Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
HALETOS DE ALQUILA São pouco solúveis em água. Haletos de alquila muito usados como solventes: CHCl3 ( clorofórmio (triclorometano) CH2Cl2 ( diclorometano CCl4 ( tetracloreto de carbono (tetraclorometano) (São tóxicos, carcinogênicos e devem ser usados com cuidado.) Propriedades físicas de monoalometanos: Gases: CH3F ( Pe = -78 oC CH3Cl ( Pe = -24 oC CH3Br ( Pe = 3,6 oC Líquido: CH3I ( Pe = 42,5 oC Haletos de vinila e arila: (não serão estudados nesse capítulo) A FORÇA DA LIGAÇÃO C-X Halometano Comprimento da ligação (Å) Força da ligação (kcal mol-1) CH3F 1,385 110 CH3Cl 1,784 85 CH3Br 1,929 71 CH3I 2,139 57 REAÇÕES DE SUBSTITUIÇÃO NUCLEOFÍLICA grupo abandonador ( nucleófilo substrato produto haleto ( O nucleófilo pode ser neutro ou aniônico, mas deve ter par de elétrons não ligantes e ser capaz de se ligar ao C. Exemplo: ( O grupo retirante pode ser neutro ou aniônico, pode ser haleto ou outra base muito fraca. não é bom grupo bom grupo abandonador abandonador CINÉTICA DE UMA REAÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO TIPO SN2 CH3Cl + OH- ( CH3OH + Cl- (t = 60oC) Experimento [CH3Cl] inicial [OH-] inicial Velocidade inicial mol L-1 s-1 1 1,0 x 10-3 1,0 5 x 10-7 2 2,0 x 10-3 1,0 10 x 10-7 3 1,0 x 10-3 2,0 10 x 10-7 4 2,0 x 10-3 2,0 20 x 10-7 Velocidade ( [CH3Cl] [OH-] Velocidade = k [CH3Cl] [OH-] A reação é de segunda ordem global A etapa determinante da velocidade da reação é bimolecular A reação SN2 ocorre em uma única etapa: Diagrama de Energia para a Reação SN2 Exemplo: CH3Cl + OH- ( CH3OH + Cl- (Ho = -75 kJ mol-1 (Go = -100 kJ mol-1 (a 60 oC) (Go = -RT ln K (T = 333 K; R = 8,31 x 10-3kJ K-1mol-1) K = 5,0 x 1015 A reação é espontânea e o equilíbrio favorece os produtos SUBSTITUIÇÃO NUCLEOFÍLICA UNIMOLECULAR SN1 V ( [(CH3)3CCl] [OH-] = 1 x 10-7 mol L-1 (em H2O) [OH-] = 1 x 10-2 mol L-1 } mesma velocidade ( A concentração do nucleófilo não altera a velocidade da reação ( A reação é de primeira ordem geral (SN1) V = k [(CH3)3CCl] ( O mecanismo da reação tem mais de uma etapa. ( O haleto de alquila participa da etapa lenta da reação. Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 SN2 X SN1 - Variação de energia e mecanismo SN2 X SN1 SN1 – reação não enantiosseletiva SN2 – reação enantiosseletiva Ocorre com inversão de configuração SN1 x SN2 Principais fatores: A estrutura do substrato A reatividade e a concentração do nucleófilo O solvente O grupo retirante A estrutura do substrato SN1: Exemplo: Estrutura do cátion tert-butila hibridização sp2 do carbono central ligações C-C mais curtas que no haleto de alquila SN1: A estabilidade do carbocátion intermediário Hiperconjugação Postulado de Hammond-Leffler SN1: A estabilidade do carbocátion intermediário Velocidade da reação via SN1: Haletos 3ários >> 2ários > 1ários >> metílico (não reage) ESTABILIDADE do CARBOCÁTION e a VELOCIDADE da SN1 CARBOCÁTIONS ALÍLICOS CARBOCÁTIONS BENZÍLICOS A estrutura do substrato O SUBSTRATO e a VELOCIDADE da REAÇÃO SN2 (impedimento estérico) Exemplo: Metila Etila Isopropila Neopentila Tert-butila 1ário 2ário 1ário 3ário v: 30 : 1 : 0,02 : 0,00001 : (0 v: 2000 1 v: 1500 50 1 A velocidade das reações SN2: Haletos metílico > 1ários > 2ários >> 3ários (não reagem) O nucleófilo A velocidade da SN1 não é afetada. A concentração e o tipo do nucleófilo afetam a velocidade da SN2. Ordem de reatividade (SN2): RO- > HO- >> RCO2- > ROH > H2O 3 - O Solvente SOLVATAÇÃO do NUCLEÓFILO e VELOCIDADE da SN2 F- é melhor solvatado e será menos reativo. I- é melhor nucleófilo em solvente prótico. SOLVATAÇÃO DO NUCLEÓFILO E VELOCIDADE DA SN2 Em solvente prótico: Átomo maior é mais polarizável. (núvem eletrônica é mais facilmente deformada). ( Átomo maior doa e- mais facilmente que átomo menor. (e- menos fortemente atraídos pelo núcleo) ( Átomo maior é solvatado menos eficientemente. (menos estabilizado na solução e mais livre para reagir) ( Em solvente prótico: melhor nucleófilo x base mais forte I- x F- CN- x OH- Solvente polar prótico solvata melhor os ânions que o solvente aprótico. SOLVATAÇÃO dos ÍONS INTERMEDIÁRIOS e do ESTADO de TRANSIÇÃO na REAÇÃO SN1 Constante dielétrica = medida da capacidade do solvente de isolar cargas opostas Solvente Constante dielétrica Água H2O 80 Ácido fórmico HCOOH 59 Dimetil sulfóxido (CH3)2SO 49 N,N-Dimetilformamida HC(O)N(CH3)2 37 Acetonitrila CH3CN 36 Metanol CH3OH 33 Etanol CH3CH2OH 24 Acetona (CH3)2C=O 21 4. O grupo abandonador Etapas determinantes da velocidade das reações: Melhores grupos abandonadores: I- > Br- > Cl- >> F- (Maior volume, maior dispersão da carga) Outros grupos abandonadores: cloreto de metanossulfonato de etila metanossulfonila (mesilato de etila) cloreto de trifluorometanossulfonato trifluorometanossulfonila de etila (triflato de etila) cloreto de p-toluenossulfonato p-toluenossulfonila de etila (tosilato de etila) Mecanismo de formação do mesilato de alquila: ( Não há alteração no estereocentro, caso o álcool seja quiral ( o metanossulfonato de alquila terá a mesma configuração relativa do álcool original. Grupos alquil ou arilssulfonato abandonadores: Exercício: No laboratório temos (S)-butan-2-ol, mas precisamos do (R)-butan-2-ol. Como podemos prepará-lo? ( SN2 ( inversão de configuração: [retenção( (S)] [inversão( (R)] Para garantir SN2: Grande [OH-]; Solvente polar (pouco) aprótico; Baixa temperatura. SÍNTESES ORGÂNICAS SN2 e BIOSSÍNTESE SN2 S-adenosilmetionina FORMAÇÃO da COLINA por REAÇÃO entre 2-(N,N-DIMETILAMINO)ETANOL e S-ADENOSILMETIONINA Colina ( Transmissão de impulsos nervosos Substrato: S-adenosilmetionina Mecanismo: SN2 ( reação mais rápida no sítio menos impedido (grupo CH3). Nucleófilo: 2-(N,N-dimetilamino)etanol ( N: é sítio mais reativo que O:(elemento menos eletronegativo ( base mais forte, par de elétrons mais disponíveis ( melhor nucleófilo) Grupo retirante: forma base fraca O mecanismo E1 O mecanismo E2 ELIMINAÇÃO – DESIDROALOGENAÇÃO �� EMBED ChemWindow.Document MECANISMO E2 V ( [R-X] [base] MECANISMO E1 Etapa 1 (lenta) Etapa 2 (rápida) SN1 x E1 A temperatura é baixa e a base é fraca: favorece SN1 (Adicionar base forte favoreceria E2) SN1 ou SN2 x E2 O uso de base forte volumosa aumenta a % de E2 (Impedimento estérico para a SN2) EXEMPLOS Substrato: haleto primário Base/nucleófilo: (CH3)3C O- ânion bloqueado, mau nucleófilo, base forte Conclusão: Produto principal E2 (pode haver a formação de produto secundário por SN2 - traço) a) Substrato: haleto terciário Base/nucleófilo: CH3O- ânion não bloqueado, base forte Temperatura: relativamente elevada Conclusão: Produto principal E2 (e E1) CH3CH=C(CH2CH3)2 (pode haver a formação de produto SN1 em quantidade traço) b) Substrato: haleto terciário Base/nucleófilo: CH3OH molécula neutra, base fraca Temperatura: baixa Conclusão: Produto principal SN1 CH3OC(CH2CH3)3 (pode haver a formação de produto secundário E1) �PAGE � �PAGE �18� _1161347318.bin _1162551501.bin _1286042388.bin _1286042612.bin _1286044326.bin _1318244750.bin _1286044270.bin _1286042458.bin _1162552821.bin _1162553786.bin _1162554051.bin _1162555442.bin _1162555474.bin _1162553924.bin _1162553369.bin _1162551712.bin _1162551744.bin _1162551673.bin _1161590245.bin _1162551264.bin _1162551387.bin _1162129246.bin _1162192852.bin _1162193768.bin _1162129538.bin _1161604311.bin _1161347737.bin _1161347864.bin _1161347471.bin _1130499312.bin _1130507093.bin _1161171416.bin _1161343271.bin _1161343309.bin _1161346178.bin _1161343324.bin _1161343294.bin _1161171817.bin _1161343248.bin _1161171689.bin _1161167987.bin _1161170711.bin _1130510196.bin _1161167949.bin _1130510517.bin _1130509333.bin _1130502153.bin _1130505623.bin _1130505937.bin _1130502492.bin _1130500654.bin _1130501016.bin _1130500335.bin _1129978753.bin _1130071216.bin _1130499176.bin _1129983156.bin _1129975884.bin _1129976071.bin _1129975067.bin
Compartilhar