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E-BOOK INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Sistemas e Métodos de Produção de Energia APRESENTAÇÃO A energia desempenha um papel fundamental na vida humana. Ao lado dos transportes, das telecomunicações, das águas e do saneamento, compõe as infraestruturas indispensáveis para a vida no mundo moderno. Aliada à importância de um desenvolvimento sustentável, a energia elétrica, uma das formas mais utilizadas de energia, insere-se nesse quadro na busca que empreendemos pela sua utilização harmônica com o meio ambiente e pelo seu uso eficiente em cada uma das etapas de sua cadeia, que compreende a geração (produção), a transmissão e a utilização (seu uso final). Para isso, é importante entendermos os sistemas e os métodos de produção da energia, desde as formas em que ela é transformada em energia elétrica até o seu uso no consumidor final. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar as características de cada um desses métodos e entender os benefícios de cada sistema de geração de energia. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer como a energia elétrica é produzida a partir de outras fontes de energia.• Identificar os prejuízos ambientais e algumas maneiras de mitigação de danos no processo de geração de energia elétrica. • Analisar e comparar os diversos tipos de geração de energia elétrica quanto a sua renovação natural ou não e suas possibilidades de expansão na matriz energética brasileira. • DESAFIO Você foi convidado para palestrar em um seminário que tem como foco o uso da tecnologia como forma de expansão comercial e otimização do tempo na vida em sociedade. O evento será realizado em uma universidade conhecida por sua exigência no ensino e seu investimento em tecnologia. Chega o dia do seminário e você inicia sua apresentação, destacando o quanto o uso da energia possibilita uma série de benefícios. Você interage com as pessoas na plateia ao perguntar como a vida delas seria sem o uso da energia elétrica . Porém, antes de conseguir prosseguir, um grupo de jovens ergue algumas faixas e inicia uma manifestação pacífica em defesa do meio ambiente. O representante do grupo pede que você explique qual é a fonte de energia mais utilizada no Brasil, qual o motivo de ela ser a mais comum e quais são os danos causados ao meio ambiente e à vida em sociedade. O estudante também questiona se há um meio de produzir energia que utilize recursos renováveis e como essa fonte pode ser adotada, de forma a garantir a demanda da população para as próximas gerações, amenizando os danos causados ao planeta. INFOGRÁFICO Veja no Infográfico a seguir os diversos tipos de geração de energia elétrica. CONTEÚDO DO LIVRO As fontes de energia renováveis tendem a ser formas mais limpas de produção de eletricidade. As considerações econômicas, como a disponibilidade de recursos naturais e a viabilidade de exploração, sempre influenciaram na formação das bases energéticas dos países. Na obra Instalações elétricas, leia o capítulo Sistemas e métodos de produção de energia para compreender os diferentes tipos de fontes de energia e como cada uma impacta o meio ambiente. Boa leitura. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Rodrigo Rodrigues Sistemas e métodos de produção de energia Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Descrever sistemas e métodos de produção de energia. Diferenciar os sistemas de produção de energia. Comparar fontes de energia renováveis de fontes de energia não renováveis. Introdução Os diversos métodos e tecnologias utilizados na produção e consumo de energia estão fortemente associados à evolução histórica do desen- volvimento econômico da humanidade e suas consequências sociais e ambientais. Um sistema de produção de energia comporta um conjunto de ati- vidades, que iniciam na produção da energia e progridem para demais etapas necessárias para que ela chegue no consumidor final, formando, assim, uma cadeia. Todas as formas de energia apresentam vantagens e desvantagens, que podem ser econômicas e/ou ambientais. Por isso, é necessário que os profissionais responsáveis pela produção de energia estejam atentos e aptos a avaliar qual será a fonte mais adequada para determinado fim. Neste texto, você vai estudar os sistemas de produção de energia, os diferentes métodos e fontes de energia, renováveis e não renováveis, bem como entender as cadeias enérgicas no âmbito nacional. Instalações Elétricas_U4C5.indd 71 04/10/2017 13:16:57 Sistemas e métodos de produção de energia72 Sistemas de produção de energia e métodos utilizados As fontes que não se esgotam são chamadas de renováveis. Algumas delas são fontes permanentes e contínuas, como o Sol, o vento, a água e o calor da terra; outras, como a biomassa, podem se renovar. Já as fontes de energia não renováveis, como o petróleo, o carvão mineral, o gás natural e o urânio (usado nas usinas nucleares), podem se esgotar. São reservas formadas durante milhões de anos pela decomposição natural de matéria orgânica e não podem ser repostas pela ação do homem. As fontes de energia renováveis tendem a ser formas mais limpas de pro- dução de eletricidade. As considerações econômicas, como a disponibilidade de recursos naturais e viabilidade de exploração, sempre influenciaram na formação das bases energéticas dos países. No Brasil, a abundância de recursos hídricos foi significativa para a formação de um sistema predominantemente hidráulico. Atualmente, a questão ambiental é de extrema relevância no planejamento energético dos países. A Alemanha estabeleceu um plano de desativação de todo o seu sistema energético nuclear devido a seus impactos sobre o meio ambiente. Energia hidráulica É a energia gerada a partir de uma fonte contínua de movimento de água. A força da queda da água é utilizada para movimentar turbinas que acionam um gerador elétrico. Para que isso ocorra, na construção de usinas hidrelétricas, são criados grandes reservatórios de água, inundando uma extensa área de terra, o que pode provocar profundas alterações no ecossistema, como a des- truição da fauna e da fl ora locais. Conforme o tipo de relevo e da região onde se encontra o empreendimento, as hidrelétricas podem também ocasionar o alagamento de terras e o deslocamento de populações ribeirinhas. A usina de fi o d’água é um outro tipo de usina hidrelétrica, que opera sem a necessidade de grandes reservatórios. A Figura 1 mostra um esquema simplifi cado de geração de energia hidráulica. Instalações Elétricas_U4C5.indd 72 04/10/2017 13:16:57 73Sistemas e métodos de produção de energia Figura 1. Esquema simplificado de geração de energia hidráulica. Fonte: Reis (2011). A abundância de recursos hídricos faz com que a utilização de energia hidráulica na geração de eletricidade ocorra de forma significativa em alguns países, como é o caso do Brasil, onde, atualmente, mais de 85% da energia elétrica é gerada com esse tipo de usina. Em 2009, a capacidade instalada em usinas hidrelétricas era de 78,2 GW (REIS, 2011). A hidreletricidade era considerada uma forma de energia não poluente, mas sabe-se que a decomposição da vegetação submersa gera gases como o metano, o gás carbônico e o óxido nitroso, que causam mudanças no clima da Terra. Vale lembrar que, das emissões de CO2 (gás carbônico) e CH4 (metano) de uma barragem, uma parte ocorre de forma natural (carga orgânica trans- portada pelos afluentes da barragem, que naturalmente se decompõem, emitindo CO2 e CH4) e que a outra é antrópica, ou seja, de interferência humana, como as emissões provenientes do esgoto doméstico despejado no reservatório, além das emissões decorrentes da biomassa inundada pela barragem da hidrelétrica. Ainda assim, as usinas hidrelétricas são consideradas menos prejudiciais do que as termelétricas, que emitem outros gases tóxicos, como o dióxido de enxofree de nitrogênio, além de material particulado (poeira e fumaça resultantes da queima de combustíveis fósseis, especialmente das termelétricas movidas a óleo combustível), prejudiciais à saúde. Os sistemas de energia hidráulicos estão voltados basicamente para a ge- ração de eletricidade. Seus métodos envolvem grandes hidrelétricas, pequenas centrais hidrelétricas, mini e microcentrais hidrelétricas. Veja no esquema a seguir (Figura 2) como se dá a cadeia de atividades relacionada à geração de eletricidade por meio de recursos hídricos. Instalações Elétricas_U4C5.indd 73 04/10/2017 13:16:58 Sistemas e métodos de produção de energia74 Figura 2. Cadeia da produção de energia elétrica a partir de hidrelétricas. Fonte: Reis (2016). Energia termelétrica A energia térmica ou calorífi ca se origina da combustão de diversos materiais, como carvão, petróleo, gás natural, outras fontes não renováveis e biomassa (lenha, bagaço de cana etc.), que é uma fonte renovável, podendo ser convertida em energia mecânica e eletricidade por meio de equipamentos como caldeiras a vapor e turbinas a gás. Após a geração de eletricidade, o calor que sobra pode ainda ser aproveitado em outros processos, principalmente na indústria. Usinas de cogeração é o nome dado às usinas que produzem ao mesmo tempo calor e eletricidade. Há diferentes métodos utilizados para a geração de energia térmica, e eles envolvem diferentes combustíveis: Gás natural: reservas de gás natural foram formadas há milhões de anos com a sedimentação do plâncton. Sua combustão libera óxido de nitrogênio e dióxido de carbono. Depois de tratado e processado, o gás natural é amplamente utilizado em indústrias, no comércio, em residências e em veículos. Em países de clima frio, é muito utilizado no aquecimento ambiental. Já no Brasil, seu uso residencial e comercial é na cocção de alimentos e no aquecimento de água (REIS, 2011). Petróleo: o petróleo, que se formou durante milhões de anos pelas transformações químicas de materiais orgânicos, como os plânctons, a partir da queima de seus derivados, também pode operar termelétricas. Contudo, os derivados do petróleo (gasolina, óleo combustível, óleo diesel etc.), quando queimados, produzem gases contaminantes, como monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio e dióxido de carbono, que poluem a atmosfera e contribuem para o aquecimento da Terra e para a formação de chuva ácida, entre outros efeitos nocivos. O consumo de petróleo e seus derivados no Brasil está mais relacionado ao setor de transportes do que ao setor elétrico. Instalações Elétricas_U4C5.indd 74 04/10/2017 13:16:58 75Sistemas e métodos de produção de energia Carvão mineral: é outro combustível muito usado em termelétricas. Também formado há milhões de anos a partir de restos de plantas e animais, dos combustíveis não renováveis, esse é o que causa o maior impacto ambiental. Sua combustão, além de liberar dióxido de carbono, que contribui para o aumento do efeito estufa, emite grandes quantidades de óxidos de nitrogênio e enxofre, que provocam acidificação (chuva ácida), e podem agravar doenças pulmonares, cardiovasculares e renais nas populações próximas. A abundância de outros recursos naturais disponíveis no Brasil, principal- mente no que diz respeito à geração de energia elétrica, faz com que a utilização do carvão mineral seja bastante limitada, em consequência também de sua baixa qualidade, como teor calorífico baixo e alto teor de enxofre. Segundo os dados da Agência Internacional de Energia, a produção global de carvão caiu significativamente em 2016, enquanto o comércio global de gás natural aumentou. A produção de carvão caiu fortemente na China em 2016 em cerca de 320 milhões de toneladas ou 9% A produção também caiu em outros lugares, como nos EUA e na Austrália, levando a uma queda da produção global em 458 milhões de toneladas (INTERNATIONAL ENERGY AGENCY, c2017). Biomassa: é uma fonte renovável formada por matéria de origem or- gânica que pode ser usada como combustível em usinas termelétricas. Um exemplo de biomassa é o bagaço da cana. Veja no esquema a seguir (Figura 3) como se dá a cadeia de atividades rela- cionada à geração de energia elétrica e energia térmica por meio da biomassa. Instalações Elétricas_U4C5.indd 75 04/10/2017 13:16:58 Sistemas e métodos de produção de energia76 Figura 3. Processos biológicos para geração de energia. Fonte: Reis (2016). Para saber mais sobre novas fontes de energia e o cenário brasileiro, leia o Capítulo 5, “Outras fontes”, do “Atlas de energia elétrica do Brasil” (AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA, 2008). Energia nuclear Por uma reação denominada fi ssão nuclear, a energia é liberada no reator nuclear. Os núcleos dos átomos são bombardeados uns contra os outros, pro- vocando o rompimento dos núcleos e a liberação de energia, resultando em radiação e calor, que transforma a água em vapor. A pressão resultante desse processo é usada para produzir eletricidade. O urânio, um metal pesado radioativo, é a matéria-prima empregada na produção de energia nuclear. Esse tipo de produção de energia gera muitas discussões, seja pelos problemas de contaminação resultantes da extração do urânio ou pelas dificuldades de eliminação de dejetos radioativos. Além disso, assim como em outros tipos de usinas termelétricas, a água empregada nos sistemas de refrigeração, quando lançada em rios ou mares, por exemplo, aumenta a temperatura e prejudica os seres vivos locais. No caso das usinas nucleares do Brasil, o rejeito de calor é lançado ao mar. Instalações Elétricas_U4C5.indd 76 04/10/2017 13:16:58 77Sistemas e métodos de produção de energia As usinas nucleares também estão sujeitas a acidentes, como aconteceu nas usinas de Three Miles Island, nos EUA, em 1979, e em Chernobyl, na Ucrânia, em 1986. O vazamento de radiação tem o poder de provocar alterações genéticas e doenças como câncer por várias gerações, além de danos incalculáveis ao meio ambiente. Vários países da Europa foram afetados pelas consequências do vazamento radioativo de um reator em Chernobyl, e toda a área da usina segue isolada até hoje. Energia eólica É a energia produzida a partir da força dos ventos. A força do vento é captada nos aerogeradores por hélices ligadas a uma turbina que aciona um gerador elétrico. Essa fonte é abundante, limpa e renovável, podendo ser explorada em muitos lugares. Ela é utilizada desde os anos 1970 para fins comerciais em decorrência da crise do petróleo no mundo, inicialmente pelos Estados Unidos e alguns países da Europa, na busca de diminuir a dependência do petróleo e do carvão. No Brasil, o potencial de aproveitamento da energia eólica é de 143.000 megawatts. Os estados que apresentaram os potenciais mais promissores são Ceará e Rio Grande do Norte. A seguir, veja no esquema (Figura 4) como é formada a cadeia de atividades relacionada à geração de energia eólica. Figura 4. Cadeia de geração de energia eólica. Fonte: Reis (2016). Instalações Elétricas_U4C5.indd 77 04/10/2017 13:16:58 Sistemas e métodos de produção de energia78 Energia solar O sol é uma fonte de energia inesgotável. Muitas fontes de energia renováveis derivam do sol, com seu uso direto, para fi ns de aquecimento ou geração de eletricidade, e indiretamente, como é o caso da energia dos ventos, das águas, das plantas etc. Com o uso de diversas tecnologias, a radiação solar pode ser convertida em energia útil. Usando concentradores solares feitos de espelhos facetados, é possível obter elevadas temperaturas, sendo utilizadas em processos térmicos ou na geração de eletricidade (REIS, 2011). A cadeia de atividades da geração de energia solar é bem simples (Figura 5), mas a instalação dos equipamentos ainda tem um custo elevado. Figura 5. Cadeia de aproveitamento de energia solar. Fonte: Reis (2016). Diferenças entre sistemas de produção de energia Uma das formas de diferenciar os sistemas deprodução de energia é quanto à condição de renovável ou não renovável. A energia não renovável, ou esgotável, é aquela que é obtida a partir de fontes naturais que não são capazes de se regenerar, como: Petróleo Carvão Instalações Elétricas_U4C5.indd 78 04/10/2017 13:16:59 79Sistemas e métodos de produção de energia Gás natural A energia renovável é aquela que é obtida a partir de fontes naturais capazes de se regenerar, como: Energia da biomassa Energia hidráulica Energia solar Energia eólica Os sistemas de produção por meio de energias renováveis apresentam as seguintes vantagens em relação às energias convencionais: São lançados anualmente na atmosfera toneladas de CO2 pelo consumo de energias convencionais como petróleo, gás natural e carvão. O CO2 é o maior responsável pelo aumento do efeito estufa, fazendo a temperatura média global aumentar. O uso elevado das energias convencionais pode fazer elas esgotarem mais rápido do que o tempo necessário para que a natureza as produza novamente. Já a produção de energia por métodos renováveis não se esgota. Com exceção da biomassa, que origina quantidades insignificantes de CO2, SO2 e N2O para a atmosfera, a produção de energia por métodos renováveis é mais limpa e não emite gases com efeito estufa. A produção local de energia por métodos renováveis contribui para reduzir a dependência energética relativa à importação do petróleo. Instalações Elétricas_U4C5.indd 79 04/10/2017 13:16:59 Sistemas e métodos de produção de energia80 Instalações Elétricas_U4C5.indd 80 04/10/2017 13:17:00 AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. Outras fontes. In: AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. Atlas de energia elétrica do Brasil. Brasília: Aneel, 2008. Dispo- nível em: <http://www2.aneel.gov.br/arquivos/pdf/atlas_par2_cap5.pdf>. Acesso em: 06 set. 2017. INTERNATIONAL ENERGY AGENCY. Site. [S.l.]: IEA, c2017. Disponível em: <https://www. iea.org/>. Acesso em: 06 set. 2017. REIS, L. B. Energia e sustentabilidade. Barueri: Manole, 2016. REIS, L. B. Matrizes energéticas: conceitos e usos em gestão e planejamento. Barueri: Manole, 2011. Leituras recomendadas BRASIL. Matriz energética brasileira é uma das mais limpas do mundo, segundo indica- dor. Brasília: Portal Brasil, 2016. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/infraestru- tura/2016/05/matriz-energetica-de-2016-tera-maior-participacao-das-energias-re- novaveis/article-1.jpg/view>. Acesso em: 06 set. 2017. FADIGAS, E. A. F. A. Energia eólica. Barueri: Manole, 2011. REIS, L. B. Energia, recursos naturais e a prática do desenvolvimento sustentável. Barueri: Manole, 2012. VILLELA, A. A.; ROSA, L. P.; FREITAS, M. A. V. O uso de energia de biomassa no Brasil. Rio de Janeiro: Interciência, 2015. DICA DO PROFESSOR A Dica do Professor a seguir aborda, analisa e compara os diversos tipos de geração de energia elétrica. Assista. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) Assinale a alternativa correta. A) Uma usina hidrelétrica com reservatório de acumulação é uma usina que utiliza a água do reservatório apenas para realizar a regularização diária ou semanal do fluxo. B) Para o atendimento ao horário de pico, a tecnologia mais adequada é a instalação de usinas eólicas. C) Exemplos de fontes renováveis são: biomassa florestal, bagaço da cana, óleos vegetais, casca de arroz e lixo. Já na categoria das fontes não renováveis estão diesel, óleo combustível, gás natural, carvão mineral, urânio e álcool. D) A construção de PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) tem impacto ambiental maior que a construção de hidrelétricas a fio d'água. E) As fontes não renováveis são aquelas passíveis de se esgotar por serem utilizadas com velocidade bem maior que os milhares de anos necessários para a sua formação. 2) Assinale a alternativa que apresenta corretamente os problemas ambientais apresentados pela produção de energia elétrica. A) A poluição do ar urbano é causada pelos automóveis e caminhões que utilizam derivados de petróleo e pelas usinas térmicas a gás natural. B) A chuva ácida é causada pelas usinas nucleares. C) A radiação é emitida pela produção de energia elétrica a partir das usinas térmicas a carvão mineral. D) A perda da coloração dos recifes de corais deve-se à instalação das usinas hidrelétricas. E) A instalação de uma usina eólica altera a velocidade e a direção dos ventos naquela região, ocasionando uma mudança no ciclo de migração de pássaros e animais marinhos. 3) Para um ótimo planejamento energético, são avaliadas as possibilidades de aproveitamento de fontes alternativas de energia, objetivando diminuir os impactos ambientais causados pela instalação de grandes hidrelétricas bem como atender de forma mais adequada o consumidor. No Brasil, considera-se que a geração: A) fotovoltaica é uma alternativa interessante, principalmente para os processos de aquecimento. B) termoelétrica, utilizando o bagaço de cana-de-açúcar, tem grande possibilidade de expansão. C) eólica tem grande potencial, principalmente na região Sudeste. D) fotovoltaica é a forma de geração alternativa de mais baixo custo, além de ser totalmente limpa. E) por meio de microcentrais hidrelétricas é economicamente viável para a região Norte. 4) Uma pequena comunidade não conectada ao sistema elétrico brasileiro localiza-se em um vale cercado por montanhas de difícil acesso. Essa área é abastecida por um rio e é verão a maior parte do ano. Deseja-se instalar uma usina de geração de energia para abastecer os moradores. Qual forma de obtenção de energia permitiria que os moradores tivessem acesso à energia elétrica o ano todo? A) Eólica. B) Termoelétrica. C) Fotovoltaica. D) Nuclear. E) Hidrelétrica. 5) Assinale a alternativa correta. A) A região de costa marítima é propícia para a instalação de geradores eólicos em razão da baixa velocidade dos ventos. B) As usinas hidrelétricas têm grandes reservatórios para acumulação de água. C) O enriquecimento do urânio é utilizado apenas para a produção de energia elétrica. D) Uma usina termoelétrica, utilizando como combustível o bagaço de cana-de-açúcar, contribui para a redução da incidência de gases do efeito estufa. E) A energia maremotriz é uma energia de baixo custo que compete com a energia hidrelétrica. NA PRÁTICA Cada exemplo de produção de energia causa um conjunto de impactos ambientais negativos. Veja a seguir alguns danos causados pelas diferentes fontes de energia. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Smart City – Caso Da Implantação Em Búzios Leia este artigo, que traz um exemplo de uma cidade inteligente, onde as tecnologias de ponta são aplicadas na geração de energia independente em conjunto com a redes das concessionárias, com o objetivo do aproveitamento de fontes renováveis de energia para o bem-estar do consumidor. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Itaipu - Super Usina Hidrelétrica - Gigantes da Engenharia - National Geographic Completo Assista a este documentário sobre a construção da Usina de Itaipu, escolhida como uma das sete obras incríveis construídas pelo homem. O documentário foi feito pelo National Geographic e nos mostra a usina de gelo construída no canteiro de obras para resfriar o concreto utilizado na construção da usina, técnica esta nunca utilizada pelo homem até aquele desafio. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Instalações elétricas prediais: eixo infraestrutura Para aprofundar seus conhecimentos, leia o livro Instalações elétricas prediais: eixo infraestrutura. A obra faz um estudo detalhado da geração, da transmissão e da distribuição de energia elétrica, enfocando os tipos de geração e as tensões de transmissão e distribuição. Termina com um quadro explicando as perdas no sistemaelétrico em razão de o nosso sistema de geração ser localizado longe dos centros de consumo. Comece em energia elétrica, na página 19, capítulo 2, e termine em curiosidades, na página 29 do mesmo capítulo 2. Técnicas para elaboração de esquemas elétricos APRESENTAÇÃO Seja bem-vindo! Elaborar esquemas elétricos, que são os componentes de um desenho técnico de um projeto elétrico, requer conhecimento de dados, características e necessidades da instalação; seja ela residencial, predial ou industrial. Além dessas condições básicas, a obtenção de informações adicionais, tais como cortes e detalhes, fará toda diferença na elaboração de um projeto que atenda à sua real finalidade. É importante pensar, mais do que nos elementos, em equipamentos e máquinas que possam funcionar no local que está sendo projetado, assim como no conjunto de pessoas que farão uso do local. Assim, é possível gerar projetos acessíveis e otimizados à sua utilização. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai identificar as informações preliminares que devem ser levantadas para a elaboração de um esquema elétrico. Também vai aprender sobre os diferentes tipos de esquemas elétricos, suas principais informações e a simbologia que deve ser aplicada. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Determinar os dados para elaboração do esquema elétrico. • Relacionar as principais características do esquema elétrico. • Aplicar a simbologia no esquema elétrico. • DESAFIO Se você voltar ao tempo das histórias infantis, é possível fazer uma analogia com os contos de piratas que pretendiam encontrar seus tesouros. Fazendo uma relação com o trabalho de encontrar esse tesouro, pense em uma residência cujo circuito de alimentação se rompeu em algum lugar e, a você, foi dada a tarefa de encontrar a falha. Para facilitar o serviço, você solicita ao responsável que lhe mostre o esquema elétrico do projeto, para que sejam verificados os pontos em que há condutores; mas, infelizmente, ele informa que não possui tal documento. Como você resolveria o problema dessa residência? INFOGRÁFICO Em qualquer tipo de projeto elétrico, a simbologia é fundamental. Em qualquer tipo de esquema, em que se baseia o projeto, diferentes tipos de símbolos podem melhorar a representação e a interconexão dos elementos. No infográfico a seguir, conheça alguns símbolos referentes a projetos elétricos industriais. CONTEÚDO DO LIVRO Os esquemas elétricos funcionam como um mapa para quem irá executar o projeto ou realizar qualquer tipo de manutenção na instalação. A correta representação, localização e utilização dos símbolos em diagramas adequados garantem que o projeto seja bem executado, funcionando com segurança e confiabilidade. No capítulo Técnicas para elaboração de esquemas elétricos, da obra Desenho técnico aplicado, você vai entender quais são os primeiros levantamentos a serem efetuados antes de começar um projeto elétrico; qual é o melhor tipo de diagrama a ser desenho no projeto e, ainda, aplicar os símbolos adequado a cada tipo diferente de esquema elétrico. Boa leitura! DESENHO TÉCNICO APLICADO Luciana Maria Margoti Araujo Técnicas para elaboração de esquemas elétricos Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Determinar os dados para elaboração do esquema elétrico. Relacionar as principais características do esquema elétrico. Aplicar a simbologia no esquema elétrico. Introdução O levantamento das reais necessidades de ambientes e sua utilização garantem um projeto otimizado e corretamente direcionado à sua fun- cionalidade, seja ele residencial, predial ou industrial. Para tanto, projeta-se esquemas elétricos, espécies de mapas que indicam a localização, as características e as especificações técnicas dos acessórios, elementos e equipamentos a serem instalados. Esses esquemas devem ser elaborados de acordo com as normas pertinentes em relação à simbologia, que dão as diretrizes corretas para sua execução. Neste capítulo, você vai identificar as informações preliminares que devem ser levantadas para a elaboração de um esquema elétrico. Você também vai aprender sobre os diferentes tipos de esquemas elétricos, suas principais informações e a simbologia que deve ser aplicada. Esquemas elétricos Além de conhecer e estudar as normas pertinentes à simbologia aplicada à engenharia elétrica, é necessário conhecer a funcionalidade dos ambientes que se deseja projetar. Estabelecer quais são as características de utilização de uma instalação ajuda no desenvolvimento de um projeto elétrico robusto, prático e funcional. Para produzir um projeto elétrico, representado pelos esquemas pertinen- tes, inicialmente será necessário reunir todas as plantas da instalação, obtidas junto ao cliente. As plantas necessárias são: Planta de situação: indica o posicionamento da instalação física (casa, prédio ou indústria) no que diz respeito à sua localização geográfica, em relação ao espaço em que está inserida. A Figura 1 mostra uma planta de terreno, e a Figura 2, uma planta de detalhe. Figura 1. Planta de terreno, em que os espaços a serem construídos são mostrados. Fonte: Verticalarray/Shutterstock.com. Técnicas para elaboração de esquemas elétricos2 Figura 2. Planta de detalhe, que mostra a posição da instalação física na rua em que será construída. Fonte: tele52/Shutterstock.com. Planta baixa (projeto arquitetônico): contém as divisões de cômodos, andares e todos os ambientes da instalação, como área de produção, escritórios, quartos, salas, etc. (Figura 3). Figura 3. Planta baixa, ou projeto arquitetônico. Fonte: RomanR/Shutterstock.com. Planta baixa do arranjo dos equipamentos: quando for o caso, indica a localização de máquinas e equipamentos, seguindo a disposição desses elementos nas dependências da instalação. 3Técnicas para elaboração de esquemas elétricos Planta de detalhes: mostra particularidades que a planta baixa não é capaz de mostrar (Figura 4). Figura 4. Planta com detalhe de altura da construção. Fonte: Lifestyle Graphic/Shutterstock.com. Um bom projeto elétrico deve considerar, ainda, outros aspectos, como a possibilidade de mudanças de posição dos equipamentos instalados. Deve também priorizar a facilidade de utilização de todos os pontos instalados, sejam de iluminação ou de força. Para tanto, é necessário pensar no tipo de público que o projeto atenderá. Além disso, o projetista deve ter em mente que as instalações estão sujeitas a falhas e manutenções. Assim, é preciso prever circuitos de alimentação distintos para partes distintas do projeto, garantindo que, em caso de manutenção ou falha, não seja necessário que toda a instalação fique desenergizada. Todo o dimensionamento do projeto deve ser pensado levando-se em consideração a proteção dos equipamentos alimentados pelos circuitos, bem como a segurança das pessoas que irão operá-los ou utilizá-los. Quanto mais informações forem obtidas com o cliente, “dono” do projeto, mais adequado à utilização ele será, pois estará baseado em informações precisas sobre o seu uso, garantindo acessibilidade, segurança e confiabilidade. Outra condição importante para se executar corretamente um projeto elétrico é conhecer e estudar as normas referentes aos critérios técnicos para instalações elétricas. A ABNT NBR-5410 trata sobre as instalações elétricas de baixa tensão, e a ABNT NBR-5419, sobre a proteção de estruturas Técnicas para elaboração de esquemas elétricos4 contra descargas atmosféricas. Já as normas da concessionária de energia local estabelecem, entre outras coisas, as características dos padrões de entrada, os critérios de alimentação do ramal para o consumidor, etc. Deve-se observar também as normais técnicas aplicáveis a itens específicos do projeto. Por exemplo, é necessário conhecer as normas e regulamentaçõesdo Corpo de Bombeiros local, visando ao atendimento das regras de segurança e combate a incêndios. Normas sobre instalações telefônicas também podem ser úteis. Enfim, para cada projeto, o responsável deverá buscar toda a documentação técnica pertinente ao desenvolvimento dos esquemas elétricos. Conhecendo as normas e de posse de plantas e demais informações sobre a instalação, o projetista deverá verificar as necessidades do ambiente, para analisar quantos e quais elementos ou acessórios serão necessários para o esquema elétrico. Em instalações elétricas, é comum observar a coordenação e a seletividade na utilização, bem como desligamentos, que garantem menor quantidade de intervalos de interrupção de fornecimento de energia elétrica às instalações e aos equipamentos. O projeto deve sempre atender às demandas de seus usuários, garantindo a melhor distribuição e localização dos acessórios e equipamentos da instalação elétrica. Priorizar o entendimento e a aplicação de normas técnicas pertinentes aos dimensio- namentos necessários a um projeto elétrico vai garantir que seu projeto tenha bom desempenho funcional, com segurança e vida útil adequada de seus elementos e dos equipamentos por eles alimentados. Ainda que não tenham o menor custo a curto prazo, adote sempre os padrões estabelecidos pelas normas. Características Os projetos elétricos são compostos por esquemas elétricos, ou diagramas elétricos. Os esquemas elétricos funcionam como mapas que indicam a correta localização e demais características e especifi cações técnicas dos acessórios, elementos e equipamentos a serem instalados. Esses mapas contêm a representação gráfica de circuitos elétricos e eletrô- nicos que facilitam a execução do projeto, bem como sua manutenção, quando necessário. Os diagramas elétricos podem ser, basicamente, de três tipos: 5Técnicas para elaboração de esquemas elétricos unifilares; multifilares; e funcionais. Cada um desses tipos de esquema possui características que podem, in- clusive, ser complementadas quando utilizadas em conjunto. Diagrama unifilar Diagramas unifi lares são desenhos técnicos compostos de símbolos que representam elementos a serem instalados em uma planta baixa. Esses ele- mentos são conectados por uma linha, e sobre essa linha são desenhados os condutores que passam no caminho indicado. Esse tipo de diagrama é muito utilizado para a execução de obras de instalação de acessórios de iluminação e tomadas. O traçado desse tipo de desenho técnico segue, estrategicamente, a localização da instalação de todos os elementos presentes no projeto (Figura 5). Figura 5. Diagrama unifilar de um galpão industrial (parcial). Técnicas para elaboração de esquemas elétricos6 A linha que conecta os elementos e acessórios pode representar eletrodutos, bandejas, calhas ou qualquer outro acessório, denominado duto, que serve para sustentar e levar os condutores de alimentação às mais diversas conexões da instalação. Sobre essas linhas que representam os dutos estão os símbolos que representam os condutores que passam por eles. Essa representação de- monstra a quantidade, o agrupamento por circuito ou a bitola de condutores e qualquer outra informação ou característica que demonstre, em símbolos e códigos, o seu interior. À medida que se ganha experiência, a leitura desse tipo de diagrama se torna mais fácil e ágil. Além de mostrar os pontos de iluminação, as tomadas e os caminhos que os condutores percorrem, o diagrama unifilar também mostra a localização dos quadros de distribuição, de onde parte a alimentação para os circuitos representados, e também o número de circuitos presentes na instalação. A Figura 6 apresenta um diagrama unifilar de uma residência. Figura 6. Diagrama unifilar de uma residência. Fonte: Gebran; Rizzato (2017). Quanto maior o número de informações presentes em um esquema elétrico, seja por meio de símbolos ou de códigos, mais fiel à realidade ele estará, o que facilitará sua execução. 7Técnicas para elaboração de esquemas elétricos Diagrama multifilar Diagramas multifi lares são desenhos que demonstram a ligação de máquinas e equipamentos com o número total de condutores que os alimentam. Esse tipo de esquema elétrico é muito utilizado em projetos industriais, por conseguir demonstrar as fases que alimentam a maioria dos equipamentos do ambiente. Em projetos residenciais e prediais, os esquemas multifilares são uti- lizados, preferencialmente, para demonstrar algum detalhe da instalação, para equipamentos específicos ou para demonstrar a ligação de padrões de entrada e de motores e bombas, quase sempre presentes em portões e sistemas de bombeamento de água. Nos demais casos, tratando-se desses projetos, o diagrama unifilar é o mais utilizado. No meio industrial, esse tipo de esquema elétrico é também chamado diagrama de força, pois mostra a alimentação dos equipamentos. A Figura 7 apresenta um diagrama multifilar para a instalação de um motor elétrico. Figura 7. Diagrama multifilar de instalação de um motor elétrico. Fonte: Creder (2016). Técnicas para elaboração de esquemas elétricos8 Diagrama funcional Diagramas funcionais, também conhecidos como diagramas de controle, mostram, principalmente, comandos de acessórios, equipamentos ou máquinas elétricas. Esse tipo de esquema também é mais difundido no ambiente indus- trial, sendo analisado juntamente com o diagrama multifi lar dos equipamentos (Figura 8). Eles demonstram a sequência de ligação de elementos que acionam os equipamentos e máquinas (Figura 9). O diagrama funcional não mantém proporções sobre a distância de instalação dos elementos nele presentes; essencialmente, ele traz o funcionamento e a interligação de circuitos. Figura 8. (a) Diagrama funcional (controle) e (b) diagrama multifilar (força) para acionamento de um motor elétrico. Fonte: Creder (2016). 9Técnicas para elaboração de esquemas elétricos Figura 9. Diagrama funcional para acionamento. R S0 S1 S2 S K1 A1 A2 A1 L1 L2 L3 14 A2 K2 S2 S1 SO K1 13 14 13 14 K2 Simbologia nos esquemas elétricos Após realizar os cálculos adequados à alimentação e à instalação dos com- ponentes da instalação elétrica, seja residencial, predial ou industrial, será necessário realizar o desenho do projeto. Esse desenho técnico deverá conter todas as especifi cações técnicas pertinentes ao projeto em questão, além dos símbolos dos elementos edas indicações de potências, distâncias, bitolas, etc. Utilizar a simbologia adequada ao desenho de esquemas elétricos requer do projetista o conhecimento da representação correta de cada símbolo e sua utilidade. Caberá ao projetista tomar decisões como localização dos elementos, coordenação entre os equipamentos de proteção e segurança, entre outros. A seguir, você vai acompanhar a aplicação da simbologia em alguns es- quemas elétricos. Esquema de uma planta residencial Suponha que você precisa realizar o projeto de uma residência, como mostra a planta da Figura 10. Técnicas para elaboração de esquemas elétricos10 Figura 10. Planta baixa residencial, para projeto elétrico. Fonte: Gebran; Rizzato (2017). Após os cálculos pertinentes à previsão de carga, de acordo com a dimensão de cada cômodo, e tendo determinado a quantidade e a potência de cada ponto, você já pode dar início ao desenho do esquema unifilar dessa instalação, exemplificado na Figura 11. Na Figura 12, estão representadas as conexões entre os elementos. Essas conexões são os eletrodutos. 11Técnicas para elaboração de esquemas elétricos Figura 11. Planta baixa residencial e projeto elétrico. Fonte: Gebran; Rizzato (2017). Técnicas para elaboração de esquemas elétricos12 Figura 12. Planta baixa residencial e projeto elétrico, apresentando o esquema de eletrodutos. Fonte: Gebran; Rizzato (2017). Para completar o diagrama unifilar, será necessário indicar os fios que passam em cada parte do eletroduto, bem como adicionar todas as informações técnicaspertinentes, como exemplificado na Figura 13. 13Técnicas para elaboração de esquemas elétricos Figura 13. Planta baixa residencial e projeto elétrico, com a simbologia pertinente às instalações elétricas previstas. Fonte: Gebran; Rizzato (2017). Esquema elétrico para um diagrama funcional Para o diagrama de comando representado a seguir, perceba que ele será alimentado pelas fases R e S, nas quais foram colocados fusíveis, garantindo a proteção do circuito. Na sequência, uma botoeira S0 funciona como botão de emergência (parada), uma vez que ela é do tipo contato normalmente fechado (NF ou NC). A qualquer momento, conforme necessário, acionar S0 indica cortar a alimentação do circuito. Nesse diagrama, é possível perceber que a botoeira S1 energiza o circuito e, consequentemente, o contator K1. Ao ser energizado, os contatos 13-14 de K1, normalmente abertos (NA ou NO), são fechados, realizando o selo de contato e Técnicas para elaboração de esquemas elétricos14 mantendo esse contator alimentado. A partir daí, qualquer equipamento ligado nos terminais de K1 ficará funcionando, até que a botoeira S0 seja acionada. Figura 14. Diagrama funcional. Acesse o link abaixo ou o código ao lado e entenda melhor como ler e interpretar esquemas elétricos. https://goo.gl/Ta23Rf 15Técnicas para elaboração de esquemas elétricos 1. No momento de realizar um projeto elétrico e construir os esquemas pertinentes, uma série de levantamentos são necessários e garantem a otimização do projeto. Dentre os documentos a serem obtidos na fase inicial, estão: a) a planta baixa e a planta de situação. b) a planta baixa e a planta hidráulica. c) a planta baixa e a planta paisagística. d) a planta de situação e a planta hidráulica. e) a planta de situação e a planta paisagística. 2. Cada um dos três tipos de diagramas elétricos possui funções bem específicas à sua finalidade. É correto afirmar que o(s) esquema(s) que trata(m) de demonstrar os elementos do projeto, bem como sua correta localização, distância e conexão é (são): a) esquema funcional. b) esquema funcional e unifilar. c) esquema unifilar. d) esquema unifilar e multifilar. e) esquema multifilar. 3. O esquema multifilar é bastante utilizado no setor industrial devido às suas características que auxiliam na montagem e manutenção das áreas. Dentre as alternativas a seguir, assinale a correta: a) É uma característica do diagrama multifilar demonstrar todas as fases de alimentação. b) Esse tipo de diagrama é muito utilizado para a execução de obras de instalação de acessórios de iluminação e tomadas. c) Um diagrama multifilar demonstra a ligação de motores e bombas, exceto seus acionamentos. d) O diagrama multifilar tem seu entendimento prejudicado se utilizado juntamente com um diagrama funcional. e) Os diagramas multifilares não demonstram dispositivos de proteção e segurança nas fases de alimentação. 4. Os dutos conduzem os elementos condutores aos que serão alimentados pelas fases. É um tipo de duto: a) o contator. b) o interruptor. c) o ponto de iluminação. d) o diagrama funcional. e) a calha. 5. Diversos são os símbolos a serem utilizados em esquemas elétricos. Além de conhecer os símbolos, o projetista precisa conhecer suas funções e aplicações. Na figura ao lado, está representado: a) o relé. b) o fusível. c) o contato NA. d) o contato NF. e) o contator. Técnicas para elaboração de esquemas elétricos16 CREDER, H. Instalações elétricas. Rio de Janeiro: LTC, 2016. GEBRAN, A. P.; RIZZATO, F. A. P. Instalações elétricas prediais. Porto Alegre: Bookman, 2017. Leituras recomendadas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: instalações elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5419: proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Rio de Janeiro: ABNT, 2001. MAMEDE FILHO, J. Instalações elétricas industriais. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007. NISKIER, J.; MACINTYRE, A. J. Instalações elétricas. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2015. 17Técnicas para elaboração de esquemas elétricos Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. Conteúdo: DICA DO PROFESSOR Quando é necessário executar um esquema funcional, é preciso pensar em indicações para as pessoas que serão usuárias de seu projeto, uma vez que os elementos utilizados na execução desses esquemas não mostram, necessariamente, que eles estão em funcionamento. Portanto, talvez seja interessante adicionar um sinal luminoso para essa informação. Quando se trabalha com energia elétrica, a segurança deve estar em primeiro lugar. Para entender como adequar sinais luminosos aos esquemas funcionais, bem como botões de emergência, visando à garantia da segurança de todos os envolvidos no projeto, assista à Dica do Professor a seguir. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) No momento de realizar um projeto elétrico e construir os esquemas pertinentes, uma série de levantamentos são necessários para garantir a otimização do projeto. Entre os documentos a serem obtidos na fase inicial, estão: A) a planta baixa e a planta de situação. B) a planta baixa e a planta hidráulica. C) a planta baixa e a planta paisagística. D) a planta de situação e a planta hidráulica. E) a planta de situação e a planta paisagística. 2) Cada um dos três tipos de diagramas elétricos possui funções bem específicas à sua finalidade. É correto afirmar que o(s) esquema(s) que trata(m) de demonstrar os elementos do projeto, bem como sua correta localização, distância e conexão é (são): A) esquema funcional. B) esquema funcional e unifilar. C) esquema unifilar. D) esquema unifilar e multifilar. E) esquema multifilar. 3) O esquema multifilar é bastante utilizado no setor industrial devido às suas características que auxiliam na montagem e na manutenção das áreas. Entre as alternativas a seguir, assinale a correta. A) É uma característica do diagrama multifilar demonstrar todas as fases de alimentação. B) Esse tipo de diagrama é muito utilizado para a execução de obras de instalação de acessórios de iluminação e tomadas. C) Um diagrama multifilar demonstra a ligação de motores e bombas, exceto seus acionamentos. D) O diagrama multifilar tem seu entendimento prejudicado se utilizado juntamente com um diagrama funcional. Os diagramas multifilares não demonstram dispositivos de proteção e segurança nas fases E) de alimentação. 4) Os dutos conduzem os elementos condutores aos que serão alimentados pelas fases. É um tipo de duto: A) o contator. B) o interruptor. C) o ponto de iluminação. D) o diagrama funcional. E) a calha. Diversos são os símbolos a serem utilizados em esquemas elétricos. Além de conhecer os símbolos, o projetista precisa conhecer suas funções e suas aplicações. Na figura a seguir, está representado: 1. 5) A) o relé. B) o fusível. C) o contato NA. D) o contato NF. E) o contator. NA PRÁTICA Os diagramas funcionais, além de mostrarem elementos de acionamentos, servem também para indicar a coordenação entre estes. Suponha que você trabalhe em uma linha de separação de peças. Em algum momento do processo, um motor move uma esteira que contém peças quadradas, e um outro motor move uma esteira que contém peças redondas. De acordo com a necessidade da produção, ora um tipo de peça é dispensado em uma caixa para produção, ora o outro tipo de peça precisa ser dispensado nessa mesma caixa. Um evento não pode ocorrer junto com o outro: ou caem peças quadradas, ou caem peças redondas. Nunca os dois tipos juntos. Neste Na Prática, observe como você pode representar essa situação com os esquemas de ligações desses dois motores. SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões doprofessor: Qual a diferença entre o diagrama multifilar e unifilar? Ainda resta alguma dúvida? Assista a este vídeo que compara um diagrama multifilar com um diagrama unifilar para a alimentação do mesmo equipamento. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Motores elétricos e acionamentos Neste livro, você conhecerá um pouco mais sobre a aplicação de esquemas elétricos no setor industrial. Instalações elétricas prediais Com este livro, entenda um pouco mais sobre os projetos elétricos, para garantir a correta utilização de símbolos e elementos pertinentes. Localização dos comandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores APRESENTAÇÃO Um dos maiores desafios, para muitos profissionais eletricistas, é o projeto elétrico. Em projetos elétricos, se utiliza diversos tipos de equipamentos e dispositivos, tanto para o comando de circuitos quanto para a proteção deles. Os dispositivos de comando elétrico são responsáveis pelo acionamento de máquinas elétricas, enquanto os dispositivos de proteção são responsáveis pelo desligamento do circuito, a fim de se evitar maiores defeitos. O conhecimento desses dispositivos visa a correta utilização dos equipamentos no desenvolvimento do projeto. Além disso, para garantir a segurança dos profissionais e dos clientes, a norma reguladora prevê regras específicas para ambientes onde o risco de choque elétrico é maior. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender a distinguir os dispositivos de comando dos dispositivos de proteção, bem como identificar os dispositivos mais comumente utilizados. Além disso, você vai ser capaz de alocar o quadro de distribuição, a fim de atender à norma e ficar atento às boas práticas desse tipo de instalação. Por fim, você vai ser capaz de reconhecer requisitos complementares de projetos para locais específicos, de forma a garantir a segurança de todos ao longo do projeto. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar a localização para interruptores seccionadores.• Especificar a localização para quadro de disjuntores.• Reconhecer os requisitos complementares para instalações ou locais específicos. • DESAFIO Os engenheiros eletricistas são profissionais fundamentais no setor industrial e na área de construção civil. Por atender diversos segmentos, o eletricista é responsável por implementar as normas técnicas vigentes e estar atento às diretrizes do projeto, a fim de evitar gastos desnecessários aos seus clientes. O profissional dessa área deve saber reconhecer equipamentos e dispositivos, bem como a correta instalação deles. Imagine que você é o engenheiro responsável pela parte elétrica da planta baixa a seguir. Indique qual o local ideal para a instalação do quadro de disjuntores, considerando também que a residência apresenta 3 condicionadores de ar, um em cada um dos quartos e um na sala, e o banheiro tem chuveiro de 5500W. INFOGRÁFICO No projeto de circuitos elétricos residenciais, é fundamental conhecer os diversos dispositivos existentes e saber como utilizar corretamente cada um deles. A norma vigente no país estabelece o uso de muitos equipamentos, que exercem diferentes funções nos circuitos de uma residência. Dito isso, é de se imaginar que o profissional eletricista precise ter conhecimento a respeito de dispositivos de comando e seccionamento, além de saber utilizar tais dispositivos para atender à norma e garantir a segurança tanto do profissional quanto dos clientes. No Infográfico a seguir, conheça alguns dos diferentes mecanismos de comando e seccionamento de circuitos elétricos. CONTEÚDO DO LIVRO Para técnicos e engenheiros eletricistas, é fundamental o conhecimento de equipamentos e dispositivos utilizados em projetos elétricos. Além disso, estabelecer e utilizar as normas técnicas é imprescindível para a segurança tanto dos profissionais quanto dos consumidores. Na obra Instalações elétricas, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, leia o capítulo Localização dos comandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores e aprenda a utilizar corretamente as normas técnicas brasileiras para projetos elétricos residenciais, tanto para localização do quadro de distribuição quanto para o projeto de locais específicos. Além disso, entenda um pouco mais sobre os diferentes tipos de dispositivos existentes em um projeto, podendo atender às necessidades exatas dos consumidores. Boa leitura. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Eduardo Scheffer Saraiva Localização dos comandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Identificar a localização para interruptores seccionadores. � Especificar a localização para quadro de disjuntores. � Reconhecer os requisitos complementares para instalações ou locais específicos. Introdução No desenvolvimento de projetos elétricos, o profissional precisa estar atento aos mais diversos equipamentos e à sua correta utilização, sejam eles dispositivos de proteção, comando ou seccionamento. O conheci- mento aprofundado destes equipamentos garante ao profissional segu- rança, menor retrabalho e, ao projeto, custos menores. Saber discernir o melhor local para a instalação de equipamentos e dispositivos também é parte importante no dia a dia do profissional eletricista, uma vez que isso garante não só um melhor andamento do projeto, como também entregas mais eficientes aos clientes. Além disso, o correto uso das normas vigentes no país garante um projeto seguro tanto para o profissional quanto para o consumidor. Neste capítulo, você aprenderá mais sobre os diferentes dispositivos de comando de circuitos e de seccionamento. Ademais, você estará apto a posicionar adequadamente o quadro de distribuição geral, não só atentando às normas, mas também às boas práticas de engenharia que lhe garantirão um retorno maior no projeto. Finalmente, você aprenderá sobre os requisitos complementares em um projeto, como a instalação de componentes e circuitos em locais específicos. 1 Dispositivos de comando dos circuitos e seccionadores O conhecimento dos diferentes tipos de dispositivos de uma instalação elétrica é fundamental para o desenvolvimento do profissional eletricista, tanto para sua segurança e dos clientes, quanto para garantir o melhor custo benefício no projeto. O conhecimento das normas técnicas a respeito do uso dos dispositivos em cada situação auxilia o profissional na hora de tomar a decisão, evitando assim dimensionamentos equivocados dos circuitos. Nesta seção você entenderá a diferença entre dispositivos de seccionamento e dispositivos de comando. Dispositivos de seccionamento No cotidiano de profissionais eletricistas acidentes podem ocorrer. Para reduzir o impacto desses acidentes existem os dispositivos de seccionamento, que garantem o desligamento de um dispositivo ou circuito defeituoso dos demais aparelhos ou circuitos, provendo assim maior segurança. A norma técnica regulamentadora brasileira NBR 5410 estipula que para fins de manutenção, verificação e localização de defeitos deverão sempre existir meios secciona- dores de modo a interromper a alimentação dos circuitos em uma instalação (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004). Todo circuito deve possuir conjunto próprio de dispositivos de proteção de modo a interromper todos os condutores do circuito (fases e neutro). Com exceção apenas do esquema de aterramento TN-S, no qual não há na norma previsão de uso de dispositivos de seccionamento. Dispositivos de seccionamento podem ser utilizados por conjuntos de cir- cuitos. isto acontece quando se deseja o desligamento geral de uma instalação ou de segmentos a partir de um quadro de distribuição. Porém isso não anula a obrigatoriedade do uso de circuitos de proteção de cada circuito isolado. Um dos componentes de proteção maisconhecido é o fusível, um dispositivo de segurança elétrica que opera para fornecer proteção de sobrecorrente de um circuito elétrico. Seu componente essencial é um fio ou tira de metal que derrete quando muita corrente flui através dele, interrompendo a corrente. É um dispositivo de sacrifício; uma vez que um fusível funcione, ele deve ser substituído ou religado, dependendo do tipo. Esses dispositivos foram utilizados como segurança essencial desde os primeiros dias da engenharia elétrica. Hoje existem milhares de projetos de fusíveis diferentes, com classificações específicas de corrente e tensão, capacidade de interrupção e tempos de Localização dos comandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores2 resposta, dependendo da aplicação. O tempo e as características operacio- nais atuais dos fusíveis são escolhidos para fornecer proteção adequada sem interrupções desnecessárias. Os regulamentos de fiação geralmente definem uma classificação máxima de corrente de fusível para circuitos específicos. Curtos-circuitos, sobrecarga, cargas incompatíveis ou falha do dispositivo são os principais ou alguns dos motivos da operação do fusível. De acordo com a aplicação, a norma internacional IEC 60269 2 1 utiliza duas letras para a especificação dos fusíveis (INTERNATIONAL ELECTROTECHNICAL COMMISSION, 2004). A primeira letra indica em que tipo de sobrecorrente o fusível irá atuar, e a segunda, que tipo de equipamento o fusível é indicado para proteger, conforme especifica o Quadro 1. Fonte: Adaptado de Creder (2007). Primeira letra minúscula a — Fusível limitador de corrente, proteção contra curto-circuito g — Fusível limitador de corrente, proteção contra curto-circuito e sobrecarga Segunda letra maiúscula G — Uso geral M — Proteção de circuitos motores L — Proteção de linha Tr — Proteção de transformadores R — Proteção de semicondutores S — Proteção de semicondutores e linha Quadro 1. Código de utilização de fusíveis Outro dispositivo de proteção muito comum nas instalações elétricas é o disjuntor. O disjuntor é um interruptor elétrico operado automaticamente, projetado para proteger um circuito elétrico de danos causados por excesso de corrente de sobrecarga ou curto-circuito. Sua função básica é interromper o fluxo de corrente após a detecção de uma falha. 3Localização dos comandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores O fusível é um dispositivo de sacrifício, ou seja, uma vez utilizado, ele deve ser substituído ou religado, enquanto o disjuntor, ao contrário, pode ser redefinido para retomar a operação normal. Os disjuntores são fabricados em tamanhos variados, desde pequenos dispositivos que protegem circuitos de baixa corrente ou eletrodomésticos individuais até grandes quadros de distribuição projetados para proteger circuitos de alta tensão que alimentam uma cidade inteira. Já o dispositivo diferencial residual é um dispositivo que interrompe rapi- damente um circuito elétrico para evitar danos graves causados por um choque elétrico em andamento. Esses dispositivos de fiação elétrica são projetados para desconectar rápida e automaticamente um circuito quando detectar que a corrente elétrica não está equilibrada entre os condutores de alimentação e retorno de um circuito. Qualquer diferença entre as correntes nesses condutores indica corrente de fuga, o que representa um risco de choque. Uma corrente de cerca de poucos mA através do corpo humano é suficiente para causar parada cardíaca ou danos graves se persistir por mais de uma pequena fração de segundo (HANSEN et al., 2017). Os dispositivos diferenciais residuais foram projetados para desconectar os fios condutores com rapidez suficiente para evitar ferimentos graves. São dispositivos testáveis e reinicializáveis. Um botão de teste cria com segurança uma pequena condição de vazamento, e um botão de reset reconecta os condutores após a eliminação de uma condição de falha. Dispositivos de comando Dispositivos que automaticamente ou manualmente alteram o estado de um determinado equipamento elétrico são conhecidos como dispositivos de co- mando. Estes dispositivos são destinados a garantir o desligamento ou a ligação de energia elétrica de um segmento ou de toda a instalação elétrica. Um dispositivo de comando familiar a todos é o interruptor responsável pelo acendimento ou desligamento de lâmpadas em ambientes domésticos. Localização dos comandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores4 A norma técnica prevê o uso de dispositivos de comandos sempre que houver necessidade de controle de todo o circuito ou parte de circuito que seja independente de outras partes da instalação. A norma ainda estipula a necessidade de usar os dispositivos de comando para seccionar todos os con- dutores vivos de um circuito, caso este gere riscos de acidentes para pessoas ou demais circuitos. Todo e qualquer equipamento deve possuir dispositivo de comando; este poderá vir já incorporado no equipamento, de modo que quando não incorporado o dispositivo de comando deve ser provido na instalação. De maneira similar aos dispositivos de proteção, os dispositivos de comando podem ser utilizados para diversos equipamentos simultaneamente, como é o caso de interruptores destinados a várias lâmpadas. Tomadas podem ser considerados dispositivos de comando, desde que a corrente nominal não ultrapasse os 20 A estipulados em norma. Alguns exemplos de dispositivos de comando são o interruptor, sensores de presença e comutadores. Mais detalhes a respeito destes dispositivos são apresentados a seguir. O interruptor é um componente elétrico que pode desconectar ou conectar o caminho condutor em um circuito elétrico, interrompendo a corrente elétrica ou desviando-a de um condutor para outro. O tipo mais comum de interruptor é o dispositivo eletromecânico que consiste em um ou mais conjuntos de contatos elétricos móveis conectados a circuitos externos. Quando um par de contatos está se tocando, a corrente pode passar entre eles, enquanto que quando os contatos são separados, nenhuma corrente pode fluir. Existem muitas formas especializadas de interruptores, como chave seletora, chave rotativa, chave de mercúrio, chave de botão, chave de reversão, relé e disjuntor. Diferentemente do apresentado até então, o contator é um interruptor controlado eletricamente usado para alternar um circuito de energia elétrica. Um contator é tipicamente controlado por um circuito que possui um nível de energia muito menor do que o circuito comutado, como um eletroímã de bobina de 24 V que controla um comutador de motor de 230 V. Diferentemente dos relés de uso geral, os contatores são projetados para serem conectados diretamente a dispositivos de carga de alta corrente. Os relés tendem a ser de menor capacidade e geralmente são projetados para aplicações normalmente fechadas e normalmente abertas. Os dispositivos que comutam mais de 15 A ou em circuitos com mais de alguns kW são geralmente chamados contatores. Os contatores são fornecidos de várias formas, com capacidades e recursos variados. Diferentemente de um disjuntor, um contator não se destina a in- terromper uma corrente de curto-circuito. Os contatores variam entre aqueles com uma corrente de ruptura de vários amperes a milhares de amperes e 24 V DC a muitos quilovolts. 5Localização dos comandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores Outro exemplo de dispositivo de comando é o sensor de presença, ca- paz de detectar a presença de objetos próximos sem nenhum contato físico. Um sensor de presença geralmente emite um campo eletromagnético ou um feixe de radiação eletromagnética (infravermelho, por exemplo) e procura alterações no campo ou no sinal de retorno. O objeto que está sendo detec- tado é geralmente chamado de alvo do sensor de proximidade. Os sensores de proximidade podem ter alta confiabilidade e longa vida funcional devido à ausência de peças mecânicas e à falta de contato físico entreo sensor e o objeto detectado. Nesta seção foram apresentados os dispositivos tanto de comando quanto de seccionamento mais comumente encontrados em projetos elétricos. Para o profissional eletricista o conhecimento destes equipamentos aliado ao conheci- mento da norma técnica é fundamental para segurança tanto dos profissionais que trabalham no projeto quanto para os clientes. Na próxima seção aprende- remos mais sobre a instalação de dispositivos em projetos elétricos, bem como a interpretar a norma no que se refere a instalação de quadros de distribuição. 2 Quadro de distribuição principal O quadro de distribuição tem grande papel nas instalações elétricas, sendo ele responsável por armazenar dispositivos para proteção de circuitos e conexões de condutores elétricos, de modo a distribuir a energia aos diversos circuitos da instalação elétrica. Circuito é o nome dado àqueles conjuntos de pontos de consumo que estão interligados pelos mesmos dispositivos de proteção e pontos de alimentação. Dividir a instalação em diversos circuitos é prática usual, a fim de limitar as consequências de falhas que possam vir a ocorrer na instalação. Além disso, a divisão da instalação em circuitos menores facilita a verificação, ensaios e manutenção do sistema. Circuitos ainda podem ser usados de maneira a separar sistemas que exijam menor e maior potência, visando à diminuição da seção circular dos condutores, o que diminui custos do projeto (CREDER, 2007). Circuitos de maior potência, além de condutores de maior seção, exigem maiores cuidados na instalação dos condutores nos eletrodutos. Nos sistemas polifásicos os circuitos devem ser distribuídos de maneira a assegurar o melhor equilíbrio de cargas entre as fases. Localização dos comandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores6 Devem ser observadas as seguintes restrições em unidades residenciais, hotéis, motéis ou similares: � devem ser separados em circuitos independentes aparelhos com corrente nominal superior a 10 A; � circuitos de iluminação deverão ser separados dos circuitos de tomadas; � poderão ser instalados pontos de iluminação e tomada no mesmo cir- cuito, exceto em cozinha, copas e áreas de serviço, que devem ser constituídas por circuitos independentes; � se um conjunto de condicionadores de ar utilizar da mesma fonte de alimentação, deverá ser utilizado um dispositivo de proteção para cada aparelho e um dispositivo de proteção geral para a alimentação; � cada circuito deverá ter seu próprio condutor neutro; � circuitos de tomadas deverão ter um condutor de proteção ligado dire- tamente ao condutor terra da instalação; � circuitos de iluminação instalados em áreas com piso “molhado” ou instalados em algumas instalações industriais também deverão ter um condutor de proteção. A norma NBR 5410 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉC- NICAS, 2004) prevê que os quadros de distribuição devem ser instalados em local de fácil acesso e ser providos de identificação do lado externo, legível e não facilmente removível. A fim de evitar custos desnecessários, uma boa prática no projeto de instalação de quadros de distribuição é a alocação do quadro o mais próximo possível das cargas mais altas e preferencialmente próximo do medidor da concessionária. Isso porque o cabeamento do circuito que vem do medidor, assim como o que vem de cargas mais altas, necessita de maior seção, o que para maiores distâncias acaba aumentando desnecessariamente o custo de projeto. Além disso, nos quadros de distribuição deve ser previsto espaço de reserva para ampliações futuras, com base no número de circuitos com que o quadro for efetivamente equipado, conforme o Quadro 2. 7Localização dos comandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores Fonte: Adaptado de Associação Brasileira de Normas Técnicas (2004). Quantidade de circuitos efetivamente disponíveis (N) Espaço mínimo destinado a reserva (em número de circuitos) ≤ 6 2 ≥ 7 ≤ 12 3 ≥ 13 ≤ 30 4 N > 30 0,15 N Quadro 2. Espaço reserva para quadros de distribuição Nesta seção foi introduzido o conceito de quadro de distribuição, assim como são apresentados os detalhes para sua instalação segundo a norma NBR 5410 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004). Além disso, são enumeradas algumas boas práticas na hora da instalação, de maneira a facilitar o trabalho do profissional tanto para a sua segurança e dos clientes quanto para futuras manutenções, visando, também, a uma diminuição dos custos do projeto. Na próxima seção serão apresentados requisitos comple- mentares no desenvolvimento de projetos, como por exemplo, a instalação de circuitos elétricos próximos a banheiras, chuveiros e piscinas. 3 Requisitos complementares para instalações ou locais específicos Acidentes elétricos são bastante comuns e, quase sempre, resultam do descuido ou da falta de informação. E nesse contexto a combinação água e eletrici- dade é a responsável por graves e, em boa parte das vezes, fatais acidentes. O grande risco da eletricidade para alguém em contato com a água é haver condições de se estabelecer um circuito fechado entre a fonte de tensão e o solo (aterramento). Tendo em vista a periculosidade de locais que contêm grandes volumes de água, a NBR 5410 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004) traz algumas normas para a instalação de sistemas elétricos especificamente para esses locais. Localização dos comandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores8 Locais com chuveiros e banheiras Nesses locais o risco de choque elétrico aumenta, devido à redução da resis- tência do corpo humano e ao contato com o potencial da terra. A norma então prevê a divisão do local em 4 volumes devidamente limitados para a correta instalação de equipamentos elétricos, conforme detalhado a seguir e ilustrado pela Figura 1 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004). a) O volume 0 é o volume interior da banheira, do piso-boxe ou do rebaixo do boxe (local inundável em uso normal). b) O volume 1 é limitado: ■ pelo volume 0; ■ pela superfície vertical que circunscreve a banheira, o piso-boxe, o rebaixo do boxe ou, na falta de uma clara delimitação do boxe, por uma superfície vertical situada 0,6 m ao redor do chuveiro ou ducha; ■ pelo piso; ■ pelo plano horizontal situado 2,25 m acima do fundo da banheira, do piso do boxe ou, de modo geral, da superfície onde as pessoas possam se postar para o banho. c) O volume 2 é limitado: ■ pelo volume 1; ■ por uma superfície vertical paralela situada 0,60 m ao redor da su- perfície vertical externa do volume 1; ■ pelo piso; ■ pelo plano horizontal situado 3 m acima do piso. d) O volume 3 é limitado: ■ pela superfície vertical externa do volume 2; ■ por uma superfície vertical paralela situada 2,40 m ao redor da su- perfície vertical externa do volume 2; ■ pelo piso; ■ pelo plano horizontal situado 2,25 m acima do piso. 9Localização dos comandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores Figura 1. (a) Dimensões dos volumes para banheiras; (b) dimensões para volumes com boxe; (c) dimensões para volumes sem boxe ou rebaixo. Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2004, p. 171–172). (a) (b) (c) Para proteção contrachoques elétricos a norma prevê a admissão no volume 0 apenas de sistemas de extra baixa tensão, com tensão nominal não superior a 12 V. Além disso, qualquer que seja sua tensão nominal, devem ser providos de isolação capaz de suportar ensaio de tensão aplicada de 500 V durante 1 min, ou de barreiras ou invólucros impermeáveis. Deve também ser realizada uma equipotencialização suplementar, reunindo todos os elementos condutivos dos volumes 0, 1, 2 e 3 e os condutores de proteção de todas as massas situadas nesses volumes. Os componentes da instalação elétrica devem possuir pelo menos os se- guintes graus de proteção: � Para o volume 0: IPX7 � Para o volume 1: IPX4 � Para o volume 2: IPX3 � Para o volume 3: IPX1 Localização doscomandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores10 Níveis de classes de proteção IP ou grau de proteção IP são padrões internacionais definidos pela norma IEC 60529 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2017) para classificar e avaliar o grau de proteção de produtos eletrônicos fornecidos contra intrusão, poeira, contato acidental e água. É publicada pela Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC). Nos volumes 0, 1 e 2 as linhas devem ser limitadas às necessárias à ali- mentação de equipamentos situados nesses volumes. Dispositivos de proteção, seccionamento ou comando não devem ser instalados nos volumes 0, 1 e 2. Locais com piscinas As prescrições complementares desta subseção são aplicáveis aos reservatórios de água de piscinas, incluindo os lava-pés e as áreas adjacentes às piscinas. Nesses locais o risco de eletrocussão aumenta devido à redução da resistência elétrica do corpo humano e ao contato com o potencial de terra. Para efeito de aplicação de prescrições desta subseção, as piscinas e área adjacente são divididas em três volumes, conforme a NBR 5410 (ASSOCIA- ÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004). a) O volume 0 é o volume interior do reservatório (da piscina e do lava-pés). b) O volume 1 é limitado: ■ pelo volume 0; ■ pela superfície vertical situada a 2 m das bordas do reservatório; ■ pelo piso ou superfície na qual as pessoas possam vir a se postar; ■ pelo plano horizontal situado 2,5 m acima do piso ou superfície na qual as pessoas possam vir a se postar. c) O volume 2 é limitado: ■ de um lado, pela superfície vertical externa do volume 1 e uma superfície paralela situada a 1,50 m desta última; ■ por outro lado, pelo piso ou superfície na qual as pessoas possam vir a se postar e o plano horizontal situado a 2,50 m acima desta última. 11Localização dos comandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores Quando na piscina houver plataformas de qualquer tipo, nas quais as pessoas possam vir a se postar, o volume 1 deve incluir o volume delimitado pela superfície vertical situada 1,50 m ao redor da plataforma e pelo plano horizontal situado 2,5 m acima da superfície mais elevada na qual as pessoas possam vir a se postar (Figura 2). Figura 2. (a) Dimensões dos volumes de piscinas; (b) dimensões dos volumes de piscinas acima do solo. Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2004, p. 176). (a) (b) A norma prevê que, para proteção contra choques elétricos, os volumes 0 e 1 admitem apenas o uso de sistema de extra baixa tensão com tensão nominal não superior a 12 V em corrente alternada, ou 30 V em corrente contínua, sendo que estes sistemas, qualquer que seja sua tensão nominal, devem ser Localização dos comandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores12 providos de isolação capaz de suportar ensaio de tensão aplicada de 500 V durante 1 min ou barreiras ou invólucros impermeáveis. A fonte de segurança deve ser instalada fora dos volumes 0, 1 e 2. No volume 2 são admitidas as seguintes medidas de proteção: sistemas de extra baixa tensão são permitidos, desde que a fonte de segurança seja instalada fora dos volumes; dispositivos de seccionamento podem ser utilizados desde que sejam providos por dispositivo diferencial-residual com corrente nominal não superior a 30 mA; além disto, pode-se utilizar de circuito individual para este volume, de modo que a fonte de alimentação esteja fora dos volumes estabelecidos pela norma. Nos volumes 0 e 1 as linhas devem ser limitadas às necessárias à alimen- tação dos equipamentos situados nesses volumes. As linhas não devem conter nenhum revestimento metálico. Nos volumes 0 e 1 não são admitidas caixas de derivação, exceto aquelas situadas no volume 1 destinadas especificamente a sistemas de extra baixa tensão. Nenhum dispositivo de proteção, seccionamento ou comando pode ser instalado nestes volumes. Em pequenas piscinas onde a instalação de tomadas de corrente fora do volume 1 não for possível, admite-se sua instalação no volume 1, desde que as tomadas não possuam corpo e/ou cobertura metálica, e sejam posicionadas com distância igual ou superior a 1,25 m, a partir do limite do volume 0, e no mínimo a 0,3 m acima do piso. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: instalações elétricas de baixa tensão. 2. ed. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR IEC 60529: Graus de proteção providos por invólucros (Códigos IP). 2. ed. Rio de Janeiro: ABNT, 2017. CREDER, H. Instalações elétricas. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007. HANSEN, S. M. et al. Mortality and risk of cardiac complications among immediate survivors of accidental electric shock: a Danish nationwide cohort study. BMJ open, [s. l.], v. 7, n. 8, 2017. DOI: 10.1136/bmjopen-2017-015967. Disponível em: https://bmjopen. bmj.com/content/7/8/e015967.full. Acesso em: 9 fev. 2020. INTERNATIONAL ELECTROTECHNICAL COMMISSION. IEC 60269-2-1: Low-voltage fuses — Part 2–1: supplementary requirements for fuses for use by authorized persons (fuses mainly for industrial application). 4th ed. Geneva: IEC, 2004. 13Localização dos comandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun- cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. Localização dos comandos, dos interruptores e do quadro de disjuntores14 DICA DO PROFESSOR Acidentes elétricos são ainda bem comuns no Brasil, e a norma regulamentadora estabelece diretrizes para que esses acidentes não ocorram ou para que, quando ocorram, não se tornem fatais para as vítimas. Como é de se esperar, tais acidentes podem ser ainda mais perigosos quando ocorrem próximos a maiores volumes de água. Tendo em vista a periculosidade desses locais, a NBR 5410 traz algumas normas específicas, a fim de aumentar a segurança tanto do profissional quanto do cliente. Na Dica do Professor, entenda como funciona a aplicação dessa norma e como interpretar a NBR 5410, para trabalhar em um ambiente mais seguro. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS No dia a dia do profissional eletricista, é muito importante que ele esteja atento às boas práticas no desenvolvimento de projetos de instalação, a fim de alocar os recursos disponíveis de maneira mais eficiente. Tendo isso em vista, considere a planta baixa a seguir e indique qual o local mais adequado para o quadro de distribuição, conforme as diretrizes da NBR 5410. 1) A) O local mais adequado para o quadro de distribuição é a cozinha, por estar próximo das cargas mais altas e ser de fácil acesso em casos de emergência. B) O local mais adequado para o quadro de distribuição é o corredor, por ser de fácil acesso, estar próximo das cargas mais elevadas da residência e ser próximo ao medidor da concessionária. C) O local mais adequado para o quadro de distribuição é a suíte, por estar próximo ao medidor da concessionária e ser local de difícil acesso, tornando inviável a utilização do painel por crianças ou pessoas sem a devida autorização. D) O local mais adequado para o quadro de distribuição é o banheiro, por se tratar de local que demanda maior potência elétrica, diminuindo, assim, os custos do projeto para o cliente. E) O local mais adequado para o quadro de distribuição é a sala, por ser local de fácil acesso, em casos de emergência, e estar distante do medidor da concessionária. 2) No cotidiano, é comum o engenheiro eletricista se deparar com as mais diversas solicitações de clientes em relação ao projeto. Nesse contexto, o conhecimento e a implementação das normas técnicas é fundamental. Considerando o projeto de uma residência com 32 circuitos
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