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Organograma do Direito do Trabalho

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O Direito Processual do Trabalho é um conjunto de normas princípios e normas regras que vai orientar todo o procedimento judicial, toda a solução dos conflitos trabalhistas pela via jurisdicional.
Temos 3 formas de solucionar conflitos que é a autotutela, a autocomposição e a heterocomposição.
A autotutela é a forma mais primitiva e por isso temos como exemplo no direito do trabalho: A greve, o locaute, o direito de resistência dos empregados ás alterações lesivas no contrato de trabalho. A autocomposição no direito do trabalho nós visualizamos na negociação coletiva, no acordo ou transação, e temos a heterecomposição que é quando um terceiro imparcial que não tem interesse no processo vai por uma solução para aquela demanda, ex.: jurisdição estatal ou arbitral. A jurisdição arbitral é aceita no processo do trabalho de forma muito limitada em circunstâncias específicas.
A justiça do trabalho é uma justiça especializada.
Cada poder judiciário tem uma instância de piso que é a primeira instância, uma segunda instância que é composta pelos tribunais e uma instância superior que é composta por algum tribunal superior. No caso das instâncias comuns o tribunal superior é o STJ ao passo que na justiça do trabalho, o tribunal superior é o TST.
JUSTIÇA DO TRABALHO
Jurisdição estatal especializada, consolidada em praticamente todos os Municípios brasileiros, tendo sido criada como mecanismo de solução de conflitos peculiares as relações de trabalho.
A justiça do trabalho julga demandas vinculadas as relações de trabalho, a competência material dela é essa.
A Justiça do Trabalho concilia e julga as ações judiciais entre trabalhadores e empregadores e outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, bem como as demandas que tenham origem no cumprimento de suas próprias sentenças, inclusive as coletivas.
Ex.: Sindicatos que não conseguem chegar a uma negociação para chegar a uma norma coletiva é a justiça do trabalho que decide, decidir se a greve é legal ou não, o empregado que ajuiza uma ação de danos morais contra o empregador.
A justiça do trabalho julga demandas individuais e coletivas.
· Previsão normativa:
· Art. 92, inciso II-A, III e IV da CF
· Art. 111 a 116 da CF (Art. 114 traz a competência material da justiça do trabalho)
Organização da Justiça do Trabalho
O STF não faz parte da estrutura desse poder judiciário, em que pese ele seja um órgão juridiscional ele não está subordinado ou vinculado a nenhuma dessas instâncias. Ele não faz parte do poder judiciário trabalhista.
Os juízes do trabalho atuam nas varas do trabalho que estão situadas em cidades e compõem a 1ª instância do poder judiciário trabalhista. Cada vara do trabalho sempre terá 2 juízes um que é o juiz titular que tem rotação fixa e o juiz substituto, ambos trabalham normalmente nas varas do trabalho. Na justiça do trabalho tanto os juízes do trabalho quanto os substitutos atuam constantemente, eles dividem as cargas de trabalho dentro daquela vara. Eles dividem os processos para julgamento.
Os juízes do trabalho atuam em varas que estão lotadas em cidades, ao contrário da justiça comum estadual não temos aqui a divisão por comarca, a jurisdição da justiça do trabalho não é dividida por comarca. Salvador tem 39 varas do trabalho onde cada uma tem 2 juízes do trabalho um titular e um substituto, Salvador é a cidade na qual a vara do trabalho está lotada.
Nos municípios onde não tem vara do trabalho se tem a atribuição de jurisdição para outras localidades. No site do TRT5 tem as localidades das varas do trabalho do nosso estado. Não se tem uma comarca mas se tem uma organização jurisdicional.
A 2ª instância do poder judiciário trabalhista é composta por 24 tribunais regionais composto por juízes de primeira instância promovidos e passam a ser juízes de 2ª instância. Alguns deles tem a nomenclatura denominada de desembargadores a depender do regimento interno de cada tribunal. Os Tribunais Regionais do Trabalho são divididos por região e não por estado. Os tribunais regionais do trabalho podem ter jurisdição superior ou inferior a um estado.
E a instância superior, a instância de topo é o Tribunal Superior Trabalhista que tem sede em Brasília tendo jurisdição em todo o território nacional, ou seja, ele julga todos os recursos de revista (recurso extraordinário exclusivo da justiça do trabalho). Todos os recursos de revista e entre outras atribuições são julgados pelo TST. O objetivo principal do TST é julgar esses recursos que tem um conteúdo limitado com a finalidade de uniformizar a jurisprudência. A jurisprudência é muito importante para do Direito do Trabalho e a maioria das orientações, súmulas vem do TST.
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
· É o órgão de cúpula da Justiça do Trabalho, sendo a sua instância superior
· Composto por 27 ministros togados
Não são ministros indicados, eles sobem na carreira.
· Brasileiros, com mais de 35 e menos de 65 anos de idade
· Notável saber jurídico e reputação ilibada
· Nomeados pelo Presidente da República após aprovação da maioria absoluta do Senado
São nomeados pelo presidente da república, mas tem que subir na carreira. Tem que ser juiz do trabalho.
· 1/5 reservado para advogados e membros do MPT com mais de 10 anos de efetivo exercício da atividade profissional
· Os membros não egressos do quinto constitucional devem ser originários dos TRTs
Não é possível que um juiz de 1ª instância já seja nomeado para concorrer a uma vaga de ministro do TST somente os juízes que já se tornaram desembargadores do TRT que podem concorrer a vaga de ministro do TST.
· Sede da capital federal e jurisdição em todo território nacional
ESTRUTURA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
Estrutura interna
· É organizado por Regimento Interno editado pelo próprio Tribunal
É editado pelo próprio tribunal, então o tribunal do pleno se junta para editar o regimento interno do TST podendo fazer alterações, acréscimos, modificações, etc.
· Órgãos:
· Tribunal Pleno
Na estrutura do TST é o órgão de cúpula. Tem função jurisdicional e administrativa.
· Órgão Especial
É um órgão que recebe funções delegadas pelo tribunal do pleno, ele foi criado para dividir as funções do tribunal do pleno. Tem função administrativa.
· Seção Especializada em Dissídios Individuais
· Dividida em duas subseções: SDI-1 e SDI-2
· Seção Especializada em Dissídios Coletivos
As seções de dissídios individuais e coletivos julgas as ações originários de competência do TST e os incidentes de repetição.
· Turmas
São órgãos que tem mais atribuições, pois são elas que decidem os recursos de revista.
· Órgão que funcionam em conjunto com o TST: (Não fazem parte do TST)
· Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (ENAMAT)
Escola que busca o aperfeiçoamento dos juízes e servidores do tribunal.
· Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT)
Como se fosse o conselho nacional de justiça, um CNJ exclusivo da justiça do trabalho.
· Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho
Tem como função fazer a fiscalização de toda a justiça do trabalho.
· Órgãos:
· Tribunal Pleno – Competência no artigo 68 do RITST (Regulamento Interno do TST)
· Órgão máximo, composto por todos os Ministros
Todos os ministros atuam no tribunal do pleno.
· Não atua apenas em questões jurisdicionais, mas também em questões administrativas relevantes do Tribunal
É o próprio tribunal do pleno que edita o regimento interno do TST.
· Órgão Especial – Art. 93, inciso XI da CF e art. 69 do RITST
· Exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno
Tudo isso é pré estabelecido no Regimento Interno do TST
· Metade das vagas são preenchidas por antigüidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno
· Hoje composto por 14 Ministros, estando dentre eles o Presidente e o Vice Presidente do Tribunal e o Corregedor Geral da Justiça do Trabalho
· Seção Especializada em Dissídios Individuais - Competência no artigo 78 do RITST
· Composição plena (art. 78 do RITST) ou dividida em duas subseções: SDI-1 (14 Ministros)e SDI-2 (10 Ministros)
· Compostas por 21 ministros, estando dentre eles o Presidente e o Vice Presidente do Tribunal e o Corregedor Geral da Justiça do Trabalho
· Seção Especializada em Dissídios Coletivos – Art. 77 do RITST
· Composta por 9 membros, estando dentre eles o Presidente e o Vice Presidente do Tribunal e o Corregedor Geral da Justiça do Trabalho
· Turmas – Art. 79 do RITST
· Hoje contem 8 (oito) turmas, cada turma é composta por três Ministros
· Presidida pelo mais antigo, por período de dois anos, vedada a recondução, até que outros integrantes tenham exercido a presidência
Ex.: A prof, Maria Fernanda e Felipe são Ministros do TST, Felipe é o mais antigo, ele será presidente durante 2 anos, depois Maria Fernanda que é a mais velha depois dele e por última a prof que é a mais nova.
TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO
· Previsão – art. 115 da CF
· Segunda instância da Justiça do Trabalho
· Gozam de autonomia administrativa (art. 96, inciso I, da CF) pelo TST, embora coordenados pela CSJT e CGJT
Tem organização administrativa própria contudo, eles tem normas gerais que deem ser seguidas,
· Hoje existem 24 Tribunais Regionais do Trabalho
Divididos por região e não por estados
· Integrados, cada um, por no mínimo sete Juízes do Trabalho de carreira, promovidos por antiguidade e merecimento
Os TRTs só podem ser criados se eles tiverem composição mínima de 7 juízes do trabalho, a quantidade máxima depende da quantidade de turmas que o tribunal tem.
· 1/5 dos assentos será ocupado por membro do MPT e da classe dos advogados
Quinto constitucional.
· Competência
· Recursos ordinário contra sentença de 1ª instância
· Ações rescisórias
· Dissídios coletivos e de greve
· Mandado de Segurança em face de ato de Juiz do Trabalho
· Outras ações previstas em lei e no regimento interno
Os TRTs são divididos por região.
É possível que em um estado se tenha mais de um TRT.
JUIZES DO TRABALHO E VARA DO TRABALHO
· Atuam nas Varas do Trabalho, onde exercem sua atividade jurisdicional – art. 116 da CF
Atuam nas varas do trabalho e são os juízes de 1ª instância. Os juízes do trabalho são os órgãos e eles estão lotados nas varas do trabalho.
· Órgão de base é o juiz, lotado em uma Vara do Trabalho
· Nas Varas estará lotado o juiz titular, por um substituto, que o auxilia e substitui
Os juízes substitutos não apenas substituem como também auxiliam o juiz titular, ele está constantemente trabalhando.
· Nos locais onde não há Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida pelo Juiz de Direito – art. 112 da CF
É muito difícil encontrar uma cidade onde não se tenha exercida uma jurisdição trabalhista.
Na Lei 8.402 se tem todas as jurisdições de todas as varas do trabalho do Brasil.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8432.htm
MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO
· Não está inserido na estrutura do Poder Judiciário Trabalhista, embora seja essencial à função jurisdicional do Estado – art. 127 da CF
Não é órgão do poder judiciário trabalhista, mas tem uma função jurisdicional essencial. Ele fiscaliza o cumprimento da lei.
· Especialização do Ministério Público Federal
É um ramo do ministério público federal.
· Incumbe a defesa dos interesses sociais relacionados ao trabalho
Ele faz essa fiscalização da lei relacionado ao ambiente de trabalho.
· Competência – Art. 83 da LC 75/93
· Organização:
É dividido por regiões também como a Justiça do Trabalho e cada TRT tem o seu Ministério Público do Trabalho que são as chamadas Procuradoria Regionais que funcionam juntos com os TRTs.
· Procuradoria Geral – funciona junto ao TST
Atua no âmbito nacional e funciona junto ao TST.
· Procuradorias Regionais – funcionam junto aos TRTs
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO EM RAZÃO DA MATÉRIA
É uma matéria de ordem pública, é uma competência absoluta, competência material.
Ela pode ser reconhecida de ofício pelo juízo, não havendo preclusão, e ela pode ser invocada em qualquer momento do processo desde que não tenha havido o trânsito em julgado da matéria. Pode ser invocada pelo juiz de primeira instância, 2ª instância, e pelo TST de oficício ou pelas partes desde que não tenha havido o trânsito em julgado da matéria. 
· Competência absoluta – Juiz poderá reconhecer de ofício, não havendo preclusão, podendo ser invocada a qualquer momento antes do trânsito em julgado do processo.
· Hipóteses: art. 114 da CF
Traz um rol expressivo das competências da justiça do trabalho.
O Artigo 114 traz como regra geral que: "Compete a Justiça do Trabalho processar e julgar demandas oriundas das relações de trabalho", abrangidos aí os entes de direito público externo, administração pública direta e indireta, união, estados, Distrito Federal e Municípios. Todo mundo que exerce trabalho para a iniciativa privada ou para os entes da administração pública direta e indireta, autarquia e fundacional deve ter a sua demanda processa e julgada na justiça do trabalho.
Ex.: Eu fui contratada pela Caixa Econômica Federal um ente de administração pública indireta, mas meu regime é celetista quem julgará a minha demanda é a justiça do trabalho.
Ex.: Eu sou uma empregada autônoma e fui contratada para trabalhar em um município a competência é da justiça do trabalho.
Ex.: Meu pai é auditor fiscal do município de Salvador, a competência é da justiça do trabalho? NÃO. 
Servidores públicos ocupantes de cargo público efetivo ou servidores públicos que são regidos por lei própria ou estatuto próprio NÃO terão suas demandas julgadas na justiça do trabalho. Aí dependerá de qual ente público ele trabalho se for município a justiça comum estadual, se for servidor público federal é a justiça federal quem vai julgar é a justiça comum.
O resto das relações de trabalho se é regido pela CLT ou trabalhador autônomo será julgado pela Justiça do Trabalho.
Todas as relações oriundas das relações de trabalho se for empregado pedindo dano moral ao empregador quem julgará é a justiça do trabalho, discussão de legalidade de greve é da justiça do trabalho, conflito entre norma coletiva de trabalho é competência da justiça do trabalho, ações sobre representação sindical entre sindicato e trabalhadores, sindicato e empregadores, entre os próprios sindicatos é competência da justiça do trabalho, mandado de segurança, habeas corpus, habeas data que envolva relação de trabalho a competência é da justiça do trabalho, dano moral, dano patrimonial decorrente da relação de trabalho é de competência da justiça do trabalho, discussão sobre penalidade administrativa aplicada pelo MPT ou pelo Ministério do Trabalho e emprego é de competência da justiça do trabalho.
Sempre que o pedido surgir da relação de trabalho a competência é da justiça do trabalho, a não ser que a relação de trabalho seja regida por lei própria, estatuto próprio ou servidor público ocupante de cargo público efetivo.
LER O ARTIGO 114 DA CF.
Existe alguns vínculos públicos de servidores regidos pela CLT como os empregos públicos, empregados de empresas públicas são regidos pela CLT. Ex.: Funcionários da Caixa Econômica Federal são regidos pela CLT, Funcionários da Petrobrás (Sociedade de Economia Mista), alguns conselhos profissionais (ex.: CREF 13, ele tem um estatuto próprio e neste consta que os novos servidores devem ser regidos pela CLT), em que pese ele ser tratado como autarquia pública federal, o regimento interno dele é regido pela regime celetista.
· Exceções:
· Se for servidor público ocupante de cargo público efetivo ou que é regido por lei própria ou estatuto próprio (Competência da Justiça Comum Estadual). Ex.: Juízes, Procuradores, Auditores Fiscais, Analistas, Técnicos do Poder Judiciário, Servidores como um todo da Administração Pública Direta que fazem concurso público e são regidos pelos estatutos dos seus respectivos entes federativos eles não terão suas demandas julgadas pela justiça do trabalho, mas na justiça comum estadual ou na justiça comum federal dependendo de qual ente federativo se está vinculado.
Ex.: Se é analista do TRF1, se quiser entrar com uma demanda contra a união federal terá que ir para a justiçacomum federal e não para a justiça do trabalho.
· Motorista de aplicativo – Conflito de Competência nº 164.544 - MG (2019/0079952-0)
O STJ julgou um conflito de competência e entendeu que a competência para julgar demandas envolvendo o trabalho de motoristas de aplicativos é da Justiça Comum Estadual a não ser que seja uma demanda que peça o reconhecimento do vínculo de emprego, então será a Justiça do Trabalho.
· Cobrança de honorários por profissional liberal- Súmula 363 do STJ
· Cobrança de honorários em relação de trabalho autônomo – TRT3/RO 01211-52.2011.5.03.001
Existe uma diferença entre profissional liberal e trabalhador autônomo, o profissional liberal é aquele que necessita de uma habilitação prévia do exercício da sua atividade, e ele presta um serviço pontual para a empresa. Ex.: Advogado.
Ex.: A UNIFACS contrata a prof para realizar um parecer e não paga a ela, se ela quiser cobrar da FACS, ela terá que fazer na justiça comum e não na justiça trabalhista.
Ex.: A UNIFACS contrata a prof enquanto profissional autônoma para dar plantões para ela de assessoria jurídica e ela firme um contrato enquanto profissional autônoma e toda semana ela faz esses plantões, mas a faculdade não paga, ela poderá cobrar esses honorários na justiça do trabalho, pois existe uma diferença nos honorários do profissional liberal do trabalhador autônomo.
Se o trabalhador autônomo é contratado com continuidade ele pode cobrar na justiça do trabalho, mas se ele for contratado como profissional liberal para fazer um trabalho pontual não pode recorrer a justiça do trabalho.
· Pedidos de complementação de aposentadoria - STF - RE nº 586453/SE com repercussão geral
Quem trabalha na Petrobrás é vinculado a um fundo de pensão que é um fundo de pensão privado, esses trabalhadores quando se aposentam além de receber a aposentadoria pelo regime geral de previdência, eles recebem uma complementação de aposentadoria pelo fundo de pensão. Essa matéria em que pese o fundo de pensão surgir em decorrência da relação de emprego não é de competência da justiça do trabalho e sim da justiça comum estadual.
· Plano odontológico – STF – RE 801483/ AgR/Ba
Se a pessoa trabalha para uma empresa e ela retira esse plano odontológico injustificadamente não se pode entrar na justiça do trabalho e sim na justiça comum estadual.
Só se poderá discutir questões de plano de saúde na justiça do trabalho se for uma situação onde o empregador descredenciou o empregado do seu plano de saúde.
Ex.: O empregador vinculado todos os empregados ao plano de saúde da empresa, mas retira um empregado de maneira injustificada desse plano de saúde, ele não pode fazer isso, o empregado tem direito, e quem deu causa a exclusão foi a própria empresa então é de competência da justiça do trabalho.
Fora essa situação, questões vinculadas a plano de saúde, ainda que sejam planos de saúde decorrentes a relação de emprego são de competência da justiça comum estadual.
Obs.: Questões previdenciárias não é de competência da justiça do trabalho.
Quando um empregador contrato um empregado na sua folha de pagamento incidem uma série de impostos, sobre o salário do empregado incide a contribuição previdenciária. Essa contribuição previdenciária é retida e paga pelo empregador. Uma parte o empregado paga e a outra parte o empregador paga até chegar a porcentagem de 20% do salário do empregado.
Ex.: Quem ganha o salário mínimo que é R$ 1.100,00 7% desse valor é descontado e os outro 13% é pago pelo empregador. Todo mês esse pagamento vai existir.
Quem tem obrigação de recolher isso é o empregador, ele desconta a parte do empregado, paga a parte dele e entrega isso para a União Federal, só que pode ser que ao longo dessa relação de emprego a empresa deixe de recolher isso.
Esse dinheiro não recolhido não vai para a mão do empregador, pois estamos falando de uma relação tributária onde se tem o credor do tributo e o devedor do tributo, o devedor do tributo é o empregador quem tem que pagar é ele, mesmo que o empregado pague, mas quem tem a responsabilidade é ele, pois ele tem a responsabilidade tributária pelo pagamento, a lei determina isso.
Quem é o credor é a União Federal, o sujeito ativo da relação tributária (quem recebe o tributo), ao passo que o empregador é o sujeito ativo da relação tributária. Se o empregador deixa de pagar esse tributo a competência de cobrar esse tributo NÃO é da justiça do trabalho, em regra é da justiça federal. O empregado pode se prejudicar por conta disso já que ele pode não conseguir a sua aposentadoria, ele poderá recorrer a outros meios para conseguir isso.
O empregado NÃO pode mover uma ação contra o empregador para que ele recolha a contribuição previdenciária, pois o tributo é da União.
Quem pode cobrar contribuição previdenciária não paga é o ente federativo que é o credor.
Quando o empregado fica prejudicado por conta do não recolhimento, ele pode ingressar com uma ação contra o INSS para que haja o reconhecimento do vínculo de emprego para fins previdenciários, ele não está pedindo o recolhimento do tributo, mas o reconhecimento do vínculo de emprego, pois o tributo é da União. O tributo não recolhido não chega no bolso da União e não do empregador.
O trabalhador não tem o direito de cobrar contribuição previdenciário não recolhida, ele pode pedir o reconhecimento do vínculo de emprego para fins previdenciários, mas cobrar o recolhimento da contribuição previdenciária ele não pode.
Quando o juiz do trabalhista ele profere a sentença e se pronuncia através de sentença ele muitas vezes condena a emprega ao pagamento de verbas trabalhistas.
Ex.: O juiz condenou uma empresa em horas extras, diferença salarial e adicional de insalubridade o valor total dessas parcelas foi de R$ 50.000,00. Todas essas parcelas tem natureza salarial só que de parcela de natureza salarial incide contribuição previdenciária.
O juiz pode na fase de execução de ofício, no momento do pagamento da condenação já se inclua, ou seja, execute a contribuição previdenciária incidente sobre as parcelas de natureza salarial.
O empregado não pode pedir o recolhimento das contribuições em atraso, entretanto no êxito da ação o juiz determinar que haverá o pagamento dentro do poder judiciário trabalhista, através de uma sentença trabalhista de parcela de natureza salarial lá na fase de execução o juiz vai dizer "Olhe já que você vai pagar parcelas de natureza salarial já pague essas contribuições previdenciárias aqui na fase de execução, pois eu enviarei para a União"
A justiça do trabalho só pode determinar o pagamento de contribuição previdenciária das parcelas de natureza salarial deferidas em sentença, nas parcelas anteriores não pode, caso eu veja isso em algum processo, devo abrir uma preliminar de contestação de incompetência material da justiça do trabalho na cobrança de pagamento da contribuição previdenciária atrasada. 
A contribuição previdenciária só será recolhida das parcelas de natureza salarial que forem deferidas dentro do processo para serem pagas dentro da justiça do trabalho, ou seja isso só será feito na fase de execução, somente se pagou em decorrência da sentença. Mas o advogado pode abrir um procedimento administrativo frente ao INSS para que ele reconheça o vínculo de emprego para fins previdenciários.

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