Buscar

Clinica II de Pequenos Animais - Renal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
Clinica II de Pequenos Animais: 
REVISÃO ANATOMOFUNCIONAL DO SISTEMA 
URINÁRIO DO CÃO E DO GATO 
 
Anatomia do TU – femea: 
 
 
Anatomia do TU - Cão macho: 
 
 
- O canal vaginal e a uretra da femea desembocam no vestíbulo da vagina. As 
fêmeas de carnívoros recebem as secreções uterinas, urina, passagem do feto 
e do pênis pelo vestíbulo. 
- Quando se tem uma piometra aberta e tem pus, vai estar cheio de bactéria, 
que vai passar pelo Óstio uretral externo podendo contaminar ali também. E 
como o útero fica bem próximo da bexiga, se tiver cheio de pus devido a 
piometra, vai acabar comprimindo a bexiga, causando uma disfuncionalidade. 
- A uretra da femea é curta e calibrosa sendo mais difícil de fazer pressão na 
hora de urinar e limpar aquele canal, por isso é mais predisposta a infecções 
urinarias. Sendo menos propensa a obstrução devido ao calibre. 
 
- já nos machos, os pontos mais comuns de obstrução são na tuberosidade 
isquiática e na base do osso peniano. A chance diante de uma alteração 
neurológica do macho ter retenção urinária é maior do que na femea, porque 
o esfíncter é mais eficiente. 
- Nos machos castrados a próstata diminui, porque não tem mais testículo 
produzindo espermatozoide para alimentar aquela próstata. Já em animal que 
é inteiro, a próstata tem uma função de produzir uma secreção que é nutritiva 
para o espermatozoide, sendo um meio bom para proliferação de bactéria, 
caso a bactéria consiga chegar até lá. A próstata quando ela cresce pode 
acabar apertando a uretra, fazendo retenção urinária. 
 
- Os rins dos carnívoros são unipiramidais, ficam laterais a coluna vertebral e o rim direito é mais cranial. 
- O ureter leva a urina até a bexiga, desembocando no óstio ureterais dentro da bexiga na região dorsal, que se chama TRIGONO 
VESICAL. 
- O Urotélio é um epitélio de transição. Quando a bexiga está vazia, a mucosa vai estar pregueada e as células vão estar uma em cima 
da outra, parecendo ter um epitélio estratificado, porém é pseudoestratificado por ser apenas uma camada. Já quando a bexiga está 
cheia, a mucosa fica fina dando para visualizar uma monocamada de células. 
- A urina flui do ureter para a bexiga por meio da pressão. E essa própria pressão do líquido impede que desça mais líquido, e que faça 
ter o estímulo para urinar. 
- A partir do momento em que o ureter está garroteado, a urina não vai descer mais e vai se acumular. A pressão interna dentro do 
ureter, da pelve renal e do parênquima renal vão ficar alta e com esse aumento da resistência tecidual a filtração glomerular vai 
abaixar. 
- Quando o paciente está obstruído, mesmo tendo estímulo para micção o animal não consegue urinar e começa a acumular urina e 
compostos nitrogenados. 
 
 
2 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
Anatomia do TU - Gato macho: 
 
 
 Anatomia funcional do trato urinário caudal: 
 
• Armazenamento: SN simpático 
→ Bexiga: alta capacidade e baixa resistência 
→ Uretra: alta resistência 
• Esvaziamento: SN parassimpático 
→ Bexiga: bomba muscular 
→ Uretra: baixa resistência 
 
Eventos da micção: regulação 
 
Anotações: A bexiga tem 3 camadas musculares (musculatura detrusora da bexiga) sobrepostas para que ela na 
contração para expulsar a urina não fique deformada. Essas camadas se contraem por um estímulo parassimpático e 
ao mesmo tempo para a bexiga contrair e a urina sair a uretra tem que relaxar, então o estimulo do parassimpático 
vai fazer contrair a musculatura detrusora e relaxar a musculatura uretral. Já o estímulo simpático vai fazer o 
travamento da uretra e o relaxamento vesical para essa bexiga ficar frouxa e permitir que a urina venha, com isso ela 
vai enchendo e depois de um certo tempo e certa pressão vai disparar um novo estímulo do parassimpático. 
 
 
- O pênis do cão e do gato são de tamanho diferentes. Pelo gato ter um pênis 
menor, é mais fácil de obstruir e pelo mesmo motivo que é difícil de 
desobstruir, porque em alguns casos não conseguem passar uma sonda ali. 
- As principais doenças urológicas de felinos são mais relacionados a processo 
inflamatório primário do que infecciosos. O trato urinário deles parece ser 
mais protegido de bactérias, até mesmo por ser mais saturadores urinários, 
então a bactéria precisa ser muito mais potente e tolerante ao excesso do 
soluto, principalmente ao sódio para poder sobreviver ali. 
 
- O sistema nervoso simpático e parassimpático são 
modulados pelo sistema nervoso somático, que tem a 
função de raciocinar a vontade de fazer xixi (modulação 
cortical). Quando o animal está em coma ou sedado o 
córtex dele não vai estar funcionando, por isso que ele 
acaba tendo micção automaticamente, porém 
totalmente controlada pelo sistema nervoso autônomo, 
ou seja, encheu a bexiga a urina vai sair. 
 
 
3 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
Regulação neural da micção: 
 
 
 
 
Reflexo da Micção (autônomo): 
 
Sistema Nervoso Simpático (SNS) → Relaxamento vesical e contração uretral 
• NERVOS HIPOGÁSTRICOS 
→ Origem medula toraco-lombar 
− L1 a L4 no cão, L2 a L5 no gato 
− sinapses dos gânglios mesentéricos caudais 
◊ Excitatório para colo vesical e uretra – NE - β receptores 
◊ Inibitório para o SN Parassimpático – NE - α receptores 
Sistema Nervoso Parassimpático (SNPS) → Contração vesical e relaxamento uretral 
• NERVOS PÉLVICOS 
→ Origem nos neurônios motores da medula lombo-sacral 
− S1 a S3 
◊ Excitatório para detrusor da bexiga – Ach - receptores muscarínicos 
◊ Inibitório uretra 
Sistema Nervoso Somático → Relaxamento uretral distal: 
Lesões em coluna podem atrapalhar a neurofisiologia. 
- De L1 a L4 se tem a emersão do nervo hipogástrico, que via feixes 
Beta vai para a bexiga e as fibras Alfa vão para a uretra. Quando quer 
relaxar a uretra, pode usar bloqueadores alfa (prazosina) e não vai ter 
nenhuma interferência no Beta, sendo um ponto positivo para um gato 
que obstrui muito. 
- Já no sistema nervos parassimpático os nervos saem entre S1 e S3, 
sendo que o nervo pélvico vai até a musculatura detrusora, fazendo 
contrair, mas ao mesmo tempo é modulável por fibras Alfa do 
simpático também. Então quando o estimulo simpático sessa por conta 
do excesso de pressão interna, há uma parada nessa sinalização e 
assim o parassimpático começa a atuar. Parando o simpático a uretral 
automaticamente relaxa. 
- O nervo pudendo é da inervação somática, que vai para a 
musculatura do esfíncter uretral externo e é esse que é possível 
bloquear. 
 
 
4 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
• NERVO PUDENDO 
→ Origem nos neurônios motores da medula lombo-sacral 
− S1 a S3 
◊ Inibição do tônus uretral (esfíncter externo)– receptores NICOTÍNICOS 
 
Retenção ou Incontinência??? 
Anotações: Gotejamento de urina pode ser por continência (bexiga fica sempre contraída, ou seja, tolerância para 
volume é pequena), ou porque o animal tem fragilidade na 
musculatura uretral e assim não consegue travar ela, e pode ser 
também por retenção (ou seja, está sempre travando a uretra e 
relaxando a bexiga, só que como vai ficar muita urina acumulada, vai 
acabar gotejando um pouco por esgotamento da capacidade interna 
da bexiga). Se identifica qual desses é por meio do histórico do animal 
e observando ele no passeio, pois quando ele vai passear 
provavelmente vai fazer xixi. Se o animal tem costume de levantar a 
patinha para fazer xixi e não está fazendo isso pode ser devido a um 
problema ortopédico e acaba prendendo o xixi. Outro caso é, uma raça 
que já tem predisposição de problema de coluna, se os nervos que vão 
inervar a bexiga e uretra vem da coluna e esse animal está tendo o 
comportamento de micção alterada, tem que investigar esse problema de coluna antes, que vai resolver esse 
problema urinário. 
- É importante palpar a bexiga do animal antes e depois da micção para poder comparar e sentir se ele realmente 
eliminou tudo ouestá com retenção. Para ver se o animal está com retenção, tem que apertar a bexiga dele e se sair 
com facilidade é porque o problema está na contração da bexiga, mas se não estiver escapando e tem que fazer 
muita força para eliminar é porque está travado mesmo. 
Anatomia e Fisiologia Renal: 
 
A pelve renal é importante a nível 
ultrassonográfico, pois se tiver uma 
quantidade de liquido maior que 
deveria ter o animal vai estar com 
pielectasia, podendo ter água ou pus 
ali dentro se acumulando. 
- Na parte cortical do rim se tem 
glomérulos, túbulos contorcidos 
proximais e distais. Já na medular se 
tem as alças longas da alça de henle e 
o ducto coletor. Juntando tudo o que 
vai ser produzido em cada néfron se 
tem a formação da urina. 
 
 
5 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
 
 
 
 
O Rim Insuficiente 
 
Anotações: Geralmente o doente renal precisa ajustar a dose do medicamento para menos, porém também alguns 
tem que fazer para mais porque ele acaba perdendo muita água e alguns fármacos são carreados por água de forma 
passiva e se ele está fazendo poliúria, o clearence do medicamento está sendo muito rápido e acaba que não 
consegue fazer o efeito. 
- As fenestras das arteríolas tem seletividade por tamanho, carga e natureza: as moléculas que passam por essas 
fenestras tem que ser menor que 35 (a albumina tem 36, ou seja, se tem uma vasodilatação glomerular como 
acontece na glomerulonefrite, a albumina vai passar, por isso que a microalbuminúria é um achado de várias 
doenças infecciosas tipo erliquia, anaplasma, babesia que fazem glomerulonefrite). Já a carga é devido a 
membranas basais dos capilares glomerulares é carregada negativamente, e os imunocomplexos que tem a 
carga positiva geralmente se depositam aí, causando uma resposta inflamatória local. A seletividade pela 
natureza é relacionada a afinidade pela agua, ou seja, moléculas hidrossolúveis podem passa, já as moléculas 
lipossolúveis devem ficar (porém o ácido úrico deve ser eliminado) 
 
- As moléculas que tem tamanho pequeno, carga positiva e a natureza hidrofílica são importantes, como os 
aminoácidos, glicose (o cão tem uma tolerância de até 180 mg por dl de glicose, se tiver uma glicemia de até isso 
o rim vai filtrar e vai ser capaz de reabsorver tudo, porém se tiver acima disso o rim não vai ser mais capaz e vai 
causara glicosúria. Já o gato tem uma tolerância maior de 360 mg por dL, então para o gato fazer glicosúria ele 
tem que estar com a glicose absurdamente alta) e a agua, que não pode ser totalmente eliminada, deve ser 
filtrada e depois reabsorvida para não acontecer a desidratação. 
- O rim saudável tem várias funções: reabsorção de agua (o que é afetado 
no animal doente renal), os principais exemplos de excreção é dos 
compostos nitrogenados (principalmente ureia e creatinina – mais 
potente para saber a capacidade renal), secreta a eritropoetina que faz a 
eritropoiese (formação de hemácias) e o calcitriol que participa 
ativamente no metabolismo do cálcio, ou seja, permite uma ótima 
absorção de cálcio vindo da alimentação no intestino e também atua no 
rim facilitando a eliminação do fosforo e fazendo a reabsorção de cálcio 
que passa facilmente na filtração porém tem que ser absorvido. Se está 
faltando calcitriol, vai ter uma hipocalcemia consequentemente vai 
acumular o fósforo podendo causar um hiperparatireoidismo secundário 
renal. O cálcio cristaliza muito fácil, principalmente em ambientes ácidos, 
que são aqueles que estão inflamados (mineralização da gengiva, 
mineralização das paredes dos vasos, nefrite...) 
 
- Achados laboratoriais: densidade da 
urina baixa, azotemia... 
 
 
6 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
 
- Se o animal tem uma pressão normal (100-140 mmHg) ele vai vencer a resistência tecidual em relação a 
filtração. Se o animal tem a pressão baixa ele não tem a capacidade de vencer a resistência tecidual, por isso que 
esse animal vai suspender a filtração glomerular, podendo entrar em IRA. Já se ele está hipertenso, acontece ao 
contrário, vai ter uma super pressão de chegada do sangue que vai causar lesão no endotélio e um 
turbilhonamento podendo formar trombos, mas antes que esse trombo aconteça já tem a formação de um 
processo inflamatório naquele local. 
 
 
 
Tipos de Injúrias ao Rim: 
 
A: O normal é chegar uma pressão sanguínea (100-140) havendo uma resistência do tecido que luta contra, mas a 
pressão sanguínea é maior do que a resistência então ocorre a filtração. O que passa nas fenestras dos glomérulos, 
junto com processos podais e as estruturas mesangiais é tudo que é hidrossolúvel, pequeno e o que é carregado 
positivamente, ocorrendo assim a filtração. 
B: Se tiver uma baixa pressão sanguínea, não vai ter como vencer a resistência do tecido. Então no caso de uma 
hipovolemia, que é uma causa pré-renal, as forças se anulam e acaba não ocorrendo a filtração. Isso acontece depois 
de um limiar, pois o rim tem mecanismo de evitar que isso aconteça, fazendo uma vasoconstrição da arteríola 
eferente e mesmo que o sangue chegue com pouca pressão vai ficar tudo estagnado e a lentidão da passagem do 
sangue vai ser tamanha que vai coagular ali mesmo e assim o glomérulo vai perder a sua função. 
C: Já em casos de proteinúria, vai haver uma obstrução intraluminal em qualquer ponto do trato urinário, podendo 
ser dentro dos túbulos (proximal ao glomérulo) ou pode ser até mesmo na uretra. Nesses casos vai ter uma força 
contrária que o tecido está fazendo devido a obstrução. Outro motivo da obstrução intraluminal é quando o animal 
tem uma nefrite intersticial, podendo ser devido a proteinúria, pois sabendo que a proteína está ali dentro e pode 
As injúrias podem vir por meio da 
glomerulonefrite, necrose tubular, 
hipotensão, hipertensão... 
 
As injúrias podem vir por meio da 
glomerulonefrite, necrose tubular, 
hipotensão, hipertensão... 
 
 
7 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
obstruir o lúmen, as células começam a pinocitar e jogar ela para dentro da célula para assim secretar para o 
interstício, gastando assim toda a energia disponível e começam a entrar em degeneração. Com a proteína indo para 
o interstício, a intenção seria que depois que o sangue passasse recuperaria ela para ir para o sangue, porém no 
interstício as PTN são consideradas fatores inflamatórios, ocorrendo assim a vasodilatação, escape de conteúdo 
liquido de dentro dos vasos indo para fora do vaso causando o edema. E com isso o glomérulo vai vasodilatar 
(glomerulonefrite) 
A proteinúria é fator de progressão da doença renal, pode ser um fator desencadeador dela, como também se ela 
tiver muito alta pode ser causador de IRA (como em casos de glomerulonefrite = doenças infecciosas) 
D: Quando há um dano tubular, como em casos de intoxicação por medicamentos..., podendo causar necrose. O 
sangue vai chegar normal e vai filtrar porque a barreira glomerular vai estar normal, porém o que deveria ser 
excretado não é, e com isso o sangue vai recaptar devido aos danos nos túbulos. 
E: Já na esclerose glomerular que pode acontecer devido a uma glomerulonefrite que sofreu uma cicatrização e 
consequentemente fibrose, e o tecido fibrótico não é funcional. As fibras colágenas deixam os túbulos muito duro 
sendo impermeável, podendo então diminuir a filtração do glomérulo = podendo levar a doença renal 
 
 
Injúria Renal: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
Insuficiência da Função Renal em Cães e Gatos: Doença Renal Crônica (DRC) 
e Injúria Renal Aguda (IRA): 
INJÚRIA RENAL AGUDA (IRA): 
• International Renal Society (IRIS) 
• Perda brusca da função renal por causas: 
− Pré-renais 
− renais 
− Pós-renais 
 
Anotações: Na IRA o tecido pode entrar em degeneração e quando tratar o que causou a degeneração o tecido vai 
voltar a normalidade celular. O problema é que dá degeneração pode vir a necrose e nesses casoso que foi perdido 
não se recupera mais 
As vezes o animal pode virar doente renal crônico devido a IRA, mesmo tratando a IRA direitinho. 
EX: um animal teve uma hipovolemia severa, foi atropelado e rompeu o baço então o sangue foi todo para a 
cavidade, ou seja, saiu do leito vascular. 25% de tudo o que o coração impulsiona de sangue vai para os rins, então 
se tem uma hipovolemia severa o rim vai ter uma dificuldade de se manter funcionando, pq ele vai gastar muita 
energia e oxigênio. Passando de um nível aceitável de baixa perfusão, as células começam a degenerar e isso faz com 
que a célula fique inchada e o lúmen entre as células fica pequeno, então fica mais difícil da pressão normal da 
filtração vencer esse espaço diminuido. 
 
• Fases e consequências da IRA: 
 
 
 
A partir do momento que se tem um dano estrutural vai ter um dano funcional também, sendo 
refletido em uma falha renal como em concentrar a urina, falha na regulagem de pH, falha em 
regular eletrólitos, falha em metabolizar e excretar.... As consequências disso é que depois de uma 
falha renal estrutural muito grave, depois que o animal se recuperar ele no mínimo vai virar um 
Doente Renal Crônico estágio 1, porém se a recuperação renal for menor que isso então o animal vai 
para o estágio 2-4 e se realmente não se recuperar o rim é condenado. 
 
 
9 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
 
 
• Origens da IRA: 
 
 
• Felino obstruído na emergência – Potencial IRA: 
− Animal Sondado – sistema de coleta 
 
• Diagnóstico – Achados Clínicos: 
− Anamnese 
◊ Antecedentes 
◊ Ambiente 
◊ Convívio 
◊ Alimentação 
◊ Hábitos 
◊ Medicamentos 
 
− Exame físico (use seus sentidos!) 
 
• Sinais Clínicos: 
− Anorexia 
− Letargia 
− Depressão 
- O rim que entra em IRA inflama e depois incha, com isso vai 
ter uma vasodilatação levando ao inchaço do interstício 
também e consequentemente os vasos ficam comprimidos 
e causa a isquemia. 
- Na fase latente é desde a entrada da nefrotoxina até o dano 
que acontece e até as primeiras perdas funcionais. 
- fase de indução é a partir do momento que teve isquemia e 
processo degenerativo, o rim vai funcionar pior. Se vier a 
necrose a lesão é permanente. 
- Geralmente as IRAs são oligúricas, mas tem IRA poliúrica 
como é no caso da leptospirose. 
- Se o animal se recupera e não tem azotemia, mas já tem 
uma densidade urinaria baixa e tem perda de tecida já é 
considerado um animal de risco = Doença Renal Crônica. 
Porém também tem como o animal ter a função renal 
normal apesar de perda tecidual. 
 
A disfunção da micção pode ser 
originada de um animal que tem 
problema na coluna e tem retenção 
urinária pois trava o esfíncter e a 
bexiga fica relaxada e com o tempo, 
de tanto ficar cheia, a urina pode 
começar gotejar e os ureteres 
estarão garroteados na parede 
então consequentemente a pressão 
até a pelve renal está alta 
 
- Antecedentes: na piometra o animal pode ter poliúria e polidipsia 
devido a nefrotóxica da E. Coli que impedi os túbulos de reabsorverem 
água, podendo estar em IRA. É preciso estabilizar ela antes de entrar 
para cirurgia. 
- Ambiente: se tem rato, plantas nefrotóxicas... 
- Convívio: o cachorro que tem convívio com gato que caça e ele traz um 
rato ... 
- Alimentação: frutas tóxicas 
- Medicamento nefrotóxico 
- Exame Físico: Olhar úlceras na boca (quando o animal tem cálculo 
dentário, algumas bactérias ficam alojadas ali e podem ser urease 
positiva, ou seja, pegam uma ureia que está superconcentrada pois o 
rim falhou para excretar essa ureia e transforma em amônia, causando 
assim úlceras, principalmente onde está o cálculo dentário) 
- Sentir o hálito do animal, sentir o cheiro da urina. Palpar a bexiga 
 
 
10 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
− Vômito (extremante fétido, com cheiro 
de urina) 
− Diarreia 
− OLIGÚRIA ou ANÚRIA* (Pode ser 
normúrica ou até poliúrica) 
 
• Diagnóstico – Achados Clínicos: 
− Exame físico 
◊ Hálito urêmico 
◊ Pelame e escore corporal costumam ser normais 
◊ Achados inespecíficos (hipertermia, desidratação, depressão) 
◊ Ulceração oral, sinais neurológicos – síndrome urêmica 
◊ À palpação – rins normais ou aumentados, podendo estar doloridos 
◊ Sinais das causas de base comumente estão presentes 
 
• Como identificar ANÚRIA/OLIGÚRIA: 
 
• Diagnóstico – do que preciso se suspeito de qualquer doença renal? 
− Hemograma 
− Bioquímica sérica 
◊ Creatinina 
◊ Uréia 
◊ Ca/P, Na/K, Cl 
◊ Proteínas e frações 
− Urinálise 
− Relação Cr/P urinária 
− Hemogasometria/perfil ácido-básico 
− Radiografia/Ultrassonografia 
− Aferir pressão arterial. 
 
 
- O vomito pode ser devido a uremia que deflagra o centro 
do vomito. Assim esse centro percebe que está com 
aumento de compostos nitrogenado alto e a circulação de 
coisas toxicas. 
- A diarreia geralmente tem sangue e ocorre devido a toxinas 
urêmicas 
 
O escore corporal pode estar 
normal pois é um caso AGUDO e 
antes o animal poderia estar bem. 
 
-Um método para analisar é sondando o animal e colocar 
alguma bolsa de coleta para poder medir essa quantidade. 
- Se o animal está na fluido e está produzindo a quantidade 
que produziria um animal sem estar na fluido, ele vai estar 
oligúrico, porque na fluido a água está direta no vaso e não 
tem perda para nenhum lugar 
 
O hemograma vai dar a causa de base principalmente (Se for pielonefrite ou 
piometra, vai ter uma leucocitose neutrofílica com desvio a esquerda. Já se for 
erliquia, vai ter uma trombocitopenia, anemia, monocitose.) 
 NÃO pode faltar o bioquímico e urinálise (cistocentese ou sondagem)!! 
A partir da urinálise dá para fazer a UPC (principais maneiras de saber da onde 
que vem a proteinúria, pois as proteínas devem ficar no sangue e na urina não 
pode ter e a creatinina tem que ficar grande na urina e no sangue deve estar no 
limite dentro dos valores de referência. Qualquer coisa que fuja desse padrão 
altera a UPC, então se o animal está proteinúrico mesmo sem estar azotemico 
altera a UPC, pois vai ter proteína grande na urina, então a relação da proteína 
e creatinina vai dar maior. Se tiver azotemico, com aumento de compostos 
nitrogenados, mesmo que não esteja proteinúrico vai alterar a UPC ficando em 
uma relação mais proporcional, pois a proteína e a creat vão estar menores na 
urina. 
 Na IRA se a hipertensão foi a causa, tem que corrigir, mas se não foi essa causa 
mesmo com tanta alteração hemodinâmica vai ter hipotensão, tendo que 
corrigir pois a perfusão renal está muito baixa. 
 
 
11 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
• Diagnóstico- Achados laboratoriais: 
 
− Hemograma 
◊ Pode refletir a causa de base 
◊ Pode não apresentar alteração 
− Bioquímica sérica: 
◊ Aumento de Ureia e Creatinina 
◊ Hiperfosfatemia, hipercalemia 
◊ Raramente hipocalcemia 
◊ SDMA elevado 
− Urinálise 
◊ Incapacidade de concentrar urina (DU = 1,007 a 1,017) 
◊ Avaliação do sedimento (cilindrúria) 
− GGT urinária 
◊ Lesões tubulares precoces 
− UPC 
◊ Proteinúria – dano! 
Anotações: A densidade é a quantidade de soluto presente na urina. 
No animal poliúrico a densidade da urina vai ser baixa. 
Densidade alta vai ser devido a quantidade de soluto presente na urina 
 EX: Um cão que deveria ter entre 1.015 – 1.035 de densidade urinaria, está com 1.007, ou seja, está com muita agua e pouco 
soluto, e está oligurico, sendo assim o rim dele não está funcionando pois não está seletivo. 
 Cilindros são proteínas. Um deles é o cilindro de ialino, que pode acontecer em casos agudos que passou proteína na urina e ai 
quando faz fluido o anima tem mais chances de expulsar esses cilindros. Outro jeito que pode acontecer a cilindrúria é com a 
proteína de tamusfal, que estavam ocupando o lúmen dos néfrons da reserva, sendo assim um sinal de que estavam recrutando 
os nefrons de stand by. 
Os cilindros podem trazer características da causa da injúria, por exemplo: tercilindro de leucócito, com bactéria agarrado nele, 
pode ter cilindros com células renais (quando está tendo necrose tubular = fármaco nefrotóxicos, uva, carambola...). 
A GGT urinária é bom para predizer a IRA, ela aumenta antes do fluxo de sangue reduzir. Não é a mesma do fígado, porque essa 
é dosada na urina. Ela indica lesões tubulares. 
UPC indica se tem proteína na urina! 
 
− Urocultura 
◊ Descartar infecção 
 
− Sorologias 
◊ Doenças infecciosas subjacentes (leptospirose, erliquiose, etc) 
 
 
O que sempre solicitar a partir 
da urina? 
 
Podem auxiliar no diagnóstico, 
não são para todos os casos 
 
O potássio vai para onde a água vai. Na IRA 
provavelmente o anima não vai estar 
produzindo urina e vai está segurando urina, 
por isso que vai ter hipercalemia. 
O SDMA é caro e não é tão específico 
 
 Tem que tratar a causa também!! 
 
 
12 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
− Hemogasometria: 
◊ Acidose metabólica 
o Intervalo aniônico [(Na+K) – (Cl+HCO3)] 
o Normal = 12 a 16 mEq/l 
◊ Eletrólitos 
o Na 
o K => comumente elevado 
o P => comumente elevado 
o Ca (i) 
o Cl 
• Critérios de Graduação da IRA: 
 
 
 
 Anotações: Desgaste de néfrons ao longo do tempo é DRC, já a IRA é algo agudo 
Creatinina: É um marcador de eleição para o 
dano renal, pois é filtrada livremente. 
Ureia: 
A amônia é captada no intestino e via sistema 
porta vai para o fígado onde vai ser convertida 
em ureia. 
A presença de sinais clínicos vai intensificar 
quando tem muita ureia ou amônia. A ureia 
pode se reconvertida em amônia nas mucosas 
que tem uma microbiota (boca, intestino...) 
tendo muito dano nesses locais. 
 
 
Danos renais importantes descompensam o pH. 
Tem que interferir quando se tem uma acidemia sem estar 
apresentando compensação. 
Déficit de base significa que está faltando bicarbonato, ou 
seja, está muito ácido. Se tiver muito aumentado (16,17) 
tem que interferir, dando bicarbonato. 
Para não ter falsos resultados: não pode ter bolha na 
seringa, dependendo do que querer analisar tem que 
retirar sangue arterial ou venoso, o sangue não pode 
coagular então tem que utilizar a heparina apenas 
molhando o canhão. 
Nesse caso (foto) o BEecf está -17, ou seja, está faltando 
bicarbonato. 
 
 
 
13 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
O animal DRC pode ficar anêmico devido a falta de eritropoetina, porém o animal em IRA não tem anemia causada por essa falta 
de eritropoetina pois a hemácia tem uma vida de 120 dias, algo agudo não iria causar essa anemia, a não ser que o animal já 
estava anêmico e consequentemente teve IRA. A anemia não é consequência da IRA. 
O animal com IRA não vai desenvolver hiperparatireoidismo secundário renal, pois é algo que demanda tempo. A deposição de 
cálcio nos tecidos e para o osso ficar desmineralizado demora! 
Quando o animal tem DRC ele tem que recrutar néfrons que estão de stand by (reserva), porém chega uma hora que nem os da 
reserva vão dar conta, causando assim um sobrecarregamento dos néfrons que ainda estão vivos, sendo chamados de 
supernéfrons 
Na DRC tem perda de massa funcional, 66-75% de perda de néfrons e queda da taxa de filtração glomerular de 50%, pois os 
néfrons que sobreviveram vão trabalhar o dobro para dar conta (supernéfrons). 
Na IRA dependendo da causa, até os néfrons da reserva vão estar muito prejudicados ou pode não ter acontecido nada com 
eles, ou seja, não tem como saber exatamente qual vai ser o desfecho rim do paciente. Se o paciente é jovem provavelmente vai 
ter mais chances de se recuperar. 
Possíveis desfechos para o paciente com IRA: pode voltar com a função renal muito próxima do normal, pode voltar com a 
função alterada clinicamente ou pode ser que ele faleça pois não tem néfrons de reserva para atuar no rim. 
Na IRA o animal pode ficar oligúrico pois o rim fica inflamando e edemaciado, podendo colabar os túbulos sobreviventes, tendo 
assim pouco fluxo e menor produção de urina. 
• Diagnóstico – Imagem: 
− US – 1ª escolha na maioria dos casos 
◊ Avaliação de urólitos, dilatações, 
doenças parenquimatosas 
◊ “Sinal de medular” => comum na 
IRA 
◊ Baixa perfusão => 
dopplerfluxometria 
− RX 
◊ Processos obstrutivos 
◊ Urografia excretora pode ser usada 
◊ Menos utilizado 
− Urografia Excretora 
− Biópsia renal: 
◊ IRA não aparente 
◊ Resposta inadequada à terapia 
◊ Distinção IRA x IRC não é possível 
◊ Identificação de causa subjacente como 
amiloidose e glomerulonefrite. 
 
• Tratamento: 
◊ Interromper o uso de qqr fármaco nefrotóxico, se possível 
◊ Corrigir fatores pré-renais - perfusão renal 
Para avaliar a viabilidade de tecido, fluxo de sangue é no ultrassom. 
Na IRA se tem o sinal de medular, que é uma hiperecogenicidade na margem 
entre cortical e medular que vai mostrar que tem uma agressão aí 
acontecendo. 
O RX serve para medir o tamanho do cálculo 
A urografia excretora não é muito utilizada pois o contraste pode ser 
nefrotóxico 
A cortical do rim tem que estar equilibrada em termo de ecogenicidade com o 
baço. 
Nesse rim (foto) a cortical está muito mais hiperecogênico do que o baço. Na 
IRA isso pode acontecer devido a uma glomerulonefrite 
 O etilenoglicol causa necrose dos túbulos contorcidos proximais. 
 
 
 
 
IRA não aparente: quando se tem uma alteração 
morfológica renal e aparentemente isso não 
impactou na função. 
O principal motivo de fazer uma biópsia renal é 
quando se tem um tumor ou quando o animal está 
em síndrome nefrótica, pois não dá para saber se o 
animal está com amiloidose ou glomerulonefrite 
 
 
 
Enquanto o rim está tentando se 
recuperar, pode fazer uma terapia de 
substituição renal temporária: diálise 
 
 
 
14 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
◊ Controle do vômito, acidose metabólica e distúrbios 
hidroeletrolíticos 
◊ Tratar doenças subjacentes 
 
1. Fluidoterapia – 1º passo: 
 
− Reposição da Desidratação 
 
◊ Calcular déficit de desidratação 
◊ Se a função cardíaca estiver normal, reponha o déficit em 2 
a 6 horas; 
◊ Ringer com lactato quase sempre (eletrólitos); 
◊ Se houver hipercalemia severa -> alguns autores indicam 
NaCl 0,9%. 
− Manutenção da Fluido 
◊ Manter a hidratação com base nas perdas 
o Pode ser necessária por toda a fase de 
recuperação (7 a 14 dias) 
◊ Priorizar uso de Ringer Lactato 
o Alternar RL com Dextrose a 5% (evita hipernatremia) 
◊ Interromper a fluido gradualmente, estimulando o consumo de água 
 
2. Correção da oligúria – se há baixa produção, mesmo normoidratado: 
 
a) Expansão de Volume 
− Prova de carga (10 mL/Kg/20 minou 15 mL/Kg/15 
min) 
− 2x manutenção (2 x 50 x peso) – às vezes utilizada 
b) Diurese Osmótica 
− Manitol (0,25 a 0,5g/kg ev por 5 a 10 min) 
◊ Diurese ok => suspender ou repetir a cada 6 
ou 8h 
◊ Sem diurese em 15 minutos => repetir a cada 
15 minutos até a dose máxima de 1,5 g/kg. 
◊ Dextrose 20%. 
 
 
 
 
% de desidratação X peso corporal (kg) X 10 
 
Se não conseguir tirar fármacos nefrotóxicos, 
tem que fazer muita fluido nele. 
Fatores pré-renais: desidratação, então tem 
que fornecer uma fluido para voltar a perfusão 
renal 
 
Quando não escolher ringer com lactato: quando o 
animal tem uma insuficiência hepática, pois o 
lactato é convertido no fígado em carbonato. Se o 
animal não conseguir converter o lactato vai ficar 
intoxicando ele. Nesses casos, pode fornecer um 
ringer simples. 
 Se o animal tem uma hipercalemia tão severa que 
não vai conseguir receber o potássio que vem no 
ringer, então tem que Primero corrigir o potássio 
dele antes e depois dar a fluido de ringer com 
lactato. 
 
Tem que fazer o animal voltar a urinar, pois significa que 
o rim dele secou o suficiente para que os túbulos 
voltassem a ser permeáveis, para que o sangue possa 
chegar e a urina possa fluir. 
A expansão de volume serve para forçar a água passar 
pelo meio do tecido. Com a produção de urina vai ser 
eliminadocompostos nitrogenados tóxicos. Isso ajuda o 
animal com desidratação e hipotensão. 
Se o animal for idoso, ou for um paciente que 
provavelmente não vai aguentar a prova de carga, pode 
fazer 2x a manutenção. 
Próximo passo se não deu certo com a expansão de 
volume, tem que fazer o animal urinar, estimulando a 
diurese nele. Pode começar com um açúcar (manitol), 
pois o açúcar atrai a água, tirando assim a água do tecido 
para ela ser excretada. 
 
 
15 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
Correção da Oligúria: 
c) Vasodilatadores inotrópicos positivos 
− Dopamina ev em baixas doses 
− Monitorar ECG quanto a arritmias 
d) Diuréticos de alça => Furosemida 
− Deve ser evitada na IRA por gentamicina, pois pode potencializar sua nefrotoxicidade 
 
 
3. Correção dos distúrbios eletrolíticos: 
 
− Potássio (K) – espera-se HIPERCALEMIA 
 
◊ Fluido 
◊ Bicarbonato de sódio 0,5 a 1 mEq/kg 
◊ Glicose (+ insulina para gatos) 
◊ Gluconato de Ca => cardioprotetor na hipercalemia severa 
◊ Monitorar com ECG 
◊ Se após diurese houver hipocalemia, acrescentar KCl ao fluido ou VO 
Anotações: Quando o animal tem aumento de potássio, o coração bate mais fraco pois não vai ter contração direito. 
O bicarbonato pega o potássio do meio extracelular e coloca no meio intracelular. 
Tem que fazer uma insulina antes da glicose, assim vai puxar toda a glicose para dentro da célula, fazendo com que o 
potássio entre também. Porém a glicose vai embora rápido, mas a insulina vai permanecer, e se não repetir a glicose 
o animal vai ter um hipoglicemia. 
O potássio vai para onde a água vai, então ele vai fazer uma hipocalemia depois que começar a urinar. 
Se for uma IRA oligúrica ou anúrica vai ter potássio alto, mas se for poliúrica vai estar baixo pois o potássio vai para 
onde a água vai 
Um aumento de potássio vai levar a uma bradicardia e consequentemente um baixo DC e volume = hipotensão, 
porém a diminuição de potássio não necessariamente vai causar taquicardia 
 
− Hipercalemia: 
 
◊ Distúrbios comumumente ocorrem com K > 7 mEq/L 
o Arritmias 
o Bradicardia 
o Onda T elevada – 50% maior que a onda R 
o Aumento do intervalo P-R 
o Diminuição ou ausência da onda P => paralisia 
atrial ou “stand still” 
 
Alterações da ordem podem ser necessárias 
 
desviam o K para o meio intracelular 
 
 
A dopamina em altas doses faz vasoconstrição, mas nesse 
caso ela em baixas doses vai fazer vasodilatação. 
 Tem que botar no eletro, pois se ele tiver bradicardico com 
arritmias é sinal de que o potássio está alto. 
A furosemida é um diurético de alça, mas se a causa estiver 
atingindo as alças então esse diurético não vai fazer efeito. 
 
Ausência da onda P significa que o 
átrio está parado. 
 
 
16 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
− Fósforo: 
◊ Contribui para os efeitos da uremia 
◊ Fluido 
◊ Conjugadores intestinais e dietas 
pobres em P 
o Carbonato de cálcio 
o Hidróxido de Alumínio 
 
− Distúrbios Ácidos-Básicos: 
◊ Espera-se ACIDOSE METABÓLICA 
o Tratar se pH sanguíneo for <7,2 
o Administrar bicarbonato 
o Metade EV lento em 15 min e o restante nas 6 ou 8 h seguintes. 
Anotações: Tem que ficar atento com a hipocalemia depois de dosar o bicarbonato ou no animal que está 
hipercalemico e acabar ficando hipocalemico 
Tem que saber o déficit de base para fazer o cálculo 
Geralmente o bicarbonato é 1 mEq por ml 
 
4. Manejo dos vômitos: 
− Manejo das irritações ao trato gastrointestinal 
◊ Ranitidina 2mg/KgSID ou BID 
◊ Famotidina 1mg/Kg SID ou BID 
◊ Omeprazol 0,7 mg/Kg SID ou BID 
◊ Sucralfato 0,5 g BID 
− Manejo das náuseas de origem central 
◊ Ondansetrona 1mg/Kg 
◊ Maropitant (1mg/Kg SC ou IV ou 2mg/Kg VO). 
Anotações: É muito importante o manejo do vomito pois se não o animal vai voltar a desidratar e vai abaixar o 
potássio 
A gastrite pode virar uma úlcera 
A ureia em excesso vai causar vasculite 
Nas ulceras tem a produção de ac clorídrico (que serve para a desnaturação das proteínas) em excesso e junto com a 
pepsina (que digere as proteínas), vai acabar tendo a produção de muito muco para proteger o estomago da acidez, 
por meio das prostaglandinas (que vai induzir também a vasodilatação da mucosa para se manter oxigenada e 
nutrida). A bomba de prótons vai ficar jogando íons H+ para o lúmen e o receptor H2 vai fiar recebendo o estimulo 
para fazer a bomba produzir. Então é necessário intervir nesse mecanismo, bloqueando a bomba de prótons e o 
receptor H2 
Déficit de base* X peso corporal (kg) X 0,3 
 
Ureia ata e creat alta vai fazer o fosforo potencializar isso. 
Para diminuir o fosforo, tem que fazer fluido. Outro jeito é 
utilizar os conjuradores intestinais, porém para pacientes que 
estão se alimentando pois é um conjugador da dieta. 
Carbonato de cálcio tem menos efeitos adversos. 
- O hidróxido de alumínio é bem eficaz mas pode 
acabar ocorrendo uma intoxicação, principalmente 
no paciente que tem uma mucosa gástrica ou 
intestinal muito permeável por conta da inflamação. 
Não pode ficar fazendo direto 
 
O hidróxido de alumínio é bem eficaz, mas pode acabar ocorrendo 
uma intoxicação, principalmente no paciente que tem uma mucosa 
gástrica ou intestinal muito permeável por conta da inflamação. Não 
pode ficar fazendo direto 
 
 
17 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
O omeprazol (cães e gatos) vai atuar na bomba de prótons e a famotidina vai atuar no receptor H2 (em cães) – efeito 
sinérgico 
Quando o animal tem uma falha na função renal vai ter mais acúmulo de gastrina, juntando assim com a mucosa 
desprotegida, vasculite que a uremia está causando, necrose por causa da vasculite, hipersecreção ácida devido a 
hipergastrinemia. 
O sucralfato vai proteger a mucosa que já está danificada, evitando as úlceras. 
A uremia faz necrosar a mucosa do animal e circula no centro do vomito, causando náuseas também! 
Pode ser usado a ondansetrona e maropitant (analgesia visceral tem que ser feto IV) juntos, mas se não estiver tão 
grave pode fazer ondansetrona 
 
5. Terapias de Substituição Renal: 
 
− Terapias dialíticas 
◊ Hemodiálise X Diálise Peritoneal 
◊ Mais indicadas para IRA do que para 
DRC 
◊ Não dispensam os demais 
tratamentos 
− DIÁLISE – indicada para pacientes com ureia 
acima de 150mg/dL 
◊ Mais indicadas na IRA ou nas 
agudizações da DRC. 
− Hemodiálise 
◊ Sangue passa por uma máquina para ser depurado (rim artificial) 
◊ Sistema de contracorrente – depuração 
e entrega de substâncias 
◊ Função: baixar os níveis de toxinas do 
sangue e melhorar o estado geral 
Correção de desequilíbrios 
hidroeletrolíticos e ácido-básicos. 
◊ Ótima para intoxicações agudas e no 
pré e pós-operatório de nefropatas 
◊ Mecanismo de contracorrente => O sangue e o fluido dialisante passam em sentidos opostos. 
◊ Indicada, em geral, para animais acima de 15 kg. 
 
− Diálise peritoneal (DP): 
◊ Substância dialisante é introduzida via 
intraperitoneal, permanece 30 min e em seguida é 
drenada. 
◊ O processo se repete algumas vezes. 
Quando animal já está uremico e azotemico já pode indicar a diálise. 
Na hemodiálise o sangue passa por uma máquina que faz a função do rim, é 
uma terapia de substituição renal melhorando a saúde do paciente e não do 
rim. 
Já na diálise peritoneal as trocas acontecem via peritoneal. É colocado um 
cateter na barriga do animal, desce um líquido que vai fazer uma troca via 
difusão pela membrana peritoneal, e depois que o liquido se concentrou 
com as substancias que estavam concentradas na corrente sanguínea é 
drenado o liquido. O animal tem que estar um pouco estável para fazer a 
anestesia. 
É mais indicado para IRA pois tem mais chances de o rim voltar ao normal 
 
Hemodiálise: tem que ter um sistema de contracorrente 
dependente de água. 
 Se tiver um paciente muito pequeno não é muito indicado, 
pois vai piorar a perfusão para o rim, pois uma parte do 
sangue está na máquina para ser depurado, sendo maisindicado a diálise peritoneal 
Tem que colocar um cateter venoso central com 3 portais, 
para fazer a fluido, medicação e alimentação parenteral 
 
 
Tira a saturação que estava dentro do sangue 
para fora do organismo 
É importante ter cuidado no volume de infusão 
pois se for acabar botando muito comprimindo 
assim os órgãos e depois quando drena vai 
causar uma síndrome da descompressão 
 
 
18 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
◊ Reposição de bicarbonato 
◊ Redução de ureia e creatinina 
o Soluções comerciais ou preparados 
 
o Solução dialisante pode ser drenada de 1-1h (na drenagem da primeira infusão não será 
coletado todo conteúdo administrado, pois parte foi absorvida). 
 
o 40ml/kg por infusão 
◊ Pode ser usada a seguinte fórmula: 
o Ringer Lactato + glicose a 2% 
o 1000 unidades de heparina/L de dialisado 
para prevenir obstrução fibrinosa do 
cateter 
o 500 mg de ampicilina 
 
 
◊ Dreno de Blake 
◊ Conectores 
o Implantação requer anestesia leve e bloqueio 
 
• Monitoração do Paciente: 
− Monitorar peso 
− Hidratação (hipo ou hiper) 
− Hematócrito (VG) 
− Ptns séricas e frações 
− Função Renal 
◊ Uréia e Creatinina, a cada 24h 
◊ Eletrólitos (Na, K, P) a cada 12 ou 24h 
◊ Débito urinário 
 
 
Está receita é em casos de não ter com fazer a diálise em si. 
A glicose a 2% é um agente osmótico 
Tem que colocar a heparina para o sangue não coagular 
Ampicilina serve como profilaxia 
 
O peso reflete também hidratação 
VG aumentou, mas sem sinais de regeneração pode 
indicar que ele está desidratado 
Débito urinário analisa também pesando o tapete 
higiênico 
 
 
19 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
• Caso Clínico: 
− Cadela de 7 anos, aumento de volume abdominal e secreção muco- purulenta saindo pela vulva. 
Desidratação 8%, ureia 490 mg/dL, creatinina 7,5 mg/dL, K = 7,0, pH=7,13. 
− Anamnese: vômitos frequentes e incessantes, alguma diarreia. Presença de algumas aftas. 
Sobre este caso: 
a) Existe alguma alteração renal? Baseada em quais destes achados? 
R: Sim. Devido a Creat, Ureia, Desidratação, Potássio, pH, vomito, aftas... 
 
b) Como proceder com o diagnóstico da nefropatia? 
 
R: necrose tubular por isso que o paciente pode vir poliúrico e com polidipsia, a desidratação causa 
diminuição da volemia, glomerulonefrite causando a diminuição de proteínas = proteinúria= IRA, a bactéria 
pode acessar a uretra tendo assim uma ITU que vira uma pielonefrite. 
Precisa fazer um hemograma, ultrassom tanto par avaliar o útero e o rim, pode sondar para saber o débito 
urinário, precisa aferir a pressão, hemogasometria, ECG. 
 
 
c) Elabore um protocolo terapêutico para este animal: 
R: Fluido (ringer com lactato), corrigir o potássio mesmo se tiver aumentado após a fluido, fazer bicarbonato 
para corrigir o pH e potássio, (metade é IV lento por 15 min). O potássio pode ficar baixo enquanto faz o 
bicarbonato, tendo assim que repor fazendo cloreto de potássio (0,5 mEq por Kg por h – limite para não 
causar a eutanásia ). Depois que estabilizar a ac. Metabólica e o potássio ai que administra omeprazol, 
famotidina, ondansetrona, sucralfato para corrigir o vomito e aftas. 
 
O que a terapia pode causar no animal: hipocalemia devido a administração de bicarbonato. Se o potássio 
abaixou vai ter uma fraqueza muscular e o gato pode ficar com a cabeça pendente, sendo assim 
necessário repor o potássio. 
 
Como o animal não está bem pode fazer a hemogaso com sangue venoso, porém o ideal seria arterial para 
saber os gases também 
 
DOENÇA REANL CRÔNICA – DRC: 
• International Renal Society (IRIS) 
− Lesão renal persistente 
◊ Pelo menos 3 meses 
− Redução da tfg em mais de 50% 
− Múltiplos sistemas afetados 
• Independente da causa primária, caracteriza-se por lesões estruturais irreversíveis que causam declínio 
progressivo da função dos rins que, por sua vez, acarretam uma série de alterações metabólicas. 
• Tentativa de compensação por: 
− Mobilização da reserva funcional dos rins, 
Vai ter a perda de 66-75% de néfrons, 
sobrando assim mais ou menos 25% vivos, 
porém vão trabalhar em dobro e a taxa de 
filtração glomerular também vai ser o 
dobro 
 
20 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
− Ativação dos mecanismos de hipertrofia e da hiperplasia de néfrons. 
− Azotemia => Quando há perd de néfrons > 65 (cães) a 75% (gatos) 
• Falência renal => disfunção máxima 
Anotações: Não necessariamente o animal DRC passa por uma IRA, depende da causa 
O mecanismo compensatório pode piorar o quadro do animal (hipoperfusão -> o organismo vai tentar aumentar a 
pressão -> podendo causar danos aos néfrons). 
O animal vai ter a urina mais baixa densidade e mais concentrada (poliúrico) e isso é um sinal de azotemia mas não 
de uremia ainda 
 
• Sinais Clínicos: 
 
 
 
 
Anotações: Os nefrons não conseguem concentrar a 
urina 
Anemia é uma consequência da DRC e não da IRA 
 Tontura, enjoo, vasculite por causa da uremia e 
hipergastrina (necrose de mucosa e a mucosa tem 
bactéria, assim a bact vai pegar a ureia e vai converter 
em amônia de novo causando mais lesão) 
Letargia devido da baixa produção de hemácias e 
também por causa da desidratação 
 Vasoconstrição periférica para preservar o coração e 
o rim 
A ativação SRAA pode ser muito intensa e causar 
hipertensão 
Se o sangue tem menos hemácias, vai ter a redução 
da pressão oncótica e aumento da pressão 
hidrostática, fazendo com que a água abandone os 
vasos sanguíneos e vão para as periferias, podendo 
causar edema em órgãos parenquimatosos e efusões 
em cavidades. A proteinúria iria contribuir para esse 
caso, pois a hemácia e a prot. dão a pressão oncótico 
sangue, causando assim o edema. O cão é mais fácil 
de fazer edema pulmonar e o gato efusão (tem que 
ser drenado!) 
 
Anotações: O doente renal tem dificuldade de excretar o fósforo devido a baixa produção de calcitriol e da incapacidade 
tubular. O calcitriol também é importante para o cálcio pois ele atua nos túbulos renais recaptando o cálcio e no intestino é 
importante para conseguir absorver o cálcio do alimento. O organismo percebe quando o animal está com o fosforo 
aumentado e com o cálcio baixo, causando assim um estimulo nas paratireoides produzirem o paratormônio que recrutam 
o cálcio dos ossos para a corrente sanguínea, para assim o valor de cálcio e fósforo ficarem proporcionais, porém o fosforo 
ainda vai continuar alto e o cálcio vai começar a ficar aumentado também. O cálcio se deposita muito fácil, é altamente 
mineralizante, principalmente onde está ácido (mucosa oral inflamada – calcificando a língua, estomago- calcificando a 
parede gástrica, vasculite – mineralização da aorta..), assim o osso vai ficando mais fraco e radiolucente, fazendo 
calcificação metastáticas dos tecidos moles 
 
 
21 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
• Azotemia e Uremia: 
 
− Capacidade excretora prejudicada 
− Acúmulos a partir de 75% de lesão 
 
− Sinais associados à uremia: 
◊ Hálito urêmico 
◊ Ulcerações orais 
◊ Vômitos e Diarreia 
◊ Alterações neurológicas 
◊ Sinais associados à hemólise 
◊ Vasculite 
o Petéquias/Trombocitopenia 
o Pneumonite 
o Encefalite 
Anotações: Hálito urêmico devido à alta concentração de ureia e o acúmulo de amônia vai se depositar nas 
inflamações da boca causando esse hálito 
Ulcerações orais devido a necrose tecidual por conta da microcirculação prejudicada pela vasculite 
Amônia é mais tóxica que a ureia 
O vomito é por causa da uremia, gastrina estimulando mais produção de ácido causando uma acidez maior 
induzindo ao vomito 
Alterações neurológicas por causa da intoxicação por amônia, podendo até ter uma encefalopatia 
 Na crise urêmica as hemácias duram menos, devido a alta concentrações de compostos nitrogeados as membranas 
das hemácias se rompem podendo ter sinais de hemólise. Animal DRC pode ter anemia e classicamente é uma 
anemia arregenerativa( normocítica normocromica), mas se tiver hemólise vai ter um estimulo para regeneração, 
então algum animal pode ter uma anemia normocítica normocromica com um início de regeneração. 
Pneumonite urêmica 
 Vasculite faz as hemácias romperem e assim gasta mais hemácias piorando a anemia, causa também petéquias, 
pneumonite urêmica. Não é bom fazer a Doxiciclina pois ela irrita o estomago, esôfago, e atrapalha a mucosa que já 
está prejudicada. Fazer apenas quando o animal está com doença do carrapato 
Geralmente causa lesões na língua da ponta em cães e na borda da língua nos gatos 
 
• Ulcerações no TGI e Vômitos: 
− UREMIA 
◊ Vasculite 
◊ Ação da amônia nos tecidos 
◊ Ativação do centro do vômito 
− HIPERGASTRINEMIA 
 
 
Muita produção de ácido, inflamação.. Pode causar muita dor de 
estômago e ulceras que podem causar o rompimento do estomago 
(ulcera perfurada). Desse jeito o animal nem consegue comer 
direito, então tem que fazer o combo vomito completo, ou seja, tem 
que proteger a mucosa com sucralfato, diminuir a secreção ácida 
com o omeprazol e a náusea com maropitant e ondasetrona. 
 
Geralmente a afta vai se localizar em 
locais em cima do cálculo dentário, 
pois a amônia é tão volátil que 
queima 
 
22 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
− ANEMIA 
 
 
Anotações: Quando se tem a vasculite na crise urêmica, vai ter a destruição das células endoteliais e consumo das 
plaquetas (exatamente o que ocorre na erliquiose) 
Na tentativa de tamponar essa lesão vai ter o gasto de plaquetas, não tendo assim um sucesso no tamponamento. 
Então é disparado a colágeno e fator de von willebrand para estimular a cascata de coagulação e assim vai ter a 
formação de um trombo, que vai obstruir aquele vaso, e a partir disso vem as necroses e as plaquetas começam a 
cair. Como vai ter o rompimento de vários vasos e não vai ter plaqueta suficiente para tamponar, o animal vai 
começar a ter petéquias. 
 
 
 
• Hipertensão Arterial: 
 
 
 
Baixa eritropoetina devido também a baixa nutrição, parra a 
medula ter respaldo para construir hemácias. Além de 
aumentar a hemólise e perdas do trato gastrointestinal 
O Paratormônio também abaixa as hemácias, porque ele 
bloqueia a função medular se ele tiver muito atua, 
contribuindo para a falta de hemácias 
 
Os rins percebem um decréscimo na quantidade de 
filtrado que está passando pelo túbulo contorcido distal 
e isso é relacionado com o decréscimo da pressão 
arterial. Havendo assim a ativação do SRAA. 
 A Angiotensina II faz vasoconstrição para melhorar a 
pressão e estimula a adrenal a produzir aldosterona 
que vai aumentar a retenção de água e sódio, 
diminuindo assim as perdas de liquido, e vai também 
estimular o centro da sede tendo assim polidipsia e 
consequentemente poliúria. 
NO início é compensatória, mas como a DRC é 
progressiva o sistema renina angiotensina aldosterona 
se perpetua e começa a ficar mais intensa podendo 
causar uma hipertensão arterial intensa. 
Para impedir essa hipertensão arterial tem que 
bloquear a ECA que ai não vai ter produção de 
angiotensina 2 ou bloquear o receptor de angiotensina 
2 
 
 
23 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
 
 
 
 
• Acidose Metabólica: 
 
 
− Etiologia e tratamento: obstrução aguda da função excretora causa retenção dos ácidos endógenos gerados, 
resultando numa acidose metabólica com anion-gap aumentado. 
− Uma perda aguda da função renal irá imediatamente depletar o bicarbonato corporal. Se a produção endógena 
de ácidos é normal (1 a 2 mEq/kg/dia), sem geração renal ou extra-renal de bicarbonato, a concentração sérica 
de bicarbonato diminui aproximadamente para 2 a 4 mEq/litro/dia. Se a produção endógena de ácidos está 
aumentada devido a fatores catabólitos ou perda de bicarbonato, a concentração sérica de bicarbonato cairá 
mais rapidamente. 
 
• Hiperparatireoidismo secundário renal: 
Com a diminuição da taxa de filtração, vai ter 
uma diminuição da excreção renal de sulfato, 
fosfato, de íons H+ e ressíntese de Bicarbonato 
= acidúrico e acidótico 
 
Cálculos de oxalato de cálcio devido a mobilização do cálcio por conta da ativação do paratormônio ((mais fosforo do que 
cálcio) 
O cálculo pode até obstruir o animal e piorar a condição dele. 
O calcitriol é produzido no rim, como ele está insuficiente irá ter uma menor produção, causando assim menos reabsorção 
de cálcio e mais acúmulo de fósforo 
Para o DRC tem que ajustar a dieta pobre em fosforo, pois ele está acumulando, fazer também o quelante de fosforo 
(carbonato de cálcio). O calcitriol também pode suplementar. 
 
 
24 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
 
 
 
 
 
• HPTSR – desmineralizações: 
 
• Hipocalemia: 
 
 
• DIAGNÓSTICO: 
 
− Como identificar o paciente DRC? 
◊ Sinais típicos + 
◊ Ureia e creatinina 
◊ SDMA 
◊ Proteínas e frações 
Alterações devem estar 
presentes por 3 meses ou mais 
para fecharmos o caso!! 
A paratireoide fica aumentada causando uma 
hiperplasia dela 
Consequências do hiperparatireoidismo 
secundário renal: A desmineralização óssea (o osso 
fica mais frágil), levando a osteodistrofia 
principalmente nos ossos que tem mais ação 
mecânica 
Fraturas patológicas, como a fratura do galho 
verde 
O cálcio retirado dos ossos fica circulante e quando 
se depara com tecidos inflamados vai se depositar 
neles causando a mineralização deles 
 
Animal em IRA tem hipercalemia, mas o com DRC tem hipocalemia 
Como o animal renal tem poliúria, ele vai perder potássio na urina. 
O animal com hipocalemia fica com frouxidão da musculatura, podendo 
causar até a hiporexia ou anorexia pois o animal não tem forças para andar 
e comer. 
O gato faz ventroflexão cervical pois não tem ligamento da nuca e quem faz 
a cabeça dele ficar em pé é a musculatura, então se a musculatura está 
frouxa a cabeça vai cair. 
Se for cachorro tem uma fraqueza muscular generalizada. 
Hipocalemia gera apenas arritimia e não taquicardia 
Tem que suplementar o potássio! 
 
 
25 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
◊ Na e K, Ca e P, Cloreto 
◊ Ultrassonografia abdominal 
◊ Hemogasometria 
◊ Urinálise 
◊ UPC 
◊ Aferição de pressão 
Estadiamento DRC atualizado 2019: 
 
 
 
• Estadiamento DRC – subestágios: 
− Hipertensão e Proteinúria – agravantes 
− SDMA => estadiamento mais fiel e precoce 
− Hipertensão: 
◊ Prevalência maior que 50% nos cães e 
gatos nefropatas. 
◊ PA normal 100 a 140 mmHg. 
 
Anotações: Hipertensão vai tratar com inibidor de ECA 
Proteinúria pode fazer restrição proteica (cuidado com o manejo em gatos) 
 
 
 
O SDMA é valido para animais que tem uma perda de massa 
corpórea magra ou perda muscular ou quando tem doença 
metabólica que aumenta a excreção aumentada de 
creatinina, como no caso do hiperadreno e no 
hipertireoidismo. Fora isso a creatinina é a principal! 
No estagio não azotemico, embora não ter ureia e creat 
aumentadas, ele tem poliuria e polidipsia (pois perdeu a 
capacidade de concentrar a urina, tendo assim uma 
densidade urinária mais baixa). Tem que acompanhar esse 
paciente, aferir a pressão dele, dependendo tem que 
mudar a dieta dele, e manter o animal hidratado 
No estágio 2 o animal já tem azotemia, mas as vezes pode 
nem ter clínica. O animal vai ter poliúria e polidipsia, menor 
hidratação, pode ter aumento da pressão, pode ter uma 
leve anemia, leve hiperparatireoidismo secundário renal, 
hiporcalemia 
Já o estágio 3 é o clássico da DRC, é onde se vê todos os 
sinais. 
Quando o animal vai para o estágio 4, ele está com risco 
iminente de falecer. É um estágio mais crítico 
Quanto mais o animal avança nos estágios, maior é a perda 
de néfrons 
 
 
26 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
 
− Proteinúria: 
 
• Estadiamento SDMA: 
− Novas perspectivas de diagnóstico 
− Ideal para animais com baixíssima massa muscular 
− Detecção precoce da DRC 
− Ajustes no estadiamento 
 
 
• TRATAMENTO:− Nenhuma terapia específica é curativa (lesões irreversíveis) - 
EXCETO O TRANSPLANTE 
− Objetivos da terapia convencional são conservativos 
◊ Minimizar progressão 
◊ Controle dos sinais decorrentes da uremia 
◊ Manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-base 
◊ Suprimento de nutrição adequada 
◊ Aumentar a sobrevida 
 
− Dieta do animal nefropata: 
◊ Restrição de Fósforo e Sódio 
◊ Ômega 3 (500mg/dia para cães de até 10 Kg e gatos, e 1000 mg/dia 
para cães acima de 10 Kg); 
◊ Restrição da quantidade de proteína => alto valor biológico e baixo 
peso molecular; 
◊ Quantidades adequadas de calorias não-protéicas, vitaminas e 
minerais 
◊ Ração (a restrição racional de proteínas e fósforo reduz a progressão da uremia e seus sinais). 
 
 
 
Se for azotemico é proteinúrico 
O tratamento para UPC faz a diminuição da 
pressão intraglomerular (pode acabar aumentar 
um pouco a creatinina) com inibidor de ECA ou 
de receptor da angiotensina, e diminui as 
proteínas que puder diminuir com a ração 
 
Proteínas de alto peso 
glomerular pode agredir o 
rim 
Ômega 3 faz um efeito 
antinflamatória renal 
Faz a diminuição da pressão 
com benazepril 
 
 
27 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
− Suplementos - Renavast® 
◊ Contém um dipeptídeo formado pelos aminoácidos Alanina e Histidina; 
◊ Contém Arginina - aminoácido precursor nutricional do óxido nítrico (vasodilatação); 
◊ Contém também os aminoácidos: Glutamina, Glicina, Ácido Glutâmico e Ácido Aspártico 
◊ Vasodilatação melhora a perfusão renal 
 
− Suplementos – Renadogs e Renacats® 
 
◊ Quitosana, Carbonato de Cálcio e Citrato de K 
◊ Quelante Intestinal de Fósforo 
◊ Repositor de Potássio Sérico 
◊ Conversor do Citrato a Bicarbonato (regula pH) 
◊ O citrato de K é convertido no fígado em citrato de bicarbonato (bom para a acidose metabólica) 
 
− Distúrbios hidroeletrolíticos e ácido- básicos: 
◊ Fluidoterapia (poliúria – compensar sub-hidratação) 
 Fluido EV nas agudizações; 
 Estimular ingesta de água e soluções reidratantes específicas; 
 Fluido subcutânea – útil. 
Anotações: Para a ingestão de agua para o gato é importante dar patê misturado com agua 
◊ Equilíbrio do potássio (K) 
◊ Correção da acidose metabólica (HCO3) 
◊ Correção da Hiperfosfatemia 
 Dieta restritiva 
 Conjugadores de Fosfato intestinal (hidróxido de alumínio, carbonato de cálcio, etc) 
 Calcitriol 
 
 
28 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
 
− Tratamento da anemia não-regenerativa 
◊ VG abaixo de 20% 
 Eritropoetina recombinante humana (100 UI 3x semana e depois semanal) 
 Darbaepoetina 
 Transfusão 
 Andrógenos (médio-longo prazo) – contestáveis para gatos 
o Estanozolol (Winstrol®) – 1 a 4 mg VO BID ou SID 
o Nandrolona (Deca-Durabolin®) – 1mg/kg IM ou SC a cada 7 a 10 dias 
Anotações: Transfusão VG abaixo de 15% e com prognóstico ruim 
 
− Manejo das manifestações clínicas do TGI devido ao dano às mucosas: 
 
◊ Famotidina 1mg/Kg TID 
 
◊ Omeprazol 1,0 mg/Kg BID 
 
◊ Sucralfato 1g/animal BID 
 
◊ Hidróxido de alumínio (pode ser usado também com esse fim). 
Anotações: Não é bom dar o hidróxido de alumínio por muito tempo pois causa toxicidade 
 
− Manejo das náuseas de origem central 
◊ Ondansetrona 1mg/Kg 
◊ Maropitant (1mg/Kg SC ou IV ou 2mg/Kg VO). 
− Hipertensão 
◊ Benazepril (0,25 a 0,5mg/kg/dia SID) - 1ª escolha em cães 
◊ Amlodipino (0,1 mg/kg SID) → 1ª escolha em felinos 
◊ Furosemida (1 a 2 mg/kg VO BID ou SID) – CUIDADO com expoliação de potássio e desidratação). 
Anotações: Se tiver que fazer a furosemia pode suplementar o potássio junto para não causar hipocalemia 
Se o cão não estiver respondendo ao benazepril pode dar o Amlodipino e se o gato não estiver respondendo ao 
amlodipino pode dar o benazepril 
 
29 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
− Alfa-cetoanálogos – ex: Ketosteril® (1 tablete/5kg) 
◊ Não possuem N em sua formula, captam da dieta hipoproteica → aa essencial → reduz formação da 
URÉIA. 
 Estimulam a síntese proteica, 
 Inibem a degradação proteica (JAHN et al, 1992), 
 Reduzem a acidose metabólica (GOTCH, SARGENT, KEEN, 1982), 
 Previnem ou reduzem a osteodistrofia renal (LAFAGE et al, 1992). 
 Cuidado para não mascarar o quadro. 
 Minimizam síndrome urêmica – conforto 
 
− Controle do HPTSR: 
◊ Quelantes de Fósforo – apenas para os que estão se alimentando 
 Hidróxido de alumínio 
 Carbonato de cálcio 
◊ Calcitriol – melhora do balanço Ca-P 
 
• AVANÇOS NO TRATAMENTO: 
Terapias de substituição renal 
◊ DIÁLISE – indicada para pacientes com ureia acima de 150mg/dL. Mais indicadas na IRA ou nas agudizações 
da DRC. 
◊ Hemodiálise 
 Sangue passa por uma máquina para ser depurado (rim artificial) 
 Sistema de contracorrente – depuração e entrega de substâncias 
◊ Diálise peritoneal 
 Substância dialisante é introduzida via intraperitoneal, permanece 30 min e em seguida é drenada. 
 O processo se repete algumas vezes. 
◊ Transplante Renal: Nos Estados Unidos, se seu cachorro precisar de um transplante de rim, você pode pegar 
o órgão de algum cachorro de rua. Você deve adotar o cachorro doador, para que você possa salvar duas 
vidas, ao invés de só uma. 
 
• DISCUSSÃO DE CASO CLÍNICO – EKI: 
− Espécie: Canina 
− Idade: 5 anos 
− Sexo: Masculino 
− Raça: Buldogue francês 
− Peso: 9,400 Kg. 
 
− Histórico: 
 
30 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
◊ Emagrecimento e apatia 
◊ Vômitos, diarreia, anorexia 
◊ Internação prévia em outro hospital 
◊ Diagnóstico de Erliquiose e Anaplasmose + Injúria renal 
◊ Animal morou no interior de MG por um período de três meses 
◊ Tutor observou anoréxico, apático, apresentando êmese e diarreia e trouxe de volta para o ES. 
◊ Registros de Hemograma, Bioquímica sérica (Ureia, creatinina e K), 4DX , Ultrassonografia abdominal e 
Hemogasometria 
− Achados laboratoriais e tratamento inicial: 
◊ Hemograma: Anemia normocítica normocrômica e leucopenia. 
◊ DPP = negativo (Leishmaniose) 
◊ 4DX = + para Ehrlichia e Anaplasma 
◊ Ureia (> 600) e Creatinina (>7,0) 
◊ Coletada urina para URINÁLISE e UPC 
− Segunda consulta no hv-uvv: 
◊ Animal apresentava ainda anemia normocítica normocrômica, pior que no exame anterior. 
◊ Marcado retorno para quatro dias após a segunda consulta. 
− Terceira consulta no hv-uvv: 
◊ Proprietário relatou que animal estava ainda apático porém hiporéxico e apresentando vômitos 
ocasionais. 
◊ Exame físico: Desidratação grave: (<10%); PAS alta (165mmHg) e perda de peso (8,100kg). 
− Internação: 
◊ Animal internado por 4 dias feito diariamente hemograma bioquímica sérica (ureia, creatinina, PPT e 
frações, Na e K). 
◊ Tratamento durante a hospitalização: 
 Fluidoterapia (RL), 
 Ondansetrona (1mg/Kg) IV, TID; 
 Omeprazol (0,7mg/Kg) IV, SID, 
 Ômega 3 (500mg/10Kg) VO, SID; 
 Benazepril (0,3mg/kg) VO, BID; 
 Doxiciclina (5 mg/Kg), VO, BID. 
◊ D1: Transfusão sanguínea 
◊ D2: Melhora clínica visível, voltando a comer e mais ativo 
 Hemograma → resposta positiva a transfusão apesar de continuar anêmico. 
◊ D3 e D4: Animal se manteve clinicamente bem. 
 
 
31 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
◊ PAS: 165mmgHg com picos em situações de estresse. 
 Prescrição na alta (para uso domiciliar): 
o Fluidoterapia subcutânea RL 200 ml, duas vezes por semana; 
o Omeprazol (20mg), VO, SID em jejum; 
o Ranitidina 2 mg/Kg BID; 
o Benazepril 0,5 mg/Kg BID, ANR; 
o Ondansetrona 1mg/Kg TID em caso de vômito. 
 Retorno: Agendado para uma semana após alta 
− Quarta consulta: 
◊ Duas semanas após a alta hospitalar. 
◊ Animal mais ativo, ganho de peso 
◊ Administrada eritropoetina injetável 
 Foi sugerida nova internação devido a azotemia/uremia e hipoalbuminemia encontrados em 
bioquímica sérica. 
 Tratamento em casa: adicionados 
o Sucralfato, SID, 15 dias; 
o Hemolitan® VO, SID, 7 dias. 
− Quinta consulta: 
◊ Proprietário relatou melhora após a eritropoietina, e que animal estava ativo◊ Só fez o Hemolitan por três dias (episódios de êmese) 
◊ Internação por 1 dia 
◊ Solicitados: hemograma, bioquímica sérica (ureia, creatinina, PPT e frações, colesterol, P, Na e K) e US 
abdominal 
o Alterações: Anemia normocítica normocrômica; leucopenia; azotemia; hipercolesterolemia. 
 
− Ultrassonografia: 
◊ Presença de microcristais/debris celulares em bexiga; 
◊ Degeneração senil e/ou infiltração gordurosa e/ou nefropatia associadas a pontos de mineralização em rins 
e E e D; 
◊ Sedimentos biliares/lama biliar, cálculos biliares em vesícula biliar; 
◊ Estômago com distensão com conteúdo predominantemente gasoso; 
◊ Prostatopatia associada a cistos/abcessos/neoformações cavitárias; 
◊ Degeneração senil/pontos de fibrose em testículos. 
− Liberação sem alta médica: 
◊ Fluidoterapia subcutânea com RL300 ml uma vez ao dia, ou 150 mL duas vezes por dia 
◊ Ômega 3 cáps 500mg (1 cápsula SID) 
 
32 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
◊ Hidróxido de alumínio líquido, 30 mg/Kg, VO, TID 
◊ Calcitriol (0,25 mg/animal), VO, SID. 
− Evolução: 
◊ Animal foi ficando cada vez mais apático, mesmo sob tratamento 
◊ Lesão de pele => calcinose cutânea 
 Adicionados à prescrição: 
o Diprogenta creme BID (lesão) 
o Gabapentina 10mg/Kg VO, TID. 
◊ Uma semana após o episódio, proprietário relatou que animal estava apresentando aquesia, anorexia e 
oligúria 
◊ Foi sugerido que animal retornasse ao HV, porém veio a óbito na manhã do dia seguinte 
◊ Sugerida necropsia, que foi autorizada. 
 Volume de efusão torácica 
 Volume de efusão abdominal 
 Rins pálidos, superfície irregular 
 Estômago: Úlceras e mucosas hiperêmicas compatíveis com gastrite ulcerativa e pâncreas 
levemente aumentado 
 Fígado: Superfícies lisas e brilhantes com leve congestão e levemente abaulado. 
 Coração: Áreas de mineralização em região de epicárdio e miocárdio, sendo bem envolvente à 
palpação; endocardiose. 
 
 
− Discussão: 
“O objetivo da terapia do doente renal crônico é minimizar a progressão da doença, controlar as alterações 
orgânicas provenientes da uremia e desequilíbrios hidroeletrolíticos e acido-básicos e oferecer conforto ao 
paciente.” 
 
 
33 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
 
− Considerações Finais: 
◊ DRC => achados clínicos e laboratoriais 
 Agravamento pela Erliquiose e Anaplasmose e Hipertensão 
 HPTSR => piora do quadro após após instalado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
HISTÓRICO: 
• Domesticação; 
• “Síndrome Urológica Felina” (SUF) 
• “Doença do Trato Urinário Inferior de Felinos” (DTUIF) 
• “Cistite Intersticial Felina” (CIF) 
• Síndrome de Pandora (analogia à lenda grega) 
Anotações: A síndrome de pandora não é sinônimo só de doença do trato urinário felino. A maioria do animal com 
doença do trato urinário felino vai ter síndrome de pandora, porém não necessariamente é causado por essa 
síndrome. A doença do trato urinário felino pode incluir neoplasia, ITU ou urolitíase. A infecção do trato urinário é 
rara nos gatos, principalmente nos machos devido ao tamanho da uretra), mesmo nas gatas fêmeas que tem a 
uretra curta é mais raro do que nas cadelas. Urolitíase é difícil de ser um agente obstrutor nos gatos. 
 
SÍNDROME DE PANDORA: 
• Dermatopatias 
• Sinais gastrointestinais 
• Distúrbios alimentares 
• Distúrbios comportamentais 
• Doença do trato urinário felino 
→ Neoplasias 
→ ITU 
→ Urolitíase 
 
QUE DOENÇA É ESSA? 
• Processo é multifatorial e inflamatório 
• Principal distúrbio urinário felino - machos e fêmeas 
• Machos => episódios obstrutivos – dimensões e elasticidade 
 
Anotações: É difícil ter processo infeccioso com inflamação na síndrome de pandora 
Geralmente não é preciso administrar antibiótico, mesmo se for sondado (tem que fazer o procedimento da 
sondagem de forma estéril) 
A femea sofre com disúria, hematúria, polaciúria... 
Se o animal tem tendência de ter a síndrome, seria importante ter uma areia mais clara para conseguir observar a 
urina do animal 
 
 
 
Plugs com 0,7 mm ou 
mais obstruem machos 
 
A síndrome de pandora faz o animal ter dermatopatias, 
distúrbios alimentares (compulsão alimentar ou pouca vontade 
de comer), comportamentais, sinais gastrointestinais 
 
36 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
ANATOMIA DO FELINO: 
 
ETIOLOGIA MULTIFATORIAL: 
Muitas teorias possíveis e interligadas 
• Estresse – Síndrome de Pandora 
• Neurogênica 
• Mastocitose vesical 
• Glicosaminoglicanos 
• Supersaturação 
Anotações: No estresse crônico é liberado o cortisol que não vai agir na inflamação, o animal vai continuar 
inflamado. 
 Os mastócitos são células de resposta ultra rápida, liberam histamina e outros mediadores químicos. A histamina faz 
vasodilatação, causando um espessamento na mucosa, podendo ter um extravasamento do líquido intravascular 
para o extra, causando assim o edema. Os mastócitos são hiperreativos, hiperdegranulantes. O animal pode ter dor 
e disúria! 
Os glicosaminoglicanos (GAG) são moléculas na superfície do urotélio para se proteger da urina, mas gatos com 
doença do trato urinário tem falta desse glicosaminoglicanos, causando assim uma lesão 
 O gato supersatura muito a urina 
 
• Inflamação neurogênica 
• Diminuição das glicosaminoglicanas 
 
Se obstruir a uretra a bexiga vai começar a dilatar por causa do 
acúmulo de urina, e os ureteres vão parar de drenar a urina 
dilatando-o, consequentemente uma pielectasia (dilatação da 
pelve), sendo bilateral pois a obstrução é mais distal, se for 
unilateral é devido a obstrução no próprio ureter. O rim fica com 
uma pressão interna grande, então não vai ter filtração porque o 
sangue não consegue vencer a resistência interna do rim, 
causando assim uma menor perfusão no rim e podendo gerar a 
IRA!! 
Tudo está relacionado a inflamação. A partir da 
inflamação vai ter os sinais clínicos 
O buscopam no gato serve para diminuir os 
espasmos uretrais 
 
Diminuição dos 
glicosaminoglicanos 
causa lesão no trato 
urinário 
 
 
37 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
CISTITE INTERSTICIAL X OBSTRUÇÃO URETRAL: 
• Etiologia semelhante 
• Gravidade aumenta nas obstruções 
• Primeiros sinais podem ser idênticos 
• Machos e fêmeas apresentam sinais comuns, mas praticamente só os machos obstruem 
• Diagnóstico: 
→ Histórico e anamnese 
◊ Disúria, polaciúria, estrangúria, hematúria 
◊ Situações de estresse geralmente detectável 
◊ Obesidade/inatividade 
◊ Periúria (fazer xixi em locais inadequados) 
 
→ Exame físico 
◊ Dor à palpação 
◊ Outros sinais de estresse/dor 
◊ Bexiga espessada/aumentada 
FELINE GRIMACE SCALE: 
 
No consultório: O gato doente e muito quieto no consultório é porque está tendo muita alteração orgânica, por 
isso que não está conseguindo reagir 
 Se o gato está descompensado e fica muito estressado na consulta, pode acabar piorando a situação e podendo 
levar a morte do paciente 
TEM QUE SABER MANIPULAR NO GATO!! 
 
• Diagnóstico: 
→ Ultrassonografia 
◊ Espessamento da parede vesical 
◊ Sedimentos 
◊ Coágulos 
 
 
Os primeiros sinais de cistite e obstrução podem ser idênticos: disúria 
A cistite é uma consequência da síndrome de pandora. 
 
A bexiga fica espessada, por isso se chama cistite intersticial, 
e como fica aumentada dá para palpar ela 
 
Confortável: olhos arredondados, bigodes relaxados e orelha 
levantada 
Dor; olhos elípticos, bigode espirrado, orelha para trás 
Muito desconforto: olho fechado por muito tempo, bigode 
muito aberto, orelha muito abaixadas. 
 
 
38 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
 
 
 
→ Urinálise: 
◊ Intensidade da hematúria (em geral +++) 
◊ pH urinário (em geral, urina alcalina) 
◊ Células inflamatórias (leucócitos/piócitos) 
◊ Cristais (a maioria estruvita) 
 A análise dos urólitos/cristais é importante paradiagnóstico 
◊ Cultura => Em geral negativa, mas necessária se tem piúria 
 
• Diagnóstico definitivo – pouco realizado: 
 
→ Histopatologia: 
◊ Inflamação perineural e perivascular da bexiga 
◊ Mastocitose vesical 
◊ Edema de mucos 
◊ Fibrose 
→ Cistoscopia: 
◊ Amostras de mucosa 
◊ Padrão típico: 
− Petéquias submucosas 
− Epitélio pregueado 
PROCESSOS OBSTRUTIVOS: 
• Possíveis causas: 
→ Obstrução física - plugs ou tampões 
→ Disfunção uretral ou vesical – edema, espasmo, fibrose 
→ Interrupção do fluxo => função renal pausa =>pode haver lesão renal (IRA pós-renal) 
→ Conduta terapêutica – CARÁTER EMERGENCIAL 
→ Histórico e sinais clínicos das obstruções: 
◊ Dor moderada a intensa à palpação 
− Animal resiste ao exame, vocaliza, rosna 
Se é de longa duração: Depressão, náusea, 
vômitos e odor urêmico (azotemia), hipotermia, 
bradicardia, decúbito (hipercalemia) => IRA 
 
 
39 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
− Coluna curvada (dor intensa) 
− Lambedura excessiva do pênis, períneo ou regiã púbica – lesões por auto-trauma. → A 
lambedura excessiva no pênis é na tentativa de desobstruir, levando ainda mais ao estresse. 
 
 
TIPOS DE PLUGS: 
• Mucoproteínas 
• Cristais 
• Coágulos 
• Células 
• Gotículas de gordura 
• Restos teciduais 
• Corpos estranhos 
DIAGNÓSTICO: 
 
• Eletrocardiografia: 
 
→ Obstruções de longa duração: 
 
◊ Pode fornecer evidências da hipercalemia (K) 
◊ Arritmias 
◊ Bradicardia 
◊ Onda T elevada – 50% maior que a onda R) 
◊ Aumento do intervalo P-R 
Formação da matriz mucóide => 
resposta à agressão => gel no lúmen 
 
Células e cristais + gel = plugs 
“arenosos” 
 
 
 
40 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
◊ Diminuição ou ausência da onda P 
◊ Paralisia atrial ou “stand still” 
• Tratamento: 
→ Conduta imediata 
◊ Objetivos: 
− Correção das alterações sistêmicas 
− Equilibrar fluidos e eletrólitos 
− Restauração da permeabilidade do lúmen uretral 
→ Correção da hipotermia (10C por hora) 
◊ Colchões térmicos, bolsas de água 
quente, fluidos intravenosos 
mornos. 
→ Fluidoterapia 
◊ Correção da desidratação, acidose, 
azotemia pós- renal, hipercalemia e 
hiperfosfatemia 
− Reposição da desidratação => 
feito em 2 a 6h 
− Manutenção após reposição – 
50 a 66mL/kg (compensa a 
intensa diurese pós-
desobstrução). 
→ 1ª Analgesia para todos 
→ 2ª Anestesia – racional e decidida caso a caso 
◊ Não manipular o gato estressado à força! – risco de óbito 
◊ Dar preferência para anestesiar o paciente estabilizado 
◊ Se não for possível, utilizar doses mais baixas de sedativos ou anestésicos – buscar relaxamento 
muscular 
Anotações: Não pode usar antinflamatória precocemente, pois não sabe se o rim está danificado. 
É feito analgésico para controle de dor (butorfanol ou metadona) 
A anestesia vem no segundo momento, depois de fazer a fluido e equilíbrio de eletrólitos, para ser mais seguro. Se o 
gato é muito estressado ai teria que fazer a anestesia logo quando o animal chegar. 
 
Tem que corrigir a temperatura do animal, com bolsa de água morna ou 
tapete que aquece, enquanto vai fazendo outros procedimentos. Pois se o 
animal tiver frio demais, ele vai fazer vasoconstrição periférica, vai ter 
menos vitalidade e condições de melhorar do estresse 
A lambedura excessiva no pênis é na tentativa de desobstruir, levando ao 
estresse mais ainda. 
Gato estressado tem risco adicional de ter parada cardiorrespiratória. 
Começa a canular o gato 
Tentar fazer o manejo mais catfriendly 
Corrigir a desidratação antes de fazer a cistocentese de alívio, pois a fluido 
vai corrigir o líquido eu está faltando, até que o rim volte a funcionar e ter 
pressão para formação urina, já vai ter a correção da desidratação. Os 
órgãos que são priorizados quando o animal está hipovolêmico: rim, 
fígado, coração e cérebro. 
Fazer a hemogasometria e corrigir a acidose metabólica com bicarbonato 
Azotemia pós-renal se corrige aliviando a bexiga (cisto de alivio) e fazendo 
a reposição volêmica. 
 
 
41 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
ANALGESIA - MANEJO DA DOR E LEVE SEDAÇÃO: 
 
 
ANESTESIA: 
• Geral 
→ Dexmedetomidina (4µg/Kg IM) 
→ Propofol (5 mg/Kg dose-efeito) 
• Bloqueio local 
→ Bloqueio de nervo pudendo: Lidocaína 2% com vasoconstritor (0,25mL/Kg) 
• Inalatória 
→ Alguns autores indicam para evitar a o stress da contenção 
RESTABELECENDO A PERMEABILIDADE URETRAL – IDEAL: 
 
RESTABELECENDO A PERMEABILIDADE URETRAL – ADAPTADO: 
 
 
A metadona pode causar hiperventilação. 
Tramadol excita, enjoo e não resolve dor aguda 
apenas dor crônica 
Morfina causa enjoo e o animal já vai estar enjoado. 
 
A dexmedetomidina IM é feita nos gatos que estão 
muito estressados, não permitem a manipulação e 
que não deixam canular. 
Se o gato deixou manipular, canular, fazer a fluido... 
Aí pode fazer o propofol 
 
Depois que anestesiou e estabilizou o paciente, pode fazer a 
cistocentese de alívio. 
Se for um animal calmo pode tentar fazer a cistocentese antes 
da anestesia 
A professora prefere manusear o pênis do gato só quando ele 
tiver anestesiado 
 
O que desobstrui o gato não é a sonda e sim o Flush. Empurra o líquido 
e ve se a sonda corre melhor, se a sonda evoluir é porque o plug foi 
para a bexiga e ali ele não causara problema 
Manuseio do pênis e massagem suave da bexiga é para gatos que tem 
a obstrução recente e que estão permitindo a manipulação e que não 
tem sinais clínicos graves. Faz isso para gerar a micção e a saída do 
plug. 
É bom coletar a urina inicial pois ela vem com vários sedimentos e isso 
vai trazer informações para entender a causa base. Se a massagem 
suave na bexiga não deu certo tem que fazer a cistocentese de alívio e 
depois faz a cateterização completa para o Flush. 
Se for um gato estressado e bravo já tem que começar pela 
cistocentese de alívio 
 
 
42 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
EXPOSIÇÃO CUIDADOSA DO PÊNIS: 
 
MATERIAIS NECESSARIOS PARA A CISTOCENTESE DE ALIVIO: 
• Equipamentos para tricotomia 
• Materiais para antissepsia 
• Luvas estéreis 
• Panos de campo/compressas 
• Scalp 21 ou agulha hipodérmica 30 x 0,7 
• Extensor pequeno 
• Torneira de 3 vias 
MATERIAIS NECESSARIOS PARA A DESOBSTRUÇÃO: 
• Equipamentos para tricotomia 
• Materiais para antissepsia 
• Luvas estéreis 
• Lubrificante/anestésico local estéril 
• Sonda tomcat com guia, sonda uretral no 4 
ou sonda de espera do tipo Sovereign* 
• Extensor pequenoTorneira de 3 vias 
• Seringas de 3, 5 e 10 Ml 
• Equipo Macrogotas 
• Bolsa de coleta de urina ou frasco de soro vazio 
• Fios de sutura 
• Compressas esterilizadas 
Para expor o pênis do gato empurra o prepúcio em direção a coluna, 
fazendo um ângulo de 90 graus com a coluna para assim conseguir 
expor a ponta do pênis e depois rebate a ponta do pênis caudalmente. 
Para cateterizar o animal vai ser preciso estar com o pênis nessa 
posição, se não vai estar no formato de S, ferindo a uretra. 
 
Scapl 21 para ser mais fácil e rápido 
Agulha 30x0,7 é para gatos mais gordinhos. 
 
Tem que fazer a tricotomia no 
prepúcio e escroto 
Se fazer o manejo estéril não 
precisa fazer ATB depois 
Seringa ideal para desobstruir é 
a de 3 ml 
Fios de sutura – nylon 3-0 
Sonda por muito tempo e se for 
grossa pode predispor a uma 
obstrução de novo. 
 
 
 
 
 
43 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 
TRATAMENTO: 
• Correção da Hipercalemia 
→ Ocorre por retenção e parada da filtração 
• Restabelecimento do fluxo urinário 
→ Fluidoterapia 
→ Correção: 
◊ Bicarbonato de sódio 
Se há risco de morte iminente: 
◊ Glicose + insulina 
◊ Gluconato de cálcio 10% - cardioprotetor → IV lenta (1mg/Kg) 
• Correção da acidose metabólica 
 
• Hipocalemia 
→ Monitorar declínio do K 
→ Após desobstrução, por intensa diurese 
→ Sinais aparecem quando abaixo de 2,5 mEq/L 
→ Administrar KCl IV → taxa máxima 0,5 mEq/Kg/h 
 
• Conduta frente à hipotensão arterial

Continue navegando