAN das famílias. 
No Ciclo de Gestão e
Produção do Cuidado é
preciso analisar os
resultados obtidos na
coleta
buscando um
diagnóstico da
situação de saúde
individual e coletiva.
e compartilhando-o
com os atores
envolvidos na
vigilância em saúde
subsidiando os profissionais e os gestores no aprimoramento e na
definição de ferramentas e dispositivos de gestão do cuidado
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Aumento do
consumo de
ultraprocessados
(refri, biscoitos
recheados, etc)
associados ao ganho excessivo de peso e ao aumento da
incidência de doenças crônicas (DM, HAS, obesidade, etc).
O estado nutricional influencia diretamente as condições de
crescimento e desenvolvimento e o risco de morbimortalidade
da população como um todo (tanto a obesidade quanto a
desnutrição) 
47
VAN
Por que fazer VAN?
Transição
nutricional
Diminuição do
consumo de
alimentos
tradicionais dadieta
(arroz, feijão, etc)
Portanto, o acompanhamento da situação nutricional configura-
se como ferramenta essencial de gestão, subsidiando o
planejamento, a execução e a avaliação de ações em saúde
Diante disso, a VAN:
Subsidia o planejamento da atenção nutricional e das ações de
promoção da saúde e alimentação adequada e saudável no SUS,
contribuindo para a qualificação do cuidado na Atenção Básica. 
Auxilia também no controle e na participação social e no
diagnóstico da situação de SAN no âmbito dos territórios.
Com isso, fica evidente a importância
de fortalecer a atitude de vigilância,
especialmente da VAN
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Coleta de dados e produção de informações
Esta etapa refere-se à obtenção de dados que subsidiem a geração
de informações sobre o estado nutricional e as práticas alimentares. 
Avaliação de alimentos
consumidos no dia anterior à
avaliação, o que ameniza
possíveis vieses de memória
48
VAN
Como fazer VAN?
Através das etapas do Ciclo de gestão e produção do cuidado: 
Recomenda-se que na Atenção Básica sejam realizadas
as avaliações antropométrica e de consumo alimentar
de indivíduos em todas as fases do curso da vida:
crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes.
Como referência para avaliação
antropométrica: consultar Norma
Técnica do SISVAN (2011) 
(parte desse documento está
presente no pacote de
avaliação nutricional que
encontra-se disponível no site) 
Avaliação do consumo
alimentar
Através de formulários,
que são de 3 tipos:
1. Para crianças < 6 meses;
2. Para crianças de 6 a 23 meses;
3. Para indivíduos com 2 anos ou mais.
CARACTERÍSTICA:
Visa a captação de informações sobre
o aleitamento materno e a introdução
precoce de outros alimentos 
1.
2. Visa a caracterização da introdução de alimentos de qualidade
em tempo oportuno e à identificação de marcadores de risco ou
proteção para a carência de micronutrientes (vitaminas e
minerais) e a ocorrência de excesso de peso.
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49
VAN
Como fazer VAN?
3. Inclui crianças de 2 a 9 anos, adolescentes, adultos, idosos e
gestantes. Visa identificar marcadores de consumo de alimentos e
bebidas e práticas relacionadas ao ato de comer.
Após a coleta, 
 é necessário o
adequado
registro,
podendo ser:
Na caderneta de acompanhamento do usuário;
No prontuário adotado pela unidade de saúde;
No sistema de informação vigente;
Em outro instrumento destinado ao registro
dos dados.
Periodicidade recomendada de registro:
Faixa etária Periodicidade de registro
Crianças até 2 anos
Aos 15 dias de vida, 1 mês, 2, 4, 6,
9, 12, 18 e 24 meses
Indivíduos a partir de 2 anos No mínimo, 1 registro por ano
Análise e decisão
A análise da situação de saúde tem o propósito de promover a
identificação de necessidades e prioridades em saúde e, a partir disso,
a elaboração de intervenções apropriadas para indivíduos, famílias
e/ou comunidades.
A análise deve ocorrer de maneira abrangente
tanto no nível individual como no coletivo. 
Ao identificar um caso de desvio
nutricional (desnutrição ou excesso de
peso), a equipe de AB deve investigar
os fatores de risco associados: 
Hábitos alimentares, prática de ativ.
física, presença/ausência de doenças
ou agravos à saúde, situações de
violência, negligência, abandono, etc.
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VAN
Como fazer VAN?
A avaliação
antropométrica
recomendada na AB
refere-se à avaliação:
do peso;
da estatura;
do perímetros da cintura;
do perímetro da
panturrilha.
Os detalhes sobre antropometria estão na norma técnica do SISVAN.
Através dela, haverá a classificação do estado nutricional.
Que é um dos subsídios para
o diagnóstico do estado de
saúde, permitindo aos
profissionais tomar a
decisão quanto ao cuidado a
ser ofertado
Nesse momento do ciclo da VAN,
os profissionais das equipes de AB
deverão colocar em prática a
estratificação de risco preconizada
nas diretrizes para a organização
da prevenção e do tratamento do
sobrepeso e da obesidade na RAS.
Além da análise da presença ou não de comorbidades,
poderão decidir quais cuidados devem ser ofertados no âmbito
da AB e qual será a necessidade de acionar serviços de
atenção especializada para a oferta de outros cuidados.
Ação
Após decisão quanto ao cuidado a ser ofertado com base na
análise do estado nutricional, hábitos alimentares e possíveis
fatores associados (clínicos, sociais, entre outros), a próxima etapa
é a implementação das ações que podem ser direcionadas a
indivíduos, famílias ou comunidade.
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Pode acontecer em momentos como
uma consulta na UBS ou um atendimento
domiciliar. O profissional pode:
especificidades encontradas nos
diferentes contextos dos territórios;
pelas inter-relações entre os sujeitos;
pelo envolvimento de outros atores, a
fim de estruturar uma rede de
compromissos e responsabilidades.
51
VAN
Como fazer VAN?
Ação de
cuidado
individual 
(a) fornecer orientações em saúde e desenhar um plano de cuidado
com metas graduais a serem alcançadas até a próxima consulta; 
(b) agendar uma consulta compartilhada com outro profissional cujo
núcleo de saber seja necessário para qualificar o cuidado; 
(c) convidar o indivíduo a participar de um grupo terapêutico, entre
outros cuidados.
Ações de
âmbito
coletivo
Devem ser orientadas pelas:
Ex: observação de baixo peso devido ao desmame precoce. Ação:
Incentivo e apoio ao aleitamento materno envolvendo mães e familiares.
Outras ações de âmbito coletivo
podem ser citadas, como
implementação de linhas de
cuidado (ex: linha de cuidado de
sobrepeso e obesidade).
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Avaliação
buscando identificar as
dificuldades, as necessidades de
adequações e novos
direcionamentos importantes às
rotinas e aos procedimentos
definidos previamente
52
VAN
Como fazer VAN?
A avaliação dos resultados e impactos tem como objetivo
compreender e analisar o que se obteve nas etapas anteriores. É um
processo que deve ser realizado continuamente e integrado ao
planejamento geral de ações das equipes de AB e das diferentes
esferas de gestão, com vistas a possibilitar a orientação, a
reformulação ou a manutenção das estratégias, a partir dos
resultados e das rotinas implementadas
Operacionalmente, a
avaliação de processos
verifica a implementação
adequada das atividades
inicialmente planejadas na
etapa de análise e decisão
para garantir que as atividades realizadas
estejam sendo corretamente executadas e
contribuam para o alcance dos objetivos.
Além da avaliação do alcance de metas
previamente estabelecidas
Essa fase deve apontar para a:
melhoria dos indicadores, como os de cobertura, de ampliação do
acesso aos serviços de saúde, especialmente da população em
situação de vulnerabilidade social.
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Permite que a VAN chegue nos educandos,
mesmo se eles não forem para o serviço de
saúde, pois isso acontece nas escolas.
53
VAN
A VAN na prática
Program
a Saúde
na escola
(PSE)
Instituído em 2007, tem articulação entre saúde, educação e
assistência social. Se propõe a contribuir para a formação
integral dos educandos por meio de ações de avaliação das
condições de saúde, promoção da qualidade de vida,
proteção à saúde e prevenção de doenças e agravos, visando
o enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o
pleno desenvolvimento de crianças, adolescentes, jovens e
adultos da rede pública de ensino.
Identificação precoce de
alterações do estado
nutricional
Avaliação coletiva:
Identificação de
prevalências e tendências
Programa
Academia
da Saúde
Tem como objetivo contribuir para a promoção da saúde e
produção do cuidado e de modos de vidasaudáveis da
população, a partir da implantação de polos com
infraestrutura e profissionais qualificados. Sobre VAN: é
importante avaliar o estado nutricional dos usuários.
Sua implementação deve ser pautada nas seguintes diretrizes:
Configurar-se como ponto de atenção da RAS
complementar e potencializador das ações de cuidados
individuais e coletivos na AB;
Referenciar-se como um programa de promoção da saúde,
prevenção e atenção das doenças crônicas não
transmissíveis; e
Estabelecer-se como espaço de produção, ressignificação e
vivência de conhecimentos favoráveis à construção coletiva
de modos de vida saudáveis
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VAN
A VAN na prática
Deve englobar o estímulo à:
hábitos alimentares saudáveis
práticas corporais e atividade
física e de lazer
mobilização comunitária
potencialização de
manifestações culturais
locais e de conhecimento
popular
ampliação e valorização da
utilização dos espaços públicos
de lazer
Program
a Bolsa
Família
(PBF)
Programa federal para superação da pobreza. No contexto
do SUS, compreende a oferta de serviços para a realização
do pré-natal pelas gestantes, o puerpério pelas nutrizes, o
acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil
e as ações de imunização, realizados nos serviços de AB.
Atua em 3 eixos estruturantes:
Transferência direta de renda às famílias em situação de
extrema pobreza;
Ampliação do acesso aos serviços públicos de saúde,
educação e assistência social, por meio das
condicionalidades;
Coordenação com programas e/ou ações
complementares nas esferas federal, estadual e
municipal. 
A coleta e o registro das
informações que compõem o
acompanhamento das
condicionalidades devem ser
realizados pelos municípios duas
vezes por ano
entre janeiro e
junho (primeira
vigência) e julho e
dezembro
(segunda vigência)
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Identificação das pessoas e grupos que já
apresentam sobrepeso e obesidade ou que
apresentam maior risco
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VAN
VAN na linha de cuidado das pessoas com sobrepeso e obesidade
A VAN é fundamental para a organização da linha de cuidado
VAN
Para que os profissionais de saúde possam
então definir as ações e as estratégias de
cuidado que deverão ser ofertadas, seja no
âmbito individual ou coletivo.
Fluxograma de atenção à saúde de pessoas com sobrepeso e obesidade
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VAN
Sistemas de informação em saúde e a VAN
Objetivo
do SISVAN
WEB: 
Realizar a gestão das informações de VAN,
desde o registro de dados antropométricos e
de marcadores de consumo alimentar até a
geração de relatórios. 
Restrito: Utilizado por gestores e técnicos municipais e estaduais;
Público: Também chamado de módulo gerador de relatórios.
Apresenta os módulos de acesso:
Possui integração com os outros sistemas de
informação. Essa integração visa:
redução do retrabalho na
coleta de dados
individualização do registro
produção de informação
integrada 
cuidado centrado no indivíduo, na
família, na comunidade e no território.
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Promover condições para que a VAN aconteça e faça
sentido para profissionais e gestores:
57
VAN
Como apoiar a VAN?
garantia de infraestrutura
adequada
qualificação e motivação dos
profissionais de saúde para
exercer a atitude de vigilância em
suas práticas cotidianas.
Infraestru-
tura:
Local apropriado para a realização da avaliação
antropométrica e de marcadores do consumo
alimentar na UBS;
Equipamentos antropométricos adequados a cada
realidade;
Disponibilização de quantitativo suficiente de cadernetas de
acompanhamento da saúde e de formulários de informação
vigentes (Sisab, Sisvan e/ou outro instrumento utilizado pela
equipe de AB para registro dos dados) de acordo com a
população adstrita ao serviço.
É importante que os investimentos sejam
realizados pelas três esferas de gestão do SUS
Profissio-
nais:
Capacitação dos profissionais que
atuarão na VAN;
Momentos de formação para
fortalecimento das ações e valorização
dos que já atuam na VAN;
Educação permanente.
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VAN
Como apoiar a VAN?
Recomenda-se que a atividade de formação em VAN dos profissionais
englobe atividades teóricas e práticas e contemple, minimamente, os
seguintes temas:
I. A importância da VAN no cuidado e na gestão em saúde.
II. Método antropométrico.
III. Avaliação dos marcadores de consumo alimentar.
IV. Registro de dados em prontuários, formulários, cadernetas
de acompanhamento de saúde e sistemas de informação.
V. Avaliação do estado nutricional individual e coletivo.
Por fim:
É importante que gestores e profissionais do SUS incentivem e apoiem a
realização de pesquisas relacionadas à VAN, entendendo-as como
importantes contribuições para a análise e o aprimoramento das
práticas nos serviços de saúde.
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Carências Nutricionais
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Carências nutricionais
Suplementação de ferro
PROGRAMA NACIONAL DE SUPLEMENTAÇÃO DE FERRO (PNSF)
(MS, 2022) 
Todas as crianças de 6 a 24 meses de idade;
Gestantes ao iniciarem o pré-natal;
Mulheres no pós-parto e pós-aborto;
Suplementação de ácido fólico para gestantes.
Preconiza a suplementação profilática de ferro para:
Intervenção recomendada pela OMS para:
Prevenção da deficiência de ferro e anemia em lactentes e crianças
de 6 a 24 meses, que vivem em locais onde a anemia é altamente
prevalente (acima de 40%).
Parte do cuidado no pré-natal para reduzir o risco de baixo peso ao
nascer da criança, anemia e deficiência de ferro na gestante, além
da prevenção da ocorrência de defeitos do tubo neural (DTN).
OBS:
O PNSF atende crianças de 6 a 24 meses que não
estão contempladas pela estratégia NutriSUS.
Esquema de administração da suplementação profilática de sulfato
ferroso e ácido fólico:
Crianças de 6
a 24 meses
10,0 – 12,5 mg
de FE* 
2 ciclos intermitentes de suplementação no
período: 3 meses de suplementação diária
seguidos de 3 meses de intervalo e reinício
de novo ciclo.
Público Conduta Periodicidade
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Carências nutricionais
Suplementação de ferro
Gestantes
40 mg
de FE* 
Diariamente após a confirmação da
gravidez até o final da gestação.
Gestantes
0,4 mg
de ácido fólico
Diariamente pelo menos 30 dias antes da
data que se planeja engravidar até a 12°
semana de gestação.
Mulheres no
pós-parto
e/ou pós-
aborto
40 mg
de FE* 
Diariamente até o terceiro mês pós-parto
e/ou pós-aborto.
*FE = Ferro elementar.
Recomendações especiais para o cuidado de crianças:
Crianças em aleitamento materno (AM) exclusivo ou em uso de fórmula
infantil só deverão receber suplementos a partir dos 6 meses.
Em casos de diagnóstico de anemia, o tratamento deve ser
prescrito de acordo com a conduta clínica para anemia
definida pelo profissional de saúde responsável.
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Carências nutricionais
Suplementação de ferro
Crianças que não estejam em AM exclusivo e recebam leite de vaca
poderão ser submetidas à suplementação profilática de ferro a partir
dos 4 meses de idade, juntamente com a introdução da alimentação
complementar, segundo as recomendações do Guia para < de 2 anos.
Para crianças pré-termo (< 37 semanas) ou nascidas com baixo peso (<
2.500 g), a conduta de suplementação segue as recomendações da SBP. 
As crianças e/ou gestantes que apresentem doenças que cursam por
acúmulo de ferro, como doença falciforme, talassemia e
hemocromatose, devem ser acompanhadas individualmentepara que
seja avaliada a viabilidade do uso do suplemento de sulfato ferroso.
A suplementação profilática com ferro pode ocasionar o
surgimento de efeitos colaterais em função do uso prolongado. Os
principais efeitos são: vômitos, diarreia e constipação intestinal.
As crianças que recebem a estratégia NutriSUS não devem receber o
suplemento de sulfato ferroso.
Recomendações especiais para o cuidado de mulheres
As gestantes devem ser suplementadas com ácido fólico para a
prevenção de DTN. A recomendação de ingestão é de 0,4mg de
ácido fólico, todos os dias. Essa quantidade deve ser consumida
pelo menos 30 dias antes da data em que se planeja engravidar
até a 12a semana da gestação.
A suplementação com ferro também é recomendada nos casos de
abortos (40 mg FE/ dia até o terceiro mês pós-aborto).
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Carências nutricionais
Suplementação de ferro
Com o objetivo de repor as reservas corporais maternas, todas as
mulheres até o terceiro mês pós-parto devem ser suplementadas apenas
com ferro (40 mg ferro elementar/dia até o terceiro mês pós-parto).
Casos de anemia já diagnosticados: o tratamento deve ser
prescrito de acordo com a conduta clínica para anemia
definida pelo profissional de saúde responsável.
Apesar de normalmente ser o medicamento de escolha, o sulfato
ferroso possui como limitantes as intercorrências gastrointestinais
(vômitos, diarreia, constipação intestinal, fezes escuras e cólicas). As
gestantes devem ser orientadas quanto aos possíveis efeitos e à
necessidade de se manter a suplementação até o final do esquema.
Orientações em casos de risco para DTN: 
Mulheres com fatores de risco para DTN devem ser orientadas para a
suplementação diária de 5 mg de ácido fólico. Essa quantidade deve ser
suplementada pelo menos 30 dias antes da data em que se planeja
engravidar até a 12º semana da gestação. Mulheres que podem se
beneficiar da suplementação de ácido fólico em doses mais altas:
Um dos pais com histórico pessoal de DTN ou história prévia de
gestação acometida por DTN.
Histórico familiar com DTN em parente de 2º ou 3º grau.
Uso de terapia medicamentosa de anticonvulsivantes com ácido
valpróico e carbamazepina.
Condições médicas maternas associadas à diminuição de absorção de
ácido fólico avaliadas pelo profissional de saúde (doença celíaca,
doença inflamatória intestinal, doença de Crohn, retocolite ulcerativa,
cirurgias bariátricas, ressecção ou bypass intestinal importante).
Diabetes mellitus pré-gestacional.
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https://www.tre-sc.jus.br/eleicoes/tire-suas-duvidas/datas-do-1o-turno-e-se-houver-do-2o-turno
https://www.tre-sc.jus.br/eleicoes/tire-suas-duvidas/datas-do-1o-turno-e-se-houver-do-2o-turno
https://www.tre-sc.jus.br/eleicoes/tire-suas-duvidas/datas-do-1o-turno-e-se-houver-do-2o-turno
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Carências nutricionais
Suplementação de ferro
CONSENSO SOBRE ANEMIA FERROPRIVA - SBP
(SBP, 2021)
Os principais fatores de risco de anemia ferropriva para
crianças e adolescentes são:
Gestações múltiplas com
pouco intervalo entre elas;
Dieta materna deficiente
em ferro;
Perdas sanguíneas
Não suplementação de
ferro na gravidez e
lactação.
1. Baixa reserva materna:
Prematuridade e baixo peso ao
nascer (< 2.500g);
Lactentes em crescimento rápido
(velocidade de crescimento >
p90);
Meninas com grandes perdas
menstruais;
Atletas de competição. 
2. Aumento da demanda metabólica:
Clampeamento do cordão
umbilical antes de 1 min. de
vida;
AM exclusivo prolongado (> 6
meses);
Alimentação complementar
com alimentos pobres em ferro
ou de baixa biodisponibilidade;
Consumo de leite de vaca antes
de um ano de vida;
Consumo de fórmula infantil
com baixo teor de ferro ou
quantidade insuficiente;
3. Diminuição do fornecimento:
Traumática ou cirúrgica;
Hemorragia gastrintestinal (ex:
DII, polipose colônica, anti-
inflamatórios não esteroides,
infecção por H. pylori, verminose
– estrongiloides, necatur,
ancilostoma – enteropatias/
colites alérgicas,
esquistossomose; 
Hemorragia ginecológica
(menorragia, dispositivos
intrauterinos);
4. Perda sanguínea:
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Carências nutricionais
Suplementação de ferro
Dietas vegetarianas sem
orientação de
médico/nutricionista;
Ausência ou baixa adesão à
suplementação profilática com
ferro medicamentoso, quando
recomendada.
3. Diminuição do fornecimento:
Hemorragia urológica
(esquistossomose,
glomerulonefrite, trauma renal);
Hemorragia pulmonar
(tuberculose, mal for- mação
pulmonar, hemossiderose
pulmonar idiopática, síndrome
Goodpasture, etc);
Discrasias sanguíneas;
Malária.
4. Perda sanguínea:
(continuação...) (continuação...)
Síndromes de má-absorção (doença celíaca, DII); 
Gastrite atrófica, cirurgia gástrica (bariátrica,
ressecção gástrica);
Redução da acidez gástrica (antiácidos,
bloqueadores H2, inibidores de bomba de prótons).
5. Má absorção de ferro:
RECOMENDAÇÃO DE DIAGNÓSTICO:
Para se identificar a
fase inicial da
depleção ou da
deficiência de ferro
sem anemia,
recomenda-se no
mínimo os seguintes
exames:
1. Hemograma: para avaliação da Hb, dos índices
hematimétricos (VCM, HCM, RDW) e da morfologia dos
glóbulos vermelhos.
2. Ferritina sêrica: como marcador da fase de
depleção dos estoques.
3. PCR: Para identificar processo infeccioso.
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ou até reposição dos estoques
corporais confirmados pela
normalização da Hb, VCM, HCM, ferro
sérico, saturação de transferrina e
ferritina sérica.
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Carências nutricionais
Suplementação de ferro
RECOMENDAÇÃO DE TRATAMENTO:
Ferro oral (dose de 3 a 6
mg de FE/kg/dia),
fracionado ou em dose
única
por 6 meses 
a efetividade do tratamento deve ser checada com hemograma e
reticulócitos após 30 a 45 dias do início do tratamento
quando se espera que exista melhora
dos níveis de reticulócitos e aumento
da Hb em pelo menos 1,0 g/dL 
RECOMENDAÇÃO DE PREVENÇÃO:
Quadro 1. Recomendação de suplementação medicamentosa
profilática de ferro em lactentes SEM fator de risco.
Situação Recomendação
Recém-nascidos a termo, peso
adequado para a idade gestacional, em 
AM exclusivo até o 6º mês. 
1 mg de FE/kg/dia, iniciando aos 180
dias de vida até o 24º mês de vida,
Quadro 2. Recomendação de suplementação medicamentosa
profilática de ferro em lactentes COM fator de risco.
Situação Recomendação
Recém-nascidos a termo, peso
adequado para a idade gestacional, em 
AM exclusivo até o 6º mês. 
1 mg de FE/kg/dia, iniciando aos 90 dias
de vida até o 24º mês de vida,
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Carências nutricionais
Suplementação de ferro
Recém-nascidos a termo, peso
adequado para a idade gestacional,
independente do tipo de alimentação
1 mg de FE/kg/dia, iniciando aos 90 dias
de vida até o 24º mês de vida,
Recém-nascidos a termo com peso
inferior a 2.500 g.
2 mg de FE/kg/dia, iniciando com 30
dias de vida, durante 1 ano. Após este
prazo, 1 mg/kg/dia mais 1 ano.
Recém-nascidos prematuros com peso 
superior a 1.500 g.
2 mg de FE/kg/dia, iniciando com 30
dias de vida, durante 1 ano. Após este
prazo, 1 mg/kg/dia mais 1 ano.
Recém-nascidos prematuros com peso 
entre 1.500 a 1.000 g.
3 mg de FE/kg/dia, iniciando com 30
dias de vida, durante 1 ano. Após este
prazo, 1 mg/kg/dia mais 1 ano.
Recém-nascidos prematuros com peso 
inferior a 1.000 g.
4 mg de FE/kg/dia, iniciando com 30
dias de vida, durante 1 ano. Após este
prazo, 1 mg/kg/dia mais 1 ano.
Recém-nascidos prematuros que
receberam mais de 100 ml de
concentrado de hemácias durante a
internação.
Devem ser avaliados individualmente
pois podem não necessitar de
suplementação de ferro com 30 dias
de vida, mas sim posteriormente.
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