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Prévia do material em texto

Indaial – 2021
EmprEEndEdorismo
Profª. Liliane de Souza Vieira da Silva
1a Edição
inovação E
Elaboração:
Profª. Liliane de Souza Vieira da Silva
Copyright © UNIASSELVI 2021
 Revisão, Diagramação e Produção:
Equipe Desenvolvimento de Conteúdos EdTech
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
 Ficha catalográfica elaborada pela equipe Conteúdos EdTech UNIASSELVI
Impresso por:
S586i
 Silva, Liliane de Souza Vieira da
 
 Inovação e empreendedorismo. / Liliane de Souza Vieira da 
Silva – Indaial: UNIASSELVI, 2021.
 
 176 p.; il.
 ISBN 978-65-5663-859-1
 ISBN Digital 978-65-5663-854-6 
 
 1. Criatividade nos negócios. - Brasil. II. Centro Universitário 
Leonardo da Vinci.
 CDD 330
Olá, acadêmico, vamos iniciar nossa jornada? A partir de agora você vai aden-
trar no universo do empreendedorismo e da inovação. No decorrer desta leitura, você 
vai compreender a importância desses dois temas bem como suas contribuições para 
economia. Este livro foi construído com o objetivo de apresentar os conceitos, defini-
ções, desenvolvimento e difusão dos temas empreendedorismo e inovação, também 
visa apresentar a inter-relação desses dois temas. 
Você vai perceber que o empreendedorismo e a inovação são temas 
indissociáveis, ou seja, mantêm uma relação recíproca em que um depende do outro. 
O empreendedorismo está para além da criação de uma empresa, significa criar 
algo novo e útil para o mercado, essa ação é alcançada por meio da inovação, que 
representa a introdução de um novo método, um novo produto, um novo mercado, uma 
nova estrutura, responsável por promover uma “destruição criadora” em determinado 
mercado, essa ação dinâmica é que impulsiona o desenvolvimento econômico. A fim de 
alcançar tais objetivos, este livro está estruturado da seguinte forma: 
Na Unidade 1 apresentam-se os conceitos sobre empreendedorismo, suas 
vertentes, também trata do modelo de negócio com ênfase no Business Model Canvas 
(BMC). 
Em seguida, na Unidade 2, estudaremos sobre inovação e inovatividade, vamos 
aprender sobre Arranjo Produtivo Local (APL), sistema de inovação e os agentes que 
cooperam na construção de um ambiente de inovação. 
Na Unidade 3, aprenderemos sobre gestão empreendedora, vamos conhecer 
os conceitos alusivos às metodologias ágeis, como SCRUM, SAQUADS, SMART, KABAN 
e Lean Startup. No segundo tópico da Unidade 3, vamos aprender sobre economia 
do empreendedorismo, economia colaborativa e os desafios e oportunidades que se 
apresentam na atual era do conhecimento. 
O conteúdo aqui disposto foi preparado a fim de te auxiliar no esclarecimento de 
dúvidas, contribuir com a construção do conhecimento, e, claro, acreditamos também 
que este livro possa te inspirar a empreender.
Qualquer dúvida estamos à disposição. 
Bons estudos!
Profª. Liliane de Souza Vieira da Silva
APRESENTAÇÃO
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a você – e 
dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, nós disponibilizamos uma diversidade de QR Codes 
completamente gratuitos e que nunca expiram. O QR Code é um código que permite que você 
acesse um conteúdo interativo relacionado ao tema que você está estudando. Para utilizar 
essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só 
aproveitar essa facilidade para aprimorar os seus estudos.
GIO
QR CODE
Olá, eu sou a Gio!
No livro didático, você encontrará blocos com informações 
adicionais – muitas vezes essenciais para o seu entendimento 
acadêmico como um todo. Eu ajudarei você a entender 
melhor o que são essas informações adicionais e por que você 
poderá se beneficiar ao fazer a leitura dessas informações 
durante o estudo do livro. Ela trará informações adicionais 
e outras fontes de conhecimento que complementam o 
assunto estudado em questão.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos 
os acadêmicos desde 2005, é o material-base da disciplina. 
A partir de 2021, além de nossos livros estarem com um 
novo visual – com um formato mais prático, que cabe na 
bolsa e facilita a leitura –, prepare-se para uma jornada 
também digital, em que você pode acompanhar os recursos 
adicionais disponibilizados através dos QR Codes ao longo 
deste livro. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura 
interna foi aperfeiçoada com uma nova diagramação no 
texto, aproveitando ao máximo o espaço da página – o que 
também contribui para diminuir a extração de árvores para 
produção de folhas de papel, por exemplo.
Preocupados com o impacto de ações sobre o meio ambiente, 
apresentamos também este livro no formato digital. Portanto, 
acadêmico, agora você tem a possibilidade de estudar com 
versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador.
Preparamos também um novo layout. Diante disso, você 
verá frequentemente o novo visual adquirido. Todos esses 
ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos 
nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, 
para que você, nossa maior prioridade, possa continuar os 
seus estudos com um material atualizado e de qualidade.
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um 
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de 
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar 
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem 
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo 
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confira, 
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
ENADE
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma 
disciplina e com ela um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conheci-
mento, construímos, além do livro que está em 
suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, 
por meio dela você terá contato com o vídeo 
da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementa-
res, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de 
auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que 
preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
SUMÁRIO
UNIDADE 1 - EMPREENDEDORISMO E MODELO DE NEGÓCIO ............................................ 1
TÓPICO 1 - EMPREENDEDORISMO ....................................................................................3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................3
2 EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO .................................................................................3
3 EMPREENDEDORISMO FEMININO ................................................................................... 12
4 EMPREENDEDORISMO SOCIAL ....................................................................................... 16
5 CARACTERÍSTICAS DOS NEGÓCIO COM IMPACTOS SOCIAIS – NIS ............................. 19
6 EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO – INTRAEMPREENDEDORISMO ...................... 24
7 EMPREENDEDORISMO VERDE ........................................................................................ 28
RESUMO DO TÓPICO 1 ......................................................................................................... 31
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 32
TÓPICO 2 - MODELO DE NEGÓCIO ..................................................................................... 35
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 35
2 MODELO DE NEGÓCIO ..................................................................................................... 35
RESUMO DO TÓPICO 2 ........................................................................................................ 38
AUTOATIVIDADE................................................................................................................. 39
TÓPICO 3 - CANVAS ............................................................................................................ 43
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 43
2 BUSINESS MODEL CANVAS ............................................................................................ 43
3 PROPOSTA DE VALOR ...................................................................................................... 44
3.1 SEGMENTO DE CLIENTES ..................................................................................................................45
3.2 RELACIONAMENTO COM CLIENTE .................................................................................................46
3.3 CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO ...............................................................................................................46
3.4 ATIVIDADE-CHAVE ............................................................................................................................ 48
3.5 RECURSOS PRINCIPAIS ................................................................................................................... 48
3.6 PARCEIRIA-CHAVE ........................................................................................................................... 48
3.7 FONTES DE RECEITA ..........................................................................................................................49
3.8 CUSTO ...................................................................................................................................................50
RESUMO DO TÓPICO 3 ........................................................................................................ 52
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 53
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 56
UNIDADE 2 — EMPREENDEDORISMO INOVAÇÃO E INOVATIVIDADE ............................... 61
TÓPICO 1 — INOVAÇÃO E INOVATIVIDADE ........................................................................ 63
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 63
2 INOVAÇÃO E INOVATIVIDADE ......................................................................................... 63
2.1 IDEIA E INVENÇÃO ...............................................................................................................................70
2.2 CRIATIVIDADE ...................................................................................................................................... 72
2.3 INOVATIVIDADE ................................................................................................................................... 77
RESUMO DO TÓPICO 1 .........................................................................................................79
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 80
TÓPICO 2 - TRÍPLICE HÉLICE ............................................................................................ 83
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 83
2 MODELO TRÍPLICE HÉLICE ............................................................................................. 83
2.1 GOVERNO ..............................................................................................................................................85
2.2 UNIVERSIDADE ...................................................................................................................................86
2.3 EMPRESA ..............................................................................................................................................89
RESUMO DO TÓPICO 2 ......................................................................................................... 91
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 92
TÓPICO 3 - ARRANJO PRODUTIVO LOCAL – (APL) ...........................................................95
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................95
2 APLs E REGIÕES CLUSTERIZADAS .................................................................................95
3 SISTEMAS DE INOVAÇÃO ................................................................................................ 98
3.1 SISTEMA DE INOVAÇÃO ....................................................................................................................98
3.2 INCUBADORAS DE EMPRESAS .....................................................................................................102
LEITURA COMPLEMENTAR ...............................................................................................105
RESUMO DO TÓPICO 3 .......................................................................................................108
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................109
REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 112
UNIDADE 3 — GESTÃO EMPREENDEDORA ........................................................................117
TÓPICO 1 — ORIENTAÇÃO EMPREENDEDORA .................................................................. 119
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 119
2 MÉTODOS ÁGEIS ............................................................................................................. 119
2.1 SCRUM ................................................................................................................................................. 124
2.2 SQUADS .............................................................................................................................................. 127
2.3 SMART ................................................................................................................................................. 133
2.4 KANBAN .............................................................................................................................................. 135
RESUMO DO TÓPICO 1 .......................................................................................................138
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................139
TÓPICO 2 - UNIVERSO STARTUP .......................................................................................143
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................143
2 STARTUP .........................................................................................................................143
2.1 STARTUP ENXUTA .............................................................................................................................148
2.2 MÍNIMO PRODUTO VIAVEL – MVP ................................................................................................150
RESUMO DO TÓPICO 2 .......................................................................................................154
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................155
TÓPICO 3 - ECONOMIADO EMPREENDEDORISMO ..........................................................159
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................159
2 DA ECONOMIA DA GESTÃO PARA A ECONOMIA DO EMPREENDEDORISMO ...............159
2.1 ECONOMIA COLABORATIVA ............................................................................................................ 162
2.2 A NOVA ECONOMIA: DESAFIOS E OPORTUNIDADES ............................................................... 165
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................... 167
RESUMO DO TÓPICO 3 .......................................................................................................170
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................171
REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 174
1
UNIDADE 1 - 
EMPREENDEDORISMO E 
MODELO DE NEGÓCIO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• aprender os conceitos sobre empreendedorismo e inovação;
• diferenciar o empresário do empreendedor; 
• descrever o perfil empreendedor;
• reconhecer os tipos de empreendedorismo;
• identificar as caracteristicas do empreendedor social;
• distinguir o empreendedor do intraempreendedor e os tipos de modelo de negócios;
• conhecer o CANVAS;
• criar um modelo de negócio com o auxilio do CANVAS.
A cada tópico desta unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de 
reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – EMPREENDEDORISMO
TÓPICO 2 – MODELO DE NEGÓCIO 
TÓPICO 3 - CANVAS
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
2
CONFIRA 
A TRILHA DA 
UNIDADE 1!
Acesse o 
QR Code abaixo:
3
EMPREENDEDORISMO
1 INTRODUÇÃO
Olá acadêmico, foi a partir das últimas décadas que passamos a ouvir com mais 
frequência o termo empreendedorismo, seja na TV, nas redes sociais, ou em demais 
veículos de comunicação, o termo vem galgando lugar de destaque. Esse movimento 
vem sendo fomentado por diversos fatores, como abertura da economia (a partir 
da década de 1990), criação de projetos governamentais para incentivar a cultura 
empreendedora e, claro, iniciativas impulsionadas pelo SEBRAE.
O crescente interesse pelo tema se deve ao fato do importante papel que os 
empreendedores exercem na promoção do desenvolvimento econômico, já que a 
criação de empresas fomenta o desenvolvimento da economia gerando emprego, 
inovação e o aumento de riqueza (GASPAR, 2001).
Este tópico tem como propósito apresentar os conceitos, definições e 
classificações sobre empreendedorismo, desejo a você uma ótima leitura.
TÓPICO 1 - UNIDADE 1
2 EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO
Há décadas, empresários e executivos movimentam a economia global, inaugu-
rando empresas, desenvolvendo produtos, mas atualmente as atenções têm se voltado 
a um grupo denominado empreendedores. Isso se deve ao fato de que a ação empreen-
dedora tem sido apontada como responsável pelo desenvolvimento econômico, como 
consequência não só da geração de emprego e renda, mas, sobretudo, da inovação.
Em uma análise histórica pode-se perceber que os conceitos e teorias sobre o 
empreendedor se alteraram com o tempo, Dornelas (2011, p. 20) sintetiza que:
• Idade média: na Idade Média, o termo empreendedor foi utilizado 
para definir aquele que gerenciava grandes projetos de produção. 
Esse indivíduo não assumia riscos excessivos, e apenas geren-
ciava os projetos, utilizando os recursos disponíveis, geralmente 
provenientes do governo do país.
4
• Século XVII: os primeiros indícios de relação entre assumir 
riscos e empreendedorismo ocorreram nessa época, em que o 
empreendedor estabelecia um acordo contratual com o governo 
para realizar algum serviço ou fornecer produtos. Como geralmente 
os preços eram prefixados, qualquer lucro ou prejuízo era exclusivo 
do empreendedor. 
• Século XVIII: nesse século, o capitalista e o empreendedor foram 
finalmente diferenciados, provavelmente devido ao início da 
industrialização que ocorria no mundo. 
• Séculos XIX e XX no final do século XIX e início do século XX, 
os empreendedores foram frequentemente confundidos com os 
gerentes ou administradores (o que ocorre até os dias atuais), 
sendo analisados meramente de um ponto de vista econômico, 
como aqueles que organizam a empresa, pagam os empregados, 
planejam, dirigem e controlam as ações desenvolvidas na 
organização, mas sempre a serviço do capitalista.
No quadro a seguir, adaptado de Hisrich e Peters (2004) é possível acompanhar 
o desenvolvimento do tema no decorrer da história, veja seguir. 
QUADRO 1 – ANÁLISE HISTÓRICA DO DESENVOLVIMENTO DO EMPREENDEDORISMO
FONTE: Adaptado de Hisrich e Peters (2004)
Na Idade Média, a atividade empreendedora referia-se à ação de um partici-
pante ou administrador de grandes projetos de produção e obras. Nesse contexto, o 
empreendedor não corria risco, pois somente administrava os recursos recebidos e, 
geralmente, era contratado pelo governo. A ligação do termo empreendedor ao risco 
desenvolveu-se a partir do século XVII, quando o empreendedor passou a ingressar em 
um acordo contratual de valor fixo com o governo para desempenhar um serviço ou 
fornecer produtos predeterminados; assim, o lucro ou prejuízo era do empreendedor 
(HISRICH; PETERS, 2004). A partir da análise do Quadro 1 é possível observar ainda que 
independente do período os empreendedores sempre buscaram formas, métodos, tec-
nologias que viabilizasse suas ideias. 
Para os empreendedores, as boas ideias são adquiridas a partir das observa-
ções que todos veem, mas que somente os visionários conseguem transformá-las em 
oportunidades através de dados e informações; o empreendedor é um exímio identifi-
cador de oportunidades é uma pessoa curiosa e atenta, pois sabe que suas chances 
melhoram quando seu conhecimento aumenta. 
5
Isso nos leva ao conceito apresentado por Shane e Venkataraman (2000) que sin-
tetizam que o empreendedorismo é a análise de como, por quem e com que efeitos, as 
oportunidades para criar bens e serviços futuros são descobertas, avaliadas e exploradas. 
Vale ressaltar as contribuições do economista Joseph Schumpeter (1883-
1950), comumente aceito como o primeiro autor a associar o empreendedorismo à 
inovação. Schumpeter reintroduziu a figura do empresário/empreendedor na teoria 
econômica, ao afirmar que o desenvolvimento econômico não era exógeno ao siste-
ma capitalista, e sim fruto da ação de empresários/empreendedores que inovavam, 
criando produtos, novos mercados, novos métodos de produção etc. (SCHUMPETER, 
1985). “Schumpeter não só associou os empreendedores à inovação, mas também 
mostrou, em sua significativa obra, a importância dos empreendedores na explicação 
do desenvolvimento econômico” (FILION,1999, p. 7), fortalecendo a ideia de que o em-
preendedorismo é fundamental para a promoção do desenvolvimento econômico de 
uma nação. O que justifica o crescente interesse pelo tema, posto que a criação de 
empresas fomenta o desenvolvimento das economias diante da criação do emprego, 
da inovação e do aumento de riqueza, contribuindo com o desenvolvimento e trans-
formação da sociedade e o desenvolvimento econômico do país (GASPAR, 2001).
Para Schumpeter (apud DORNELAS, 2011, p. 27), “o empreendedor é aquele que 
destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, 
pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e 
materiais”. 
É importante compreendermos que a ação empreendedora está para além 
da criação de um novo negócio, assim “a essência do empreendedorismo está na 
percepção e no aproveitamento das novas oportunidadesno âmbito dos negócios, 
sempre tem a ver com criar uma nova forma de uso dos recursos nacionais, em que 
eles sejam deslocados de seu emprego tradicional e sujeitos a novas combinações” 
(SCHUMPETER, 1928 apud FILION,1999). 
Há diversas formas de empreender, a criação de uma empresa é 
apenas uma delas, podemos empreender criando novos modelos 
de negócio, novos produtos, novos layouts, novas formas de fazer as 
coisas. Você se identifica como empreendedor? Pretende ser um? Faça 
o teste do consultor Carlos Martins e descubra se possui um perfil 
empreendedor. Basta clicar em: https://www.carlosmartins.com.br/_
private/testempreendedor2.htm.
IMPORTANTE
6
Agora que você já conheceu os conceitos presentes na literatura sobre 
empreendedorismo, chegou a hora de conhecer os principais autores que desenvolvem 
trabalhos na área suas tendências e abordagens. Observe o quadro a seguir: 
Autor Abordagem Conceitual
Nota sobre as tendências 
de cada autor
Knight (1921)
Analisou os fatores subjacentes ao 
lucro do empreendedor.
Lucro
Schumpeter 
(1936)
Enfatizou o papel do empreendedor 
como impulsionador da inovação 
e, por conseguinte, do crescimento 
econômico.
Inovação
McClelland 
(1961)
Estudou as motivações dos 
empreendedores quando começam 
um novo negócio ou desenvolvem 
negócios existentes. Concluiu 
que os empreendedores se 
caracterizam por ter altos níveis de 
realização (achievement).
Motivação e perfil 
psicológico. Pesquisa 
baseada nas características.
Mayer e 
Goldstein 
(1961)
Analisaram a performance de 81 
empresas durante os primeiros dois 
anos de vida.
Performance/ambiente 
externo.
Collins e Moore 
(1964)
Estudaram histórias pessoais 
e o perfil psicológico dos 
empreendedores que criaram 
pequenas empresas na região de 
Detroit.
Podem não nascer 
empreendedores. Pode 
haver um objetivo a 
perseguir que os torne 
empreendedores. Nem todos 
os estudos provaram que 
os empreendedores tinham 
características distintivas.
Pesquisa baseada nas 
características.
Kirzner (1973)
Alerta para um conjunto de 
pessoas que conseguem identificar 
oportunidades, prossegui-las e 
obter lucros.
Identificação de 
oportunidades.
Fast (1978)
Como novos empreendimentos 
podem ser desenvolvidos em 
empresas já existentes, ou de forma 
mais ampla, como essas empresas 
podem se tornar mais inovadoras.
Empreendedorismo 
empresarial.
QUADRO 2 – EVOLUÇÃO DO TERMO EMPREENDEDORISMO
7
Brockhaus 
(1980)
A propensão para a “tomada 
de risco” é igual entre 
empreendedores, gestores e 
população em geral.
Não se nasce empreendedor. 
Pesquisa baseada nas 
características.
Gartner (1988)
Deve-se colocar o foco no 
comportamento e não nas 
características.
Comportamento.
Kanter (1983)
Estudos que analisam as 
estruturas organizacionais e 
administrativas, como essas geram 
empreendedorismo interno.
Intraempreendedorismo.
Burgelman 
(1973)
Processo como as novas 
ideias são desenvolvidas e sua 
experimentação e desenvolvimento 
dentro das grandes empresas.
Intraempreendedorismo. 
Empreendedorismo 
empresarial.
Covin e Slevin 
(1989)
Encontraram uma postura 
empresarial que relaciona a 
alta performance de pequenas 
empresas que operam em 
ambientes hostis.
Empreendedorismo 
Empresarial.
Birch (1987)
Empresas orientadas para 
o crescimento dão grande 
contribuição para a criação de 
emprego nos Estados Unidos.
Empreendedorismo/criação 
de emprego.
Hannan e 
Freeman 
(1984); Aldrich 
(1999)
Algumas organizações estão mais 
preparadas para competir.
Sociólogos organizacionais. 
Nascimento e morte de 
empresas/competição.
Acs e 
Audretsch 
(1990)
As pequenas empresas contribuem 
com percentagem substancial para 
inovação.
Inovações tecnológicas e 
pequenas empresas.
MacMillanet 
et al. (1987); 
Sahlman (1992)
Analisaram a estrutura e os 
investimentos das empresas.
Recursos/estrutura.
Larson (1992)
Como empreendedores 
desenvolvem e utilizam as networks 
para acessarem a informação, 
para aumentarem o capital e para 
aumentarem sua credibilidade.
Redes e capital social.
8
Bruderlet et al. 
(1992)
Estudaram 1.984 startups, 
recorrendo a uma análise 
multivariada e verificaram que a 
probabilidade de sobrevivência 
era maior se tivessem mais 
empregados, mais capital inicial, 
mais capital humano e estratégias 
dirigidas ao mercado nacional.
Performance.
Bygrave e 
Timmons 
(1992)
Analisaram, em detalhes, as 
operações de aplicação e retorno 
de capital de risco.
Análise de fatores de criação 
de empresas, identificação 
das oportunidades, procura 
de informação, formação de 
equipe, acesso aos recursos 
e formulação de estratégias. 
Nesse caso, o principal 
enfoque é no acesso aos 
recursos.
Palich e Bagby 
(1995)
Comparam os empreendedores 
aos gestores, atendendo à forma 
como ambos reagem a situações 
ambíguas de negócio e concluem 
que os empreendedores percebem 
mais as oportunidades do que 
problemas.
Empreendedor diferente 
de gestor na percepção de 
oportunidades.
Gimeno, Folta, 
Cooper e Woo 
(1997)
O nível de threshold (começo) é 
função dos custos de oportunidade, 
switchingcosts (custos de 
encerramento) e dos valores 
pessoais.
Performance/permanência 
nos negócios.
Shane e 
Venkataramann 
(2000)
Exploração de oportunidades. Explorar oportunidades.
Stuart (2000)
As redes de ligações com entidades 
reputadas podem aumentar a 
legitimidade e conduzir a um 
aumento das vendas.
Redes e capital social.
FONTE: Sarkar (2008 p. 43-45)
Observa-se que diversas áreas de estudos (economia, sociologia, psicologia) 
contribuíram com a definição do tema, e que os conceitos e teorias sobre o empreende-
dorismo se alteram com tempo. 
9
Agora vamos responder a uma das perguntas feitas no início deste tópico, se 
todo empresário é também um empreendedor. Aprofundando esse debate vamos di-
ferenciar as atividades de um administrador/gerente das atividades executadas pelo 
empreendedor, destacando as intenções que movem as ações de cada um. Primeira-
mente, vejamos, as atividades executadas por gerentes e as atividades desenvolvidas 
pelos empreendedores. 
QUADRO 3 – DIFERENÇA NOS SISTEMAS DE ATIVIDADES DE GERENTES E EMPREENDEDORES
Gerentes Empreendedores
Trabalham com a eficiência e o uso 
efetivo dos recursos para atingir 
metas e objetivos.
Estabelecem uma visão e objetivos e identifi-
cam os recursos para torná-los realidade.
A chave é adaptar-se às mudanças. A chave é iniciar as mudanças. 
O padrão de trabalho implica análise 
racional.
O padrão de trabalho implica imaginação e 
criatividade.
Trabalho centrado em processos que 
levam em consideração o meio em 
que ele se desenvolve.
Trabalho centrado na criação de processos re-
sultantes de uma visão diferenciada do meio.
FONTE: Filion (2000, p. 3)
Como você pode perceber, há diferenças significativas nos métodos operacio-
nais de gerentes e empreendedores. Segundo Martes (2010, p. 260), “adaptar, crescer, 
administrar eficientemente a rotina de uma empresa não significa empreender”. Posto 
que tal gerenciamento está associado à racionalidade.
Empreender é, portanto, um ato mais criativo do que administrar, pois está 
relacionado à intuição e imaginação, o indivíduo empreendedor possui uma análise 
macro de um mercado específico, o que permite inferir nesse mercado criando um 
novo produto ou uma nova forma de produção. Por terem uma visão sistêmica os 
empreendedores não apenas definem situações, mas também imaginam visões sobre o 
que desejam alcançar (FILION, 2000). 
Segundo Dornelas (2011, p. 20), “todo empreendedor necessariamente deve ser 
um bom administrador, no entanto, nem todo bom administrador é um empreendedor. 
O empreendedor tem algo mais, algumas características e atitudes que o diferenciam 
do administrador tradicional”.
Analise no quadro a seguir, as diferenças existentes quanto às funções exerci-
das por gerentes e empreendedores sobre diferentes temas.
10
QUADRO 4 – COMPARAÇÃO ENTRE GERENTES TRADICIONAIS E EMPREENDEDORESTemas Gerentes Tradicionais Empreendedores
Motivação principal
Promoção e outras recompensas 
tradicionais da corporação, como 
secretaria, status, poder etc.
Independência 
oportunidade para 
criar algo novo, ganhar 
dinheiro.
Referência de 
tempo
Curto prazo, gerenciando 
orçamentos semanais, mensais 
etc. E com horizonte de 
planejamento anual. 
Sobreviver e atingir 
cinco a dez anos de 
crescimento do negócio.
Atividade Delega e supervisiona. Envolve-se diretamente.
Status
Preocupa-se com status e como 
é visto na empresa.
Não se preocupa com 
status.
Como vê o risco Com cautela. Assume riscos calculados.
Falhas e erros Tenta evitar erros e surpresas.
Aprende com os erros e 
falhas.
Decisões
Geralmente concorda com seus 
supervisores.
Segue seus sonhos para 
tomar decisões. 
A quem serve Aos outros (supervisores).
A si próprio e a seus 
clientes.
Histórico familiar 
Membros da família trabalham 
em grandes empresas.
Membros da família 
possuem pequenas 
empresas ou já criaram 
algum negócio.
Relacionamento 
com outras 
pessoas
A hierarquia é a base do 
relacionamento. 
As transações e 
acordos são a base do 
relacionamento. 
FONTE: Hisrich e Peter (1998 apud DORNELAS, 2001 p. 36)
Observa-se que, enquanto o executivo e o administrador tradicional trabalham 
com processos, controles padronizados em estruturas hierarquizadas e burocráticas, 
o empreendedor teria muita dificuldade em trabalhar nesse ambiente, visto que é 
dinâmico, flexível e está sempre à procura de oportunidades. Sobre isso, observe a 
figura a seguir.
11
FIGURA 1 – ADMINISTRADOR X EMPREENDEDOR
FONTE: <https://bit.ly/3tF2jvT>. Acesso em: 12 ago. 2021.
Observando os quadros apresentados e de acordo com as atividades 
que você desenvolve em seu trabalho, você se considera gerente ou 
empreendedor? Pense nisso!
INTERESSANTE
Vale ressaltar que o ponto fundamental que diferencia os empreendedores dos 
demais executivos e administradores é a inovação. 
O empreendedor não é um executivo empresarial comum, nem sequer o 
proprietário ou principal executivo de uma empresa bem-sucedida, o empreendedor é 
obsessivamente empenhado na busca pela inovação. Assim Ries (2012, p. 13) conclui “o 
empreendedor deveria ser considerado um cargo em todas as empresas modernas que 
dependem da inovação para seu crescimento futuro”. 
É por meio da inovação que os empreendedores destroem a ordem econômica 
existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas 
de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais. Assim, novos pro-
dutos destroem empresas velhas e antigos modelos de negócios, cita-se o caso dos 
aplicativos com Uber e Pop99, que provocaram mudanças em um mercado dominado 
até em então pelos taxistas, essas inovações reduzem o monopólio de poder. Entre-
tanto, o que é inovação? E como ela ocorre? Schumpeter (1985) aponta que a inovação 
ocorre pela:
12
• Introdução de um novo bem.
• Introdução de novos métodos de produção ou de comercialização de mercadorias.
• Abertura de novos mercados.
• Conquista de uma nova fonte de matéria-prima.
• Quebra de monopólio
Os empreendedores podem ser classificados em diversos grupos, no subtópico 
a seguir você vai conhecer o empreendedorismo feminino, o empreendedorismo social, 
o intraempreendedor e, por fim, o empreendedorismo verde.
3 EMPREENDEDORISMO FEMININO
Neste subtópico, nós vamos discorrer sobre empreendedorismo feminino que, 
como o próprio nome diz, representa o movimento que reúne ideias, negócios e projetos 
idealizados ou comandados por mulheres.
FIGURA 2 – EMPREENDEDORISMO FEMININO
FONTE: <https://fia.com.br/blog/empreendedorismo-feminino/>. Acesso em: 12 ago. 2021.
No decorrer da história sempre existiram mulheres empreendedoras que 
transformaram o mundo em sua volta a partir de suas ideias e inovações, mas o estudo 
sobre mulheres empreendedoras surge na literatura acadêmica somente a partir da 
década de 1970, até então apenas os homens eram objeto de pesquisa nos estudos 
sobre empreendedorismo (AHL, 2006).
Hodiernamente, há diversos estudos que abordam o tema, o volume de 
pesquisas cresceu substancialmente após os anos 1990, esse aumento pode ser 
explicado, pelo menos em tese, pelo crescimento da participação feminina no mercado 
de trabalho formal, não só como empregada, mas como empregadora e dona de seu 
próprio negócio (GOMES et al., 2014).
13
No estudo de Gomes et al. (2014), intitulado “Empreendedorismo Feminino 
como Sujeito de Pesquisa”, os autores analisaram que boa parte dos estudos sobre 
empreendedorismo feminino presentes na literatura investigaram temas relacionados 
à competência e ao comportamento da empreendedora, ao processo de criação de 
suas empresas e ao acesso a crédito e capital de risco. Também foram identificados 
artigos que trataram de questões relacionadas a representações sociais e identidade, a 
fatores que implicam o sucesso/fracasso do empreendimento, a grupos minoritários, a 
formação e educação empreendedora, a políticas públicas, entre outros. 
No Brasil, as pesquisas apontam que as mulheres enfrentavam mais barreiras 
que os homens para empreender, inclusive na hora de obtenção de crédito, há quem 
diga que isso ocorre devido à discriminação de gênero. 
As mulheres acessam, em média, R$ 13 mil a menos do que o valor 
liberado aos homens. Outro dado é que as mulheres têm índices de 
inadimplência mais baixos. Mesmo assim, elas pagam taxas de juros 
3,5% maiores do que a dos empreendedores. 
FONTE: <https://bit.ly/39YLBSI>. Acesso em: 12 ago. 2021.
INTERESSANTE
INTERESSANTE
Também há estudos que denotam que as mulheres obtinham menos recursos 
financeiros de instituições bancárias do que os homens, porque elas buscavam menos 
capital externo do que eles, e não por discriminação de gênero ‒ como manifesto por 
um grupo significativo de pesquisas (WILSON et al. 2007 apud GOMES, 2014). O que se 
pode perceber é que houve um crescimento no número de mulheres que empreendem 
no país. 
De acordo com o levantamento mundial  Global Entrepreneurship 
Monitor 2017, que no Brasil é realizado em parceria com o Sebrae, 
mais da metade dos novos negócios abertos em 2016 foram fundados 
por mulheres. Elas são mais escolarizadas do que os homens 
empreendedores e atuam, principalmente, no setor de serviços. “A taxa 
de empreendimentos iniciados no país, desde 2007, oscila entre 47% 
e 54% para homens e mulheres. Em 2016, a taxa foi de 48,5% para 
homens e 51,5 % para mulheres”.
14
NA COMPARAÇÃO COM HOMENS, ELAS SÃO:
FONTE: Adaptada de <https://bit.ly/3Ei1xcZ>. Acesso em: 12 ago. 2021.
Observa-se que o crescimento das atividades empreendedoras está cada 
vez mais fortalecido pelo equilíbrio de gênero e o avanço dos números de novos 
empreendimentos creditado também às mulheres, que apresentam alto índice de 
inserção no mundo dos negócios. No Brasil podem-se citar inúmeros exemplos de 
mulheres que alcançaram sucesso empreendendo, a mais expoente delas é Luiza 
Helena Trajano Inácio Rodrigues, considerada uma das mulheres mais poderosas do 
país. Luiza é presidente do Magazine Luiza, empresa fundada em 1957 e que atualmente 
está entre as 25 maiores varejistas do mundo.
Também, pode-se citar o caso de Alcione Albanesi, fundadora da FLC. 
Assista ao vídeo que conta um pouco da história de uma empreendedora 
que aos 17 anos já tinha sob sua liderança 80 funcionários. Acesse: https://
www.youtube.com/watch?v=Hlk85sNyXvc&t=4s.
DICAS
As mulheres brasileiras têm participado ativamente no cenário empreendedor, 
de acordo com o SEBRAE (2018), a maioria das empreendedoras atua nas áreas de 
alimentação, serviços domésticos e comércio varejista de roupas e cabeleireiros. 
https://www.youtube.com/watch?v=Hlk85sNyXvc&t=4s
https://www.youtube.com/watch?v=Hlk85sNyXvc&t=4s
15
Na série da Netflix "A Vida e a História de Madam C. J. Walker", você vai conhecer a história 
surpreendente da primeira mulher norte-americana, que se tornou milionária. A história deMadam C. J. Walker é um exemplo de empreendedorismo feminino.
DICAS
FONTE: <https://bit.ly/3CfbRk7>. Acesso em: 12 ago. 2021.
INTERESSANTE
Você sabia que desde 2014,  o dia 19 de novembro  foi  estabeleci-
do como o Dia do Empreendedorismo Feminino pela Organização das 
Nações Unidas (ONU)? O Dia do Empreendedorismo Feminino é uma 
das iniciativas coordenadas pela ONU Mulheres, braço da entidade que 
tem como objetivo unir, fortalecer e ampliar os esforços mundiais em 
defesa dos direitos humanos das mulheres. 
FONTE: <https://fia.com.br/blog/empreendedorismo-feminino/>. 
Acesso em: 12 ago. 2021.
https://revistapegn.globo.com/Mulheres-empreendedoras/noticia/2014/11/onu-comemora-o-dia-do-empreendedorismo-feminino.html
https://revistapegn.globo.com/Mulheres-empreendedoras/noticia/2014/11/onu-comemora-o-dia-do-empreendedorismo-feminino.html
http://www.onumulheres.org.br/onu-mulheres/sobre-a-onu-mulheres/
https://fia.com.br/blog/direitos-humanos/
16
4 EMPREENDEDORISMO SOCIAL
Neste subtópico, trataremos de um tema muito oportuno o empreendedorismo 
social. Para Martin e Osberg (2007) o empreendedorismo social é tão vital para progresso 
das sociedades quanto o empreendedorismo para o progresso da economia. Neste 
subtópico, você vai descobrir por que os autores fizeram tal afirmação. Vamos conhecer 
as definições sobre o termo, as características do empreendedor social e alguns 
exemplos de iniciativas de impacto social. 
O conceito de empreendedor social foi durante muito tempo ignorado no setor 
não lucrativo, até que em 1980 quando se verificou um desenvolvimento de atividades 
comerciais pelas organizações não lucrativas e também quando, no panorama de maiores 
dificuldades financeiras, dada à diminuição do financiamento público, começaram a 
surgir discussões em torno da capacidade dos dessas organizações. Observa-se que o 
tema é novo em sua atual configuração, mas na sua essência já existe há muito tempo. 
Segundo Parente et al. (2011, p. 270):
Apesar dos termos serem relativamente novos, empreendedores 
sociais e ações de empreendedorismo social podem ser encontrados 
ao longo da história (Nicholls, 2006). Na lista de pessoas 
historicamente identificadas com o fenómeno, quer pelo trabalho 
desenvolvido quer pelos impactos criados no sector de cidadania, 
destacam-se: a inglesa Florence Nightingale, fundadora da primeira 
escola de enfermagem que desenvolveu práticas de enfermagem 
modernas na Segunda Guerra Mundial através de reformas profundas 
nos hospitais do exército inglês (Strachey in Bornstein, 2007, p. 76; 
Nicholls, 2006); Michael Young, fundador do “Institute for Community 
Studies” em 1953 e da “School for Social Entrepreneurs” (SSE) em 
1997, no Reino Unido, apontado como tendo desempenhado um papel 
central na promoção e legitimação do campo do empreendedorismo 
social (Leadbeater, 1996); Maria Montessori, a primeira médica italiana 
que, nos anos 1960 do século XX, criou um método de educação 
revolucionário que consistia na defesa de que cada criança tinha 
um desenvolvimento único. O sucesso do seu método conduziu à 
criação de diversas Escolas Montessori.
O empreendedorismo social é hoje um campo de análise e intervenção emer-
gente em termos políticos e científicos, estando o fenômeno a expandir-se rapidamente 
e a atrair atenção crescente dos vários setores da sociedade (MARTIN; OSBERG, 2007).
Observe, no quadro a seguir, as definições propostas na literatura internacional 
sobre o tema. 
17
QUADRO 5 – CONCEITOS DIVERSOS SOBRE EMPREENDEDORISMO SOCIAL, VISÃO INTERNACIONAL
Organização Entendimento
School Social 
Entrepreneurship – SSE, 
Uk-Reino Unido
"É alguém que trabalha de uma maneira empresarial, 
mas para um público ou um benefício social, em lugar 
de ganhar dinheiro. Empreendedores sociais podem 
trabalhar em negócios éticos, órgãos governamentais, 
públicos, voluntários e comunitários [...] Empreendedores 
sociais nunca dizem 'não pode ser feito.'"
Canadian Center Social 
Entrepreneurship – CCSE, 
Canadá
"Um empreendedor social vem de qualquer setor, com 
as características de empresários tradicionais de visão, 
criatividade e determinação, e empregam e focalizam 
na inovação social [...] Indivíduos que [...] combinam seu 
pragmatismo com habilidades profissionais, perspicácias."
Foud Schwab, Suíça
"São agentes de intercambiação da sociedade por 
meio de: proposta de criação de idéias úteis para 
resolver problemas sociais, combinando práticas e 
conhecimentos de inovação, criando assim novos 
procedimentos e serviços; criação de parcerias e 
formas/meios de autossustentabilidade dos projetos; 
transformação das comunidades graças às associações 
estratégicas; utilização de enfoques baseados 
no mercado para resolver os problemas sociais; 
identificação de novos mercados e oportunidades para 
financiar uma missão social. [...] características comuns 
aos empreendedores sociais: apontam ideias inovadoras 
e veem oportunidades onde outros não veem nada; 
combinam risco e valor com critério e sabedoria; estão 
acostumados a resolver problemas concretos, são 
visionários com sentido prático, cuja motivação é a 
melhoria de vida das pessoas, e trabalham 24 horas do 
dia para conseguir seu objetivo social."
The Institute Social 
Entrepreneurs – ISE, EUA
"Empreendedores sociais são executivos do setor sem 
fins lucrativos que prestam maior atenção às forças 
do mercado sem perder de vista sua missão (social) e 
são orientados por um duplo propósito: empreender 
programas que funcionem e estejam disponíveis 
às pessoas (o empreendedorismo social é base nas 
competências de uma organização), tornando-as menos 
dependentes do governo e da caridade."
18
Ashoka, Estados Unidos
"Os empreendedores sociais são indivíduos visionários 
que possuem capacidade empreendedora e criativida-
de para promover mudanças sociais de longo alcance 
em seus campos de atividade. São inovadores sociais 
que deixarão sua marca na história."
Erwing Marion, Kauffman 
Foundation
"Empreendimentos sem fins lucrativos são o reconhe-
cimento de oportunidade de cumprimento de uma 
missão para criar e sustentar um valor social, sem se 
ater exclusivamente aos recursos."
FONTE: Oliveira (2004, p. 4)
Oliveira (2004) em sua tese de doutorado “Empreendedorismo social no Brasil: 
fundamentos e estratégias” detalham também os conceitos sobre o tema difundidos no 
Brasil, conforme é possível observar no quadro a seguir.
QUADRO 6 – CONCEITOS DIVERSOS SOBRE EMPREENDEDORISMO SOCIAL, VISÃO NACIONAL
Autor Conceito
Leite (2002)
“O empreendedor social é uma das espécies do gênero dos 
empreendedores. [...] São empreendedores com uma missão 
social, que é sempre central e explícita”.
Ashoka 
Empreendedores 
Sociais e Mackisey e 
Cia. INC (2001)
“Os empreendedores sociais possuem características distin-
tas dos empreendedores de negócios. Eles criam valores so-
ciais pela inovação, pela força de recursos financeiros em prol 
do desenvolvimento social, econômico e comunitário. Alguns 
dos fundamentos básicos do empreendedorismo social estão 
diretamente ligados ao empreendedor social, destacando-se 
a sinceridade, paixão pelo que faz, clareza, confiança pessoal, 
valores centralizados, boa vontade de planejamento, capaci-
dade de sonhar e uma habilidade para o improviso”.
Melo Neto e Froes 
(2001)
“Quando falamos de empreendedorismo social, estamos 
buscando um novo paradigma. O objetivo não é mais o 
negócio do negócio [...] trata-se, sim, do negócio do social, 
que tem na sociedade civil o seu principal foco de atuação e 
na parceria envolvendo comunidade, governo e setor privado, 
a sua estratégia”.
Rao (2002)
“Empreendedores sociais, indivíduos que desejam colocar 
suas experiências organizacionais e empresariais mais para 
ajudar os outros do que para ganhar dinheiro”.
19
Rouere e Pádua 
(2001)
“Constituem a contribuição efetiva de empreendedores 
sociais inovadores cujo protagonismo na área social produz 
desenvolvimento sustentável, qualidade de vida e mudança 
de paradigmade atuação em benefício de comunidades 
menos privilegiadas”.
FONTE: Oliveira (2004, p. 5)
IMPORTANTE
Boa parte dos novos negócios que prestam serviços sociais e geram 
desenvolvimento econômico são as Startups. Startup é uma empresa 
jovem com um modelo de negócios repetível e escalável, em um cenário 
de incertezas  e soluções a serem desenvolvidas. Embora não  se 
limite  apenas a negócios digitais, uma Startup necessita de inovação 
para não ser considerada uma empresa de modelo tradicional. 
FONTE: <https://app.startse.com/artigos/o-que-e-uma-startup>. Acesso 
em: 12 ago. 2021.
5 CARACTERÍSTICAS DOS NEGÓCIO COM IMPACTOS 
SOCIAIS – NIS
Este subtópico abordará as caracteristicas dos negócios com impactos sociais, 
vamos decobrir o que diferencia um negócio social dos demais negócios e quais são as 
suas vantagens. 
Sabemos que a obtenção de lucro é a base da pirâmide de responabilidades 
da empresa é ela que sustenta as demais responsabilidades da organização, por isso, 
em negócios tradicionais o foco principal é obtenção de lucro aos acionistas. Esse é 
um dos fatores que diferencia os negócios tradicionais dos Negócios com Impacto 
Social (NIS), enquanto as empresas tradicionais vendem produtos e serviços para 
gerar receita, sendo movidas pela maximização dos lucros, os NIS têm como objetivo a 
geração de valor social (MAIR; MARTÍ, 2006). Não que os NIS não busquem criação de 
valor econômico, mas nesse tipo de negócio a renda é um meio para o fim social, assim 
unifica-se a viabilidade financeira com a criação de valor social. 
Nesse aspecto, Dees (2004) afirma que qualquer empreendedor social que gera 
lucros, mas não consegue convertê-los em impacto social significativo, desperdiçou 
recursos valiosos.
20
O empreendedorismo social emerge a partir da identificação de problemas 
econômicos, sociais e ambientais, no Brasil pode-se citar como exemplos de empre-
endimento social:
• Gerando falcões.
• Instituto chapada. 
• GRAAC. 
• ASID: existem 13 milhões de pessoas com diversos tipos de deficiência no Brasil. 
Cerca de 486 mil estão no mercado de trabalho. Apenas 340 mil são atendidas 
por instituições especializadas. ASID, Associação para Igualdade de Diferenças, 
surgiu para mudar esse cenário. O objetivo é desenvolver pessoas com deficiência, 
empoderar famílias e incluí-las no mercado de trabalho. Isso é feito por meio de uma 
metodologia administrativa, utilizada pelas entidades atendidas pela ASID. Em seu 
site, prestam contas e mostram resultados, com total transparência.
• Rede Asta: a Rede Asta conecta, desde 2005, grupos de artesãs em todo o Brasil para 
criar e desenvolver soluções sustentáveis de reaproveitamento de resíduos, seguindo 
o conceito do upcycling, ou reutilização criativa, consiste em transformar resíduos e 
materiais indesejados em um produto de qualidade e valor ambiental. A produção é 
inteiramente feita por artesãs de áreas com baixo poder aquisitivo, gerando renda e 
inclusão econômica.
• Litro de Luz: é um negócio social que tem como propósito levar iluminação para 
comunidades que não possuem acesso à energia elétrica, a organização opera 
em mais de 20 países levando luz a populações. Além de utilizar uma tecnologia 
econômica, a organização possui uma metodologia para capacitar moradores e 
mobilizar voluntários em prol de atender às necessidades dessas populações. 
Conheça mais dessa iniciativa assistindo ao vídeo: https://www.youtube.com/
watch?v=72mvS-TAZmw. 
Tais iniciativas buscam soluções ou minimização de nas áreas de educação, 
saúde, moradia e habitação, melhor acesso aos cuidados de saúde, educação mais 
eficaz, redução da pobreza, proteção de crianças etc. 
Conforme apontam Yunus, Moingeon e Lehmann-Ortega (2010), um negócio 
social, além de cumprir os objetivos sociais, têm de cobrir os custos de operação, pois 
não depende de doações nem deve ocorrer retirada de dividendos pelos acionistas/
proprietários, sendo os lucros excedentes reinvestidos no negócio.
De acordo com Barki (2015), os chamados negócios sociais emergem a partir da 
premiação do Nobel da Paz, em 2006, na qual Yunus foi reconhecido pelo seu trabalho 
sobre microcrédito, buscando a redução da vulnerabilidade dos pobres em Bangladesh.
21
DICAS
Conheça mais sobre a história de Muhammad Yunus, que após ser laureado com o prêmio 
Nobel da Paz, ficou mundialmente conhecido como “banqueiro dos pobres”. Assista ao 
vídeo e saiba como essa inciativa mudou a vida de muitos indianos que viviam à margem da 
sociedade. Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=QvzOnXektmw.
FONTE: <https://bit.ly/3NrOSrn>. Acesso em: 13 ago. 2021.
Para Yunus (2010, p. 10) negócio social é:
[...] um empreendimento concebido para resolver um problema 
social, deve ser autossustentável, ou seja, gerar renda suficiente 
para cobrir suas próprias despesas. Depois de cobertos os custos e 
o investimento, toda a receita excedente é reinvestida no negócio 
social para expansão e melhorias. [...] o retorno do valor investido é 
devolvido sem juros ou correções. 
Ainda de acordo com Petrini, Scherer e Back (2016, p. 212), “NIS são organiza-
ções que visam solucionar demandas relacionadas a problemas sociais, seja ofertando 
produtos e serviços, seja incluindo indivíduos ou grupos”. Essas organizações devem 
promover sua própria sustentabilidade financeira, sendo facultativa a distribuição de 
lucros.
Pode-se constatar que os NIS possuem algumas particularidades que os 
diferenciam em relação a elementos como os (1) produtos ou serviços ofertados, (2) os 
clientes e (3) a estrutura de lucros. Veja no quadro a seguir:
22
QUADRO 7 – TAXONOMIA DOS NEGÓCIOS SOCIAIS
FONTE: Petrini e Scherer (2016, p. 213)
Como você pôde perceber o quadro apresenta três tipos de negócios com 
impactos sociais, o primeiro denominado “Base of the Pyramid” ou em português 
base da pirâmide representado por qualquer produto ou serviço para venda direta à 
população de baixa renda.
De acordo com Comini, Barki e Aguiar (2012, p. 386), “[...] a base da pirâmide tem 
sido um campo fértil para o surgimento de um novo tipo de organização que reúne duas 
metas previamente vistas como incompatíveis: sustentabilidade financeira e geração 
de valor social”.
O segundo negócio social busca soluções ligadas à porbreza, podemos citar 
vários exemplos como o da construtora Vivenda, proposta que atua no ramo housingpact 
(impacto social em habitação). A empresa tem como objetivo melhorar as condições de 
habitação das pessoas de menor renda, por meio de uma solução completa em reformas 
habitacionais. Conheça melhor essa proposta através do site https://www.novavivenda.
com.br/. 
https://www.novavivenda.com.br/
https://www.novavivenda.com.br/
23
O HousingPact é uma iniciativa de impacto social que reúne as empresas 
ArcelorMittal, Fundação Tide Setúbal, CBMM, Duratex, HM Engenharia, 
InterCement, Instituto InterCement, NeoAlfa e Vale. É uma aliança que 
acredita que atuando em rede é possível desenvolver e fomentar startups, 
empresas, produtos e serviços ligados ao setor de habitação focados na 
população de baixa renda.
 
FONTE: <https://www.linkedin.com/company/housingpact/>. Acesso em: 20 
ago. 2021.
Na área financeira também há ótimos exemplos como o Banco Palmas, 
convidamos você a assistir à matéria a seguir, que relata a surpreendente 
economia de Palmas: https://www.youtube.com/watch?v=notDhUpuzhY. 
Nessa reportagem, você vai conhecer o Banco de Palmas e seu inovador 
sistema de microcrédito para produção e consumo em moeda local.
INTERESSANTE
DICAS
Como exemplo de fintech com impacto social e que visam combater a 
desbancarização, podemos citar a  Avante,  fintech que oferece microcrédito para 
negócios de empreendedores em regiões de baixa renda do Nordeste. 
Como você pode perceber, os negócios inclusivos envolvem a população de 
baixa renda no processo de desenvolvimento econômico no âmbito da demanda, como 
clientes e consumidores, e no âmbito da oferta, como empregados, produtores e donos 
de negóciosem vários pontos da cadeia de valor. Trata-se de uma via de mão dupla 
em que se estabelecem elos entre os negócios e a população, gerando uma relação de 
benefício mútuo. Para os empresários, eles trazem inovação, criação de novos mercados 
e fortalecimento de canais de oferta. 
Por fim o terceiro negócio de impacto social apresentado no quadro, diz respeito 
aos negócios inclusivos. Como exemplo, podemos citar o projeto Favela Brasil Xpress 
startup, que visa sanar problemas de logística na Favela.
https://www.linkedin.com/company/housingpact/
24
Saiba mais sobre essa iniciativa assistindo à reportagem em: https://www.
youtube.com/watch?v=GVbabHG2DtY&t=2s.
DICAS
Cinco livros sobre empreendedorismo social
Criando um negócio social –  de Muhammad Yunus – Na obra o autor oferece 
conselhos práticos para aqueles que querem criar seus próprios negócios sociais.
Mude, você, o mundo: manual do empreendedorismo social – de Gabriel Cardoso 
– O livro é ágil e prático, oferece a possibilidade de iniciar, ainda durante a leitura, a 
ideia do próprio negócio social.
De Dentro Para Fora: como uma geração de ativistas está injetando propósito 
nos negócios e reinventando o capitalismo  –  de Alexandre Teixeira – O autor 
defende o movimento de transformação do empreendedorismo. Não se trata mais 
do lucro pelo lucro, mas de organizações que dão peso para outros aspectos do dia 
a dia capitalista.
Um Mundo sem Pobreza –  Muhammad Yunus – Neste livro, Yunus descreve o 
lançamento das primeiras empresas sociais, ele aborda a parceria com a Danone 
para a venda de iogurtes nutritivos por preço acessível a crianças subnutridas em 
Bangladesh.
Comece algo que faça a diferença – Blake Mycoskie – Mycoskie conta a história da 
TOMS, uma das empresas de calçados que mais cresce no mundo, além de partilhar 
ensinamentos que aprendeu com outras empresas inovadoras.
FONTE: Adaptado de <https://bit.ly/3I0kVgW>. Acesso em: 13 ago. 2021.
6 EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO – 
INTRAEMPREENDEDORISMO
Você sabia que o sucesso organizacional de muitas empresas tem sido 
atribuído a capacidade delas em promover o empreendedorismo internamente? Neste 
subtópico, você vai aprender sobre intraempreendedorismo. Ao término da leitura, você 
vai aprender a diferença entre empresa empreendedora e a empresa tradicional e as 
distinções entre o empreendedor e o intraempreendedor. 
25
O intraempreendedorismo ocorre quando a ação empreendedora é desen-
volvida em ambiente intraorganizacional, também chamado de empreendedorismo 
corporativo, sendo a organização empreendedora aquela que possui a capacidade de 
promover o empreendedorismo entre os seus colaboradores, promovendo um am-
biente colaborativo, criativo e inovador. 
Diferente das organizações empreendedoras, o ambiente nas organizações 
tradicionais é bem diverso, pois há intolerância em relação a riscos e fracassos, a cultura 
organizacional não apoia o surgimento de novas ideias, pune explícita ou implicitamente 
o erro e, assim, abafa qualquer possibilidade de surgimento de novos empreendedores. 
Além de uma cultura organizacional com alto nível de distância de poder, em que os 
membros no topo da hierarquia de comando possuem dificuldade em aceitar que boas 
ideias possam ser originadas da base (ANDREASSI, 2005). 
A intolerância da empresa em relação a riscos e fracassos é outra 
barreira característica. “Imagine um funcionário cujo colega tenha 
sido demitido porque um projeto que ele propôs acabou fracassando. 
A probabilidade desse funcionário propor um projeto inovador é 
praticamente nula, afinal é muito mais seguro seguir com o que já 
é aceito e conhecido do que propor novas formas de trabalhar ou 
pensar” (ANDREASSI, 2005, p. 66).
Conclui-se que a organização empreendedora é aquela que possui a capacidade 
de promover o empreendedorismo entre os seus colaboradores. É nesse contexto que 
emerge a figura do intraempreendedor, que é aquele colaborador que opta por inovar, 
melhorar e dinamizar dentro da organização em que atua. 
Na literatura o termo intraempreendedor pode ser encontrado com ou-
tras denominações, tais como intrapreneur ou empreendedor interno (PINCHOT, 
1985; FILION, 2004). Ao contrário do que se possa imaginar, o termo intraempre-
endedorismo foi cunhado há pelo menos duas décadas pelo norte-americano Guifford 
Pinchot. Para ele o intraempreendedor é aquele que assume a responsabilidade, e os 
desafios correspondentes, pela criação de inovações de qualquer espécie dentro de 
uma organização (ANDREASSI, 2005). O intraempreendedor, ao contrário do empre-
endedor, utiliza os recursos da empresa em que trabalha para criar e inovar. Observe, a 
partir do quadro a seguir, as distinções entre o empreendedor e o intraempreendedor.
QUADRO 8 – EMPREENDEDOR X INTRAEMPREENDEDOR
EMPREENDEDOR INTRAEMPREENDEDOR
Usa capital próprio ou de terceiros. Usa capital da empresa.
Cria toda a estrutura operacional. Usa a estrutura operacional da empresa.
Maior poder de ação sobre o ambiente.
Maior dependência das características da 
cultura corporativa.
26
Fracasso parcial significa perda de 
dinheiro.
Fracasso parcial significa apenas erro e 
realinhamento do projeto.
Fracasso total significa falência.
Fracasso total significa aborto do projeto 
ou demissão.
Ele é o chefe. Ele se reporta a um (ou mais) chefe(s).
Monta sua própria equipe.
É obrigado a se relacionar com quem já 
esta na empresa.
O salário é incerto. Salário liquido e certo.
FONTE: Adaptado de https://bit.ly/3lvZslr. Acesso em: 13 ago. 2021.
O intraempreendedor é, portanto, o colaborador que desenvolve ações 
empreendedoras na organização. Pinchot (1985) em uma entrevista à revista Você, 
apontou seis pontos fundamentais para se tornar um intraempreendedor, a saber: 
• Encontre algo em que você realmente acredite, que esteja alinhado com seus valores 
e que você queira empreender. 
• Faça um plano de negócios para ajudá-lo a transformar sua ideia em realidade. 
• Tire suas dúvidas com outros empreendedores. 
• Esteja pronto para fazer qualquer trabalho necessário para que sua ideia dê certo. Se 
tiver de varrer o chão, faça-o. Muitas vezes, ninguém nos dá apoio quando fazemos 
algo novo, ou o que é pior, enfrentamos muita resistência. 
• Monte uma equipe. Você precisa vender bem sua ideia para deixá-la entusiasmada. 
Não deixe de ouvir as ideias dos outros. 
• Encontre alguém para “apadrinhar” sua ideia, para lhe dar suporte e até protegê-lo. 
Normalmente essa pessoa não é seu chefe, ela está em outros departamentos da 
empresa. Isso não significa que o suporte de seu chefe não seja importante.
“O empreendedorismo interno traz diversos benefícios tanto para o 
empreendedor quanto para a organização, pois permite que ela aumente sua 
competitividade perante suas rivais, tanto nos produtos tradicionais quanto em novas 
áreas de atuação” (ANDREASSI, 2005, p. 67).
Conforme enfatiza Andreassi (2005), a empresa que deseja ser competitiva 
terá de descobrir formas de reconhecimento legítimas para seus empreendedores, e 
estabelecer estratégias de como atrair e reter talentos empreendedores. O autor cita 
três principais ações:
• Em primeiro lugar, desenvolver uma cultura interna forte de suporte. O empreendedor 
não pode ser deixado sozinho nessa tarefa, pois, muitas vezes, ele tem de lidar com 
estruturas estabilizadas e rígidas dentro da organização. 
27
• Em segundo lugar, os funcionários de todos os níveis têm de sentir, por meio de 
exemplos de seus gestores, que todas as ideias são consideradas e realmente 
levadas adiante. O clima de abertura a novas ideias, com proteção para o caso de 
fracasso ou mesmo inviabilidade, é fundamental para a construção de confiança 
entre o empreendedor e a empresa. 
• Em terceiro lugar, estudos vêm demonstrando que a remuneração é uma destacada 
maneira de estimular o surgimento de ideias inovadoras. 
As organizações empreendedoras se distinguem das organizações tradicionais 
em inúmeros fatores, conforme evidencia-se na figura a seguir.FIGURA 3 – DIFERENÇAS ENTRE ORGANIZAÇÕES TRADICIONAIS E ORGANIZAÇÕES EMPREENDEDORAS
FONTE: <https://bit.ly/3CINexs>. Acesso em: 13 ago. 2021.
Muitas empresas têm investido em pesquisas de clima, treinamentos, cursos, 
palestras, a fim de construir uma cultura voltada ao empreendedorismo corporativo, 
mas a mudança de uma empresa tradicional para uma empresa empreendedora requer 
uma mudança na cultura organizacional, a começar pela alta diretoria, e isso não é 
uma tarefa simples, dada a complexidade dos fatores envolvidos. O primeiro passo é 
derrubar as barreiras que impedem a ação empreendedora, tais como:
• processos inflexíveis de aprovação e decisão;
• gerenciamento centralizador;
• alto teor de formalidade nos processos de trabalho;
• ausência de ambiente favorável ao trabalho em equipe;
• restrições oriundas de uma descrição formal de cargo;
• rígida disciplina para com as normas e padrões internos;
• intolerância a erros e fracassos;
• baixos orçamentos para as atividades empreendedoras de risco.
28
7 EMPREENDEDORISMO VERDE
Neste subtópico você vai conhecer os conceitos relacionados ao 
empreendedorismo verde (Green entrepreneurship), que pode ser encontrado na 
literatura com outros nomes como empreendedorismo ambiental (environmental 
entrepreneurship). 
Koe e Majid (2013) apontam que como o termo empreendedorismo verde não 
é único, pode ser referido ainda como ecoempreendedorismo, empreendedorismo 
ambiental ou empreendedorismo sustentável. Vejamos os conceitos presentes na 
literatura sobre o tema. Para Uslu et al. (2015) o empreendedorismo sustentável é o 
desenvolvimento de um produto e/ou serviço que estabelece um interesse recíproco 
entre o ambiente e o empreendedorismo. 
Segundo Brunelli e Cohen (2012), caracteriza-se como empreendedor susten-
tável aquele que possui a capacidade de buscar soluções para demandas sociais e am-
bientais por meio da criação de novos negócios. Os negócios ambientais podem ser 
classificados em quatro categorias principais: (i) produtos ecoeficientes, (ii) turismo e 
lazer na natureza, (iii) agricultura orgânica e extrativismo e (iv) reciclagem e reutilização 
(LORDKIPANIDZE; BREZET; BACKMAN, 2005). Observe no quadro a seguir exemplos das 
quatro categorias.
QUADRO 9 – TIPOS DE NEGÓCIOS AMBIENTAIS
Catergoria Exemplo
Produtos ecoeficientes 
Produtos mais eficientes energicamente ou com 
baixo impacto ambiental, como a fabricação e a 
instalação de equipamentos de energia solar e de 
recuperadores de calor, produção de móveis de 
bambu e construção de casas ecológicas.
Turismo e lazer na 
natureza
Viagens, atividades, atrativos e pousadas em 
ambientes naturais.
Agricultura orgânica e 
extrativismo
Produção de alimentos orgânicos, restaurante 
vegetariano, extrativismo de produtos florestais, 
como a castanha, ervas ou a madeira.
Reciclagem e reutilização
Reutilização de garrafas pet ou reciclagem de 
lâmpadas.
FONTE: Adaptado de Lordkipanidze, Brezet e Backman (2005)
29
CASO DE SUCESSO
NESTLÉ IMPLEMENTA PROGRAMA DE EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO
A Nestlé Brasil sempre foi admirada por seu sucesso nos mercados nos 
quais atua, pela qualidade dos produtos que fabrica e por ser uma referência no 
mundo da administração dos negócios. Recentemente, a empresa resolveu en-
fatizar em sua maneira de gerir os negócios a necessidade do comportamento 
empreendedor em todos os níveis organizacionais. Na entrevista a seguir, o presi-
dente da Nestlé Brasil, Ivan Zurita, explica o porquê dessa ênfase e como a Nestlé 
tem desenvolvido seu programa de empreendedorismo corporativo. 
1 O que fez a Nestlé priorizar o empreendedorismo corporativo e disseminá-lo junto 
aos seus funcionários? A Nestlé já não seria um exemplo de empreendedorismo 
corporativo por tudo o que tem feito nesses mais de 140 anos de existência? 
IZ: A Nestlé já nasceu empreendedora. O seu fundador, Henri Nestlé, era efetivamente 
um empreendedor. A maior descoberta de sua carreira ocorreu no auge dos seus 53 
anos, fruto de sua preocupação com o alto índice de mortalidade infantil da época. O 
objetivo maior do seu “negócio” não era simplesmente capitalizar um produto e sim 
contribuir com a adaptação da sociedade às mudanças resultantes da Revolução 
Industrial. Sua descoberta fez tanto sucesso ao alcançar o seu objetivo inicial que, 
em cinco anos, a Farinha Láctea já estava presente em mais de 17 países do mundo. 
Essa presença em vários países em tão curto tempo também tem outra conotação: 
mesmo muito antes de se falar em globalização, a Nestlé já demonstrava, através 
de fatos, sua vocação de empresa global. Atualmente, os princípios de gestão e 
liderança e as principais orientações estratégicas do grupo são disseminados a 
todos os colaboradores por meio de documentos corporativos, que estimulam o 
espírito empreendedor. Face à competitividade existente no mundo empresarial 
atual, é imprescindível o constante questionamento dos produtos e processos 
existentes, bem como a prospecção de novas oportunidades que permitam garantir 
a perenidade e o crescimento dos negócios. 
2 Fale um pouco de como se estruturou o programa de treinamento em empreende-
dorismo corporativo na Nestlé, o que foi usado como referência e de como tem sido 
a aceitação/avaliação dos e pelos funcionários. 
IZ: Todas as ações de formação e desenvolvimento da Nestlé Brasil estão alinhadas 
à estratégia do negócio. O Programa de Desenvolvimento Gerencial está embasado 
na análise dos documentos estratégicos corporativos e na análise de uma pesquisa 
realizada com os gestores da sede e das unidades descentralizadas, que teve como 
objetivo priorizar os temas que seriam abordados no programa do treinamento. Esse 
30
programa surgiu da necessidade de incentivarmos os gestores a adotarem uma 
postura proativa, “de verdadeiros homens e mulheres de negócio, dispostos a estar 
sempre inovando e renovando, levando em consideração os resultados gerais dos 
projetos da organização”. Essa postura é imprescindível nos nossos colaboradores 
de um modo especial, pois como sempre digo, na Nestlé “...os donos nunca estão”. 
Portanto, cada um dos nossos colaboradores tem de atuar como atuaria o dono 
do negócio. O programa tem uma aceitação extraordinária pelos participantes, com 
uma avaliação excelente. 
3 A ideia é estender o programa por toda a empresa? 
IZ: O objetivo da Nestlé é disseminar a importância do espírito empreendedor 
para todos os níveis da organização. Nas unidades descentralizadas já existe, por 
exemplo, um processo denominado “Melhoria Contínua”, que depende basicamente 
da visão empreendedora dos colaboradores. Daí a necessidade de trabalharmos o 
conceito em toda a organização. 
4 Quais os resultados esperados a partir do treinamento e como/quando se imagina 
que eles aparecerão? 
IZ: O modelo de gestão que o mercado espera hoje em dia é aquele que dá re-
sultados. O objetivo geral do Programa de Desenvolvimento Gerencial é aprimorar 
a capacidade dos gestores de ter uma atitude proativa, empreendedora e voltada 
a resultados, assim como liderar seus subordinados, assumindo uma postura que 
nos desafie constantemente a obter alto desempenho e desenvolvimento. No caso 
específico do empreendedorismo, o objetivo é proporcionar uma visão abrangente, 
através do conceito e definição de suas diferentes aplicações dentro do universo 
empresarial, para conscientizar quanto à sua importância na organização, estimu-
lando-os a adotar uma postura empreendedora, capaz de fazer a diferença no atin-
gimento dos objetivos e conquista de novas oportunidades. 
5 Que outros tipos de empresas poderiam se beneficiar do empreendedorismo 
corporativo?
 
IZ: Qualquer organização que pretenda sobreviver!
FONTE: Adaptado de <https://bit.ly/39XcSFn>. Acesso em: 13 ago. 2021.
RESUMO DO TÓPICO 1
31
Neste tópico, você aprendeu que:
RESUMO DO TÓPICO 1
• O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução 
de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas deorganização ou pela 
exploração de novos recursos e materiais.
• Todo empreendedor necessariamente deve ser um bom administrador, no entanto, 
nem todo bom administrador é um empreendedor. O empreendedor possui caracte-
rísticas e atitudes que o diferenciam do administrador/gerente tradicional.
• A organização empreendedora é aquela que possui a capacidade de promover um 
ambiente voltado ao empreendedorismo e a inovação.
• A organização empreendedora é flexivel e dinâmica, já organização tradicional é 
engessada possui formas de controle padronizados, regulamentações e burocraticas. 
• O empreendedor social cria valor social de forma sustentável e com potencial de 
impacto em larga escala.
• O intraempreededorismo ocorre quando a ação empreendedora é desenvolvida em 
ambiente intraorganizacional.
• O empreendedor sustentável busca soluções para demandas sociais e ambientais 
por meio da criação de novos negócios.
32
1 Existem características significativas que diferenciam o empresário do empreendedor, 
pode-se citar três delas: inovação, risco e autonomia. Disserte sobre as características 
do empreendedor.
2 No decorrer da história sempre existiram homens e mulheres que com sua capacida-
de empreendedora deram vida a ideias, construindo produtos, projetos e empreendi-
mentos que transformaram a vida da sociedade. Esses foram identificados de modo 
distintos em cada período da história, tendo em vista esse contexto, associe os itens 
utilizando o código a seguir:
 
I- Século XVII e XVIII.
II- Século XIX e XX.
III- Idade média.
( ) Nesse período há uma confusão quanto à definição do termo. 
( ) Nesse período, o empreendedor era aquele que gerenciava grandes projetos de 
produção com capital de terceiros.
( ) Era aquele que assumia risco ao firmar acordos contratuais com o governo.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) I – II – III.
b) ( ) II – I – III.
c) ( ) III – II – I .
d) ( ) I – III – II.
3 O termo empreendedorismo parece estar na moda a ponto de ser associado a toda 
criação de empresa ou algo novo, sabe-se, porém que no decorrer da história a ação 
empreendedora ganhou significados distintos. Tendo em vista esse contexto, associe 
os itens utilizando o código a seguir: 
I- Empreendedorismo feminino.
II- Empreendedorismo social. 
III- Empreendedorismo verde.
IV- Empreendedorismo corporativo.
AUTOATIVIDADE
33
( ) Esse tipo de empreendedorismo cria valor social de forma sustentável e com 
potencial de impacto à larga escala.
( ) Ocorre quando a ação empreendedora é desenvolvida em ambiente 
intraorganizacional. 
( ) É representado pelo movimento que reúne negócios  idealizados e comandados 
por uma ou mais mulheres.
( ) Esse tipo de empreendedorismo tem a capacidade de buscar soluções para 
demandas sociais e ambientais por meio da criação de novos negócios.
 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) IV – I – II – III.
b) ( ) II – IV – I – III.
c) ( ) IV – III – II – I.
d) ( ) I – IV – III – II.
4 O empreendedorismo está para além da criação de uma empresa, empreender é 
uma opção de vida de quem decidiu inovar em suas práticas, seja empresa, seja um 
profissional. Dado esse contexto, descreva a diferença entre o intraempreendedor 
e a organização empreendedora.
5 O crescente interesse pelo tema empreendedorismo não é à toa, tendo em vista 
os diversos benefícios que a ação empreendedora promove. Dado esse contexto, 
disserte sobre a importância da ação empreendedora na busca pela competitividade 
organizacional.
34
35
MODELO DE NEGÓCIO
1 INTRODUÇÃO
Você provavelmente já ouviu falar em “modelo de negócio” o termo surgiu há 
muito tempo, mas foi a partir de 1990 que passou a ser amplamente divulgado, sobre-
tudo, com lançamento do livro Business Model Generation dos professores Osterwalder 
e Pigner.
Uma empresa pode ser entendida como um sistema vivo composto por entra-
das e saídas, o modelo de negócio busca justamente descrever de forma lógica como 
esse sistema se conecta. Para Osterwalder e Pigneur (2011) um modelo de negócio 
descreve a lógica de criação, entrega e captura de valor por parte de uma organização.
De modo geral, pode-se afirmar que um modelo de negócio descreve de forma 
lógica como uma empresa cria, captura e gera valor, por isso, se você pensa em abrir um 
negócio, o primeiro passo é a construção de um modelo de negócio.
UNIDADE 1 TÓPICO 2 - 
2 MODELO DE NEGÓCIO 
Você já ouviu a frase “preço é o que você paga, valor é o que você leva”, pois 
bem, o principal foco de um modelo de negócio é justamente o valor que ele entrega ao 
cliente, em outras palavras, a forma como o negócio ajuda a solucionar a dor do cliente.
Vale notar que a definição de valor é complexa, sobretudo, quando se trata de 
serviços, para Osterwalder e Pigneur (2011), valor é a razão ou o motivo pelo qual pes-
soas adquirem seus produtos e serviços. Você deve pensar se está atendendo a uma 
necessidade, resolvendo um problema ou melhorando alguma situação existente.
Ainda conforme Osterwalder e Pigneur (2011), um modelo de negócios é uma 
ferramenta conceitual que contempla uma série de elementos e suas inter-relações, que 
permitem expressar a lógica do negócio de uma determinada empresa. É a descrição 
da proposição de valor que uma companhia entrega a um ou a vários segmentos de 
clientes, da forma pela qual a empresa se organiza e se relaciona com sua rede de 
parceiros para criar, ofertar e entregar valor e da relação da empresa com os recursos 
financeiros, para manter o negócio lucrativo e com um fluxo de receitas sustentáveis. 
Observe no quadro conceitual, a seguir, as diferentes definições sobre modelo de 
negócio existente na literatura.
36
QUADRO 10 – DEFINIÇÃO DE MODELO DE NEGÓCIO
FONTE: Bonazzi e Zilber (2014, p. 622)
Ao analisar o quadro é possível perceber um modelo de negócio visa à criação e 
captura de valor por parte da organização. É importante notar que existem vários tipos 
de modelos de negócios, tais como:
• Franquia/ Microfranquias (Ex. McDonald’s; o Boticário; Chilli Beans).
• Assinatura.
• Freemium.
• Marketplace.
• Economia colaborativa.
• Negócios sociais.
• Permuta.
Vale ressaltar que o modelo de negócios é diferente de um plano de negócios, 
enquanto o plano de negócios é um documento mais extenso que detalha as estratégias 
a serem adotadas a fim de atingir as metas e os objetivos traçados. O modelo de negócios 
é um documento feito em uma única folha (no caso do CANVAS) com foco no valor que 
uma organização cria, entrega e captura. Observe a figura a seguir:
FIGURA 4 – PLANO DE NEGÓCIOS X MODELO DE NEGÓCIO
FONTE: <https://bit.ly/3tJCISy>. Acesso em: 13 ago. 2021.
37
No filme Homem-Absorvente você vai conhecer a impressionante jornada de  Arunacha-
lam Muruganantham, um homem que buscou solucionar um problema feminino na Índia: 
A questão da higiene menstrual, onde apenas 12% das mulheres utilizavam absorventes 
higiênicos, por uma questão cultural e também porque o preço era elevadíssimo, visto que 
o produto era importado dos Estados Unidos. Assista o filme que traz importantes lições 
sobre empreendedorismo e inovação.
DICAS
FONTE: <https://www.netflix.com/br/title/81016191>. Acesso em: 8 set. 2021.
38
RESUMO DO TÓPICO 2
 Neste tópico, você aprendeu que:
• Um modelo de negócios difere de um plano de negócios, em vários aspectos, o plano 
de negócios começa com uma ideia, é um documento mais extenso, possui em torno 
de 50 páginas e detalha as estratégias a serem adotadas a fim de atingir as metas e 
os objetivos traçados.
• Um modelo de negócios descreve a racionalidade de como uma organização cria, 
entrega, e captura valor.
• Existem vários tipos de modelos de negócios, tais como: Franquia/Microfranquias 
(Ex.McDonald’s; o Boticário; Chilli Beans); Assinatura; Freemium; Marketplace; 
Economia colaborativa; Negócios sociais e Permuta.
39
1 (ENADE, 2015) O investimento em pesquisa e desenvolvimento é um caminho 
importante

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