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APG 13 - Membros superiores e Biomecânica dos ombros

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APG 13: MEMBROS SUPERIORES E BIOMECÂNICA DOS OMBROS Carlos Eugênio
8
1. Estudar a anatomia dos membros superiores (tendões, musculatura, ossos e cartilagens).
2. Compreender a biomecânica dos ombros.
3. Analisar a histologia do tecido cartilaginoso e dos tendões.
membros superiores
· Cada membro superior apresenta 30 ossos em três locais, o úmero no braço, a ulna e o rádio no antebraço, os 8 ossos carpais (punho), os 5 ossos metacarpais (palma) e as 14 falanges (ossos dos dedos) na mão.
· O corpo humano possui dois cíngulos dos membros superiores (ombros) que prendem os ossos dos membros superiores ao esqueleto axial. Cada um dos dois cíngulos dos membros superiores consiste em uma clavícula e uma escápula.
· Não se articulam com a coluna vertebral e são mantidos em posição e estabilizados por um grupo de músculos que se estendem da coluna vertebral e das costelas à escápula.
clavícula
· A clavícula é o osso anterior e sua extremidade medial (esternal) se articula com o manúbrio do esterno na articulação esternoclavicular. A larga e plana extremidade lateral (acromial), se articula com o acrômio da escápula para formar a articulação acromioclavicular.
· Cada clavícula repousa horizontalmente na região anterior do tórax, superiormente à primeira costela. 
· A clavícula é subcutânea (debaixo da pele) e facilmente palpável ao longo de toda a sua extensão. 
· O tubérculo conoide na face inferior da extremidade lateral do osso é ponto de inserção do ligamento conoide, que liga a clavícula à escápula. 
· A impressão do ligamento costoclavicular, na face inferior da extremidade esternal é o ponto de inserção do ligamento costoclavicular, que conecta a clavícula à primeira costela.
escápula
· Cada escápula situa-se na parte superior e posterior do tórax, entre os níveis da segunda e sétima costelas.
· A espinha (crista proeminente) passa diagonalmente pela face posterior da escápula, no qual sua extremidade lateral se projeta como um processo, o acrômio.
- Se articula com a extremidade acromial da clavícula (articulação acromioclavicular).
· A cavidade glenoidal (depressão) recebe a cabeça do úmero para formar a articulação do ombro.
· Margem medial (vertebral): fina margem da escápula próxima à coluna vertebral. 
· Margem Lateral (axilar): margem espessa da escápula próxima ao braço. 
· Incisura da escápula: entalhe proeminente ao longo da margem superior pelo qual passa o nervo supraescapular.
· Na extremidade lateral da margem superior, há o processo coracoide, onde tendões (do peitoral menor, coracobraquial e bíceps braquial) e ligamentos (coracoacromial, conoide e trapezoide) se inserem.
músculos do ombro
· Os músculos toracoapendiculares posteriores fixam o esqueleto apendicular superior (do membro superior) ao esqueleto axial (no tronco), que são divididos em três grupos.
Músculos toracoapendiculares posteriores superficiais (extrínsecos do ombro)
· Trapézio: local de fixação direta do ombro ao tronco. Cobre a face posterior do pescoço e a metade superior do tronco. Fixa o ombro ao crânio e à coluna vertebral, e ajuda a suspender o membro superior.
· Latíssimo do dorso: cobre grande parte do dorso. Segue do tronco até o úmero, tendo ação direta sobre a articulação do ombro e indireta sobre a articulação escapulotorácica. Ele estende, retrai e roda o úmero (medial).
musculos toracoapendiculares posteriores profundos (extrínsecos do ombro)
· Levantador da escápula: seu terço superior situa-se profundamente ao músculo esternocleidomastóideo; o terço inferior situa-se profundamente ao músculo trapézio. Atua, com a parte descendente do músculo trapézio, para elevar ou fixar a escápula.
· Músculos romboides (maior e menor): situam-se profundamente ao trapézio. Eles retraem e giram a escápula, além de mantê-la contra a parede torácica e fixa-la durante os movimentos dos membros superiores.
músculos escapuloumerais (intrínsecos do ombro)
· Seis músculos (deltoide, redondo maior, supraespinal, infraespinal, subescapular e redondo menor. São relativamente curtos, que vão da escápula até o úmero, atuando sobre a articulação do ombro (movimento do úmero).
esqueleto do braço (ÚMERO)
· A extremidade proximal do úmero apresenta uma cabeça redonda que se articula com a cavidade glenoidal da escápula e forma a articulação do ombro. E a distal com os ossos do antebraço (ulna e rádio), formando a articulação do cotovelo.
· Colo anatômico: distal à cabeça e visível como um sulco oblíquo que consiste no local da antiga placa epifisial (adultos)
· Tubérculo maior: projeção lateral, é o acidente ósseo palpável mais lateral da região do ombro, imediatamente abaixo do acrômio da escápula.
· Tubérculo menor: se projeta anteriormente. 
· Sulco intertubercular: situado entre os dois tubérculos. 
· Colo cirúrgico: constrição no úmero imediatamente distal aos tubérculos, local onde a cabeça se afila até a diáfise.
· Corpo (diáfase): praticamente cilíndrico em sua extremidade proximal, porém, se torna triangular até ficar achatado e largo em sua extremidade distal.
· Tuberosidade Deltoidea: área rugosa que serve de ponto de inserção para os tendões desse músculo.
· Capítulo: protuberância arredondada na parte lateral do osso que se articula com a cabeça do rádio.
· Fossa radial: depressão anterior acima do capítulo que se articula com o rádio quando o antebraço é flexionado. 
· Tróclea: localizada medialmente ao capítulo, é uma superfície que se articula com a incisura troclear da ulna. 
· Fossa Coronoidea: depressão anterior que recebe o processo coronoide da ulna quando o antebraço é flexionado. 
· Fossa do olecrano: depressão posterior que recebe o olécrano da ulna quando o antebraço é estendido. 
· Epicôndilo lateral e medial: projeções rugosas nos dois lados da extremidade distal do úmero, onde os tendões da maioria dos músculos do antebraço estão inseridos.
músculo do braço
· Dos quatro principais músculos do braço, três flexores (músculos bíceps braquial, braquial e coracobraquial) estão no compartimento anterior (flexor), supridos pelo nervo musculocutâneo, e um extensor (tríceps braquial) está no compartimento posterior, suprido pelo nervo radial. 
· O músculo ancôneo, um auxiliar do músculo tríceps braquial posicionado distalmente, também está no compartimento posterior. 
esqueleto do antebraço (ulna e rádio)
· A Ulna está localizada na parte medial (dedo mínimo) do antebraço. 
· Na extremidade proximal da ulna está o olécrano, que forma a proeminência do cotovelo. 
- O olécrano e o processo coronoide se articulam com a tróclea. 
- A incisura troclear é uma área curva entre o olécrano e o processo coronoide que forma parte da articulação do cotovelo. Lateral e inferiormente à incisura troclear há a incisura radial, que se articula com a cabeça do rádio. 
· Tuberosidade da ulna: logo abaixo do processo coronoide, na qual o músculo braquial se insere. 
· A extremidade distal da ulna consiste em uma cabeça, separada do punho por um disco de fibrocartilagem. 
- Processo estiloide da ulna: está localizado no lado posterior da extremidade distal, oferecendo inserção para o ligamento ulnar.
· O Rádio está localizado na parte lateral (polegar) do antebraço. É estreito na sua extremidade proximal e mais largo na extremidade distal. 
- A extremidade proximal do rádio apresenta uma cabeça em forma de disco que se articula com o capítulo do úmero e com a incisura radial da ulna. Inferiormente à cabeça está o colo, uma área constrita. 
· Tuberosidade do rádio: inferior ao colo no lado anteromedial, que é ponto de inserção para o tendão do músculo bíceps braquial. 
· Processo estiloide do rádio: a diáfise do rádio alarga-se para formá-lo. Fornece inserção para o músculo braquirradial e para o ligamento colateral radial do punho.
· Incisura ulnar: contida na extremidade distal do rádio, que se articula com a cabeça da ulna.
· A ulna e o rádio se articulam com o úmero na articulação do cotovelo, ocorrendo em dois lugares:
- Onde a cabeça do rádio se articula com o capítulo do úmeroe onde a incisura troclear da ulna se articula com a tróclea do úmero. 
· A ulna e o rádio se articulam em três locais. 
- Membrana interóssea: tecido conjuntivo fibroso largo e plano, que une as diáfises dos dois ossos, além de fornecer área de inserção para alguns músculos esqueléticos profundos do antebraço. 
- Articulação Radiulnar proximal: a cabeça do rádio se articula com a incisura radial da ulna. 
- Articulação Radiulnar distal: a cabeça da ulna se articula com a incisura ulnar do rádio.
· A extremidade distal do rádio se articula com três ossos do punho (semilunar, o escafoide e o piramidal) para formar a articulação radiocarpal (punho).
músculos do antebraço
· Movimentam o punho, a mão, o polegar e os dedos.
· Músculos flexores do antebraço: estão situados no compartimento anterior (flexor–pronador) do antebraço e são separados dos músculos extensores do antebraço pelo rádio e ulna e, nos dois terços distais do antebraço, pela membrana interóssea que os une.
· Músculos extensores do antebraço: estão situados no compartimento posterior (extensor–supinador) do antebraço, e todos são inervados por ramos do nervo radial. Esses músculos podem ser organizados fisiologicamente em três grupos:
- Músculos que estendem e abduzem ou aduzem a mão na articulação do punho (radiocarpal) (extensor radial longo do carpo, extensor radial curto do carpo e extensor ulnar do carpo) 
- Músculos que estendem os quatro dedos mediais (extensor dos dedos, extensor do indicador e extensor do dedo mínimo) 
- Músculos que estendem ou abduzem o polegar (abdutor longo do polegar, extensor curto do polegar e extensor longo do polegar)
ESQUELETO DA MÃO (CARPO)
· O carpo (punho) é a região proximal da mão que consiste em 8 ossos pequenos (ossos carpais), unidos uns aos outros por ligamentos. 
· As articulações entre os ossos carpais são chamadas articulações intercarpais. 
· Os ossos carpais estão dispostos em duas fileiras transversas de quatro ossos cada uma.
· Os ossos carpais na fileira proximal, de lateral para medial são: escafoide, semilunar, piramidal e pisiforme.
- A fileira proximal dos ossos carpais se articula com as extremidades distais da ulna e do rádio para formar a articulação radiocarpal. 
· Os ossos carpais na fileira distal, de lateral para medial, são: trapézio, trapezoide, capitato e hamato.
· Túnel do carpo: espaço côncavo anterior formado pelo pisiforme e hamato (no lado ulnar) e escafoide e trapézio (no lado radial), com a cobertura superior do retináculo dos músculos flexores (fortes feixes fibrosos de tecido conjuntivo)
- Os longos tendões dos flexores dos dedos e do polegar e o nervo mediano, passam pelo túnel do carpo.
esqueleto da mão (metacarpo)
· O metacarpo (palma da mão) é a região intermediária da mão que consiste em cinco ossos (metacarpais). 
· Cada osso metacarpal é formado por uma base proximal, uma diáfise intermediária e uma cabeça distal. São numerados de I a V, começando no polegar. 
· As bases se articulam com a fileira distal dos ossos carpais para formar as articulações carpometacarpais. 
· As cabeças se articulam com as falanges proximais para formar as articulações metacarpofalângicas.
esqueleto da mão (falanges)
· As falanges (ossos dos dedos) formam a parte distal da mão. 
· Há 14 falanges nos cinco dedos de cada mão e são numerados de I a V, começando do polegar.
· Cada falange consiste em uma base proximal, uma diáfise intermediária e uma cabeça distal. 
· O polegar possui duas falange (proximal e distal). Os outros 4 dedos apresentam três falanges (proximal, média e distal).
· As falanges proximais dos dedos se articulam com os ossos metacarpais. As falanges médias dos dedos (II ao V) se articulam com suas falanges distais. A falange proximal do polegar se articula com sua falange distal. 
· As articulações entre as falanges são chamadas articulações interfalângicas.
músculos da mão
· Os músculos intrínsecos da mão estão localizados em cinco compartimentos: 
- Músculos tenares no compartimento tenar (abdutor curto do polegar, flexor curto do polegar e oponente do polegar) 
- Músculo adutor do polegar no compartimento adutor 
- Músculos hipotenares no compartimento hipotenar (abdutor do dedo mínimo, flexor curto do dedo mínimo e oponente do dedo mínimo 
- Músculos curtos da mão (lumbricais, estão no compartimento central com os tendões dos músculos flexores longos).
- Músculos interósseos, que situam-se em compartimentos interósseos separados entre os metacarpais.
fascia do membro superior
· Fáscia é uma lâmina de tecido fibroso na qual se fixam alguns músculos.
· Profundamente à pele está tela subcutânea, contendo gordura, e a fáscia muscular, revestindo os músculos e separando-os em compartimentos. 
· Fáscia peitoral: fixada à clavícula e ao esterno. Ela reveste o músculo peitoral maior e é contínua inferiormente com a fáscia da parede anterior do abdome. A fáscia peitoral deixa a margem lateral do músculo peitoral maior e dá origem à fáscia da axila, que forma o assoalho da axila. 
· Fáscia clavipeitoral: profundamente à fáscia peitoral, desce a partir da clavícula, envolvendo o músculo subclávio e, depois, o músculo peitoral menor, tornando-se contínua inferiormente com a fáscia da axila. 
- A membrana costocoracoide está entre os músculos peitoral menor e subclávio. 
- O ligamento suspensor da axila sustenta a fáscia da axila e traciona para cima a fáscia da axila e a pele sobrejacente a ela durante a abdução do braço, formando a fossa axilar. 
· Fáscia deltoidea: revestimento dos músculos escapulo-umerais que cobrem a escápula e formam o volume do ombro.
- A fáscia deltoidea desce sobre a face superficial do músculo deltoide a partir da clavícula, acrômio e espinha da escápula.
· Fáscia do Braço: envolve o braço, ajustada sob a pele e a tela subcutânea. 
- É contínua superiormente com as fáscias dos músculos deltoide, peitoral, axilar e infraespinal. A fáscia do braço está fixada inferiormente aos epicôndilos do úmero e ao olécrano da ulna, sendo contínua com a fáscia do antebraço. 
- Dois septos intermusculares (medial e lateral) estendem-se da face profunda da fáscia do braço até o centro do corpo. Esses septos intermusculares dividem o braço em compartimentos fasciais anterior (flexor) e posterior (extensor).
- No antebraço, compartimentos fasciais semelhantes são circundados pela fáscia do antebraço e separados pela membrana interóssea que une o rádio e a ulna.
biomecânica dos ombros
· O movimento do cíngulo do membro superior inclui as articulações esternoclavicular, acromioclavicular e do ombro, que geralmente se movimentam ao mesmo tempo.
· A mobilidade da escápula é essencial para o movimento livre do membro superior. A clavícula forma um suporte que mantém a escápula e, portanto, a articulação do ombro, afastada do tórax, para que possa se movimentar com liberdade. 
- A clavícula determina o raio de rotação do ombro.
articulação esternoclavicular
· É sinovial selar, mas funciona como esferóidea. É dividida em dois compartimentos por um disco articular, que está firmemente fixado aos ligamentos esternoclaviculares anterior e posterior, espessamentos da membrana fibrosa da cápsula articular, e também ao ligamento interclavicular. 
- A grande força da articulação EC é consequente a essas fixações. Assim, embora o disco articular absorva o choque das forças provenientes do membro superior e transmitidas ao longo da clavícula, a luxação da clavícula é rara, enquanto a fratura da clavícula é comum. 
- A articulação EC é a única entre o membro superior e o esqueleto axial.
· A resistência da articulação EC depende de seus ligamentos e de seu disco articular. 
- Ligamentos esternoclaviculares anteriores e posteriores reforçam a cápsula articular nas partes anterior e posterior. 
- O ligamento interclavicular fortalece a cápsula superiormente. Estende-se da extremidade esternal de uma clavícula até a extremidade esternal da outra clavícula. 
- O ligamento costoclavicular fixa a face inferior da extremidade esternal da clavícula à 1a costela e sua cartilagem costal,limitando a elevação do cíngulo do membro superior. 
· Embora a articulação EC seja muito forte, é bastante móvel para permitir movimentos do cíngulo do membro superior e do membro superior. 
- Durante a elevação completa do membro, a clavícula é levantada até um ângulo aproximado de 60°. 
- Quando a elevação é obtida por flexão, é acompanhada por rotação da clavícula ao redor de seu eixo longitudinal. 
- A articulação EC também pode ser movimentada anterior ou posteriormente em uma amplitude de até 25 a 30°.
ARTICULAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR
· É sinovial plana, localizada 2 a 3 cm distante da “ponta” do ombro formada pela parte lateral do acrômio.
· Ligamentos da articulação acromioclavicular
- O ligamento acromioclavicular é uma faixa fibrosa que se estende do acrômio até a clavícula e fortalece a articulação AC superiormente. 
- O ligamento coracoclavicular consiste em um forte par de faixas que unem o processo coracoide da escápula à clavícula, fixando a clavícula ao processo coracoide. O ligamento coracoclavicular é constituído de dois ligamentos:
· Ligamento conoide vertical e o Ligamento Trapezoide.
· Além de aumentar a articulação AC, o ligamento coracoclavicular é o meio pelo qual a escápula e o membro livre são (passivamente) suspensos pelo suporte clavicular
· O acrômio da escápula gira sobre a extremidade acromial da clavícula. Esses movimentos estão associados ao movimento na articulação escapulotorácica fisiológica. 
- Os ossos que se articulam para mover a articulação AC não são unidos por músculos; os músculos axioapendiculares que se fixam à escápula e a movem causam o movimento do acrômio sobre a clavícula.
articulação do ombro
· É sinovial do tipo esferóidea, formada pela cabeça do úmero e pela cavidade glenoidal da escápula, que permite grande amplitude de movimento; sua mobilidade, porém, torna-a relativamente instável.
· Componentes anatômicos:
- Cápsula articular: saco fino e frouxo que envolve de maneira completa a articulação e se estende da cavidade glenoidal até o colo anatômico do úmero. 
- Ligamento coracoumeral: largo e forte que reforça a parte superior da cápsula articular e se estende do processo coracoide da escápula até o tubérculo maior do úmero.
- Ligamentos glenoumerais: três espessamentos da cápsula articular sobre a face anterior da articulação. São muitas vezes indistintos ou ausentes e conferem apenas um reforço mínimo. Desempenham função na estabilização articular quando o úmero se aproxima ou excede seus limites de movimento. 
- Ligamento transverso do úmero: lâmina estreita que se estende entre os tubérculos maior e menor do úmero. O ligamento atua como um retináculo (faixa de retenção de tecido conjuntivo) para segurar o tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial.
- Lábio glenoidal: margem estreita de fibrocartilagem em torno da circunferência externa da cavidade glenoidal, que aprofunda discretamente e aumenta discretamente esta cavidade.
- Bolsas: estão associadas à articulação do ombro. São elas as bolsas subtendínea do m. subescapular, subdeltóidea, subacromial e subcoracóidea.
· A articulação do ombro tem mais liberdade de movimento do que qualquer outra articulação do corpo. Essa liberdade resulta da frouxidão de sua cápsula articular e do grande tamanho da cabeça do úmero em comparação com o pequeno tamanho da cavidade glenoidal.
- Possibilita a flexão, extensão, hiperextensão, abdução, adução, rotação medial, rotação lateral e circundução do braço.
- Embora os ligamentos da articulação do ombro reforcem-na até certo ponto, grande parte da estabilidade da articulação vem dos músculos que circundam a articulação, especialmente os músculos do manguito rotador (supraespinal, infraespinal, redondo menor e subescapular), que ancoram o úmero na escápula.
- Os músculos do manguito rotador atuam como um grupo que mantém a cabeça do úmero na cavidade glenoidal.
histologia do tecido cartilaginoso e dos tendões
· Forma especializada de tecido conjuntivo de consistência rígida. Desempenha a função de suporte de tecidos moles, reveste superfícies articulares (que absorve choques) e facilita o deslizamento dos ossos nas articulações.
· É essencial para a formação e o crescimento dos ossos longos na vida intrauterina e depois do nascimento.
· Contém os condrócitos (células) e muito material extracelular, que constitui a matriz.
- Os condrócitos ocupam as lacunas (cavidades).
· As funções da cartilagem dependem principalmente da estrutura da matriz, que é constituída por colágeno e elastina, associados a macromoléculas de proteoglicanos.
· O tecido não contém vasos sanguíneos, sendo nutrido pelos capilares do conjuntivo envolvente (pericôndrio).
· O tecido cartilaginoso é também desprovido de vasos linfáticos e de nervos.
· As cartilagens (exceto as articulares e a cartilagem fibrosa) são envolvidas pelo pericôndrio (bainha conjuntiva), o qual continua gradualmente com a cartilagem por uma face e com o conjuntivo adjacente pela outra. Contém nervos, vasos sanguíneos e linfáticos.
· Conforme as diversas necessidades funcionais do organismo, as cartilagens se diferenciam em três tipos.
cartilagem hialina
· Tipo mais frequentemente encontrado no corpo humano. Forma o primeiro esqueleto do embrião, que posteriormente é substituído por um esqueleto ósseo. Entre a diáfise e a epífise dos ossos longos em crescimento observa-se o disco epifisário, de cartilagem hialina, que é responsável pelo crescimento do osso em extensão.
· No adulto, a cartilagem hialina é encontrada principalmente na parede das fossas nasais, traqueia e brônquios, na extremidade ventral das costelas e recobrindo as superfícies articulares dos ossos longos (articulações com grande mobilidade).
· A cartilagem hialina é formada, em 40% do seu peso seco, por fibrilas de colágeno tipo II associadas a ácido hialurônico, proteoglicanos muito hidratados e glicoproteínas.
- Outro componente é a glicoproteína estrutural condronectina, uma macromolécula com sítios de ligação para condróàtos, fibrilas colágenas tipo II e glicosarninoglicanos. Assim, a condronectina participa da associação do arcabouço macromolecular da matriz com os condrócitos.
· Todas as cartilagens hialinas, exceto as cartilagens articulares, são envolvidas pelo pericôndrio (camada de tecido conjuntivo, denso na sua maior parte). 
- Além de ser uma fonte de novos condrócitos para o crescimento, é responsável pela nutrição, oxigenação e eliminação dos refugos metabólicos da cartilagem.
- O pericôndrio é formado por tecido conjuntivo muito rico em fibras de colágeno tipo I na parte mais superficial, porém gradativamente mais rico em células à medida que se aproxima da cartilagem.
· Na periferia da cartilagem hialina, os condrócitos apresentam forma alongada. Mais profundamente, são arredondados e aparecem em grupos de até oito células (grupos isógenos).
- Os condrócitos são células secretoras de colágeno, principalmente do tipo II, proteoglicanos e glicoproteínas, como a condronectina. 
- Uma vez que as cartilagens são desprovidas de capilares sanguíneos, a oxigenação dos condrócitos é deficiente, vivendo essas células sob baixas tensões de oxigênio. 
- A cartilagem hialina degrada a glicose principalmente por mecanismo anaeróbio, com formação de ácido láctico.
· O crescimento da cartilagem deve-se a dois processos: 
- Crescimento intersticial: por divisão mitótica dos condrócitos preexistentes.
- Crescimento aposicional: que se faz a partir das células do pericôndrio. 
· Nos dois casos, os novos condrócitos formados logo produzem fibrilas colágenas, proteoglicanos e glicoproteínas, de modo que o crescimento real é muito maior do que o produzido pelo aumento do número de células.
cartilagem elástica
· É encontrada no pavilhão auditivo, no conduto auditivo externo, na tuba auditiva, na epiglote e na cartilagem cuneiforme da laringe. 
· Basicamente, é semelhante à cartilagem hialina, porém inclui, além das fibrilas de colágeno (principalmente do tipo II), uma abundante rede de fibras elásticas, contínuas com as do pericôndrio. 
· Apresentapericôndrio e cresce principalmente por aposição. Também é menos sujeita a processos degenerativos.
cartilagem fibrosa
· Tecido com características intermediárias entre o conjuntivo denso e a cartilagem hialina. É encontrada nos discos intervertebrais, nos pontos em que alguns tendões e ligamentos se inserem nos ossos, e na sínfise pubiana. 
· A fibrocartilagem está sempre associada a conjuntivo denso. 
· A matriz da fibrocartilagem é acidófila, por conter grande quantidade de fibras colágenas.
· Na cartilagem fibrosa, as numerosas fibras colágenas (tipo I) constituem feixes que seguem uma orientação aparentemente irregular entre os condrócitos ou um arranjo paralelo ao longo dos condrócitos em fileiras. Não existe pericôndrio.
tendões
· Os tendões são estruturas alongadas e cilíndricas formadas por tecido conjuntivo denso modelado que ligam as extremidades dos músculos estriados aos ossos. 
· É rico em fibras colágenas, sendo de extrema importância para a realização de movimentos.
- Os feixes de colágeno do tendão unem-se em feixes maiores e são envolvidos por tecido conjuntivo frouxo com vasos sanguíneos e nervos. 
· Logo após são envolvidos por uma bainha de conjuntivo denso, que pode ser dividida em duas, sendo uma presa ao tendão e a outra ligada a estruturas adjacentes. 
- Entre essas duas camadas, forma-se uma cavidade que contém um líquido lubrificante que facilita o deslizamento do tendão no interior da bainha. Esse líquido é constituído por água, proteínas, glicosaminoglicanos, glicoproteínas e íons.

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