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Gustavo Moreno T19 Aula 9.3: Apresentações Anômalas: Apresentação Pélvica: Apresentação pélvica: “bebê sentado”; feto, em situação longitudinal com as nádegas situadas no estreito superior O formato piriforme do útero favorece a predominância das apresentações cefálicas nos fetos a termo Nos prematuros, a frequência da apresentação pélvica aumenta, pois, nesse período, o polo cefálico é maior. Diagnóstico: Manobra de leopold*** fornecem dados para o diagnóstico da situação e da apresentação fetal “Sente a cabeça do bebê quando está pélvico” No toque vaginal, a linha de orientação é o sulco interglúteo, e o ponto de referência mais preciso para o diagnóstico de apresentação pélvica é o sacro fetal Nas apresentações pélvicas incompletas, pode-se palpar o sacro, as tuberosidades isquiáticas, o sulco interglúteo e o ânus e até a genitália externa quando em trabalho de parto durante a descida da apresentação. Nas apresentações pélvicas completas, tocam-se os pés à nádega. Tipos de posição pélvica: Concreta – 2 pés Incompleta de modo nádegas – mais comum (98%)** Completa Incompleta modo de pé ou podálico – difícil para nascer Complicações da apresentação pélvica: Tanto a mãe quanto o feto estão sujeitos a maior chance de complicações quando se compara a apresentação pélvica com a cefálica Esses risco incluem: Morbidade e moralidade perinatal Dificuldades na extração do feto Prolapso de cordão Placenta prévia Anomalias congênitas e maior incidência de cesariana. Cesariana X parto vaginal: Classicamente, a cesariana está bem indicada nas apresentações pélvicas associadas aos seguintes fatores complicadores: Vício pélvico Peso fetal Prematuridade – IG entre 26 e 34 semanas Malformações fetais Hiperextensão da cabeça fetal Trabalho de parto disfuncional Apresentação pélvica incompleta – modo de pés ou de joelhos Primípara Assistência ao parto pélvico: Maior número de cesariana = menor experiência do obstetra nos partos normais O parto pélvico processa-se em 3 segmentos, com dificuldade crescente à medida que vai progredindo. De acordo com sua sequência, são eles: Desprendimento do polo pélvico Desprendimento dos ombros Desprendimento da cabeça O maior problema no parto vaginal é a possibilidade de o corpo do feto passar por uma cérvice incompletamente dilatada, levando a não passagem da cabeça. Medidas para a assistência a uma parto pélvico: Presença de um obstetra experiente e treinado para a execução dos procedimentos e manobras que se fizerem necessários e da prevenção e/ou resolução de distocias que possam ocorrer Um auxiliar preparado para ajudar nas manobras Pediatra, equipe de enfermagem e anestesista também devem estar na sala Acesso venoso, para pronta administração de medicações, infusão de ocitocina, indução anestésica de emergência, etc. (a infusão de ocitocina no período expulsivo é recomendada) –Avaliar possibilidade de episiotomia*** (aumenta o diâmetro), pois atenua os traumas cranioencefálicos e facilita o desprendimento das espáduas e da cabeça derradeira. –Fórcipe de piper deve estar presente na mesa de instrumentos. –Quantos as manobras para auxiliar o período expulsivo, são mais favoráveis as que envolvem menor manipulação, já que o risco de lesões será menor. Manobras de Bracht: “Cabeça dentro da mãe e joga o bebe para cima da mãe” Desprendimento das nádegas, rotação espontânea 90º, dorso para cima Nádegas vão se desprendendo e tendem a cair por ação da gravidade. Após saída do tronco fazer “alça de cordão umbilical” para evitar compressão. Após o desprendimento das nádegas e parte do tronco, o médico coloca os polegares ao longo das coxas e os 4 dedos restantes das mãos sobre a nádega correspondente e, sem exercer nenhuma tração, eleva o tronco fetal em direção ao ventre materno. Manobra de Rojas: “gira o bebe de um lado para o outro” Normalmente não precisa ser feito, por causa da força da mãe + do médico Apreensão da cintura pélvica tríplice movimento simultâneo: rotação sobre o seu eixo, leve tração contínua e “translação”. Movimento helicoidal. O braço posterior desce o bastante para ser facilmente desprendido sob a sínfise púbica. O feto é novamente rodado em sentido oposto para o desprendimento do outro braço, também sob a sínfise púbica. Manobra de Pajot “Puxar o bracinho” Usada para liberar os braços elevados para a frente ou para trás da cabeça. Introduz-se a mãe na vagina, coloca-se o polegar na axila e o dedo índice ao longo do úmero e o médio na prega do cotovelo em que a tração é exercida. Manobra de Mauriceau: “dedo dentro da boca do neném, para ter um maior controle” Essa manobra é utilizada para a extração da cabeça fetal ou liberação de cabeça derradeira retida* O corpo do feto é apoiado sobre a face ventral do antebraço do médico Os dedos indicador e médio são induzidos na boca do feto, sobre a língua Os dedos indicador e médio da mão aposta são colocados na fúrcula da região Seguem-se movimento conjunto de flexão (dedos da boca) e de tração e flexão da cabeça (dedos da fúrcula), de tal maneira que o occipito fique subpúbico. Aprisionamento da cabeça derradeira: Essa situação é a mais frequente em fetos prematuros Nesses casos, poderemos lançar mão de: Fórceps de piper Ou realizar as incisões de Durshen, que são incisões no colo uterino. Apresentação córmica: A situação transversa ocorre quando o dorso fetal está localizado em posição perpendicular em relação ao eixo longitudinal do útero Ponto de referência: acrômio Incidência entre 0,2 a 0,5% Os índices de complicações relacionadas a apresentação transversa podem estar elevados, uma vez que esse diagnóstico frequentemente só é realizado quando a paciente encontra-se em franco trabalho de parto O parto normal está contraindicado em pacientes com fetos em apresentação transversa. Nesses casos, deve-se indicar a cesariana. Apresentação de face: Raro; "Difícil de nascer” Diagnóstico é feito no toque A apresentação de face quando há hiperextensão do pescoço fetal com a face apresentando-se no canal de parto. Ao toque vaginal, palpa-se o mento fetal como ponto de referência Essa apresentação é Rara, tendo uma incidência de 1/800 nascimentos O diagnóstico da apresentação da face geralmente é firmado durante o trabalho de parto. Ao exame de toque**, pode-se palpar a órbita, o nariz, a boca, ou o mesmo fetal Parto normal se estiver no mento anterior*** (mento posterior não nasce!!) Nas demais apresentações há indicação de cesariana. Os recém nascidos geralmente apresentam algum grau de edema de face, o que pode dificultar o seu atendimento em sala de parto.
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