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O estudo do desenvolvimento humano

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O estud� d� desenvolviment� human�
Locke acreditava que a mente humana
poderia ser comparada, desde o
nascimento, a uma tábula rasa ou a uma
página em branco, e que o ambiente
“escreveria” nessa página, formando a
psique. Rousseau e Kant ressaltavam a
existência de características inatas do ser
humano. Rousseau ainda dividia a infância
em estágios com características próprias.
Ainda que as primeiras questões sobre o
desenvolvimento tenham sido trazidas
originalmente por esses filósofos citados, a
área é ainda relativamente nova e tem
mudado bastante. Por exemplo, hoje, é
comum o entendimento de que o
desenvolvimento humano acontece durante
toda a vida. A Psicologia considera que os
indivíduos passam por diferentes etapas do
ciclo de vida: infância, juventude,
maturidade e velhice.
Não havia articulação entre as diferentes
áreas do saber que estudavam o
desenvolvimento. Cada uma estabelecia
parâmetros e critérios para o estudo, o que
gerava pesquisas diferentes e
eventualmente contraditórias.
Mudança quantitativa e qualitativa
A mudança quantitativa é uma alteração de
número ou quantidade, como mudança de
peso ou altura.
A mudança qualitativa é uma alteração no
tipo, na estrutura ou na organização. Uma
mudança de qualidade trata do surgimento
de novos fenômenos que não podem ser
previstos de maneira fácil a partir do
funcionamento que se apresentava
anteriormente.
Uma vez que o desenvolvimento é
complexo e os fatores que o afetam nem
sempre podem ser medidos/analisados com
precisão (afinal como “medir” a influência da
educação dos pais?), os estudiosos não
podem dar uma resposta definitiva e única
sobre como ocorre esse processo e quais
são suas fases para todos os sujeitos e para
todas as culturas.
As variações são imensas, na medida em
que há de se considerar combinações entre
diferentes culturas, grupos, famílias,
indivíduos, constituição genética,
alimentação, educação formal.
Hereditariedade significa o fenômeno em
que os genes e as características dos pais
são transmitidos aos seus filhos. São
chamadas de hereditárias as características
genéticas e fenotípicas.
Para ficar mais claro: o genótipo é o grupo
de genes que é recebido do pai e da mãe.
Quando juntamos a combinação desses
genes com as influências do meio ambiente,
teremos o fenótipo de um sujeito, as
características físicas que podemos
observar.
Fazendo um passeio pela história, o médico
grego Hipócrates (460-370 a.C.), por volta
de 410 a.C., propôs a pangênese, que
indicava uma produção de partículas de
todas as partes do organismo, as quais eram
transmitidas no momento da reprodução.
Essa ideia foi bem aceita até o final do
século XIX.
Depois disso, Aristóteles (384-322 a.C.)
propôs que existia algum material no sêmen
(usado no sentido de gametas) produzido
pelos pais que garantia a transmissão de
características.
Mendel é considerado o pai da genética por
conta dos resultados de seus estudos
envolvendo ervilhas: após fazer um
cruzamento de variedades de ervilhas, ele
analisava como as características eram
passadas de uma geração para outra. Antes
mesmo de a estrutura e o funcionamento
dos cromossomos serem conhecidos,
Mendel compreendeu os princípios básicos
da hereditariedade.
Lei da Segregação ou Primeira Lei de Mendel
Cada característica é condicionada por um
par de fatores que se separam na formação
dos gametas. Os fatores seriam, de fato, os
genes que temos conhecimento hoje.
Lei da Segregação Independente ou
Segunda Lei de Mendel
Os fatores que determinam diferentes
características distribuem-se de forma
independente para os gametas e se
combinam ao acaso.
As duas leis de Mendel explicam as
variações que existem na transmissão de
algumas características, utilizando regras
simples de probabilidade. Elas serviram
como base para a ampliação do
conhecimento genético e propuseram a
ideia de herança particulada, que demonstra
que os pais passam adiante unidades
herdáveis separadas (atualmente, chamadas
de genes).
Mendel e seus estudos foram o ponto de
partida para a genética moderna e a
compreensão da hereditariedade.
Maturação
A palavra maturação refere-se a padrões de
mudanças determinados internamente,
como tamanho do corpo, forma e
habilidades que começam na concepção e
continuam até a morte.
O desenvolvimento determinado pela
maturação, em sua forma pura, ocorre
independentemente da prática ou do
treinamento. É um processo inato,
geneticamente determinado e resistente à
influência do meio ambiente. Entretanto, há
poucos casos de maturação pura. Mesmo
alguns processos, como ficar de pé na forma
bípede, serão muito atrasados ou não
existirão se a criança não for estimulada.
Podemos definir maturação como o
processo que leva o corpo humano à forma
e às funções normais adultas ou ao estado
de completo desenvolvimento morfológico,
fisiológico e psicológico. Esse processo tem,
necessariamente, influência da herança
genética e do ambiente.
Nosso corpo, nosso equipamento
neurofisiológico, passa por uma evolução
que é determinada por fatores biológicos, e
isso torna possível determinado padrão de
comportamento. São mudanças qualitativas
que capacitam o organismo a progredir em
direção a níveis mais elaborados de
funcionamento.
Assim, por exemplo, precisamos de
maturação para estabelecer o controle
esfincteriano que é um dos marcos do
desenvolvimento infantil. Precisamos,
portanto, de maturação neurológica para
controlar os esfíncteres, mas aqui também
se vê a influência da cultura: em países mais
frios, é comum que o desfralde seja feito
mais tardiamente, tendo em vista a
impossibilidade de deixar o bebê com todas
as roupas molhada.
Baxter-Jones, Eisenmann e Sherar (2005)
afirmam que o processo de maturação
apresenta duas fases distintas: o timing e o
tempo.
Timing
A idade em que os eventos maturacionais
específicos acontecem (menarca,
espermarca, por exemplo) é o timing.
✖
Tempo
Já o tempo diz respeito ao índice e à
velocidade com que a maturação avança e
progride em direção ao estado maturacional
adulto.
Acredita-se que jovens em estado
maturacional mais adiantado
provavelmente serão mais altos, mais
pesados e terão maiores níveis de força e
maior resistência muscular se comparados
com aqueles de maturação tardia.
O processo de crescimento, maturação e
desenvolvimento humano interfere
diretamente nas relações afetivas, sociais e
motoras dos jovens. Adequar os estímulos
ambientais em função desses fatores é
fundamental.
Ambiente
Como “meio” podemos entender um
conjunto de influências e estimulações
ambientais que pode alterar os padrões de
comportamento do indivíduo. Podemos
pensar, por exemplo, na alimentação dos
sujeitos. Desenvolvemos hábitos
alimentares mais adequados a uma vida
saudável e ao crescimento em função da
forma como somos ou não estimulados,
especialmente por nossa família, durante a
formação desses hábitos.
Como nos lembram Rossi, Moreira e Rauen
(2008), a escola, as redes sociais (virtuais ou
não), as condições socioeconômicas e
culturais influenciam o processo de
construção dos hábitos alimentares da
criança e, consequentemente, do indivíduo
adulto.
Utilizando o referencial teórico do ciclo vital
de Paul Baltes (1939-2006), os seres
humanos são seres sociais que, desde o
início, desenvolvem-se dentro de um
contexto social e histórico.
De acordo com Neri (2006), os princípios
básicos em sua abordagem do
desenvolvimento do ciclo da vida são:
● O desenvolvimento é vitalício;
● O desenvolvimento envolve ganho e
perda;
● Há influências relativas de mudanças
biológicas e culturais sobre o ciclo de
vida;
● O desenvolvimento envolve
mudança na alocação de recursos;
● O desenvolvimento revela
plasticidade;
● O desenvolvimento é influenciado
pelo contexto histórico e cultural.
O contexto de influências do meio mais
imediato para o bebê é, normalmente, a
família. Mas o meio familiar também está
sujeito às influências mais amplas e sempre
em transformação: do bairro, da
comunidade e da sociedade e, claro, da
época histórica.
Piaget estudou o desenvolvimento a partir
da intelectualidade,Vygotsky, a partir da
socialização e da influência da história social
e da cultura, e Freud, a partir do aspecto
afetivo-emocional.
1O estudo do desenvolvimento humano é
assunto antigo e já interessou diversos
filósofos dos séculos XVII e XVIII, antes
mesmo do nascimento da Psicologia como
ciência.
R: A Psicologia do desenvolvimento estuda
hoje todo o ciclo vital ou ciclo de vida, desde
a infância até a velhice, considerando a
adolescência e a maturidade
Questão 2
Paul Baltes foi um psicólogo alemão cujo
trabalho científico teve como destaque o
estabelecimento da perspectiva life-span do
desenvolvimento humano. Ele também era
um teórico no campo da Psicologia do
envelhecimento.
R: Para Baltes, a noção de plasticidade
enfatiza que existem muitos resultados de
desenvolvimento possíveis, e que a natureza
do desenvolvimento humano é muito mais
aberta e pluralista do que fica inicialmente
implícito por visões tradicionais.
módulo 2
Desenvolvimento humano e pesquisa
Toda evolução do homem e suas conquistas
são fruto da busca pela compreensão do
mundo e de sua vontade de dominá-lo.
Como podemos conhecer o
desenvolvimento humano?
A resposta é simples: por meio da ciência,
do estudo científico. Esse estudo consiste
em um conjunto de procedimentos formais,
sistemáticos e controlados, com o objetivo
de obter respostas para questões em
determinado campo de conhecimento.
De acordo com Dessen e Costa Junior
(2008), o conhecimento atual em
Psicologia do desenvolvimento constitui os
produtos dinâmicos, mutáveis, de mais de
um século de pesquisas científicas.
Como disciplina científica, a Psicologia do
desenvolvimento procura explorar,
descrever e explicar os padrões
comportamentais de estabilidade e
mudança, expressos pelo indivíduo durante
o seu curso de vida. Foi instaurada ao longo
do século XX, a partir da adoção de
paradigmas metodológicos inspirados no
positivismo e nas ciências naturais.
Inicialmente, o estudo do desenvolvimento
humano focava na criança, considerando o
interesse existente, no final do século XIX e
início do século XX, pelos anos iniciais de
vida e pela preocupação com os cuidados e
educação das crianças e com o próprio
conceito de infância como um período
particular do desenvolvimento.
Ciclo vital
Até os anos 1960, as vidas humanas não
eram um objeto de estudo muito comum,
principalmente em seu contexto social e
histórico. Os pesquisadores não
relacionavam o desenvolvimento infantil
com o que acontecia depois da infância. Os
estudos do ciclo vital mudaram tudo isso.
Hoje, há um consenso de que o estudo do
desenvolvimento humano deve focar em
todo o ciclo vital, ou seja, observar o
conjunto das fases da vida em que se espera
uma série de transições e superação de
diversas provas e de crises.
Essas teorias são resultado de pesquisas
realizadas com base em uma metodologia
científica, que pode envolver:
● Técnicas de observação e coleta de
dados em grupos com diferentes
faixas etárias.
● Análise de estudos de casos clínicos.
● Comparações feitas com gêmeos.
● Trabalhos de observação em
sujeitos, desde seu nascimento até a
idade adulta.
● Estudos longitudinais, que
acompanham o sujeito a partir de
sua idade cronológica.
● Estudos transversais, que fazem
cortes transversais à linha
cronológica para observar uma faixa
etária.
Método de pesquisa
O Projeto de Pesquisa é um documento que
apresenta a descrição da pesquisa em seus
pontos fundamentais. É o planejamento do
pesquisador, um roteiro a ser seguido. É
como se estivéssemos roteirizando uma
festa de casamento: primeiro, temos os
noivos; segundo, o local para casar (uma
igreja ou uma casa de festas); depois, as
flores e a música; e assim por diante.
O projeto de pesquisa apresenta o roteiro a
ser seguido com as questões de estudo,
uma maneira de abordar a realidade e a
verificação de outros pesquisadores que já
estudaram o problema.
Diversos fatores devem ser considerados na
decisão de se adotar uma forma de abordar
a realidade, ou seja, o método de
investigação específico que será usado.
Para construção do conhecimento científico,
é necessária uma metodologia científica: o
estudo dos métodos que permitem a
consolidação das práticas de pesquisa,
procedimentos teóricos e técnicos, assim
como as modalidades de divulgação dos
resultados das investigações.
O tema de pesquisa, por exemplo, deve
orientar os procedimentos de coleta e
análise de dados, ou seja, a escolha do
método dependerá, inicialmente, do objeto
a ser analisado. Caso se deseje examinar, por
exemplo, o aumento da altura de um sujeito
em função da introdução na dieta de algum
alimento, possivelmente, será uma pesquisa
experimental, com verificação de altura em
laboratório.
Outra questão essencial no estabelecimento
do projeto ou roteiro da pesquisa é o
referencial teórico-filosófico que embasa o
estudo e, consequentemente, os conceitos e
as definições operacionais a serem
utilizados na pesquisa. No caso do
desenvolvimento humano, são muitas as
teorias que podem embasar os estudos. Se
for estudada a habituação de um
comportamento, por exemplo, a teoria do
condicionamento talvez seja a mais
adequada.
Construção do projeto
Em todo processo de construção do projeto
ou roteiro, é fundamental que o
pesquisador, além do domínio técnico,
possua ou desenvolva determinadas
qualidades, tais como: curiosidade,
criatividade, atitude ética, rigor
metodológico.
Por meio do método científico, buscam-se
respostas para uma dúvida. A pesquisa
busca a evolução do conhecimento humano
em todos os setores da ciência pura ou
aplicada. Ela demonstra a existência (ou
ausência) de relações entre diferentes
fenômenos, como ao relacionar o hábito de
fumar e o câncer de pulmão.
A pesquisa também desenvolve novas
tecnologias ou apresenta novas aplicações
de tecnologias conhecidas, por exemplo, a
criação de novos aparelhos de comunicação,
como celulares e computadores. Ela
descreve as condições sob as quais um
fenômeno acontece, como o surgimento da
violência em determinados grupos.
Para pesquisas com seres humanos, a
Resolução nº 466/2012, do Conselho
Nacional de Saúde (CNS), está apoiada no
respeito à dignidade humana e à proteção
aos participantes das pesquisas científicas
envolvendo seres humanos.
Já a Resolução nº 510/2016, também do
CNS, regulamenta a avaliação dos aspectos
éticos em pesquisa nas Ciências Humanas e
Sociais.
Tipos de pesquisa
Abordagem do problema: pesquisas
quantitativa e qualitativa
Existem diversos tipos de pesquisa e
natureza das abordagens de um trabalho
científico e várias formas de classificá-los. É
importante o conhecimento dessas formas
de classificação, pois elas ajudam a entender
as possibilidades da pesquisa.
Do ponto de vista da forma de abordagem
do problema, a pesquisa pode ser
quantitativa ou qualitativa.
As dimensões quantitativas e qualitativas
fazem parte da realidade da vida, logo não
são separadas. O pesquisador pode preferir
uma dimensão à outra ou mesmo admitir a
qualidade como algo “melhor” que
quantidade, ou o contrário. Contudo, uma
dimensão não substitui a outra.
Podemos ainda ter um tipo de pesquisa
quali-quantitativa ou quanti-qualitativa, o
que proporcionará as informações que o
pesquisador precisa. Os dois métodos se
complementam, tornando possível a
ampliação da abrangência da pesquisa e
uma maior confiabilidade na interpretação
dos resultados. A natureza do objeto e o
objetivo da pesquisa que determinarão a
abordagem mais adequada.
Pesquisa exploratória
A pesquisa exploratória tem como objetivo
procurar padrões, hipóteses ou ideias. É um
estudo preliminar, cujo objetivo é
familiarizar-se com um fenômeno que
propicia que o estudo principal possa, na
sequência, ser projetado com maior
compreensão e precisão. Esse estudo
permite ao investigador definir seu
problema de pesquisa e formular sua
hipótese com mais precisão e a escolha das
técnicas mais adequadas para sua pesquisa.
Exemplo: Estudo bibliográfio sobre o
desenvolvimento da linguagem de crianças
com síndrome de Down.
Pesquisa descritiva
A pesquisa descritiva é umtipo de estudo
que pretende descrever os fatos e
fenômenos de uma realidade, as
características de determinadas populações
ou fenômenos. Está muito presente em
pesquisas com variáveis e análises por
classificação, medida e/ou quantidade, com
delineamento quantitativo e/ou qualitativo.
Exemplo: Pesquisa com análise documental
dos prontuários das crianças nascidas em
determinado hospital de uma cidade, em
certo período de tais anos, para verificar o
tamanho dos bebês.
Pesquisa explicativa
A pesquisa explicativa tem o objetivo de
identificar os fatores que determinam ou
que contribuem para a ocorrência dos
fenômenos. Ela quer explicar o porquê das
coisas por meio dos resultados oferecidos.
Está calcada em métodos experimentais.
Exemplo: pesquisas de John Watson
(1878-1958) e do condicionamento clássico
de bebês.
Teorias do desenvolvimento humano
As teorias contêm afirmações (princípios)
testáveis. A suscetibilidade a testes constitui
um elemento essencial de autocorreção das
teorias do desenvolvimento humano.
As teorias também são generalizáveis entre
os indivíduos e procuram explicar
características da natureza humana que
sejam comuns a todos os indivíduos ou à
grande parte deles, o que ajuda a
estabelecer um padrão e a dar informações
importantes aos profissionais que trabalham
com o desenvolvimento.
A elaboração de uma teoria é o produto de
uma sequência formal de passos, que teve
início, possivelmente, com a observação de
um evento que interessava ao pesquisador,
envolvendo a formulação e o teste de
hipóteses, bem como uma análise dos
dados obtidos.
As pesquisas também são influenciadas por
aquilo que chamamos de zeitgeist ou
espírito científico da época histórica em que
ocorrem. Afinal, como muito bem nos
informa Bock, Furtado e Teixeira (2018),
toda e qualquer produção humana, seja uma
teoria seja um computador, tem por trás a
contribuição de inúmeros homens, que, em
um tempo anterior, fizeram pesquisas,
realizaram descobertas, inventaram técnicas
e desenvolveram ideias, ou seja, por trás de
tudo, existe a história.
Entre o final do século XIX e as primeiras
décadas do século XX, é possível identificar
alguns teóricos que adotam uma Psicologia
do desenvolvimento qualitativa, marcada
pelo pensamento universalizante. Suas
explicações são limitadas, muitas vezes, aos
processos de maturação. Nessa fase, havia
um foco nas relações e na complexidade,
sendo habitual o uso de observações
detalhadas, diários e entrevistas clínicas.
Piaget: Segundo o estudioso, o pensamento
infantil passa por quatro estágios (sensório
motor, pré-operatório, operatório concreto,
operatório formal), desde o nascimento até
o início da adolescência, quando a
capacidade plena de raciocínio é atingida.
Já Skinner apresentou o conceito de
comportamento operante: o sujeito ativo
age sobre o mundo e enfrenta as
consequências de suas ações.
Consequências referem-se ao reforço:
evento com possibilidade de fortalecer o
comportamento.
Reforço positivo
O sujeito emite um comportamento, por
exemplo, copiar frase do quadro na escola, e
o ambiente lhe dá uma “consequência” pelo
seu comportamento, como um elogio do
professor. Essa consequência do seu
comportamento é definida como reforço
positivo, ou seja, o fortalecimento de uma
resposta devido à apresentação de
determinado estímulo a ela contingente.
Reforço negativo
Já o reforço negativo está relacionado ao
aumento na frequência de uma resposta por
causa da remoção contingente de um
estímulo.
Para Vygotsky (2013), aprendizagem e
desenvolvimento têm uma relação
complexa: a aprendizagem nutre o
desenvolvimento, e vice-versa. O
desenvolvimento é tomado em dimensão
prospectiva, e o bom ensino passa adiante
do desenvolvimento e o direciona,
contribuindo para o desenvolvimento das
funções psicológicas superiores.
A consciência humana é produto da história
social. O desenvolvimento e a
aprendizagem estão inter-relacionados
desde o nascimento, pois o aprendizado
movimenta o processo de desenvolvimento,
diferentemente daquilo que acredita Piaget.
Freud foi o primeiro teórico a falar
cientificamente sobre a sexualidade infantil.
Considerando o clima intelectual da época,
ou zeitgeist, não era comum/esperado
relacionar a sexualidade à infância. A
sexualidade é uma dimensão humana
essencial e deve ser entendida e estudada
como tema e área de conhecimento.
Ao descrever o desenvolvimento da
personalidade humana como psicossexual,
o que se desenvolve é a maneira pela qual a
energia sexual do id (a parte mais primitiva
da mente) se acumula e é descarregada à
medida que amadurecemos
biologicamente.
Erik Erikson (1902-1994), responsável pela
teoria do desenvolvimento psicossocial, a
vida humana realiza-se no ciclo de vida,
entendido como processo de
desenvolvimento que começa com a
história dos pais, tem continuidade na
infância, passa pela idade adulta até a
velhice.
Interessante perceber como fatores de antes
mesmo do nosso nascimento, como o
desejo dos pais ou a falta de desejo, podem
influenciar em nosso desenvolvimento.
Cada fase da vida se relaciona de forma
articulada e profunda com as outras, e cada
período da vida tem os seus desafios e suas
conquistas. A vida é, portanto, entendida
como intergeracional.
Paul Baltes, o desenvolvimento é um
processo contínuo, multidimensional e
multidirecional de mudanças, influenciado
por fatores genético-biológicos e
socioculturais de natureza normativa
(experimentado de modo semelhante pela
maioria das pessoas em um grupo) e não
normativa (eventos incomuns que têm
grande impacto sobre vidas individuais),
marcado por ganhos e perdas concorrentes
e pela interatividade indivíduo-cultura e
entre os níveis e tempos das influências.
Segundo ele, a Psicologia do
envelhecimento tem ganhado espaço nas
últimas décadas devido ao reconhecimento
da teoria life-span (de desenvolvimento ao
longo de toda a vida). Sua utilidade para os
estudos acerca do envelhecimento humano,
destacando que o desenvolvimento é um
processo que ocorre ao longo de toda a vida,
sempre equilibrando uma série de ganhos e
perdas.
Questão 1
Entre o final do século XIX e as primeiras
décadas do século XX, foram identificadas
importantes teorias do desenvolvimento
humano, elaboradas por estudiosos que
iniciaram as primeiras pesquisas nesse
campo, alcançando notoriedade até os dias
de hoje. Sobre essas teorias e seus
idealizadores, considere (V) para as
afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas:
( V ) Piaget – pensador que criou a teoria da
Epistemologia Genética, focada no
desenvolvimento cognitivo e natural da
criança.
(F ) Skinner – pensador cujo viés teórico
está voltado para os estudos sobre
desenvolvimento intelectual e a relação
entre aprendizagem e interações sociais.
(F ) Vygotsky – pensador que elaborou a
teoria do condicionamento operante,
associada à ideia de reflexo condicionado do
cientista russo Ivan Pavlov – conceitos
relacionados à fisiologia do organismo
(animal ou humano).
(v ) Freud – pensador que criou a teoria do
desenvolvimento psicossexual, cujo
princípio indica que a personalidade do
indivíduo se forma durante a infância,
quando a criança lida com o conflito entre
seus impulsos naturais, decorrentes de
aspectos biológicos, e o que se espera dela.
( v ) Erikson – pensador que elaborou a
teoria do desenvolvimento psicossocial,
segundo a qual o indivíduo se desenvolve
no ciclo de vida, entendido como processo
que começa com a história dos pais, tem
continuidade na infância, passa pela idade
adulta até chegar à velhice.
O trabalho de Skinner tem como
conceito-chave o condicionamento
operante. Já os estudos de Vygotsky
convergem para a temática da cultura, em
que os educadores têm interesse pelo
desenvolvimento intelectual e pela relação
entre aprendizado e manifestações sociais.
Questão 2
Existem diversos tipos de pesquisa e várias
formas de colher dados para um estudo. Se
pararmos para analisar a forma como os
mais famosos teóricos do desenvolvimento
fizeram seus estudos, veremos que houve
pesquisas experimentais, como as de
Skinner, ou pesquisasde campo, como as de
Piaget. Já Freud, de forma única,
desenvolveu sua teoria sobre o
desenvolvimento da sexualidade a partir do
discurso de seus pacientes adultos. Mas a
discussão sobre pesquisa continua.
Assinale a alternativa que apresenta a
resposta correta em uma comparação entre
pesquisa qualitativa e quantitativa.
R:A pesquisa quantitativa utiliza uma
metodologia baseada em números, métricas
e cálculos matemáticos. Portanto, sua
amostra é, naturalmente, maior.
Concepção, Período Pré natal e Perinatal
Fecundação e período pré-natal: suas
implicações no desenvolvimento
O grupo familiar
Nossos ancestrais já viviam em grupos com
vários membros do sexo masculino e, como
as fêmeas tinham a ovulação oculta, os
machos não conseguiam saber quando elas
estavam no período fértil, o que ajudava a
manter o homem junto à mulher e aos
filhos. Essas características contribuíram
para que o homem se vinculasse à mulher,
na época dos ancestrais
caçadores-coletores, protegendo-a e
auxiliando-a na alimentação dela e da prole,
evitando assim que outro macho viesse a
engravidá-la.
Assim podemos considerar que o nosso
desenvolvimento se dá em uma dança
constante que une fatores inatos e sua
interação com o ambiente.
Da concepção à fase embrionária
Nesse momento, inúmeras características
genéticas já estão embutidas na estrutura do
óvulo, e as células são programadas pelos
genes para desenvolverem um ser humano.
É já nessa etapa que as cores dos nossos
olhos, nosso sexo e a cor do nosso cabelo
serão definidos, por exemplo. Esse processo
se dá sem a interferência de fatores
externos, pois fazem parte de uma
sequência determinada de forma
hereditária.
Após a fecundação, o novo organismo irá se
dividir e se implantar na parede do útero,
onde se dará início ao processo da fase que
chamamos de embrionária, que durará dos
14 dias até a sétima semana da gestação.
Nela o embrião está envolto em uma
substância líquida que chamamos de líquido
amniótico. Todos os nutrientes absorvidos
pela mãe — proteínas, açúcares e vitaminas
— são repassados ao embrião pela corrente
sanguínea.
Mas não só nutrientes e vitaminas serão
absorvidos pelo embrião. Isso também
ocorre com substâncias nocivas, como
álcool e outras drogas, que são prejudiciais
ao desenvolvimento da nova vida. Por isso,
o cuidado da mãe com sua saúde e a
alimentação são cruciais nessa etapa do
desenvolvimento do bebê, pois é na fase
embrionária que o sistema nervoso,
respiratório e alimentar se desenvolvem
mais rapidamente. Dessa maneira, podemos
concluir que a ingestão de substâncias
prejudiciais à saúde, assim como o uso de
certos medicamentos, sem a devida
supervisão médica, pode levar a problemas
de má formação, síndromes e deficiências
físicas e mentais, por exemplo.
Ainda na fase embrionária, o embrião possui
apenas três centímetros e pode chegar a
cerca de cinco centímetros pela oitava
semana de gestação. Ele tem formas
humanas, e já conseguimos distinguir sua
cabeça, braços e pernas, olhos, orelhas,
nariz, dedos das mãos e dos pés. Seu
pequeno coração apresenta batimentos e
seu sistema circulatório é presente. Isso
mesmo, ele cabe na palma da sua mão e já é
um organismo complexo, com um sistema
nervoso capaz de movimentos
rudimentares.
O feto e o período fetal
O feto vai chegar a cerca de 7,5cm por volta
da 12ª semana de gestação, e é nesse
momento que seus órgãos sexuais
começam a ficar visíveis. Esse é um tema
que causa muita agitação, principalmente
nos pais e familiares
Pela 16ª semana de gestação, a mulher deve
começar a sentir os primeiros movimentos
do feto na sua barriga. Tais movimentos
estão relacionados às capacidades de
movimentação da boca e mãos, por
exemplo.
Cabelos, olhos, glândulas sudoríparas e
papilas gustativas se unem ao
desenvolvimento de uma habilidade
também essencial ao ser humano: respirar.
Isso ocorre em torno da 24ª semana, o
equivalente aos seis meses de gestação.
Mesmo com a presença de uma capacidade
fundamental para a existência da vida, um
nascimento nesse período provavelmente
seria mortal para o feto.
Desenvolvimento no período fetal
A partir da 27ª até a 28ª semana, o feto já
fecha os olhos para dormir e os abre quando
acorda. Ele já pesa mais de 1kg e mede cerca
de 30cm. Nascimentos prematuros, em que
o bebê encontra alguma chance de
sobreviver, se tiver cuidados médicos
apropriados, podem ocorrer após a 28ª
semana de gestação.
Da 30ª até a 34ª semana, o tecido adiposo
vai se formando rapidamente e torneando
seu corpinho. Ao final dessa fase, ele já é um
bebezinho de mais de dois quilos e cerca de
40cm de comprimento, e seu pulmão já
tem capacidade de sintetizar as substâncias
necessárias para a respiração do bebê fora
do útero.
As mulheres podem começar a encontrar
alguma dificuldade para dormir e se
locomover no final da gestação. O bebê já
está bem grandinho e se movimenta
bastante dentro do útero, buscando uma
posição que seja mais confortável.
Pela 37ª à 38ª semana, essa mudança de
posição pode incomodar bastante a mamãe,
mas, por outro lado, será importante para o
momento do parto.
Para o parto, o bebê precisa estar encaixado,
em uma posição em que suas nádegas se
voltam para parte de cima do útero e sua
cabeça fica bem próxima do canal vaginal.
Influências no período intrauterino
A ultrassonografia é capaz, por exemplo, de
identificar o sorriso e o choro do bebê,
interpretados a partir de imagens das suas
expressões faciais. Estar conectado à sua
mãe o torna sensível às influências externas
e aos seus estados emocionais. Em
contrapartida, a mãe também sofre
influência das suas percepções e
expectativas relacionadas à gravidez,
estabelecendo uma conexão.
Influências socioculturais
Após o parto, ele receberá seu banho de
cultura e tudo o que ele experimentará, logo
ao nascer, estará relacionado ao ambiente
sociocultural e ao modo de vida em que ele
for inserido.
Pesquisas da área de Psicologia do
Desenvolvimento revelam que nos
diferenciamos uns dos outros a partir da
linguagem e de outras representações
simbólicas próprias de cada povo. Existe
uma transmissão cultural pelas gerações que
envolvem crenças, valores e modos de
pensar e agir.
Os bebês humanos, embora dentro do útero
de suas mamães possam ter uma trajetória
desenvolvimental similar, após o
nascimento estarão diante de influências
que podem se distanciar e muito. No
período inicial, após o nascimento, o cérebro
do bebê está se desenvolvendo
rapidamente e os sistemas neurais estão se
adaptando às características do ambiente,
como a linguagem. Esta vai permitir a
transmissão do conhecimento do grupo e
fornece um mecanismo de aprendizagem
social e cultural.
A interação entre fatores biológicos e
culturais se constitui em um processo
constante e dinâmico, já que a cultura está
em constante processo de transformação.
Questão 1
Alguns marcos gestacionais são indicados
por meio da contagem de semanas. Aponte
abaixo a alternativa que contempla a última
semana da fase embrionária.
R: sétima semana
Questão 2
Ao longo da gestação, vários marcos de
desenvolvimento do bebê são
representativos para seus pais e familiares. A
descoberta do sexo, em especial, gera muita
comoção e é motivo de festa em muitos
lares. Em qual momento do
desenvolvimento pré-natal é possível
identificar o sexo do bebê?
R: No período fetal, a partir da 12ª semana
de gestação, o feto já está com seus órgãos
sexuais maturados o suficiente para serem
identificados.
2 módulo
Tipos de parto
Há duas possibilidades de se realizar o parto:
o conhecido parto normal, em que o bebê
passa pelo canal vaginal da mulher, e o
parto cesariana, em que o médico faz um
pequeno corte no baixo ventre da mulher e
retira o bebê pelo seu abdômen.
No parto normal, muitas mulheres
começam a sentir cólicas fortes que são
chamadas de contrações. Elas se iniciam de
maneira leve e vão se tornando menos
espaçadas à medida que vai chegando o
momento do nascimento. Nesse caso,
podemos encontrar as seguintes fases:
Alguns medicamentos podem ser utilizados
pela equipe médica para induzir ouacelerar
o trabalho de parto, como a ocitocina, bem
como para diminuir a dor da mulher durante
o processo.
Parto cesariana
O parto do tipo cesariana é um
procedimento cirúrgico e pode ou não ser
acompanhado de cólicas. Algumas mulheres
agendam esse procedimento com seus
médicos e não passam pelo processo
natural do corpo, que por sua vez envolve as
contrações. Já outras podem ser
encaminhadas para uma cesariana caso
encontrem alguma dificuldade para ter o
bebê de maneira natural ou quando há
chance de risco para a mãe ou para o bebê,
como mulheres que desenvolvem eclampsia
ou placenta prévia.
O parto humanizado é realizado com uma
equipe médica preparada e sensível às
demandas da mulher. Não são utilizadas
medicações para induzir o trabalho de parto,
nem outros procedimentos que possam
causar dor ou desconforto.
Independentemente de ser um parto
normal ou cesariana, realizado em casa ou
no ambiente hospitalar, ele pode ser
considerado humanizado.
Importância do pré-natal
Um bom pré-natal acompanhado por um
médico de confiança é fundamental quando
falamos da identificação de muitas doenças
que podem ser evitadas ou até mesmo
tratadas se forem precocemente detectadas.
Se, dentro do útero, o feto tiver contato com
substâncias nocivas ou com alguma doença
contraída pela mãe, os processos de
maturação sofrerão alterações.
A pobreza também pode ser considerada
um fator de risco, pois expõe algumas
mulheres à má nutrição durante a gestação,
o que pode levar a baixo ganho de peso do
bebê. No geral, problemas que podem
afetar negativamente a gestação e/ou o
parto estão relacionados à pobreza, à má
nutrição, à idade, a doenças preexistentes na
mãe, ao seu estado emocional e ao uso de
medicação e outras substâncias como álcool
e drogas.
A identificação precoce favorece que sejam
realizadas intervenções que podem
contribuir para um desenvolvimento
saudável da díade mãe-bebê. O período do
pré-natal também serve como uma
preparação para a mulher que se encontra
gestante, além de poder ajudá-la
psicologicamente no caso de o bebê
apresentar algumas das patologias
mencionadas.
Método canguru
No método canguru, a mãe coloca o bebê
sobre o seu peito e o segura nessa posição
por algum tempo. A troca de calor
emocional e afetivo entre a mãe e o bebê
favorece o fortalecimento e a recuperação
do bebê, que já pode ser considerado
responsivo desde o seu nascimento.
Como indicado pela literatura, um bebê
humano dá preferência a vozes e faces
humanas em detrimento de outro som ou
objeto qualquer. Sendo assim, essa
interação pode não só fortalecê-lo
emocionalmente, mas também trazer
benefícios para sua saúde como um todo.
Questão 1
A supervalorização dos saberes médicos nas
últimas décadas favoreceu o aumento do
número de partos hospitalares do tipo
cesariana. No entanto, esse tipo de recurso
foi desenvolvido com o intuito de reduzir o
número de mortalidade de mulheres e
bebês durante o parto. Via de regra, em que
circunstâncias especiais esse procedimento
deve ser recomendado?
R: O parto tipo cesariana é indicado quando
existe algum risco de complicações ou
morte para mãe e/ou para o bebê, como
mulheres que desenvolvem eclampsia ou
placenta prévia
Questão 2
Muitos recursos têm sido utilizados pela
ciência médica para aumentar a sobrevida
de bebês que nascem prematuros e
precisam de assistência logo após seu
nascimento, sendo um dos principais o
método da incubadora. Esse método auxilia,
dentre outras, que necessidade?
R: A incubadora é um método que auxilia no
suporte de vida, ajudando principalmente na
regulação da temperatura corpórea de
bebês nascidos prematuramente.
3 módulo
Desenvolvimento neuropsicomotor nos
primeiros dois anos
De acordo com os estudos de teóricos da
Psicologia do Desenvolvimento
Evolucionista - PDE, os seres humanos têm
diversos pontos de tangência e divergência
em relação a algumas espécies de animais;
no entanto, somos a única espécie com um
longo período inicial de desenvolvimento.
Esse pode ser considerado um mecanismo
adaptativo que evoluiu para possibilitar a
aquisição de habilidades sociais necessárias
para o convívio do indivíduo no meio social
em que está inserido.
Adaptações como essas contribuíram para
que o bebê humano fosse cuidado e
protegido por seus pais, aumentando assim
as chances de sobrevivência do indivíduo.
O desenvolvimento neuropsicomotor faz
parte de uma interação entre as
características biologicamente determinadas
e as influências socioambientais do contexto
em que a criança for inserida. Ele tem
caráter progressivo e, aos poucos, permite a
realização de tarefas cada vez mais
complexas.
Recém-nascidos têm pouca acuidade visual,
mas aos dois anos de vida já são capazes de
enxergar como um adulto.
A parte auditiva tem um aumento
significativo aos seis meses. Nessa etapa, os
estímulos visuais também são importantes,
e o bebê já pode tentar localizar a origem do
barulho. Assim como ocorre com a visão, ao
longo dos dois primeiros anos de vida
haverá muitas mudanças nos processos de
maturação dos sentidos sensoriais.
As habilidades estão inseridas em diferentes
domínios, como motor e as áreas da
linguagem e psicossocial. Os
recém-nascidos apresentam uma série de
reflexos que são movimentos involuntários
desencadeados por estímulos específicos.
Na área motora, podemos observar
pequenas expressões comportamentais em
bebês pequenos que vão se tornando mais
elaboradas à medida que a criança cresce.
São elas:
● Capacidade de se sustentar
● Capacidade de se deslocar
● Capacidade de caminhar
Desenvolvimento da autonomia
A estimulação física nesse período é muito
importante. Muitas vezes, os pais buscam
por brinquedos elaborados e caros e
pensam que seus bebês precisam deles para
um bom desenvolvimento. No entanto,
nenhum brinquedo muito especial é
necessário. O bebê aprende de forma lúdica,
ou seja, brincando com massinha,
segurando lápis e canetinhas e desenhando.
Todos os bebês passarão pelas mesmas
etapas, mas cada um irá conservar a maneira
e o tempo de maneira subjetiva.
Desenvolvimento da linguagem]
para aprender a falar, é necessário que haja
um desenvolvimento neurológico associado.
As crianças começam a balbuciar, depois
falam algumas palavras com sílabas
repetidas, como “mama” e “papa”. Em
seguida, vão aumentando seu vocabulário a
partir das interações com seus cuidadores.
Após o primeiro ano de vida, os bebês já são
capazes de unir palavras e depois de formar
pequenas frases.
Construção dos vínculos
No domínio psicossocial, podemos destacar
as interações afetivas e a construção dos
vínculos. Uma análise de estudos sobre o
desenvolvimento infantil inicial revela
indícios de que os bebês são socialmente
responsivos desde o nascimento e que,
mesmo com capacidades de comunicação
limitadas, já são capazes de expressar uma
sensibilidade social, como, por exemplo,
dando preferência a vozes e faces humanas
em detrimento de outro som ou objeto
qualquer.
Como seres essencialmente sociais,
necessitamos dessas interações com o outro
para nossa sobrevivência. Um longo período
de imaturidade no início da vida e a
dependência de cuidados dos adultos são
características de nossa espécie.
Parentalidade normal
A capacidade de compreender o outro
emocionalmente por meio de afetos e
sentimentos faz parte da parentalidade
normal. As interações entre a díade devem
se estabelecer de modo que haja sintonia
entre eles, e o conhecimento social, que
começa a se desenvolver no contexto
dessas interações, vai auxiliar a criança a
monitorar e prever seu comportamento e o
de outras pessoas, facilitando a
comunicação e as trocas interpessoais.
Conclui-se daí que a parentalidade terá
repercussões no desenvolvimento de
habilidades sociais e emocionais,
impactando a capacidade das crianças em
regular suas emoções. Essa capacidade é
reconhecida como um componente
essencial da competência socioemocional e
um princípio organizador central do
desenvolvimento da criança.
As interações entre os bebês e seus
cuidadores tornam-se, progressivamente,
mais intensas e dialógicas, sendo que, com
alguns poucosmeses de vida do bebê, um
modo próprio de se comunicarem vai
surgindo, podendo ser descrito como uma
protoconversação. Isso indica uma prática e
o valor a ela atribuído pelos adultos de
acordo com o meio cultural de que fazem
parte.
Questão 1
O desenvolvimento neuropsicomotor
infantil se dá na interação com outras
pessoas e o ambiente em que a criança está
inserida. Nessa etapa do seu ciclo vital, qual
a melhor maneira de facilitar que o bebê
adquirira as habilidades necessárias para o
seu desenvolvimento?
R: Utilização de métodos lúdicos.
Questão 2
A qualidade da interação entre pais e bebê
se constitui em algo que favorece o
desenvolvimento de diversas habilidades,
em especial as emocionais. A parentalidade
intuitiva correspondem a que capacidade?
R: Talento natural dos pais para interagir
com os bebes.
Neuroplasticidade
Plasticidade cerebral
A plasticidade cerebral, característica dos
seres humanos, permite que o cérebro
continue a se desenvolver mesmo após o
nascimento, o que constitui uma vantagem
para os membros da espécie que tanto têm
a aprender ainda durante os anos da
infância. Para isso, temos um período de
infância estendida, diferentemente de
outros animais.
O nascimento dos bebês com um cérebro
cujo desenvolvimento não foi concluído e,
portanto, menor do que o cérebro dos
adultos é adaptativo e resultado de nossa
história filogenética. Alterações anatômicas
foram imprescindíveis para a passagem de
locomoção quadrúpede para bípede,
destacando-se as modificações na pélvis,
pelas alterações posturais. Tais modificações
levaram à seleção de um nascimento
imaturo do bebê, pois bebês menores
tinham mais condições de passar por uma
pelve estreitada e nascer sem danos.
Comportamentos como piscar os olhos,
mover a cabeça em direção a algum barulho,
fazer anotações de uma lição que você está
estudando são rotineiros e fazem parte do
nosso dia a dia. O que não nos atentamos é
que, para que isso ocorra, muitos processos
diferentes estão trabalhando juntos no
nosso corpo para que possamos atingir
esses pequenos objetivos.
O sistema nervoso, os nossos órgãos
sensoriais, os músculos e as glândulas
auxiliam na tarefa de compreender o
ambiente à nossa volta e permitir que nosso
corpo continue trabalhando intensamente e
de maneira funcional. Contudo, a percepção
que cada um tem do mundo e dos eventos
cotidianos pode se diferenciar em muitos
aspectos, a depender das crenças e dos
valores de cada um de nós.
O neurônio é uma célula capaz de enviar
informações para diversas partes do corpo
por meio de sinapses. A rede de conexões
formada pelos neurônios é o que chamamos
de neuroplasticidade.
O recém-nascido também precisa fazer uma
regulação interna dos sistemas do corpo
para se adaptar às condições externas, o que
vai ser gerido, em parte, por suas interações
emocionais. As emoções e os sentimentos
cumprem um papel fundamental nessa
regulação, pois por meio deles os bebês vão
atribuir significado às situações que se
apresentam diante deles e vão aprender a
controlar seu comportamento para atender
aos objetivos sociais.
Uma região do cérebro desempenha um
papel-chave na vida emocional dos seres
humanos, além de estar envolvida em
respostas visuais e espaciais: o córtex
orbitofrontal.
O córtex orbitofrontal liga-se diretamente às
emoções, está localizado na parte dianteira
dos lobos frontais e vai se desenvolver, em
grande parte, após o nascimento.
Devido a esse desenvolvimento do córtex
orbitofrontal após o nascimento, as
experiências dos bebês serão moduladas
por meio de seu nicho de desenvolvimento
e das trocas estabelecidas com outras
pessoas. O cérebro se desenvolve
socialmente programando-se de acordo
com o relacionamento que se tem com as
pessoas mais velhas, para que haja uma
adaptação ao meio social em que se está
inserido.
Os danos causados pelo estabelecimento de
vínculos pobres ou enfraquecidos na
infância também podem ser um fator
prejudicial para o desenvolvimento do
cérebro.
O encéfalo vai se desenvolver de acordo
com as experiências vividas. Assim, a
privação de relações interpessoais,
principalmente nos primeiros três anos de
vida, período em que o cérebro mais se
desenvolve, também pode prejudicar o
desenvolvimento de habilidades sociais.
O corpo caloso, com suas fibras
mielinizadas, liga áreas dos dois hemisférios
do cérebro.
Essa parte do cérebro tem sido estudada por
diversos pesquisadores que encontraram
uma diferenciação entre o cérebro de
crianças maltratadas e não maltratadas.
Questão 1
A plasticidade cerebral é uma característica
típica dos seres humanos. Diferentemente
de outras espécies de animais, temos uma
infância estendida e somos dependentes de
cuidados por longos anos, no início da nossa
vida. Assinale a alternativa que melhor
explica esse processo.
R: o cérebro recebe muita influência do
ambiente em que o bebê é inserido e se
adapta a esse ambiente, tornando essa
etapa do desenvolvimento muito
importante para a aquisição de uma série de
habilidades.
Questão 2
Os bebês são criaturinhas fofas e chamam a
nossa atenção com bochechas grandes e
movimentos desordenados. Algumas
características físicas do bebê, bem como a
sua preferência por vozes e rostos humanos,
foram selecionadas para assegurar qual
necessidade básica dos seres humanos?
R: Assegurar sua sobrevivência.
Desenvolvimento na infância
Platão, na Grécia Antiga, já mencionava os
ciclos de 7 em 7 anos no desenvolvimento
humano, mas foi no século XX que as
mudanças puderam ser organizadas e
estabelecidas em mudanças e marcos
relacionados mais especificamente com o
avanço da idade.
Sobre a visão do ciclo da vida, Papalia, Olds
e Feldman (2006) descrevem o ciclo vital
em oito períodos: pré-natal; primeira
infância; segunda infância; terceira infância;
adolescência; jovem adulto; meia-idade; e
terceira idade. De outra forma, muitos
autores propuseram utilizar divisões um
pouco diferentes, pensando as etapas do
ciclo em forma de marcos etários distintos.
Platão, na Grécia Antiga, já mencionava os
ciclos de 7 em 7 anos no desenvolvimento
humano, mas foi no século XX que as
mudanças puderam ser organizadas e
estabelecidas em mudanças e marcos
relacionados mais especificamente com o
avanço da idade.
Sobre a visão do ciclo da vida, Papalia, Olds
e Feldman (2006) descrevem o ciclo vital
em oito períodos: pré-natal; primeira
infância; segunda infância; terceira infância;
adolescência; jovem adulto; meia-idade; e
terceira idade. De outra forma, muitos
autores propuseram utilizar divisões um
pouco diferentes, pensando as etapas do
ciclo em forma de marcos etários distintos.
Existia uma diferença de classes sociais, e a
vida das crianças também era impactada
dependendo do nível social. Em classes
menos privilegiadas, as crianças
trabalhavam no campo, vendiam produtos
nos mercados e irremediavelmente
aprendiam um ofício. Elas não recebiam
nenhum tratamento especial e, muito pelo
contrário, eram alvo de todo tipo de
atrocidade por parte dos adultos.
Nos ambientes de famílias mais abastadas,
também se fazia pouca distinção entre a
infância e a idade adulta. A escolarização era
mais comum nesse ambiente social, e as
crianças começavam a estudar aos quatro
ou cinco anos de idade. O ensino era quase
sempre enciclopédico, e nessas tarefas de
leituras acadêmicas eram desenvolvidas as
faculdades mentais de atenção, memória e
abstração. As classes escolares eram
compostas por indivíduos de todas as
idades, e ninguém se espantava ao
encontrar meninos de sete anos ao lado de
jovens de dezoito recitando juntos uma
lição.
o surgimento de alguns pensadores que
defenderão a ideia de que a mente da
criança era diferente da mente do adulto
Contudo, temos que destacar que todas
essas mudanças foram exclusivamente
encontradas em classes de aristocratas e de
burgueses. Até o século XIX, a classe baixa
continuou mantendo a visão secular da
infância, fazendo pouca distinção entre
crianças e adultos.
Conceito de crescimento e desenvolvimento
Segundo Amaral (2007), os termos
“crescimento” e “desenvolvimento” foram
considerados,durante muito tempo, como
dois conceitos separados. O termo
“crescimento”, até hoje, abarca os aspectos
físicos, e o termo “desenvolvimento” diz
respeito aos aspectos mentais. Essa
separação era mais uma demonstração do
pensamento dicotômico que divide mente e
corpo, uma ideia herdada de Descartes,
pensador da era iluminista.
Atualmente, os pensadores e cientistas
tendem a considerar os aspectos do
crescimento como parte do
desenvolvimento, que abrangeria o
crescimento orgânico e o desenvolvimento
mental.
Dessa forma, o processo de crescimento
será muito influenciado por dois fatores:
● Fatores intrínsecos: nos processos
genéticos.
● Fatores extrínsecos: processos
ambientais.
Entretanto, com os avanços das
neurociências e a observação da intensidade
de crescimento e desenvolvimento dos
primeiros anos de vida, muitos autores
preferiram dividir a primeira infância em dois
momentos: uma primeira infância (de 0 a
2/3 anos) e uma segunda infância (de 2/3
anos até 6 anos). Os primeiros anos ainda
divergem entre autores, pois podemos
encontrar na literatura de 0 até 2 anos e de
0 até 3 anos, mas a grande mudança
estabelecida, segundo Amaral (2007), foi a
conceituação de uma terceira infância, que
ocorre dos 6 aos 11 anos, aproximadamente.
destacar a importância dos primeiros anos
de vida no crescimento e desenvolvimento
das crianças. Veja a imagem de novas
sinapses e a janela de oportunidade:
Estágios
Pré-natal: Da concepção ao nascimento.
Primeira infância:Do nascimento aos 3 anos
de idade.
Segunda infância: De 3 a 6 anos.
Terceira infância: De 6 a 11 anos.
Adolescência: De 11 a 18 anos.
Jovem adulto: De 19 a 40 anos.
Meia-idade: De 41 a 65 anos.
Terceira idade: De 66 anos em diante.
Primeira infância
A primeira infância está relacionada à fase
de crescimento dos 0 aos 3 anos, período
importante no qual ocorre o
desenvolvimento das estruturas e circuitos
cerebrais, em que também acontece a
aquisição de capacidades fundamentais que
permitirão o aprimoramento de habilidades
futuras mais complexas e avançadas.
Crianças que se desenvolvem integralmente
e de forma saudável durante os primeiros
anos de vida têm maior facilidade de se
adaptarem a diferentes ambientes.
o período dos três primeiros anos de vida,
especialmente mais durante os primeiros
meses do que em qualquer outro período da
vida.
os genes herdados por um bebê exercem
forte influência e ajudam a determinar se
uma criança será baixa ou alta, atarracada ou
magra, ou um meio termo entre os dois.
Essa influência genética interage em razão
das influências ambientais, como a nutrição
e o meio ambiente.
O primeiro dente aparece entre o quinto
e o nono mês de vida. No primeiro ano,
a criança já tem de 6 a 8 dentes e aos
dois anos e meio já tem 20 dentes.
Finalmente, uma característica dessa
fase, segundo Carvalho (2015), é a
aquisição da fala. Por volta dos dezoito
meses, quando a criança começa a falar,
ela usa as palavras em uma sequência
adequada e segue uma regra gramatica.
Segunda infância
em torno dos 3 anos, uma mudança
começa a ocorrer na silhueta das
crianças, quando se destaca a aparência
delgada e atlética da infância. O tronco,
os braços e as pernas tornam-se mais
compridos, e a cabeça, que ainda é
relativamente grande, vai se
harmonizando com as outras partes do
corpo que continuam aumentando.
Tanto meninas como meninos podem
alcançar no crescimento cerca de 5cm a
13cm por ano durante a segunda infância
e ainda adquirem de 1,8kg a 2,7kg ao
ano. Existe uma pequena vantagem em
altura e peso dos meninos, que
continuará até o surto de crescimento da
puberdade.
Essas mudanças na aparência refletem
um desenvolvimento paralelo no interior
do corpo das crianças. O
desenvolvimento muscular e
esquelético vai continuar nessa fase,
tornando as crianças mais fortes. As
cartilagens transformam-se em ossos
em uma velocidade mais acelerada do
que antes, e os ossos podem se tornar
mais duros, dando à criança uma forma
mais firme, com mais composição
muscular e que protegerá os órgãos
internos. Essas mudanças são
impactadas pelo amadurecimento do
sistema nervoso, que promove o
desenvolvimento de uma ampla gama
de habilidades motoras.
Entre os 3 e 6 anos, as também crianças
conquistam grandes avanços nas
habilidades motoras gerais.
Uma característica dessa etapa é a
preferência no uso das mãos. Isso quer
dizer que crianças entre 3 e 6 anos
preferem usar a mão direita ou
esquerda, o que geralmente se evidencia
aos 3 anos. A preferência pelo uso das
mãos nem sempre é definida e nem
todo mundo prefere uma das mãos para
todas as tarefas. Os meninos são mais
propensos a serem canhotos do que as
meninas.
A aquisição da linguagem, segundo
Carvalho (2015), desde a fala com maior
repertório de palavras e o início da
leitura, será uma etapa importante dessa
fase, pois é uma característica
importante dos seres humanos.
Terceira infância
As crianças, ao se aproximarem dos seis
ou sete anos de idade, apresentam
modificações consideráveis no seu
comportamento, na linguagem e na
forma como realizam suas interações
com seus amigos, mostrando um avanço
cognitivo na qualidade de raciocínio.
Existe uma tendência ao egocentrismo
nas crianças nessa fase. Observamos a
diminuição da fantasia e uma forma de
se relacionar com a realidade física e
social mais objetiva.
nesse período, compreendido dos 6 aos
11 anos, além do conceito de distância,
serão aprendidos também os conceitos
de tempo (aquele que marca as horas e
aquele que nos coloca no mundo de um
ser histórico), de classes, de relações e
de número.
A família continuará a desempenhar um
papel importante na vida da criança na
terceira infância, mas a escola surgirá
como um elemento relevante para o seu
desenvolvimento. Ao entrar na escola,
ela poderá sentir receio quanto à sua
habilidade para enfrentar novos
desafios.
esse temor geralmente será superado
pelo fato de que ir à escola será um
marco de maturidade e uma fonte de
orgulho para a criança. Nesse mesmo
período, a criança terá uma maior
receptividade à amizade de outras
crianças.
Se compararmos com o ritmo acelerado
da segunda infância, realmente o
crescimento medido em peso e em
altura, durante a fase da terceira infância,
é consideravelmente mais lento.
em média, as crianças em idade escolar
crescem cerca de 2,5cm a 7,6cm a cada
ano e ganham 2,2kg a 3,6kg ou mais,
quase alcançando o dobro do seu peso
corporal. Nesse mesmo período, com
quase 11 anos, as meninas podem iniciar
um surto de crescimento, ganhando
cerca de 4,5kg por ano. Na maioria das
vezes, elas estarão mais altas e um
pouco mais pesadas que os meninos de
sua turma na escola, continuando assim
até aproximadamente os 12 ou 13 anos.
Os rapazes, depois dessa fase, iniciam
seu surto de crescimento e superam as
moças.
Questão 1
Considerando a proposta do ciclo da
vida de Papalia, Olds e Feldman (2006),
marque a única resposta certa:
I. o ciclo vital é dividido em oito períodos
abarcando períodos que seguem desde
o pré-natal (da concepção ao
nascimento) até a terceira idade.
II. A fase adulta apresenta 3 fases: jovem
adulto (de 19 a 40 anos); meia-idade (de
41 a 65 anos) e terceira idade (de 66
anos em diante).
III. A infância será dividida em duas
fases: primeira infância (de 0 a 6 anos) e
segunda infância (de 6 a 11 anos).
Marque a única resposta correta:
R: I e II
Questão 2
Historicamente, sobre a concepção da
infância, é correto afirmar que:
I. Existia, antes do século XVII, uma
diferença na concepção da infância
muito impactada conforme as classes
sociais às quais as crianças pertenciam.
II. Antes do século XVII, as famílias ricas
e mais abastadas já separavam as
crianças dos hábitos dos adultos, sendo
que os estudos escolares já eram
organizados por turmas de idades
semelhantes.
III. A partir do século XVII, o conceito de
infância foi se modificando, e a
educação familiar passou a separar as
crianças dos assuntos dos adultos, que
ficavam preocupados com a formação
do caráter e da moral na infância.
Marque a resposta correta.
R: I e III
A alternativaIII está incorreta. Antes do
século XVII, a educação das crianças de
famílias ricas fazia pouca distinção entre
a infância e a idade adulta. O ensino era
baseado nas leituras de enciclopédias,
argumentação e as classes escolares
eram compostas por indivíduos de todas
as idades. Isso só foi modificado a partir
do século XVII, com o surgimento de
alguns pensadores que defenderão a
ideia de que a mente da criança é
diferente da mente do adulto.
Módulo 2
2
Desenvolvimento cognitivo
O modelo organicista não considera a
criança como uma máquina, mas sim
como um “ser vivo”, ou seja, um
organismo biológico, no qual a herança
genética e a maturação do organismo
comandam o processo de
desenvolvimento.
O conhecido pedagogo alemão que
tinha fortes traços religiosos, Friedrich
Fröbel (1782-1852), mais conhecido
como o criador da ideia do “jardim de
infância”, é um exemplo dessa forma de
pensamento.
Fröbel propunha que todas as crianças
fossem educadas com atividades que
respeitassem as suas naturezas. Para
Fröbel, somente dessa forma seria
possível o desenvolvimento de suas
potencialidades, respeitando-se a sua
condição de ser uma obra divina, um
filho ou filha de Deus. Para ele, como
Deus está presente na natureza, as
crianças sempre seriam boas por
natureza por serem obras divinas.
Vygotsky
o modelo histórico-cultural, proposto
por Vygotsky, que se fundamenta na
compreensão de uma relação dialética
entre o biológico e o social.
Para Vygotsky, a criança não pode ser
representada como uma máquina nem
por um organismo vivo, mas como um
ser que se constitui nas relações sociais.
Esse pensador parte de um pressuposto
de que o homem não é um ser passivo e
inerte. Assim, a criança age sobre o
mundo por meio das relações sociais e
nelas é que serão buscadas as origens
das formas superiores dos
comportamentos
Para Vygotsky, desde o seu nascimento,
a criança estará em interação com os
adultos que, por sua vez, buscarão
incorporá-las às suas culturas. À medida
que as crianças crescem, esses processos
passam a ser internalizados, por meio de
uma interiorização
Piaget
O grande trabalho de Piaget foi
conseguir estabelecer as etapas do
desenvolvimento a partir do
aparecimento de novas qualidades do
pensamento.
sensório motor: Período de
aperfeiçoamento contínuo que se inicia
com uma vida mental aplicada aos
reflexos e aos instintos. Aos poucos, a
criança vai adquirindo autonomia
motora e sensitiva. Ao final dos 2 anos, a
criança já se locomove, reconhece os
rostos das pessoas, demonstra afetos e
esboça as primeiras palavras.
Pré operatório (2 aos 7) : Período
marcado pelo aparecimento da
linguagem, que acelerará a comunicação
e o surgimento do pensamento. A
criança transforma a realidade em
função de suas fantasias e desejos. No
final deste período, inicia-se a famosa
fase dos “porquês”. Neste momento, o
pensamento começa a se adaptar ao
real e a criança precisa de explicações.
Operações concretas (7 aos 11) : Período
em que aparece a capacidade de
executar operações ou tarefas. Essas
operações são possíveis quando
relacionadas a objetos concretos e reais,
ainda não há a capacidade de abstração.
Operações formais ( 11 até 19):
desenvolve-se a capacidade de
generalização própria do pensamento
adulto. Os meninos e as meninas já
serão capazes de lidar com conceitos
como justiça e liberdade.
Primeira infância
Os bebês podem levantar ligeiramente a
cabeça para alcançar o seio, e param de
chorar quando a mãe ou outras pessoas
os acariciam. A criança, ao final do
quarto mês de vida, já possui uma boa
série de comportamentos adquiridos. O
universo da criança, segundo Carvalho
(2015), é composto pelo espaço bucal,
espaço tátil, espaço visual e espaço
auditivo.
Aos poucos, a criança começa a
demonstrar um interesse sistemático
pelas consequências de seus atos.
Quando a criança faz 9 meses, de forma
gradual, seu desempenho mostra uma
consolidação da noção do objeto
permanente (categorias piagetianas) e
de espaço contínuo. A criança vai se
tornar capaz de reconstruir as causas a
partir de um efeito percebido e
vice-versa. Por exemplo, quando ouve o
barulho da chave na porta, ela
demonstra a expectativa da chegada de
alguém.
Por volta dos 18 meses, a criança
começa a mostrar algum ressentimento
quando alguma coisa que ela deseja lhe
é tomada.
Por volta dos 2 anos, a criança já estará
apta a falar e, como um ser social,
poderá se envolver nos mais diferentes
tipos de atividades grupais. Ao descobrir
que é capaz de realizar uma coisa nova,
a criança logo emprega sua habilidade
recém-adquirida.
Segunda infância e cognição
Durante a idade pré-escolar, há uma
expansão da curiosidade intelectual.
Nessa fase, ocorre o aparecimento da
função simbólica, a linguagem, e ocorre
a formação dos primeiros conceitos.
Nessa fase, a ação dos pais será
primordial ao darem atenção e
responderem de forma adequada à
curiosidade intelectual da criança. Com
essas ações, eles possibilitarão que a
criança modifique suas atitudes e
expectativas corrigindo seus conceitos.
O raciocínio da criança de 2 a 6 anos de
idade apresenta três características
fundamentais. Confira a seguir:
Egocentrismo: Nesta fase,
especialmente dos 2 aos 4 anos de
idade, o raciocínio da criança é muito
influenciado por suas próprias vontades
e desejos, sua forma de pensar e
perceber as coisas. Tudo reflete apenas
um ponto de vista, ou seja, o seu.
Animismo: Nesta fase, em razão de seu
egocentrismo, a criança projeta
estendendo suas experiências pessoais
aos seus brinquedos ou animais. É como
se ela transferisse e atribuísse uma alma
humana para todos os seus objetos. Isso
pode ocorrer com uma boneca ou um
bichinho de pelúcia que forem deixados
em casa quando a família sair para
passear.
Irreversibilidade: o invés de analisar o
todo de um problema, a criança se atém
em alguma característica específica de
uma tarefa. O pensamento regulado
pela percepção imediata é sempre
irreversível. Uma vez usada uma
sequência de raciocínio, é impossível
anulá-lo e voltar ao ponto de partida.
Esse pensamento vai se tornando,
pouco a pouco, reversível por volta dos 6
anos de idade. Será essa reversibilidade
que tornará possível que a criança possa
operar com classes e relações, que será
característico do raciocínio da fase
seguinte
Terceira infância e cognição
Classificação
Unidades conceituais: Isoladas, fazem
parte de uma classe que corresponde à
representação mental. Ou seja, a partir
de características gerais ou definidoras,
são formados os pensamentos sobre
grupos de objetos ou pessoas.
Seria uma denominação para quase
todos os objetos de nossa experiência
utilizando nomes genéricos para
organizar as categorias elaboradas de
forma concreta, pois baseiam-se em
características observáveis como: forma,
cor, tamanho, posição, entre outros.
Sistema lógico: a classificação é de
natureza operatória, e não apenas
semântica. Dessa forma, será necessário
o uso de operações de inclusão e
complementação que realizarem uma
classificação, e não apenas o domínio do
significado das palavras. Consiste em
uma tarefa de ordenar ou arranjar os
objetos ou eventos em séries. Outra
tarefa seria ainda medir ou contar os
objetos. Dessa forma, podemos
entender que uma operação é um
conjunto de ações que permite ao
indivíduo fazer uma organização mental
do mundo que o cerca.
A criança nessa fase ainda não consegue
fazer conexões utilizando conclusões
sobre hierarquia de classes ou
qualidades abstratas. Conceitos como
felicidade ou justiça ainda não são
compreensíveis cognitivamente. Por
isso, Piaget chamou esse período do
desenvolvimento de estágio das
operações concretas. Finalmente, por
volta dos 11 anos, a criança já consegue
conferir e confirmar as classes formadas
utilizando o caráter hierárquico de um
sistema de inclusão, assim como é capaz
de realizar uma classificação com
conceitos abstratos.
Seriação
Ou seja, a ordenação de elementos,
respeitando-se as grandezas crescentes
ou decrescentes.
Nessa etapa, tanto as diferenças como
as semelhanças adquirem o valor de
relaçõesquantificáveis em termos
positivos e negativos. Por exemplo, em
uma série de bonecos com
comprimentos diferentes, a criança
torna-se capaz de deduzir o tamanho de
qualquer elemento da série sabendo do
comprimento de um dos elementos e as
proporções de diferença entre cada um
deles. Com esse domínio sobre as
relações transitivas assimétricas, a
criança pode compreender as noções de
presente, passado e futuro.
Questão 1
Existe um estágio no desenvolvimento
em que as crianças transformam a
realidade em função de suas fantasias e
desejos. Os pais podem observar os
filhos inventando diálogos com seus
brinquedos. Em qual dos estágios
cognitivos de Piaget esse modelo
descrito ocorre, sendo ele marcado pelo
aparecimento da linguagem que acelera
a comunicação e o surgimento do
pensamento?
R: Estagio Pré operatorio.
Questão 2
Podemos encontrar algumas teorias
sobre o desenvolvimento humano.
Nesse caso, podemos analisar dois
pensadores desse campo e suas ideias.
O primeiro, _________________,
postulava que o pensamento aparece
antes da linguagem, e que apenas é uma
das suas formas de expressão. A
formação do pensamento depende,
basicamente, da coordenação dos
esquemas sensório-motores, e não da
linguagem. Esta só pode ocorrer depois
que a criança já alcançou um
determinado nível de habilidades
mentais. O segundo pensador,
________________, reconhecia que o
pensamento e a linguagem são
processos interdependentes, desde o
início da vida. Este autor afirmava que a
aquisição da linguagem pela criança
modifica suas funções mentais
superiores: ela dá uma forma definida ao
pensamento, possibilita o aparecimento
da imaginação, o uso da memória e o
planejamento da ação. Nesse sentido, a
linguagem, diferentemente daquilo que
Piaget postula, sistematiza a experiência
direta das crianças e por isso adquire
uma função central no desenvolvimento
cognitivo, reorganizando os processos
que nele estão em andamento.
A seguir, selecione a opção que
completa as lacunas de forma correta
com os nomes dos pensadores
relacionados.
R: A ordem correta é Piaget e Vygotsky.
Marcos na infância
Apesar de ser um documento com o
objetivo exploratório de diagnosticar e
descrever o estado nutricional com uma
avaliação do crescimento mundial, a
proposta foi aceita com entusiasmo
pelos países em vias de
desenvolvimento, a exemplo do Brasil.
Nosso país na época convivia com taxas
de mortalidade infantil muito elevadas,
que eram decorrentes de uma alta
prevalência de doenças infecciosas, que
eram associadas à desnutrição.
Como reflexo dessa ação internacional,
em 1984, foi publicada pelo Ministério
da Saúde uma série de manuais sobre
atenção básica à criança de 0 a 5 anos.
Entre esses volumes que se referiam ao
desenvolvimento infantil, foi incluído
um que abordava o acompanhamento
do crescimento. Na época, não foi dada
muita importância à vigilância durante o
desenvolvimento, mas o tema foi
tratado de forma didática com a inclusão
de uma ficha com alguns dos principais
marcos do desenvolvimento das
crianças e um método instrutivo para
pais e cuidadores sobre como lidar com
a situação diante de atrasos ou suspeitas
de problemas do desenvolvimento.
Criação do Cartão da Criança
Se pensarmos sobre a criança, a
sequência do desenvolvimento pode ser
identificada por meio dos marcos
tradicionais. Essas referências são
possíveis com um olhar para uma
abordagem sistemática, ou seja, para a
observação dos avanços da criança no
tempo. A aquisição de determinada
habilidade vai se basear nas adquiridas
previamente, e raramente pulam-se
etapas. Esses marcos constituem a base
dos instrumentos de avaliação.
A tabela de avaliação é composta por 4
categorias.
● Maturativo
● Psicomotor
● Social
● Psíquico
Fatores de desenvolvimento
Segundo Amaral (2007), existem 6
fatores de desenvolvimento.
- Hereditariedade
- Crescimento Orgânico
- Amadurecimento
neurofisiológico
- Meio Ambiente
- Desnutrição Infantil
- Doenças, estresse e Hormônios
Marcos do desenvolvimento motor
Os marcos são capacidades que uma
criança adquire antes de avançar para outras
capacidades mais difíceis. Esses marcos não
são realizações isoladas, pois as etapas são
evolutivas e se desenvolvem
sistematicamente. Cada capacidade
adquirida prepara o bebê e a criança para
lidar com as fases seguintes.
Marco da aquisição da linguagem
A fala inicial, a partir dos 14 meses de vida,
não é apenas uma versão imatura da fala
adulta, mas ela aos poucos vai ganhando um
potencial de personalidade própria,
qualquer que seja o idioma que a criança
esteja falando.
As crianças compreendem relações
gramaticais que ainda não conseguem
expressar e também não conseguem
sequenciar palavras suficientes para
expressar a ação completa. Aos 2 anos de
idade, as crianças são capazes de reproduzir
mais de 200 palavras, e aos 2 anos e 6
meses, mais de 500 palavras.
O primeiro dia na escola e as aulas na
primeira série são um marco para todas as
crianças – um sinal dos avanços internos
que possibilitam essa nova condição. Esse
efeito de ingressar no primeiro ano é uma
experiência que prepara as bases para toda a
carreira escolar de uma criança.
Marco da idade escolar (terceira infância) e
pré-adolescência
Segundo Papalia, Olds e Feldman (2006),
serão fundamentais para o desenvolvimento
do controle da emoção e da autoestima os
ambientes familiar e escolar. Promover
sentimentos positivos acerca da confiança
em si mesmo, da visão sobre suas
possibilidades, facilitando a vivência frente a
desafios. As crianças, ao se relacionarem
com seus pares da mesma idade
cronológica, vivem uma oportunidade e um
excelente aprendizado de comportamentos
pró-sociais.
Questão 1
O interesse pelo desenvolvimento humano
e integral da criança tem recebido atenção
nas últimas décadas. O aumento constante
dos níveis de sobrevivência infantil em todo
o mundo tem sido reconhecido como um
grande esforço internacional na prevenção
de problemas ou de patologias com efeitos
duradouros na constituição do ser humano
desde a infância. Sobre esse tema, é
recomendado nas cartilhas distribuídas pelo
Ministério da Saúde o acompanhamento de
diversas etapas no desenvolvimento,
sobretudo aspectos motores na primeira
infância. Essas etapas são conhecidas como
R: Marcos do desenvolvimento
Questão 2
Para Papalia, Olds e Feldman (2006), o
processo de crescimento será influenciado
por fatores intrínsecos e extrínsecos que
suportam a curva de crescimento por faixas
etárias esperadas na infância. Alguns fatores
são acompanhados no desenvolvimento,
pois explicam muitas manifestações no
comportamento da criança e até mesmo
nas suas dimensões físicas e habilidades
cognitivas. É o caso do fator da
hereditariedade. Sobre esse tema,assinale
(V) ou (F) em cada afirmativa.
I. ( ) A hereditariedade é um fator
importante para o crescimento biológico.
II. ( ) O potencial hereditário de cada criança
é predeterminado e ele sempre se
desenvolverá, independentemente de meio
e estímulos.
III. ( ) Os aspectos genéticos podem atuar
como uma bagagem potencial em todos
nós, podendo ocorrer ou não.
IV. ( ) A inteligência é uma capacidade que
pode ser transmitida geneticamente, porém
é uma capacidade potencial e ela pode
desenvolver-se além ou aquém desse
potencial.
V. ( ) O crescimento corporal é um dos
aspectos do desenvolvimento que é
bastante influenciado por fatores
hereditários.
Marque a resposta com a sequência correta.
R: V, F, V, V, V
Vimos que as crianças, desde bebês,
participam ativamente do universo que as
cerca e são impactadas pelos estímulos que
recebem. Ou seja, se elas recebem amor, é
amor que irão refletir e internalizar. Mas se
elas viverem em um ambiente hostil e sem
condições favoráveis para absorver emoções
positivas, elas poderão ter o seu
desenvolvimento prejudicado e até criar
traumas que, para a vida adulta, serão
refletidos no modo como enxergam e
reagem ao mundo.

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