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Gestalt-terapia
Gestalt-terapia é uma abordagem psicológica que tem seu nascimento oficial marcado pela publicação, em 1951, do livro “Gestalt Therapy”, escrito por Frederick Perls, Ralph Hefferline e Paul Goodman. Este livro foi publicado no Brasil em 1997. 
Quem é frederick Perls?
Frederick Perls, judeu alemão comumente chamado de Fritz, é visto como o principal criador da Gestalt-terapia.
Muitos a consideram fruto, sobretudo, das discussões e produções do chamado “grupo dos sete”, do qual Fritz fazia parte, que era um grupo de intelectuais não conformistas que questionavam os códigos sociais vigentes na sociedade americana do pós-guerra e buscavam um estilo de vida e de expressão mais autênticos. 
Grupo dos sete: Frederick Perls, Laura Perls , Paul Goodman, Isadore From, Paul Weisz, Elliot Shapiro, Sylvester Eastman.
Nasceu, então, no início da década de 50, mas foi principalmente a partir da década de 60, com o surgimento dos movimentos de contracultura, que a Gestalt-terapia encontrou espaço para se expandir, principalmente nos EUA.
Ideias inovadoras e revolucionárias dentro do cenário psicoterápico da época. 
A visão da Gestalt-terapia envolve compreender o ser humano, a natureza, o planeta, cada ser vivo, cada objeto ou fenômeno do Universo enquanto uma totalidade, ou seja, enquanto uma unidade indivisível, um todo que é muito maior que a soma de suas partes, pois só pode ser compreendido pelas interações entre as partes que o compõem. 
Assim, esta visão de que tudo no mundo encontra-se numa relação de interdependência. 
Nada pode ser compreendido isoladamente. 
Gestalt, que, apesar de não encontrar equivalentes em outras línguas, significa estrutura ou configuração e envolve a ideia de totalidade e de organização. 
A Gestalt-terapia compreende: 
 o sujeito enquanto uma totalidade, ou seja, um sistema integrado e organizado, uma unidade indivisível corpo/mente, onde não há separação entre as partes que o compõem, mas sim integração, correlação, organização e interdependência.
Dessa forma, não há nas pessoas separação entre o seu sentir, o seu pensar e o seu agir. Sua mente, seu corpo e suas manifestações são partes de um todo, ou seja, são formas diferentes de expressão daquele ser humano e estão, portanto, integrados e contribuindo para a configuração desse todo. 
Assim, se algo muda em qualquer uma das suas partes, seja um aspecto emocional, mental, físico ou espiritual, o todo é reconfigurado, surge uma nova organização, uma nova gestalt.
Essa visão aponta também para uma compreensão de homem enquanto parte de uma totalidade mais ampla e mais complexa, que representa o contexto no qual ele se encontra inserido. 
Considerando, então, o homem enquanto um ser-no-mundo, um ser de relação, procura focalizar a totalidade da relação que o indivíduo estabelece com o seu meio. 
A relação indivíduo-meio é compreendida na Gestalt-terapia a partir das noções de singularidade, de liberdade e de responsabilidade.
Crença no potencial criativo do homem, no seu poder de recuperação e de transformação, na sua tendência ao equilíbrio, à auto-regulação, ao crescimento, na sua capacidade de se construir e reconstruir na sua relação com o mundo, sem desconsiderar, contudo, os limites, as dores, os conflitos, as contradições, que essa construção pode envolver. 
Considerando, então, não somente o seu discurso, o seu corpo ou o seu comportamento, mas todas as manifestações de suas dimensões sensoriais, afetivas, intelectuais, corporais, sociais e espirituais, visando se aproximar da singularidade da relação do cliente consigo mesmo e com o mundo, visando compreender o sentido do seu viver. 
A Gestalt-terapia dá uma grande ênfase à relação terapêutica.
A relação terapêutica representa um micro-cosmos onde o cliente, a partir do ambiente favorável, seguro, e confirmador que é fundamental que o terapeuta favoreça, poderá experienciar aquilo que ele é, assim como novas formas de interação, novos sentimentos, novos comportamentos, novas percepções, e, assim, caminhos mais satisfatórios na sua relação com o mundo e consigo mesmo, de modo a conquistar o seu bem-estar e uma melhor qualidade de vida.
Além disso, a Gestalt-terapia acredita numa sabedoria organísmica, ou seja, acredita que quando o indivíduo encontra um ambiente e relações favoráveis, confirmadoras e não judicativas, ele tende naturalmente ao crescimento e desenvolvimento de suas potencialidades, tende a realizar novas e melhores escolhas no seu processo de construção e reconstrução de si mesmo e da sua vida. 
Gestalt terapia – concepção de sujeito
O sujeito se constrói num campo relacional, numa relação de reciprocidade e retroalimentação entre fatores emocionais, cognitivos, orgânicos, comportamentais, sociais, históricos, culturais, geográficos e espirituais. 
Não significa que possamos ver ao mesmo tempo todas as características presentes, mas de que, à medida que se tornam figuras, uma série de outras características se revelam. 
Para a gestalt terapia, o ser humano é relacional e também contextual, pois está atravessado por inúmeros elementos do campo do qual faz parte. 
O sujeito é uma totalidade, ou seja, para os Gestalt-terapeutas o homem só pode ser entendido se tomado como uma Gestalt.
Em uma Gestalt há uma parte vivida que prende, em um dado momento, nossa atenção – a ela denominamos figura. 
Além dela há as partes restantes indiferenciadas, denominadas de fundo. Perceber o sujeito como uma totalidade implica, em Gestalt-terapia, tanto estar atento para a figura, quanto ao fundo e à articulação de ambas.
Ser de presentificação- busca continuamente seu momento existencial. 
O aqui e agora é enfatizado na Gestalt-terapia e refere-se ao momento existencial do cliente (quer ele se refira ao passado, ao futuro ou ao momento presente) e não ao seu momento cronológico.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS	
PSICOLOGIA DA GESTALT o princípio mais importante da abordagem gestáltica é o de propor que uma análise das partes nunca pode proporcionar uma compreensão do todo, uma vez que o todo é definido pelas interações e interdependências das partes. Todo campo perceptivo se diferencia em um fundo e em uma forma, ou figura. 
Não podemos distinguir a figura sem um fundo e a gestalt se interessa por ambos, mas, sobretudo, por sua inter-relação.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS	
TEORIA DE CAMPO DE Kurt Lewin extrapolou os princípios da teoria da gestalt para uma teoria geral do campo psíquico, estudando a interdependência entre a pessoa e seu meio social, trabalhos que desembocaram na criação da dinâmica de grupos e o tornaram célebre no mundo todo.
A perspectiva fenomenológica
A fenomenologia é uma disciplina que ajuda as pessoas a sair de sua maneira habitual de pensar, para que possam verificar a diferença entre o que está de fato sendo percebido e sentido na situação presente e o que é um resíduo do passado.
O objetivo da exploração fenomenológica da Gestalt é a awareness ou o insight. Na Gestalt-Terapia insight é a compreensão nítida da estrutura da situação em estudo. E a awareness e a experimentação são usadas para obter o insight.
A perspectiva existencial
 
Valoriza a experiência da pessoa, as relações interpessoais, as alegrias e os sofrimentos assim como são diretamente experimentados. A visão existencial afirma que as pessoas estão infinitamente refazendo-se ou descobrindo a si mesmas. 
TEORIA DA PERSONALIDADE
Regulação e fronteira
A fronteira entre o self e o ambiente deve ser mantida permeável para permitir trocas, porém suficientemente firme para ter autonomia.
Auto-regulação organísmica
TEORIA DA PERSONALIDADE
Awareness
É uma forma de experiência que pode ser definida aproximadamente como estar em contato com a própria existência, com aquilo que é. É o processo de estar vigilante com os eventos mais importantes do campo, com total apoiosensoriomotor, emocional, cognitivo e energético.
Responsabilidade
 As pessoas são responsáveis-hábeis para responder; isto é, elas são agentes fundamentais na determinação de seu próprio comportamento.
A GESTALT-TERAPIA É UMA ABORDAGEM FENOMENOLÓGICA CLÍNICA
É centrada na descrição subjetiva do sentimento do cliente (awareness) em cada caso particular e na tomada de consciência intersubjetiva que está acontecendo entre ele e o terapeuta (processo de contato). 
Ela ensina a terapeutas e clientes o método fenomenológico de awareness, no qual perceber, sentir e atuar são diferenciados de interpretar e modificar atitudes preexistes. 
CLÍNICA
A gestalt-terapia focaliza mais o processo (o que está acontecendo) do que o conteúdo (o que está sendo discutido). A ênfase é no que está sendo feito, pensado e sentido no momento, em vez de no que era, poderia ser, conseguiria ser ou deveria ser. 
Psicoterapia na abordagem gestáltica
Como psicoterapia segue a abordagem fenomenológico-existencial, uma forma de compreender a maneira singular como um ser humano experimenta a si mesmo entre os outros. 
Sua proposta é que cada pessoa atinja uma real percepção de si como um ser em relação, uma reflexão sobre o tipo de sociedade que vivemos e em que base ética estamos fundamentados. 
Assim, o gestalt-terapeuta vai ao encontro da realidade do paciente investigando as suas experiências da forma como elas acontecem e se processam. 
No entanto, o sentido dessa relação do cliente com seu meio será dado pelo próprio cliente; o terapeuta é apenas um facilitador nesse processo de investigação, de compreensão deste sentido. 
O gestalt-terapeuta utiliza um método descritivo e não explicativo, ou seja, procura investigar o que está acontecendo com o cliente e como está acontecendo, procurando, através de uma postura interessada, presente e acolhedora, sem “a prioris”, colocando de lado os julgamentos, os conhecimentos anteriores, os pré-conceitos, focalizar aquilo que o cliente manifesta no momento presente, no aqui-agora da relação terapêutica.
Com isso, o terapeuta procura facilitar o processo de auto-conhecimento do cliente, o processo de conscientização sobre si mesmo na relação com o mundo, de forma que ele possa conhecer e experimentar aquilo que ele está podendo ser naquele momento. 
conhecer tanto os seus recursos, suas habilidades, como os seus impedimentos, as suas dificuldades, ou seja, tanto aquilo que é saudável quanto o que não é saudável na busca pela satisfação das suas necessidades na relação com o mundo.
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A relação terapêutica nas abordagens fenomenológico-existenciais
O paradoxo do espírito humano é que não sou completamente eu mesmo, até que seja reconhecido em minha singularidade pelo outro – e esse outro precisa do meu reconhecimento a fim de se tornar completamente a pessoa única que ela é. Nossa validação pelo outro traz valor a nós mesmos (Polster in Hycner & Jacobs, 1997).
A gestalt- terapia tem um amplo foco experiencial e processual.
Dá suporte aos seus praticantes a se voltarem em direção a uma abordagem dialógica.
Atitude dialógica: O terapeuta deve procurar a dimensão “entre” – dimensão invisível e muito profunda da interconexão humana.
O dialógico é a exploração do “entre”.
A abordagem dialógica e relacional é sempre um processo em andamento, exigindo respostas únicas para situações únicas.
Há a crença de que somos todos fios de um tecido inter-humano.
Não significa obscurecer a singularidade. Ao contrário, uma abordagem dialógica consagra a singularidade do indivíduo dentro de um contexto relacional.
Tensão entre singularidade e contexto relacional. Polaridades presentes e conflitivas. 
O diálogo autêntico enfatiza:
Inclusão: 
é posicionar-se, tanto quanto possível na experiência do outro, sem julgar, analisar ou interpretar, e simultaneamente resguardar o sentido de sua própria presença distinta. Esta é uma aplicação interpessoal e existencial da crença fenomenológica na experiência imediata. 
Presença
 O gestalt-terapeuta se expressa para o paciente criteriosamente e com discriminação, expressa observações, sentimentos, experiência pessoal e pensamentos. Isto ajuda o paciente a aprender algo sobre o uso da experiência imediata para despertar a awareness.
Compromisso com o diálogo. Contato nasce da interação entre as pessoas. O gestalt-terapeuta permite o processo interpessoal.
O diálogo é vivido. O diálogo é algo feito, em vez de algo falado a respeito.
A relação entre o terapeuta e o cliente é o aspecto mais importante da psicoterapia. 
Martin Buber afirma que a pessoa tem significado apenas em sua relação com os outros, no diálogo EU-TU ou no contato EU-ISSO.
 Processo clínico -“O verdadeiro mestre responde à singularidade” (Buber). 
A vereda estreita – Como usar a segurança da teoria e, ainda assim não usá-la como uma defesa contra o desconhecido?
Presença- é uma atitude existencial. Ver o outro como alteridade única. 
Pôr entre Parênteses – abertura.
Pedras de toque, acontecimentos e significados maiores na vida dessa pessoa?
Rastrear; Ficar com...; Pista existencial do cliente. Exige esforço e envolvimento. Inclusão
Confirmação
Técnicas- surgem no contexto da relação. 
Fechando algumas idéias
É tarefa do terapeuta construir uma “ponte” em direção ao paciente.
Não é, certamente, responsabilidade do paciente construir uma ponte em direção ao terapeuta.
A “cura pelo encontro” (Buber), só acontece através de uma relação de confiança. É um processo contínuo de produção de vínculos com as pessoas e com as coisas do mundo.
“ Como psicoterapeutas não podemos indicar a verdade que temos, mas somente a verdade que buscamos entre nós, entre médico e paciente.” ( Hans Trüb)
Os mecanismos mais citados pelos diferentes autores da Gestalt-terapia são:
Confluência (Perls) - É um estado de não-contato, por fusão ou ausência de fronteira de contato. O self (si mesmo) não pode ser identificado, ausência de discriminação eu/meio.
No comportamento neurótico há um apego ao que já nos trouxe satisfação.
Introjeção (Perls) - Significa a incorporação de elementos do meio, de ideias a sentimentos, relações, valores etc. 
No comportamento neurótico, o próprio desejo é inibido a fim de manter o pertencimento.
Projeção (Perls) - Significa atribuir ao meio elementos fantasiados pelo próprio indivíduo. Para Perls, há aqui um deslocamento da responsabilidade do indivíduo para o meio. A projeção não patológica é o que permite, por exemplo, a empatia entre os indivíduos.
Retroflexão (Perls) - Consiste em voltar para si mesmo a energia mobilizada, fazer a si aquilo que gostaria de fazer aos outros ou que os outros lhe fizessem. São exemplos de retroflexão (tanto patológica como saudável): morder os dentes ou cerrar os punhos para não agredir; o sadismo e o masoquismo; etc.
Egotismo (Goodman) - Consiste em um reforço deliberado nas fronteiras de contato, devido a um reinvestimento de energia no ego, uma hipertrofia narcísica; geralmente é uma etapa do processo terapêutico, mas enquanto um estado crônico se torna uma patologia.

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