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Abreviaturas ACTH – Hormônio adrenocorticotrófico ADH – Hormônio antidiurético ADP – Difosfato de adenosina Ag – Prata AD – Água Destilada A – Ampola AIDS – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida AINE – Anti-inflamatório não esteroide AIES – Anti-inflamatório esteroidal ALT – Alamina aminotransferase AP – Ação prolongada ARMDs – Antirreumáticos modificadores da doença AST – Aspartato aminotransferase ATC – Antidepressivo tricíclico ATP – Trifosfato de Adenosina ATPase – Adenosina Trifosfatase Au – Ouro BCC – Bloqueador do canal de cálcio BI – Bomba de Infusão Ca – Cálcio CI – Cloro Co – Cobalto CO – Contraceptivo Oral CPX – Creatina fosfoquinase CTP – Capacidade Pulmonar total CO²– Dióxido de Carbono CoA – Coenzima A CK – Creatina- quinase Comp. – Comprimido COMT – Cotecol – o metiltransferase COX-¹ Cicloxigenase – 1 COX-² Cicloxigenase – 2 CTP – Capacidade Pulmonar total Cu – Cobre D¹ - Dopamina 1 D² - Dopamina 2 DHL – Deidrogenase Láctea DIP – Doença Inflamatória Pélvica DM – Diabetes Mellitus DMID – Diabetes Mellitus não Insulino Dependente, classificada como tipo 1 DMNID – Diabetes Mellitus não Insulino Dependente, classificada como tipo 2 DNA – Ácido Desoxirribonucleico DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva crônica DST – Doença Sexualmente Transmissível ECA – Enzima de conversão da angiotensina 1 ECG – Eletrocardiograma EDTA – Ácido etilenodiaminotetracético F – Flúor Fe – Ferro FSH – Hormônio folículo-estimulante FA – Frasco Ampola g – grama GABA – Ácido gama-aminobutírico G-CSF – Fator estimulante da formação de colônia de granulócitos GH – Hormônio de Crescimento GI – Gastrintestinal Gts – Gotas por minuto H – Hidrogênio h – Hora H¹ – Histamina 1 H² - Histamina 2 Hb – Hemoglobina HDL – Lipoproteínas de alta densidade H²O – Água HCG – Gonadotropina Coriônica Humana HIV – Vírus da Imunodeficiência humana HN² - Mostarda Nitrogenada Ht – Hematócrito IA – Intra Arterial IAM – Infarto Agudo do Miocárdio ICC – Insuficiência Cardíaca Crônica Ig – Imunoglobulina IgA – Imunoglobulina gama A IgG – Imunoglobulina gama G IgM – Imunoglobulina gama M ID – Intradérmica IM – Intra Muscular IT – Intratecal ITU – Infecção do Trato Urinário IV – Intravenoso K – Potássio KCI – Cloreto de Potássio Kg – Kilograma l– Litro LCR – Líquor cefalorraquidiano LDL – Lipoproteína de baixa densidade LH – Hormônio Luteinizante Li – Lítio MAO – Manoaminoxidase meg – Micrograma mEq – Miliequivalente mg – Miligrama Mg – Magnésio 2 Megts – Microgotas por minuto ml – Mililitro MO – Microrganismo N – Nitrogênio Na – Sódio NaCI – Cloreto de Sódio NaHCO – Bicarbonato de Sódio NPT – Nutrição Parenteral total O² - Oxigênio P –Fósforo P – Pulso pH – Concentração do íon Hidrogênio PPD – Derivado Proteico Purificado da Tuberculina PSA – Antígeno Especifico Prostático Pu – Plutônico QT – Quimioterapia RL – Solução de Ringer Lactato S – Soro SARA – Síndrome da Angustia Respiratória do Adulto SC – Subcutânea SF – Soro Fisiológico SG – Soro Glicosado SGF – Soro Glicofisiológico SL –Sublingual T³ - Triiodotironina T 4 – Tetraiodotironina TB – Tuberculose TGO – Transaminase glutâmico oxalacética TGP – Transaminase glutâmico pirúvica TSH – Hormônio estimulador da tireoide T – Tempo TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo TP – Tempo de Protombina TTP – Tempo de Tromboplastina Parcial TTPA – Tempo de Tromboplastina Parcialmente Ativada TV – Taquicardia Ventricular TVP – Trombose Venosa Profunda U – Unidade UI – Unidade Internacional v/v – Volume por Volume VAS – Via Aérea Superior VC – Volume Corrente (subdivisão da CPT) VCM – Volume Corpuscular Médio VE – Ventrículo Esquerdo VD – Ventrículo Direito VO – Via Oral VR – Via Retal V- Volume 3 Sumário Legislação no preparo e administração dos Medicamentos........06 Farmacologia................................................................................09 Ação dos Medicamentos..............................................................09 Classificação dos Medicamentos.................................................11 Formas de Apresentação dos Medicamentos..............................29 Prescrição de Medicamentos.......................................................31 Revisão de Matemática................................................................32 Vias de administração dos Medicamentos, Cuidados de Enfermagem e Cálculos para cada Via........................................36 Cálculos de Concentrações dos Medicamentos..........................67 Transformação de Solução..........................................................69 Exercícios de Fixação e Cálculos.............................................100 Medicamentos Composição, Nome Comercial, Ação Farmacológica e Cuidados de Enfermagem...................107 Gabarito....................................................................................261 4 O Código de Ética dos profissionais de Enfermagem traz aspectos que direcionam a atuação frente a execução do preparo e da administração dos medicamentos, segundo a resolução COFEN 311/2007: A Enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e a qualidade de vida da pessoa, família e coletividade. O profissional de enfermagem atua na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e legais. Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência técnica, cientifica, ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, a pessoa, família e coletividade. Assegurar a pessoa, família e coletividade assistência de enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligencia ou imprudência. Avaliar criteriosamente sua competência técnica, cientifica, ética e legal e somente aceitar encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si e para outrem. Legislação no preparo e administração dos Medicamentos Dos princípios fundamentais Seção I Das relações com as pessoas, família e coletividade Direitos Artigo 10º Responsabilidade e Deveres Artigo 12º Artigo 13º 5 Aprimorar os conhecimentos técnicos, científicos, éticos e culturais, em benefício da pessoa, família e coletividade e do desenvolvimento da profissão. Proteger a pessoa, família e coletividade contra danos decorrentes de imperícia, negligencia ou imprudência por parte de qualquer membro da equipe de saúde. Restringir no prontuário do paciente as informações inerentes e indispensáveis ao processo do cuidar. Administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e sem certificar-se da possibilidade de riscos. Prescrever medicamentos e praticar ato cirúrgico, exceto nos casos previstos na legislação vigente e em situação de emergência. Executar prescrição de qualquer natureza, que comprometam a segurança da pessoa. Artigo 14º Artigo 21º Artigo 25º Proibições Artigo 30º Artigo 31º Artigo 32º 6 Recusar-se a executar prescrição medicamentosa e terapêutica, onde não conste a assinatura e o número de registro profissional, exceto em situações de urgência e emergência.Parágrafo único – O profissional de enfermagem poderá recusar-se a executar prescrição medicamentosa e terapêutica em caso de identificação de erro ou ilegibilidade Assinar as ações de enfermagem que não executou, bem como permitir que suas ações sejam assinadas por outro profissional. Cumprir e fazer os preceitos éticos e legais da profissão. O profissional da equipe de enfermagem que prepara e administra uma medicação deve conhecer a legislação que regulamenta o exercício de sua profissão, as normas da instituição que trabalha, realizando a medicação conforme a Prescrição Medica garantindo a segurança e bem estar de sua clientela. Seção II Das relações com os trabalhadores de enfermagem, saúde e outros Direitos Artigo 37º Proibições Artigo 42º Seção III Das relações com as organizações da categoria Responsabilidades e deveres Artigo 48º 7 A Farmacologia é definida como a ciência que estuda a natureza e as propriedades dos fármacos e principalmente a ação dos medicamentos. Os medicamentos são originados de fontes natural (o reino animal, vegetal e mineral) e sintético (industrializado). Os pesquisadores passaram a utilizar os conhecimentos tradicionais e químicos para desenvolver fontes sintéticas, com a vantagem de os fármacos quimicamente desenvolvidos serem desprovidos de impurezas geralmente encontradas nas substancias naturais. Pode-se através da indústria manipular a estrutura molecular da substancia química do mecanismo, ocasionando modificações na estrutura química da droga, tornando-a mais eficaz contra diferentes microrganismos. É o uso dos medicamentos no tratamento, prevenção, diagnostico e no controle de sinais e sintomas das doenças. É a ação química que pode ser profilática, curativa, paliativa e diagnostica. Profilática: O medicamento tem ação preventiva contra as doenças. Ex: As vacinas podem atuar na prevenção de doenças. Curativa: O medicamento tem ação curativa, pode curar a patologia. Ex: Os antibióticos tem ação terapêutica curando a doença. Paliativo: O medicamento tem capacidade de diminuir os sinais e sintomas da doença, mas não promove a cura. Ex: Os anti-hipertensivos diminuem a Pressão Arterial, mas não curam a Hipertensão Arterial; os antitérmicos e analgésicos diminuem febre e dor, porém não curam a patologia causadora dos sinais e sintomas. Farmacologia Origem dos medicamentos Farmacoterapia Ação dos Medicamentos 8 Diagnostica: O medicamento auxilia no diagnostico, elucidando exames radiográfico. Ex: Os contrastes são medicamentos que, associados aos exames radiográficos, auxiliam em diagnósticos de patologia. A farmacocinética refere-se ao estudo do movimento que o medicamento administrado passa dentro do organismo durante sua absorção, distribuição, metabolismo e execução. A farmacodinâmica refere-se ao estudo dos mecanismos relacionados a ação do medicamento e suas alterações bioquímicas ou fisiológicas no organismo. A resposta decorrente dessa ação é o efeito do medicamento, propriamente dito. Farmacocinética Farmacodinâmica 9 São substancias produzidas por células vivas que inibem ou mantem micro-organismos (M.O), podem ser produzidas a partir de fungos, bactérias, leveduras e de forma sintética. Os antibióticos podem ser de amplo espectro (eficaz contra muitos M.O) ou de espectro limitado (eficaz contra M.O). • Penicilinas • Cefalosporinas de 1º geração • Cefalosporinas de 2º geração • Cefalosporinas de 3º geração • Tetraciclinas • Eritromicinas • Quinolonas É um grupo de medicamentos que combatem as infecções causadas por fungos. • Anfotericina B • Cetoconazol • Cloridrato de Terbinafina • Flucitosina • Fluconazol • Griseofulvina • Itraconazol • Nistatina • Miconazol Classificação dos Medicamentos Antibióticos Tipos de Antibióticos Antimicóticos Tipos de Antimicóticos 10 É um grupo de medicamentos que combatem ou controlam as doenças virais. • Aciclovir sódico • Cidofovir • Cloridrato de Amantadina • Cloridrato de Rimantadina • Cloridrato de Valaciclovir • Didanosina • Fanciclovir • Foscarnet sódico • Ganciclovir sódica • Ribavirina • Vidarabina • Zalcitabina • Zidovudina É um grupo de medicamentos que combatem ou controlam as doenças parasitarias também chamada de verminose. • Albendazol • Mebendazol • Tiabendazol • Lindano • Permetrina Antivirais Tipos de Antivirais Antiparasitários Tipos de Antiparasitários 11 Também chamado de Sulfas, age no controle da infecção, impedindo o crescimento das bactérias e de outros M.O; São drogas sintéticas que se assemelham ao ácido para-aminobenzoico (PABA). • Sulfisoxazol • Sulfametizol • Sulfametoxazol • Sulfazalasina • Cotrimoxazol Trimetropím e Sulfametoxazol A histamina é um aminoácido encontrado em muitos tecidos, quando o organismo entra em contato com uma substancia toxica, ocorre uma resposta tecidual, acredita-se que essa resposta tecidual libera a histamina, a qual liberada provoca alguns sintomas, comumente conhecidos como sinais e sintomas de uma reação alérgica ( urticaria, erupções cutâneas, espirros, coriza, lacrimejamento ocular com vermelhidão da esclera, constrição dos brônquios, podendo ocorrer mais gravemente uma anafilaxia ou choque anafilático, levando o paciente ao risco iminente de morte). Os Anti-histamínico inibem a histamina e consequentemente os sinais e sintomas da reação alérgica. • Cloridrato de Difenidramina • Maleato de Clorfeniramina • Dimenidrinato • Cloridrato de Tripelenamina • Cloridrato de Prometazina • Maleato de Bronfeniramina Sulfonamidas Tipos de Sulfonamidas Sulfonamidas de Ação prolongada Anti-histamínico Tipos de Anti-histamínico 12 São medicamentos utilizados para o alivio da tosse, podem estar associados a expectorantes que liquefazem o muco nos brônquios e facilitam a expulsão de secreção do sistema respiratório. • Benzonatato • Codeína • Bromidrato de dextrometorfano Promove a dilatação dos brônquios, favorecendo a melhor troca gasosa e consequentemente uma melhor oxigenação dos tecidos. Podemos ter nesse grupo drogas realizadas por via inalatória. • Aminofilina • Oxtrifilina • Glicenato de teofilina sódica Aumentam a contratibilidade do musculo. • Glicosídeo Digitálico São substancias que inibem a ECA, utilizadas em Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC). Também tem ação anti-hipertensiva (evitando a conversão da ECA I na ECA II substancia vasoconstritora). Seus efeitos ainda são estudados, porem perecem minimizar ou evitar a dilatação ou disfunção ventricular esquerdo após Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). • Lisinopril • Captopril • Enalapril Antitussígenos e Expetorantes Tipos de Antitussígenos e Expectorantes Bronquiodilatadores Tipos de Bronquiodilatadores Cardiotônicos ou Inotrópicos Tipos de Cardiotônicos ou Inotrópicos Inibidores da enzima de conversão da Angiotensina (ECA) Tipos de Inibidores ECA 13 É uma substanciacom efeito similar aos inibidores do ECA, utilizada em pacientes que apresentam sensibilidade ou que não o toleram. • Iosartana • Candesartana • Irbesartana São substancias que bloqueiam os receptores beta-adrenérgicos. • Beta Adrenérgicos seletivos • Beta Adrenérgicos não seletivos São medicamentos que atuam na constrição do vaso sanguíneo. São utilizados para diminuir hemorragias superficiais, elevar a pressão arterial e aumentar a força de contração cardíaca. São medicamentos que causam a amplitude da parede do vaso sanguíneo, são auxiliares no tratamento de doenças vasculares periféricas, patológicas cardíacas e hipertensão. São os medicamentos que promovem a vasodilatação, temos os que: Inibem a conversão da ECA I na ECA II promovem a vasoconstrição. • Maleato de Enalapril • Cloridrato de Quinapril • Captopril • Lisinopril • Ramipril • Fosinopril sódico • Cloridrato de benazepril • Telmisartana • Erbutamina de perindopril Antagonistas do receptor da angiotensina II Tipos de Antagonistas do receptor da angiotensina II Beta-Bloqueadores Vasoconstritores Vasodilatadores Anti-Hipertensivo Tipos de Anti-hipertensivo 14 Bloqueadores dos receptores beta-adrenérgicos causam diminuição dos impulsos simpáticos do encéfalo para o sistema circulatório periférico: • Pindolol • Cloridrato de Acebutolol • Carvedilol • Propranolol • Tartarato de Metoprolol • Atenolol • Nadolol • Maleato de Timolol Alfa agonista central causa efeito vasodilatador com redução das resistências periféricas. • Cloridrato de clonidina • Catapres • Cloridrato de guanfacina Alfa bloqueador causa efeito vasodilatador com redução da resistência periférica. • Cloridrato de prazosina • Cloridrato de terazosina • Mesilato de doxazosina Os bloqueadores do íon Calcio extracelular, nas células musculares lisas vasculares e miocardias, causam redução do debito cardíaco e da resistência periférica total, diminuindo a pressão arterial. • Nifedipina • Cloridrato de Verapamil • Cloridrato de Diltiazem • Besilato de Anlodipina • Felodipina • Isradipina Tipos Tipos Tipos Tipos 15 São medicamentos que aceleram o processo de coágulos • Sais de Calcio • Vitamina K • Fitonadiona São medicamentos que aumentam o tempo de coagulação sanguínea, interferem na produção de trombina e na subsequente formação de fibrina a partir do fibrinogênio. São utilizados nos distúrbios de Tromboembolismo. • Heparina sódica injetável • Tinzaparina sódica • Ardeparina sódica • Dalteparina sódica • Enoxaparina sódica • Lepirudina • Bisidroxicumarina • Warfarina sódica São utilizados para dissolver o trombo/coagulo que está causando obstrução vascular. • Estreptoquinase • Uroquinase • Alteplase Coagulantes Tipos de Coagulantes Anticoagulantes Tipos de Anticoagulantes Antitrombóticos para infarto agudo do miocárdio Tipos de Antitrombóticos 16 São medicamentos utilizados para interferir na agregação plaquetária em pacientes portadores de aterosclerose (formação de placa ateromatosa nas paredes dos vasos sanguíneos), evitando a formação de trombos e êmbolos que obstruam o vaso sanguíneo. • Ácido Acetilsalicílico • Dipiridamol • Cloridrato de Ticlopidina • Tirofibano • Bissulfato de Clopidogrel • Cilostazol São medicamentos que auxiliam na redução de valores de colesterol na corrente sanguínea. • Colestiramina suspensão oral • Grânulos de Colestipol • Pravastatina sódica • Genfibrozila • Lovastatina • Sinvastatina • Atorvastatina Cálcica São medicamentos que estimulam o aumento da atividade do Sistema Nervoso Central (SNC). • Cafeína • Sulfato de Anfetamina • Cloridrato de Doxapram • Cloridrato de Metilfenidato • Pemolina Antiagregador plaquetário Tipos de Antiagregador plaquetário Antilipêmicos Tipos de Antilipêmicos Estimulantes do sistema nervoso central Tipos de Estimulantes SNC 17 São medicamentos que deprimem o SNC, podendo ser: gerais ou específicos. Via de administração Tipos Anestésicos Gerais via intravenosa • Cloridrato de Midozolam • Cloridrato de Quetamina • Diazepan • Tiopental Sódico Anestésicos Voláteis • Enflurano • Éter • Éter Vinílico • Halotano • Metoxiflurano • Oxido Nitroso Anestésicos Locais • Cloridrato de Bupivacaína • Cloridrato de Cloroprocaína • Cloridrato de Cocaína • Cloridrato de Etidocaína • Cloridrato de Lidocaína • Cloridrato de Mepivacaína • Cloridrato de Prilocaína • Cloridrato de Procaína • Cloridrato de Tetracaína São medicamentos utilizados para promover sedação ou hipnose. Os mais utilizados são os barbitúricos que podem causar sedação leve, hipnose. • Fenobarbital • Pentobarbital • Secobarbital • Butabarbital • Hidra de Cloral • Cloridrato de Flurozepam Depressores do sistema nervoso central Hipnóticos e Sedativos Tipos de hipnóticos e Sedativos 18 São substancias com grande potência para diminuir a dor, que agem no sistema nervoso central. Podem causar dependência, devendo ser utilizadas com cautela. São derivados do ópio. Atualmente temos três alcaloides derivados, sendo utilizados: Morfina, Codeína e Papaverina. • Sulfato de Morfina • Fosfato de Codeína • Cloridrato de Meperidina • Sistema fentanil Trans dérmico • Oxicodona • Cloridrato de Oximorfona • Cloridrato de Tramadol • Cloridrato de Sulfentanil • Tartarato de Butorfanol É um medicamento utilizado em casos de superdosagem, é um antagonista dos efeitos da Morfina. • Naloxona São substancias utilizadas para diminuir a dor, que agem no nível periférico. • Acetaminofeno • Cloridrato de Propoxifeno • Cloridrato de Pentazocina • Cloridrato de Nalbufina • Succinato de Sumatriptano • Benzoato de Rizatriptano Analgésicos Opioides Tipos de Analgésicos Opioides Antagonista dos opioides sintéticos e da Morfina Tipos de Antagonista dos opioides sintéticos e da Morfina Analgésicos não narcóticos ou não opioides Tipos de Analgésicos não narcóticos ou não opioides 19 São utilizados no controle da convulsão, trata-se de um medicamento psicótico, controlado e pode causar dependência. • Fenitoína • Fosfenitoína Sódica • Carbamazepina • Clonazepan • Etossuximida • Etotoína • Metsuximida • Parametadiona • Fenacemida • Fensuximida • Primidona • Trimetadiona • Ácido Valproico • Felbamato • Gabapentina • Lamotrigina • Cloridrato de Tiagabina • Topiramato • Fenobarbital • Diazepan São utilizados no controle dos sintomas da Doença de Parkinson. • Levodopa • Carbidopa • Combinação de Levodopa com o Carbidopa Anticonvulsivantes Tipos de Anticonvulsivantes Antiparkinsoniano Tipos de Antiparkinsoniano 20 São medicamentos utilizados para tranquilizar, acalmar; tratar-se de psicótico, controlado e pode causar dependência. • Cloridrato de Clorpramazina • Maleato de Proclorperazina • Cloridrato de Trifluoperazina • Cloridrato de Triflupromazina • Cloridrato de Tioridazina • Meprobamato • Cloridrato de Clordiazepóxido • Cloridrato de Hidroxizina • Diazepan • Clorazepato Dipotássico • Cloridratode Flufenazina • Haloperidol • Carbonato de Lítio • Loxapina • Bexilato de Mesoridazina • Cloridrato de Molindona • Olanzapina • Oxazepan • Perfenazina • Pimozida • Fumarato de Quetiapina • Risperidona • Tiotixeno Tranquilizantes Tipos de Tranquilizantes 21 São medicamentos que melhoram os sintomas da Depressão, Tais como: tristeza, desanimo, fadiga, insônia ou hipersonia, perda ou ganho de peso, lentidão ou agitação, entre outros. Ação Tipos Inibidores Seletivos da Recaptação de Seretonina • Citalopram • Fluoxetina • Fluvoxamina • Paroxetina • Sertralina Inibidores da Monoamina • Sulfato de Fenelzina • Sulfato de Tranilcipromina Antidepressivos Tricíclicos • Cloridrato de Imipramina • Cloridrato de Amitriptilina • Cloridrato de Doxepina • Cloridrato de Desipramina • Cloridrato de Nortriptilina • Cloridrato de Protriptilina • Cloridrato de Bupropiona • Mirtazapina São medicamentos que diminuem a ansiedade. • Cloridrato de Buspirona Antidepressivos Ansiolíticos Tipos de Ansiolíticos 22 São utilizados para inibir a Cicloxigenase e consequentemente as prostaglandinas, atuando assim na cascata inflamatória, diminuindo o processo de inflamação. Ação Tipos Inibidores da COX-1 causam sintomas gástricos importantes. • Ácido Acetilsalicílico • Indometacina • Ibuprofeno • Piroxican • Diclofenaco de sódio • Fenoprofeno cálcico • Cetoprofeno • Naproxeno Inibidores da COX-2 causam menores efeitos colaterais • Celecoxib São medicamentos utilizados para inibir a secreção gástrica indiretamente. Ação Tipos Inibidores da Histamina sobre as células parietais que produzem ácido clorídrico, reduzindo assim a secreção de ácido no estomago. • Cimetidina • Nizatidina • Ranitidina Inibidores da Bomba de Prótons rompem as ligações químicas nas células do estomago, reduzindo a produção de ácido, diminuem a irritação e permitem uma melhor cicatrização. • Omeprazol • Pantoprazol Atuam diretamente no estomago, neutralizando o ácido gástrico. • Hidróxido de Alumínio • Hidróxido de Magnésio • Simeticona • Complexo de Alumínio-magnésio • Carboneto de Cálcio Anti-inflamatórios não esteroidais Antissecretores gástricos Antiácidos Tipos de Antiácidos 23 São medicamentos utilizados para auxiliar ou promover o processo de digestão. • Ácido Clorídrico • Pancreatina • Pancrelipase São medicamentos utilizados para estimular o apetite. • Acetato de Megestrol São inibidores no processo digestivo, no geral utilizados no tratamento da obesidade. • Orlistat São medicamentos que auxiliam a promoção do vomito, são utilizados em casos de envenenamento por substâncias corrosivas. • Xarope de Ipeca São medicamentos que auxiliam na prevenção, controle e alivio do vomito. • Dimenidrinato • Cloridrato Metoclopramida • Ondasetron (Potente em vomito associado ao uso de quimioterápicos) • Granisetron (Potente em vomito associado ao uso de quimioterápicos) Substancias digestivas Tipos de Substancias digestivas Estimulante do Apetite Tipos de Estimulante do Apetite Inibidores da absorção no processo digestivo Tipos de Inibidores da absorção no processo digestivo Eméticos Tipos de Eméticos Antieméticos Tipos de Antieméticos 24 São medicamentos que auxiliam no alivio da constipação. Ação Tipos Laxantes formadores de volume aumentam o volume quando na presença de água, estimulando mecanicamente o intestino a se contrair. • Agar • Semente de Psyllium • Metilcelulose Laxantes Lubrificantes atuam misturando-se com a massa do bolo fecal, amolecendo-o. • Óleo Mineral São medicamentos que auxiliam no controle e alivio da diarreia lentificando a motilidade intestinal. • Cloridrato de Loperamida Laxantes Antidiarreicos Tipos de Antidiarreicos 25 São medicamentos utilizados na terapia de reposição hormonal. Ação Tipos Substancias tireóideas são soluções naturais ou sintéticas que contém os hormônios tireóideos para reposição. • Tireoide • Levotiroxina Substancias Antitireóideas são soluções que podem auxiliar no controle da superprodução dos hormônios tireoideanos. • Metimazol • Propiltiouracil Corticosteroides suprimem as respostas imunes e reduzem a inflamação Glicocorticoides tem efeito anti- inflamatório, metabólico e imunossupressor: • Cortisona • Hidrocortisona • Prednisona • Beclometasona • Betametasona • Dexametasona • Metilpredinisolona • Predinisolona • Triancinolona Mineralocorticoides afetam o equilíbrio hidroeletrolítico: • Acetado de Fludrocortisona, análogo sintético dos hormônios secretados pela suprarrenal • Aldosterona Agente Antidiabético, a insulina hormônio liberada pelas Ilhotas de Langerhans, também denominada de hormônio pancreático e classificado como hipoglicemiante. • Insulinas Hiperglicemiante eleva os níveis de glicemia, natural ou sintético, o Glucagon é produzido pelas células Alfa das Ilhotas de Langerhans. • Glucagon Hormônios 26 São medicamentos utilizados no controle e regulação da glicemia, é considerado um antidiabético. Tipos Sulfonilureias de primeira geração • Acetoexamina • Clorpropamida • Tolazamida • Tolbutamida Sulfonilureias de segunda geração • Glipizida • Gliburida Agentes antidiabéticos derivados da tiazolidinodiona • Pioglitazona • Risiglitazona Biguanida • Metformina Inibidor da alfa-Glicosidade • Acarbose São medicamentos utilizados para aumentar a excreção de água e de eletrólitos pelos rins. No geral são utilizados no tratamento de Hipertensão Arterial, os principais diuréticos são utilizados como medicamentos cardiovasculares. Ação Tipos Diuréticos Tiazídicos atuam impedindo a reabsorção de sódio nos rins, aumenta a excreção de cloreto, potássio e bicarbonato, podendo resultar em desequilíbrio eletrolítico. • Bendroflumetiazida • Benztiazida • Clorotiazida • Hidroclorotiazida • Hidroflumetiazida • Meticlotiazida • Politiazida • Triclormetiazida Diuréticos de alça são potentes, produzindo um alto volume urinário. • Bumetanida • Etacrinato de Sódio • Ácido etacrínico • Furosemida Diuréticos poupadores de potássio tem efeito diurético mais suave, poupando o potássio. • Amilorida • Espironolactona • Triantereno Hipoglicemiante via oral Diuréticos 27 É considerado de invólucro de gelatina com medicamento internamente de forma sólida, semissólida ou liquida, sendo usada para facilitar a deglutição e a liberação do medicamento na cavidade gástrica. É o pó comprimido com um formato próprio, sendo redondo ou ovalado, pode trazer uma marca, como sulcos que facilitam sua divisão em partes. O comprimido é revestido por uma solução de queratina composta por açúcar e corante, proporcionando melhora na sua liberação entérica, sendo usado para facilitar a deglutição e evitar sabor e odor característicos do medicamento. É uma solução que, além do soluto, contem 20% de açúcar e 20% de álcool. É composta por dois tipos de líquidos imiscíveis, sendo caracterizados pelo óleo e a água. É a forma semissólida, coloide, que proporciona pouca penetração napele. São líquidos ou semilíquidos que podem ter princípios ativos ou não geralmente são usadas para uso externo. Tem uma forma semissólida, possui consistência macia e mais aquosa, com boa penetração na pele. Formas de apresentação dos medicamentos Capsula Comprimido Drágea Elixir Emulsão Gel Loção Creme 28 Possui forma semissólida de consistência macia e oleosa proporcionando pouca penetração na pele. O pó apresenta-se de forma a ser diluído em liquido e dosado em colher ou em envelopes em quantidades exatas. É uma mistura não homogênea de uma determinada substancia sólida e um liquido, em que a parte sólida fica suspensa no liquido. É uma solução que contém um soluto e um solvente e 2/3 de açúcar. Pomada Pó Suspensão Xarope 29 A prescrição dos medicamentos é uma ordem escrita por profissional capacitado para ser preparada por um farmacêutico ou profissional da enfermagem; deve conter: • Data, Nome do paciente, Hospital, UBS ou centro médico; • Nome do medicamento; • Dose do medicamento e horários em que deve ser ingerido e/ou intervalos entre as doses; • Via de administração do medicamento; • Assinatura e carimbo do médico, odontólogo ou outro profissional qualificado, contendo seu registro no conselho regional; • O nome do medicamento deve ser legível e em alguns hospitais, UBS e centro médico pode ser encontrado informatizado. Prescrição Padrão: deve conter quanto do medicamento o paciente deve receber e por quanto tempo; permanece em efeito por tempo indefinido ou por período especificado. Prescrição Única: deve conter a prescrição do medicamento a ser administrado apenas uma vez. Prescrição Imediata: deve conter a prescrição de um medicamento que o paciente deve receber imediatamente, no geral para um problema urgente. Prescrição Permanente: contém a PM de forma permanente, no geral essas prescrições são elaboradas e executadas por equipes de uma determinada instituição, sendo hoje bem difundidas como protocolos de Prescrição de Medicamentos para tratamento de determinada patologia. Prescrição Verbal ou por via telefônica: não é o tipo de PM ideal, deve ser evitada sempre que possível, pois a PM verbal ou por telefone traz riscos iminentes de erros, pode ocorrer em situações de urgência e deve ser transcrita pelo médico. Prescrição de Medicamentos Tipos de Prescrição Médica (PM) 30 Nos cálculos de adição com números decimais, a virgula é colocada uma embaixo da outra; após realize a operação. Ex= 3,03 + 4,32 + 0,3 = 7,65 Exercícios: 1) 15,8 + 233,3 = 2) 1,1 + 999,9 = 3) 789,10 + 123,4 = 4) 12,34 + 12,34 = 5) 22,567 + 43,34 = Nos cálculos de subtração com números decimais, também se coloca virgula embaixo de virgula, com atenção para que o número maior seja colocado primeiro e dele sejas subtraído o número menor. Ex= 6,231 – 5,35 = 0,881 Exercícios: 1) 1,23 – 54,3 = 2) 777,7 – 767,7 = 3) 23,23 – 51,7 = 4) 54,87 – 45,6 = 5) 7856,4 – 4,4 = Revisão de Matemática Subtração Capsula 31 Nos cálculos de multiplicação, as virgulas não precisam estar uma embaixo da outra. A multiplicação deve ser realizada, após efetuar a operação, devem-se somar as casas decimais da direita do multiplicador e do multiplicando e, no resultado, contar a da direita para a esquerda esse total de casas e colocar a vírgula no resultado. 2,363 multiplicando x3,1 multiplicador 2363 7089+ 7,3253 quatro casas a partir da direita Exercícios 1) 31,8 x 5,5 = 2) 78,7 x 3,4 = 3) 9,88 x 1,23 = 4) 65,76 x 7,8 = 5) 9,89 x 3,3 = 6) 2,1 x 4,4 = 7) 123,56 x 123 = 8) 4,6 x 7,7 = Multiplicação 32 Tanto o divisor como o dividendo devem ser transformados em números inteiros. Para que isso ocorra, os dois precisam ter o mesmo número de casas após a virgula. Isso será obtido adicionando um ou mais zeros ao número que tiver menos casas, até iguala. A seguir basta cortar as virgulas. A conta é efetuada da forma habitual, até duas casas após a virgula, já é suficiente para os cálculos aplicados na enfermagem. Ex=12,7: 10 Atenção: temos 12,7 dividendo (1 casa após a virgula, a virgula é retirada e acrescenta-se 1 zero no divisor que passa de 10 para 100, assim igualamos as casas após a virgula com zero, e procedemos a divisão). Exercícios: 1) 23,5 : 1,2 = 2) 32,5 : 2,2 = 3) 45,6 : 4,4 = 4) 54,5 : 3,4 = 5) 72,8 : 6,1 = 6) 123,9 : 5,3 = 7) 1000 : 24 = 8) 1000 : 12 = 9) 1000 : 8 = 10) 1000 : 6 = 11) 500 : 24 = 12) 500 : 12 = 13) 500 : 8 = 14) 500 : 6 = 15) 500 : 4 = 16) 250 : 24 = 17) 250 : 12 = 18) 250 : 8 = 19) 250 : 6 = 20) 250 : 4 = Divisão 33 Essa norma tem por finalidade estabelecer as regras para arredondamento na numeração decimal. Na enfermagem utilizamos o arredondamento aos casos de controle do gotejamento na infusão de soluções venosas, pois é preciso estabelecer para gotas e microgotas o arredondamento do número inteiro viabilizando o controle da infusão que é determinado pelo método por meio da prescrição médica em horas ou em tempo inferior a 1 hora, em minutos. Exemplo: Condição Procedimentos Quando o algarismo após a vírgula é menor ou igual a 4, preserva-se o número inalterado. 53,24 preserva-se 53 Quando o algarismo após a virgula é menor ou igual a 5, aumenta-se de uma unidade o algorismo. 42,87 passa a 43 NBR 5891, da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Regra de Arredondamento de Números Decimais 34 As principais vias de administração dos medicamentos são: • Via oral; • Via sublingual; • Via retal; • Via inalatória; • Via nasal; • Via ocular; • Via vaginal; • Via auricular; • Via injetáveis: Intradérmica, Subcutânea, Intramuscular, Intravenoso. As vias de administração Intra arterial e Intratecal são realizadas por profissionais médico. Discutiremos a seguir as vias mais utilizadas. Administração de medicamentos por via oral é segura e não requer técnica estéril na sua preparação, nessa via os medicamentos podem ser na apresentação de comprimidos, drágeas, capsulas ou líquidos; são absorvidos, principalmente, no estomago e intestino. Observação: a medicação via oral não é indicada em clientes apresentando náuseas, vômitos, diarreias ou indivíduos que tenham dificuldade de deglutir. Medicações VO Vias de administração dos Medicamentos, Cuidados de Enfermagem e Cálculos para cada Via Vias de administração dos medicamentos Administração via Oral 35 Atenção - Lembrar que antes e após qualquer procedimento, devemos lavar as mãos e utilizar luva de procedimento para administração. - Se a PM for realizada em gotas, você deverá transformar gotas em ml. - Já sabemos que 1ml = 20 gotas. - Devemos agora realizar a regra de três. Exemplo: PM Novalgina gotas 1,0 grama, VO. Disponível Novalgina gotas 500mg/ml, quantas ml ou gotas devem administrar. 1ml _____ 500mg X _____ 1000mg X. 500 = 1.1000 X. 500 = 1000 X= 1000 500 X= 2ml Vamos administrar X= 2ml contem 1000mg Resposta: 2ml contêm 1000mg, então quantas gotas devem ser administradas? 1ml ______ 20 gotas 2ml ______ x gotas 1 . x = 2.20 1 . x =40 X= 40 1 X= 40 gotas contem 1000mg Resposta: Administrar 40 gotas/2ml = 1000mg 36 Se o medicamento for em comprimido, podemos realizar a divisão do comprimido (se ele tiver o sulco de divisão), ou corta-lo em corta-comprimidos, ou podemos diluir o comprimido em água filtrada; se diluir, realize o cálculo: Exemplo: PM Capoten 12,5 mg VO, Disponível Capoten 50mg/comprimido. 50mg _____ 1cp 12,5mg _____ x cp 50 . x = 12,5 . 1 50 . x = 12,5 X = 12,5 50 X= 0,25cp X = 0,25 cp ou ¹/4 do cp, para termos precisão na administração, é preciso cortar o comprimido em cortador próprio ou diluir o comprimido em água filtrada, conforme segue: 50mg ____ 4ml de água filtrada 12,5 mg ____ x ml 50. x = 12,5 .4 50 . x = 50 X = 50 50 X= 1 ml Resposta: Administrar 1 ml da solução Use o mesmo critério da medicação VO, diluindo o comprimido ou as gotas e líquidos que devem ser aspirados e administrados em seringa de 10 e 20 ml; após administração do medicamento, a sonda deve ser lavada com água filtrada em seringa de 10 e 20 ml em bolus, evitando sua obstrução. Administração por Sonda Gástrica ou Enteral 37 Os medicamentos sublinguais seguem o mesmo procedimento empregado para aqueles de via oral, exceto que a medicação deve ser colocada sob a língua. Neste procedimento, solicita-se que o cliente abra a boca e repouse a língua no palato; a seguir, coloca-se o medicamento sob a língua (em comprimido ou gotas); o cliente deve permanecer com o medicamento sob a língua ate a sua absorção total. Nesse período, o cliente não deve conversar nem ingerir liquido ou alimentos. As medicações administradas por via sublingual promovem uma rápida absorção da droga em curto espaço de tempo, além de se dissolverem rapidamente, deixando pouco resíduo na boca. O cálculo para medicações SL pode ser realizado pela regra de três simples; veja a seguir: Exemplo: 1- PM de Capoten 25mg SL agora Disponível Capoten 50mg em 1 cp, quanto administrar? Realize o cálculo sempre utilizando este modelo: Disponível....................... comprimido ou volume para diluir Prescrição Médica.......... X da questão 50mg ______ 1cp 25mg ______ x cp 50. x = 25. 1 50. x = 25 X= 0,5 comprimido SL Resposta: administrar 0,5 comprimido no espaço sublingual = 25 mg de Capoten Administração de medicamentos por via Sublingual 38 Exercícios 1. PM Amoxicilina300mg VO de 8/8 horas Disponível Amoxicilina Solução VO 100mg/5ml, quanto administrar? 2. PM Diabinese 150 mg VO Disponível Diabinese 250mg/cp, diluir comprimido em 4 ml de água filtrada, quanto administrar? 3. PM Ácido Acetil Salicílico (ASS) 200mg VO Disponível ASS de 100mg/cp, quanto administrar? 4. PM Ácido Acetil Salicílico (ASS) 150mg VO Disponível ASS de 500mg/cp, diluir comprimido em 4 ml de água filtrada quanto administrar? 5. PM Dipirona gotas 200mg VO Disponível Dipirona gotas 500mg/ml (1ml = 20 gotas), quantas gotas administrar? 6. PM Cefalexina 450mg VO de 6/6 horas Disponível Cefalexina Solução VO 50mg/1ml, quanto administrar? 7. PM Furosemida 20 mg VO as 8 horas Disponível Furosemida 40mg/cp VO, cp com sulco para divisão, quanto administrar? 8. PM Cadizem 15mg VO de 8/8 horas Disponível Cadizem 60mg/cp, cp com sulco para divisão, quanto administrar? 9. PM Aldomet 300mg VO de 8/8 horas Disponível Aldomet VO 500mg/cp, diluir comprimido em 4ml de água, quanto administrar? 10. PM Paracetamol 400mg VO se tiver febre Disponível Paracetamol gotas VO 200mg/ml, quantas gotas administrar? 39 Os medicamentos administração por via injetável tem a vantagem de fornecer uma via mais rápida; quando a via oral é contraindicada, favorecendo, assim a absorção mais rápida. Para realizarmos esse procedimento, é necessário entender sobre a seringa e sua graduação e o calibre das agulhas disponíveis. Vejam agora alguns tipos de seringa e agulha. A seringa é um recipiente utilizado para preparo e administração do medicamento seus componentes básicos são: A escolha da seringa deve ser realizada levando-se em consideração a via de administração e o volume a ser administrado. As seringas são graduadas e divididas em mm³, que significa que 20ml foram divididos em partes iguais com graduação de identificação da qualidade a ser aspirada e posteriormente administrada. Devemos entender que em uma seringa de 20 ml, teremos números inteiros, pois: Temos 20/20 = 1 ou 1 ml, podemos definir que essa seringa é dividida de 1 em 1 ml. Via Injetável (Intradérmica, Subcutânea, Intramuscular, Intravenosa) Seringa Seringa de 20 ml 40 É uma seringa dividida em mm³, o que significa que 10 ml foram divididos em partes iguais, que correspondem a: 10 / 50 = 0,2 ml ou seja é dividida de 1 em 1 ml e cada 1 ml é dividido em 02,ml. É uma seringa dividida em mm³, os 5ml foram divididos em partes iguais, que correspondem a: 5 / 25 = 0,2 ml, ou seja, é dividida em 1 em 1 ml e cada 1 ml é divido em 0,2ml. É uma seringa dividida em mm³, os 3ml foram divididos em partes iguais, que correspondem a: 3 / 30 = 0,1 ml, ou seja, é dividida de 0,5 em 0,5 ml e cada 0,5 ml é dividido em 0,1 ml. Seringa de 10 ml Seringa de 5 ml Seringa de 3 ml 41 A seringa de 1ml é dividida em 100 partes iguais, que correspondem a: 1/ 100, pois 1 ml é = a 100UI Os componentes básicos da agulha são: o canhão, a haste e o bisel. O canhão é a porção mais larga da agulha que fixa na seringa, a haste é a porção maior e mais fina e o bisel é a abertura final na parte distal da agulha. A escolha da agulha deve ser realizada levando-se em consideração a via de administração, o local a ser administrado, o volume e a viscosidade do medicamento e o próprio cliente, avaliando as condições da musculatura, peso, da pele local, etc. Utilizada para aspiração e preparo de medicamentos. Seringa de 1 ml Agulhas Agulhas 40/12 e 40/10 42 Utilizamos para aplicação intravenosa no cliente adulto. Na criança, utilizamos agulhas de calibres menores, no geral para punções venosas é mais seguro o uso de cateteres. Utilizamos para aplicação intramuscular no cliente adulto. No cliente emagrecido, idoso ou criança, utilizamos agulhas de calibres menores. É importante que o profissional realize uma avaliação da massa muscular para escolha do material. Utilizadas para aplicação das vias intradérmicas e subcutânea: temos outros calibres próximos a esses que podem ser utilizados. Temos no mercado outras numerações utilizadas nas mesmas vias em neonatologia e pediatria. Agulhas 30/07 e 25/7 Agulhas 30/8 e 25/8 Agulhas 13/4,5 ou 13/4,0 43 ➢ Ler a prescrição médica; ➢ Lavar as mãos antes dos procedimentos; ➢ Reunir o material necessário (sempre pelo lado embolo sem rasgar);➢ Abrir o involucro da seringa na técnica: • Para medicação ID seringa de 1ml ou 3ml, • Para medicação SC seringa de 1ml ou 3ml, • Para medicação de IM seringa de 3 ou 5ml • Para medicação de EV seringa de 10 ou 20ml; ➢ Abrir o involucro da agulha na técnica (sempre pelo lado do canhão sem rasgar) • Para injeção ID 13/4,5 ou 13/4,0; • Para injeção SC 13/4,5 ou 13/4,0; • Para injeção IM 25/8 ou 30/8; • Para injeção EV 30/7 ou 25/7. Técnica para procedimento de aspiração da medicação injetável 44 ➢ Encaixar o canhão da agulha no bico da seringa, utilizando a técnica; ➢ Usar agulha adequada para aspiração 40x12, 40/10 ou 40x16; ➢ Retire o ar da seringa empurrando o embolo para o bico, já com a agulha conectada (agulha com proteção); ➢ Para continuar o procedimento, proteja a seringa na sua embalagem, ou em bandeja de inox previamente desinfectada com água e sabão e após álcool 70%; ➢ Fazer a desinfecção com álcool a 70% no frasco ampola e no gargalo da ampola; 45 ➢ Abrir a ampola envolvendo-a com algodão para evitar acidente; ➢ Retire a capa de proteção da agulha, deixando-a sobre a embalagem da seringa; ➢ Realize a aspiração da medicação, tendo o devido cuidado para não contaminar o material. Caso isto aconteça, despreze todo o material e inicie o procedimento novamente. 46 A administração intradérmica (ID) de medicações é empregada sobretudo para fins diagnósticos, quando se testam alergias ou reação para tuberculose. Essa via resulta em pouca absorção sistêmica, produz efeito principalmente local. Ao realizar a técnica de aplicação, deve-se certificar de não injetar o medicamento profundo, evitando iatrogenia na administração ID. O máximo do volume indicado para essa via é de 0,1 até 0,5 ml. ➢ Lavar as mãos antes e após o procedimento e disponibilizar uma bandeja com os seguintes itens; • Luva de procedimento; • Seringa de 1 ml = 100UI ou 3 ml; • Agulha para aspiração da medicação 25/6 ou 25/8; • Medicação a ser aspirada; • Agulha para aplicação da medicação 13/4,5 ou 13/4,0; • Algodão e álcool a 70%. ➢ Preparar o medicamento; ➢ Orientar o paciente quanto ao procedimento; ➢ Escolher local de fácil visualização, como a região anterior de antebraço, livre de vasos sanguíneos. Para teste de alergia, pode ser utilizada a região dorsal; ➢ Realizar antissepsia do local, sempre com o algodão embebido em álcool no sentido distal para proximal, virando os lados do algodão; ➢ Aguardar secar o local da aplicação; ➢ Realizar a aplicação no ângulo e 10 a 15º, introduza em torno de 3 mm da agulha, não realize aspiração, aplique o medicamento de forma lenta e suave, observando a formação da pápula; ➢ Caso seja um teste faça uma demarcação na área para futura avaliação; ➢ Descarte o material, seguindo as precauções padrão, lave as mãos e proceda a anotação de enfermagem. Administração Via Intradérmica (ID) Técnica para procedimento de aplicação da via Intradérmica 47 A administração via subcutânea (SC) faz com que o liquido seja absorvido lentamente a partir do tecido subcutâneo, prolongando assim seus efeitos. Essa via não pode ser usada quando o cliente tem doença vascular oclusiva e má perfusão tecidual, pois a circulação periférica diminuída retarda a absorção da medicação. É uma vida utilizada com frequência na aplicação de medicamentos em tratamentos de longa duração (Diabetes), em pós operatórios, na profilaxia de ocorrências vasculares obstrutivas. O volume indicado para via é de 0,1 ml até 2,0 ml. Administração Via Subcutânea (SC) Locais Indicados para Aplicação SC 48 ➢ Bandeja contendo: • Luva de procedimento; • Seringa de 1 ml=100UI ou 3ml; • Agulha para aspiração da medicação 25/6 ou 25/8; • Medicação a ser aspirada; • Agulha para aplicação da medicação 13/4,5 ou 13/4,0; • Algodão e álcool a 70%. ➢ Lavar as mãos antes e após o procedimento; ➢ Preparar o medicamento; ➢ Orientar o cliente quanto ao procedimento; ➢ Calçar as luvas de procedimentos; ➢ Escolher local de fácil visualização conforme figura, como; região de braço, antebraço, abdômen, região anterior, posterior e lateral da coxa, glúteo bilateral. Atenção: nesta via deve ser realizado rodizio dos locais de aplicação com rigor, evitando iatrogenias; ➢ Realizar antissepsia do local, sempre com o algodão embebido em álcool 70% no sentido distal para proximal, virando os lados do algodão; ➢ Com sua mão não dominante, segure a pele ao redor do local da injeção e eleve firmemente o tecido subcutâneo para formar uma dobra adiposa; ➢ Realize a aplicação no ângulo de 90º com agulha 13/4,0 ou 13/4,5 e ângulo de 45º com agulha 25/7, 25/8; ➢ Não realize aspiração, no caso de heparina, pois pode ocorrer a formação de hematomas no local da aplicação; ➢ Para outras medicações, inclusive insulina, é recomendado a aspiração, após a introdução da agulha, certificando-se de que não houve punção de vaso sanguíneo. Caso tenha ocorrido, deve ser interrompida a aplicação, desprezado o medicamento após aspiração local; ➢ Não realize massagem no caso de Insulina, pois pode ocorrer aceleração no processo de absorção do medicamento; ➢ Não realize massagem no caso de heparina, pois podem ocorrer hematomas locais; ➢ Em caso de medicamentos que não tenham ação prolongada e que não atuem na coagulação sanguínea, uma massagem leve pode proporcionar melhor distribuição e absorção dos medicamentos; ➢ Descarte o material, seguindo as precauções padrão, lave as mãos e proceda a sua anotação de enfermagem, descrevendo o local da aplicação para rodizio na próxima aplicação. Material necessário para preparo do medicamento e injeção (SC) Técnica para procedimento da aplicação subcutânea 49 O cálculo para medicações ID e SC pode ser realizado pela regra de três simples; veja a seguir; Exemplo: 1. PM de heparina 2,500UI SC de 12/12h Disponível Heparina 5.000 UI/ml, quanto administrar? Realize o cálculo sempre utilizamos este modelo: Medicamento Disponível ----------------------------- Volume para diluir Prescrição Medica ------------------------------------- X da questão 5000 ______1ml 2500 ______ x ml 5000. x = 2500. 1 5000. x = 2500 X= 2500 5000 X= 0,5ml = 2,500UI de Heparina SC Resposta: aspirar 0,5ml que é = a 2500UI de Heparina 2. PM de Liquemine 500UI SC 12/12h Disponível Liquemine Ampola de 5000UI/ml. Quanto aspirar? 5000 ______ 1ml 500 ______ x ml 5000. x = 500 . 1 5000. x = 500 X = 500 5000 X= 0,1ml = 500UI de Liquemine SC Resposta: aspirar 0,1 ml que é = a 500UI de Liquemine Lique mine 5000 UI/ml 50 100 UI A insulina é um hormônio produzido pelas Ilhotas Langerhans localizadas no pâncreas, é responsável pela regulação metabólica dos carboidratos e das gorduras. Nos casos em que o indivíduo não produz a insulina, ele desenvolve uma doença chamada Diabetes Mellitus. A Diabete Mellitus é classificada em Insulínica Dependente (para os clientes que recebem terapia insulínica diariamente) e não Insulínica Dependente (para os clientes que recebem terapia hipoglicemiante oral e insulinas esporadicamente nos quadros de hiperglicemia); nos dois casos é associado ao tratamento a dietoterapia. Para realizarmos o cálculo de Insulina, utilizamos também regra de três, considerando que a seringa de 100UI é igual a 1ml e que os frascos de Insulina se apresentam também em 100UI. Quandonão dispusermos de seringa de 100UI, deve-se trabalhar com seringa de 3ml (ideal), considerando que 1ml = 100UI; veja a seguir: Exemplo: 1. PM Insulina Simples 25UI SC. Disponível Frasco de Insulina Simples 100UI e seringa de 3ml, quanto aspirar para administrar 25UI de Insulina simples? Realizar a regra de três da seguinte forma: Frasco de Insulina -------------------------------- Seringa Disponível Prescrição Medica -------------------------------- X (quanto aspirar) 100UI _____ 1 ml = 100UI (1ml da seringa 3ml) 25UI _____ x ml 100. x = 25.1 100. x = 25 X= 25 100 X= 0,25 ml = 25UI Resposta: Aspirar 0,25 ml = 25UI de Insulina Simples, na seringa de 3ml. Insulina Insulinas 51 2. PM Insulina NPH 35UI SC. Disponível Frasco de Insulina NPH 100UI e seringa de 100UI, quando aspirar para administrar 35UI de Insulina NPH? 100UI _______ 100UI 35UI _______ x ml 100. x = 35. 100 100. x = 3500 X = 3500 100 X = 35UI Resposta: Aspirar 35UI de Insulina NPH. Atenção: quando temos seringa de 100UI, e frascos de 100UI, não é necessário a realização do calculo, aspire a PM. Exercícios 1. PM Liquemine 500Ui SC de 12/12 horas Disponível Liquemine 1000UI/ml em ampola de 1ml, quanto aspirar para administrar? 2. PM Heparina 1000UI SC de 12/12 horas Disponível Heparina 5000UI/ 5ml, quanto aspirar para administrar? 3. PM Heparina 10.000UI SC de 8/8 horas Disponível Frasco 5000UI 1ml, quanto aspirar para administrar? 4. PM Insulina NPH 50UI SC cedo Disponível Frasco de Insulina NPH de 100UI e seringa de 3ml, quanto aspirar? 5. PM Insulina NPH 45UI SC cedo Disponível Frasco de Insulina NPH de 100UI e seringa de 100UI, quanto aspirar? 6. PM Insulina Simples 22UI SC agora Disponível Frasco de Insulina Simples 100UI e seringa de 100UI, quanto aspirar? 7. PM Insulina NPH 35UI SC cedo Disponível Frasco de Insulina NPH de 100UI e seringa de 100UI e seringa de 3ml, quanto aspirar? 52 8. PM Insulina NPH 15UI SC cedo Disponível Frasco de Insulina NPH de 100UI e seringa de 100UI, quanto aspirar? 9. PM Insulina Regular 25UI SC após o almoço Disponível Fraco de Insulina Regular de 100UI e seringa de 3ml quanto aspirar? 10. PM Heparina 750UI SC 12/12 horas Disponível Frasco de Heparina 1000UI/ml em frasco de 5ml, quanto aspirar para administrar? A administração via intramuscular (IM) permite que você injete o medicamento diretamente no musculo em graus de profundidade variados. È usada para administrar suspensões aquosas e soluções oleosas, garantindo sua absorção a longo prazo. Devemos estar atentos quanto a quantidade a ser administrada em cada musculo. Um cliente adulto com massa muscular dentro de parâmetros de normalidade pode tolerar bem 3 ml e idosos ou crianças podem tolerar bem 2 ml; as literaturas indicam que, no deltoide, o volume máximo é de 2ml; a região glútea e o vasto lateral da coxa podem tolerar bem até 5ml, é necessário que o profissional realize uma avaliação da área de aplicação, certificando-se do volume que esse local possa receber. Atenção: Não esquecer que esse volume irá depender da massa muscular do cliente, quanto menor a dose aplicada, menor o risco de possíveis complicações. A 1º via de escolha é a vasto lateral, depois glúteo e por fim deltoide, exceto em vacina. Vasto Lateral da Coxa Deltoide Músculo glúteo dorsal Administração Via Intramuscular (IM) 53 ➢ Bandeja contendo: • Luva de procedimento; • Seringa de 3ml ou 5ml; • Agulha para aspiração da medicação 40/12 • Medicação a ser aspirada; • Agulha para aplicação da medicação 25/8 ou 30/8; • Algodão e Álcool a 70%. ➢ Lavar as mãos antes e após o procedimento; ➢ Reunir o material para aplicação IM; ➢ Explicar ao cliente o que será realizado; ➢ Deixar o cliente em posição confortável, escolher o local para aplicação, se possível permitir que o cliente faça a escolha com você, deixe a área de aplicação relaxada; ➢ Calçar as luvas de procedimento; ➢ Fazer antissepsia do local; ➢ Com sua mão não dominante, segure firmemente o musculo para aplicação da injeção; ➢ Realize aplicação no musculo escolhido, sempre com o bisel lateralizado, introduzir a agulha no ângulo de 90º; ➢ Realize aspiração, é recomendado após a introdução da agulha, certificando-se de que não houve punção de vaso sanguíneo. Caso tenha ocorrido, deve ser interrompida a aplicação, desprezado o medicamento, novamente preparado e aplicado; ➢ Realize massagem leve, isso pode propiciar melhor distribuição e absorção do medicamento; ➢ Não realize massagem em medicamentos com contraindicações por ação prolongada (Exemplo: Anticoncepcionais injetáveis); Material necessário para preparo do medicamento e injeção (IM) Técnica para procedimento da aplicação Intramuscular 54 ➢ Descarte o material, seguindo as precauções padrão, lave as mãos e proceda a anotação de enfermagem, descrevendo o local da aplicação, para rodizio na próxima aplicação Vasto Lateral da Coxa Músculo Glúteo Dorsal Deltoide É a aplicação nos músculos glúteo médio e mínimo, é uma aplicação profunda, distante de vasos sanguíneos calibrosos e nervos grandes. O profissional de enfermagem deve colocar a mão não dominante espalmada sobre a região trocanteriana no quadril do cliente, colocar o indicador sobre a crista ilíaca anterior e o dedo médio para trás ao longo da crista ilíaca; essa posição formara um V, o centro da letra V é o local para aplicação. Ventro Glútea ou Glútea Ventral 55 É uma técnica IM utilizada na aplicação de drogas irritativas para proteção da pele e de tecidos subcutâneos, é um método eficaz na vedação do medicamento dentro dos tecidos musculares. Deve ser realizado em grandes e profundos músculos, como Glúteo dorsal ou Ventral. ➢ Segure a pele esticada com mão dominante; ➢ Realize introdução da agulha no musculo; ➢ Aspire a seringa após introdução da agulha no musculo sem soltar a pele; ➢ Atenção para o retorno do sangue que implica nova aplicação; ➢ Injete o medicamento lentamente, ao termino na injeção permaneça com a agulha introduzida aproximadamente por 10 segundos, permitindo melhor distribuição do medicamento; ➢ Retire a agulha e solte a pele. A soltura da pele implicará vedação do orifício da injeção, impedindo a saída do medicamento. Aplicação Método Trajeto Z Técnica para aplicação Z 56 O cálculo de medicações IM é realizado pela regra de três simples, veja a seguir. Exemplo: 1. PM de Garamicina 30 mg IM de 12/12h Disponível Garamicina 120mg/2ml, quanto administrar? Realize o cálculo sempre utilizando este modelo: Medicação Disponível ---------------- volume para diluir ou volume da medicação Prescrição Médica --------------------- X da questão 120 __________ 2ml 30 __________ x ml 120. x = 30 . 2 120. x = 60 X = 60 120 Resposta: administrar 0,5 ml = 30mg de Garamicina IM 2. PM Decadron 6mg IM agora Disponível Decadron 4mg/ml em frasco de 2,5ml, quanto administrar? 4mg ______ 1ml 6mg ______ x ml 4 . x = 6 .1 4 . x = 6 X= 6 4 X= 1,5 ml = 6mg de Decadron IM Resposta: administrar 1,5 ml = 6mg de Decadron IM Garamicina2ml/120mg Decadron 57 Exercícios 1. PM Dipirona 250mg IM Disponível ampola de Dipirona 500mg/2ml, quanto administrar? 2. PM Garamicina 50mg IM Disponível ampola de Garamicina 80mg/2ml, quanto administrar? 3. PM Lasix 30mg IM Disponível ampola de Lasix 40mg/2ml, quanto administrar? 4. PM Dipirona 400mg IM Disponível ampola de Dipirona 500mg/2ml, quanto administrar? 5. PM Voltaren 50mg IM Disponível ampola de Voltaren 75mg/3mlm, quanto administrar? 6. PM Diazepan 5mg IM Disponível ampola de Diazepan 10mg/2ml, quanto administrar? 7. PM Decadron 5,0 mg IM Disponível ampola de Decadron 4,0mg/1ml, em frasco de 2,5ml, quanto administrar? 8. PM Gentamicina 40mg IM Disponível ampola de Gentamicina 60mg/2ml, quanto administrar? 9. PM Benzetacil 800.000UI IM profunda em glúteo Disponível frasco ampola de Benzetacil 1.200.000UI, para diluir em 4ml AD, quanto administrar? 10. PM Benzetacil 500.000UI IM profunda em glúteo Disponível frasco ampola de Benzetacil 1.200.000UI, para diluir em 4ml de AD, quanto administrar? 58 A administração via endovenosa EV permite a aplicação de medicações diretamente na corrente sanguínea através de uma veia. A administração pode variar desde uma única dose até uma infusão contínua. Como o medicamento ou solução é absorvido imediatamente, a resposta do cliente também é imediata. A biodisponibilidade instantânea transforma a via EV na primeira opção para ministrar medicamentos durante uma emergência. Como a absorção pela corrente sanguínea é completa, grandes doses de substancias podem ser fornecidas em fluxo contínuo. Indicam-se diluições em seringas de 20 e 10 ml, ou seja, com 20 ou 10 ml de água destilada ou para injeção. Para medicamentos com altas concentrações, indicam-se diluições em frascos de soluções salinas (solução fisiológica 0,9%) ou glicosadas (solução glicosada 5ml); Atenção: clientes com restrição hídrica podem ter PM com diluições menores. Região do dorso da mão: Area em que encontramos veias superficiais de fácil acesso, porem atenção a punção de longa duração nesse local, pois pode limitar os movimentos. - veia basílica - veia cefálica - veias metacarpianas dorsais. Administração Via Endovenosa (EV) Locais mais Indicados para Punção Endovenosa 59 Região dos membros superiores: área em que encontramos vários locais disponíveis para realizar a punção, Tais como: • Veia cefálicas acessória; • Veia cefálica; • Veia basílica; • Veia intermedia do cotovelo; • Veia intermedia do antebraço; 60 Região Cefálica: utilizada com frequência em pediatria, quando não há possibilidade de realizar a punção em região periférica. ➢ Bandeja contendo • Luva de procedimento; • Garrote; • Bolas de algodão e álcool a 70%; • Cateter periférico (cateter agulhado tipo scalp para punção de curta duração em torno de 24 horas, cateteres agulha tipo insyte/gelco para punções de curta duração em torno de 72 horas); • Fita micropore para fixação do cateter. Cateter sobre Agulha Cateter agulhado Material necessário para Punção Venosa 61 • Lavar as mãos antes e após o procedimento; • Reunir o material para punção; • Explicar ao paciente o que será realizado; • Deixar o paciente em posição confortável coma área de punção apoiada; • Escolher o local para punção, se possível permitir que o paciente faça a escolha com você; • Calçar as luvas de procedimento; • Garrotear o local para melhor visualizar a veia; • Fazer antissepsia do local com algodão embebido de álcool a 70% no sentido do proximal para distal; • Realizar punção com cateter escolhido, sempre com bisel voltado para cima, introduzir a agulha no ângulo de 45º; • Desgarrotear o braço; • Após a punção realizar fixação adequada com adesivo disponível; • Realizar dobraduras nas laterais do adesivo para facilitar a sua troca diária; • Identificar o adesivo com data, nome do técnico de enfermagem/enfermeiro/médico, hora, para controle de uma nova punção ou para troca da fixação do cateter; • Reunir o material e deixar o ambiente em ordem; • Realizar anotação de enfermagem do procedimento, descrevendo local e intercorrências. Técnica para o procedimento da Punção Periférica 62 O cálculo para medicação EV é realizado pela regra de três simples, veja a seguir: Exemplo: 1. PM de Vancomicina 300mg EV de 6/6h Disponível Vancomicina 500mg, em quanto você deve diluir e quanto administrar? Realize o cálculo sempre utilizando este modelo: Disponível ------------------- volume para diluir, medicação EV, diluir em 10 ml ou 20ml Prescrição Médica -------- X da questão 500 _________ 10ml 300 _________ x ml 500. x = 300.10 500. x = 3000 X= 3000 500 X = 6ml = 300mg de Vancomicina EV Resposta: Deve ser realizado diluição com 10ml, devendo ser aspirado após a diluição 6ml= 300mg de Vancomicina. 2. PM de Keflin 600mg EV de 6/6h Disponivel Keflin 1,0 grama em quanto você deve diluir e quanto administrar? 1° Passo: 1,0 grama = 1000mg 2° Passo: 1000mg _____ 20ml 600mg _____ x ml 1000. x = 600. 20 1000. x = 12000 X = 12000 1000 X = 12 ml = 600mg de Keflin EV Vancomicina 500 mg - pó Keflin 1,0g 63 Resposta:Deve ser realizada diluição com 20 ml, devendo ser aspirado após a diluição 12ml = 600 mg de Keflin 1. Não reencape as agulhas após realizar o procedimento de aplicação injetável de medicamentos (ID, SC, IM e EV), risco de auto contaminação. 2. Atenção para não esquecer perfurocortante no leito ou no quarto do paciente, risco para o paciente e para equipe de auto contaminação. 3. Durante a administração das medicações podem ocorrer alguns acidentes relacionados a manutenção e permanência do dispositivo venoso. 3.1 Extravasamento: ocorre uma infiltração da medicação ou solução que está sendo injetada, causando a formação de edema e dor local. A infusão deve ser interrompida e o cateter deve ser retirado. 3.2 Obstrução: ocorre quando a infusão é interrompida por algum motivo e o dispositivo fica sem fluxo ou fechado durante muito tempo, impedindo a infusão da solução, indica- se a prescrição de enfermagem da injeção de solução salina ou agua destilada ( 10ml em seringa de 10ml em bolus), garantindo assim a permeabilidade do cateter, conforme protocolo da instituição. 3.3 Flebite: ocorre uma inflamação na veia, após a punção venosa e ou administração da medicação; o cliente apresenta dor local, calor, edema, sensibilidade ao toque e hiperemia (vermelhidão). A infusão deve ser interrompida e o cateter deve ser retirado. Acidentes que podem ocorrer durante e após aplicações dos medicamentos 64 Exercícios 1. PM Vancomicina 350 mg EV. Disponível frasco ampola de Vancomicina 500mg, diluir em 10 ml de AD, quanto administrar? 2. PM Keflin 780 mg EV. Disponível frasco ampola d Keflin 1,0gr, diluir em 10ml de AD, quanto administrar? 3. PM Hidantal 100 mg EV. Disponível ampola de Hidantal 50mg/ml, em ampola de 5ml, quanto administrar? 4. PM Dexametasona 8mg EV. Disponível frasco ampola de Dexametasona 4mg/ml em frasco de 2,5ml, quanto administrar? 5. PM Amicacina 250mg EV. Disponível ampola de Amicacina 500mg/2ml, quanto administrar? 6. PM Clindamicina 450 mg EV. Disponível ampola de Clindamicina 600mg/5ml,quanto administrar? 7. PM Flagyl 150 mg EV. Disponível frasco de Flagyl 500mg/100ml, quanto administrar? 8. PM Flebocortid 150mg EV. Disponível frasco ampola de Flebocortid 500mg, diluir em 5 ml de AD, quanto administrar? 9. PM Lasix 80mg EV. Disponível ampola de Lasix 40mg/2ml, quanto administrar? 10. PM Rocefin 650 mg EV. Disponível frasco ampola de Rocefin 1,0gr diluir em 10ml de AD, quanto administrar? 65 Na realização do preparo de medicamentos, temos em determinados momentos a necessidade de infundirmos ou diluirmos o medicamento em uma solução; as soluções são compostas pela associação de um soluto a solvente. Quando precisamos saber qual a concentração de uma solução ou como preparamos uma solução, devemos realizar o cálculo de sua concentração por meio de porcentagem com regra de três simples como segue abaixo: Exemplo: 1. Quanto(s) grama(s) de cloreto de sódio há em ampola de 10ml a 20%? 20% = 20g _______ 100ml xg _______ 10ml 100. x = 10. 20 100. x = 200 X= 200 100 X= 2g X= 2g de cloreto de sódio temos na ampola de 10ml a 20% 2. Temos uma Solução Fisiológica 0,9% 125ml para diluirmos um determinado antibiótico, qual a concentração de sódio dessa solução? 0,9% = 0,9g _______ 100ml xg _______ 125ml 100. x = 0,9 . 125 100. x = 112,5 X= 112,5 100 X = 1,125g X= 1,125g de sódio temos no S.F 0,9% de 125ml. Cálculos de Concentrações dos Medicamentos 66 Exercícios Resolva as Concentrações das Soluções descritas abaixo por meio da porcentagem com regra de três simples: 1. Quantas gramas de glicose há em uma Solução Glicosada 500ml a 5%? 2. Quantas gramas de Cloreto de Sódio há em uma Solução Fisiológica 1000ml a 0,9%? 3. Quantas gramas de lidocaína 2%, há em frasco ampola de 20ml? 4. Quantas gramas de Cloreto de Potássio há em uma ampola de Cloreto de Potássio a 19,1% em 10ml? 5. Quantas gramas há de Glicose em um soro Glicosado 10% de 500ml? 6. Quantas gramas há de Cloreto de Sódio em um S.F 0,9% de 250ml? 7. Quantas gramas há de Cloreto de Sódio em ampola de Cloreto de Sódio a 20% com 20ml? 8. Quantas gramas há de Glicose em ampola de glicose a 25% com 10ml? 9. Quantas gramas de Glicose há em uma solução Glicosada 1000ml a 5%? 10. Quantas gramas de Cloreto de Sódio há em uma Solução Fisiológica 500ml a 0,9%? 67 As soluções apresentam-se em concentrações variadas, são compostas por soluto e solvente, podendo ser apresentadas: Hipotônica – Inferior a concentração plasmática; Isotônica - Mesma concentração plasmática; Hipertônica – Superior a concentração plasmática. Quando temos uma prescrição medica com uma solução de concentração não disponível em nossos estoques, é necessário realizarmos a Transformação da Solução = Soro. Para realizarmos a Transformação de Soro, devemos seguir os seguintes passos: Exemplo 1. PM 500ml de SG a 10% Disponível 500ml de SG a 5% e ampolas de 20ml/ampola de glicose a 50%. 1° Passo – Calcular quantas gramas de glicose há no frasco de 500ml de SG a 5%, ou seja, calcular a concentração do soro disponível: 100ml _______ 5g 500ml _______ x 100. x = 500. 5 100. x = 2500 X = 2500 100 X = 25g Resposta: Cada frasco de 500ml SG a 5% contem 25g de glicose. Transformação de Solução 68 2° Passo – Calcular quantas gramas de glicose deverá conter o frasco de 500 ml de SG a 10%, ou seja, calcular a concentração do soro da prescrição medica. 100ml _______ 10g 500ml _______ x 100. x = 500.10 100. x = 5000 X= 5000 100 X= 50g Resposta: Cada frasco de 500ml de SG a 10% contem 50g de glicose. 3° Passo – Calcular a diferente na quantidade de glicose do frasco de SG a 10% e do frasco de SG a 5%, (a diferença entre o soro necessário e o soro disponível). = 50g – 25g = 25g Precisamos acrescentar 25g de glicose no frasco de SG 500ml a 5% para transforma-lo em 10%. 4° Passo – Calcular quantos ml de Glicose a 50% (das ampolas) é necessário para acrescentar 25 g de glicose no soro disponível. 50% = 50g ______ 100ml 25g ______ x 50. x = 25.100 50. x = 2500 X = 2500 50 X = 50ml X = 50ml ou 2 ampolas e meia, preciso colocar das ampolas de Glicose a 50% para transformar o SG 500ml 5% em 10%. Observação: Devemos desprezar 50ml do frasco original (disponível) e acrescentar a quantidade de glicose contida nesse volume que foi desprezado. 69 5° Passo – Calcular a quantidade de glicose desprezada em 50ml de SG a 5%. 100ml ______ 5g do soro disponível 50ml ______ xg 100. x = 50. 5 100. x = 250 X = 250 100 X = 2,5g Perdemos 2,5g de Glicose com a retirada dos 50ml. 6° Passo – Calcular quantos ml de glicose a 50% são necessários para acrescentar 2,5 de glicose (para repor a perda). 50%= 50g ______ 100ml 2,5g ______ x 50. x = 2,5.100 50.x = 250,0 X= 250,0 50 X= 5ml Resposta: Devem ser acrescentados 55ml de glicose a 50% no frasco de SG a 5%450ml para transforma-lo em SG 10%. 450 ml de SG a 5% = 55 ml de SG a 5% = 22,5g de glicose 27,5g de glicose 505ml/volume total 50,5 de glicose Teremos assim 505 ml de SG a 10% e somente 5ml a mais no volume prescrito; após a transformação do soro, passamos para a identificação da solução: 70 Observação: Todas as soluções após preparadas devem conter rotulo de identificação: Exemplo: PM SG 10% 505ml, KCL 19,1% 10ml, NACL 30% 20ml e 6/6horas NOME: David Souza DATA: 05/07/2022 LEITO:07 HORA:08h00 GOTAS:30 gotas/minuto SG 5% 505 ML SF 0,9% ML KCL 19,1% 10 ML NACL 30% 20 ML INICIO: 08h00 TÉRMINO: 14h00 FUNCIONÀRIO: Luana Flor Coren: 04587 • Lavar as mãos; • Separar o material necessário; • Soro e/ou Frasco, ampola de soluções de acordo com a prescrição medica; • Seringas para aspirações prescritas,
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