Prévia do material em texto
O que é conhecimento? O conhecimento pode ser definido como a relação entre um sujeito e um objeto. A relação entre sujeito e objeto é uma correlação, o que significa que o objeto do conhecimento existe em função de um sujeito e que o sujeito do conhecimento só tem sentido em função de um objeto que se propõe conhecer. A função do sujeito consiste em apreender as características/determinações do objeto construindo assim, na consciência do sujeito, uma imagem ou representação do objeto. Pelo que o objeto em si permanecerá exterior ao sujeito sem ser alterado. O que não acontece ao sujeito que após o conhecimento é modificado porque passa a ter a imagem (representação) do objeto. O Conhecimento só é perceptível através da existência de três elementos: - O sujeito cognoscente (que conhece) - O objeto (conhecido) - e a imagem. O conhecimento é o ato no qual o sujeito e o objeto entram em relação e dessa relação resulta a afecção do sujeito pelo objeto e a apreensão do objeto pelo sujeito. Quer dizer: o sujeito é de algum modo modificado ou estimulado pelo objeto ou pelas suas propriedades e o objeto é de algum modo apreendido pelo sujeito de acordo com as capacidades cognoscitivas deste. O que conhecer? Como podemos conhecer algo? Uma Imagem Mental Experiência do erro (imagem x objeto) A relatividade do Conhecimento Graus de Conhecimento Mas o que é conhecer algo? Talvez conhecer uma coisa seja entender seu funcionamento, talvez seja entender sua montagem/fabricação, talvez seja entender sua história, talvez seja entender o que ela pode vir a ser, suas possibilidades... ou talvez seja entender tudo isso junto! Não é o objeto mesmo, mas sim uma sua imagem ou representação aquilo que o sujeito apreende. A consciência da distinção entre imagem e objeto de que é imagem pode ser-nos acessível na experiência do erro. A imagem refere-se ao objeto, mas este não se reduz às imagens que dele temos. Por isso, não só são possíveis diferentes imagens e representações consoante os diferentes sujeitos, mas também são possíveis representações mais objetivas ou menos objetivas. Nunca, porém, representações que coincidam totalmente com os objetos que representam. A representação do objeto enquanto objeto conhecido é, pois, em larga medida uma construção do sujeito. Mas não uma construção arbitrária. É uma construção segundo o modo de percepcionar e de conhecer do sujeito e segundo o modo como este é afetado pelo objeto ou pelas propriedades deste. Afirmar isto não significa dizer que então todo o conhecimento é relativo e absolutamente subjetivo. Estamos a falar do sujeito humano e os humanos têm um modo de percepcionar e conhecer que obedece aos mesmos pressupostos: por isso é possível entenderem-se quando trocam entre si as suas representações que se referem aos objetos ou a realidades que sabem ser exteriores a si próprios. É possível conhecer? O dogmatismo (dogmatikós, em grego significa que se funda em príncípios ou é relativo a uma doutrina) defende a apreensão absoluta da realidade pelo sujeito. Esta posição assenta numa total confiança na razão humana. O ceticismo (skeptikós, em grego signifca "que observa", que considera") defende a impossibilidade do sujeito apreender a realidade. Esta posição desconfia na razão humana. O criticismo defende a possibilidade de se aceder à verdade, mas não aceita sem crítica as afirmações da razão. O pragmatismo ao subordinar o conhecimento a uma finalidade prática, afirma que a verdade é tudo aquilo que é útil e eficaz para a vida humana. Desta forma aproxima-se do cepticismo, na medida que relativiza o conhecimento. É possível conhecer? O dogmatismo (dogmatikós, em grego significa que se funda em príncípios ou é relativo a uma doutrina) defende a apreensão absoluta da realidade pelo sujeito. Esta posição assenta numa total confiança na razão humana. O ceticismo (skeptikós, em grego signifca "que observa", que considera") defende a impossibilidade do sujeito apreender a realidade. Esta posição desconfia na razão humana. O criticismo defende a possibilidade de se aceder à verdade, mas não aceita sem crítica as afirmações da razão. O pragmatismo ao subordinar o conhecimento a uma finalidade prática, afirma que a verdade é tudo aquilo que é útil e eficaz para a vida humana. Desta forma aproxima-se do cepticismo, na medida que relativiza o conhecimento. Origem do conhecimento? Racionalismo propõe que a origem do conhecimento se encontra na razão, tido como o único e exclusivo instrumento capaz de conhecer verdades universais. Consideram que só é verdadeiro conhecimento aquele que for logicamente necessário e universalmente válido, isto é, o conhecimento matemático é o próprio modelo do conhecimento. Descartes; Empirismo fundamenta o conhecimento na experiência, supervalorizando os sentidos, que desencadeiam e determinam o ato de conhecer; para os empiristas a mente humana é uma folha de papel em branco preenchida exclusivamente com os dados providos da experiência sensível (visão, audição, tato, olfato, paladar). John Lock; David Hume; O que é o conhecimento verdadeiro? Johannes Hessen diz que se "a lógica pergunta pela correção formal do pensamento, isto é, pela sua concordância consigo mesmo, pelas suas próprias formas e leis, a teoria do conhecimento pergunta pela verdade do pensamento, isto é, pela sua concordância com o objeto. Portanto, pode definir-se também a teoria do conhecimento como a teoria do pensamento verdadeiro, em oposição à lógica, que seria a teoria do pensamento correto". Tipos de Conhecimento Existem diferentes visões sobre como alcançar o conhecimento verdadeiro. As principais são: O Mito A Filosofia O Senso Comum A Arte E a Ciência O Mito Critérios de verdade A Fé Objetivação Dogmatismo - Doutrinamento e Proselitismo Metodologia A experiência pessoal Relação sujeito-Objeto Relação Suprapessoal, onde a Revelação do Sagrado se manifesta (revela) sobrenaturalmente ao profano através do rito (Dramatização do mito, ou seja, da liturgia religiosa). A Filosofia Critérios de verdade A razão Objetivação A razão discursiva. Metodologia A dialética (O discurso) Relação sujeito-Objeto Relação transpessoal onde a palavra diz as coisas. O mundo se manifesta pelos fenômenos e é dizível através do logos. O Senso Comum Critérios de verdade A cultura ética e moral Objetivação A Tradição cultural Metodologia As crenças silenciosas Relação sujeito-Objeto Relação interpessoal, onde a ideologia estabelecida pelas idéias dominantes e pelos poderes estabelecidos. A Arte Critérios de verdade A estética Objetivação Esteticismo = A subjetividade do artista e do contemplador (observador) da arte.. Metodologia O gosto Relação sujeito-Objeto Relação pessoal, onde a criatividade e a percepção da realidade do autor e a interpretação e sensibilidade do observador. A Ciência Critérios de verdade A experimentação Objetivação Objetividade - Comprovação de uma determinada tese de modo objetivo. Metodologia A observação Relação sujeito-Objeto Relação "impessoal", A isenção do cientista diante de sua pesquisa: O mito da neutralidade científica. Fontes http://www.brasilescola.com/filosofia/conhecimento.htm http://www.mundodosfilosofos.com.br/ http://www.coladaweb.com/filosofia http://ocanto.esenviseu.net/lexicon/cnhcmnto.htm http://www.educ.fc.ul.pt