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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS-mesclado (1)

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Prévia do material em texto

E-BOOK
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Sistemas e Métodos de Produção de 
Energia
APRESENTAÇÃO
A energia desempenha um papel fundamental na vida humana. Ao lado dos transportes, das 
telecomunicações, das águas e do saneamento, compõe as infraestruturas indispensáveis para a 
vida no mundo moderno. Aliada à importância de um desenvolvimento sustentável, a energia 
elétrica, uma das formas mais utilizadas de energia, insere-se nesse quadro na busca que 
empreendemos pela sua utilização harmônica com o meio ambiente e pelo seu uso eficiente em 
cada uma das etapas de sua cadeia, que compreende a geração (produção), a transmissão e a 
utilização (seu uso final). Para isso, é importante entendermos os sistemas e os métodos de 
produção da energia, desde as formas em que ela é transformada em energia elétrica até o seu 
uso no consumidor final. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar as características de cada um desses métodos 
e entender os benefícios de cada sistema de geração de energia.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer como a energia elétrica é produzida a partir de outras fontes de energia.•
Identificar os prejuízos ambientais e algumas maneiras de mitigação de danos no processo 
de geração de energia elétrica.
•
Analisar e comparar os diversos tipos de geração de energia elétrica quanto a sua 
renovação natural ou não e suas possibilidades de expansão na matriz energética brasileira.
•
DESAFIO
Você foi convidado para palestrar em um seminário que tem como foco o uso da tecnologia 
como forma de expansão comercial e otimização do tempo na vida em sociedade. O evento será 
realizado em uma universidade conhecida por sua exigência no ensino e seu investimento em 
tecnologia. Chega o dia do seminário e você inicia sua apresentação, destacando o quanto o uso 
da energia possibilita uma série de benefícios. Você interage com as pessoas na plateia ao 
perguntar como a vida delas seria sem o uso da energia elétrica . Porém, antes de conseguir 
prosseguir, um grupo de jovens ergue algumas faixas e inicia uma manifestação pacífica em 
defesa do meio ambiente.
O representante do grupo pede que você explique qual é a fonte de energia mais utilizada no 
Brasil, qual o motivo de ela ser a mais comum e quais são os danos causados ao meio ambiente 
e à vida em sociedade.
O estudante também questiona se há um meio de produzir energia que utilize recursos 
renováveis e como essa fonte pode ser adotada, de forma a garantir a demanda da população 
para as próximas gerações, amenizando os danos causados ao planeta.
INFOGRÁFICO
Veja no Infográfico a seguir os diversos tipos de geração de energia elétrica.
CONTEÚDO DO LIVRO
As fontes de energia renováveis tendem a ser formas mais limpas de produção de eletricidade. 
As considerações econômicas, como a disponibilidade de recursos naturais e a viabilidade de 
exploração, sempre influenciaram na formação das bases energéticas dos países.
Na obra Instalações elétricas, leia o capítulo Sistemas e métodos de produção de energia para 
compreender os diferentes tipos de fontes de energia e como cada uma impacta o meio 
ambiente.
Boa leitura.
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS 
Rodrigo Rodrigues
Sistemas e métodos de 
produção de energia
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Descrever sistemas e métodos de produção de energia.
 Diferenciar os sistemas de produção de energia.
 Comparar fontes de energia renováveis de fontes de energia não
renováveis.
Introdução
Os diversos métodos e tecnologias utilizados na produção e consumo 
de energia estão fortemente associados à evolução histórica do desen-
volvimento econômico da humanidade e suas consequências sociais e 
ambientais.
Um sistema de produção de energia comporta um conjunto de ati-
vidades, que iniciam na produção da energia e progridem para demais 
etapas necessárias para que ela chegue no consumidor final, formando, 
assim, uma cadeia.
Todas as formas de energia apresentam vantagens e desvantagens, 
que podem ser econômicas e/ou ambientais. Por isso, é necessário que 
os profissionais responsáveis pela produção de energia estejam atentos 
e aptos a avaliar qual será a fonte mais adequada para determinado fim.
Neste texto, você vai estudar os sistemas de produção de energia, 
os diferentes métodos e fontes de energia, renováveis e não renováveis, 
bem como entender as cadeias enérgicas no âmbito nacional.
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Sistemas e métodos de produção de energia72
Sistemas de produção de energia e métodos 
utilizados
As fontes que não se esgotam são chamadas de renováveis. Algumas delas 
são fontes permanentes e contínuas, como o Sol, o vento, a água e o calor da 
terra; outras, como a biomassa, podem se renovar.
Já as fontes de energia não renováveis, como o petróleo, o carvão mineral, 
o gás natural e o urânio (usado nas usinas nucleares), podem se esgotar. São 
reservas formadas durante milhões de anos pela decomposição natural de 
matéria orgânica e não podem ser repostas pela ação do homem.
As fontes de energia renováveis tendem a ser formas mais limpas de pro-
dução de eletricidade. As considerações econômicas, como a disponibilidade 
de recursos naturais e viabilidade de exploração, sempre influenciaram na 
formação das bases energéticas dos países. No Brasil, a abundância de recursos 
hídricos foi significativa para a formação de um sistema predominantemente 
hidráulico. 
Atualmente, a questão ambiental é de extrema relevância no planejamento energético 
dos países. A Alemanha estabeleceu um plano de desativação de todo o seu sistema 
energético nuclear devido a seus impactos sobre o meio ambiente.
Energia hidráulica
É a energia gerada a partir de uma fonte contínua de movimento de água. A 
força da queda da água é utilizada para movimentar turbinas que acionam um 
gerador elétrico. Para que isso ocorra, na construção de usinas hidrelétricas, 
são criados grandes reservatórios de água, inundando uma extensa área de 
terra, o que pode provocar profundas alterações no ecossistema, como a des-
truição da fauna e da fl ora locais. Conforme o tipo de relevo e da região onde 
se encontra o empreendimento, as hidrelétricas podem também ocasionar o 
alagamento de terras e o deslocamento de populações ribeirinhas. A usina de 
fi o d’água é um outro tipo de usina hidrelétrica, que opera sem a necessidade 
de grandes reservatórios. A Figura 1 mostra um esquema simplifi cado de 
geração de energia hidráulica.
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73Sistemas e métodos de produção de energia
Figura 1. Esquema simplificado de geração de energia hidráulica.
Fonte: Reis (2011).
A abundância de recursos hídricos faz com que a utilização de energia 
hidráulica na geração de eletricidade ocorra de forma significativa em alguns 
países, como é o caso do Brasil, onde, atualmente, mais de 85% da energia 
elétrica é gerada com esse tipo de usina. Em 2009, a capacidade instalada em 
usinas hidrelétricas era de 78,2 GW (REIS, 2011). 
A hidreletricidade era considerada uma forma de energia não poluente, 
mas sabe-se que a decomposição da vegetação submersa gera gases como o 
metano, o gás carbônico e o óxido nitroso, que causam mudanças no clima 
da Terra.
Vale lembrar que, das emissões de CO2 (gás carbônico) e CH4 (metano) 
de uma barragem, uma parte ocorre de forma natural (carga orgânica trans-
portada pelos afluentes da barragem, que naturalmente se decompõem, 
emitindo CO2 e CH4) e que a outra é antrópica, ou seja, de interferência 
humana, como as emissões provenientes do esgoto doméstico despejado 
no reservatório, além das emissões decorrentes da biomassa inundada pela 
barragem da hidrelétrica.
Ainda assim, as usinas hidrelétricas são consideradas menos prejudiciais 
do que as termelétricas, que emitem outros gases tóxicos, como o dióxido 
de enxofree de nitrogênio, além de material particulado (poeira e fumaça 
resultantes da queima de combustíveis fósseis, especialmente das termelétricas 
movidas a óleo combustível), prejudiciais à saúde.
Os sistemas de energia hidráulicos estão voltados basicamente para a ge-
ração de eletricidade. Seus métodos envolvem grandes hidrelétricas, pequenas 
centrais hidrelétricas, mini e microcentrais hidrelétricas. Veja no esquema a 
seguir (Figura 2) como se dá a cadeia de atividades relacionada à geração de 
eletricidade por meio de recursos hídricos.
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Sistemas e métodos de produção de energia74
Figura 2. Cadeia da produção de energia elétrica a partir de hidrelétricas.
Fonte: Reis (2016).
Energia termelétrica
A energia térmica ou calorífi ca se origina da combustão de diversos materiais, 
como carvão, petróleo, gás natural, outras fontes não renováveis e biomassa 
(lenha, bagaço de cana etc.), que é uma fonte renovável, podendo ser convertida 
em energia mecânica e eletricidade por meio de equipamentos como caldeiras 
a vapor e turbinas a gás. Após a geração de eletricidade, o calor que sobra 
pode ainda ser aproveitado em outros processos, principalmente na indústria. 
Usinas de cogeração é o nome dado às usinas que produzem ao mesmo tempo 
calor e eletricidade. Há diferentes métodos utilizados para a geração de energia 
térmica, e eles envolvem diferentes combustíveis: 
  Gás natural: reservas de gás natural foram formadas há milhões de 
anos com a sedimentação do plâncton. Sua combustão libera óxido 
de nitrogênio e dióxido de carbono. Depois de tratado e processado, 
o gás natural é amplamente utilizado em indústrias, no comércio, em 
residências e em veículos. Em países de clima frio, é muito utilizado no 
aquecimento ambiental. Já no Brasil, seu uso residencial e comercial é 
na cocção de alimentos e no aquecimento de água (REIS, 2011).
  Petróleo: o petróleo, que se formou durante milhões de anos pelas 
transformações químicas de materiais orgânicos, como os plânctons, a 
partir da queima de seus derivados, também pode operar termelétricas. 
Contudo, os derivados do petróleo (gasolina, óleo combustível, óleo 
diesel etc.), quando queimados, produzem gases contaminantes, como 
monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio e dióxido de carbono, que 
poluem a atmosfera e contribuem para o aquecimento da Terra e para 
a formação de chuva ácida, entre outros efeitos nocivos. O consumo 
de petróleo e seus derivados no Brasil está mais relacionado ao setor 
de transportes do que ao setor elétrico.
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75Sistemas e métodos de produção de energia
  Carvão mineral: é outro combustível muito usado em termelétricas. 
Também formado há milhões de anos a partir de restos de plantas e 
animais, dos combustíveis não renováveis, esse é o que causa o maior 
impacto ambiental. Sua combustão, além de liberar dióxido de carbono, 
que contribui para o aumento do efeito estufa, emite grandes quantidades 
de óxidos de nitrogênio e enxofre, que provocam acidificação (chuva 
ácida), e podem agravar doenças pulmonares, cardiovasculares e renais 
nas populações próximas.
A abundância de outros recursos naturais disponíveis no Brasil, principal-
mente no que diz respeito à geração de energia elétrica, faz com que a utilização 
do carvão mineral seja bastante limitada, em consequência também de sua 
baixa qualidade, como teor calorífico baixo e alto teor de enxofre.
Segundo os dados da Agência Internacional de Energia, a produção global de carvão 
caiu significativamente em 2016, enquanto o comércio global de gás natural aumentou. 
A produção de carvão caiu fortemente na China em 2016 em cerca de 320 milhões 
de toneladas ou 9% A produção também caiu em outros lugares, como nos EUA e 
na Austrália, levando a uma queda da produção global em 458 milhões de toneladas 
(INTERNATIONAL ENERGY AGENCY, c2017).
  Biomassa: é uma fonte renovável formada por matéria de origem or-
gânica que pode ser usada como combustível em usinas termelétricas. 
Um exemplo de biomassa é o bagaço da cana.
Veja no esquema a seguir (Figura 3) como se dá a cadeia de atividades rela-
cionada à geração de energia elétrica e energia térmica por meio da biomassa.
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Sistemas e métodos de produção de energia76
Figura 3. Processos biológicos para geração de energia.
Fonte: Reis (2016).
Para saber mais sobre novas fontes de energia e o cenário brasileiro, leia o Capítulo 5, 
“Outras fontes”, do “Atlas de energia elétrica do Brasil” (AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA 
ELÉTRICA, 2008).
Energia nuclear
Por uma reação denominada fi ssão nuclear, a energia é liberada no reator 
nuclear. Os núcleos dos átomos são bombardeados uns contra os outros, pro-
vocando o rompimento dos núcleos e a liberação de energia, resultando em 
radiação e calor, que transforma a água em vapor. A pressão resultante desse 
processo é usada para produzir eletricidade.
O urânio, um metal pesado radioativo, é a matéria-prima empregada na 
produção de energia nuclear. Esse tipo de produção de energia gera muitas 
discussões, seja pelos problemas de contaminação resultantes da extração 
do urânio ou pelas dificuldades de eliminação de dejetos radioativos. Além 
disso, assim como em outros tipos de usinas termelétricas, a água empregada 
nos sistemas de refrigeração, quando lançada em rios ou mares, por exemplo, 
aumenta a temperatura e prejudica os seres vivos locais. No caso das usinas 
nucleares do Brasil, o rejeito de calor é lançado ao mar.
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77Sistemas e métodos de produção de energia
As usinas nucleares também estão sujeitas a acidentes, como aconteceu nas usinas 
de Three Miles Island, nos EUA, em 1979, e em Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.
O vazamento de radiação tem o poder de provocar alterações genéticas e doenças 
como câncer por várias gerações, além de danos incalculáveis ao meio ambiente. Vários 
países da Europa foram afetados pelas consequências do vazamento radioativo de um 
reator em Chernobyl, e toda a área da usina segue isolada até hoje. 
Energia eólica
É a energia produzida a partir da força dos ventos. A força do vento é captada 
nos aerogeradores por hélices ligadas a uma turbina que aciona um gerador 
elétrico. Essa fonte é abundante, limpa e renovável, podendo ser explorada 
em muitos lugares. 
Ela é utilizada desde os anos 1970 para fins comerciais em decorrência 
da crise do petróleo no mundo, inicialmente pelos Estados Unidos e alguns 
países da Europa, na busca de diminuir a dependência do petróleo e do carvão.
No Brasil, o potencial de aproveitamento da energia eólica é de 143.000 
megawatts. Os estados que apresentaram os potenciais mais promissores são 
Ceará e Rio Grande do Norte.
A seguir, veja no esquema (Figura 4) como é formada a cadeia de atividades 
relacionada à geração de energia eólica.
Figura 4. Cadeia de geração de energia eólica.
Fonte: Reis (2016).
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Sistemas e métodos de produção de energia78
Energia solar
O sol é uma fonte de energia inesgotável. Muitas fontes de energia renováveis 
derivam do sol, com seu uso direto, para fi ns de aquecimento ou geração de 
eletricidade, e indiretamente, como é o caso da energia dos ventos, das águas, 
das plantas etc.
Com o uso de diversas tecnologias, a radiação solar pode ser convertida 
em energia útil. Usando concentradores solares feitos de espelhos facetados, é 
possível obter elevadas temperaturas, sendo utilizadas em processos térmicos 
ou na geração de eletricidade (REIS, 2011). 
A cadeia de atividades da geração de energia solar é bem simples (Figura 5), 
mas a instalação dos equipamentos ainda tem um custo elevado.
Figura 5. Cadeia de aproveitamento de energia solar.
Fonte: Reis (2016).
Diferenças entre sistemas de produção de 
energia
Uma das formas de diferenciar os sistemas deprodução de energia é quanto 
à condição de renovável ou não renovável.
A energia não renovável, ou esgotável, é aquela que é obtida a partir de 
fontes naturais que não são capazes de se regenerar, como:
  Petróleo
  Carvão
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79Sistemas e métodos de produção de energia
 Gás natural
A energia renovável é aquela que é obtida a partir de fontes naturais capazes 
de se regenerar, como:
 Energia da biomassa
 Energia hidráulica
 Energia solar
 Energia eólica
Os sistemas de produção por meio de energias renováveis apresentam as 
seguintes vantagens em relação às energias convencionais:
 São lançados anualmente na atmosfera toneladas de CO2 pelo consumo 
de energias convencionais como petróleo, gás natural e carvão. O CO2 é o
maior responsável pelo aumento do efeito estufa, fazendo a temperatura
média global aumentar.
 O uso elevado das energias convencionais pode fazer elas esgotarem
mais rápido do que o tempo necessário para que a natureza as produza
novamente. Já a produção de energia por métodos renováveis não se
esgota.
 Com exceção da biomassa, que origina quantidades insignificantes de
CO2, SO2 e N2O para a atmosfera, a produção de energia por métodos
renováveis é mais limpa e não emite gases com efeito estufa.
 A produção local de energia por métodos renováveis contribui para
reduzir a dependência energética relativa à importação do petróleo.
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Sistemas e métodos de produção de energia80
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AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. Outras fontes. In: AGÊNCIA NACIONAL 
DE ENERGIA ELÉTRICA. Atlas de energia elétrica do Brasil. Brasília: Aneel, 2008. Dispo-
nível em: <http://www2.aneel.gov.br/arquivos/pdf/atlas_par2_cap5.pdf>. Acesso 
em: 06 set. 2017.
INTERNATIONAL ENERGY AGENCY. Site. [S.l.]: IEA, c2017. Disponível em: <https://www.
iea.org/>. Acesso em: 06 set. 2017.
REIS, L. B. Energia e sustentabilidade. Barueri: Manole, 2016.
REIS, L. B. Matrizes energéticas: conceitos e usos em gestão e planejamento. Barueri: 
Manole, 2011.
Leituras recomendadas
BRASIL. Matriz energética brasileira é uma das mais limpas do mundo, segundo indica-
dor. Brasília: Portal Brasil, 2016. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/infraestru-
tura/2016/05/matriz-energetica-de-2016-tera-maior-participacao-das-energias-re-
novaveis/article-1.jpg/view>. Acesso em: 06 set. 2017.
FADIGAS, E. A. F. A. Energia eólica. Barueri: Manole, 2011.
REIS, L. B. Energia, recursos naturais e a prática do desenvolvimento sustentável. Barueri: 
Manole, 2012.
VILLELA, A. A.; ROSA, L. P.; FREITAS, M. A. V. O uso de energia de biomassa no Brasil. Rio 
de Janeiro: Interciência, 2015.
DICA DO PROFESSOR
A Dica do Professor a seguir aborda, analisa e compara os diversos tipos de geração de energia 
elétrica.
Assista.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) Assinale a alternativa correta.
A) Uma usina hidrelétrica com reservatório de acumulação é uma usina que utiliza a água do 
reservatório apenas para realizar a regularização diária ou semanal do fluxo.
B) Para o atendimento ao horário de pico, a tecnologia mais adequada é a instalação de usinas 
eólicas.
C) Exemplos de fontes renováveis são: biomassa florestal, bagaço da cana, óleos vegetais, 
casca de arroz e lixo. Já na categoria das fontes não renováveis estão diesel, óleo 
combustível, gás natural, carvão mineral, urânio e álcool.
D) A construção de PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) tem impacto ambiental maior que 
a construção de hidrelétricas a fio d'água.
E) As fontes não renováveis são aquelas passíveis de se esgotar por serem utilizadas com 
velocidade bem maior que os milhares de anos necessários para a sua formação.
2) Assinale a alternativa que apresenta corretamente os problemas ambientais 
apresentados pela produção de energia elétrica.
A) A poluição do ar urbano é causada pelos automóveis e caminhões que utilizam derivados 
de petróleo e pelas usinas térmicas a gás natural.
B) A chuva ácida é causada pelas usinas nucleares.
C) A radiação é emitida pela produção de energia elétrica a partir das usinas térmicas a carvão 
mineral.
D) A perda da coloração dos recifes de corais deve-se à instalação das usinas hidrelétricas.
E) A instalação de uma usina eólica altera a velocidade e a direção dos ventos naquela região, 
ocasionando uma mudança no ciclo de migração de pássaros e animais marinhos.
3) Para um ótimo planejamento energético, são avaliadas as possibilidades de 
aproveitamento de fontes alternativas de energia, objetivando diminuir os impactos 
ambientais causados pela instalação de grandes hidrelétricas bem como atender de 
forma mais adequada o consumidor. No Brasil, considera-se que a geração:
A) fotovoltaica é uma alternativa interessante, principalmente para os processos de 
aquecimento.
B) termoelétrica, utilizando o bagaço de cana-de-açúcar, tem grande possibilidade de 
expansão.
C) eólica tem grande potencial, principalmente na região Sudeste.
D) fotovoltaica é a forma de geração alternativa de mais baixo custo, além de ser totalmente 
limpa.
E) por meio de microcentrais hidrelétricas é economicamente viável para a região Norte.
4) Uma pequena comunidade não conectada ao sistema elétrico brasileiro localiza-se em 
um vale cercado por montanhas de difícil acesso. Essa área é abastecida por um rio e 
é verão a maior parte do ano. Deseja-se instalar uma usina de geração de energia 
para abastecer os moradores. Qual forma de obtenção de energia permitiria que os 
moradores tivessem acesso à energia elétrica o ano todo?
A) Eólica.
B) Termoelétrica.
C) Fotovoltaica.
D) Nuclear.
E) Hidrelétrica.
5) Assinale a alternativa correta.
A) A região de costa marítima é propícia para a instalação de geradores eólicos em razão da 
baixa velocidade dos ventos.
B) As usinas hidrelétricas têm grandes reservatórios para acumulação de água.
C) O enriquecimento do urânio é utilizado apenas para a produção de energia elétrica.
D) Uma usina termoelétrica, utilizando como combustível o bagaço de cana-de-açúcar, 
contribui para a redução da incidência de gases do efeito estufa.
E) A energia maremotriz é uma energia de baixo custo que compete com a energia 
hidrelétrica.
NA PRÁTICA
Cada exemplo de produção de energia causa um conjunto de impactos ambientais negativos. 
Veja a seguir alguns danos causados pelas diferentes fontes de energia.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Smart City – Caso Da Implantação Em Búzios
Leia este artigo, que traz um exemplo de uma cidade inteligente, onde as tecnologias de ponta 
são aplicadas na geração de energia independente em conjunto com a redes das concessionárias, 
com o objetivo do aproveitamento de fontes renováveis de energia para o bem-estar do 
consumidor.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Itaipu - Super Usina Hidrelétrica - Gigantes da Engenharia - National Geographic 
Completo
Assista a este documentário sobre a construção da Usina de Itaipu, escolhida como uma das sete 
obras incríveis construídas pelo homem. O documentário foi feito pelo National Geographic e 
nos mostra a usina de gelo construída no canteiro de obras para resfriar o concreto utilizado na 
construção da usina, técnica esta nunca utilizada pelo homem até aquele desafio.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Instalações elétricas prediais: eixo infraestrutura
Para aprofundar seus conhecimentos, leia o livro Instalações elétricas prediais: eixo 
infraestrutura. A obra faz um estudo detalhado da geração, da transmissão e da distribuição de 
energia elétrica, enfocando os tipos de geração e as tensões de transmissão e distribuição. 
Termina com um quadro explicando as perdas no sistemaelétrico em razão de o nosso sistema 
de geração ser localizado longe dos centros de consumo. Comece em energia elétrica, na página 
19, capítulo 2, e termine em curiosidades, na página 29 do mesmo capítulo 2.
Técnicas para elaboração de esquemas 
elétricos
APRESENTAÇÃO
Seja bem-vindo!
Elaborar esquemas elétricos, que são os componentes de um desenho técnico de um projeto 
elétrico, requer conhecimento de dados, características e necessidades da instalação; seja ela 
residencial, predial ou industrial.
Além dessas condições básicas, a obtenção de informações adicionais, tais como cortes e 
detalhes, fará toda diferença na elaboração de um projeto que atenda à sua real finalidade. É 
importante pensar, mais do que nos elementos, em equipamentos e máquinas que possam 
funcionar no local que está sendo projetado, assim como no conjunto de pessoas que farão uso 
do local. Assim, é possível gerar projetos acessíveis e otimizados à sua utilização.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai identificar as informações preliminares que devem 
ser levantadas para a elaboração de um esquema elétrico. Também vai aprender sobre os 
diferentes tipos de esquemas elétricos, suas principais informações e a simbologia que deve ser 
aplicada.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Determinar os dados para elaboração do esquema elétrico. •
Relacionar as principais características do esquema elétrico. •
Aplicar a simbologia no esquema elétrico. •
DESAFIO
Se você voltar ao tempo das histórias infantis, é possível fazer uma analogia com os contos de 
piratas que pretendiam encontrar seus tesouros.
 
Fazendo uma relação com o trabalho de encontrar esse tesouro, pense em uma residência cujo 
circuito de alimentação se rompeu em algum lugar e, a você, foi dada a tarefa de encontrar a 
falha. Para facilitar o serviço, você solicita ao responsável que lhe mostre o esquema elétrico do 
projeto, para que sejam verificados os pontos em que há condutores; mas, infelizmente, 
ele informa que não possui tal documento.
Como você resolveria o problema dessa residência?
INFOGRÁFICO
Em qualquer tipo de projeto elétrico, a simbologia é fundamental. Em qualquer tipo de esquema, 
em que se baseia o projeto, diferentes tipos de símbolos podem melhorar a representação e a 
interconexão dos elementos.
No infográfico a seguir, conheça alguns símbolos referentes a projetos elétricos industriais.
 
CONTEÚDO DO LIVRO
Os esquemas elétricos funcionam como um mapa para quem irá executar o projeto ou realizar 
qualquer tipo de manutenção na instalação. A correta representação, localização e utilização dos 
símbolos em diagramas adequados garantem que o projeto seja bem executado, funcionando 
com segurança e confiabilidade.
No capítulo Técnicas para elaboração de esquemas elétricos, da obra Desenho técnico aplicado, 
você vai entender quais são os primeiros levantamentos a serem efetuados antes de começar um 
projeto elétrico; qual é o melhor tipo de diagrama a ser desenho no projeto e, ainda, aplicar os 
símbolos adequado a cada tipo diferente de esquema elétrico.
Boa leitura!
DESENHO TÉCNICO 
APLICADO
Luciana Maria 
Margoti Araujo
 
Técnicas para elaboração 
de esquemas elétricos 
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Determinar os dados para elaboração do esquema elétrico.
  Relacionar as principais características do esquema elétrico.
  Aplicar a simbologia no esquema elétrico.
Introdução
O levantamento das reais necessidades de ambientes e sua utilização 
garantem um projeto otimizado e corretamente direcionado à sua fun-
cionalidade, seja ele residencial, predial ou industrial. Para tanto, projeta-se 
esquemas elétricos, espécies de mapas que indicam a localização, as 
características e as especificações técnicas dos acessórios, elementos e 
equipamentos a serem instalados. Esses esquemas devem ser elaborados 
de acordo com as normas pertinentes em relação à simbologia, que dão 
as diretrizes corretas para sua execução.
Neste capítulo, você vai identificar as informações preliminares que 
devem ser levantadas para a elaboração de um esquema elétrico. Você 
também vai aprender sobre os diferentes tipos de esquemas elétricos, 
suas principais informações e a simbologia que deve ser aplicada. 
Esquemas elétricos
Além de conhecer e estudar as normas pertinentes à simbologia aplicada à 
engenharia elétrica, é necessário conhecer a funcionalidade dos ambientes 
que se deseja projetar. Estabelecer quais são as características de utilização 
de uma instalação ajuda no desenvolvimento de um projeto elétrico robusto, 
prático e funcional.
Para produzir um projeto elétrico, representado pelos esquemas pertinen-
tes, inicialmente será necessário reunir todas as plantas da instalação, obtidas 
junto ao cliente. As plantas necessárias são:
  Planta de situação: indica o posicionamento da instalação física (casa, 
prédio ou indústria) no que diz respeito à sua localização geográfica, 
em relação ao espaço em que está inserida. A Figura 1 mostra uma 
planta de terreno, e a Figura 2, uma planta de detalhe.
Figura 1. Planta de terreno, em que os espaços a serem construídos são mostrados.
Fonte: Verticalarray/Shutterstock.com.
Técnicas para elaboração de esquemas elétricos2
Figura 2. Planta de detalhe, que mostra a posição da instalação física na rua em que será 
construída.
Fonte: tele52/Shutterstock.com.
  Planta baixa (projeto arquitetônico): contém as divisões de cômodos, 
andares e todos os ambientes da instalação, como área de produção, 
escritórios, quartos, salas, etc. (Figura 3).
Figura 3. Planta baixa, ou projeto arquitetônico.
Fonte: RomanR/Shutterstock.com.
  Planta baixa do arranjo dos equipamentos: quando for o caso, indica 
a localização de máquinas e equipamentos, seguindo a disposição desses 
elementos nas dependências da instalação.
3Técnicas para elaboração de esquemas elétricos
  Planta de detalhes: mostra particularidades que a planta baixa não é 
capaz de mostrar (Figura 4).
Figura 4. Planta com detalhe de altura da construção.
Fonte: Lifestyle Graphic/Shutterstock.com.
Um bom projeto elétrico deve considerar, ainda, outros aspectos, como 
a possibilidade de mudanças de posição dos equipamentos instalados. Deve 
também priorizar a facilidade de utilização de todos os pontos instalados, 
sejam de iluminação ou de força. Para tanto, é necessário pensar no tipo de 
público que o projeto atenderá.
Além disso, o projetista deve ter em mente que as instalações estão sujeitas a 
falhas e manutenções. Assim, é preciso prever circuitos de alimentação distintos 
para partes distintas do projeto, garantindo que, em caso de manutenção ou 
falha, não seja necessário que toda a instalação fique desenergizada.
Todo o dimensionamento do projeto deve ser pensado levando-se em 
consideração a proteção dos equipamentos alimentados pelos circuitos, bem 
como a segurança das pessoas que irão operá-los ou utilizá-los. Quanto mais 
informações forem obtidas com o cliente, “dono” do projeto, mais adequado à 
utilização ele será, pois estará baseado em informações precisas sobre o seu 
uso, garantindo acessibilidade, segurança e confiabilidade.
Outra condição importante para se executar corretamente um projeto 
elétrico é conhecer e estudar as normas referentes aos critérios técnicos 
para instalações elétricas. A ABNT NBR-5410 trata sobre as instalações 
elétricas de baixa tensão, e a ABNT NBR-5419, sobre a proteção de estruturas 
Técnicas para elaboração de esquemas elétricos4
contra descargas atmosféricas. Já as normas da concessionária de energia local 
estabelecem, entre outras coisas, as características dos padrões de entrada, os 
critérios de alimentação do ramal para o consumidor, etc. Deve-se observar 
também as normais técnicas aplicáveis a itens específicos do projeto. Por 
exemplo, é necessário conhecer as normas e regulamentaçõesdo Corpo de 
Bombeiros local, visando ao atendimento das regras de segurança e combate 
a incêndios. Normas sobre instalações telefônicas também podem ser úteis. 
Enfim, para cada projeto, o responsável deverá buscar toda a documentação 
técnica pertinente ao desenvolvimento dos esquemas elétricos.
Conhecendo as normas e de posse de plantas e demais informações sobre 
a instalação, o projetista deverá verificar as necessidades do ambiente, para 
analisar quantos e quais elementos ou acessórios serão necessários para o 
esquema elétrico. Em instalações elétricas, é comum observar a coordenação 
e a seletividade na utilização, bem como desligamentos, que garantem menor 
quantidade de intervalos de interrupção de fornecimento de energia elétrica às 
instalações e aos equipamentos. O projeto deve sempre atender às demandas 
de seus usuários, garantindo a melhor distribuição e localização dos acessórios 
e equipamentos da instalação elétrica. 
Priorizar o entendimento e a aplicação de normas técnicas pertinentes aos dimensio-
namentos necessários a um projeto elétrico vai garantir que seu projeto tenha bom 
desempenho funcional, com segurança e vida útil adequada de seus elementos e dos 
equipamentos por eles alimentados. Ainda que não tenham o menor custo a curto 
prazo, adote sempre os padrões estabelecidos pelas normas.
Características
Os projetos elétricos são compostos por esquemas elétricos, ou diagramas 
elétricos. Os esquemas elétricos funcionam como mapas que indicam a correta 
localização e demais características e especifi cações técnicas dos acessórios, 
elementos e equipamentos a serem instalados.
Esses mapas contêm a representação gráfica de circuitos elétricos e eletrô-
nicos que facilitam a execução do projeto, bem como sua manutenção, quando 
necessário. Os diagramas elétricos podem ser, basicamente, de três tipos:
5Técnicas para elaboração de esquemas elétricos
  unifilares;
  multifilares; e
  funcionais.
Cada um desses tipos de esquema possui características que podem, in-
clusive, ser complementadas quando utilizadas em conjunto.
Diagrama unifilar
Diagramas unifi lares são desenhos técnicos compostos de símbolos que 
representam elementos a serem instalados em uma planta baixa. Esses ele-
mentos são conectados por uma linha, e sobre essa linha são desenhados os 
condutores que passam no caminho indicado.
Esse tipo de diagrama é muito utilizado para a execução de obras de 
instalação de acessórios de iluminação e tomadas. O traçado desse tipo de 
desenho técnico segue, estrategicamente, a localização da instalação de todos 
os elementos presentes no projeto (Figura 5).
Figura 5. Diagrama unifilar de um galpão industrial (parcial).
Técnicas para elaboração de esquemas elétricos6
A linha que conecta os elementos e acessórios pode representar eletrodutos, 
bandejas, calhas ou qualquer outro acessório, denominado duto, que serve 
para sustentar e levar os condutores de alimentação às mais diversas conexões 
da instalação. Sobre essas linhas que representam os dutos estão os símbolos 
que representam os condutores que passam por eles. Essa representação de-
monstra a quantidade, o agrupamento por circuito ou a bitola de condutores 
e qualquer outra informação ou característica que demonstre, em símbolos 
e códigos, o seu interior. À medida que se ganha experiência, a leitura desse 
tipo de diagrama se torna mais fácil e ágil.
Além de mostrar os pontos de iluminação, as tomadas e os caminhos que 
os condutores percorrem, o diagrama unifilar também mostra a localização 
dos quadros de distribuição, de onde parte a alimentação para os circuitos 
representados, e também o número de circuitos presentes na instalação. A 
Figura 6 apresenta um diagrama unifilar de uma residência.
Figura 6. Diagrama unifilar de uma residência.
Fonte: Gebran; Rizzato (2017).
Quanto maior o número de informações presentes em um esquema elétrico, seja 
por meio de símbolos ou de códigos, mais fiel à realidade ele estará, o que facilitará 
sua execução.
7Técnicas para elaboração de esquemas elétricos
Diagrama multifilar
Diagramas multifi lares são desenhos que demonstram a ligação de máquinas 
e equipamentos com o número total de condutores que os alimentam. Esse tipo 
de esquema elétrico é muito utilizado em projetos industriais, por conseguir 
demonstrar as fases que alimentam a maioria dos equipamentos do ambiente.
Em projetos residenciais e prediais, os esquemas multifilares são uti-
lizados, preferencialmente, para demonstrar algum detalhe da instalação, 
para equipamentos específicos ou para demonstrar a ligação de padrões de 
entrada e de motores e bombas, quase sempre presentes em portões e sistemas 
de bombeamento de água. Nos demais casos, tratando-se desses projetos, o 
diagrama unifilar é o mais utilizado.
No meio industrial, esse tipo de esquema elétrico é também chamado 
diagrama de força, pois mostra a alimentação dos equipamentos. A Figura 
7 apresenta um diagrama multifilar para a instalação de um motor elétrico.
Figura 7. Diagrama multifilar de instalação de um motor elétrico.
Fonte: Creder (2016).
Técnicas para elaboração de esquemas elétricos8
Diagrama funcional
Diagramas funcionais, também conhecidos como diagramas de controle, 
mostram, principalmente, comandos de acessórios, equipamentos ou máquinas 
elétricas. Esse tipo de esquema também é mais difundido no ambiente indus-
trial, sendo analisado juntamente com o diagrama multifi lar dos equipamentos 
(Figura 8). Eles demonstram a sequência de ligação de elementos que acionam 
os equipamentos e máquinas (Figura 9). O diagrama funcional não mantém 
proporções sobre a distância de instalação dos elementos nele presentes; 
essencialmente, ele traz o funcionamento e a interligação de circuitos.
Figura 8. (a) Diagrama funcional (controle) e (b) diagrama multifilar (força) para acionamento 
de um motor elétrico.
Fonte: Creder (2016).
9Técnicas para elaboração de esquemas elétricos
Figura 9. Diagrama funcional para acionamento.
R
S0
S1
S2
S
K1
A1
A2
A1
L1 L2 L3
14
A2
K2
S2
S1
SO K1
13
14
13
14
K2
Simbologia nos esquemas elétricos
Após realizar os cálculos adequados à alimentação e à instalação dos com-
ponentes da instalação elétrica, seja residencial, predial ou industrial, será 
necessário realizar o desenho do projeto. Esse desenho técnico deverá conter 
todas as especifi cações técnicas pertinentes ao projeto em questão, além dos 
símbolos dos elementos edas indicações de potências, distâncias, bitolas, etc. 
Utilizar a simbologia adequada ao desenho de esquemas elétricos requer do 
projetista o conhecimento da representação correta de cada símbolo e sua 
utilidade. Caberá ao projetista tomar decisões como localização dos elementos, 
coordenação entre os equipamentos de proteção e segurança, entre outros.
A seguir, você vai acompanhar a aplicação da simbologia em alguns es-
quemas elétricos.
Esquema de uma planta residencial
Suponha que você precisa realizar o projeto de uma residência, como mostra 
a planta da Figura 10.
Técnicas para elaboração de esquemas elétricos10
Figura 10. Planta baixa residencial, para projeto elétrico.
Fonte: Gebran; Rizzato (2017).
Após os cálculos pertinentes à previsão de carga, de acordo com a dimensão 
de cada cômodo, e tendo determinado a quantidade e a potência de cada ponto, 
você já pode dar início ao desenho do esquema unifilar dessa instalação, 
exemplificado na Figura 11. Na Figura 12, estão representadas as conexões 
entre os elementos. Essas conexões são os eletrodutos.
11Técnicas para elaboração de esquemas elétricos
Figura 11. Planta baixa residencial e projeto elétrico.
Fonte: Gebran; Rizzato (2017).
Técnicas para elaboração de esquemas elétricos12
Figura 12. Planta baixa residencial e projeto elétrico, apresentando o esquema de eletrodutos.
Fonte: Gebran; Rizzato (2017).
Para completar o diagrama unifilar, será necessário indicar os fios que 
passam em cada parte do eletroduto, bem como adicionar todas as informações 
técnicaspertinentes, como exemplificado na Figura 13.
13Técnicas para elaboração de esquemas elétricos
Figura 13. Planta baixa residencial e projeto elétrico, com a simbologia pertinente às 
instalações elétricas previstas.
Fonte: Gebran; Rizzato (2017). 
Esquema elétrico para um diagrama funcional
Para o diagrama de comando representado a seguir, perceba que ele será 
alimentado pelas fases R e S, nas quais foram colocados fusíveis, garantindo 
a proteção do circuito. Na sequência, uma botoeira S0 funciona como botão de 
emergência (parada), uma vez que ela é do tipo contato normalmente fechado 
(NF ou NC). A qualquer momento, conforme necessário, acionar S0 indica 
cortar a alimentação do circuito.
Nesse diagrama, é possível perceber que a botoeira S1 energiza o circuito e, 
consequentemente, o contator K1. Ao ser energizado, os contatos 13-14 de K1, 
normalmente abertos (NA ou NO), são fechados, realizando o selo de contato e 
Técnicas para elaboração de esquemas elétricos14
mantendo esse contator alimentado. A partir daí, qualquer equipamento ligado 
nos terminais de K1 ficará funcionando, até que a botoeira S0 seja acionada.
Figura 14. Diagrama funcional.
Acesse o link abaixo ou o código ao lado e entenda melhor 
como ler e interpretar esquemas elétricos.
https://goo.gl/Ta23Rf
15Técnicas para elaboração de esquemas elétricos
1. No momento de realizar um 
projeto elétrico e construir os 
esquemas pertinentes, uma série 
de levantamentos são necessários e 
garantem a otimização do projeto. 
Dentre os documentos a serem 
obtidos na fase inicial, estão: 
a) a planta baixa e a 
planta de situação.
b) a planta baixa e a 
planta hidráulica.
c) a planta baixa e a 
planta paisagística.
d) a planta de situação e 
a planta hidráulica.
e) a planta de situação e a 
planta paisagística.
2. Cada um dos três tipos de diagramas 
elétricos possui funções bem 
específicas à sua finalidade. É 
correto afirmar que o(s) esquema(s) 
que trata(m) de demonstrar 
os elementos do projeto, bem 
como sua correta localização, 
distância e conexão é (são): 
a) esquema funcional.
b) esquema funcional e unifilar.
c) esquema unifilar.
d) esquema unifilar e multifilar.
e) esquema multifilar.
3. O esquema multifilar é bastante 
utilizado no setor industrial devido 
às suas características que auxiliam 
na montagem e manutenção 
das áreas. Dentre as alternativas 
a seguir, assinale a correta:
a) É uma característica do diagrama 
multifilar demonstrar todas 
as fases de alimentação.
b) Esse tipo de diagrama é muito 
utilizado para a execução de 
obras de instalação de acessórios 
de iluminação e tomadas.
c) Um diagrama multifilar 
demonstra a ligação de 
motores e bombas, exceto 
seus acionamentos.
d) O diagrama multifilar tem seu 
entendimento prejudicado 
se utilizado juntamente com 
um diagrama funcional.
e) Os diagramas multifilares não 
demonstram dispositivos 
de proteção e segurança 
nas fases de alimentação.
4. Os dutos conduzem os 
elementos condutores aos que 
serão alimentados pelas fases. 
É um tipo de duto: 
a) o contator.
b) o interruptor.
c) o ponto de iluminação.
d) o diagrama funcional.
e) a calha.
5. Diversos são os símbolos 
a serem utilizados em 
esquemas elétricos. Além 
de conhecer os símbolos, 
o projetista precisa 
conhecer suas funções e 
aplicações. Na figura ao 
lado, está representado:
a) o relé.
b) o fusível.
c) o contato NA.
d) o contato NF.
e) o contator.
Técnicas para elaboração de esquemas elétricos16
CREDER, H. Instalações elétricas. Rio de Janeiro: LTC, 2016.
GEBRAN, A. P.; RIZZATO, F. A. P. Instalações elétricas prediais. Porto Alegre: Bookman, 2017.
Leituras recomendadas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: instalações elétricas de 
baixa tensão. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5419: proteção de estruturas 
contra descargas atmosféricas. Rio de Janeiro: ABNT, 2001. 
MAMEDE FILHO, J. Instalações elétricas industriais. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007.
NISKIER, J.; MACINTYRE, A. J. Instalações elétricas. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2015.
17Técnicas para elaboração de esquemas elétricos
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
 
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
Quando é necessário executar um esquema funcional, é preciso pensar em indicações para as 
pessoas que serão usuárias de seu projeto, uma vez que os elementos utilizados na execução 
desses esquemas não mostram, necessariamente, que eles estão em funcionamento. Portanto, 
talvez seja interessante adicionar um sinal luminoso para essa informação. Quando se trabalha 
com energia elétrica, a segurança deve estar em primeiro lugar.
Para entender como adequar sinais luminosos aos esquemas funcionais, bem como botões de 
emergência, visando à garantia da segurança de todos os envolvidos no projeto, assista à Dica 
do Professor a seguir.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
EXERCÍCIOS
1) No momento de realizar um projeto elétrico e construir os esquemas pertinentes, 
uma série de levantamentos são necessários para garantir a otimização do projeto. 
Entre os documentos a serem obtidos na fase inicial, estão:
A) a planta baixa e a planta de situação.
B) a planta baixa e a planta hidráulica.
C) a planta baixa e a planta paisagística.
D) a planta de situação e a planta hidráulica.
E) a planta de situação e a planta paisagística.
2) 
Cada um dos três tipos de diagramas elétricos possui funções bem específicas à sua 
finalidade. É correto afirmar que o(s) esquema(s) que trata(m) de demonstrar os 
elementos do projeto, bem como sua correta localização, distância e conexão é (são): 
A) esquema funcional.
B) esquema funcional e unifilar.
C) esquema unifilar.
D) esquema unifilar e multifilar.
E) esquema multifilar.
3) O esquema multifilar é bastante utilizado no setor industrial devido às suas 
características que auxiliam na montagem e na manutenção das áreas. Entre as 
alternativas a seguir, assinale a correta.
A) É uma característica do diagrama multifilar demonstrar todas as fases de alimentação.
B) Esse tipo de diagrama é muito utilizado para a execução de obras de instalação de 
acessórios de iluminação e tomadas.
C) Um diagrama multifilar demonstra a ligação de motores e bombas, exceto seus 
acionamentos.
D) O diagrama multifilar tem seu entendimento prejudicado se utilizado juntamente com um 
diagrama funcional.
Os diagramas multifilares não demonstram dispositivos de proteção e segurança nas fases E) 
de alimentação.
4) Os dutos conduzem os elementos condutores aos que serão alimentados pelas fases. É 
um tipo de duto: 
A) o contator.
B) o interruptor.
C) o ponto de iluminação.
D) o diagrama funcional.
E) a calha.
Diversos são os símbolos a serem utilizados em esquemas elétricos. Além de conhecer os 
símbolos, o projetista precisa conhecer suas funções e suas aplicações. Na figura a seguir, 
está representado: 
1. 
5) 
A) o relé.
B) o fusível.
C) o contato NA.
D) o contato NF.
E) o contator.
NA PRÁTICA
Os diagramas funcionais, além de mostrarem elementos de acionamentos, servem também para 
indicar a coordenação entre estes.
Suponha que você trabalhe em uma linha de separação de peças. Em algum momento do 
processo, um motor move uma esteira que contém peças quadradas, e um outro motor 
move uma esteira que contém peças redondas. De acordo com a necessidade da produção, ora 
um tipo de peça é dispensado em uma caixa para produção, ora o outro tipo de peça precisa ser 
dispensado nessa mesma caixa. Um evento não pode ocorrer junto com o outro: ou caem peças 
quadradas, ou caem peças redondas. Nunca os dois tipos juntos.
Neste Na Prática, observe como você pode representar essa situação com os esquemas de 
ligações desses dois motores.
 
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões doprofessor:
Qual a diferença entre o diagrama multifilar e unifilar?
Ainda resta alguma dúvida? Assista a este vídeo que compara um diagrama multifilar com um 
diagrama unifilar para a alimentação do mesmo equipamento.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Motores elétricos e acionamentos
Neste livro, você conhecerá um pouco mais sobre a aplicação de esquemas elétricos no setor 
industrial.
Instalações elétricas prediais
Com este livro, entenda um pouco mais sobre os projetos elétricos, para garantir a correta 
utilização de símbolos e elementos pertinentes.
Localização dos comandos, dos 
interruptores e do quadro de disjuntores
APRESENTAÇÃO
Um dos maiores desafios, para muitos profissionais eletricistas, é o projeto elétrico. Em projetos 
elétricos, se utiliza diversos tipos de equipamentos e dispositivos, tanto para o comando de 
circuitos quanto para a proteção deles. Os dispositivos de comando elétrico são responsáveis 
pelo acionamento de máquinas elétricas, enquanto os dispositivos de proteção são responsáveis 
pelo desligamento do circuito, a fim de se evitar maiores defeitos. O conhecimento desses 
dispositivos visa a correta utilização dos equipamentos no desenvolvimento do projeto. Além 
disso, para garantir a segurança dos profissionais e dos clientes, a norma reguladora prevê regras 
específicas para ambientes onde o risco de choque elétrico é maior.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender a distinguir os dispositivos de comando dos 
dispositivos de proteção, bem como identificar os dispositivos mais comumente utilizados. 
Além disso, você vai ser capaz de alocar o quadro de distribuição, a fim de atender à norma e 
ficar atento às boas práticas desse tipo de instalação. Por fim, você vai ser capaz de reconhecer 
requisitos complementares de projetos para locais específicos, de forma a garantir a segurança 
de todos ao longo do projeto.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar a localização para interruptores seccionadores.•
Especificar a localização para quadro de disjuntores.•
Reconhecer os requisitos complementares para instalações ou locais específicos. •
DESAFIO
Os engenheiros eletricistas são profissionais fundamentais no setor industrial e na área de 
construção civil. Por atender diversos segmentos, o eletricista é responsável por implementar as 
normas técnicas vigentes e estar atento às diretrizes do projeto, a fim de evitar gastos 
desnecessários aos seus clientes. O profissional dessa área deve saber reconhecer equipamentos 
e dispositivos, bem como a correta instalação deles.
Imagine que você é o engenheiro responsável pela parte elétrica da planta baixa a seguir. 
 
Indique qual o local ideal para a instalação do quadro de disjuntores, considerando também que 
a residência apresenta 3 condicionadores de ar, um em cada um dos quartos e um na sala, e o 
banheiro tem chuveiro de 5500W.
INFOGRÁFICO
No projeto de circuitos elétricos residenciais, é fundamental conhecer os diversos dispositivos 
existentes e saber como utilizar corretamente cada um deles. A norma vigente no país estabelece 
o uso de muitos equipamentos, que exercem diferentes funções nos circuitos de uma residência. 
Dito isso, é de se imaginar que o profissional eletricista precise ter conhecimento a respeito de 
dispositivos de comando e seccionamento, além de saber utilizar tais dispositivos para atender à 
norma e garantir a segurança tanto do profissional quanto dos clientes. 
 
No Infográfico a seguir, conheça alguns dos diferentes mecanismos de comando e 
seccionamento de circuitos elétricos. 
CONTEÚDO DO LIVRO
Para técnicos e engenheiros eletricistas, é fundamental o conhecimento de equipamentos e 
dispositivos utilizados em projetos elétricos. Além disso, estabelecer e utilizar as normas 
técnicas é imprescindível para a segurança tanto dos profissionais quanto dos consumidores.
Na obra Instalações elétricas, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, leia o capítulo 
Localização dos comandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores e aprenda a utilizar 
corretamente as normas técnicas brasileiras para projetos elétricos residenciais, tanto para 
localização do quadro de distribuição quanto para o projeto de locais específicos. Além disso, 
entenda um pouco mais sobre os diferentes tipos de dispositivos existentes em um projeto, 
podendo atender às necessidades exatas dos consumidores.
Boa leitura.
INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS 
Eduardo Scheffer Saraiva
Localização dos comandos, 
dos interruptores e do 
quadro de disjuntores
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar a localização para interruptores seccionadores.
 � Especificar a localização para quadro de disjuntores.
 � Reconhecer os requisitos complementares para instalações ou locais 
específicos.
Introdução
No desenvolvimento de projetos elétricos, o profissional precisa estar 
atento aos mais diversos equipamentos e à sua correta utilização, sejam 
eles dispositivos de proteção, comando ou seccionamento. O conheci-
mento aprofundado destes equipamentos garante ao profissional segu-
rança, menor retrabalho e, ao projeto, custos menores. Saber discernir o 
melhor local para a instalação de equipamentos e dispositivos também 
é parte importante no dia a dia do profissional eletricista, uma vez que 
isso garante não só um melhor andamento do projeto, como também 
entregas mais eficientes aos clientes. Além disso, o correto uso das normas 
vigentes no país garante um projeto seguro tanto para o profissional 
quanto para o consumidor. 
Neste capítulo, você aprenderá mais sobre os diferentes dispositivos 
de comando de circuitos e de seccionamento. Ademais, você estará 
apto a posicionar adequadamente o quadro de distribuição geral, não só 
atentando às normas, mas também às boas práticas de engenharia que 
lhe garantirão um retorno maior no projeto. Finalmente, você aprenderá 
sobre os requisitos complementares em um projeto, como a instalação 
de componentes e circuitos em locais específicos. 
1 Dispositivos de comando dos circuitos e 
seccionadores
O conhecimento dos diferentes tipos de dispositivos de uma instalação elétrica 
é fundamental para o desenvolvimento do profissional eletricista, tanto para 
sua segurança e dos clientes, quanto para garantir o melhor custo benefício no 
projeto. O conhecimento das normas técnicas a respeito do uso dos dispositivos 
em cada situação auxilia o profissional na hora de tomar a decisão, evitando 
assim dimensionamentos equivocados dos circuitos. Nesta seção você entenderá 
a diferença entre dispositivos de seccionamento e dispositivos de comando.
Dispositivos de seccionamento
No cotidiano de profissionais eletricistas acidentes podem ocorrer. Para reduzir 
o impacto desses acidentes existem os dispositivos de seccionamento, que 
garantem o desligamento de um dispositivo ou circuito defeituoso dos demais 
aparelhos ou circuitos, provendo assim maior segurança. A norma técnica 
regulamentadora brasileira NBR 5410 estipula que para fins de manutenção, 
verificação e localização de defeitos deverão sempre existir meios secciona-
dores de modo a interromper a alimentação dos circuitos em uma instalação 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004). Todo 
circuito deve possuir conjunto próprio de dispositivos de proteção de modo 
a interromper todos os condutores do circuito (fases e neutro). Com exceção 
apenas do esquema de aterramento TN-S, no qual não há na norma previsão 
de uso de dispositivos de seccionamento. 
Dispositivos de seccionamento podem ser utilizados por conjuntos de cir-
cuitos. isto acontece quando se deseja o desligamento geral de uma instalação 
ou de segmentos a partir de um quadro de distribuição. Porém isso não anula 
a obrigatoriedade do uso de circuitos de proteção de cada circuito isolado. 
Um dos componentes de proteção maisconhecido é o fusível, um dispositivo 
de segurança elétrica que opera para fornecer proteção de sobrecorrente de 
um circuito elétrico. Seu componente essencial é um fio ou tira de metal que 
derrete quando muita corrente flui através dele, interrompendo a corrente. 
É um dispositivo de sacrifício; uma vez que um fusível funcione, ele deve ser 
substituído ou religado, dependendo do tipo. Esses dispositivos foram utilizados 
como segurança essencial desde os primeiros dias da engenharia elétrica. 
Hoje existem milhares de projetos de fusíveis diferentes, com classificações 
específicas de corrente e tensão, capacidade de interrupção e tempos de 
Localização dos comandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores2
resposta, dependendo da aplicação. O tempo e as características operacio-
nais atuais dos fusíveis são escolhidos para fornecer proteção adequada sem 
interrupções desnecessárias. Os regulamentos de fiação geralmente definem 
uma classificação máxima de corrente de fusível para circuitos específicos. 
Curtos-circuitos, sobrecarga, cargas incompatíveis ou falha do dispositivo 
são os principais ou alguns dos motivos da operação do fusível. De acordo 
com a aplicação, a norma internacional IEC 60269 2 1 utiliza duas letras para 
a especificação dos fusíveis (INTERNATIONAL ELECTROTECHNICAL 
COMMISSION, 2004).
A primeira letra indica em que tipo de sobrecorrente o fusível irá atuar, e a 
segunda, que tipo de equipamento o fusível é indicado para proteger, conforme 
especifica o Quadro 1. 
Fonte: Adaptado de Creder (2007).
Primeira letra minúscula
a — Fusível limitador de corrente, 
proteção contra curto-circuito
g — Fusível limitador de corrente, proteção 
contra curto-circuito e sobrecarga
Segunda letra maiúscula
G — Uso geral
M — Proteção de circuitos motores
L — Proteção de linha
Tr — Proteção de transformadores
R — Proteção de semicondutores
S — Proteção de semicondutores e linha
Quadro 1. Código de utilização de fusíveis
Outro dispositivo de proteção muito comum nas instalações elétricas é 
o disjuntor. O disjuntor é um interruptor elétrico operado automaticamente, 
projetado para proteger um circuito elétrico de danos causados por excesso 
de corrente de sobrecarga ou curto-circuito. Sua função básica é interromper 
o fluxo de corrente após a detecção de uma falha. 
3Localização dos comandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores
O fusível é um dispositivo de sacrifício, ou seja, uma vez utilizado, ele deve ser substituído 
ou religado, enquanto o disjuntor, ao contrário, pode ser redefinido para retomar a 
operação normal.
Os disjuntores são fabricados em tamanhos variados, desde pequenos 
dispositivos que protegem circuitos de baixa corrente ou eletrodomésticos 
individuais até grandes quadros de distribuição projetados para proteger 
circuitos de alta tensão que alimentam uma cidade inteira. 
Já o dispositivo diferencial residual é um dispositivo que interrompe rapi-
damente um circuito elétrico para evitar danos graves causados por um choque 
elétrico em andamento. Esses dispositivos de fiação elétrica são projetados 
para desconectar rápida e automaticamente um circuito quando detectar que 
a corrente elétrica não está equilibrada entre os condutores de alimentação e 
retorno de um circuito. Qualquer diferença entre as correntes nesses condutores 
indica corrente de fuga, o que representa um risco de choque. Uma corrente 
de cerca de poucos mA através do corpo humano é suficiente para causar 
parada cardíaca ou danos graves se persistir por mais de uma pequena fração 
de segundo (HANSEN et al., 2017). Os dispositivos diferenciais residuais foram 
projetados para desconectar os fios condutores com rapidez suficiente para 
evitar ferimentos graves. São dispositivos testáveis e reinicializáveis. Um botão 
de teste cria com segurança uma pequena condição de vazamento, e um botão 
de reset reconecta os condutores após a eliminação de uma condição de falha. 
Dispositivos de comando
Dispositivos que automaticamente ou manualmente alteram o estado de um 
determinado equipamento elétrico são conhecidos como dispositivos de co-
mando. Estes dispositivos são destinados a garantir o desligamento ou a 
ligação de energia elétrica de um segmento ou de toda a instalação elétrica. 
Um dispositivo de comando familiar a todos é o interruptor responsável pelo 
acendimento ou desligamento de lâmpadas em ambientes domésticos. 
Localização dos comandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores4
A norma técnica prevê o uso de dispositivos de comandos sempre que 
houver necessidade de controle de todo o circuito ou parte de circuito que 
seja independente de outras partes da instalação. A norma ainda estipula a 
necessidade de usar os dispositivos de comando para seccionar todos os con-
dutores vivos de um circuito, caso este gere riscos de acidentes para pessoas 
ou demais circuitos. Todo e qualquer equipamento deve possuir dispositivo de 
comando; este poderá vir já incorporado no equipamento, de modo que quando 
não incorporado o dispositivo de comando deve ser provido na instalação. 
De maneira similar aos dispositivos de proteção, os dispositivos de comando 
podem ser utilizados para diversos equipamentos simultaneamente, como é 
o caso de interruptores destinados a várias lâmpadas. Tomadas podem ser 
considerados dispositivos de comando, desde que a corrente nominal não 
ultrapasse os 20 A estipulados em norma. Alguns exemplos de dispositivos de 
comando são o interruptor, sensores de presença e comutadores. Mais detalhes 
a respeito destes dispositivos são apresentados a seguir.
O interruptor é um componente elétrico que pode desconectar ou conectar o 
caminho condutor em um circuito elétrico, interrompendo a corrente elétrica ou 
desviando-a de um condutor para outro. O tipo mais comum de interruptor é o 
dispositivo eletromecânico que consiste em um ou mais conjuntos de contatos 
elétricos móveis conectados a circuitos externos. Quando um par de contatos 
está se tocando, a corrente pode passar entre eles, enquanto que quando os 
contatos são separados, nenhuma corrente pode fluir. Existem muitas formas 
especializadas de interruptores, como chave seletora, chave rotativa, chave de 
mercúrio, chave de botão, chave de reversão, relé e disjuntor. 
Diferentemente do apresentado até então, o contator é um interruptor 
controlado eletricamente usado para alternar um circuito de energia elétrica. 
Um contator é tipicamente controlado por um circuito que possui um nível 
de energia muito menor do que o circuito comutado, como um eletroímã de 
bobina de 24 V que controla um comutador de motor de 230 V. Diferentemente 
dos relés de uso geral, os contatores são projetados para serem conectados 
diretamente a dispositivos de carga de alta corrente. Os relés tendem a ser de 
menor capacidade e geralmente são projetados para aplicações normalmente 
fechadas e normalmente abertas. Os dispositivos que comutam mais de 15 A 
ou em circuitos com mais de alguns kW são geralmente chamados contatores. 
Os contatores são fornecidos de várias formas, com capacidades e recursos 
variados. Diferentemente de um disjuntor, um contator não se destina a in-
terromper uma corrente de curto-circuito. Os contatores variam entre aqueles 
com uma corrente de ruptura de vários amperes a milhares de amperes e 
24 V DC a muitos quilovolts. 
5Localização dos comandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores
Outro exemplo de dispositivo de comando é o sensor de presença, ca-
paz de detectar a presença de objetos próximos sem nenhum contato físico. 
Um sensor de presença geralmente emite um campo eletromagnético ou um 
feixe de radiação eletromagnética (infravermelho, por exemplo) e procura 
alterações no campo ou no sinal de retorno. O objeto que está sendo detec-
tado é geralmente chamado de alvo do sensor de proximidade. Os sensores 
de proximidade podem ter alta confiabilidade e longa vida funcional devido 
à ausência de peças mecânicas e à falta de contato físico entreo sensor e o 
objeto detectado. 
Nesta seção foram apresentados os dispositivos tanto de comando quanto 
de seccionamento mais comumente encontrados em projetos elétricos. Para o 
profissional eletricista o conhecimento destes equipamentos aliado ao conheci-
mento da norma técnica é fundamental para segurança tanto dos profissionais 
que trabalham no projeto quanto para os clientes. Na próxima seção aprende-
remos mais sobre a instalação de dispositivos em projetos elétricos, bem como 
a interpretar a norma no que se refere a instalação de quadros de distribuição. 
2 Quadro de distribuição principal
O quadro de distribuição tem grande papel nas instalações elétricas, sendo ele 
responsável por armazenar dispositivos para proteção de circuitos e conexões 
de condutores elétricos, de modo a distribuir a energia aos diversos circuitos 
da instalação elétrica.
Circuito é o nome dado àqueles conjuntos de pontos de consumo que estão 
interligados pelos mesmos dispositivos de proteção e pontos de alimentação. 
Dividir a instalação em diversos circuitos é prática usual, a fim de limitar as 
consequências de falhas que possam vir a ocorrer na instalação. Além disso, 
a divisão da instalação em circuitos menores facilita a verificação, ensaios 
e manutenção do sistema. Circuitos ainda podem ser usados de maneira a 
separar sistemas que exijam menor e maior potência, visando à diminuição 
da seção circular dos condutores, o que diminui custos do projeto (CREDER, 
2007). Circuitos de maior potência, além de condutores de maior seção, exigem 
maiores cuidados na instalação dos condutores nos eletrodutos. 
Nos sistemas polifásicos os circuitos devem ser distribuídos de maneira a 
assegurar o melhor equilíbrio de cargas entre as fases.
Localização dos comandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores6
Devem ser observadas as seguintes restrições em unidades residenciais, 
hotéis, motéis ou similares:
 � devem ser separados em circuitos independentes aparelhos com corrente 
nominal superior a 10 A;
 � circuitos de iluminação deverão ser separados dos circuitos de tomadas;
 � poderão ser instalados pontos de iluminação e tomada no mesmo cir-
cuito, exceto em cozinha, copas e áreas de serviço, que devem ser 
constituídas por circuitos independentes;
 � se um conjunto de condicionadores de ar utilizar da mesma fonte de 
alimentação, deverá ser utilizado um dispositivo de proteção para cada 
aparelho e um dispositivo de proteção geral para a alimentação;
 � cada circuito deverá ter seu próprio condutor neutro;
 � circuitos de tomadas deverão ter um condutor de proteção ligado dire-
tamente ao condutor terra da instalação;
 � circuitos de iluminação instalados em áreas com piso “molhado” ou 
instalados em algumas instalações industriais também deverão ter um 
condutor de proteção.
A norma NBR 5410 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉC-
NICAS, 2004) prevê que os quadros de distribuição devem ser instalados em 
local de fácil acesso e ser providos de identificação do lado externo, legível 
e não facilmente removível.
A fim de evitar custos desnecessários, uma boa prática no projeto de 
instalação de quadros de distribuição é a alocação do quadro o mais próximo 
possível das cargas mais altas e preferencialmente próximo do medidor da 
concessionária. Isso porque o cabeamento do circuito que vem do medidor, 
assim como o que vem de cargas mais altas, necessita de maior seção, o que 
para maiores distâncias acaba aumentando desnecessariamente o custo de 
projeto. Além disso, nos quadros de distribuição deve ser previsto espaço de 
reserva para ampliações futuras, com base no número de circuitos com que 
o quadro for efetivamente equipado, conforme o Quadro 2.
7Localização dos comandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores
Fonte: Adaptado de Associação Brasileira de Normas Técnicas (2004).
Quantidade de circuitos 
efetivamente disponíveis (N)
Espaço mínimo destinado a 
reserva (em número de circuitos)
≤ 6 2
≥ 7 ≤ 12 3
≥ 13 ≤ 30 4
N > 30 0,15 N
Quadro 2. Espaço reserva para quadros de distribuição
Nesta seção foi introduzido o conceito de quadro de distribuição, assim 
como são apresentados os detalhes para sua instalação segundo a norma NBR 
5410 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004). Além 
disso, são enumeradas algumas boas práticas na hora da instalação, de maneira 
a facilitar o trabalho do profissional tanto para a sua segurança e dos clientes 
quanto para futuras manutenções, visando, também, a uma diminuição dos 
custos do projeto. Na próxima seção serão apresentados requisitos comple-
mentares no desenvolvimento de projetos, como por exemplo, a instalação de 
circuitos elétricos próximos a banheiras, chuveiros e piscinas.
3 Requisitos complementares para instalações 
ou locais específicos
Acidentes elétricos são bastante comuns e, quase sempre, resultam do descuido 
ou da falta de informação. E nesse contexto a combinação água e eletrici-
dade é a responsável por graves e, em boa parte das vezes, fatais acidentes. 
O grande risco da eletricidade para alguém em contato com a água é haver 
condições de se estabelecer um circuito fechado entre a fonte de tensão e o 
solo (aterramento). Tendo em vista a periculosidade de locais que contêm 
grandes volumes de água, a NBR 5410 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2004) traz algumas normas para a instalação de 
sistemas elétricos especificamente para esses locais.
Localização dos comandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores8
Locais com chuveiros e banheiras
Nesses locais o risco de choque elétrico aumenta, devido à redução da resis-
tência do corpo humano e ao contato com o potencial da terra. A norma então 
prevê a divisão do local em 4 volumes devidamente limitados para a correta 
instalação de equipamentos elétricos, conforme detalhado a seguir e ilustrado 
pela Figura 1 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 
2004).
a) O volume 0 é o volume interior da banheira, do piso-boxe ou do rebaixo 
do boxe (local inundável em uso normal).
b) O volume 1 é limitado: 
 ■ pelo volume 0; 
 ■ pela superfície vertical que circunscreve a banheira, o piso-boxe, 
o rebaixo do boxe ou, na falta de uma clara delimitação do boxe, por 
uma superfície vertical situada 0,6 m ao redor do chuveiro ou ducha; 
 ■ pelo piso; 
 ■ pelo plano horizontal situado 2,25 m acima do fundo da banheira, 
do piso do boxe ou, de modo geral, da superfície onde as pessoas 
possam se postar para o banho.
c) O volume 2 é limitado: 
 ■ pelo volume 1; 
 ■ por uma superfície vertical paralela situada 0,60 m ao redor da su-
perfície vertical externa do volume 1; 
 ■ pelo piso; 
 ■ pelo plano horizontal situado 3 m acima do piso.
d) O volume 3 é limitado: 
 ■ pela superfície vertical externa do volume 2; 
 ■ por uma superfície vertical paralela situada 2,40 m ao redor da su-
perfície vertical externa do volume 2;
 ■ pelo piso; 
 ■ pelo plano horizontal situado 2,25 m acima do piso.
9Localização dos comandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores
Figura 1. (a) Dimensões dos volumes para banheiras; (b) dimensões para volumes com 
boxe; (c) dimensões para volumes sem boxe ou rebaixo.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2004, p. 171–172).
(a) (b)
(c)
Para proteção contrachoques elétricos a norma prevê a admissão no volume 
0 apenas de sistemas de extra baixa tensão, com tensão nominal não superior a 
12 V. Além disso, qualquer que seja sua tensão nominal, devem ser providos de 
isolação capaz de suportar ensaio de tensão aplicada de 500 V durante 1 min, 
ou de barreiras ou invólucros impermeáveis. Deve também ser realizada uma 
equipotencialização suplementar, reunindo todos os elementos condutivos dos 
volumes 0, 1, 2 e 3 e os condutores de proteção de todas as massas situadas 
nesses volumes.
Os componentes da instalação elétrica devem possuir pelo menos os se-
guintes graus de proteção:
 � Para o volume 0: IPX7
 � Para o volume 1: IPX4
 � Para o volume 2: IPX3
 � Para o volume 3: IPX1
Localização doscomandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores10
Níveis de classes de proteção IP ou grau de proteção IP são padrões internacionais 
definidos pela norma IEC 60529 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2017) 
para classificar e avaliar o grau de proteção de produtos eletrônicos fornecidos contra 
intrusão, poeira, contato acidental e água. É publicada pela Comissão Eletrotécnica 
Internacional (IEC).
Nos volumes 0, 1 e 2 as linhas devem ser limitadas às necessárias à ali-
mentação de equipamentos situados nesses volumes. Dispositivos de proteção, 
seccionamento ou comando não devem ser instalados nos volumes 0, 1 e 2.
Locais com piscinas
As prescrições complementares desta subseção são aplicáveis aos reservatórios 
de água de piscinas, incluindo os lava-pés e as áreas adjacentes às piscinas. 
Nesses locais o risco de eletrocussão aumenta devido à redução da resistência 
elétrica do corpo humano e ao contato com o potencial de terra. 
Para efeito de aplicação de prescrições desta subseção, as piscinas e área 
adjacente são divididas em três volumes, conforme a NBR 5410 (ASSOCIA-
ÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004).
a) O volume 0 é o volume interior do reservatório (da piscina e do lava-pés).
b) O volume 1 é limitado:
 ■ pelo volume 0;
 ■ pela superfície vertical situada a 2 m das bordas do reservatório;
 ■ pelo piso ou superfície na qual as pessoas possam vir a se postar;
 ■ pelo plano horizontal situado 2,5 m acima do piso ou superfície na 
qual as pessoas possam vir a se postar.
c) O volume 2 é limitado:
 ■ de um lado, pela superfície vertical externa do volume 1 e uma 
superfície paralela situada a 1,50 m desta última;
 ■ por outro lado, pelo piso ou superfície na qual as pessoas possam vir 
a se postar e o plano horizontal situado a 2,50 m acima desta última.
11Localização dos comandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores
Quando na piscina houver plataformas de qualquer tipo, nas quais as 
pessoas possam vir a se postar, o volume 1 deve incluir o volume delimitado 
pela superfície vertical situada 1,50 m ao redor da plataforma e pelo plano 
horizontal situado 2,5 m acima da superfície mais elevada na qual as pessoas 
possam vir a se postar (Figura 2). 
Figura 2. (a) Dimensões dos volumes de piscinas; (b) dimensões dos volumes de piscinas 
acima do solo.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2004, p. 176).
(a)
(b)
A norma prevê que, para proteção contra choques elétricos, os volumes 0 e 
1 admitem apenas o uso de sistema de extra baixa tensão com tensão nominal 
não superior a 12 V em corrente alternada, ou 30 V em corrente contínua, 
sendo que estes sistemas, qualquer que seja sua tensão nominal, devem ser 
Localização dos comandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores12
providos de isolação capaz de suportar ensaio de tensão aplicada de 500 V 
durante 1 min ou barreiras ou invólucros impermeáveis. A fonte de segurança 
deve ser instalada fora dos volumes 0, 1 e 2. No volume 2 são admitidas as 
seguintes medidas de proteção: sistemas de extra baixa tensão são permitidos, 
desde que a fonte de segurança seja instalada fora dos volumes; dispositivos de 
seccionamento podem ser utilizados desde que sejam providos por dispositivo 
diferencial-residual com corrente nominal não superior a 30 mA; além disto, 
pode-se utilizar de circuito individual para este volume, de modo que a fonte 
de alimentação esteja fora dos volumes estabelecidos pela norma.
Nos volumes 0 e 1 as linhas devem ser limitadas às necessárias à alimen-
tação dos equipamentos situados nesses volumes. As linhas não devem conter 
nenhum revestimento metálico. Nos volumes 0 e 1 não são admitidas caixas de 
derivação, exceto aquelas situadas no volume 1 destinadas especificamente a 
sistemas de extra baixa tensão. Nenhum dispositivo de proteção, seccionamento 
ou comando pode ser instalado nestes volumes.
Em pequenas piscinas onde a instalação de tomadas de corrente fora do 
volume 1 não for possível, admite-se sua instalação no volume 1, desde que 
as tomadas não possuam corpo e/ou cobertura metálica, e sejam posicionadas 
com distância igual ou superior a 1,25 m, a partir do limite do volume 0, e no 
mínimo a 0,3 m acima do piso.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: instalações elétricas de 
baixa tensão. 2. ed. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR IEC 60529: Graus de proteção 
providos por invólucros (Códigos IP). 2. ed. Rio de Janeiro: ABNT, 2017.
CREDER, H. Instalações elétricas. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007.
HANSEN, S. M. et al. Mortality and risk of cardiac complications among immediate 
survivors of accidental electric shock: a Danish nationwide cohort study. BMJ open, [s. 
l.], v. 7, n. 8, 2017. DOI: 10.1136/bmjopen-2017-015967. Disponível em: https://bmjopen.
bmj.com/content/7/8/e015967.full. Acesso em: 9 fev. 2020.
INTERNATIONAL ELECTROTECHNICAL COMMISSION. IEC 60269-2-1: Low-voltage fuses 
— Part 2–1: supplementary requirements for fuses for use by authorized persons (fuses 
mainly for industrial application). 4th ed. Geneva: IEC, 2004.
13Localização dos comandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores
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cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
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local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
Localização dos comandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores14
DICA DO PROFESSOR
Acidentes elétricos são ainda bem comuns no Brasil, e a norma regulamentadora estabelece 
diretrizes para que esses acidentes não ocorram ou para que, quando ocorram, não se tornem 
fatais para as vítimas. Como é de se esperar, tais acidentes podem ser ainda mais perigosos 
quando ocorrem próximos a maiores volumes de água. Tendo em vista a periculosidade desses 
locais, a NBR 5410 traz algumas normas específicas, a fim de aumentar a segurança tanto do 
profissional quanto do cliente.
Na Dica do Professor, entenda como funciona a aplicação dessa norma e como interpretar a 
NBR 5410, para trabalhar em um ambiente mais seguro. 
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
No dia a dia do profissional eletricista, é muito importante que ele esteja atento às boas 
práticas no desenvolvimento de projetos de instalação, a fim de alocar os recursos 
disponíveis de maneira mais eficiente. 
Tendo isso em vista, considere a planta baixa a seguir e indique qual o local mais adequado 
para o quadro de distribuição, conforme as diretrizes da NBR 5410. 
1) 
A) O local mais adequado para o quadro de distribuição é a cozinha, por estar próximo das 
cargas mais altas e ser de fácil acesso em casos de emergência. 
B) O local mais adequado para o quadro de distribuição é o corredor, por ser de fácil acesso, 
estar próximo das cargas mais elevadas da residência e ser próximo ao medidor da 
concessionária. 
C) O local mais adequado para o quadro de distribuição é a suíte, por estar próximo ao 
medidor da concessionária e ser local de difícil acesso, tornando inviável a utilização do 
painel por crianças ou pessoas sem a devida autorização.
D) O local mais adequado para o quadro de distribuição é o banheiro, por se tratar de local 
que demanda maior potência elétrica, diminuindo, assim, os custos do projeto para o 
cliente.
E) O local mais adequado para o quadro de distribuição é a sala, por ser local de fácil acesso, 
em casos de emergência, e estar distante do medidor da concessionária.
2) No cotidiano, é comum o engenheiro eletricista se deparar com as mais diversas 
solicitações de clientes em relação ao projeto. Nesse contexto, o conhecimento e a 
implementação das normas técnicas é fundamental.
Considerando o projeto de uma residência com 32 circuitos

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