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Estágio de Desenvolvimento das Mamas MARSHALL W. A., TANNER J. M. Variations in the Pattern of Pubertal Changes in Girls. Arch. Dis. Childh., v. 44, p. 291-303, 1969. Estágio de Desenvolvimento Genital MARSHALL W. A., TANNER J. M. Variations in the Pattern of Pubertal Changes in Boys. Arch. Dis. Child., v. 45, p. 13-23, 1970. Características dos estágios de maturação sexual GENITAIS (sexo masculino) G1 - Pênis, testículos e escroto de tamanho e proporções infantis. G2 - Aumento inicial do volume testicular (>4ml). Pele escrotal muda de textura e torna-se avermelhada. Aumento do pênis mínimo ou ausente. G3 - Crescimento peniano, principalmente em comprimento. Maior crescimento dos testículos e escroto. G4 - Continua crescimento peniano, agora principalmente em diâmetro, e com maior desenvolvimento da glande. Maior crescimento dos testículos e do escroto, cuja pele se torna mais pigmentada. G5 - Desenvolvimento completo da genitália, que assume tamanho e forma adulta. MAMAS (sexo feminino) M1 - Mama infantil, com elevação somente da papila. M2 - Broto mamário: aumento inicial da glândula mamária, com elevação da aréola e papila, formando uma pequena saliência. Aumenta o diâmetro da aréola, e modifica-se sua textura. M3 - Maior aumento da mama e da aréola, mas sem separação de seus contornos. M4 - Maior crescimento da mama e da aréola, sendo que esta agora forma uma segunda saliência acima do contorno da mama. M5 - Mamas com aspecto adulto. O contorno areolar novamente incorporado ao contorno da mama. Características dos estágios de maturação sexual Pré-Púbere: estágio 1 Púbere Inicial: estágios 2 e 3 Púbere Final: estágios 4 e 5 Desenvolvimento do Aparelho Reprodutor – sexo feminino Desenvolvimento do Aparelho Reprodutor – sexo feminino Desenvolvimento do Aparelho Reprodutor – sexo masculino Desenvolvimento do Aparelho Reprodutor – sexo masculino MATURAÇÃO SEXUAL (MALINA; BOUCHARD, 1991) Puberdade PRECOCE Feminino: Aparecimento dos caracteres sexuais secundários antes de 8 anos Masculino: Aparecimento dos caracteres sexuais secundários antes de 9 anos Feminino: Ausência dos caracteres sexuais secundários a partir de 13 anos Masculino: Ausência dos caracteres sexuais secundários a partir de 14 anos Puberdade ATRASADA Critérios diagnósticos do atraso constitucional do crescimento e desenvolvimento puberal Atraso no tempo de maturação sexual História Familiar Positiva de atraso puberal e mesmo padrão de crescimento Atraso na adrenarca (aparecimento de pelos pubianos e axilares) Atraso da maturação esquelética e da idade óssea Altura (P<5) Estatura final menor que a esperada, mas dentro dos limites para normalidade Exames laboratoriais normais (ALBANESE; STANHOPE, 1995) IMC/Idade Padrão de Referência - Must et al (1991) MUST, A.; DALLAL, G.E.; DIETZ, W.H. Reference data for obesity: 85th and 95th percentiles of body mass index (wt/ht2) and triceps skinfold thickness. Am J Clin Nutr. v. 53, p. 839-846, 1991. IMC/Idade Padrão de Referência - Must et al (1991) IMC/Idade, meninas (CDC 2000) Pontos de Corte Classificação P < 10 Baixo Peso P ≥ 85 e P < 95 Sobrepeso P ≥ 95 Obesidade IMC/Idade, meninos (CDC 2000) Pontos de Corte Classificação P < 10 Baixo Peso P ≥ 85 e P < 95 Sobrepeso P ≥ 95 Obesidade Padrão de Referência – IOTF (Cole et al., 2007) Padrão de Referência – IOTF (Cole et al., 2007) COLE, T.J.; FLEGAL, K.M.; NICHOLLS, D.; JACKSON, A. A.. Body mass index cut offs to define thinness in children and adolescents: international survey. BMJ, v. 335, p. 194, 2007. COLE, T.J.; BELLIZZI, M.C.,;FLEGAL, K.M.; DIETZ, W.H. Establishing a tandard definition for child overweight and obesity worldwide: international survey. BMJ, v. 320, p. 1240, 2000. Padrão de Referência – IOTF (Cole et al., 2000) Padrão de Referência – Conde e Monteiro (2006) Classificação do Estado Nutricional de Adolescentes, Norma Técnica (Brasil, 2009) Classificação do Estado Nutricional Antropométrico de Adolescentes (Brasil, 2008) Protocolo do SISVAN 1. Um adolescente classificado com IMC-para-idade abaixo do percentil 0,1 (Escore-z -3) é muito magro. Em populações saudáveis, encontra-se 1 adolescente nessa situação para cada 1000. Contudo, alguns casos correspondem a transtornos alimentares. Em caso de suspeita dessas situações, o adolescente deve ser referenciado para um atendimento especializado. 2. Um adolescente classificado com estatura-para-idade acima do percentil 99,9 (Escore-z +3) é muito alto, mas raramente corresponde a um problema. Contudo, alguns casos correspondem a desordens endócrinas e tumores. Em caso de suspeitas dessas situações, o adolescente deve ser referenciado para um atendimento especializado. Avaliação Antropométrica de adolescentes – Circunferências Abdominais DISTRIBUIÇÃO DA GORDURA CORPORAL Topografia Central x Periférica Diagnóstico de Obesidade Central Circunferência Abdominal Fernández et al. Waist circumference percentiles in nationally representative samples of African-American, European- American, and Mexican-American children and adolescents. J Pediatr 2004;145:439-44. Pontos de Corte Classificação P ≥ 75 Risco Aumentado de desenvolver risco cardiovascular P ≥ 90 Risco Muito Aumentado de desenvolver risco cardiovascular Razão Cintura/Altura (Abdômen) Savva et al. Waist circumference and waist-to-height ratio are better predictors of cardiovascular disease risk factors in children than body mass index. Int J Obes 2000;24:1453-1458. Pontos de Corte Risco Aumentado de desenvolver risco cardiovascular P ≥ 0,519 Meninos P ≥ 0,509 Meninas Avaliação Bioquímica Dislipidemias Fatores de risco para doenças cardiovasculares aterosclerótica; Principais alterações: ↑VLDL, ↓HDL, ↑LDL, ↑ Colesterol total; Alterações na adolescência tendem a persistir na vida adulta. Lipidograma Lipidograma I – I Consenso Brasileiro sobre Dislipidemias (1996) até III Diretrizes Brasileiras sobre Dislipidemias (2001). II - I Diretriz de Prevenção da Aterosclerose na Infância e na Adolescência (2005). Lipídios Idade (anos) Valor desejável Valor limítrofe Valor aumentado CT (mg/dL) I 2 a 19 < 170 170-199 ≥200 II 2 a 19 <150 150-169 ≥170 LDL (mg/dL) I 2 a 19 <110 110-129 ≥130 II 2 a 19 <100 100-129 ≥130 Lipidograma I – I Consenso Brasileiro sobre Dislipidemias (1996) até III Diretrizes Brasileiras sobre Dislipidemias (2001). II - I Diretriz de Prevenção da Aterosclerose na Infância e na Adolescência (2005). Lipídios Idade (anos) Valor desejável Valor limítrofe Valor aumentado HDL (mg/dL) I <10 ≥40 - - 10-19 ≥35 - - II 2 a 19 ≥45 - - Triglicerídeos (mg/dL) I <10 ≤100 - >100 10-19 ≤130 - >130 II 2 a 19 <100 100-129 ≥130 Resitência à insulina Achados do Bogalusa Heart Study com crianças e adolescentes (5-9 anos e 17-23 anos) com resistência à insulina após 8 anos: Prevalência de obesidade de 72%, Casos de HAS e dislipidemia de 2,5 a 3 vezes maiores. (BAO et al., 1996) Resitência à insulina Resitência à insulina Alterações dos níveis de glicemia e insulina de jejum; Teste oral de tolerância à glicose; Técnica do clamp euglicêmico hiperinsulinêmico (padrão-ouro); Índice de HOMA Resitência à insulina Normal Limítrofe Alto < 15 µU/mL 15-20 µU/mL ≥20 µU/mL I Diretriz de Prevenção(da Aterosclerose na Infârncia e Adolescência (2005). Pontos de corte para a classificação da insulina de jejum alterada para adolescentes Resitência à insulina Glicemia Categoria Jejum* 2h pós- prandial Casual** Glicemia <100 mg/dL < 140 mg/dL - Tolerância à glicose diminuída ≥ 100 e < 126 mg/dL ≥ 140 e < 200 mg/dL - Diabetes Mellitus ≥ 126 mg/dL ≥ 200 mg/dL ≥ 200 mg/dL (com sintomas clássicos)*** Sociedade Brasileira de Diabetes (2007) Valores de glicose plasmática para diagnóstico de diabetes mellitus e seus estágios pré-clínicos Anemia A deficiência de ferro é a mais prevalente carência nutricional em todo o mundo (˃30%). Anemia ferropriva → anemia mais freqüente na prática clínica. Estudos mostram uma variação de 7,5 a16,6% de prevalencia de anemia em adolescentes no Brasil. Anemia Valores de hemoglobina e hematócrito abaixo dos quais a anemia está presente IDADE Hemoglobina (g/dL) Hematócrito (g/dL) Meninas Meninos Meninas Meninos < 12 anos 11 11 34 34 12 a 15 anos 11,5 12 34 35 15 a 18 anos 11,7 12,3 34 37 18 anos 11,7 13,2 34 39 Organização Mundial de Saúde (OMS, 2005) Hemoglobina Hipertensão Arterial PRESSÃO ARTERIAL (PA) Força produzida por uma coluna de sangue e exercida pelas paredes arteriais, suficientes para dirigir o fluxo de sangue p/ os tecidos Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) Presença de níveis tensionais elevados, associados a alterações metabólicas e hormonais e a fenômenos tróficos (hipertrofia cardíaca e vascular)(III CBHA, 1998). A prevalência no Brasil em crianças e adolescentes varia de 2 a 13% (IV DBHA, 2004). . Hipertensão arterial SBC. I Diretriz de Prevenção da Aterosclerose na Infância e na Adolescência. Arq Bras Cardiol 2005;85(Suppl.6):3-36. (Enzima de Conversão da Angiotensina) Hipertensão arterial Consulta do adolescente A CONSULTA DO ADOLESCENTE 1ª CONSULTA - SÃO REALIZADAS 2 ANAMNESES: 1) Adolescente 2) Pais ou Responsáveis A CONSULTA DO ADOLESCENTE Protocolo do SISVAN (Brasil, 2008) BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Protocolos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN na assistência à saúde. Brasília (DF): MS. [Série B. Textos Básicos de Saúde]. 2008. 51p. Aspectos Fundamentais da Relação PROFISSIONAL DE SAÚDE – ADOLESCENTE Respeito à individualidade Participação dos pais e/ou responsáveis Permitir o diálogo e buscar enfrentar em conjunto com o adolescente e a família soluções para eventuais dificuldades Auto-imagem - representação psíquica que o adolescente tem de si mesmo Estudo de caso ESTUDO DE CASO Nome: B.R.S. Sexo: Masculino Idade: 11 anos Peso:54Kg Altura: 156cm Tanner: G1P1 (Pré-púbere) Circunferência Abdominal: 74cm Exames bioquímicos: CT 130mg/dL, glicemia jejum 105mg/dL e Hemoglobina: 12,5 g/dL. Pressão arterial: PAS 120mgHg e PAD 90mgHg ESTUDO DE CASO Idade: 11 anos Altura: 156cm ESTUDO DE CASO Idade: 11 anos IMC: 22Kg/m2 ESTUDO DE CASO Idade: 11 anos Circunferência Abdominal: 74cm ESTUDO DE CASO Idade: 11 anos Colesterol total : 130mg/dL Glicemia jejum: 105mg/dL ESTUDO DE CASO Idade: 11 anos Hemoglobina: 12,5 g/dL ESTUDO DE CASO Pressão arterial: PAS 120mgHg e PAD 90mgHg ESTUDO DE CASO Diagnóstico nutricional: Estatura adequada para idade Obesidade Risco aumentado para desenvolvimento de doenças cardiovasculares Tolerância à glicose diminuída Pré-hipertensão/limítrofe OBRIGADA!
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