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impactos do crescimento economico

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Impactos do crescimento econômico
Apresentação
Nos últimos anos, houve um grande aumento e um incremento de tecnologias, tanto mecânicas 
quanto químicas, nos processos produtivos no meio rural brasileiro, elevando o patamar produtivo 
agrícola do País e também o passivo ambiental da atividade.
É possível afirmar que os avanços econômicos proporcionam desenvolvimento para toda a 
sociedade. Entretanto, assim como os ambientes industriais urbanos, os ambientes agrícolas 
também são causadores de impactos ao meio ambiente. As ações de retirar a vegetação original do 
meio e aplicar fertilizantes químicos e defensivos (agrotóxicos) agrícolas são extremamente 
agressivas ao meio natural.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar como as transformações econômicas impactam 
no ambiental, percebendo como estão relacionados o crescimento econômico, o desemprego e os 
conflitos agrários. Além disso, vai conhecer os impactos da expansão da fronteira agrícola.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer o impacto ambiental das transformações econômicas.•
Relacionar crescimento econômico, desemprego e conflitos agrários.•
Discutir os impactos da expansão da fronteira agrícola.•
Desafio
A agricultura brasileira, a partir da modernização dos processos, ganhou muitos avanços em termos 
de produtividade. Aliado a isso, as novas fronteiras agrícolas também são importantes para alcançar 
maior produção de grãos, pois se ganha em território passível de produção.
Você é professor do 2o ano do Ensino Médio e preparou uma aula com o intuito de apresentar aos 
seus alunos como se deu a produção agrícola brasileira ao longo da história. Para tanto, você 
resolve apresentar para os alunos o seguinte gráfico da produção de grãos e da área plantada no 
País entre os anos de 1977 a 2018:
Neste Desafio, a partir do gráfico apresentado, exponha o que deve ser concluído, juntamente com 
os alunos, sobre a relação entre a produção e a área plantada de grãos, explicando o motivo das 
diferenças entre as variáveis.
Infográfico
A água é um bem de imensurável importância para a vida na Terra, assim como sua qualidade e 
quantidade o são para a qualidade de vida dos seres humanos. Todavia, esse recurso é 
comprometido pela agricultura, um dos grandes responsáveis pela deterioração da qualidade da 
água e também pelo seu uso em grande escala.
O uso de adubação química e de defensivos tem se acentuado no campo. Como a agricultura é 
realizada em ambiente aberto e em larga escala, faz com que parte desses produtos, além de 
comprometer os alimentos que chegam ao consumidor, escoe até os cursos d’água, contaminando-
os. Alguns esforços estão sendo realizados a fim de harmonizar a relação da agricultura com os 
recursos hídricos, principalmente em pequena escala, como a produção orgânica, sobretudo da 
agricultura familiar, sem o uso de produtos químicos.
Neste Infográfico, você vai conhecer os principais impactos da agricultura nos recursos hídricos e 
como a modernização da agricultura do País afeta os rios.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/d98323ce-829a-4c41-bf08-a180df3c42cf/689aef2b-6525-424d-857e-8500a195c666.jpg
Conteúdo do livro
O aumento da produção agrícola brasileira veio acompanhado de grandes mudanças no parâmetro 
ambiental do campo brasileiro. A expansão da fronteira agrícola para o aumento da área produzida, 
com a supressão da vegetação nativa, vem dizimando biomas por todo o espaço territorial 
brasileiro, além da criação de conflitos rurais pelo direito de uso da terra.
O uso de fertilizantes químicos e defensivos levou a um grande ganho de produtividade à 
agricultura brasileira, tirando o peso do aumento de área plantada como único fator de aumento de 
produção. Saiba que, hoje em dia, se produz mais por hectare cultivado, mas se paga um preço, com 
solos e águas contaminados e baixa qualidade dos alimentos por causa dos produtos químicos 
aplicados.
No capítulo Impactos do crescimento econômico, da obra Geografia econômica, você vai estudar o 
impacto ambiental das transformações econômicas, o crescimento econômico, o desemprego e os 
conflitos agrários e, ainda, discutir os impactos da expansão da fronteira agrícola.
Boa leitura.
GEOGRAFIA 
ECONÔMICA 
Carlos Alberto Löbler
Impactos do crescimento 
econômico
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer o impacto ambiental das transformações econômicas.
  Relacionar crescimento econômico, desemprego e conflitos agrários.
  Discutir os impactos da expansão da fronteira agrícola.
Introdução
A agricultura é um dos grandes diferenciais brasileiros no mercado exterior, 
influenciando positivamente a balança em favor de nosso País. Além 
disso, o Brasil é um dos maiores produtores e exportadores mundiais de 
commodities na área agropecuária. 
A partir da década de 1950, foram implementados processos na agri-
cultura brasileira que possibilitaram o aumento da área produzida, com o 
uso de produtos químicos e maquinário. Com isso, o País se desenvolveu 
economicamente, mas também sofreu impactos ambientais. A degrada-
ção ambiental que resultou da agricultura nas áreas rurais e das indústrias 
nas áreas urbanas fez surgir, no fim do século XX e início do século XXI, o 
conceito de sustentabilidade. Atualmente, a importância de implementar 
processos sustentáveis é reconhecida em toda a sociedade. 
Neste capitulo, você vai identificar como as transformações econômi-
cas podem causar impactos no meio ambiente. Vai estudar as relações 
entre crescimento econômico, desemprego e conflitos agrários, além de 
conhecer os impactos da expansão da fronteira agrícola.
Impacto ambiental das transformações 
econômicas
A inovação nas técnicas produtivas no campo tornou-se uma necessidade para 
aumentar a produção, que não crescia de maneira sufi ciente em relação à demanda 
(SCHUH; ALVES, 1971). Além disso, foi o que fez as pessoas deixarem o campo 
e irem para a cidade, fenômeno chamado de êxodo rural. Buscavam emprego e 
melhores condições de vida, atraídas pelo processo industrial brasileiro, princi-
palmente após a década de 1960. Alguns autores sugerem ainda que a tecnologia 
que chegou ao campo diminuiu a necessidade de mão de obra no campo e fez a 
população rural buscar novos campos de trabalho (BALSADI, 2001).
A modernização da agricultura foi consolidada com a implantação de 
indústrias no Brasil, voltadas para a produção de equipamentos e insumos 
para a agricultura, como tratores, colheitadeiras e fertilizantes químicos. A 
produção agrícola aderiu às inovações com a entrada dos processos industriais 
no campo, sobretudo por meio do pacote tecnológico da Revolução Verde 
(VILAS BOAS; ONOFRE, 2013).
A partir da metade do século XX, o contingente populacional, que inicial-
mente era maior em ambiente rural, passa a ser maior em ambiente urbano, 
ocupando principalmente as grandes cidades. A mecanização passou a fazer 
o papel do homem no campo, ocasionando o êxodo rural. Houve ainda o 
incremento da utilização de insumos e pesticidas no campo, para melhorar a 
produtividade e diminuir as perdas por causas naturais. A utilização desses 
produtos químicos provocou e continua provocando significativos impactos 
no meio ambiente. 
Além dos impactos ambientais desse modo de produção rural, a produção 
limitada em pequenas propriedades com mão de obra familiar foi substituída 
por uma produção em larga escala, com propriedades maiores, trabalhadores 
assalariados no campo e com grande mecanização e tecnologias. 
Grande parte dos produtos agrícolas brasileiros gerados nesse novo método 
vai para o mercado externo, melhorando substancialmente a balança comercial 
brasileira. Estima-se que até 17% da carne e 75% da soja sejam exportados, 
para países como Rússia, China, Índia,União Europeia e Estados Unidos 
(BRASIL, 2019a).
O Quadro 1 mostra os principais setores do agronegócio em valor exportado, 
entre os meses de abril de 2018 e abril de 2019, segundo dados do Ministério 
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As vendas externas destes 
setores participaram com 86,3% do total exportado pelo agronegócio brasileiro 
em abril de 2019. 
Impactos do crescimento econômico2
 Fonte: Adaptado de Brasil (2019a). 
Setor Valor exportado
Participação das 
exportações
Complexo soja US$ 4,18 bilhões 48,8%
Produtos florestais US$ 1,25 bilhão 14,6%
Carnes US$ 1,21 bilhão 14,1%
Café US$ 378,36 milhões 4,4%
Complexo sucroalcooleiro US$ 378,10 milhões 4,4%
 Quadro 1. Balança comercial do agronegócio — comparativo abril/2018–abril/2019 
Revolução Verde foi um conjunto de tecnologias que tinha como finalidade melhorar 
a produção na agricultura. Essas inovações surgiram e foram inicialmente aplicadas no 
México e espalharam-se pelo mundo, com as pesquisas do agrônomo norte-americano 
Norman Borlaug. A revolução multiplicou a produção de alimentos, o que causou 
um alvoroço generalizado, uma vez que foi apresentada como uma possibilidade de 
solução para a fome global. Contudo, trouxe muitas críticas, principalmente na área 
ambiental e social.
No fim da Segunda Guerra Mundial, os meios tradicionais de cultivo de alimentos 
e de manejo do solo não eram mais suficientes para a grande demanda de comida, 
sobretudo em países que ficaram anos em guerra, sem produzir alimentos. A Revo-
lução Verde apareceu com o desafio de produzir mais em menor espaço e tempo. 
Empregou-se pela primeira vez a modificação genética de algumas plantas, com o 
intuito de obter maior produção. Foi também incentivada em grande escala a irrigação 
agrícola, além do uso de máquinas de plantar e colher. O sucesso da revolução trouxe 
notoriedade a Norman Borlaug, que em 1970 foi contemplado com o Prêmio Nobel da 
Paz. Sua contribuição à humanidade teria sido a redução da fome mundial.
No entanto, a revolução também suscitou problemas sérios de cunho ambiental e até 
de saúde pública. Há pesquisas em que se atribui uma série de doenças em humanos às 
alterações genéticas no trigo feitas por Borlaug, que depois foram espalhadas para outros 
alimentos. Na área ambiental, as críticas são relacionadas ao desmatamento e ao uso 
indiscriminado de agrotóxicos. Muitos ecossistemas foram profundamente alterados para 
dar lugar às lavouras, o que levou à erosão e ao esgotamento do solo. Quem realmente 
lucrava com a revolução eram as indústrias internacionais produtoras de insumos agrícolas. 
Além disso, os latifúndios mecanizados contribuíram para o êxodo rural e para a diminuição 
da produção familiar (ANDRADES; GANIMI, 2007; VILAS BOAS; ONOFRE, 2013).
3Impactos do crescimento econômico
Impactos ambientais 
A expansão agrícola é sempre um fator de polêmica, pois gera o aumento 
da área produzida, mas também gera divisas econômicas, que muitas vezes 
acarretam inúmeras problemáticas, como a devastação das reservas fl orestais, 
os confl itos pela propriedade da terra e outras questões sociais do campo, como 
o acesso à terra e o desemprego na área agrícola (SAUER; LEITE, 2012). Os 
dados do Mapa (BRASIL, 2019b) mostram a importância dos produtos agrí-
colas que são os maiores responsáveis pelo desbravamento de novas fronteiras 
agrícolas. Nesse contexto, há o contraste da destruição dos biomas, como o do 
Cerrado, por exemplo, que foi sendo ocupado ao longo de todo o século XX 
com o plantio da soja e a criação de gado e que está atualmente com menos 
de 20% de sua vegetação natural.
Portanto, o desmatamento para atividades agropecuárias, suprimindo 
vegetações naturais a fim de atingir o ápice da produção desejada, impacta 
o meio ambiente em decorrência das atividades agrícolas. Soma-se a isso a 
utilização de materiais orgânicos e inorgânicos externos (fertilizantes quí-
micos e/ou biológicos e defensivos agrícolas) e tecnologias mecanizadas que 
impactam a mata nativa e causam efeitos nocivos ao ecossistema local que 
restou, diminuindo consideravelmente a qualidade do produto que chega na 
mesa do consumidor.
Em sua maioria, essas grandes áreas agrícolas são monoculturas, que 
mudam significativamente tanto a fauna quanto a flora. A produção em mo-
nocultura pode causar a propagação de enfermidades, como a podridão de 
espigas e grãos ardidos no caso do milho. Essas doenças possivelmente seriam 
extintas se existisse uma rotação de cultura no local.
Grande parte da vegetação natural existente no Brasil está destruída, sem a 
sua biodiversidade original, em função dos avanços da atividade agropecuária. 
A seguir estão alguns impactos da agricultura sobre o meio natural.
  Aquecimento global: a retirada da vegetação natural para dar lugar 
à agricultura causa grandes perdas na absorção do calor pela terra. 
Por um lado, a agricultura é uma das responsáveis pelo aumento de 
temperatura. Com as emissões do setor somadas ao desmatamento 
para a conversão de terras para o cultivo, representam algo entre 17% e 
32% de todas as emissões de gases do efeito provocadas por atividades 
humanas para o mundo inteiro. Por outro lado, a agricultura pode sofrer 
também os efeitos do aquecimento global, principalmente relacionados 
Impactos do crescimento econômico4
a plantas com maior sensibilidade ao calor, novas pragas e maior uso 
de defensivos. 
  Destruição dos recursos naturais: os principais recursos naturais 
atingidos pelos avanços da agricultura são os hídricos, uma vez que 
vêm ocupando cada vez mais novas áreas. Muitas vezes, essas áreas 
seriam a proteção dos rios, como as Áreas de Preservação Permanente 
(APP) de matas ciliares, assim como áreas de nascentes, responsáveis 
pela manutenção do fluxo de água nos rios.
  Extinção de espécies: o uso indiscriminado de agrotóxicos e defensivos 
agrícolas na agricultura ocasiona a extinção de inúmeras espécies. 
Esse é um fator preocupante para todo o ecossistema e também para a 
própria agricultura. Isso porque retiram, por exemplo, micro-organismos 
recicladores de matéria orgânica, agentes naturais que atuam como 
controle biológico de pragas, fixadores naturais de hidrogênio no solo 
e agentes para o intemperismo biológico, que possibilita a formação do 
solo a partir de rochas. Acabam, portanto, por retirar elementos naturais 
da natureza, que tendem a ser repostos por elementos químicos.
  Industrialização e aumento das cidades: os avanços na área industrial 
brasileira causaram o aumento da população residente nas cidades, 
sem infraestrutura e suporte, em consequência da falta de vagas de 
emprego no campo e do aumento da necessidade de mão de obra nas 
cidades. O que causou isso foi a elevada mecanização do campo e a 
política econômica brasileira, voltada para as indústrias em grandes 
cidades. Aumentou, então, a poluição, por haver maior concentração 
populacional, e consequentemente a produção de lixo e esgoto, além 
da poluição industrial. Nesse ponto, destacam-se também os resíduos 
emitidos com a fabricação de equipamentos agrícolas, principalmente 
pela indústria metalúrgica.
Crescimento econômico, desemprego e 
conflitos agrários
O crescimento econômico que ocorreu no Brasil após a década de 1940 e 1950 
levou muitas pessoas do campo à cidade em busca de emprego e melhores 
condições de vida com o amplo êxodo rural. Além disso, ao longo dos anos, 
as crises enfrentadas no âmbito tanto nacional quanto internacional fi zeram 
com que o País sempre tivesse taxas de desemprego relativamente altas.
5Impactos do crescimento econômico
A população mais afetada pela crise é geralmente a com menor grau de 
escolaridade e formação. Com isso, o homem do campo que chega à cidade 
sem ter frequentado a escola, sem experiência profissional e em número 
muito maior que a demanda de mão de obra da cidade podia absorver, acaba 
sendo marginalizado do processo urbano, industrial e, consequentemente, 
socioeconômico.
Aliado a isso,o desenvolvimento econômico trouxe transformações no 
campo, principalmente após a Revolução Verde. Nas décadas de 1950 e 1960, o 
campo se tornou inviável para a agricultura familiar, pois não se tinha crédito, 
o qual era canalizado para o setor industrial urbano. A agricultura como um 
todo sofreu com o processo, pois a inciativa privada também dava preferência 
para investimentos na indústria. Também nesse período e nos anos adjacentes, 
houve quedas nos preços dos produtos agrícolas, manipulados intencionalmente 
pelo governo para conter as taxas de inflação, refletindo na queda de preços 
dos produtos da cesta básica.
Conflitos agrários
Historicamente, o Brasil apresenta uma grande concentração fundiária no 
campo e na cidade, herança do período colonial, em que o sistema de sesmarias, 
regime de posse da terra vigente em Portugal, foi transplantado para o Brasil. 
Incentivava-se a colonização por imigrantes europeus oferecendo grandes 
quantidades de terras em solo brasileiro, principalmente durante o século XIX 
(MIRALHA, 2006). Com isso, grandes terras fi caram nas mãos de poucas 
pessoas, que foram passando de geração em geração, sem perder a posse da 
propriedade. Assim, surge no Brasil uma classe social sem acesso à terra, que 
muitas vezes acaba se inserindo em grupos sociais marginalizados, como o 
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) (MIRALHA, 2006).
Impactos do crescimento econômico6
O MST é fruto de uma questão agrária estrutural e histórica no Brasil. Esse movimento 
nasceu da articulação das lutas pela terra, que foram retomadas a partir do fim da 
década de 1970, especialmente na região Centro-Sul e, aos poucos, expandiu-se pelo 
País inteiro. O MST surgiu no período entre 1979 e 1984, e foi criado formalmente no 
Primeiro Encontro Nacional de Trabalhadores Sem Terra, realizado de 21 a 24 de janeiro 
de 1984, em Cascavel, no estado do Paraná. Hoje, o MST está organizado em 22 estados 
e segue com os mesmos objetivos, definidos no encontro de 1984 e ratificados no I 
Congresso Nacional realizado em Curitiba em 1985, também no Paraná: lutar pela terra, 
pela Reforma Agrária e pela construção de uma sociedade mais justa, sem explorados 
nem exploradores (CALDART, 2001).
O índice de Gini, que mede a desigualdade socioeconômica dos países, 
aponta o quanto a concentração de terras no Brasil é acentuada. Em uma 
escala de 0 a 1 (em que o mais próximo a 0 significa menor a desigualdade), 
o País tem um índice de 0,820, o que indica que há uma grande concentração 
de terras em posse de poucos proprietários (TERRA DE DIREITOS, [201-?]). 
Atualmente, menos de 1% das propriedades rurais no país tem tamanho su-
perior a mil hectares. Contudo, essas mesmas propriedades ocupam 43% da 
área ocupada por estabelecimentos rurais. Nas cidades, vê-se a mesma lógica 
de concentração da propriedade, isto é, cerca de 6,07 milhões de domicílios 
vagos para 33 milhões de pessoas sem acesso à moradia adequada (TERRA 
DE DIREITOS, [201-?], documento on-line).
De acordo com a Constituição de 1988, o acesso à terra está assegurado a 
todos, devendo-se cumprir sua função social (BRASIL, 1988):
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, 
simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em 
lei, aos seguintes requisitos:
 I — aproveitamento racional e adequado;
 II — utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação 
do meio ambiente;
 III — observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
 IV — exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalha-
dores (BRASIL, 1988, documento on-line).
7Impactos do crescimento econômico
Outro grande fator de conflito agrário pela posse da terra é a atuação dos 
grileiros, que é a apropriação privada irregular ou ilegal de terras públicas 
para posterior venda a terceiros. Historicamente, a grilagem tem sido usada 
no Brasil com diversos mecanismos jurídicos e sociais para assegurar o acesso 
à terra e aos recursos florestais. Nesse contexto, destaca-se a violência contra 
comunidades indígenas e camponesas, que são apenas alguns elementos desse 
complexo problema brasileiro (INSTITUTO DE PESQUISA AMBIENTAL 
DA AMAZÔNIA, 2006).
Leia sobre a grilagem de terras públicas na Amazônia no link a seguir.
https://qrgo.page.link/JtTRc
Impactos da expansão da fronteira agrícola
Fronteira agrícola é um termo utilizado para designar áreas novas ocupadas 
pela produção agropecuária. São migrações internas realizadas por agricultores 
a fi m de aumentar sua área produzida. Nas áreas novas ocupadas, antes havia 
somente o meio natural, intocado pelo homem, sem habitantes. Havia somente 
fl oresta, para onde a agricultura passa a se expandir. Nesse caso, dizemos que 
as linhas das fronteiras agrícolas foram avançadas, pois terras novas, antes 
inexploradas, foram utilizadas. No Brasil, o processo é vinculado à ocupação 
de novas áreas, por meio da difusão do plantio de grãos para todas as regiões do 
País, em um processo que se convencionou denominar de avanço da fronteira 
agrícola (ZEFERINO, 2015).
No Brasil, historicamente há a busca de novas fronteiras agrícolas, a fim de 
obter maiores ganhos na agricultura. Logo na colonização brasileira, começou-
-se a explorar o litoral, de onde se retirava o Pau-Brasil e muitas outras árvores 
da Mata Atlântica, com posterior substituição pela cana-de-açúcar. No século 
XX, o Cerrado brasileiro foi uma grande fronteira agrícola brasileira. Desde 
a década de 1990, o Cerrado vêm sendo desmatado, criando-se novas áreas 
agrícolas na região norte, em áreas até então ocupadas pela Floresta Amazônica.
Impactos do crescimento econômico8
Atualmente, há uma alta demanda do mercado interno e externo por pro-
dutos agropecuários, com destaque para a comercialização de grãos e seus 
derivados (que podem ser utilizados na alimentação animal, na demanda 
crescente por óleos para alimentação e na produção de biodiesel) e ainda 
o comércio de carnes (ZEFERINO, 2015). Esses produtos são os que mais 
impulsionam a busca de novas áreas e o aumento da produção para suprir a 
demanda que o mercado impõe.
O Brasil obteve grande crescimento na sua produção agropecuária a partir 
da década de 1990. Esse crescimento se deve, principalmente, às novas fron-
teiras agrícolas alcançadas, ainda que os incrementos da produtividade por 
hectare não sejam desprezíveis. Tal desempenho concentrou-se, sobretudo, 
na região compreendida entre o sul dos estados do Piauí e do Maranhão, o 
norte do Tocantins e o oeste da Bahia.
As questões fundiárias, como os conflitos pelo uso da terra juntamente 
com os efeitos decorrentes da especialização produtiva, principalmente dos 
grãos e da criação de gado — por exemplo, diminuição da biodiversidade, 
desmatamento, contaminação por agroquímicos do ambiente, dos alimentos 
e das populações rurais —, são as principais consequências negativas do 
avanço da fronteira agrícola. Esses avanços atuam sobre os mais diferentes 
biomas brasileiros, em que cada um possui um grau diferente de degradação 
causado pela agricultura.
Impactos da expansão agrícola nos biomas
O Brasil é formado por seis biomas de características distintas: Amazônia, 
Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal (Figura 1). Muitos 
desses biomas se encontram totalmente destruídos e outros seriamente ame-
açados pelos avanços das fronteiras agrícolas. A seguir estão os principais 
biomas brasileiros e seus graus de degradação atuais, bem como as principais 
atividades econômicas responsáveis pelo processo, com destaque para as 
atividades agropecuárias realizadas sobre eles (BRASIL, [201-?]; SERVIÇO 
FRANCISCANO DE SOLIDARIEDADE, 2017).
  Bioma Amazônia: a grilagem de grandes áreas de terra, principalmente 
públicas, continua sendo a principal causa de desmatamento dentro 
desse bioma. A pecuária é a principal atividade implantada nas áreas 
das novas fronteiras desmatadas. A construção de grandes hidrelétricas 
e atividades de mineraçãosão responsáveis, também, por boa parte dos 
danos ambientais e sociais nas comunidades nativas da região.
9Impactos do crescimento econômico
  Bioma Caatinga: considerada a região mais ruralizada do Brasil, a 
Caatinga sofre pelas queimadas e pelo desmatamento. O plantio de 
produtos como o algodão, o gado bovino solto e a geração de madeira 
para indústria de gesso e carvoarias são os principais motivos do des-
matamento, gerando desertificação.
  Bioma Cerrado: dentre os outros biomas, o Cerrado é o que mais 
passou por mudanças pela interferência humana. Pecuária, monocultura 
e abertura de estradas são as principais alterações que prejudicaram o 
Cerrado nos últimos 30 anos. Menos de 2% está protegido em parques 
ou reservas. Além disso, a atividade de mineração contaminou os rios 
e o solo, principalmente com mercúrio.
  Bioma Mata Atlântica: a atenção voltada à Mata Atlântica começou 
com o Pau-Brasil e passou por vários ciclos econômicos, como o da 
cana-de-açúcar, do café, do ouro e do fumo. A partir do século XX, a 
araucária foi devastada em consequência da agricultura, da agropecuária 
e da expansão urbana.
  Bioma Pantanal: as alterações no Pantanal aconteceram principal-
mente como resultado da expansão da agropecuária utilizando cargas 
de agroquímicos nos planaltos e da exploração de diamantes e de ouro 
utilizando mercúrio. A mineração na região pode afetar os lençóis 
freáticos que abastecem os rios, córregos e poços e contaminar a água.
  Bioma Pampa: o Pampa tem sofrido uma rápida degradação em virtude 
da expansão das monoculturas e das pastagens com espécies exóticas. 
Estima-se que, em 2002, restavam 41,32% da vegetação nativa do Pampa 
e, em 2008, apenas 36,03%.
Impactos do crescimento econômico10
Figura 1. Principais biomas brasileiros e sua área de abrangência.
Fonte: Queiroz ([2019?], documento on-line).
Todo desenvolvimento econômico vem acompanhado de desafios, prin-
cipalmente ambientais, tanto na cidade, com as indústrias, quanto no campo, 
com os avanços da utilização de defensivos químicos indiscriminadamente. 
Portanto, aliar o desenvolvimento socioeconômico a intervenções sustentáveis 
no meio ambiente é sempre importante para o futuro da população e um legado 
de preservação para as próximas gerações.
11Impactos do crescimento econômico
ANDRADES, T. O. de; GANIMI, R. N. Revolução verde e a apropriação capitalista. CES 
Revista. v. 21, p. 43-56, 2007. Disponível em: https://www.cesjf.br/revistas/cesrevista/
edicoes/2007/revolucao_verde.pdf. Acesso em: 2 nov. 2019.
BALSADI, O. V. Mudanças no meio rural e desafios para o desenvolvimento sustentável. 
São Paulo em Perspectiva. v. 15, n. 1, p. 155-165, 2001. Disponível em: http://www.scielo.
br/pdf/spp/v15n1/8599.pdf. Acesso em: 2 nov. 2019.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da União. 
1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.
htm. Acesso em: 2 nov. 2019.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Balança comercial do 
agronegócio: abril/2019. 2019a. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/noticias/
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Acesso em: 2 nov. 2019.
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13Impactos do crescimento econômico
Dica do professor
O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, mas nem sempre foi assim. Para 
você compreender o Brasil dos dias atuais, é necessário entender o que aconteceu na trajetória da 
agricultura brasileira, principalmente da metade do século passado em diante.
Antes da década de 1960, o País importava boa parte dos alimentos que consumia no seu dia a dia, 
o que tornava os preços dos produtos muito mais elevados para a população brasileira. Os avanços 
tecnológicos e científicos da época foram determinantes para alavancar a produção e a 
produtividade das lavouras brasileiras. Além disso, a mecanização do campo ocasionou menos 
vagas de trabalho e a população migrou para as cidades, aumentando a população residente das 
cidades e a mão de obra da indústria.
Nesta Dica do Professor, você vai acompanhar o panorama atual da agricultura brasileira, 
salientando os principais aspectos históricos que marcaram o boom dessa prática, levando o País a 
se tornar um dos grandes produtores de alimentos do mundo.
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1) O desenvolvimento econômico trouxe transformações no campo, principalmente após a 
Revolução Verde, que inseriu processos tecnológicos no campo. Assim, por quais motivos o 
campo, nas décadas de 1950 e 1960, se tornou inviável para a agricultura familiar?
A) Não havia créditos investidos na indústria e havia falta de alimentos na área rural.
B) Não havia créditos investidos na indústria e havia alta nos preços dos alimentos, controlados 
pelo Governo.
C) Não havia créditos que eram investidos no exterior e havia dificuldade nos preços dos 
alimentos, controlados pelo Governo.
D) Não havia créditos que eram investidos no exterior e havia alta nos preços dos alimentos, 
controlados pelo Governo.
E) Não havia créditos que eram investidos na indústria e havia dificuldade nos preços dos 
alimentos, controlados pelo Governo.
2) A expansão agrícola é um fenômeno que gera certa polêmica, já que, por um lado, há o 
aumento da área produzida e, consequentemente, gera divisas econômicas ao País e, por 
outro, causa grandes desgastes ao meio ambiente. Dentre esses desgastes, destacam-se:
A) devastação das reservas florestais, conflitos pela propriedade da terra e todas as demais 
questões sociais do campo.
B) devastação das reservas florestais, surgimento do MST e todas as demais questões sociais do 
campo.
C) preservação das reservas florestais, conflitos pela propriedade da terra e todas as demais 
questões sociais do campo.
D) preservação das reservas florestais, surgimento do MST e todas as demais questões sociais 
do campo.
E) devastação das reservas florestais, conflitos pela propriedade da terra e difusão da agricultura 
familiar.
3) O Brasil é formado por seis biomas de características distintas: Amazônia, Caatinga, Cerrado, 
Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. Muitos desses biomas se encontram totalmente 
destruídos e outros, seriamente ameaçados pelos avanços das fronteiras agrícolas. Dentre os 
biomas existentes, qual foi a principal fronteira agrícola da segunda metade do século 
passado e qual o atual em potencial de expansão, respectivamente?
A) Bioma Mata Atlântica e Bioma Cerrado.
B) Bioma Mata Atlântica e Bioma Amazônia.
C) Bioma Cerrado e Bioma Amazônia.
D) Bioma Cerrado e Bioma Mata Atlântica.
E) Bioma Cerrado e Bioma Pantanal.
4) A vegetação natural do Brasil encontra-se, em sua maior parte, destruída, sem a sua 
biodiversidade original, em função dos avanços da atividade agropecuária sobre o meio 
ambiente. É possível citar, ainda, como alguns impactos relevantes da agropecuária sobre o 
meio natural:
A) o aquecimento global, a destruição dos recursos naturais e a extinção de espécies.
B) o aquecimento global, a destruição dos recursos naturais e a extinção de pragas da 
agricultura.
C) o aquecimento global, a preservação dos cursos d’água e a extinção de espécies.
D) o aquecimento global, a preservação dos cursos d’água e a extinção de pragas da agricultura.
E) a diminuição do aquecimento global, a destruição dos recursos naturais e a extinção de 
espécies.
5) O Brasil, a partir da metade do século passado, passou da condição de importador de 
alimentos para se consagrar como um dos grandes produtores e exportadores de produtos 
agrícolas do mundo. Os principais produtos do agronegócio, em valor exportado, no Brasil 
são:
A) soja, trigo, leite e café.
B) soja, produtos florestais, leite e café.
C) soja, trigo, carnes e café.
D) soja, produtos florestais, carnes e café.
E) soja, trigo, leites e produtos florestais.
Na prática
Os problemas sociais no meio rural foram as principais causas dos conflitos agrários ocorridos no 
Brasil a partir da segunda metade do século passado. Naquele período, houve o surgimento de 
segmentos organizados da sociedade que têm como lema a luta pela terra, como o MST.
A realidade do campo é algo distante para grande parte dos estudantes brasileiros, os quais estão 
localizados, predominantemente, em ambientes urbanos. Portanto, para que o professor 
correlacione o que está sendo estudado com exemplos práticos da realidade brasileira, a utilização 
de meios audiovisuais é de suma importância.
Os conflitos pelo uso da terra são muito frequentes no território brasileiro. Contudo, eles 
acontecem em locais mais isolados, e não fazem parte do cotidiano da maioria dos brasileiros. Para 
o professor explicar melhor a questão aos alunos, é necessário mostrar a eles um pouco mais sobre 
o tema e a realidade das regiões em que são vivenciados tais conflitos.
Nesse contexto, a utilização de recursos audiovisuais, como filmes e documentários, pode fazer os 
alunos se inserirem no contexto da temática e facilitar a aproximação com o assunto.
Acompanhe, Na Prática, como a temática de conflitos agrários no Brasil pode ser contemplada em 
sala de aula por meio da exibição de documentários.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Impactos ambientais e agricultura familiar: como esta relação 
apresenta-se no espaço rural paranaense
O artigo é uma pesquisa bibliográfica que buscou elencar os impactos ambientais da agricultura 
familiar, seus baixos impactos ambientais e como se dá essa relação no espaço rural. O estudo é 
delimitado como um estudo de caso para o Estado do Paraná. Boa leitura.
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Inovação de processo: o impacto ambiental e econômico da 
adoção da agricultura de precisão
Neste artigo, você vai conferir uma análise da mudança no processo de produção agrícola a partir 
da adoção da tecnologia da agricultura de precisão, analisando os seus resultados econômicos e 
ambientais. Na pesquisa, são levados em conta aspectos ambientais do uso de defensivos químicos 
e os aspectos econômicos, relacionados ao aumento produtivo e à redução nos custos de aquisição 
dos insumos.
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Reflexões acerca da história de Sinop/MT: imigração e fronteira 
agrícola
Leia, neste artigo, um estudo de caso sobre a Cidade de Sinop, no Mato Grosso, que traz o espaço 
urbano decorrente da expansão da fronteira agrícola no Estado, formando um centro urbano em 
meio à agricultura. Você conhecerá a história de Sinop, considerando as condições em que as 
https://www.redalyc.org/pdf/4675/467546196019.pdf
https://www.revistaespacios.com/a17v38n02/a17v38n02p06.pdf
cidades contemporâneas surgiram e se constituíram a partir da década de 1970, no processo de 
colonização do Estado de Mato Grosso.
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https://periodicos.unemat.br/index.php/historiaediversidade/article/view/2749/2222

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